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A saúde mental é determinante para o bem-estar do ser humano

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04/09/2023, 12:57 wlldd_231_u2_psi_crime
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INTRODUÇÃO
Prezado estudante,
A saúde mental é determinante para o bem-estar do ser humano. Alguns quadros de patologias se apresentam
desde a infância e avançam para a fase adulta, desenvolvendo transtornos mentais, desencadeando diversos
fatores e encaminhando para diversos destinos.
A delinquência é um transtorno psíquico no processo de personi�cação, que passaremos a abordar de forma
mais ampla dentro dos transtornos que já abordamos.
As alterações químicas no cérebro in�uenciam os comportamentos, a vivência, as emoções e expressões. Os
fatores genéticos e ambientais reforçam a importância das circunstâncias das condições sociais também
experimentadas.
As exigências, os desa�os e as mudanças da vida, ideias e emoções fazem parte da vida. O desequilíbrio
emocional é o facilitador do surgimento de doenças mentais.
Vamos para mais uma nova jornada! 
A SAÚDE MENTAL É DETERMINANTE PARA O BEM-ESTAR DO SER HUMANO
Aula 1
DA PSICOPATOLOGIA E CRIMINOLOGIA
A saúde mental é determinante para o bem-estar do ser humano.
31 minutos
PSICOPATIA E ANÁLISE PSICOLÓGICA
 Aula 1 - Da psicopatologia e criminologia
 Aula 2 - Da delinquência
 Aula 3 - Da delinquência e suas distinções
 Aula 4 - Da análise do comportamento e responsabilidade penal
 Referências
131 minutos
04/09/2023, 12:57 wlldd_231_u2_psi_crime
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A psicopatologia busca identi�car e compreender os diversos elementos do transtorno mental, sendo uma
ciência de debates cientí�cos de fenômenos humanos especiais. São vivências, estados mentais e padrões
comportamentais de especi�cidade psicológica. Campbell (1996) de�ne a psicopatologia como o ramo da
ciência que trata da natureza essencial da doença ou transtorno mental – suas causas, as mudanças estruturais
e funcionais associadas a ela e suas formas de manifestação.
Ao estudarmos os sintomas, observamos dois aspectos básicos enfocados: a forma dos sintomas, estrutura
básica (forma de alucinação, delírio, ideia obsessiva, fobia, etc.) e seu conteúdo, sendo tudo aquilo que
preenche a alteração estrutural (conteúdo de culpa, religioso, de perseguição, delírio, alucinação ou de ideia
obsessiva).
Os sintomas são extraídos pelos temas centrais da existência humana: sobrevivência, segurança, sexualidade e
temores básicos.
O estudo do transtorno mental é a observação cuidadosa de suas manifestações e ordenação dos fenômenos,
de�nindo, classi�cando, interpretando e ordenando o objeto observado em determinada perspectiva em uma
visão lógica, observacional e classi�catória.
Os fatores mentais são de�nidos por vários autores com visões biológicas da periculosidade, como Sordi e
Knijnik (2003, p. 910):
[...] alterações comportamentais e mentais são de intensidade acentuada e de longa
duração, com sofrimento mental intenso e disfunções graves no dia a dia, como
demências avançadas, psicoses graves ou de�ciência intelectual profunda, o
delineamento das fronteiras entre o normal e o patológico não é tão problemático.
Entretanto, há muitos casos menos intensos e delimitados, além, além daqueles
limítrofes e complexos em sua de�nição, nos quais a delimitação entre
comportamentos, estados mentais e formas de sentir normais ou patológicos é
bastante difícil e problemática. Nessas situações o conceito de normalidade em
psicopatologia e saúde mental ganha especial relevância.
— (DALGALARRONDO, 2019, p. 14)
[...] relacionados à carga instintiva inata, principalmente agressividade. As alterações
�siológicas e bioquímicas, de um modo geral, mas principalmente relacionadas ao
funcionamento cerebral, permanentes ou transitórias, que encontrem expressão na
conduta do indivíduo, como ocorre nas patologias relacionadas com alterações da
neurotransmissão, tão estudadas atualmente, fazem parte destes fatores.
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Sobre fatores com vínculos parentais e familiares com perspectiva, “[...] a violência humana é consequência da
perversão dos valores dominantes e do desenvolvimento psicológico provocado por graves perturbações na
interação Mãe-Filho-Pai” (CORDEIRO, 2003 , p.49).
Os dinamismos dos fatores mentais têm seus processos desencadeados pelo meio social, cultural, econômico e
político, podendo ter fator determinante bioquímico, genético, orgânico, psíquico ou afetivo-vincular. Cada qual
apresenta seus transtornos e delitos.
DA PSICOPATIA
A psicopatia são diversos traços de personalidade e comportamentos antissociais. O transtorno de
personalidade antissocial envolve construtos diversos. A psicopatia se estabelece como um rótulo útil para
designar certos quadros comportamentais e afetivos, tanto nas áreas médica e psicológica, quanto no âmbito
jurídico e até mesmo entre o público leigo (HARE; NEUMANN, 2008).
Sua de�nição e estudo estiveram associados a populações e pacientes de manicômios judiciários. Contudo,
atualmente, a�rma-se que as características da psicopatia não se limitam a populações prisionais ou forenses.
De fato, entende-se que a psicopatia pode ser avaliada de forma válida e �dedigna como um construto
psicológico legítimo, e suas características podem estar presentes em qualquer indivíduo ().
O conceito de psicopatia surgiu dentro da medicina legal, quando médicos se depararam com o fato de que
muitos criminosos agressivos e cruéis não apresentavam os sinais clássicos de insanidade. Descrições desses
pacientes e tentativas de criar categorias nosográ�cas adequadas aos mesmos são consideradas pela literatura
o momento inicial da chamada tradição clínica de estudo da psicopatia (HARE; NEUMANN, 2008).
Vários pesquisadores clínicos contribuíram para o estudo da psicopatia, mas o trabalho de Cleckley foi sem
dúvida o mais abrangente e �rmou-se como a principal referência dentro da abordagem clínica (HARE;
NEUMANN, 2008). Segundo ele, sociopatas não são necessariamente psicopatas. De fato, têm-se a�rmado que
A família é, sem dúvida, um fator importante na formação da personalidade. O lar só
atende às necessidades se cumpre suas funções básicas. Se a mãe, que representa a
fonte de afeto, não compreende nem aceita o �lho; se o pai, enquanto contato com
realidade, é irascível e violento, omisso, ou irresponsável; se a relação com os irmãos é
excessivamente belicosa, o �lho não desenvolverá adequadamente o sentimento de
fraternidade, tão imprescindível nos processos adaptativos, e, não raro, procurará afeto
na rua, onde encontrará outros em situação análoga, passando a adotar outros códigos
de conduta e, para sobreviver, recorrerá às ações antissociais, restando a sua
readaptação como difícil e trabalhosa. 
— (ARAUJO; MENEZES, 2003, p. 240)
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poucos indivíduos com TPAS podem ser identi�cados como psicopatas pelos pontos de corte dos instrumentos
(BASOGLU et al., 2008; CROCKER et al., 2005; RUTHERFORD; CACCIOLA; ALTERMAN, 1999). Em virtude disso, o
diagnóstico do TPAS não deve ser confundido com a caracterização da psicopatia.
Foram criados diversos instrumentos de avaliação para a psicopatia, que avançaram para reconhecer per�s e
comportamentos, como já estudamos, exigindo muitos critérios operacionais de�nindo o construto. Os
instrumentospossibilitaram análises técnicas para as estatísticas, como análises fatoriais exploratórias e
con�rmatórias, para correlacionar o construto das variáveis psicológicas e diversos marcadores biológicos
relevantes na área.
Psicopatia é um construto psicológico complexo que envolve múltiplos comportamentos e disposições de
personalidade. Esses múltiplos comportamentos e disposições, por sua vez, podem se manifestar em diversos
contextos sociais especí�cos. Assim, é extremamente difícil conseguir itens que representem a totalidade de
signi�cados compreendidos por um construto como a psicopatia. Em geral, os instrumentos representam
apenas alguns elementos de um construto. Existem, por exemplo, medidas para avaliar os comportamentos
interpessoais de um psicopata durante uma situação de entrevista (ZOLONDEK et al., 2007).
O aspecto interpessoal envolve super�cialidade e manipulação das relações, autoestima grandiosa e mentira
patológica. A dimensão afetiva indica falta de remorso, afeto super�cial, falta de empatia e não aceitação de
responsabilidade pelos próprios atos. O estilo de vida está relacionado à busca de sensação, impulsividade,
irresponsabilidade, parasitismo em relação aos outros e falta de objetivos realistas. Por �m, a dimensão
antissocial refere-se a pouco controle do comportamento, problemas de comportamento precoces,
delinquência na juventude, versatilidade criminosa e revogação de liberdade condicional (HARE; NEUMANN,
2008).
A avaliação da psicopatia, em termos da intensidade com que determinadas características de personalidade e
comportamento estão presentes em um indivíduo, trouxe à cena a discussão sobre a natureza desse fenômeno,
seja categórico (tipológico) ou dimensional.
O ESTUDO DA PSICOPATIA QUE NÃO DEU CERTO
O estudo de Rice e colaboradores é um dos trabalhos sobre psicopatia citados com maior frequência. Na
verdade, ele foi repetidamente dado como referência como prova de que os psicopatas pioram na terapia. Em
seu estudo, Rice e colaboradores veri�caram que 22% dos não psicopatas que foram tratados reincidiram em
violência depois de libertados, comparados a 39% dos não psicopatas não tratados. Seria de se esperar que o
tratamento fosse efetivo. Os psicopatas, por outro lado, foram bastante surpreendentes, e isso foi usado desde
então como uma indicação de que tratar psicopata é uma questão muito diferente. Eles veri�caram que 55%
dos psicopatas não tratados reincidiram violentamente, mas que 77% dos psicopatas tratados, depois de
libertados, reincidiram em seus crimes. Não se tratava apenas de que o tratamento não funcionasse, mas que o
tratamento os tornava pior! Esse estudo foi imediatamente divulgado como evidência para apoiar a antiga
noção de que os psicopatas não respondem ao tratamento psicológico convencional.
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Entretanto, o problema era que o tratamento era tudo menos convencional. A unidade de tratamento onde
esses criminosos estavam sendo mantidos empregava uma forma não muito convencional chamada “terapia
para romper as defesas”. O tratamento tendia a ser intenso. O mais interessante, entretanto, era que ele incluía
sessões de encontros sem roupa que duravam duas semanas. A equipe também forçava os criminosos a usar
drogas como LSD e álcool durante as sessões. Obviamente, generalizar os resultados de um tratamento de
psicopatas tão pouco convencional seria problemático (HUSS, 2011, p. 107).
Voltando à re�exão: para Cleckley, os psicopatas não aprendem com os seus erros, mas, mesmo que
tenham essa di�culdade de aprendizado, eles geralmente apresentam capacidades intactas em muitas
áreas do funcionamento cognitivo, como inteligência e memória (HIATT; NEWMAN, 2006), possuindo uma
incapacidade de aprender com a punição ou redução do reforço. Eles provavelmente são mais
hipersensíveis a recompensas “crime”.
Seguindo com a nossa revisão e mais uma re�exão: segundo Hervé, Hayes e Hare (2003) os psicopatas têm o
entendimento claro do signi�cado especí�co das palavras, mas tendem a ignorar ou não conseguem
entender a importância emocional de uma palavra, têm dé�cit de expressões emocionais e
compreensão reduzida das emoções em geral.
Dentro dos assuntos abordados, este estudo pelo autor Rice e seus colaboradores, em sua visão, seria
aplicável aos padrões convencionais dos psicopatas?
Se eles possuem um egocentrismo único, a abordagem de deixá-los nus, alcoolizados e drogados, os faria voltar
a si mesmos?
Seguiram os comandos dos psicólogos na sessão convencional?
Quais as características que você encontrou no psicopata que impediria este tratamento/estudo e que
explicaria o resultado?
VÍDEO RESUMO
Abordar a psicopatologia como transtorno mental é uma química que sempre dá certo. Nesta videoaula, vamos
explorar os fatores mentais de forma simples para aprofundamento, avançando cada vez mais nos
conhecimentos passo a passo, explorando cada vez mais esse universo in�nito da criminologia. 
A psicopatia dos sociopatas: quem nunca perguntou a diferença? Vamos compreender?
 Saiba mais
Caro estudante,
Leia os seguintes arquivos para saber ainda mais sobre os assuntos abordados na aula:
Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.
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GENOVEZ, Simone Ferreira; SARDINHA, Luís Sérgio; DE AQUINO LEMOS, Valdir. CARACTERÍSTICAS DO
INDIVÍDUO PSICOPATA. Revista Pesquisa e Ação, v. 5, n. 1, p. 67-74, 2019.
http://revistas.brazcubas.br/index.php/pesquisa/article/view/638. Acesso em:06 mar. 2023.
DE PAULA, Janaína Torres; SARDINHA, Luís Sérgio; DE AQUINO LEMOS, Valdir. A PERSONALIDADE DO
PSICOPATA QUE COMETE ASSASSINATOS EM SÉRIE. Diálogos Interdisciplinares, v. 8, n. 8, p. 39-48, 2019.
http://publicacoes.unifran.br/index.php/dialogos/article/view/798. Acesso em:06 mar. 2023.
INTRODUÇÃO
Prezado estudante,
A violência na sociedade contemporânea banaliza-se como elemento do fenômeno urbano. O aumento da
violência e a banalização encontram-se entre as camadas sociais direta e indiretamente, recorrendo a re�exões
mais amplas em aspectos sociais, políticos e ideológicos que envolvem sociedades contemporâneas.
A delinquência está nas margens sociais, entre os personagens do dia a dia, como indivíduos pertencentes a
determinada classe ou categoria social, gênero ou etnia.
Enquanto isso, a sociedade, que segue marcada pelo temor e pela ânsia, clama pela diminuição da violência e
da criminalidade violenta. 
Vamos compreender um pouco melhor a delinquência e o que ela envolve em nossa sociedade e na
criminalidade?
A DELINQUÊNCIA E SUA ABORDAGEM
O ato de delinquir se opõe às normas, regulamentos e leis. É ir contra os “ensinamentos” morais e as regras de
“boa” convivência, seja em relação ao meio familiar, religioso, leis civis, instituições educacionais, valores ou
pactos da sociedade.
Na década de 1940, os estudos da Escola de Chicago apontam que a delinquência começou a ganhar grande
peso e repercussão com a área voltada à infância e juventude, identi�cando, até a atualidade, quatro categorias
essenciais: Desorganização Social, Aprendizagem Social, Controle Social e Estigma. Mas é a Teoria da Tensão
Geral que é considerada por muitos a mais avançada e bem elaborada explicação para a delinquência.
Desorganização Social – Cli�ord Shaw e Henry McKay
Aula 2
DA DELINQUÊNCIA
A violência na sociedade contemporânea banaliza-se como elemento do fenômeno urbano.
32 minutos
http://revistas.brazcubas.br/index.php/pesquisa/article/view/638
http://publicacoes.unifran.br/index.php/dialogos/article/view/798
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Os autores buscaram explicar o desenvolvimento rápido da criminalidade e suas consequências em cidades
como Chicago. Observaram a evasão escolar e grandes reincidências de crimes em bairros mais humildes,
enquanto bairros mais ricos eram mais estáveis e organizados. Entre os problemas, encontraram famílias
desestruturadas, escolas desorganizadas, políticas ine�cazes e atividades culturais escassas .
Aprendizagem Social
É a delinquência “aprendida” por modelo de outra delinquência. O indivíduo habitando em local propício a
experiências delituosas.
Sutherland enfatiza o papel da socialização no desenvolvimento do comportamento delituoso, opondo-se,
assim, às teorias que explicavam a criminalidade como resultante de distorções mentais ou in�uências
genéticas.
Akers aprimorou a Teoria da Aprendizagem Social e constatou que os jovens aprendem ou se envolvem com a
delinquência por dependência de pessoas que transgridem e com as quais associariam aprovação social.
Controle Social
A delinquência não requer explicação. É a maneira mais conveniente/fácil para se conseguir o que quer.
Delinquentes o fazem por desejo e necessidade (impulsividade).
Teoria de Tensão Geral – Robert Agnew
A inabilidade (ações monetárias, status/respeito, emoções/excitação ou autonomia) do crime por resultado de
anomalias psicológicas ou biológicas. Em geral, todas as teorias levavam às tensões e condições para as
delinquências. Consideravam pressões sobre os grupos, associando sentimentos, percepções ou ações dos
indivíduos (rejeição dos pais, supervisão parental, abuso e negligência na infância, relações afetivas abusivas,
etc.), resultando na raiva ou frustração, podendo ou não levar à transgressão, independentemente do nível
socioeconômico.
Estigma – Erwing Go�man
Discriminação do criminoso na sociedade, assumindo uma imagem depreciativa que o quali�cará por muito
tempo, senão pelo resto da vida. Por preconcepções, tornam-se expectativas normativas rigorosas e passam a
conviver com o selo de uma nova identidade deteriorada.
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A ANÁLISE COMPORTAMENTAL E PSICOLÓGICA
Os fatores de risco para a delinquência são derivados de várias áreas importantes e re�etem a natureza
daquela etapa do desenvolvimento adulto. O indivíduo, a família, a escola, os companheiros e a vizinhança,
todos eles contêm fatores de risco relevantes para a delinquência juvenil (REDDING; GOLDSTEIN; HEILBRUN,
2005).
O abuso de substâncias, questões de saúde mental, impulsividade, problemas individuais, vínculos com pais,
negligência familiar, disciplina, são fatores essenciais que, em desequilíbrio, levam para a transgressão.
Cottle e colaboradores (2001) realizaram um estudo que constatou que os fatores de risco mais signi�cativos
relacionados a reincidências entre os jovens são: demográ�cos, história de delitos, fatores familiares e sociais,
fatores educacionais, fatores intelectuais e desempenho, história de abuso de substância. Por exemplo, ser
homem de uma minoria étnica e baixo nível socioeconômico estava associado à reincidência juvenil.
Hoge e Andrews (1996) apontam que atitudes negativas em relação ao comportamento delinquente e outras
variáveis de personalidade/psicológicas, como sociabilidade e um temperamento positivo, foram consideradas
de proteção para um comportamento delinquente.
Os comportamentos delinquentes, em geral, têm muitos fatores de risco relacionados à família. A presença de
gangues também está relacionada a uma série de fatores colaterais para violência juvenil, como viver em uma
área urbana e com disponibilidade de drogas e armas (FARRINGTON; LOEBER, 2000).
Em primeiro lugar, há as abominações do corpo – às várias deformidades físicas. Em
segundo, as culpas de caráter individual, percebidas como vontade fraca, paixões
tirânicas ou não naturais, crenças falsas ou rígidas, desonestidades, sendo essas
inferidas a partir de relatos conhecidos de, por exemplo, distúrbio mental, prisão,
vícios, alcoolismo, homossexualismo, desemprego, tentativas de suicídio e
comportamento político radical. Finalmente, aos estigmas tribais de raça, nação e
religião, que podem ser transmitidos através de linhagem e contaminar por igual todos
os menos da família. Em todos esses exemplos de estigma, entretanto, inclusive
aqueles que os gregos tinham em mente, encontram-se as mais características
sociológicas: um indivíduo que poderia ter sido facilmente ter recebido na relação social
quotidiana possui um traço que se pode impor atenção e afastar aqueles que ele
encontra, destruindo a possibilidade de atenção para outros atributos seus.
— (GOFFMAN, 1981 , p.7)
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Em um estudo, Clingempeel e Hengeler (2003) dividiram os infratores juvenis violentos em persistentes e
desistentes. Persistentes são aqueles que continuam cometendo comportamentos violentos e os desistentes
aqueles que interrompem seu comportamento violento antes de saírem da adolescência.
Os jovens violentos e desistentes cometiam menos crimes contra a propriedade, eram menos agressivos e mais
positivos com os seus iguais (maior apoio emocional), e possuíam menos di�culdades psicológicas.
Heilbrun e colaboradores (2005), nos seus estudos, notaram que os jovens que haviam recebido tratamento
após o delito tinham menos probabilidade de reincidir. Um resultado potencialmente surpreendente foi que os
agressores sexuais juvenis que cometeram delitos iniciais menos graves tinham maior probabilidade de
reincidir, possivelmente sugerindo uma tendência para intensi�car a gravidade da sua história de delitos.
Quanto às avaliações psicopáticas na delinquência, Vitale e colaboradores (2005) encontraram evidências de
aprendizagem passiva de evitação em meninos. Roussy e Toupin (2000) encontraram dé�cits em tarefas
cognitivas para as quais os psicopatas adultos mostraram padrões persistentes de desempenho característico.
A infância e a adolescência são épocas de grandes mudanças no desenvolvimento, sendo muito difícil medir
construtos como impulsividade e irresponsabilidade quando esses comportamentos provavelmente vão mudar
e podem até ser incentivados nas crianças (EDENS et al., 2001).
DOIS CASOS E SUAS TEORIAS
Um dos casos mais importantes no direito da delinquência juvenil é o seguinte:
In re Gault (1967)
Gerald Gault era um garoto de 15 anos que estava em liberdade condicional por acompanhar outro rapaz que
havia roubado uma carteira. Em junho de 1964, ele foi levado em custódia pela força policial local juntamente
com seu amigo Ronald Lewis. Um vizinho havia reclamado à polícia que Gault e seu amigo estavam dando
telefonemas obscenos e indecentes para a sua casa. Quando Gault foi preso, seus pais não estavam em casa e
os policiais não deixaram nenhum aviso de que ele havia sido levado em custódia. Seus pais somente souberam
da prisão depois que a mãe chegou em casa no começo daquela noite e mandou o �lho descobrir o paradeiro
de Gault.
Por �m, após contatarem as autoridades, foi dito a sua mãe que haveria uma audiência no dia seguinte. Na
audiência não havia testemunha sob juramento, incluindo o testemunho do querelante, e Gault não teve
indicação de advogado e nem lhe foram explicados os seus direitos. Por �m, Gault foi internado em uma escola
Um jovem que se relaciona com amigos que se envolvem em condutas agressivas,
violentas ou delinquentes corre maior risco deenvolver-se com atos violentos. Um
estudo constatou que a proximidade a colegas antissociais está associada a crimes
violentos, bullying e comportamentos agressivos.
— (USP, 2016, p. 14)
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do estado até que completasse 21 anos. Na apelação, foi argumentado que os procedimentos utilizados para
interná-lo naquela instituição eram inconstitucionais e violavam vários direitos referentes ao devido processo. A
Suprema Corte dos Estados Unidos concordou e determinou que os jovens tivessem os direitos ao devido
processo como os adultos, o que incluía receber comunicação por escrito de algum procedimento da corte, ser
alertado quanto ao direito a advogado, ser alertado quanto ao direito contra a autoincriminação, ter o direito de
testemunho juramentado de seus acusadores e realizar um exame cruzado desses.
• Conforme o nosso Bloco 1, em A delinquência e sua abordagem, o caso de Gault se encaixa em quais das
teorias em sua percepção na delinquência?
• Em sua análise diante do ocorrido, explique o comportamento de Gault na teoria aplicada.
Virginia Tech
16 de abril de 2007, o maior tiroteio em escola da história dos Estados Unidos. Trinta e duas pessoas mortas e
25 feridas. Seung-Hui Cho, aluno da Virginia Tech, foi identi�cado como o atirador que tirou a sua própria vida
quando os policiais se aproximaram na sequência de mortes.
Cho estava sofrendo de problemas psicológicos signi�cativos e era solitário, mas tudo indicou que seus
problemas eram muito mais profundos, seus professores comentaram que suas redações eram perturbadoras.
Em 2005 foi declarado mentalmente doente por perseguir duas alunas e foi hospitalizado por pouco tempo.
Apesar do seu histórico, Cho conseguiu comprar armas semiautomáticas que o conduziram ao trágico evento.
• Conforme o nosso Bloco 1, em A delinquência e sua abordagem, o caso de Cho se encaixa em quais das
teorias em sua percepção da delinquência?
Em sua análise diante do ocorrido, explique o comportamento de Cho na teoria aplicada.
VÍDEO RESUMO
Para todo rio, existe uma nascente. Para todo crime, existe um motivo. A delinquência explica muito um adulto.
A delinquência, em alguns casos, foi um adulto não resgatado. Vamos compreender a delinquência e as suas
teorias. A vida é um ciclo, e esse ciclo merece ser fechado com chaves de ouro. Vamos embarcar nesse túnel do
tempo da criminalidade?
Aguardamos você para mais uma jornada!
 Saiba mais
Caro estudante,
Con�ra a recomendação desse artigos cientí�cos sobre deliquentes:
CARIDADE, Sónia; MARTINS, Ana Cristina; NUNES, Laura M. Estilo de vida dos jovens e comportamentos
desviantes e delinquentes: Vivências familiares, escolares e individuais. 2019.
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https://revista.ismt.pt/index.php/ISMT/article/view/106. Acesso em: 06 mar. 2023.
INTRODUÇÃO
A delinquência tem se tornando cada vez mais preocupante com o tempo. Suas causas e seu desenvolvimento
possuem diversas faces, tangenciando diferentes aspectos sociológicos. O termo delinquência possui diversos
usos e sentidos, tanto juridicamente quanto em noções gerais.
O termo delinquência advém do verbo delinquir, que signi�ca “ato de cometer delito”. A delinquência na
psicologia é a ação contrária às normas e uma condição ou estado psicológico do sujeito que infringe a lei.
Entretanto, cometer crime e estar sujeito à punição não classi�ca o sujeito como delinquente em sentido
psicológico: o delinquente que interessa à ciência da psicologia é aquele que possui transtornos internos
antissociais que motivam a ação delituosa e sua reincidência. Este indivíduo sofre de perturbações que o
impossibilitam de se adaptar às normas do ambiente.
DELINQUÊNCIA PSICÓTICA E NEURÓTICA
Quando pensamos em psicose e neurose, voltamos para a psicanálise e re�etimos sobre questões relativas à
criminalidade. O fenômeno da criminalidade pode ser posto em uma perspectiva estruturalista, com o objetivo
de diferenciar essa dinâmica em vários tipos de crime, propondo assim a possibilidade de um entendimento da
lógica do ato criminoso.
A busca de respostas para a morte, a existência, a natureza, o nascimento, o amor, entre tantos temas, levam o
ser humano a sua transformação em relação aos modos de viver e de pensar. Na psicanálise, quando se
inaugura a lei, cria-se a transgressão: o crime, como tal.
A psicanálise introduziu um novo olhar para a responsabilidade de cada sujeito em seu ato, pois 
É sobre o fundo do declínio paterno e da decomposição da família que a questão do
direito e da justiça intervém na sua tensão com o supereu individual. O direito é
primeiro, e o crime lhe é relativo antes de sê?lo o criminoso. Lacan se remete, nessa
ocasião, à palavra de São Paulo: não existe pecado antes da lei.
— (COTTET, 2009. p. 1)
Aula 3
DA DELINQUÊNCIA E SUAS DISTINÇÕES
Procuramos conhecer as lacunas entre a patologia e a normalidade que assombram a nossa
sociedade.
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Ao estudarmos a delinquência psicótica, Serge Cottet segue com a teoria da psicose aplicando- a ao crime do
qual Lacan é especialista: o crime paranoico – não é o crime perverso, não é o crime de massa. O conceito
essencial é o de “autopunição”: o criminoso atinge a si mesmo. Imediatamente, deixa-se de lado todo um setor
da criminologia, com crimes perversos, crimes de massa, crimes imotivados, ou esquizofrênicos de Guiraud.
Devem-se descobrir na obra de Lacan conceitos novos que permitam pensar estes atos para-além do
narcisismo, além do narcisismo suicida, além de uma concepção do crime como estádio do espelho (COTTET
apud ALMEIDA, 2008, p. 13).
Lacan con�gura três grandes estruturas clínicas: neurose, psicose e perversão.
O recalcamento é o mecanismo para conter a satisfação pulsional e consiste em tornar o inconsciente a
representação ideativa (signi�cante, representante representativo) da pulsão: neurose.
Foraclusão, rejeição, coloca-se fora das cadeias de signi�cação. O efeito disso é a con�guração de lacunas no
campo do sentido. É o mecanismo próprio da psicose.
Os crimes com efeitos como culpa e arrependimento revelam-se, em geral, decorrentes como mensagem
inconsciente à autoria. Há alguma falha que o denuncia e garante a punição, pois a delinquência neurótica
tem de pagar por seu ato para sair do con�ito, tal como os “criminosos por sentimento de culpa”. No perverso,
ao contrário, o ato seria arquitetado de forma a �car impune. Quanto à paranoia, no âmbito das psicoses
(delírios e alucinações), aponta um gozo morti�cador persecutório da foraclusão signi�cante, capaz de ordenar
que o sujeito �que à mercê, sem recurso, ou seja, falamos no campo da possibilidade da inexistência de um
sujeito do inconsciente, pelo menos não do modo como o encontramos no ato neurótico ou perverso, mas do
sujeito incapaz de responder pelos seus próprios atos, de ser responsabilizado.
DIFERENÇA ENTRE PSICÓTICA E NEURÓTICA
A psicose e a neurose, para a psicanálise, são formas de defesa. A diferença entre elas está no destino sofrido
pelo afeto. Segundo Freud (1996c), à medida que o conteúdo da ideia é afastado da consciência, o afeto é
deslocado por conversão: no caso da obsessão, o conteúdo não tem acesso à consciência para o substituto
disfarçado e o afeto é conservado; na confusão, o conteúdo e o afeto são afastadosdo ego devido à
incompatibilidade com a ideia.
“o ato, seja o criativo ou o delituoso, é a tentativa, algumas vezes bem-sucedida, de
fazer passar ao âmbito do discurso aquilo que não cessa de não se inscrever. Isto
justi�ca a a�rmação de Freud a respeito do ‘criminoso por sentimento de culpa’ que
realiza o ato delituoso para ligar a culpa a algo, para inscrever em outro registro a sua
culpa muda, efeito da pulsão de morte.”
— (BARBIERI, 2008, p. 181)
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A paranoia (psicótico), para Freud, é “um abuso do mecanismo da projeção para �ns de defesa”. As ideias não
são conservadas e projetadas para o mundo externo, criando a psicose, especi�camente a paranoia, em que o
indivíduo projeta no outro os seus próprios motivos (em nosso caso, podemos arrolar os crimes), por isso é
sempre o outro o culpado/perseguido nas tramas do delírio.
Freud (1996d) esclarece que, na paranoia, a natureza é a da neurose; isto é, há uma experiência primária
prazerosa, mas, após a rememoração dessa lembrança causar desprazer, ocorre o “recalque”, ainda atribuído à
psicose. No entanto, ressalta que “a paranoia deve ter um método ou mecanismo de recalcamento que lhe é
peculiar” (Freud, 1996b, p. 176).
Em contrapartida, Freud (1996a) elucida que, na psicose, o ego não aceita o seu afeto, como se essa
representação nunca tivesse existido; tudo isso graças ao seu desligamento da realidade. Por isso, no caso da
psicose, trata-se, conforme Freud (1996a, p. 64), de “uma espécie de defesa muito perigosa e bem-sucedida”,
apesar de seu entorno partir do real (alucinatório e delirante).
A psicose está entre libido do ego e libido do objeto. Para Freud (2010), diante de uma frustração na relação do
sujeito com o mundo externo, haveria um desligamento da libido do objeto. Tanto na neurose obsessiva quanto
na histeria, quando a doença persiste, há um abandono dos laços com a realidade. Apesar disso, na neurose, os
sujeitos retêm a relação libidinal com as pessoas por meio da fantasia. No caso da paranoia, no entanto, há a
retirada da libido investida nas pessoas e no mundo externo/social, todavia, sem que exista o recurso da
fantasia; por isso, a libido que é afastada do mundo externo é dirigida ao ego, estabelecendo, desse modo, uma
�xação no narcisismo.
Tanto na neurose como na psicose, os con�itos do indivíduo com o mundo externo, os mecanismos e as suas
consequências são diferentes. Na neurose, os con�itos se referem à relação entre o ego e o id e, na psicose, o
con�ito é entre mundo externo e social. Na neurose, o ego recorre ao mecanismo do recalque, a �m de barrar
os impulsos do id, ocasionando um distanciamento da realidade pulsional. Diferentemente da neurose, na
psicose há uma rejeição radical da realidade social. Na psicose, há uma primazia do id em suas manifestações
subjetivas devido à fuga do ego em relação ao mundo externo/social. Por isso, Freud (1894, p. 196) a�rma: “a
neurose não repudia a realidade, apenas a ignora; a psicose a repudia e tenta substitui-la”.
CARTAS ENVIADAS POR FREUD – UMA ANÁLISE
Em cartas a Fliess, ainda no período considerado pré-psicanalítico, Freud analisava a psicose. Leia o
conteúdo:
O presidente Schreber é marcado por três crises que culminaram em internações. A primeira ocorreu em 1884,
pouco tempo depois de ter se candidatado a um importante cargo no congresso, o qual foi atribuído por
Schreber como sendo a causa dessa doença devido às tensões emocionais aí vividas. Nessa época, �cou
internado sob os cuidados do médico Flechsig, que descreveu essa primeira doença como sendo uma crise
grave de hipocondria. Após ter restabelecido a saúde, Schreber relata ter sonhado algumas vezes que a doença
havia retornado e que, em certa ocasião, ocorreu-lhe “a ideia de que deveria ser realmente bom ser uma
mulher se submetendo ao coito” (FREUD, 2020, p. 12). A segunda crise ocorreu pouco tempo depois de tomar a
posse do cargo de Juiz presidente do tribunal de apelação de Dresden, mesma época em que sua esposa, pela
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primeira vez, se ausentou de casa devido a uma viagem. A sobrecarga de trabalho quando assumiu o cargo foi
atribuída por Schreber como sendo a causa dessa segunda doença. Nessa época, foi internado com queixas de
insônia, mas seu quadro sintomatológico mudou rapidamente e começou a apresentar ideias de perseguição e
alucinações visuais e auditivas. Além disso, começou a sentir-se perseguido pelo próprio médico, temendo que
este abusasse dele sexualmente. Desse modo, o delírio de Schreber surge da inversão do amor em ódio, pois
“aquele agora odiado e temido, por sua perseguição, seria alguém amado e venerado anteriormente” (FREUD,
2020, p. 37). O núcleo do delírio de Schreber era a convicção de que seu corpo estava sendo transformado em
um corpo feminino (a emasculação). Primeiramente, a ideia de sua transformação em mulher era vista como
perseguição, e essa transformação ocorreria mediante abusos sexuais praticados por seu médico, Flechsig.
Deus era visto como seu aliado, mas ainda não havia encontrado uma maneira de ajudá-lo. No último momento
de seu delírio, no entanto, Schreber passa a crer que sua transformação em mulher se tratava, na verdade, de
um propósito/projeto de Deus. O delírio de Schreber, portanto, apresentou inicialmente uma conotação
persecutória, todavia, gradativamente e após várias transformações, adquiriu um caráter místico-religioso, com
nuances de megalomania. Schreber passa a crer que Deus lhe atribuiu a missão de redimir o mundo e restituir
o estado de beatitude à humanidade. Assim sendo, nessa nova con�guração de seu delírio, sua transformação
em mulher salvaria o mundo, passando a sentir-se, assim, como a esposa escolhida por Deus.
- A psicanálise realiza a interiorização. Re�ita sobre essas cartas trocadas por Freud e simbolize os
fenômenos da psicose que surgiram a partir delas. Faça a sua interpretação e identi�que os pontos.
VÍDEO RESUMO
Gostou do conteúdo? Vamos abordar em vídeo a delinquência psicótica e a neurótica e suas diferenças pela
visão da psicanálise. Freud fez parte de nossos estudos e vamos abordar os seus conhecimentos e levar em
nossa bagagem de peritos nessa viagem incrível de criminologia.
Aguardamos você para mais uma jornada!
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Caro estudante,
Leia esse artigo para saber ainda mais sobre os assuntos abordados em aula:
WEIGERT, Mariana de Assis Brasil; CARVALHO, Salo de. Criminologia Feminista com Criminologia Crítica:
Perspectivas teóricas e teses convergentes. Revista Direito e Práxis, v. 11, p. 1783-1814, 2020.
https://www.scielo.br/j/rdp/a/J38D6fZ7QztDVmjDhsR3N8c/abstract/?lang=pt. Acesso em: 06 mar. 2023.
Aula 4
DA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO E RESPONSABILIDADE
PENAL
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INTRODUÇÃO
A delinquência possui diversos usos e sentidos. Basicamente, existem usos mais frequentes para o termo
delinquência no sentido jurídico e psicológico. Vamos abordar nesta aula os dois lados para compreender esse
mundo do ato delituoso.
O comportamento desviante do delinquente como uma não conformidade dentro de uma sociedade não pode
ser associado apenas aos que cometem crimes, mas aos que adotam um comportamento que não condiz com
as condutas normativas.
A desigualdade social é uma das responsáveis por algunsdos problemas associados ao crime e à violência, mas
esses ainda não são su�cientes para explicar todo o fenômeno.
Fato é que o crime e a delinquência, em conjunto com a violência, são alguns dos principais problemas
contextuais em nossa sociedade, envolvendo motivações e comportamentos complexos em processos de
formação do indivíduo em camadas da nossa sociedade. Os vulneráveis e os expostos aos problemas sociais
corroboram com o crime e a violência.
ANÁLISE COMPORTAMENTAL NA DELINQUÊNCIA
A delinquência na psicologia compreende a condição particular ou estado psicológico do indivíduo que
transgride a lei. O delinquente que interessa à ciência da psicologia é aquele que possui transtornos internos
antissociais delituosos e reincidentes, que sofrem de perturbações que impossibilitam a adaptação às normas
do meio em que vivem.
Casos de indivíduos que realizam as ações delituosas por incapacidade de convívio em sociedade, devido ao seu
estado e a sua construção psíquica, a psicologia caracteriza como delinquência patológica. 
Na esfera jurídica, o termo delinquência refere-se à esfera dos indivíduos contrários às normas. Já no sentido
psicológico, refere-se àqueles sujeitos que violam as normas sob causa de perturbação mental. De toda forma,
as leis são um referencial para o diagnóstico do transtorno antissocial de personalidade, pois todo delinquente
patológico também é um delinquente jurídico, na medida em que o primeiro é razão de existência do segundo
(LOPES, 2009).
O comportamento condicionado ao modelo:
A delinquência possui diversos usos e sentidos. Basicamente, existem usos mais frequentes para
o termo delinquência no sentido jurídico e psicológico.
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O comportamento pelo processo de aprendizagem em transgressão às normas:
O comportamento delinquente é cada vez mais imediatista, individualista e transgressor. Quando o indivíduo
não encontra em si mesmo os limites que são impostos pela presença do outro, ele transgride, visando à
satisfação de demandas internas. Na ausência destes limites é que o sujeito perde a consciência da realidade e
não enxerga o outro e o mal que pode lhe causar (STEFFEN, 2009). 
A ação do delinquente como uma ação antidepressiva, na transformação da agressividade como fuga da
angústia do presente, acaba con�rmando a carência de afeto como sua causa, trazendo à tona sintomas como o
transtorno antissocial de personalidade pací�ca na ciência.
Ao analisar o caso, questiona-se se essa conduta é psicologicamente atípica, se o crime é eventual, se o agente
possui uma personalidade normal ou é possuidor de uma personalidade mórbida com sintomas de
perturbação (delinquência sintomática). Também se nota se há defeito ou desvio de personalidade por má
constituição ou expressão de caráter (casos como personalidades psicopáticas e personalidades delinquenciais).
O condicionamento deriva da exposição a situações similares desde a infância, que
ensinaram o indivíduo a obter vantagens a partir de comportamentos de agressão. A
criança descobre que, provocando dor, física ou psicológica, na mãe, no pai, em irmãos,
conquista o objeto de seus desejos
— (FIORELLI; MANGINI, 2009, p. 223)
[...] o condicionamento constitui fator marcante: o indivíduo, continuamente submetido
a experiências em que a violência constitui o diferencial, com o tempo integra-a ao seu
esquema de comportamento; o cérebro desenvolve padrões de respostas para
estímulos violentos e o indivíduo comporta-se de maneira não apenas destinada a
responder a tais estímulos, mas, também, a provocá-los.
—  (FIORELLI; MANGINI, 2009, p. 224)
Os comportamentos desviantes podem ter origem na tentativa de libertação da tensão
interna insuportável, marcada pelo sentimento de perda de algo bom que se conjuga
com o medo de ser rejeitado. Está incessante procura do que perdeu pode estar
associada à destruição.
— (BENAVENTE, 2009, p.21)
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FATORES MENTAIS E RESPONSABILIDADE PENAL
Dos fatores mentais
Os transtornos mentais e de comportamento, pela classi�cação no CID-10, descrevem o transtorno especí�co
de personalidade como uma perturbação grave da constituição com tendências comportamentais do indivíduo,
o chamado “delinquente caracterológico”, ligado às rupturas familiar e social.
Os delinquentes apresentam desarmonia da afetividade e da excitabilidade com de�ciência dos impulsos, das
atitudes e condutas, re�etindo no relacionamento interpessoal. No plano policial-forense, os transtornos de
personalidade revelam-se de extrema importância pelo fato de seus portadores (especi�camente os
antissociais) muitas vezes se envolverem em atos criminosos (SMITH, 1962, p. 90).
O transtorno antissocial leva à insensibilidade aos sentimentos alheios (ausência total de remorso), acentuada
indiferença afetiva, assumindo um comportamento delituoso. O diagnóstico é de psicopatia (transtorno de
personalidade antissocial, sociopatia, transtorno de caráter, transtorno sociopático ou transtorno dissocial).
O comportamento delinquente surge com maior intensidade e frequência na idade entre 12 e 18 anos,
momento em que o indivíduo passa por reorganização interna e �rmam-se os valores que nortearão sua
personalidade adulta. A adolescência é condição de crescimento que possibilita o desenvolvimento da
personalidade (STEFFEN, ).
Responsabilidade Penal
De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069 de 13 de julho de 1990), o adolescente menor
de 18 anos que pratica ato infracional está sujeito a medidas socioeducativas, tais como: advertência, prestação
de serviços à comunidade e internação em estabelecimento educacional.
As penas do Estatuto da Criança e do Adolescente são bem menos severas do que a punição aplicada para os
adultos e, diante de tal circunstância, tem sido cada vez mais frequente a prática deliberada de crimes por
menores de 18 anos e o seu aliciamento pelo crime organizado.
O artigo 228 da Constituição Federal estabelece que: "são penalmente inimputáveis os menores de dezoito
anos, sujeitos às normas da legislação especial". Já o Estatuto da Criança e do Adolescente assim coloca:
Casos previstos de internação:
De acordo com o Estatuto, o adolescente menor de 18 anos que pratica ato infracional
pode sofrer, como medida socioeducativa, desde advertência e prestação de serviços à
comunidade até a internação em estabelecimento educacional.
— (BRASIL, 1990)
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1031134/estatuto-da-crian%C3%A7a-e-do-adolescente-lei-8069-90
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1031134/estatuto-da-crian%C3%A7a-e-do-adolescente-lei-8069-90
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1031134/estatuto-da-crian%C3%A7a-e-do-adolescente-lei-8069-90
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10643881/artigo-228-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
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UM CASO DE DELINQUÊNCIA
Roberto Aparecido Cardoso era um adolescente de 16 anos morador da comunidade de Embu Guaçu, região
metropolitana de São Paulo. Residia com quatro irmãos e os pais, Maria e Genésio. Maria era dona de casa e
Genésio era aposentado por invalidez. Roberto era um rapaz de pouca conversa, mal sabia escrever seu próprio
nome, pois abandonouos estudos precocemente na 4ª série.
Sua personalidade sempre foi de uma pessoa fria e problemática; se envolvia em brigas facilmente, em
negócios ilícitos, e possuía uma relação com uma quadrilha de desmanche de carros. Já possuía um passado
criminal bastante truculento, pois em 2001 envolveu-se em uma briga por motivos fúteis e acabou assassinando
com duas facadas o pedreiro Liberato de Andrade. O jovem amedrontava a vizinhança com seu estilo
intimidador. Andava sempre munido de um facão na cintura e assaltava comerciantes da região. Aterrorizava
seus alvos com a “brincadeira” de roleta-russa, abastecendo o tambor da arma com apenas uma bala, girando-o
com o cano encostado à cabeça, para depois apertar o gatilho. Em sua comunidade era conhecido pelo apelido
de Champinha, nome que foi dado ao caso quando o indivíduo reincidiu no crime, sendo o mentor e também
participante ativo do assassinato do casal de adolescentes Liana Friedenbach e Felipe Ca�é, em 2003. O crime
ocorreu em 31 de outubro daquele ano quando Liana e Felipe viajaram no �nal de semana para a região de
Embu Guaçu para acampar em um local abandonado, conhecido como Sítio Dolé. As vítimas do crime eram de
família de classe média alta, chamando a atenção dos moradores pelas suas características distintas às outras
pessoas da região. Os jovens foram abordados enquanto dormiam em uma barraca e levados até um cativeiro,
e lá permaneceram tranca�ados pelos próximos dias. Num primeiro momento, a motivação para o delito era
apenas assaltá-los e levar dinheiro e pertences, pois a percepção que os meliantes tiveram ao ver o casal deu-se
pela aparência nobre dos jovens, que demonstravam possuir boas condições �nanceiras. A situação econômica
em que Roberto se encontrava possivelmente contribuiu para a prática do ilícito, sendo uma maneira “fácil” de
ganhar alguns trocados.
Nos dias em que a estudante esteve em seu poder, sofreu estupro coletivo e revezado, enquanto Felipe sofria
agressões físicas a todo o momento. Liana permaneceu durante quatro dias, até ser morta com 15 facadas pelo
próprio Champinha. Além de assassinar Liana, o delinquente também a mutilou. Quando questionado sobre o
porquê de tamanha atrocidade, Champinha respondeu friamente ao delegado do caso, Sílvio Balangio Jr., que
“sentiu vontade e fez porque quis”. Detido aos 16 anos, foi interditado civilmente pela Justiça Brasileira,
perdendo seus direitos de liberdade. Esta decisão foi tomada após análise de laudos psicológicos sobre seu
Devem ocorrer nas hipóteses de: a) ato infracional considerado violento ou com grave
ameaça; b) nos casos em que há reincidência de infrações consideradas graves; c)
quando há descumprimento de medida socioeducativa anterior. De acordo com a
legislação, a internação não pode durar mais de três anos e a liberação é obrigatória
aos 21 anos de idade. 
— (BRASIL, 1990)
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per�l e a a�rmação de que Champinha sofria de transtorno de personalidade, portanto, existia alta
periculosidade de sua liberação, pois havia possibilidade de reincidência no crime. Atualmente, aos 24 anos de
idade, Roberto continua preso na Unidade Experimental de Saúde (UES) sem previsão para ser libertado.
Para re�exão: o caso Liana Friedenbach e Felipe Ca�é foi noticiado durante muito tempo pelo ato delituoso do
delinquente conhecido como Champinha. Diagnosticado com Transtorno de Personalidade e diversas
reincidências criminais com atos de violências, seu desfecho foi a internalização com tratamento psiquiátrico
pela alta periculosidade
VÍDEO RESUMO
A delinquência pode ser persistente ou desistente. Mas será que depende do destino escolhido ou do
transtorno? A delinquência gera polêmicas e diferentes abordagens da sociedade e de distintos autores. Vamos
sair da teoria e abordar na prática o comportamento e as �nalidades penais. Já chegou à sua conclusão?
Delinquência versus penalidade.
 Saiba mais
A leitura desse artigo trará mais conhecimentos sobre os assuntos abordados:
OLIVEIRA, Patrícia Carvalho de et al. “Sobrevivendo”: vulnerabilidade social vivenciada por adolescentes em
uma periferia urbana. Interface-Comunicação, Saúde, Educação, v. 24, p. e190813, 2020.
https://www.scielosp.org/article/icse/2020.v24/e190813/. Acesso em 06 mar. 2023.
Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.
Aula 1
ARAUJO, C. T. L.; MENEZES, M. A. Execução penal, exame criminológico e apreciação dos indicadores de
potencial criminógeno. In: RIGONATTI, P. S.; SERAFIN, A. P.; BARROS, E. L. de. (Org.). Temas em psiquiatria
forense e psicologia jurídica. São Paulo: Vetor, 2003. p. 229-245.
BASOGLU, C. et al. Uma ressonância magnética estudo de espectroscopia de comportamento antissocial
transtorno, psicopatia e crimes violentos entre recrutas militares. Acta Neuropsiquiátrica. 20 (2). p. 72-77.
2008.
CAMPBELL, Jacquelyn; KUB, Joan E.; ROSE, Linda. Depression in battered women. Jamwa, v. 51, n. 3, p. 106-111,
1996.
REFERÊNCIAS
4 minutos
https://www.scielosp.org/article/icse/2020.v24/e190813/
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