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DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
DEFESA E RECONVENÇÃO
Livro Eletrônico
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Defesa e Reconvenção
DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Maria Rafaela
Sumário
Apresentação .....................................................................................................................................................................3
Defesa e Reconvenção ..................................................................................................................................................4
1. Defesa no Processo do Trabalho: Como Fazer? O Passo a Passo ...................................................4
2. Defesa: Como já foi Cobrado na Prova da OAB? .........................................................................................7
3. Defesa: Resolução da Prova 2021 da OAB ...................................................................................................9
4. Defesa: Peça Inédita e Dicas de Resolução ...............................................................................................14
5. A Reconvenção no Processo do Trabalho e como Redigir na Peça Prática ..........................20
6. A Exceção de Incompetência Territorial com a Reforma Trabalhista .........................................21
7. Direito Material: Prescrição e Decadência para Revisão e para Auxiliar na Resolução 
de Provas Subjetivas .................................................................................................................................................. 22
8. Resolução de Questões da Prova de 2020 (Exame XXI) ..................................................................33
9. Apresentação da Prova de 2021 da OAB (Exame XXXII) sem Gabarito para Treino e 
depois Conferência com a Leitura do Material ............................................................................................36
10. Apresentação das Questões da Prova de 2021.2 da OAB sem Gabarito para Treino 
e depois Conferência com a Leitura do Material.........................................................................................39
Resumo ...............................................................................................................................................................................49
Referências ........................................................................................................................................................................51
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CARLOS CLEITON BATISTA DOS SANTOS - 00714721506, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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Defesa e Reconvenção
DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Maria Rafaela
ApresentAção
Olá, futuro (a) Advogado (a)!
Tudo bem contigo? Estudando firme e forte?
Eu vou me apresentar. Meu nome é Maria Rafaela de Castro. Atualmente sou Juíza do 
Trabalho no TRT 7a Região, doutoranda em Ciências Jurídicas pela Faculdade de Direito do 
Porto em Portugal, professora de preparatórios e faculdades aqui no Ceará, “a Terra do Sol” 
e faço parte do Time do GRAN CURSOS.
Registro que estou muito feliz em estar aqui escrevendo esse livro digital para você atingir 
o sucesso na carreira que sonha, pois a advocacia é uma belíssima carreira para os fortes.
O mais importante da minha apresentação é para te dizer que eu entendo sua dor e pressa 
para ser aprovado na OAB. Também entendo que você quer o máximo de informações de forma 
objetiva e clara, sem rodeios e que quer gabaritar a prova, bem como entender as nuances 
da legislação. Veio ao lugar certo. Isso porque a maioria não tem muito tempo para estudar, 
seja porque trabalha, faz estágio, tem aulas na faculdade, aquela preocupação com o TCC etc.
Eu te parabenizo por você estar lendo este material, pois isso significa que você foi aprovado 
na 1a fase da OAB. Então, você já está com 50% da vitória. Vamos nos dedicar mais um pouco 
com a leitura dos nossos materiais, pois vai dar certo se houve compromisso e empenho.
Eu e todo a equipe do GRAN estamos aqui para te dar o máximo de dicas, teorias, exercí-
cios, respondendo questões de provas anteriores e criando questões inéditas para que você 
surpreenda a Banca examinadora e não, o contrário.
Nesse ponto, esse material vai te ajudar a chegar ao êxito final e já estou feliz e motivada em 
elaborar isso para você. Sendo assim, estude a matéria de direito do trabalho num formato diferente.
E acredite: saber direito do trabalho é imprescindível para a sua aprovação. Não é possível 
ir para as provas sem ler esse material. Então, aproveite!
Espero que você goste do que vamos estudar e do material a seguir. Por favor: material 
obrigatório! Então, pegue sua xícara de café (ou melhor, uma garrafa térmica gigante), o marca 
texto, a caneta e se programe para ler tudo que preparei para você e ficar ligado no curso GRAN.
Por gentileza, se você curtiu essa aula, dê um feedback positivo lá no Fórum do Aluno. Se 
tiver críticas construtivas, também use o fórum para melhorarmos o material, ok?
Vamos começar?
Maria Rafaela de Castro
@mrafaela_castro
@juizamariarafaela
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Defesa e Reconvenção
DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Maria Rafaela
DEFESA E RECONVENÇÃO
1. DefesA no processo Do trAbAlho: como fAzer? o pAsso A pAsso
A defesa no processo do trabalho tem como eixo principal a CONTESTAÇÃO, considerada 
o principal ato postulatório do réu e a exteriorização/instrumentalização do direito de defesa 
do réu. Alguns princípios processuais norteiam a defesa que você deve ficar atento (a) no 
momento da elaboração da peça prática.
Na elaboração da defesa, podem ser alegadas matérias de cunho de direito material e 
processual. Deve ainda, na peça de defesa, cumprir literalmente o ÔNUS DA IMPUGNAÇÃO 
ESPECIFICADA DOS FATOS, conforme o teor do artigo 341 do CPC, contendo, na sua peça, 
todas as alegações de fato e de direito contrária à pretensão do reclamante que a questão 
da banca trouxer. Deve conter toda a matéria de defesa, com exposições das razões de fato 
e de direito, nos mesmos moldes que fizemos no livro anterior com a petição inicial, lembra?
Na elaboração da peça de defesa, deve-se cumprir a regra da eventualidade, concentrando 
todos os argumentos na peça de defesa que, inclusive, admite-se argumentos defensivos con-
trários na qualidade de pedidos sucessivos, ou seja, na hipótese de alguns serem rejeitados. 
Assim, como deve ser feito o pedido de compensação ou dedução de verbas já pagas para 
fins de evitar enriquecimento indevido.
A linha mestra da redação da peça de contestação é impugnar especificadamente cada 
fato trazido na inicial da reclamação trabalhista, tendo como norte a inteligência do artigo 
341 do CPC. Não se admite defesa por negativa geral ou defesa genérica. Lembre-se: o réu 
deve narrar sua própria versão dos fatos.
É admissível o requerimento genérico de provas, apesar da literalidade do artigo 336 do CPC.
O PULO DO GATO
É possível a confissão ficta ou expressa no momento da elaboração da peça de defesa. Na 
prática forense, isso ocorre, por exemplo, quando o réu confessa que deve mas explica que 
não tem condições de efetuar o pagamento porque “quebrou”. No entanto, não é essa a linha 
que o examinador espera no momento da elaboração da peça processual na prova. Você deve 
enfrentar “com unhas e dentes” a defesa do cliente. Então, já fica a primeiradica: evite confessar 
em favor da parte autora.
O conteúdo da defesa pode se voltar ao conteúdo material dos direitos trabalhistas como 
também em relação à matéria processual.
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Defesa e Reconvenção
DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Maria Rafaela
Sobre as preliminares do mérito e de como devem ser as argumentações dilatórias e pe-
remptórias processuais, fiz dois mapas mentais para auxiliar a abordagem:
Questões processuais
na contestação
são aquelas que vão postergar apenas 
a análise do mérito, como exceção 
de incompetência ou inexistência ou 
são aquelas que pedem a extinção do próprio 
processo, como é o caso da alegação da 
litispendência ou da coisa julgada. Até mesmo 
a perempção pode ser alegada aqui. Destaca-
se também o artigo 337 do CPC
não impede o mérito da própria causa
aqui se impede o mérito da 
preliminares do mérito
preliminares do mérito
DILATÓRIAS
PEREMPTÓRIAS
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Defesa e Reconvenção
DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Maria Rafaela
Sobre as preliminares de mérito da causa, perceba-se a alegação disposta no artigo 337 
do CPC e que é aplicado subsidiariamente ao processo do trabalho, podendo ser usada na 
sua prova quando da elaboração da resposta:
Preliminares da 
contestação nos 
termos do CPC 
aplicados no 
processo trabalhista
incorreção do valor da causa;
incompetência absoluta e relativa;
inexistência ou nulidade da citação;
indevida concessão do benefício de 
gratuidade de justiça.
falta de caução de outra prestação 
que a lei exige como preliminar;
ausência de legitimidade ou de 
interesse processual;
incapacidade da parte, defeito de 
representação ou falta de autorização;
Convenção de arbitragem;
conexão;
conjugada;
litispendência;
perempção;
inépcia da petição inicial;
Você pode desenvolver, em afronta ao mérito, duas linhas de raciocínio na sua elaboração: 
defesa DIRETA ou INDIRETA. No primeiro caso, você nega totalmente o pedido/fato do obreiro, 
como é o caso em que se nega o vínculo de emprego entre as partes. No segundo caso, na 
INDIRETA, você confirma o fato narrado na exordial, mas acrescenta um motivo impeditivo, 
modificativo ou extintivo. Depende então do caso concreto, mas no exame da ordem, você 
pode usar qualquer uma dessas modalidades de defesa.
Se houve alegação de PRESCRIÇÃO OU DECADÊNCIA, você tem que pedir a extinção do 
processo com resolução do mérito, nos termos do artigo 487, III do CPC. Por isso, revise esse 
assunto na parte de direito material que elaborei para você nos capítulos seguintes desse livro. 
Principalmente, fique atento às situações de suspensão e interrupção do prazo prescricional.
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Defesa e Reconvenção
DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Maria Rafaela
Então vamos para as dicas do passo a passo da defesa:
(1) Direcionamento ao juízo que já vem no texto da prova, bem como o número do processo 
relacionado que você deve usar na elaboração da sua peça.
(2) Qualificação das partes, com a fundamentação para a apresentação da defesa e a 
tempestividade.
(3) Preliminares conforme o mapa mental acima: não tenha medo de fazer várias prelimina-
res, mesmo que sucintas. Fique atento, principalmente, acerca da alegação de incompetência 
absoluta e relativa, lembrando que aqui se encaixa a ideia de incompetência territorial relativa 
ao foro. Vou abordar isso com mais detalhe num tópico próprio.
(4) Prejudicial de mérito – se for o caso de prescrição ou decadência
(5) Da verdade dos fatos – narrativa fática do ponto de vista do réu
(6) Dos aspectos jurídicos – argumentação jurídica correlata à “verdade dos fatos”
(7) Requerimentos finais – dos quais pode pedir a condenação em honorários advocatícios 
sucumbenciais, eventual pedido de gratuidade judicial ao réu, pedidos de compensação e dedução 
do que foi pago para fins de evitar enriquecimento indevido, pedido de produção de provas etc.
(8) Não assine a prova. Consta só ADVOGADO
(9) Se houver pedido de reconvenção, sugere-se abrir um tópico antes de “requerimentos 
finais” e indicar um valor dado à causa, pois na reconvenção, deve existir um valor da causa, 
em relação ao pedido que é formulado.
2. DefesA: como já foi cobrADo nA provA DA oAb?
Posicionei abaixo as peças que foram cobradas nos últimos sete certames da OAB para 
que você perceba a repetitividade das cobranças:
EXAME PEÇA
2021 CONTESTAÇÃO
2020 RECURSO ORDINÁRIO
2019 PETIÇÃO INICIAL
2019 CONTESTAÇÃO
2019 PETIÇÃO INICIAL
2018 RECURSO ORDINÁRIO
2018
CONTESTAÇÃO E RECONVENÇÃO (PEÇA 
UNIFICADA)
Assim, passo a analisar duas provas já cobradas pela OAB, mas a resolução veremos no 
próximo capítulo da prova no ano de 2021 (XXXII exame). Perceba que no ano de 2019, foi 
cobrada também.
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Defesa e Reconvenção
DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Maria Rafaela
O examinador, na peça processual, narra fatos e quer que o candidato, primeiramente, 
aponte qual a peça processual cabe na situação e, após, desenvolva a redação sobre a temá-
tica, abordando os temas importantes.
No XXXII Exame Unificado, o examinando deverá formular uma CONTESTAÇÃO de reclama-
ção trabalhista dirigida ao juízo da 200a Vara do Trabalho de São Paulo e, ainda, há referência 
ao número do processo que deve constar na peça.
No caso da prova prática, na elaboração da peça, deverá suscitar preliminar de incompe-
tência material em relação ao recolhimento do INSS, na forma da Súmula Vinculante 53 do 
STF, Súmula 368, inciso I, do TST e art. 876, Parágrafo único, da CLT. Veja sempre se há o caso 
de incompetência absoluta ou relativa.
No mesmo azo, deverá suscitar preliminar de inépcia em relação à equiparação salarial 
porque há causa de pedir sem pedido, conforme Art. 330, § 1º, II, do CPC. Deverá ser arguida 
a prejudicial de mérito de prescrição parcial, para ver declarado prescrito todo e qualquer 
suposto direito anterior a 30/01/2015 ou anteriores aos cinco anos do ajuizamento da ação, 
conforme o Art. 7º, inciso XXIX, da CRFB/1988, o Art. 11 da CLT e a Súmula 308, inciso I, do TST.
Vamos para a defesa do mérito agora que deveria ser feito na prova: contestar o pedido de 
horas extras porque sendo a autora gerente e, efetivamente, tendo poder de gestão e salário 
diferenciado, com gratificação de função superior a 40%, ocupa cargo de confiança e, assim, 
não tem direito a limite de jornada. Consequentemente, não tem direito ao pagamento de 
horas extras, conforme o Art. 62, inciso II, da CLT.
Deverá ser sustentado que não há direito à indenização de 40% sobre o FGTS porque a autorapediu demissão, o que impede a pretensão, porque essa hipótese não é prevista na norma cogente, 
na forma do Art. 18, § 1º, da Lei n. 8.036/1990 e Art. 9º, § 1º, do Decreto n. 99.684/1990.
Deverá ser contestado o pedido de integração dos prêmios porque, ainda que habituais, 
eles não integram a remuneração conforme previsão legal expressa no Art. 457, § 2º, da CLT. 
Deverá ser contestado, em razão princípio da eventualidade, o pedido de equiparação salarial 
porque a modelo tem mais de 2 anos na função, não implementando uma das condições legais, 
na forma do Art. 461, § 1º, da CLT. Deverá ser contestado o pedido de periculosidade porque 
a situação retratada na petição inicial não autoriza tecnicamente o pagamento do adicional, 
pois a empregada não laborava em atividade ou operações perigosas segundo o Art. 193 da 
CLT. Aqui pode até mesmo pedir prova pericial. Deverá ser contestado o pedido de honorários 
advocatícios porque se limitam a 15%, além de postulados honorários sucumbenciais, na 
forma do Art. 791-A da CLT. Sem assinar, por favor!
No ano de 2019, no exame XXVIII, também foi exigido que o candidato redigisse uma 
CONTESTAÇÃO.O candidato deve apresentar uma contestação digirida ao Juízo da 80ª Vara 
do Trabalho de Cuiabá, com base no Art. 847 da CLT, identificando as partes envolvidas. Na 
elaboração da peça deverá suscitar preliminar de inépcia em relação ao pedido de adicional 
de periculosidade, com a extinção do processo sem resolução do mérito em relação a esse 
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Defesa e Reconvenção
DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Maria Rafaela
pleito, na forma do Art. 330, § 1º, inciso I, e do Art. 485, inciso I, ambos do CPC/2015.Deverá 
ser arguida a prejudicial de mérito de prescrição parcial, para ver declarado prescrito todo e 
qualquer suposto direito anterior a 15/10/2013, conforme o Art. 7º, inciso XXIX, da CRFB/1988, 
OU o Art. 11, da CLT OU a Súmula 308, inciso I, do TST. Deverá ser contestado o pedido de in-
denização por dano moral porque doença degenerativa não é considerada doença profissional 
nem doença do trabalho, na forma do Art. 20, § 1º, alínea a, da Lei n. 8.213/1991.
Deve discutir sobre o alcance do salário utilidade na CLT, e, encaixar a tese de que o plano 
odontológico não caracteriza salário utilidade por expressa vedação legal, na forma do Art. 
458, § 2º, inciso IV e § 5º, da CLT, daí porque não poderá ser integrado ao salário.
Deveria ser usada a tese da inexistência de ultratividade das normas coletivas quando for 
impugnar o pedido de cesta básica porque a norma coletiva juntada findou em julho de 2018 
e não possui ultratividade, na forma do Art. 614, § 3º, da CLT.
Deve-se enfrentar o pedido de tempo à disposição porque a participação voluntária do 
empregado em práticas religiosas dentro da empresa não o caracteriza, por explícita vedação 
legal, na forma do Art. 4º, § 2º, inciso I, da CLT.
Na defesa, deve-se “bater na tecla” da coação no pedido de demissão e advogado que 
o ônus de provar o alegado vício de consentimento pertence à autora, na forma do Art. 818, 
inciso I, da CLT e do Art. 373, inciso I, do CPC/2015.
Todos os pedidos devem ser contestados, impugnados (ônus da impugnação especificada 
dos fatos), principalmente, o pedido de acúmulo funcional porque a atividade desempenhada 
pela autora era compatível com a sua condição pessoal e profissional, na forma do Art. 456, 
parágrafo único, da CLT.
Não assine a prova. Faça o fechamento o mais formal possível.
3. DefesA: resolução DA provA 2021 DA oAb
No capítulo acima, abordamos dois exames. Nesse ponto do nosso livro, trarei aqui a 
questão e a forma como podemos resolver, bem como uma ideia de como seria a redação 
da contestação para que você tenha uma noção geral de como elaborar.
PEÇA DO EXAME XXXII DA OAB
Érica Grama Verde trabalhou para a sociedade empresária Auditoria Pente Fino S.A. de 
29/09/2011 a 07/01/2020, exercendo, desde a admissão, a função de gerente do setor de auditoria 
de médias empresas. Na condição de gerente, Érica comandava 25 auditores, designando suas 
atividades junto aos clientes do empregador, bem como fiscalizando e validando as auditorias 
por eles realizadas. Érica recebia salário mensal de R$ 20.000,00 (vinte mil reais), acrescido de 
gratificação de função de R$ 10.000,00 (dez mil reais). Érica pediu demissão, em 07/01/2020, e 
ajuizou reclamação trabalhista em 30/01/2020, na qual postulou o pagamento de horas extras, 
alegando que trabalhava de segunda-feira a sábado, das 8h às 20h, com intervalo de 1 hora para 
refeição, sendo que não marcava folha de ponto. Érica requereu o pagamento da indenização de 
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Defesa e Reconvenção
DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Maria Rafaela
40% sobre o FGTS, que não foi depositada na sua conta vinculada, conforme extrato analítico do 
FGTS, que juntou com a inicial. Ela afirmou, ainda, que a empresa não efetuou o recolhimento do 
INSS nos anos de 2018 e 2019, fazendo comprovação disso por meio do seu Cadastro Nacional 
de Informações Sociais (CNIS), juntado com a petição inicial, no qual se constata que, nos anos 
citados, não houve recolhimento previdenciário, pelo que requereu que a empresa fosse condenada 
a regularizar a situação. Érica explicou e comprovou com os contracheques que, a partir de 2018, 
passou a receber prêmios em pecúnia, em valores variados, pelo que requereu a integração do 
valor desses prêmios à sua remuneração, com reflexos nas demais verbas salariais e rescisórias, 
inclusive FGTS, e o pagamento das diferenças daí decorrentes. Érica informou que, desde o início 
de seu contrato, realizava as mesmas atividades que Silvana Céu Azul, outra gerente do setor de 
auditoria de médias empresas, admitida na Auditoria Pente Fino S.A. em 15/01/2009, já na função 
de gerente, mas que ganhava salário 10% superior ao da reclamante, conforme contracheques que 
foram juntados com a petição inicial e evidenciam o salário superior da modelo. Uma vez que as 
atividades de Érica eram desenvolvidas em prédio da sociedade empresária localizado ao lado de 
uma comunidade muito violenta, tendo a empregada ouvido diversas vezes disparos de arma de 
fogo e assistido, da janela de sua sala de trabalho, a várias operações policiais que combatiam 
o tráfico de drogas no local, requereu o pagamento de adicional de periculosidade. Por fim, Érica 
requereu o pagamento de honorários advocatícios de 20% sobre o valor da condenação, conforme 
o Art. 85, § 2º, do CPC. Diante da situação, você, como advogado(a) da sociedade empresária, 
deve elaborar a peça processual adequada à defesa dos interesses de seu cliente, sabendo que 
a demanda foi proposta perante a 200ª Vara do Trabalho de São Paulo sob o número 0101010-
50.2020.5.02.0200. (Valor: 5,00).
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Questão da prova prática Pontos a serem desenvolvidos
ÉricaGrama Verde trabalhou para a sociedade empresária Auditoria 
Pente Fino S.A. de 29/09/2011 a 07/01/2020, exercendo, desde a 
admissão, a função de gerente do setor de auditoria de médias empresas. 
Na condição de gerente, Érica comandava 25 auditores, designando suas 
atividades junto aos clientes do empregador, bem como fiscalizando e 
validando as auditorias por eles realizadas. Érica recebia salário mensal 
de R$ 20.000,00 (vinte mil reais), acrescido de gratificação de função 
de R$ 10.000,00 (dez mil reais). Érica pediu demissão, em 07/01/2020, 
e ajuizou reclamação trabalhista em 30/01/2020, na qual postulou 
o pagamento de horas extras, alegando que trabalhava de segunda-
feira a sábado, das 8h às 20h, com intervalo de 1 hora para refeição, 
sendo que não marcava folha de ponto. Érica requereu o pagamento 
da indenização de 40% sobre o FGTS, que não foi depositada na sua 
conta vinculada, conforme extrato analítico do FGTS, que juntou com a 
inicial. Ela afirmou, ainda, que a empresa não efetuou o recolhimento do 
INSS nos anos de 2018 e 2019, fazendo comprovação disso por meio 
do seu Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS), juntado com 
a petição inicial, no qual se constata que, nos anos citados, não houve 
recolhimento previdenciário, pelo que requereu que a empresa fosse 
condenada a regularizar a situação. Érica explicou e comprovou com 
os contracheques que, a partir de 2018, passou a receber prêmios em 
pecúnia, em valores variados, pelo que requereu a integração do valor 
desses prêmios à sua remuneração, com reflexos nas demais verbas 
salariais e rescisórias, inclusive FGTS, e o pagamento das diferenças 
daí decorrentes. Érica informou que, desde o início de seu contrato, 
realizava as mesmas atividades que Silvana Céu Azul, outra gerente 
do setor de auditoria de médias empresas, admitida na Auditoria Pente 
Fino S.A. em 15/01/2009, já na função de gerente, mas que ganhava 
salário 10% superior ao da reclamante, conforme contracheques que 
foram juntados com a petição inicial e evidenciam o salário superior da 
modelo. Uma vez que as atividades de Érica eram desenvolvidas em 
prédio da sociedade empresária localizado ao lado de uma comunidade 
muito violenta, tendo a empregada ouvido diversas vezes disparos 
de arma de fogo e assistido, da janela de sua sala de trabalho, a várias 
operações policiais que combatiam o tráfico de drogas no local, requereu 
o pagamento de adicional de periculosidade. Por fim, Érica requereu 
o pagamento de honorários advocatícios de 20% sobre o valor da 
condenação, conforme o Art. 85, § 2º, do CPC. Diante da situação, 
você, como advogado(a) da sociedade empresária, deve elaborar a peça 
processual adequada à defesa dos interesses de seu cliente, sabendo 
que a demanda foi proposta perante a 200ª Vara do Trabalho de São 
Paulo sob o número 0101010-50.2020.5.02.0200
1) já existe aqui o juízo competente e, portanto, a contestação deve ser 
dirigida ao Juízo da 200ª Vara do Trabalho de São Paulo, com base no Art. 
847 da CLT, identificando as partes envolvidas.
2) logo após esse direcionamento, deve indicar a verdade dos fatos e anotar 
as preliminares que poderiam ser arguidas: a) incompetência material em 
relação ao recolhimento do INSS, na forma da Súmula Vinculante 53 do 
STF, Súmula 368, inciso I, do TST e art. 876, Parágrafo único, da CLT; b) 
preliminar de inépcia em relação à equiparação salarial porque há causa 
de pedir sem pedido, conforme Art. 330, § 1º, II, do CPC.
3) depois, sustenta a PREJUDICIAL da prescrição: no caso, é a prescrição 
parcial, para ver declarado prescrito todo e qualquer suposto direito 
anterior a 30/01/2015 ou anteriores a cinco anos do ajuizamento da 
ação, conforme o Art. 7º, inciso XXIX, da CRFB/1988, o Art. 11 da CLT e 
a Súmula 308, inciso I, do TST.
4) a partir de agora, vamos contestar o mérito da demanda, iniciando 
com as horas extras porque sendo a autora gerente e, efetivamente, 
tendo poder de gestão e salário diferenciado, com gratificação de função 
superior a 40%, ocupa cargo de confiança e, assim, não tem direito a limite 
de jornada. Consequentemente, não tem direito ao pagamento de horas 
extras, conforme o Art. 62, inciso II, da CLT.
5) Na sequência, os demais fatos devem ser impugnados como, por exemplo, 
não há direito à indenização de 40% sobre o FGTS porque a autora pediu 
demissão, o que impede a pretensão, porque essa hipótese não é prevista 
na norma cogente, na forma do Art. 18, § 1º, da Lei n. 8.036/1990 e Art. 
9º, § 1º, do Decreto n. 99.684/1990. Deverá ser contestado o pedido de 
integração dos prêmios porque, ainda que habituais, eles não integram a 
remuneração conforme previsão legal expressa no Art. 457, § 2º, da CLT. 
Deverá ser contestado, em razão princípio da eventualidade, o pedido de 
equiparação salarial porque a modelo tem mais de 2 anos na função, não 
implementando uma das condições legais, na forma do Art. 461, § 1º, da 
CLT. Deverá ser contestado o pedido de periculosidade porque a situação 
retratada na petição inicial não autoriza tecnicamente o pagamento do 
adicional, pois a empregada não laborava em atividade ou operações 
perigosas segundo o Art. 193 da CLT.
6) Nos pedidos acima, ainda afirme na peça de defesa que o ônus da prova 
é do autor, razão pela qual não apresentou até o presente momento 
nenhuma prova condizente com o alegado.
7) argumentar contra o pedido de honorários advocatícios porque se 
limitam a 15%, além de postulados honorários sucumbenciais, na forma 
do Art. 791-A da CLT.
8) pode pedir compensação de tudo que já foi devidamente pago
9) pode argumentar contra o pedido de deferimento da gratuidade judicial
10) não assine a peça. Coloque só ADVOGADO.
Como poderíamos, em síntese, elaborar a peça processual? Acompanhe um passo a 
passo, observando-se que nem sempre a banca da OAB exigirá que seja feita uma exceção 
de incompetência territorial ou reconvenção.
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Maria Rafaela
Por isso, fique atento a redigir somente aquilo que realmente for narrado na questão de 
prova. Chamo atenção quanto a isso, pois é comum o aluno sempre achar que deverá ter uma 
reconvenção “escondida”. Cuidado! Vamos lá:
Excelentíssimo (a) Senhor (a) Juiz (a) da 20ª Vara do Trabalho de São Paulo 
Obs.: � O direcionamento já consta nos dados da questão, assim como o número do processo.
Processo n. 0101010-50.2020.5.02.0200
Auditoria Pente Fino S.A. (qualificação) comparece com o devido respeito, para fins de 
apresentar CONTESTAÇÃO tempestivamente em face de Érica Grama Verde (qualificação), 
nos autos do processo supracitado, com as argumentações fático e jurídicas a seguir, com 
fundamento no artigo 847 da CLT, exercendo seu direito constitucional de contraditório e 
ampla defesa (Artigo 5, Inciso LV, CF/1988):
I – PRELIMINARES
I.1 – Incompetência Material
A autora aduziu, na petição inicial, que a empresa não efetuou o recolhimento do INSS 
nos autos de 2018 e 2019, fazendo comprovação disso por meio do seu Cadastro Nacional 
de Informações Sociais (CNIS), juntando com a petição inicial, na qual se constata que, nos 
anos citados, não houve recolhimento previdenciário, pelo que requereu que a empresa fosse 
condenada a regularizar a situação.
No entanto, tal pleito não prospera por flagrante incompetência da Justiça do Trabalho 
para processar e julgar este pedido. Isso com fundamento jurídico que, em relação ao reco-
lhimento do INSS, na forma da Súmula Vinculante 53 do STF, Súmula 368, Inciso I, do TSTS e 
Artigo 876, Parágrafo único, da CLT, não seria competente esta especializada, razão pela qual 
requer a extinçãodo feito sem resolução do mérito em relação a este pleito. 
Obs.: � Nesse caso, nem caberia pedir à remessa para processo e julgamento da Justiça 
competente, na medida em que são vários os pleitos e, na sua maioria, a competência 
é da Justiça do Trabalho. Sendo assim, possivelmente, seja mais interessante pedir 
a extinção do feito.
I.2 – Inépcia da Inicial
Ainda na petição inicial, observam-se algumas irregularidades. Uma delas é no pelito que a 
reclamante narra fatos sobre equiparação salarial, mas não faz, ao final, claramente, o pedido 
expresso. No entanto, o pedido é claramente inepto, haja vista não preencher as condições 
necessárias para o fundamento de equiparação salarial conforme a legislação vigente no 
Brasil. Assim, há causa de pedir sem pedido, conforme Artigo 330, § 1º, Inciso II, do CPC.
II – PREJUDICIAL DE MÉRITO
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Nos autos, observa-se a situação da prescrição parcial. No caso concreto, a ré requer que 
seja PRONUNCIADO todo e qualquer suposto direito anterior a 30/01/2015 ou anteriores a 
cinco anos do ajuizamento da ação, conforme o Artigo 7º, Inciso XXIX, da CRFB/1988, o Artigo 
11 da CLT e a Súmula 308, Inciso I, do TST. 
Obs.: � Tecnicamente, o correto é pedir a pronúncia da prescrição ao invés de declaração da 
prescrição, tendo em vista se tratar de questão prejudicial. 
III – DA VERDADE DOS FATOS
A reclamante falta com a verdade na sua narrativa, na medida em que desempenhava 
função de confiança e de alta gestão e, portanto, não era passível de controle de jornada. 
Destaque-se que o motivo da ruptura contratual foi o pedido de demissão que foi feito 
de forma livre e consentida pela própria autora, são podendo simplesmente se arrepender e 
pleitear verbas na modalidade de dispensa sem justa causa. Não é o caso dos autos. 
Logo, sendo pedido de demissão, não incide multa de 40% do FGTS ou pagamento de aviso 
prévio, por exemplo. Assim, não há como prosperarem os pedidos, haja vista inexistência de 
prova de qualquer vício de consentimento.
IV – DO DIREITO
Em relação ao pedido de pagamento de horas extras, não há como prosperar, na medida 
em que a narrativa da obreira olvidou de mencionar que exerceria poder de gestão.
Ora, sendo a autora gerente e, efetivamente, tendo poder de gestão e salário diferenciado, 
com gratificação de função superior a 40%, ocupa cargo de confiança e, assim, não tem di-
reito a limite de jornada. Consequentemente, não tem direito ao pagamento de horas extras, 
conforme o Artigo 62, Inciso II, da CLT.
Acerca da ruptura do contrato de trabalho, não há como prosperar pleitos de verbas na 
modalidade de dispensa sem justa causa, pois está demonstrando documentalmente que a 
autora pediu demissão. Não houve irregularidade no seu pedido de demissão e nenhum vício 
de consentimento, ressaltando que eventual prova de vício é ônus da autora.
Com base nisso, não há direito à indenização de 40% sobre o FGTS porque a autora pediu 
demissão, o que impede a pretensão, porque essa hipótese não é prevista na norma cogente, 
na forma do Artigo 18, §1º, da Lei 8.036/1990 e Artigo 9º, §1º, do Decreto n. 99.684/1990.
Sobre a alegação de integração de prêmios para fins de incluir na base remuneratória das 
demais verbas trabalhistas, não prospera. Isso porque, ainda que habituais, os prêmios não 
integram a remuneração conforme previsão legal expressa no Artigo 457, §2º, da CLT.
Em igual sentido, é o pedido de equiparação salarial. Apesar de constar a preliminar de 
inépcia da inicial, rebate-se, no mérito, tal pedido, tendo em vista que, em razão do princípio 
da eventualidade, o pedido de equiparação salarial não tem chance de êxito porque a modelo 
tem mais de 2 anos na função, não implementando uma das condições legais, na forma do 
Artigo 461, §1º, da CLT. 
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Obs.: � Mesmo que se atravesse uma preliminar sobre determinado pedido, tem que lembrar 
de rebater novamente no mérito, pelo princípio da eventualidade.
Não assiste razão à autora quanto ao pleito de pagamento adicional de periculosidade. 
Isso porque, da narrativa apontada na exordial, de laborar em local perigoso e com assaltos, 
a situação retratada na petição inicial não laborava em atividade ou operações perigosas 
segundo o Artigo 193 da CLT.
Destaque-se, sobretudo, que, em todos os pedidos, o ônus da prova é do autor, razão pela 
qual não apresentou, até o presente momento, nenhuma prova condizente com o alegado.
Logo, seus pedidos merecem a sorte da improcedência. Por derradeiro, a reclamante não 
reúne as condições para a gratuidade judicial, razão pela qual deve ser indeferida, bem como 
não prospera o pedido de honorários advocatícios porque, segundo a lei, eles se limitam a 
15%, além de postulados honorários sucumbenciais, na forma do Artigo 791-A da CLT.
V – REQUERIMENTOS FINAIS
1. Que sejam aceitas as preliminares e declaradas por este douto juízo;
2. Que seja pronunciada a prescrição nos moldes pretendidos;
3. Que todos os pedidos que embasam a petição inicial sejam julgados improcedentes. 
Obs.: � Não é correto falar que a ação seja julgada improcedente, mas sim que os pedidos 
sejam assim julgados. A procedência ou improcedência é em relação ao pedido, e 
não à ação.
4. Que sejam compensados e deduzidos todos os valores já pagos pela ré nas rubricas 
pretendidas pelo reclamante. 
5. Que seja indeferida a gratuidade judicial à autora por não preencher os requisitos legais 
e por não ser pobre na forma da lei, conforme seu padrão de vida. 
6. Que seja mantida a modalidade de ruptura contratual como pedido de demissão.
Por ser contestação e não ser o caso de reconvenção, não existe valor à causa. 
Localidade/Data
Advogado
Obs.: � Não assine a peça pelo amor de Deus!
4. DefesA: peçA inéDitA e DicAs De resolução
Nesse capítulo do nosso livro, trago uma questão nova/ inédita para abordagens de assun-
tos atuais para ajudar a revisão da matéria, bem como já passar como seria a elaboração da 
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petição inicial no caso. Vou reproduzir aquele mesmo esquema do capítulo anterior. Vamos 
no passo a passo que eu acho ser fundamental na sua aprendizagem:
Caso/questão inédita (2021):Rui da Silva foi contratado pela empresa SO MEDICOS e 
teve seu contrato de trabalho devidamente assinado na data correta antes da pandemia, na 
data de 01.01.2019 como enfermeiro. Requereu equiparação salarial com a enfermeira Ana 
Ruth da Silva, muito embora esta tenha mestrado na área de gestão e feito mais cursos de 
reciclagem no Hospital que Rui da Silva e, com isso, alegou o autor que existe uma diferença 
injustificada de salário de R$1.500,00. Alega que não foi concedido o intervalo intrajornada, 
muito embora houvesse quartode descanso e copa no hospital, bem como o fornecimento 
de alimentação aos funcionários. Rui ainda sustentou que não havia pagamento de vale trans-
porte, embora, muitas vezes, usasse compartilhamento de UBER com os demais colegas de 
plantão para se dirigir ao hospital. Alega que foi submetido a uma pressão psicológica surreal 
diante da fase da pandemia de COVID 19, gerando um dano moral e um abalo na sua condi-
ção de vida, requerendo danos morais de cinquenta mil reais. Sustentou o autor que diante 
de tantos descumprimentos de obrigações trabalhistas, desmotivou-se a laborar e, com isso, 
deixou de comparecer ao serviço na data de 01.06.2021 e que ligaram do Hospital para que 
retornasse ao trabalho, mas Rui já tinha feito contato com o advogado para o ajuizamento da 
demanda. Diante da inércia do Rui em retornar ao seu plantão, o hospital teve que fazer uma 
contratação de emergência, causando um prejuízo de cinco mil reais. O hospital fica localizado 
em Barreirinhas/MA, sendo ajuizada a ação na Vara Única de Barreirinhas/MA sob o número 
20202020202.01.09.0005.
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Questão inédita/2021 Pontos a serem desenvolvidos
Rui da Silva foi contratado pela empresa SO MEDICOS e 
teve seu contrato de trabalho devidamente assinado na 
data correta antes da pandemia, na data de 01.01.2019 
como enfermeiro. Requereu equiparação salarial com 
a enfermeira Ana Ruth da Silva, muito embora esta 
tenha mestrado na área de gestão e feito mais cursos 
de reciclagem no Hospital que Rui da Silva e, com isso, 
alegou o autor que existe uma diferença injustificada de 
salário de R$1.500,00. Alega que não foi concedido o 
intervalo intrajornada, muito embora houvesse quarto de 
descanso e copa no hospital, bem como o fornecimento 
de alimentação aos funcionários. Rui ainda sustentou 
que não havia pagamento de vale transporte, embora, 
muitas vezes, usasse compartilhamento de UBER com 
os demais colegas de plantão para se dirigir ao hospital. 
Alega que foi submetido a uma pressão psicológica surreal 
diante da fase pandemia de COVID 19, gerando um dano 
moral e um abalo na sua condição de vida, requerendo 
danos morais de cinquenta mil reais. Sustentou o autor 
que diante de tantos descumprimentos de obrigações 
trabalhistas, desmotivou-se a laborar e, com isso, deixou 
de comparecer ao serviço na data de 01.06.2021 e que 
ligaram do Hospital para que retornasse ao trabalho, 
mas Rui já tinha feito contato com o advogado para o 
ajuizamento da demanda. Diante da inércia do Rui em 
retornar ao seu plantão, o hospital teve que fazer uma 
contratação de emergência, causando um prejuízo de 
cinco mil reais. O hospital fica localizado em Barreirinhas/
MA, sendo ajuizada a ação na Vara Única de Barreirinhas/
MA sob o número 20202020202.01.09.0005.
1) Você utiliza o processo e o juízo competente já informado pela 
questão. Além disso, observe que, na leitura da questão, não existe 
discussão acerca de incompetência seja absoluta ou relativa, mas 
existe pedido em que cabe a reconvenção. Lembre-se que sempre 
que houver uma ideia de ressarcimento, é o caso de reconvenção. 
Na nossa questão inédita, existe essa possibilidade.
2) Pode alegar a preliminar de inépcia da inicial, pela ausência dos 
requisitos essenciais para o pleito de equiparação salarial.
3) No mérito, deve alegar que não estão preenchidos pela equiparação 
salarial, nos termos do artigo 461 da CLT, haja vista que a modelo 
tem qualidades profissionais e formação superior ao do reclamante, 
observando-se que: Sendo idêntica a função, a todo trabalho de 
igual valor, prestado ao mesmo empregador, na mesma localidade, 
corresponderá igual salário, sem distinção de sexo, nacionalidade 
ou idade, entre pessoas cuja diferença de tempo de serviço não for 
superior a 2 anos (art. 461 da CLT).
4) Deve-se pedir também a concessão de gratuidade judicial e a 
condenação em honorários advocatícios sucumbenciais em prol da ré.
5) No mérito deve rebater a ideia de concessão de intrajornada, pois 
o obreiro tinha intervalo, pois havia sala de descanso e o obreiro 
laborava em equipe que se revezavam para fazer as pausas de 
descanso e refeição, inclusive, era concedida a alimentação pelo 
hospital, o que demonstra o respeito pela concessão de pausa do 
trabalhador;
5) Sobre o vale transporte, não era devido pois o obreiro não usava 
transporte público regular e nunca fez requerimento administrativo 
ao empregador, sendo que ele fazia rodízios do uso de UBER com 
seus colegas de plantão;
6) Rui abandonou o serviço, haja vista que simplesmente deixou de 
laborar sem comunicar ao empregador numa situação de alto risco 
e de maior necessidade para o combate à pandemia.
7) Cabe o pedido de reconvenção, haja vista que o obreiro causou 
prejuízo ao hospital, na medida em que simplesmente nada comunicou 
e, numa situação de pandemia, o hospital teve que contratar por 
emergência, gerando um prejuízo de R$5.000.00
8) Rebater o dano moral, tendo em vista que não se trata de 
comportamento abusivo pelo empregador e que a situação de 
pandemia e exigiu de todos os funcionários o máximo esforço 
coletivo, razão pela qual não se pode imputar ao hospital qualquer 
responsabilidade em razão da carga excessiva de trabalho em que 
todos os profissionais de saúde se sujeitaram em razão da pandemia.
Como poderíamos, em síntese, elaborar a peça processual? Acompanhe um passo a passo:
Excelentíssimo (a) Senhor (a) Juiz (a) da Vara Única do Trabalhador de Barreirinhas/Maranhão 
Obs.: � O DIRECIONAMENTO DO JUÍZO que já veio no enunciado da prova.
Processo n. 20202020202.01.09.0005 
Obs.: � O número do processo é trazido na questão da prova.
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Maria Rafaela
SÓ MÉDICOS, pessoa jurídica de direito privado, com CNPJ ABC, cuja sede está localizada 
no endereço (...) em Barreirinhas/MA. (Qualificação das partes) apresenta CONTESTAÇÃO E 
RECONVEÇÃO em face de Rui da Silva (qualificado nos autos com endereço suso menciona-
do), pelos fundamentos fáticos e jurídicos a seguir expostos. 
I – PRELIMINARES
Inépcia da Inicial
Ainda na petição inicial, observam-se algumas irregularidades. Uma delas é no pleito que a 
reclamante narra fatos sobre equiparação salarial, mas não faz, ao final, claramente, o pedido 
expresso. No entanto, o pedido é claramente inepto, haja vista não preencher as condições 
necessárias para o fundamento de equiparação salarial conforme a legislação vigente no 
Brasil. Assim, há causa de pedir sem pedido, conforme o Artigo 330, § 1º, Inciso II, do CPC.
II – DA VERDADE DOS FATOS
O reclamante falta com a verdade na sua narrativa, na medida em que desempenhava 
atividade compatível pela qual foi contratado, sendo que a ré cumpriu todas as obrigações 
trabalhistas, tendo o demandante abandonado o serviço, sem qualquer justificativa, apesar 
de telefonemas do hospital para o seu retorno.
Destaque-se que o motivo da ruptura contratual foi abandono de emprego, ocasião em que 
o obreiro deve ser penalizado por tal conduta, principalmente, porque, quando das suas verbas 
rescisórias, não incide multa de 40% do FGTS ou pagamento de aviso prévio, por exemplo. 
Assim, não há como prosperar os pedidos,haja vista inexistência de prova de qualquer vício 
de consentimento. 
III – DO DIREITO
Acerca da ruptura do contrato de trabalho, não há como prosperar pleitos de verbas na 
modalidade de dispensa sem justa causa ou rescisão indireta, pois está demonstrando do-
cumentalmente que o reclamante abandonou o serviço numa situação crítica da saúde no 
Brasil com a pandemia da COVID 19. Não houve irregularidade no contrato de trabalho que 
justificasse o abandono de emprego por parte do autor. 
Com base nisso, não há direito à indenização de 40% sobre o FGTS porque o autor pediu 
demissão, o que impede a pretensão, porque essa hipótese não é prevista na norma cogente, 
na forma do Artigo 18, § 1º, da Lei n. 8.036/1990 e Artigo 9º, § 1º, do Decreto n. 99.684/1990.
Em igual sentido, é o pedido de equiparação salarial. Apesar de constar a preliminar de 
inépcia da inicial, rebate-se, no mérito, tal pedido, tendo em vista que, em razão do princípio 
da eventualidade, o pedido de equiparação salarial não tem chance de êxito porque a modelo 
tem mais formação profissional, com experiência na área e cursos de especialização que o 
reclamante não possui e, com base nisso, o autor não implementa uma das condições legais, 
na forma do Artigo 461, §1º, da CLT.
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Obs.: � Mesmo que se atravesse uma preliminar sobre determinado pedido, tem que lembrar 
de novamente rebater o mérito, pelo princípio da eventualidade.
Destaque-se, sobretudo, que, em todos os pedidos da exordial, o ônus da prova é do au-
tor, razão pela qual não apresentou até o presente momento nenhuma prova condizente com 
o alegado. 
Ainda sobre o pedido de horas extras, não prospera, pois o Hospital dispunha de quarto 
de descanso, concessão de alimentação e, ainda, copa em ótimo estado para os funcionários 
usufruírem nas suas refeições e nas suas pausas. 
Além disso, o autor trabalhava em equipe, existindo revezamento dos funcionários para 
a pausa do intrajornada. Logo, não prospera o pedido.
Sobre a alegação de pedidos se danos morais, não prospera, na medida em que o traba-
lhador, assim como todos os profissionais de saúde, tivera carga aumentada em excesso de 
trabalho em razão da pandemia da COVID 19, razão pela qual tal fato não pode ser imputado 
ao empregador, pois não se pode imputar a ele uma situação de força maior. Nesse âmbito, 
destaca-se que se tratou de força maior e, com isso, configura-se uma excludente de respon-
sabilidade civil do empregador, não podendo imputá-lo, pois não houve, em qualquer momento, 
abuso do poder diretivo.
Logo, seus pedidos merecem a sorte da improcedência. Por derradeiro, a parte reclamante 
não reúne as condições para a gratuidade judicial, razão pela qual deve ser indeferida bem 
como não prospera o pedido de honorários advocatícios porque, segundo a lei, eles se limi-
tam a 15%, além de postulados honorários sucumbenciais, na forma do Artigo 791-A da CLT.
IV – RECONVENÇÃO
O abandono ao serviço de forma injustificada gerou graves prejuízos ao empregador, pois 
teve que contratar às pressas terceiras pessoas, gerando um prejuízo a mais na sua folha de 
pagamento de cinco mil reais. Com a situação da pandemia, e com o número de pacientes 
internados em um contexto de condições adversas para toda a sociedade, o reclamante/
reconvindo simplesmente abandonou, sem qualquer justificativa, o seu plantão. Para manter 
a qualidade dos serviços e as boas condições de atendimento, pois superior é o direito à saú-
de, o reclamado/reconvinte teve que fazer contratações emergenciais para manter a equipe, 
gerando um prejuízo ao hospital, conforme a prova documental em anexo, de cinco mil reais, 
o que deve ser ressarcido pelo dano causado pelo trabalhador à sociedade empregadora.
Valor do pedido: R$ 5.000,00
Obs.: � DEIXAR CONSIGNADO O VALOR DE PEDIDO DA RECONVENÇÃO.
V – REQUERIMENTOS FINAIS
1. Que sejam aceitas as preliminares e declaradas por este douto juízo;
2. Que seja pronunciada a prescrição nos moldes pretendidos;
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3. Que todos os pedidos que embasam a petição inicial sejam julgados improcedentes.
Obs.: Não é correto falar que a ação seja julgada improcedente, mas sim que os pedidos 
sejam assim julgados. A procedência ou improcedência é em relação ao pedido, e não à ação.
4. Que sejam compensados e deduzidos todos os valores já pagos pela ré nas rubricas 
pretendidas pelo reclamante.
5. Que seja indeferida a gratuidade judicial à parte autora por não preencher os requisitos 
legais e por não ser pobre na forma da lei, conforme seu padrão de vida.
6. Que seja declarada a ruptura contratual como abono de emprego.
7. Que seja julgado procedente o pedido de ressarcimento de danos materiais na recon-
venção no importe de cinco mil reais. 
Obs.: � TRATAR EXPRESSAMENTE DO PEDIDO DE RECONVENÇÃO.
Por ser contestação e não ser o caso de reconvenção, não existe valor à causa.
Localidade/Data
Advogado
Obs.: � NÃO ASSINE A PEÇA, PELO AMOR DE DEUS!
Sugere-se, ainda, como dicas:
a) não use palavras ou expressões agressivas por mais grave e “revoltante” a situação fática 
trazida pelo examinador. Mantenha-se numa linha ZEN, embora sua obrigação é pedir tudo.
b) diga o valor da indenização por danos morais
c) analise fato por fato trazido pelo examinador para analisar se existe a afronta a alguma 
legislação
d) sempre fique atento para qual modalidade de ruptura contratual é o caso trazido pelo 
examinador
e) não esqueça de pedir a projeção do aviso prévio com o pagamento das verbas
f) no caso de verbas rescisórias ou verbas complementares, peça também os reflexos. 
Muito cuidado com as gorjetas.
g) procure saber e expor de quem é o ônus da prova
O PULO DO GATO
Na questão inédita acima, como tratei de jornada britânica, mencione e revise a seguinte súmula 
do TST: N. 338 JORNADA DE TRABALHO. REGISTRO. ÔNUS DA PROVA. É ônus do empregador 
que conta com mais de 10 (dez) empregados o registro da jornada de trabalho na forma do art. 
74, § 2º, da CLT. A não-apresentação injustificada dos controles de frequência gera presunção 
relativa de veracidade da jornada de trabalho, a qual pode ser elidida por prova em contrário. II -A 
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presunção de veracidade da jornada de trabalho, ainda que prevista em instrumento normativo, 
pode ser elidida por prova em contrário. III -Os cartões de ponto que demonstram horários de 
entrada e saída uniformes são inválidos como meio de prova, invertendo-se o ônus da prova, 
relativo às horas extras, que passa a ser do empregador, prevalecendo a jornada da inicial se 
dele não se desincumbir.
O PULO DO GATO
Na questão inédita acima, como tratei de jornada britânica, mencione e revise o conceito de 
dano existencial,conforme notícia do TST: em 2020, a Subseção I Especializada em Dissídios 
Individuais (SDI-1) do Tribunal Superior do Trabalho excluiu da condenação imposta à Tropical 
Transportes Ipiranga Ltda., de Ourinhos (SP), o pagamento de indenização de R$ 15 mil a um 
motorista de caminhão por dano existencial. Por maioria, o colegiado entendeu que o empre-
gado não conseguiu comprovar prejuízo familiar ou social em razão da jornada considerada 
extenuante. Processo n. E-RR-402-61.2014.5.15.0030
5. A reconvenção no processo Do trAbAlho e como reDigir nA peçA práticA
No caso da reconvenção, tem-se sua cobrança, de vez em quando, nos exames da OAB. 
Tal modalidade de defesa é compatível com o processo do trabalho e deve ser feita na mesma 
peça processual. Abre-se um tópico na contestação para tratar da RECONVENÇÃO.
Na resolução do caso concreto, deve-se obedecer às regras do CPC quanto à petição 
inicial. Na reconvenção existe uma reação ao pedido do reclamante, quando, por exemplo, 
pleiteia ressarcimento de algum prejuízo causado pelo trabalhador durante o pacto laboral, 
seja de cunho moral ou material.
Nessa mesma linha de exemplos, pode-se dizer que o reclamado requer dano moral pela 
ofensa à sua reputação em redes sociais pelo trabalhador. Ou, como já foi cobrado em exa-
me da OAB, prejuízo material quando o reclamante soube da sua dispensa sem justa causa, 
quebrando uma porta. Nesses dois casos, o reclamado pode abrir um tópico em sua defesa 
alegando a reconvenção e pedindo o ressarcimento.
Na reconvenção pode pedir a condenação em honorários advocatícios e custas proces-
suais. Na peça prática, fica o esboço de como deve ser feita a reconvenção:
APÓS ABORDAR OS TERMOS DA CONTESTAÇÃO, ABRE-SE UM TÓPICO
IV – DA RECONVENÇÃO 
Obs.: � É importante abrir um tópico específico para demonstrar ao examinador que não existe 
confusão da defesa direta ou indireta com os termos da reconvenção e, geralmente, 
deve ser feita antes dos pedidos/requerimentos finais para uma sequência lógica.
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Encontram-se presentes os requisitos da reconvenção previstos no Artigo 343 do CPC, 
que compreendem: a legitimidade ativa e passiva e a conexão.
Demonstrados os requisitos da reconvenção, passa-se à pretensão reconvencional. No 
curso da relação contratual, o reclamante-reconvindo fez divulgações ofensivas da ré em suas 
redes sociais, inclusive, “marcando” os maiores clientes da empresa, conforme os prints de 
Instagram e Facebook anexados aos autos com a peça defensiva, notando-se, inclusive, a 
quantidade de visualizações das postagens e que até o presente momento continuam nas redes 
sociais do trabalhador. Denota, nas postagens, à empresa a pecha de caloteira, má pagadora 
e de assediadora de funcionários, inclusive, com denominações jocosas e inapropriadas na 
pessoa do gerente comercial.
Encontram-se presentes os requisitos da responsabilidade civil, previstos nos Artigos 187 
e 927 do CC, que compreendem: culpa, dano e nexo.
A culpa, lato sensu, verifica-se pela prática do ofensivo causado à imagem da ré no mer-
cado que gozou sempre de prestígio e nunca teve contra si qualquer ação trabalhista em seu 
histórico. Sugere-se o dano em R$ 20.000,00 (vinte mil reais) diante da repercussão junto aos 
maiores clientes da ré que foram “marcados” nas postagens do obreiro. O nexo também está 
presente na medida em que o dano decorreu do ato ilícito praticado pelo empregado.
Diante do apresentado, requer a condenação do reclamante-reconvindo ao pagamento de 
indenização por danos morais no importe de R$ 20.000,00 (vinte mil reais).
Valor do pedido: R$ 20.000,00.
V – REQUERIMENTOS FINAIS
O PULO DO GATO
A reconvenção deve ser manejada na mesma petição que veiculada a contestação, nos termos 
do artigo 343 do CPC.
6. A exceção De incompetênciA territoriAl com A reformA trAbAlhistA
Se houver essa situação no processo, faz-se na mesma peça de defesa. Aqui existe a 
desnecessidade de uma peça autônoma. Mas a doutrina entende que é uma faculdade do 
réu usar peça autônoma ou não. O mais prático na sua peça, é que você ofereça desde logo 
com a defesa abrindo um tópico como preliminar.
Veja no modelo abaixo:
II – PRELIMINAR DE INCOMPETÊNCIA TERRITORIAL
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Obs.: � Antes de atravessar propriamente o mérito da demanda, faz-se o tópico das prelimi-
nares. Nominei como 2, pois na simulação o 1 seria a sinopse fática ou “da verdade 
dos fatos”.
Equivocou-se o autor ao ajuizar a demanda, neste juízo, haja vista que a prestação de 
serviço, nem a contratação ou sede da empresa é na cidade de Fortaleza - CE, mas sim em 
cidade diversa, qual seja, Sobral – CE, no interior do Estado.
Logo, requer o reconhecimento da exceção de incompetência territorial, remetendo-se os 
autos para uma das Varas do Trabalho de Sobral – CE.
Registre-se a tempestividade dessa arguição, com o devido cumprimento do Artigo 64 do 
CPC c/c o Artigo 800 da CLT.
Com isso, requer, antes da remessa do feito, para fins de garantir o contraditório, a oitiva 
da parte autora, com a suspensão do processo, bem como da audiência anteriormente de-
signada por este juízo, nos termos do artigo 800 da CLT.
No mais, pede o deferimento integral do pedido ora pleiteado.
7. Direito mAteriAl: prescrição e DecADênciA pArA revisão e pArA 
AuxiliAr nA resolução De provAs subjetivAs
O conceito de decadência veio do direito civil e tem como sinônimo a caducidade. GODINHO 
(2019;291) conceitua:
A decadência (também chamada caducidade) conceitua-se como a perda da possibilidade de obter 
uma vantagem jurídica e garanti-la judicialmente em face do não exercício oportuno da correspon-
dente faculdade de obtenção.
Com a decadência, observa-se a perda do direito em si, em que a decadência extingue o 
próprio direito. Os objetos da decadência são direitos potestativos, na medida em que facul-
tam ao agente exercer ou não o direito de ação.
Também na decadência, tanto o direito de ação nasce como se extingue a ao mesmo tempo. 
A decadência pode ser legal ou convencional (pelas partes). No caso da decadência legal, aquela 
estabelecida pela lei, o juiz pode decretar de ofício ou mediante provocação das partes ou do MPT. 
Vamos ver o Código Civil tratando sobre a decadência porque se aplica no direito do trabalho:
Art. 207. Salvo disposição legal em contrário, não se aplicam à decadência as normas que impe-
dem, suspendem ou interrompem a prescrição.
Art. 208. Aplica-se à decadência o disposto nos arts. 195 e 198, inciso I.
Art. 209. É nula a renúncia à decadência fixada em lei.
Art. 210. Deve o juiz, de ofício, conhecer da decadência, quando estabelecida por lei.
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Art. 211. Se a decadência for convencional, a parte a quem aproveita pode alegá-la em qualquer 
grau de jurisdição, mas o juiz não pode suprir a alegação.
Não há situações que suspendem ou interrompem a prescrição. Em regra, não existe prazo 
decadencial previsto para o exercício dos direitos trabalhistas. Somente algumas hipóteses são 
previstas e cobradas em prova, como por exemplo:
a) o prazo para interposição do inquérito para a apuração da falta grave; b)situação de prazo 
para inquérito de servidor estável;
c)caso de inquérito para abandono de emprego;
d)opção retroativa do FGTS em detrimento da estabilidade decenal (de dez anos);
e)os prazos de PDV (Plano de Demissão Voluntária) previstos nos acordos e convenções cole-
tivas de trabalho.
São apenas situações exemplificativas mais cobradas em concurso. Não é exaustivo o rol acima. 
A situação do artigo 853 da CLT que diz acerca do inquérito pela apuração da falta grave:
Art. 853 – Para a instauração do inquérito para apuração de falta grave contra empregado garantido 
com estabilidade, o empregador apresentará reclamação por escrito à Junta ou Juízo de Direito, 
dentro de 30 (trinta) dias, contados da data da suspensão do empregado.
As hipóteses de decadência podem existir tanto por imperativo legal como podem surgir me-
diante negociação coletiva. Lembra-se do que falamos sobre fontes autônomas e heterônomas. 
Logo, os prazos decadenciais podem surgir por fontes autônomas e heterônomas.
Ainda se destacam as seguintes súmulas do STF e do TST para fins de verificação das hipóteses 
de decadência, do qual destacam-se:
JURISPRUDÊNCIA
Súmula 403 do STF:É de decadência o prazo de trinta dias para instauração do inquérito 
judicial, a contar da suspensão, por falta grave, de empregado estável.
Súmula 62 do TST: ABANDONO DE EMPREGO. O prazo de decadência do direito do empre-
gador de ajuizar inquérito em face do empregado que incorre em abandono de emprego 
é contado a partir do momento em que o empregado pretendeu seu retorno ao serviço.
Diante disso, os regulamentos e convenções coletivas, bem como os acordos coletivos podem 
prever prazos decadenciais em seus instrumentos.
O PULO DO GATO
A decadência se aplica ao direito do trabalho e podem ser legais (previstas em lei) ou conven-
cionais (negociação coletiva, regulamentos empresariais etc.). Então, a decadência pode surgir 
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de fontes autônomas ou heterônomas. Existem no ordenamento prazos decadenciais. Não há 
previsão de causas suspensivas, impedimentos e interruptivas de prescrição.
A prescrição tem algumas diferenças da decadência. Observa-se que a prescrição é a 
perda da exigibilidade judicial de um direito, com, por exemplo: o direito de ação. Vamos re-
lembrar o importante dispositivo da Constituição Federal de 1988 cobrado nas provas: artigo 
7, inciso XXIX – ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo 
prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos 
após a extinção do contrato de trabalho.
Isso significa que o trabalhador tem o prazo de dois anos para ajuizar a demanda quando 
extingue o contrato de trabalho. E somente pode cobrar os últimos cinco anos, contados do 
ajuizamento da demanda.
São, portanto, dois prazos prescricionais: bienal (2 anos após a extinção do contrato de 
trabalho) e quinquenal (os cinco últimos anos a partir do ajuizamento da ação). O Código Civil 
também trata da matéria do qual transcrevo aqui para você ter uma visão geral:
Art. 189. Violado o direito, nasce para o titular a pretensão, a qual se extingue, pela prescrição, nos 
prazos a que aludem os arts. 205 e 206.
Art. 190. A exceção prescreve no mesmo prazo em que a pretensão.
Art. 191. A renúncia da prescrição pode ser expressa ou tácita, e só valerá, sendo feita, sem prejuízo 
de terceiro, depois que a prescrição se consumar; tácita é a renúncia quando se presume de fatos 
do interessado, incompatíveis com a prescrição.
Art. 192. Os prazos de prescrição não podem ser alterados por acordo das partes.
Art. 193. A prescrição pode ser alegada em qualquer grau de jurisdição, pela parte a quem aproveita.
Art. 194. (Revogado pela Lei n. 11.280, de 2006)
Art. 195. Os relativamente incapazes e as pessoas jurídicas têm ação contra os seus assistentes 
ou representantes legais, que derem causa à prescrição, ou não a alegarem oportunamente.
Art. 196. A prescrição iniciada contra uma pessoa continua a correr contra o seu sucessor.
A prescrição tem causas de IMPEDIMENTO, ou seja, quando nem se inicia a contagem do pra-
zo prescricional. Em casos de menores de 18 anos não corre a prescrição, nem sequer se inicia. 
Isso está expresso na CLT, no artigo 440. Logo, não se inicia a prescrição quando o trabalhador 
for menor de 18 anos. Essa é a mais importante: impedimento é quando nem começa a iniciar a 
prescrição As causas impeditivas previstas no Código Civil são aplicadas ao direito do trabalho:
Art. 198. Também não corre a prescrição:
I – contra os incapazes de que trata o art. 3º
II – contra os ausentes do País em serviço público da União, dos Estados ou dos Municípios;
III – contra os que se acharem servindo nas Forças Armadas, em tempo de guerra.
Art. 199. Não corre igualmente a prescrição:
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I – pendendo condição suspensiva;
II – não estando vencido o prazo;
III – pendendo ação de evicção.
O PULO DO GATO
Não se inicia a prescrição quando o trabalhador for menor de 18 anos. Exemplo: Porfírio tinha 
15 anos quando deixou de trabalhar como empregado doméstico. No entanto, não se inicia a 
prescrição bienal (2 anos) e a quinquenal (5 anos) não começam a contar até ele completar 18 
anos. A partir de 18 anos, começa a contar os 2 anos. Dispõe o artigo 440 da CLT: Contra os 
menores de 18 (dezoito) anos não corre nenhum prazo de prescrição.
Nas causas de interrupção, só pode acontecer uma única vez, na medida em que os pra-
zos são “zerados”, razão pela qual o prazo recomeça do zero. Nesse sentido, destaca-se a 
posição de GODINHO (2019;298):
As causas interruptivas atuam sobre o curso prescricional com efeito mais amplo do que o carac-
terístico da suspensão. A interrupção susta a contagem do prazo prescricional já iniciada, elimi-
nando inclusive o prazo prescricional em fluência (respeitada a prescrição já consumada). Ou seja: 
enquanto na suspensão o prazo transcorrido é preservado (retornando-se a contagem sustada 
após o desaparecimento da causa suspensiva), na interrupção verifica-se a eliminação do prazo 
prescricional em curso, favorecendo mais largamente o titular do direito. É óbvio, como visto, que 
o prazo eliminado pela interrupção será o prazo em curso (isto é, o prazo legalmente fixado e em 
andamento), não se atingindo, pois, a prescrição já consumada (que corresponde ao prazo que já 
suplantou o lapso prescricional fixado).
Sobre as causas de interrupção, dispõe o Código Civil:
Art. 202. A interrupção da prescrição, que somente poderá ocorrer uma vez, dar-se-á:
I – por despacho do juiz,mesmo incompetente, que ordenar a citação, se o interessado a promover 
no prazo e na forma da lei processual;
II – por protesto, nas condições do inciso antecedente;
III – por protesto cambial;
IV – pela apresentação do título de crédito em juízo de inventário ou em concurso de credores;
V – por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor;
VI – por qualquer ato inequívoco, ainda que extrajudicial, que importe reconhecimento do direito 
pelo devedor.
Parágrafo único. A prescrição interrompida recomeça a correr da data do ato que a interrompeu, 
ou do último ato do processo para a interromper.
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As causas de suspensão não zeram o prazo que já se iniciou. Por exemplo: existia um 
prazo de dois anos. O prazo começou em seis meses e houve uma causa suspensiva que 
durou uns 4 meses, por exemplo. Quando acabar a condição suspensiva, os seis meses que 
já transcorreram continuam sendo contabilizados.
É diferente dos prazos de interrupção que zeram os prazos de contagem. Então, no caso que 
citei acima, vamos analisar o mesmo exemplo: existia um prazo de dois anos. O prazo começou 
em seis meses e houve uma causa interruptiva que durou uns 4 meses, por exemplo. Quando 
acabar a condição interruptiva, os seis meses que já transcorreram não serão contabilizados.
Além disso, temos uma situação que DESPENCA nas provas tanto de direito do trabalho 
como do processo do trabalho. É o caso da Súmula n. 268 do TST: PRESCRIÇÃO. INTERRUP-
ÇÃO. AÇÃO TRABALHISTA ARQUIVADA: A ação trabalhista, ainda que arquivada, interrompe 
a prescrição somente em relação aos pedidos idênticos.
O PULO DO GATO
A ação trabalhista, ainda que arquivada, interrompe a prescrição somente em relação aos pe-
didos idênticos. Então, temos: CAUSA INTERRUPTIVA SOMENTE EM RELAÇÃO AOS PEDIDOS 
IDÊNTICOS. Isso vale tanto para processos arquivados como não arquivados.
Outra hipótese que despenca nas provas é a seguinte dica: a interrupção da prescrição 
somente ocorrerá pelo ajuizamento de reclamação trabalhista, mesmo que em juízo incom-
petente, ainda que venha a ser extinta sem resolução do mérito, produzindo efeitos apenas 
em relação aos pedidos idênticos. Veja: a) Apenas pedidos idênticos; b) Juízes competentes 
ou não; c) Causa de interrupção.
Uma das causas de suspensão é o artigo 625-G da CLT que trata da suspensão do prazo 
no caso de submissão de demanda à Comissão de Conciliação Prévia ou Núcleo Intersindical 
de Conciliação Trabalhista. As causas de suspensão da prescrição ocorrem nas seguintes 
situações, conforme o Código Civil:
Art. 197. Não corre a prescrição:
I – entre os cônjuges, na constância da sociedade conjugal;
II – entre ascendentes e descendentes, durante o poder familiar;
III – entre tutelados ou curatelados e seus tutores ou curadores, durante a tutela ou curatela
O PULO DO GATO
Também há uma CAUSA DE SUSPENSÃO muito importante para fins de provas. É o caso de Con-
ciliação de Comissão Prévia. Nesse sentido, existe o dispositivo da CLT que trata do tema: Art. 
625-G. O prazo prescricional será suspenso a partir da provocação da Comissão de Conciliação 
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Prévia, recomeçando a fluir, pelo que lhe resta, a partir da tentativa frustrada de conciliação ou 
do esgotamento do prazo previsto no art. 625-F.
Duas últimas informações relevantes para as suas provas. Existem dois institutos jurídicos 
que você não pode confundir com prescrição: perempção e preclusão. Esses dois últimos 
institutos são processuais que veremos nas aulas de Processo do Trabalho, mas acho impor-
tante que você os conheça agora para não confundir com prescrição e decadência.
Perempção significa a perda da possibilidade de propositura de ação judicial pelo prazo de 
seis meses (peculiaridade trabalhista), quando der início ao processo e ele for arquivado por 
duas vezes, com respeito ao mesmo empregador, nos termos dos artigos 732 e 844 da CLT.
Preclusão significa perda de uma faculdade processual. Nesse sentido, podemos ter preclu-
são pelo tempo (preclusão temporal), preclusão pelo senso lógico e racional (preclusão lógica) 
e preclusão pelo cometimento de ato anterior do ato processual (preclusão consumativa).
Ainda sobre o caso impedimentos da prescrição trabalhista, surge a situação da Actio Nata. 
Existe e é aplicável no direito brasileiro. O que é a actio nata? Significa quando nasce o direito de 
acionar o Poder Judiciário e reivindicar o direito. Actio nata é o instante em que ocorreu a lesão.
Significa, sobretudo, o nascimento do direito de acionar. Ou seja, qual fenômeno desenca-
deia o surgimento do direito de exigibilidade. Assim, mesmo que o direito seja anterior, razão 
pela qual a prescrição somente inicia sua contagem na própria data do diploma (norma) que 
instituiu referido direito.
Um dos exemplos clássicos da actio nata é o disposto na LC 101/2001 e a OJ do TST de 
número 344. Vamos contextualizar junto com a OJ 344. Dispõe a OJ:
JURISPRUDÊNCIA
FGTS. MULTA DE 40%. DIFERENÇAS DECORRENTES DOS EXPURGOS INFLACIONÁRIOS. 
PRESCRIÇÃO. TERMO INICIAL. (mantida) O termo inicial do prazo prescricional para o 
empregado pleitear em juízo diferenças da multa do FGTS, decorrentes dos expurgos 
inflacionários, deu-se com a vigência da Lei Complementar n. 110, em 30.06.01, salvo 
comprovado trânsito em julgado de decisão proferida em ação proposta anteriormente 
na Justiça Federal, que reconheça o direito à atualização do saldo da conta vinculada.
Nessa OJ, tem-se claramente que o TST firmou o início do direito (a actio nata) para fins 
de pleitear a diferença da multa do FGTS decorrente de expurgos inflacionários.
No ano de 2001, a LC 101 passou a existir e fixou o marco para as pessoas pleitearem 
as diferenças dos expurgos inflacionários dos recolhimentos de FGTS e das multas de 40%.
Mesmo que os depósitos tenham ocorrido há mais de dez anos, não estava prescrito, pois 
a LC 101 fixou quando começava a iniciar o prazo prescricional para pedir as diferenças do 
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FGTS e da multa dos 40%. Óbvio que quem havia ajuizado demanda antes na Justiça Federal 
comum teria outro início de prazo prescricional.
Esse é um exemplo de actio nata, ou seja, quando a lei fixa quando o direito pode ser exigido. Ela 
firma o início do prazo prescricional. Ficou claro? O assunto não é muito simples, mas é importante.
Nesse ponto, dispõe o artigo 7, inciso XXIX – ação, quanto aos créditos resultantes das 
relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos 
e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho. Esses prazos 
prescricionais previstos na CF/1988 possuem aplicação imediata, nos termos do que está 
disposto na

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