Buscar

ESTUDOS DISCIPLINARES XV - QUESTIONÁRIO UNIDADE II

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1) Leia os quadrinhos a seguir. 
 
Disponível em: http://www.quadrinhosacidos.com.br/2015/07/89-e-mais-facil-descartar.html?m=1. 
Acesso em: 17 dez. 2015. 
 
Com base na leitura, analise as afirmativas e assinale a alternativa correta. 
I- O objetivo dos quadrinhos é criticar o discurso da descartabilidade da sociedade 
contemporânea, na qual os objetos e as relações pessoais tendem à efemeridade. 
II- Os quadrinhos enaltecem a sociedade contemporânea, na qual problemas são 
resolvidos rapidamente com a substituição de produtos. 
III- A crítica dos quadrinhos concentra-se no machismo, uma vez que os homens esperam 
que as mulheres resolvam seus problemas cotidianos. 
c. Apenas a afirmativa I é correta. 
Resposta: C. 
Comentário: o personagem masculino queixa-se de que as coisas quebraram, geralmente, por motivos 
simples e de fácil conserto, mas diz ser mais simples comprar um produto novo. A charge visa a criticar 
esse pensamento tão comum em nossa sociedade. A personagem feminina desiste do relacionamento 
em vez de tentar melhorar a relação, mostrando que a descartabilidade se aplica tanto aos produtos 
quanto às relações pessoais. 
2) Leia a charge a seguir. 
 
 
I- A charge é uma crítica ao programa “Mais Médicos”, do governo federal. 
II- O médico da charge representa um profissional que não adota procedimentos adequados para chegar 
a um diagnóstico. 
III- A charge sugere que os erros de diagnóstico são comumente realizados pelos médicos em nosso país, 
mas culpa os pacientes por esse problema, pois eles não sabem relatar com exatidão o que estão 
sentindo. 
É correto o que se afirma somente em: 
a. II. 
Resposta: A. 
Comentário: a charge mostra o profissional da saúde usando um método não científico (aleatório) para 
fazer o diagnóstico da doença do paciente. A charge usa a ironia, marcada pelo exagero, para 
denunciar que há médicos que fazem diagnósticos errados ou descuidados. 
 
 3) (Enade 2016) A Lei n. 8.213/1991 assegura a contratação de pessoas com deficiência tanto no serviço 
público quanto em empresas privadas que empreguem 100 trabalhadores ou mais. Todavia, ainda não é 
tão simples a inserção dessas pessoas no mercado de trabalho, como ilustra a figura: 
 
I- Assegurada por lei, a contratação de profissionais com deficiência é cada vez mais 
frequente no serviço público, contudo a regulamentação de cotas para esses profissionais 
não abrange as empresas privadas. 
II- As pessoas com deficiência passaram a ter mais chances de inserção no mercado de 
trabalho, mas, em geral, elas ainda enfrentam preconceito nos locais de trabalho. 
III- Um dos maiores empecilhos para a inserção de profissionais com deficiência no 
mercado de trabalho é de natureza cultural e envolve estereótipos e discriminação. 
É correto o que se afirma em: 
d. II e III, apenas. 
Resposta: D. 
Comentário: Lei n. 8.213/1991 faz com que as pessoas portadoras de necessidades especiais tenham 
mais chances no mercado de trabalho, mas a charge ilustra o preconceito quanto a essas pessoas, que, 
frequentemente, são vistas como incapazes. A charge também indica que um dos maiores problemas 
enfrentados por portadores de necessidades especiais é o preconceito no local de trabalho. 
4) (Enade 2014). Leia o texto e o gráfico a seguir: 
 
As mulheres frequentam mais os bancos escolares que os homens, dividem seu tempo entre o trabalho e 
os cuidados com a casa, geram renda familiar, porém continuam ganhando menos e trabalhando mais 
que os homens. As políticas de benefícios implementadas por empresas preocupadas em facilitar a vida 
das funcionárias que têm criança pequena em casa já estão chegando ao Brasil. Acordos de horários 
flexíveis, programas como auxílio-creche, auxílio-babá e auxílio-amamentação são alguns dos benefícios 
oferecidos. 
Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br. Acesso em: 30 jul. 2013 (com adaptações). 
 
 
 
I- O somatório do tempo dedicado pelas mulheres aos afazeres domésticos e ao trabalho remunerado é 
superior ao dedicado pelos homens, independentemente do formato da família. 
II- O fragmento de texto e os dados do gráfico apontam para a necessidade de criação de políticas que 
promovam a igualdade entre os gêneros no que concerne, por exemplo, ao tempo médio dedicado ao 
trabalho e à remuneração recebida. 
III- No fragmento de reportagem apresentado, ressalta-se a diferença entre o tempo dedicado por 
mulheres e homens ao trabalho remunerado, sem alusão aos afazeres domésticos. 
É correto o que se afirma em: 
c. I e II, apenas. 
Resposta: C. 
Comentário: a soma dos tempos gastos com afazeres domésticos e com trabalho remunerado é indicada 
no gráfico. De cima para baixo, a primeira barra, a terceira barra e a última barra, que representam 
jornadas de trabalho de mulheres, são maiores do que a segunda barra e a quarta barra, que se referem 
às jornadas de trabalho de homens. No gráfico vemos que a jornada de trabalho remunerado dos 
homens é superior à das mulheres. No texto, afirma-se que mulheres ainda ganham menos do que 
homens. Ao compararmos o trabalho não remunerado, com afazeres domésticos, o tempo gasto pelas 
mulheres é praticamente o dobro do que o tempo gasto pelos homens. Logo, as mulheres têm carga de 
trabalho total superior aos homens e recebem menos do que eles. É necessária a implantação de 
políticas que equalizem o tempo gasto em atividades não remuneradas entre homens e mulheres e que 
promovam igualdade salarial. 
 
5) Leia o texto e analise as afirmativas que seguem. 
 
A selva amazônica alimenta as torneiras em São Paulo 
Desmatamento da Amazônia reduz chuvas até em Buenos Aires.
 
Resposta: E. 
Comentário: Segundo o texto, “o desmatamento na Amazônia aumentou 16% este ano e 
chegou a 5.841 quilômetros quadrados, uma área equivalente à metade do território de 
Porto Rico. Por outro lado, a boa notícia é que o Brasil já esteve pior: em 2004, foram 
destruídos 27.772 quilômetros quadrados”. Logo, o desmatamento diminuiu se 
compararmos os dados atuais aos de 2004, mas aumentou entre 2014 e 2015. 
6) Considere a figura e o texto a seguir. 
 
Se pensarmos nas características que dão identidade ao ato de pichar e de grafitar, 
veremos que ambos os segmentos se comunicam muito mais do que se imagina ou que, 
intencionalmente, por meio de alguns veículos de comunicação e poder (parte da mídia e 
Estado), se faz acreditar. A prática de pintar e escrever em paredes está presente na 
história da humanidade desde a chamada pré-história. De lá para cá, essa prática esteve 
inserida e foi influenciada por diferentes contextos históricos, culturais e geográficos. 
Vivemos ainda hoje num contexto de uma sociedade capitalista que impõe a uma grande 
parcela da população a situação de carência em diferentes aspectos. Muito nos chama a 
atenção a carência de recursos econômicos, mas, atrelada a ela, está a carência de bens 
simbólicos, de produção de representações e cultura. Os grafites e as pichações atuais 
nascem da necessidade humana da produção de representações que lhe é negada. Essa é 
uma característica comum a ambos e que leva a outras inevitáveis. São elas a transgressão 
- o grafite e as pichações devem transgredir o espaço urbano em sua estética e forma de 
organização e, assim, devem ser realizados sem autorização. Serem públicos – as 
pichações e os grafites têm que estar em público, por isso são feitos nas ruas, 
apropriando-se de qualquer suporte que a cidade ofereça. Isso ocorre pelo objetivo de 
proporcionar o acesso à arte ao maior número de pessoas, independentemente de etnia, 
gênero ou classe social. Também pela necessidade que os pichadores e os grafiteiros têm 
de serem vistos, serem reconhecidos pelo seu meio social e pela sociedade como um todo, 
ainda que, em alguns casos, de forma negativa, sanando assim, em parte, a invisibilidade a 
que muitas vezes estão submetidos por pertencerem, em geral, às camadas 
economicamentemais pobres da sociedade. Efemeridade - grafite e pichações, por 
ocuparem as ruas, os muros, estão sujeitos a todos os tipos de intervenção que se faça no 
mesmo espaço. Assim, são manifestações que tendem a permanecer pouco tempo onde 
estão. 
Thiago Santa Rosa, pesquisador da Universidade Federal de Pernambuco, em entrevista ao 
Diário de Pernambuco. 
Disponível em: http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/vida-
urbana/2015/10/19/interna_vidaurbana,604348/pesquisador-estuda-o-universo-da-
pichacao-e-da-grafitagem-no-recife.shtml. Acesso em: 15 mar. 2016. 
 
I- A figura sugere que a pichação é uma forma de expressão popular, que dá voz àqueles 
que não dispõem dos meios de comunicação socialmente legitimados, o que também se 
confirma no texto. 
II- De acordo com o texto, pichação e grafite são manifestações transgressoras, realizadas 
em lugares proibidos, e, por isso, degradam o patrimônio público. 
III- Segundo o texto, os pichadores buscam reconhecimento, na tentativa de compensar a 
invisibilidade social a que estão submetidos. 
 
É correto o que se afirma somente em: 
d. I e III. 
Resposta: D. 
Comentário: a frase “parede branca, povo mudo” mostra a pichação como forma de expressão popular. 
O trecho “os grafites e as pichações atuais nascem da necessidade humana da produção de 
representações que lhe é negada” também mostra a pichação dessa forma. Do texto, temos: “também 
pela necessidade que os pichadores e os grafiteiros têm de serem vistos, serem reconhecidos pelo seu 
meio social e pela sociedade como um todo, ainda que, em alguns casos, de forma negativa, sanando 
assim, em parte, a invisibilidade a que muitas vezes estão submetidos por pertencerem, em geral, às 
camadas economicamente mais pobres da sociedade”. 
7) Leia o texto a seguir. 
 
 O que Portugal tem a ver com o Brasil 
Alexandra Lucas Coelho 
Os portugueses não parecem ter uma boa relação com os brasileiros, disse-me uma alemã, conhecedora 
profissional de Portugal e Brasil. Estávamos na Alemanha, o Brasil temia uma guerra civil, foi há dez dias. 
Agora, de volta a casa, continuo a pensar na observação dessa veterana, que nada tinha de provocadora, 
era só vontade de entender. Mas é impossível ignorar o que se tem manifestado em Portugal de 
equívoco face ao Brasil ao longo destes dias. 
Segundo um desses equívocos, provável pai dos outros, o tema da colonização encerrou-se, chega de 
falar dele, é passado. Penso o contrário, que mal começamos, que é presente, e a atual crise brasileira 
acentua isso. Não só pelo que expõe das estruturas brasileiras, como pelo que revelou do olhar de 
Portugal sobre o Brasil, e sobre si mesmo. 
Com esse nome, o Brasil viveu 322 anos de ocupação portuguesa e 194 de independência. Se alguém 
acredita que o tempo da independência poderia já ter curado o tempo da ocupação, precisa de voltar à 
história luso-brasileira, porque o alcance da violência vai longe, e em muitas direções. Esses 322 anos 
atuam diariamente naquilo que é hoje o Brasil, na clivagem entre São Paulo e o Nordeste, nos milhões 
que ainda moram em favelas, na relação Casa-Grande & Senzala das elites com os empregados, na 
violência da polícia que continua a ser militar, no desmando oligárquico dos que controlam aparelhos e 
estados, no saque catastrófico da natureza, na traição aos grupos indígenas, na evangelização dos 
pobres, radicalizando o conservadorismo num país onde se morre de aborto. Não é elenco para uma 
crônica, tem sido e será para muitas, livros, bibliotecas. 
O lulismo fez coisas importantes contraparte dessa herança (nas desigualdades mais urgentes, na 
cultura), não fez o suficiente contra boa parte disto (na educação, na saúde, na polícia), fez coisas que 
pioraram isto (um capitalismo com consequências devastadoras no ambiente e nas questões indígenas) e 
historicamente produziu uma geração que o crítica e supera pela esquerda, num caldo inédito de 
periferias politicamente empoderadas e uma nova faixa politizada vinda da elite. 
A violência sistêmica brasileira tem raízes nas duas violências fundadoras da colonização portuguesa, 
extermínio indígena e escravatura africana. 
Os portugueses não inventaram a escravatura, mas inauguraram o tráfico em grande escala. Dos 12 
milhões de indivíduos que as potências europeias deportaram de África até ao século XVIII, 5,8 milhões 
foram traficados por Portugal. Isto significa 47 por cento, ou seja, quase metade do tráfico foi assegurado 
por Portugal, e a maioria destinava-se a sustentar a colonização do Brasil. 
A escravatura é um horror antiquíssimo, sim, e entre os séculos XV e XVIII a forma portuguesa de a 
praticar foi secundada por ingleses, espanhóis, franceses, holandeses, sim. 
Mas a Portugal coube esta iniciativa: deportação em massa, para nela assentar a exploração brutal de um 
território gigante, à custa do qual um território minúsculo viveu, como toda uma bibliografia tem 
mostrado de forma cada vez mais desassombrada. 
Não aprendi isto na escola, e tenho sérias dúvidas de que a maior parte dos portugueses faça ideia de 
que Portugal, sozinho, deportou tantos africanos como os judeus mortos no Holocausto, com a ajuda 
teológica e logística da Igreja Católica, depois de ter levado ao extermínio de ninguém sabe quantos 
índios, provavelmente não menos de um milhão. 
 
Disponível em: https://www.publico.pt/mundo/noticia/o-que-portugal-tem-a-ver-com-o-brasil-1727252. 
Acesso em 29 jun. 2016 (com adaptações). 
 
Com base no texto, assinale a alternativa correta: 
b. Os atuais problemas brasileiros, das mais diversas naturezas, tiveram origem no sistema português 
de colonização do Brasil, cujos reflexos são sentidos até hoje. 
Resposta: B. 
Comentário: de acordo com o texto, “a violência sistêmica brasileira tem raízes nas duas violências 
fundadoras da colonização portuguesa, extermínio indígena e escravatura africana”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8) Leia a charge a seguir. 
 
Disponível em: http://sorisomail.com/img/1304789819776.jpg. Acesso em: 18 jun. 2016. 
 
Assinale a alternativa que indica um ditado popular que tenha relação com a charge: 
a. “O maior cego é aquele que se recusa a ver”. 
 
Resposta: A. 
Comentário: na charge, o pássaro maior não percebe que, consideradas as proporções, ele está oprimido 
em um espaço menor do que o outro. Assim, a crítica da charge é em relação às pessoas que não 
enxergam a própria realidade. 
 
 
9) Leia o texto e os quadrinhos a seguir. 
 
O Brasil de hoje é herdeiro de uma sociedade colonial e imperial escravocrata, em que o negro ocupou 
fundamentalmente a posição de pessoa escravizada. O Brasil em 1888 foi o último país a abolir a 
escravidão nas Américas. Um abolicionismo incompleto, que não permitiu incluir o negro na ordem 
social capitalista (BASTIDE; FERNANDES, 2008). 
A escravidão negra deixou marcas profundas de discriminação em nossa sociedade, inclusive 
escutamos insultos raciais atuais exigindo que negros e negras voltem “para a senzala”. Mas será que o 
racismo contra o negro brasileiro atualmente só existe por causa do “tempo do cativeiro”? Há pessoas 
racistas que nem sabem e nem mencionam esse contexto. Elas afirmam que não gostam de “negros”, 
têm raiva dos “pretos” e que estes são “fedidos”, “sujos” e “preguiçosos”. O racismo opera 
cotidianamente por meio de piadas, causos, ditos populares etc. Afinal de contas, temos uma 
variedade de expressões correntes na língua portuguesa recheadas de racismo contra os negros. 
 
Disponível em: http://www.comfor.unifesp.br/wp-content/docs/COMFOR/biblioteca_virtual/UNIAFRO. 
Acesso em: 13 jun. 2016. 
 
Resposta: A. 
Comentário: a amiga de Mafalda fala em “pretos sujos”, o que confirma a ideia de que o 
racismo opera por falas e ações do cotidiano, como afirma o texto. A alternativa III afirma 
que: “O Brasil de hoje é herdeiro de uma sociedade colonial e imperial escravocrata”. 
10) Leia o texto e analise as afirmativasa seguir. 
 
O celular se torna uma arma dos cidadãos contra a impunidade 
Raquel Seco 
 
A polícia começou dizendo que o tiro que matou Carlos Augusto Braga na quinta-feira passada foi 
acidental. Poucas horas depois dos distúrbios no bairro da Lapa (São Paulo), desencadeados por uma 
operação contra a pirataria, a polícia se viu obrigada a retificar: o agente disparou contra a cabeça do 
vendedor ambulante de 30 anos quando este tentou tomar dele um spray de pimenta. Várias pessoas 
gravaram a cena. Os telefones celulares tornaram-se uma arma dos brasileiros contra a impunidade, 
especialmente das forças de segurança. A ONG Fórum Brasileiro de Segurança Pública registrou 1.890 
mortes em operações policiais em 2012, atribuídas “rotineiramente” a tiroteios com grupos criminosos. 
O que aconteceria se ninguém tivesse filmado? Em 2013, 75,5% dos brasileiros com mais de 10 anos de 
idade tinham um telefone celular, 5% a mais que no ano anterior, segundo pesquisa do Instituto 
Brasileiro de Geografia e Estatística. 
Em 2012, Paulo Batista do Nascimento, de 25 anos, morreu em São Paulo depois de ser atingido por 
vários disparos da polícia. Um vizinho filmou-o sendo retirado de casa sob a acusação de ter participado 
em um assalto. Em dado momento, um policial se posiciona para atirar. Ouve-se um disparo e, quando a 
câmera volta a mostrar a rua, a viatura está indo embora. Os quatro policiais acusados foram absolvidos 
no mês passado. 
Em fevereiro, o país ficou chocado com a imagem de um adolescente agredido e acorrentado a um poste 
no Rio de Janeiro. Alguns vizinhos o castigaram por supostos roubos no bairro e produziram uma 
imagem especialmente dolorosa para uma nação que pôs fim à escravidão em 1888. Yvonne Bezerra de 
Melo, a mulher de 66 anos que alertou as autoridades, recebeu uma enxurrada de insultos nas redes 
sociais por ajudar “um delinquente”. 
Cláudia Silva Ferreira, faxineira de 38 anos, morreu em 16 de março deste ano atingida por uma bala 
perdida em uma favela do Rio de Janeiro. A viatura policial que a levava para o hospital arrastou seu 
corpo pendurado no porta-malas por 250 metros. Um motorista gravou tudo. O escândalo foi enorme. 
Seis policiais acusados de matá-la já haviam retornado ao trabalho em julho, embora em funções longe 
das ruas, de acordo com o jornal O Globo. 
Há algumas semanas, em um centro comercial de São Paulo, a polícia abordou dois jovens negros por 
suspeitar que tinham roubado uma loja de roupas. Até chegar o momento em que a dona do comércio 
defendeu os dois, confirmando que haviam pagado por tudo o que tinham na sacola. Dezenas de 
pessoas gravaram a cena para deixar claro o que estava acontecendo, enquanto uma multidão se reuniu 
para gritar em defesa dos jovens. Os garotos e o pai deles denunciaram o comportamento da polícia. 
A onda de linchamentos na América Latina também chegou ao Brasil. Em abril, durante a febre de 
execuções populares, o sociólogo José de Souza Martins dizia ao EL PAÍS: “Três anos atrás, eram três ou 
quatro por semana. Depois das manifestações de junho (de 2013), passaram a uma média de uma 
tentativa por dia. Hoje temos mais de uma tentativa por dia”. Um jovem de 24 anos foi espancado até a 
morte por vizinhos dentro do hospital onde era examinado para determinar se ele havia estuprado um 
menor. Uma pessoa filmou dezenas de pessoas invadindo o centro médico. No total, 24 pessoas estão 
sendo investigadas. 
O presídio do Maranhão, que enfrenta problemas de corrupção, superlotação e insegurança, chamou a 
atenção da mídia novamente quando o jornal Folha de S.Paulo publicou o vídeo, extremamente violento, 
no qual três prisioneiros apareciam decapitados. 
 
Disponível em: http://brasil.elpais.com/brasil/2014/09/21/sociedad/1411333593_390676.html. Acesso em: 
24 set. 2014. 
 
I- As imagens captadas por celulares, de acordo com o texto, podem ser uma arma para os cidadãos se 
defenderem da arbitrariedade do poder público. 
II- De acordo com o texto, os celulares têm contribuído para a redução da violência no Brasil. 
III- As imagens gravadas serviram de prova em 1.890 mortes ocorridas em operações policiais em 2012. 
É correto o que se afirma apenas em: 
a. I. 
Resposta: A. 
Comentário: o texto cita vários casos em que o registro com o celular serviu de prova para revelar crimes 
e arbitrariedades do poder estatal.

Continue navegando