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Aula 10
Ministério do Trabalho (Auditor Fiscal do
Trabalho - AFT) Contabilidade Geral -
2023 (Pré-Edital) Profs. Júlio Cardozo,
Luciano Rosa e Silvio Sande
Autor:
Luciano Rosa, Júlio Cardozo
18 de Fevereiro de 2023
78664969515 - Maria Auxiliadora Silva Araujo
Luciano Rosa, Júlio Cardozo
Aula 10
Índice
..............................................................................................................................................................................................1) Ajuste a Valor Presente 3
..............................................................................................................................................................................................2) Operações Financeiras 13
..............................................................................................................................................................................................3) Juros sobre o Capital Próprio 33
..............................................................................................................................................................................................4) Depósitos Judiciais 35
..............................................................................................................................................................................................5) Aplicações Financeiras 37
..............................................................................................................................................................................................6) Arrendamentos 55
..............................................................................................................................................................................................7) Conciliação Bancária 64
..............................................................................................................................................................................................8) Questões Comentadas - Operações Diversas - Cebraspe 70
..............................................................................................................................................................................................9) Lista de Questões - Operações Diversas - Cebraspe 117
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AJUSTE A VALOR PRESENTE 
Ajustar algo a valor presente significa trazer um valor que está previsto para se realizar em data 
futura a termos monetários de hoje. 
As vendas e as compras, quando feitas a prazo, inserem no valor da operação, juros e encargos 
financeiros referentes à remuneração de um capital no futuro. 
Assim, a contabilização pelo valor nominal faz com que essas operações sejam demonstradas de 
forma superavaliada no Balanço Patrimonial. Fica difícil, também, diferenciar o resultado financeiro 
do resultado realmente apurado com operações da atividade empresarial. O ajuste a valor 
presente (AVP) veio para que possamos dirimir esse problema. 
A Lei 11.638/07 incluiu o tema na Lei 6.404/76 da seguinte forma: 
Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes 
critérios: 
VIII – os elementos do ativo decorrentes de operações de longo prazo serão 
ajustados a valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito 
relevante. (Incluído pela Lei nº 11.638, de 2007) 
Art. 184. No balanço, os elementos do passivo serão avaliados de acordo com os 
seguintes critérios: 
III – as obrigações, os encargos e os riscos classificados no passivo não circulante 
serão ajustados ao seu valor presente, sendo os demais ajustados quando houver 
efeito relevante. (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) 
Esquematizemos: 
Elementos Período AVP? 
 
Ativo 
Não circulante Ajustados a valor presente 
Circulante Se houver efeito relevante 
 
Passivo 
Não circulante Ajustados a valor presente 
Circulante Se houver efeito relevante 
Agora, dois quesitos: 
(Auditor Fiscal/ISS SP/2012) As obrigações de curto prazo com fornecedores devem ser ajustadas 
ao seu valor presente, quando houver efeito relevante. 
Luciano Rosa, Júlio Cardozo
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Comentários: 
Conforme acabamos de salientar, o gabarito é certo. 
(Contador/CADE/2014) Quando houver efeito relevante, os itens do ativo e do passivo 
decorrentes de operações de curto prazo devem ser ajustados a valor presente. 
Comentários: 
Com base no que foi exposto, o gabarito é certo. 
Por que utilizar o Ajuste a Valor Presente? 
As vendas e as compras, quando feitas a prazo, inserem no valor da operação, juros e encargos 
financeiros referentes à remuneração de um capital no futuro. 
Assim, a contabilização pelo valor nominal faz com que essas operações sejam demonstradas de 
forma superavaliada no Balanço Patrimonial. Fica difícil, também, diferenciar o resultado financeiro 
(de juros) do resultado realmente apurado com operações da atividade empresarial. O ajuste a 
valor presente (AVP) veio para que possamos dirimir esse problema. 
Assim, se determinada empresa compra mercadorias para pagar daqui a três anos, no montante 
de R$ 150.000,00, com encargos de R$ 25.000,00, qual o seu valor presente, isto é, hoje? 
Resposta: R$ 150.000,00 – R$ 25.000,00 = R$ 125.000,00. 
Lógico que não é tão simples assim, mas segue esta linha. 
Objetivos do ajuste a valor presente: 
- Evitar que as demonstrações sejam superavaliadas. 
- Diferenciar o resultado financeiro do resultado com as operações da atividade. 
Vamos a um exemplo. 
Uma empresa pode adquirir um equipamento pelo preço à vista de 100.000 ou em 12 prestações 
de 10.000, no total de 120.000. 
Sem o ajuste a valor presente (ou seja, segundo a contabilização anterior), teríamos a seguinte 
contabilização: 
Compra à vista: 
D – Imobilizado (equipamento) 100.000 
C – Caixa/bancos 100.000 
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Razonetes: 
100000 100000
Imobilizado Caixa
 
Compra a prazo: 
D - Imobilizado (equipamento) 120.000 
C – Fornecedores (passivo) 120.000 
Razonetes: 
120000 120000
Imobilizado Fornecedores
 
No segundo caso, a contabilização inclui uma parcela financeira, devido ao pagamento parcelado. 
Com isso, o preço do equipamento ficou inflado por despesas financeiras. 
Em diversos pronunciamentos do CPC (estoque, imobilizado, intangível), encontramos a seguinte 
determinação: 
No caso de venda a prazo, os juros e despesas financeiras não devem integrar o 
custo do estoque (ou imobilizado, ou intangível). Devem ser apropriados como 
despesas financeiras ao longo do prazo da operação, exceto no caso de 
financiamento de ativos qualificáveis. 
É isso o que conseguimos com o ajuste a valor presente. No exemplo acima, supondo que o ajuste 
seja relevante, a contabilização seria a seguinte: 
Compra a prazo (com ajuste a valor presente): 
D - Imobilizado (equipamento) 100.000 
D – Encargos a transcorrer (Retificadora do Passivo) 20.000 
C – fornecedores (passivo) 120.000 
Razonetes: 
100000 120000 20000
Imobilizado Fornecedores Encargos a transc.
 
Luciano Rosa, Júlio Cardozo
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==245596==
 
Compare essa contabilização com a realizada para a compra à vista. O ativo fica registrado pelo 
mesmo valor, nos dois casos, e a diferença é apropriada como despesa financeira, mês a mês 
(supondo uma despesa financeira de 5.000, no primeiro mês): 
D – Despesa financeira 5.000 
C - Encargos a transcorrer (Retificadora do Passivo) 5.000 
Razonetes: 
20000 5000 5000
Despesa finan.Encargos a transc.
 
A mensuração contábil a valor presente deve ser aplicada no reconhecimento inicial de ativos e 
passivos. Depois disso, não mais se altera, a não ser que haja alguma renegociação, modificando 
as condições iniciais. 
Faz-se necessário observar que a aplicação do conceito de ajuste a valor presente nem sempre 
equipara o ativo ou o passivo a seu valor justo. Por isso, valor presente e valor justo não são 
sinônimos. 
Por exemplo, a compra financiada de um veículo por um cliente especial que, por causa dessa 
situação, obtenha taxa não de mercado para esse financiamento, faz com que a aplicação do 
conceito de valor presente com a taxa característica da transação e do risco desse cliente leve o 
ativo, no comprador, a um valor inferior ao seu valor justo; nesse caso prevalece contabilmente o 
valor calculado a valor presente, inferior ao valor justo, por representar melhor o efetivo custo de 
aquisição para o comprador. Em contrapartida o vendedor reconhece a contrapartida do ajuste a 
valor presente do seu recebível como redução da receita, evidenciando que, nesse caso, terá 
obtido um valor de venda inferior ao praticado no mercado. 
Lembramos que Valor justo é valor pelo qual um ativo pode ser negociado entre partes 
interessadas, conhecedoras do negócio e independentes entre si, com ausência de fatores que 
pressionem para a liquidação da transação ou que caracterizem uma transação compulsória. 
(definição usada nos pronunciamentos do CPC) 
Vamos ver como é feita a contabilização do AVP? 
 
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Contabilização do Ajuste a Valor Presente 
Aprenderemos a fazer essa contabilização e a entender esses itens através de um pequeno 
exemplo. Vejamos: 
Exemplo 1 – Contabilização do AVP – Venda a Prazo: 
A empresa KLS vendeu mercadorias para receber após 24 meses, no valor de 50.000,00. 
Informações adicionais: 
• Taxa de juros: 2% ao mês = 1,0224 = 1,6084 
• Valor presente: 50.000/1,6084 = 31.086 
Observação: 1,02^24 → leia-se “um virgula zero dois elevado à vigésima quarta 
potência”. 
Que operação é essa? É o chamado juros compostos! 
E qual a fórmula da matemática financeira para calcular as variáveis? 
Valor nominal = Valor presente x (1 + i)n 
Onde: 
• Valor nominal = Valor futuro 
• Valor presente = Valor hoje 
• i = Taxa de juros 
• n = Prazo 
Atenção! A regra é a utilização do método exponencial, composto. O mercado 
dificilmente utilizará juros simples. Então, só o faça se a questão assim exigir. 
Passo a passo para a resolução: 
1) Encontrar o valor nominal (valor de venda), que conterá os juros. 
2) Encontrar juros e prazo (que devem estar na mesma unidade). 
3) Trazer a valor presente pela fórmula de juros compostos, da matemática financeira: 
Valor nominal = Valor presente x (1 + i)n 
4) Fazer os lançamentos: 
Contabilização: 
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• No momento inicial 
D – Contas a Receber (RLP) 50.000 
C – Ajuste a VP (ANC – Realizável a LP – conta retificadora) 18.914 
C – Receita de Vendas (resultado) 31.086 
Razonetes: 
50.000,00 18.914,00 31.086,00
Receita de vendasContas a receber AVP ( Retificadora Ativo)
 
• Mês a mês 
Passado um mês, há a contabilização de uma receita financeira, apropriada por competência, e 
seguindo o método exponencial: 
D – Ajuste a VP (RLP) 622 
C – Receita Financiamento de vendas (Resultado) 622 
Razonetes: 
622,00 18.914,00 622,00
AVP (Retificadora Ativo) Receita financeira
 
E assim mês a mês, até o recebimento. 
Podemos calcular estes juros, para reconhecê-los mês a mês, da seguinte forma: 
No mês 1: 31.086,00 x 0,02 = 622. 
No mês 2: 31.708 x 0,02 = 634. 
Esquematizemos: 
Mês Principal Juros Total 
1 R$ 31.086,00 R$ 622,00 R$ 31.708,00 
2 R$ 31.708,00 R$ 634,00 R$ 32.342,00 
3 R$ 32.342,00 R$ 647,00 R$ 32.989,00 
E assim por diante, até reconhecer toda a receita. Essa tabela, ou pelo menos os dados para seu 
cálculo, tem que ser fornecida em prova, não se preocupem. 
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Vamos supor que, após um ano, as condições de mercado se alterem e a taxa de juros passe para 
1% ao mês. 
Nesse caso, devemos alterar a taxa de juros que será utilizado no restante desta operação? Não. 
A taxa de juros é definida no início da operação, e não mais se altera, a não ser que haja uma 
renegociação. Naturalmente, as novas operações serão calculadas pela taxa de juros mais 
adequada na época do seu reconhecimento. 
Uma questão sobre o assunto: 
(Auditor Fiscal de Tributos Estaduais/ICMS-SC/Auditoria e Fiscalização/2018) No dia 30/11/2017, 
a Cia. das Aves realizou as seguintes vendas de mercadorias: 
− Vendas à vista no valor de R$ 1.500.000,00. 
− Vendas a prazo no valor nominal de R$ 2.300.000,00 que será recebido integralmente em 
30/04/2019. 
Na data da venda a empresa praticava a taxa de juros de 0,83% ao mês, que corresponde a 15% 
para o período das vendas a prazo. Em relação às vendas efetuadas em 30/11/2017, a Cia. das 
Aves deveria reconhecer Receita de Vendas no valor de 
(A) R$ 3.500.000,00 no resultado de 2017, apenas. 
(B) R$ 3.500.000,00 e Receita Financeira no valor de R$ 300.000,00, ambos no resultado de 2017. 
(C) R$ 3.500.000,00 e Receita Financeira no valor de R$ 16.600,00, ambos no resultado de 2017. 
(D) R$ 3.455.000,00 e Receita Financeira no valor de R$ 16.226,50, ambos no resultado de 2017. 
(E) R$ 3.800.000,00 no resultado de 2017, apenas. 
Comentários: 
Para responder esta questão, precisamos de conhecimento acerca do ajuste a valor presente. O 
valor que foi recebido à vista já é um valor atual, presente, não precisa de ajuste. Agora, o valor 
que será recebido a prazo apresenta um efeito financeiro “embutido”. Como queremos saber 
apenas o que, efetivamente, receita de vendas, temos que fazer o ajuste a valor presente. 
Relembrando um pouquinho da Matemática Financeira, para trazer determinado valor futuro a 
valor atual, temos que fazer o seguinte: 
Valor Presente=
Valor Futuro
(1+taxa)n
 
Outra coisa: a venda foi efetuada em novembro e ele também quer saber o que afeta o resultado 
do ano de 2017, o que pressupõe que o exercício já foi encerrado (31.12.2017), assim sendo, já 
temos uma parcelinha de receita financeira de um mês para reconhecer. E como fazemos isso? 
Basta multiplicarmos o valor presente pela taxa mensal de juros, fica assim: 2.000.000 x 0,83% = 
R$ 16.600. Ficou assim: 
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Venda à vista R$ 1.500.000,00 
Venda a prazo R$ 2.300.000,00 
Valor presente (2.300.000/1,15) R$ 2.000.000,00 
Ajuste a Valor Presente (diferença R$ 300.0000 
Receitas do período 
Venda à vista R$ 1.500.000,00 
Venda a prazo R$ 2.000.000,00 
Receita de vendas R$ 3.500.000,00 
Receita financeira (2.000.000 x 0,83%) R$ 16.600,00 
Portanto, o que é, efetivamente, receita de vendas dessa empresa do período? 
O valor presente =1.500.000 + 2.000.000 = R$ 3.500.000,00. 
Quanto foi a receita financeira reconhecida em 31/12/2017 (não foi no momento inicial)? = R$ 
16.600. O gabarito é letra c. 
Apenas para reforçamos o conteúdo, como ficaria a contabilização desses fatos: 
Venda de Mercadorias: 
D – Bancos (ativo) 1.500.000 
D – Clientes (ativo) 2.300,00 
C – Ajuste a valor presente a apropriar sobre clientes (red. ativo) 300.000 
C – Receita de vendas (resultado) 3.500.000 
Em 31/12, lançaremos para reconhecer a receita de juros: 
D – Ajuste a valor presente a aproprias sobre clientes (red. ativo) 16.600 
C – Receita financeira (resultado) 16.600 
Exemplo 2 – Compra a Prazo: 
A empresa KLS comprou mercadorias para pagar após 24 meses, no valor de R$ 50.000,00. 
Informações adicionais: 
• Taxa de juros: 2% ao mês = 1,0224 = 1,6084 
• Valor presente: 50.000/1,6084 = 31.086 
Contabilização: 
• No momento inicial: 
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D – Mercadoria (AC) 31.086 
D – Ajuste a valor presente sobre fornecedores (PNC - ELP) 18.914 
C – Fornecedores (PNC - ELP) 50.000 
Razonetes: 
31.086,00 18.914,00 50.000,00
Fornecedores (Passivo)Mercadorias (AC) AVP - Fornecedores (Ret. P.)
 
• Mês a mês 
Após um mês, apropriamos os encargos financeiros: 
D – Despesa Financeira – financiamento de compras (resultado) 622 
C - Ajuste a valor presente sobre fornecedores (PNC - ELP) 622 
Razonetes: 
18.914,00 622,00 622,00
AVP - Fornecedores (Ret. P.) Despesa Financeira
 
Ao final dos 24 meses, a conta “ajuste a valor presente sobre fornecedores” estará zerada, e todo 
o seu valor terá sido transferido para resultado. 
Notem que não podemos calcular 18.914/24 = R$ 788, e apropriar este valor para todos os meses. 
Devemos usar o método exponencial, pois o mercado dificilmente utilizará juros simples para uma 
operação de financiamento. 
Se alguma banca cobrar este assunto, deverá fornecer a tabela de controle, ou pedir uma 
informação que possa ser calculada facilmente (por exemplo, qual o valor apropriado como receita 
financeira no segundo mês? Segundo a tabela acima, será 634. Cálculo: 31.086 x 1,02 = 31.708; 
31.708 x 0,02 = 634). 
A seguir, uma questão: 
(SEFAZ PI/Auditor/2015) A Cia. Vende & Recompra adquiriu, em 30/04/2014, mercadorias para 
serem comercializadas. Em função de sua situação financeira, a Cia. fez essa aquisição a prazo, 
para pagamento em 30/06/2016. O valor a ser pago na data do vencimento é R$ 380.000,00, mas 
se a Cia. tivesse adquirido estas mercadorias à vista teria pagado R$ 330.000,00. 
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Em 20/05/2014, a Cia. Vende & Recompra vendeu 80% dessas mercadorias por R$ 820.000,00, 
para serem recebidos integralmente em 15/07/2016. Se o cliente tivesse adquirido as mercadorias 
à vista teria pagado R$ 730.000,00. 
Com base nestas informações, é correto afirmar que o resultado bruto com vendas que a Cia. 
Vende & Recompra reconheceu, na data da venda, foi, em reais, 
A) 400.000,00. 
B) 466.000,00. 
C) 516.000,00. 
D) 426.000,00. 
E) 556.000,00. 
Comentários: 
No caso de compra e venda a prazo, com juros incluídos, temos que considerar o valor à vista. 
A regra é a seguinte: 
- Ativo não circulante e passivo não circulante = ajusta a valor presente 
- Ativo circulante e passivo circulante = só ajusta se produzir efeito relevante. 
Lançamento da compra: 
D – Mercadorias 330.000,00 
D – Ajuste a valor presente 50.000,00 
C – Fornecedores 380.000,00 
Lançamento da venda: 
Pela venda: 
D – Clientes 820.000,00 
C – Receita de vendas 730.000,00 
C – Ajuste a valor presente sobre clientes (red. Ativo) 90.000,00 
Pela baixa das mercadorias: 
D – CMV (80% x 330.000,00) 264.000,00 
C – Estoque 264.000,00 
Demonstração do resultado 
Receita de vendas 730.000,00 
 (-) CMV (264.000,00) 
Lucro bruto 466.000,00 
O gabarito é letra b.
 
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OPERAÇÕES FINANCEIRAS 
Comecemos a falar sobre as operações financeiras, como por exemplo, vendas a prazo com 
emissão de duplicatas, desconto de duplicatas, aplicações financeiras e contabilização de 
empréstimos. 
Venda A Prazo, Emissão De Duplicata 
A duplicata é o título de crédito emitido com base em obrigação proveniente de compra e venda 
comercial ou prestação de certos serviços. Rege-se pela Lei 5.474/1968. 
É conhecida por ser um título causal, ou seja, encontra-se vinculada à relação jurídica que lhe dá 
origem que é a compra e venda mercantil. 
Na contabilidade, como trabalhamos com o regime de competência, a receita de venda deve ser 
reconhecida na entrega da mercadoria, independentemente do recebimento, pois, neste 
momento, há a transferência da titularidade (a chamada tradição). 
Esquematizemos: 
Tradição: Entrega da mercadoria 
(Reconhece receita)
 
Assim, quando realizamos uma venda a prazo (e entregamos as mercadorias), faremos alguns 
lançamentos contábeis. 
Por exemplo, venda por R$ 1.000,00 de mercadorias que custaram R$ 700,00, sem a incidência de 
tributos, para recebimento em 30 dias. 
• Pelo registro da venda: 
D – Clientes/Duplicatas a receber (ativo) 1.000,00 
C – Receita de vendas (resultado) 1.000,00 
Razonetes: 
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1000 1000
Clientes Receita de vendas
 
• Pela baixa no estoque: 
D – Custo da mercadoria vendida (resultado) 700,00 
C – Estoque de mercadorias para revenda (ativo) 700,00 
Razonetes: 
700 700
CMV Estoque
 
• Quando do recebimento da venda: 
D – Caixa/Bancos (ativo) 1.000,00 
C – Clientes/Duplicatas a receber (ativo) 1.000,00 
Razonetes: 
1000 1000 1000
Clientes Bancos
 
Imagine-se agora que o cliente pagou a mercadoria, em 31.01.X1, no valor de R$ 1.000,00, para 
recebimento em 31.03.X1, cujo custo é de R$ 700,00. 
• Quando do adiantamento: 
D – Bancos/Caixa (ativo) 1.000,00 
C - Adiantamento de clientes (passivo) 1.000,00 
Razonetes: 
1000 1000
Bancos Adian. Clientes
 
• Quando da entrega das mercadorias, em 31.03.X1: 
D – Adiantamento de clientes (passivo) 1.000,00 
C – Receita de vendas (resultado) 1.000,00 
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Razonetes: 
1000 1000 1000
Receita de vendas Adian. Clientes
 
• Pela baixa no estoque: 
D – Custo da mercadoria vendida (resultado) 700,00 
C – Estoque de mercadorias para revenda (ativo) 700,00 
Razonetes: 
700 700
CMV Estoque
 
Duplicatas Descontadas 
Sabemos que as empresas dificilmente conseguem sobreviver sem que realizem operações a 
prazo. Assim, ao realizar vendas a prazo, como já dissemos, a empresa pode emitir duplicatas. 
Todavia, também pode acontecer de a empresa necessitar do recurso de maneira antecipada. 
Contudo, ela não pode chegar ao cliente, antes do vencimento, e exigir a sua liquidação. Eis que 
surge o desconto de duplicatas. A empresa portadora do título recorre ao banco e fala: olha, 
preciso do dinheiro desta duplicata, todavia, o vencimento se dará somente lá na frente, na data 
x. 
O banco então desconta essa duplicata, ou seja, entrega o valor à empresa, mediante a cobrança 
de juros. 
Descontar uma duplicata é, grosso modo, uma operação em que pegamos um adiantamento do 
valor das duplicatas com o banco, deixando-as em garantia. Funciona assim: 
• Operação de desconto de duplicata 
- Descontamos o valor da duplicata. Recebemos o valor do principal menos os descontos relativos 
à operação (juros e encargos). 
- O banco fica com as duplicatas em sua carteira de clientes, para receber. 
- Se o banco não receber, isto é, o cliente não quitar, o banco vai pegar o dinheiro de volta, 
devolvendo a duplicata para a empresa, para que ela cobre com os meios legais. 
 
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Fique Atento! A conta duplicatas descontadas hoje é uma conta do passivo exigível. Antigamente, 
o entendimento é que ela fazia parte das contas retificadoras do ativo. 
Os encargos financeiros, por seu turno, ficam retificando a conta duplicatas descontadas. 
Esquematizemos: 
 
O critério que vige (de acordo com o FIPECAFI – Manual de Contabilidade Societária) no registro 
do desconto de duplicatas é o seguinte: 
Primeira hipótese: Duplicatas com valor de R$ 1.000,00, descontadas com encargos de R$ 100,00, 
com o Banco Alfa. 
D - Bancos Conta Movimento (Ativo Circulante) 900,00 
D - Encargos Financeiros a Transcorrer (Ret. do Passivo Circulante) 100,00 
C - Duplicatas Descontadas (Passivo Circulante) 1.000,00 
Razonetes: 
900 100 1000
Encargos a transc. Duplica. Descont.Bancos
 
Portanto, repetimos: a conta duplicatas descontadas foi para o passivo exigível! A conta encargos 
financeiros a transcorrer ficará retificando a conta duplicatas descontadas. É como se fosse um 
empréstimo, deixando-se as duplicatas como garantia. Além disso, precisamos destacar que NO 
MOMENTO INICIAL não reconhecemos NENHUMA DESPESA NO RESULTADO DO EXERCÍCIO. 
Isso é fundamental. As despesas serão reconhecidas por competência, ao longo da operação. 
Segunda hipótese: Passou o período de juros (suponha R$ 10,00 ao mês para simplificar). 
Conforme o período da competência, lançaremos os juros: 
D - Despesa de Juros (Resultado) 10,00 
C - Encargos Financeiros a Transcorrer (Passivo exigível) 10,00 
Duplicatas 
descontadas
Passivo 
exigível
Encargos 
financeiros
Retificadora 
do passivo
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Razonetes: 
100 10 10
Encargos a transc. Despesa de juros
 
Terceira hipótese: O cliente liquidou a obrigação. 
Com o recebimento do cliente, o lançamento será: 
D - Duplicatas Descontadas (Passivo exigível) 1.000,00 
C - Duplicatas a Receber (Ativo circulante) 1.000,00 
Razonetes: 
1000 1000 1000
Dupl. Descontadas Duplicatas a Receber
 
Quarta hipótese: O cliente não liquidou a obrigação. O banco devolveu as duplicatas. 
O banco vai devolver a duplicata para que o cliente se vire, e pegar o seu dinheiro de volta. 
 O lançamento, neste caso, será: 
D – Duplicatas Descontadas (Passivo exigível) 1.000,00 
C – Caixa/Bancos (Diminuindo o caixa) 1.000,00 
Razonetes: 
1000 1000
Dupl. Descontadas Caixa
 
Observação: conta retificadora do passivo é uma conta que fica no passivo, mas 
tem natureza devedora (tem saldo devedor). Lembra que o Passivo tem natureza 
credora? Então, as contas retificadoras diminuem o passivo. 
Do mesmo modo, as contas retificadoras do Ativo ficam no ativo, mas com 
natureza credora. Por exemplo, a conta depreciação acumulada. 
Agora, uma questão: 
 
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Julgue o item subsequente, relativo à contabilização de operações contábeis diversas. 
(SUFRAMA/Técnico Contabilidade/2014) O desconto de uma duplicata em banco, além de gerar 
um débito em caixa ou equivalentes de caixa e um crédito em duplicatas descontadas, gera um 
débito em despesas do período na demonstração do resultado do exercício (DRE) relativo aos 
juros pagos na data da liberação do crédito. 
Comentários: 
A contabilização, no momento inicial, é a seguinte (supondo que uma duplicata de 1.000 foi 
descontada por 900): 
D – Caixa (Ativo) 900 
D – Encargos a transcorrer (Retificadora do Passivo) 100 
C – Duplicatas descontadas (Passivo) 1.000 
Os encargos devem ser apropriados ao resultado por competência: 
D – Despesas financeiras (Resultado) 100 
C – Encargos a transcorrer (Retificadora do Passivo) 100 
Assim, a questão está errada, pois não ocorre um débito em despesas do período na data da 
liberação do crédito. A contabilização da despesa ocorre posteriormente, por competência, 
conforme a passagem do tempo. 
Operações Com Cheque 
Assunto que é cobrado como pegadinha em provas é o tema recebimento e pagamento em 
cheque. 
O recebimento em cheque é realizado através da tesouraria, ou seja, da conta caixa. 
Todavia, o pagamento em cheque é feito através de crédito na conta bancos conta movimento. 
Esquematizemos: 
 
Cheque
Pagamento Sai do banco
Recebimento Entra no caixa
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Empréstimos e Financiamentos: Apropriação, Principal, Juros 
Transcorridos e a Transcorrer. 
Agora, falaremos sobre os empréstimos obtidos de terceiros. O primeiro ponto a destacar é que 
a contabilização se dá com o recebimento dos recursos pela empresa. Se a sociedade ALFA assina 
um contrato de empréstimo em 01.01.X1, no montante de R$ 15.000,00, mas só recebe os 
recursos efetivamente em 05.01.X1, deverá fazer a contabilização tão-somente nesta última data. 
Porém, se em 01.01.X1, assina um contrato para receber R$ 5.000,00 em 01.02.X1, R$ 5.000,00 
em 01.03.X1 e R$ 5.000,00 em 01.04.X1, deverá fazer a contabilização conforme o recebimento 
da cada uma das prestações. 
Suponhamos que a empresa receba uma quantia de R$ 10.000,00, para pagamento de R$ 
12.000,00 ao final. A diferença entre o valor total da obrigação a pagar e o que efetivamente 
entra na conta da empresa (captação líquida do empréstimo) é o que chamamos de Encargos 
Financeiros a Transcorrer. 
Um dos temas mais exigidos em provas, quando falamos em Passivo, é a contabilização de 
empréstimos. Vamos explicar a maneira comoesse assunto provavelmente cairá na sua prova, para 
que você não erre. 
Algumas definições são importantes, previstas no CPC 08 (R1) - Custos de Transação e Prêmios 
na Emissão de Títulos e Valores Mobiliários: 
Custos de transação são somente aqueles incorridos e diretamente atribuíveis às atividades 
necessárias exclusivamente à consecução das transações. São, por natureza, gastos incrementais, 
já que não existiriam ou teriam sido evitados se essas transações não ocorressem. 
Exemplos de custos de transação são: 
i) gastos com elaboração de prospectos e relatórios; 
 ii) remuneração de serviços profissionais de terceiros (advogados, contadores, 
auditores, consultores, profissionais de bancos de investimento, corretores etc.); 
iii) gastos com publicidade (inclusive os incorridos nos processos de road-shows); 
iv) taxas e comissões; 
v) custos de transferência; 
vi) custos de registro etc. 
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Custos de transação não incluem ágios ou deságios na emissão dos títulos e valores mobiliários, 
despesas financeiras, custos internos administrativos ou custos de carregamento. 
Vejamos como foi cobrado: 
(Auditor/TCE PB/2018) O CPC definiu custo de transação como o gasto incorrido e diretamente 
atribuível, entre outras, às atividades necessárias à distribuição primária de ações ou bônus de 
subscrição. Ainda segundo o CPC, o referido custo, quanto à sua natureza, é um gasto: 
A) fixo. 
B) incremental. 
C) operacional. 
D) diferencial. 
E) financeiro. 
Comentários: 
Vejam que os custos de transação são gastos incrementais, já que não existiriam caso nenhuma 
transação fosse feita. O gabarito é, portanto, letra b. 
Despesas financeiras são os custos ou as despesas que representam o ônus pago ou a pagar como 
remuneração direta do recurso tomado emprestado do financiador derivado dos fatores tempo, 
risco, inflação, câmbio, índice específico de variação de preços e assemelhados. 
Incluem: juros, atualização monetária, variação cambial. 
Não incluem: taxas, descontos, prêmios, despesas administrativas, honorários. 
Encargos financeiros são a soma das despesas financeiras, dos custos de transação, prêmios, 
descontos, ágios, deságios e assemelhados, a qual representa a diferença entre os valores 
recebidos e os valores pagos (ou a pagar) a terceiros. 
No exemplo que apresentamos, os encargos financeiros a transcorrer da operação são: 
12.000 – 10.000 = 2.000 
Neste caso, vamos lançar, quando do recebimento do empréstimo: 
Recebimento do principal 
D – Bancos conta movimento (ativo) 10.000,00 
D – Encargos financeiros a transcorrer (retificadora passivo) 2.000,00 
C – Empréstimos a pagar (passivo) 12.000,00 
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Razonetes: 
10000 2000 12000
Bancos Encargos a trans. Emprés. a pagar
 
Apropriação dos juros 
Com o transcurso de um período, lançaremos: 
D – Encargos financeiros (resultado) 200,00 
C – Encargos financeiros a transcorrer (retificadora passivo) 200,00 
Observação: ainda iremos apresentar como encontramos o valor exato dos 
encargos financeiros do período. 
Razonetes: 
200 2000 200
Encargos financeiros Encargos a trans.
 
Por fim, com o pagamento do principal (a conta encargos financeiros a transcorrer vai zerar com 
o tempo), lançaremos: 
D – Empréstimos a pagar (passivo) 12.000,00 
C – Bancos conta movimento (ativo) 12.000,00 
Razonetes: 
10000 12000 2000 2000 12000 12000
Bancos Encargos a trans. Emprés. a pagar
 
Considere que há mais dinheiro no banco além desses 10.000,00 (estamos nos restringindo à 
operação de empréstimo). 
Atenção! Sempre que o valor total da carga de juros for conhecido quando da 
apropriação do empréstimo, lançaremos como encargos financeiros a transcorrer. 
A conta encargos financeiros a transcorrer registra não só o valor dos juros, mas 
quaisquer despesas incorridas e diretamente relacionadas à captação dos 
recursos, devendo ser apropriada pelo regime de competência. 
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Indo mais fundo! Os encargos financeiros têm como contrapartida conta de despesa, exceto no 
caso de ativos qualificáveis. 
Ativos qualificáveis são aqueles que demandam substancial tempo para ficarem prontos para o 
uso que se pretende dar. Se, por exemplo, está sendo construído um grande navio, que necessita 
de recursos de financiamento para a sua fabricação, tendo juros embutidos no valor de R$ 
50.000,00, lançaremos: 
D – Ativos em construção – encargos financeiros (ANC – Imob.) 50.000,00 
C – Financiamentos a pagar (PC ou PNC) 50.000,00 
Portanto, os encargos financeiros para ativos qualificáveis, que são aqueles que demoram um 
período de tempo substancial para ficarem pronto, devem ir para o custo do ativo e não para o 
resultado, como é a regra. 
Observemos uma questão: 
Acerca de endividamento das empresas, seus custos, itens do patrimônio líquido e demonstração 
do resultado abrangente, julgue o item seguinte. 
(SUFRAMA/Contador/2014) A conta de despesas financeiras a vencer, decorrentes de 
empréstimos e financiamentos contraídos com correção pós-fixada, registra uma despesa a ser 
levada para a de resultado do exercício do ano em que a empresa contraiu a dívida. 
Comentários: 
A despesa deve ser levada para o resultado por competência, conforme a passagem do tempo, e 
não no ano em que a empresa contraiu a dívida. O item está, portanto, errado. 
Como Resolver Questões de Custos de Transação na Sua Prova 
Vamos explicar a maneira como esse assunto provavelmente cairá na sua prova, para que você 
não erre. 
(DRE-RS/Analista Judiciário – Contabilidade/2017) Em 31/12/2015 uma empresa obteve um 
empréstimo no valor de R$ 1.000.000,00 com as seguintes características: 
− Prazo total: 6 anos 
− Taxa de juros compostos: 10% ao ano 
− Pagamentos: parcelas iguais e anuais de R$ 229.607,00 
Para a obtenção do empréstimo a empresa incorreu em custos de transação no valor total de R$ 
30.000,00, pagos no ato da assinatura, fazendo com que a taxa de custo efetivo do empréstimo 
fosse 11% ao ano. Sabendo que a empresa efetuou o pagamento da primeira parcela na data do 
vencimento, o 
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a) saldo total apresentado para as contas de passivo (circulante e não circulante) no Balanço 
Patrimonial de 31/12/2016 foi R$ 847.093,00. 
b) valor dos encargos financeiros de 2016 foi R$ 100.000,00. 
c) valor dos encargos financeiros de 2016 foi R$ 229.607,00. 
d) impacto total no passivo, no momento da captação, foi R$ 1.000.000,00. 
e) saldo total apresentado para as contas de passivo (circulante e não circulante) no Balanço 
Patrimonial de 31/12/2016 foi R$ 870.393,00. 
Comentários: 
Passo 1: Quanto entrou no caixa relativo ao empréstimo? 
O que importa aqui é o valor efetivamente recebido. Se a empresa esperava receber X, mas só 
recebeu Y, o cálculo será em cima de Y. 
O empréstimo foi de R$ 1.000.000,00, com custosde transação, pagos no ato do empréstimo, no 
valor de R$ 30.000,00. 
Portanto, a captação líquida foi de R$ 970.000,00. 
Passo 2: Qual o valor dos juros? 
Serão 6 parcelas no valor de R$ 229.607,00 cada. Os juros devem ser registrados no resultado de 
acordo com o período de competência. Portanto, 6 x R$ 229.607 = R$ 1.377.642,00. 
Os juros, portanto, serão de R$ 1.377.642,00 – 1.000.000,00 = R$ 377.642,00. 
Esse valor também fica como encargo a transcorrer. 
Passo 3: Fazer a contabilização inicial 
Agora podemos fazer a contabilização inicial. 
Lembrando que os encargos a transcorrer ficam os juros e os custos de transação 
377.642 + 30.000 = 407.642. 
No momento da contratação do empréstimo a empresa efetuou a seguinte contabilização: 
D – Caixa (pela captação líquida) 970.000,00 
D – Encargos Financeiros a amortizar (redutora do passivo) 407.642,00 
C – Empréstimos e financiamentos (Passivo) 1.377.642,00 
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Vejamos como ficará no Balanço Patrimonial: 
 
Ou, analiticamente: 
 
Ok! Tudo certo até aqui, não? 
Passo 4: Olhar o que ocorreu no transcurso do tempo. 
Em 31.12.2016, isto é, após um ano após a contratação do empréstimo, temos que fazer: 
1 - A apropriação dos encargos financeiros na DRE; 
2 - Efetuar a contabilização do pagamento da primeira parcela dos empréstimos. 
Correto. 
Para encontrarmos o valor que será apropriado ao resultado (encargos a transcorrer – juros + custo 
de transação) temos que multiplicar a taxa efetiva de juros pela captação líquida do empréstimo, 
ou seja, valor do empréstimo menos custo de transação. Guardem isso: taxa efetiva!!! 
Esquematizemos: 
Ano Valor inicial Encargos 11% Subtotal Pagamento Saldo final 
2016 970.000 106.700 1.076.700 - 229.607 847.093 
Explicando! Você pegou o valor líquido e multiplicou pela taxa efetiva da operação, que é a taxa 
considerando os juros e o custo de transação! Tudo bem? 
Ou seja, valor inicial x juros efetivos. Somando, encontraremos o valor devido atualizado da dívida, 
que, no caso, deu R$ 1.076.700. 
O valor que irá para o resultado será de R$ 106.700,00. 
O pagamento foi informado na questão, que é de R$ 229.607,00. 
Subtraindo, encontraremos o saldo final devido em 2016. 
Passivo
Empréstimos e Financiamentos 970.000,00 
Passivo
Empréstimos e Financiamentos
(-) Custos a amortizar (redutora do passivo) 
1.377,642,00 
407.642,00
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Esquematizemos: 
Empréstimo 1.000.000,00 
Custos de transação (30.000,00) 
Empréstimo líquido 970.000,00 
 x Taxa efetiva 11% 
Encargos Financeiros de 2016 106.700,00 
 Passo 5: Pronto! Você já resolveu a sua questão! 
Vamos ver as nossas alternativas? 
a) saldo total apresentado para as contas de passivo (circulante e não circulante) no Balanço 
Patrimonial de 31/12/2016 foi R$ 847.093,00. 
Correto! Esse é o nosso gabarito. É o saldo final que encontramos naquela tabela acima. 
b) valor dos encargos financeiros de 2016 foi R$ 100.000,00. 
Errado! Foi de R$ 106.700,00. 
c) valor dos encargos financeiros de 2016 foi R$ 229.607,00. 
Errado. Foi de R$ 106.700,00. 
d) impacto total no passivo, no momento da captação, foi R$ 1.000.000,00. 
Errado. O passivo aumentou em R$ 1.377.642,00 pelo empréstimo a pagar e diminuiu R$ 
407.642,00 pelos encargos a transcorrer. Efeito no passivo = 1.377.642 – 407.642 = 970.000 
De maneira alternativa, poderíamos pegar o valor do empréstimo e diminuir apenas do CUSTOS 
DE TRANSAÇÃO, o saldo seria o mesmo: 
Valor do Empréstimo = 1.000.000 
Custos de Transação = 30.000 
Efeito no Passivo = 970.000 
e) saldo total apresentado para as contas de passivo (circulante e não circulante) no Balanço 
Patrimonial de 31/12/2016 foi R$ 870.393,00. 
Errado também. O gabarito é letra a. 
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Passo 6: Agora, se quiser, pode fazer esse cálculo para os demais períodos. 
Ano Valor inicial Encargos 11% Subtotal Pagamento Saldo final
2016 970.000,00 106.700,00 1.076.700,00 229.607,00- 847.093,00 
2017 847.093,00 93.180,23 940.273,23 229.607,00- 710.666,23 
2018 710.666,23 78.173,29 788.839,52 229.607,00- 559.232,52 
2019 559.232,52 61.515,58 620.748,09 229.607,00- 391.141,09 
2020 391.141,09 43.025,52 434.166,61 229.607,00- 204.559,61 
2021 204.559,61 22.501,56 227.061,17 229.607,00- 2.545,83- 
Algumas observações: 
Valor Inicial do primeiro exercício dessa planilha = Captação Líquida do empréstimo 
Encargos do Período = Valor Inicial x Taxa Efetiva 
Saldo Final do período = Saldo Inicial + Encargos do Período – Pagamento Efetuado 
Algumas questões pedem quanto foi a despesa financeira do período, mas acabam pedindo os 
encargos financeiros do período (despesas financeiras + custos de transação) 
Esse valor remanescente de R$ 2.545,83 (pago a maior), foi por uma impropriedade da questão. 
Deveria estar zerado. 
Variações Monetárias 
Os empréstimos representam obrigações da empresa. Contudo, sabemos lá da Matemática 
Financeira que o dinheiro não é moeda constante no tempo, isto é, sofre variações. 
Uma espécie desta variação é a atualização monetária. A variação monetária não deve ser tratada 
como encargo financeiro. Enquanto dissemos que os encargos financeiros são compostos pelos 
juros e demais despesas incorridas e diretamente relacionadas à captação de recursos, a variação 
monetária se trata, tão-somente, de atualização da dívida, caso essa condição tenha sido 
acordada. 
O reconhecimento da variação monetária será tido através do seguinte lançamento contábil: 
D – Variação monetária passiva (despesa no resultado) 
C – Empréstimos/Financiamentos a pagar 
Há que se ressaltar ainda que o registro é feito diretamente à conta que registra o valor do 
empréstimo. Não há necessidade de se separar em subgrupos, tal como fazemos com os encargos. 
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Variação Cambial 
Em algumas situações, as empresas podem efetuar operações em moeda estrangeira, como por 
exemplo, a aquisição de mercadorias à vista ou a prazo, a aquisição de ativos imobilizados, ou até 
mesmo, obter empréstimos ou financiamentos em outras moedas, tais como, dólar, euro, etc. 
Nesse sentido, podemos ter variações na taxa de câmbio nas operações envolvidas e precisamos 
conhecer o tratamento contábil adequado para essas situações. 
Antes de conhecermos o assunto, algumas definições previstas nas normas contábeis são 
importantes: 
Variação cambial é a diferença resultante da conversão de um número específico 
de unidades em uma moeda para outra moeda, a diferentes taxas cambiais. 
Taxa de câmbio é a relação de troca entre duas moedas. 
Imaginem, por exemplo, que a Cia Endividada contraiu em 26/01/x0 um empréstimo de $ 
1.000.000,00(um milhão de dólares) a uma taxa de R$ 4,00. Agora, imaginem que no dia 31/12/x0, 
quando do fechamento das demonstrações contábeis, a taxa de câmbio tenha passado para R$ 
5,00. Qual o tratamento contábil para essa variação? É o que veremos a seguir. 
Disponibilidades 
De acordo com o que prevê o FIPECAFI, se a empresa tiver valores de disponibilidades em moeda 
estrangeira, como por exemplo, dinheiro em espécie ou depósitos em bancos estrangeiros, eles 
devem ser controlados separadamente do valor em moeda nacional. Ocorrendo variações 
cambiais, negativas ou positivas, elas devem ser lançadas no resultado do exercício no grupo 
Despesas e Receitas Financeiras. Exemplo: 
A Cia JLS possui saldo em espécie de $ 10.000,00, contabilizados inicialmente a uma taxa de 
câmbio de R$ 4,00. Na contabilidade da empresa teríamos o seguinte: 
Depósitos em moeda estrangeira = $ 10.000,00 → x 4,00 = R$ 40.000,00 
Agora, suponha que tenha ocorrido uma alteração na taxa de câmbio para R$ 4,50, nesse caso, a 
empresa deverá fazer a conversão: 
Depósitos em moeda estrangeira = $ 10.000,00 → x 4,50 = R$ 45.000,00 
Como vamos contabilizar a diferença positiva para a empresa de 45.000 – 40.000 = R$ 5.000,00? 
Será uma receita com variação cambial positiva, vejam a contabilização: 
 
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==245596==
 
D – Disponibilidades em Moeda Estrangeira R$ 5.000,00 
C – Variação Cambial Positiva – Receita Financeira R$ 5.000,00 
Agora, imaginem que a taxa de câmbio tenha uma queda e passe para R$ 4,30. Devemos fazer a 
conversão: 
Depósitos em moeda estrangeira = $ 10.000,00 → x 4,30 = R$ 43.000,00 
Como vamos contabilizar a diferença negativa para a empresa de 43.000 – 45.000 = (R$ 2.000,00)? 
Será uma receita com variação cambial negativa, uma despesa financeira para a empresa. Vejam 
a contabilização: 
D – Variação Cambial Negativa – Despesa Financeira R$ 2.000,00 
C – Disponibilidades em Moeda Estrangeira R$ 2.000,00 
Percebam que a variação cambial pode trazer benefícios ou prejuízos para a entidade, isto é, pode 
ser uma receita ou uma despesa, de acordo com a variação ocorrida no câmbio. Em síntese: 
 
Passivos em Moeda Estrangeira 
Mas se ao invés de disponibilidades a empresa tivesse uma dívida em moeda estrangeira, como 
por exemplo, um empréstimo? Como deveríamos proceder? 
A Lei 6404/76 nos apresenta o seguinte: 
Critérios de Avaliação do Passivo 
Art. 184. No balanço, os elementos do passivo serão avaliados de acordo com os 
seguintes critérios: 
II - as obrigações em moeda estrangeira, com cláusula de paridade cambial, serão 
convertidas em moeda nacional à taxa de câmbio em vigor na data do balanço; 
Variação 
Cambial
Positiva Receita Financeira
Negativa Despesa Financeira
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Ou seja, as obrigações que a empresa possui em moeda estrangeira devem ser convertidas em 
real usando a taxa de câmbio em vigor no momento do fechamento do balanço patrimonial. 
Vamos voltar ao nosso exemplo inicial? 
Imaginem, por exemplo, que a Cia Endividada contraiu em 26/01/xo um empréstimo de $ 
1.000.000,00 (um milhão de dólares) a uma taxa de R$ 4,00. OBS: vamos desconsiderar os juros 
para facilitar nossa análise. 
Contabilização Inicial do empréstimo 
Valor da Operação = $ 1.000.000,00 x 4,00 = R$ 4.000.000,00 
Percebam que, em reais, a dívida da empresa é de quatro milhões e vamos efetuar o seguinte 
lançamento: 
D - Bancos R$ 4.000.000,00 
C – Empréstimos no exterior a pagar R$ 4.000.000,00 
Agora, imaginem que no dia 31/12/x0, quando do fechamento das demonstrações contábeis, a 
taxa de câmbio tenha passado para R$ 5,00. 
Valor da Operação = $ 1.000.000,00 x 5,00 = R$ 5.000.000,00 
Ou seja, pessoal, o aumento da taxa de juros “prejudicou” a empresa, pois sua dívida em reais 
aumentou, ou seja, temos uma variação cambial negativa, uma despesa, de 5.000.000 – 4.000.000 
= 1.000.000,00 
Contabilização: 
D – Variação Cambial Negativa – Despesa Financeira R$ 1.000.000,00 
C – Empréstimos no exterior a pagar R$ 1.000.000,00 
Para fecharmos, imaginem que no dia 31/12/x1, quando do fechamento das demonstrações 
contábeis, a taxa de câmbio tenha passado para R$ 4,50 e o valor da dívida tenha se mantido 
igual. 
Valor da Operação = $ 1.000.000,00 x 4,50 = R$ 4.500.000,00. 
Vejam que interessante! A diminuição da taxa de câmbio trouxe efeitos positivos para a empresa, 
diminuindo a sua dívida, assim sendo, representa uma receita financeira, uma variação cambial, 
positiva. 
Contabilização: 
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D – Empréstimos no exterior a pagar R$ 500.000,00 
C – Variação Cambial Positiva – Receita Financeira R$ 500.000,00 
Para fecharmos o assunto, na aquisição de ativos do exterior em moeda estrangeira, como 
estoques e ativos imobilizados, também está sujeita à variação cambial. 
Apenas destacamos que a variação cambial ocorrida entre o intervalo de tempo da saída da 
mercadoria ou do imobilizado do exterior até o momento em que ocorra a sua chegada, 
desembaraço e o recebimento pela empresa deve ser incorporada ao seu custo de aquisição. 
Assim sendo, se adquirimos estoque de mercadorias a prazo por $ 100.000,00 doláres, a uma taxa 
de R$ 2,00 e no recebimento pela empresa a taxa de câmbio esteja em R$ 3,00, a mercadoria será 
registrada por 100.000 x 3,00 = R$ 300.000,00. 
Agora, depois desse momento, a variação cambial ocorrida não irá mais alterar o valor dos ativos, 
apenas o passivo com fornecedores e será lançada no resultado do exercício. 
Esquematizemos: 
 
Despesas E Receitas Financeiras 
Entre as receitas e despesas financeiras, destacam-se juros, descontos, atualizações monetárias, 
entre outras. 
As despesas ou receitas financeiras incluem os juros. Todavia, segundo o FIPECAFI a variação 
monetária deve ser classificada separadamente, exceto se for uma atualização monetária 
prefixada, hipótese em que será classificada como despesa ou receita financeira. 
Curiosidade! Além disso, uma pegadinha recorrente em concursos é a conta juros 
sobre capital próprio. Embora figure com o nome de juros, esta conta não é uma 
despesa financeira, mas, sim, destinação do lucro, como forma de remuneração 
do capital dos sócios. 
As principais contas de receita financeira são: 
Saída do ativo do Exterior
Variação Cambial = entra 
no custo
Empresa assume o 
controle
Variação Cambial = não 
afeta o custo (resultado)
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1) Descontos obtidos: São aqueles provenientes de pagamentos antecipados de duplicatas. Por 
exemplo, a empresa ALFA tem uma duplicata de R$ 1.000,00 a pagar, e, caso liquide com 30 dias 
de antecedência, obterá um desconto de 10%. 
Considerando que a empresa o fez, lançaremos: 
D – Duplicatas a pagar (passivo) 1.000,0 
C – Receitas financeiras (resultado) 100,00 
C – Bancos conta movimento(ativo) 900,00 
Razonetes: 
1000 100 900
Duplicatas a pagar Receitas fin. BCM
 
2) Juros ativos,juros recebidos, juros auferidos: São os juros que a empresa obtém de seus 
clientes, como remuneração de seu capital, que está sendo utilizado por terceiros ou atraso de 
pagamentos nas obrigações com a empresa. 
O cliente Z tem uma obrigação com a minha empresa no montante de R$ 5.000,00, para 
pagamento em R$ 31.01.X1. Sabe-se que o cliente só efetuou o pagamento em 31.03.X1. Incidem 
juros de 10% ao mês sobre o valor da venda. 
 Neste caso, como houve dois meses de mora, lançaremos: 
D – Bancos (ativo) 6.000,00 
C – Duplicatas a receber (ativo) 5.000,00 
C – Juros ativos (resultado) 1.000,00 
Razonetes: 
6000 5000 1000
Juros AtivosBancos Duplic. a receber
 
3) Receitas sobre outros investimentos temporários: Registra as receitas obtidas em investimentos 
como, por exemplo, letra de câmbio. 
4) Aluguéis ativos: Representa os aluguéis devidos à empresa. 
Já as principais contas de despesas financeiras são: 
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1) Juros passivos, juros de empréstimos: representam os juros devidos em operações com 
terceiros. 
2) Descontos concedidos, desconto financeiro, desconto condicional concedido: 
Atenção! Não podemos confundir o desconto condicional com o incondicional. 
3) Comissões passivas e despesas bancárias: São despesas cobradas pelos bancos e instituições 
financeiras, sejam em operações de desconto, seja em concessões de crédito. 
Além destas, temos as variações monetárias, que podem ser ativas ou passivas. O FIPECAFI manda 
que sejam classificadas em grupo à parte, e não como despesa ou receita financeira. Todavia, as 
bancas não o fazem. 
 
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JUROS SOBRE CAPITAL PRÓPRIO 
Sabe-se que os dividendos representam a forma principal de remuneração do capital dos sócios. 
Ao término do exercício, a regra é que se distribua parcela do lucro aos acionistas, como forma 
de compensação por empregarem seu capital em determinada atividade de risco. 
Outra alternativa de remuneração às ações, como forma de atrair capital para a entidade, é o 
pagamento de juros sobre capital próprio (JSCP). 
De acordo com a Deliberação n. 207/96 da Comissão de Valores Mobiliários, inciso I, o JSCP deve 
ser contabilizado como destinação do lucro, diretamente na conta lucros acumulado, sem transitar 
pelo resultado do exercício. Essa é o critério mais importante. 
Mas, o Fisco dá um tratamento diferenciado para ele e, para efeito do Imposto de Renda, o JSCP 
deve ser contabilizado como despesa financeira, para que possa ser dedutível. Mas isso é um 
ajuste efetuado na apuração do Imposto de Renda devido no período. 
Para resolver esse impasse, a CVM, através da Deliberação 207/96, estabelecia que as empresas 
que contabilizarem os JSCP como despesa financeira deviam realizar a reversão do seu valor, na 
última linha da demonstração do resultado, antes do saldo da conta de lucro ou prejuízo do 
exercício (Deliberação n. 207/96 da CVM, inciso VIII). 
Ficava assim: 
Lucro Bruto 
Despesas 
Receitas 
Despesas Financeiras (incluindo os Juros Sobre Capital Próprio) 
Resultado após o Imposto de Renda e antes das participações 
(-) Participações estatutárias sobre o lucro 
Debenturistas 
Empregados 
Administradores 
Partes beneficiárias 
Fundo de assistência/previdência a empregados 
+ Reversão dos juros sobre capital próprio 
Lucro ou prejuízo líquido do exercício 
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Ocorre que a deliberação 207/96 CVM foi revogada pela Deliberação CVM 683/2012, que aprovou 
a Interpretação Técnica ICPC 08 (R1), do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, que estabelece 
o seguinte: 
Juros sobre o capital próprio (JCP) 
10. Os juros sobre o capital próprio – JCP são instituto criado pela legislação 
tributária, incorporado ao ordenamento societário brasileiro por força da Lei 
9.249/95. É prática usual das sociedades distribuírem-nos aos seus acionistas e 
imputarem-nos ao dividendo obrigatório, nos termos da legislação vigente. 
11. Assim, o tratamento contábil dado aos JCP deve, por analogia, seguir o 
tratamento dado ao dividendo. (...) 
Portanto, para o CPC, a história de tratar o JSCP como despesa financeira, com consequente 
reversão, não vale mais para provas de contabilidade para concursos! Agora, os juros sobre capital 
próprio têm o mesmo tratamento que possuem os dividendos. 
 
(Contador/Caruaru/2015) Assinale a opção que indica a correta evidenciação nas Demonstrações 
Contábeis do Valor dos Juros sobre Capital Próprio referentes a determinado exercício. 
a) Despesas Operacionais na Demonstração do Resultado do Exercício. 
b) Despesas Financeiras na Demonstração do Resultado do Exercício. 
c) Dividendos na Demonstração do Resultado do Exercício. 
d) Dividendos na Demonstração de Mutações do Patrimônio Líquido. 
e) Outros Resultados Abrangentes na Demonstração de Mutações do Patrimônio Líquido. 
Comentários: 
Como dissemos, o gabarito é a letra D. 
Os juros sobre capital próprio têm a mesma natureza dos dividendos. Ambos compõem a 
remuneração de quem está investindo o capital na entidade. 
 
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==245596==
 
 DEPÓSITOS JUDICIAIS 
A conta depósitos judiciais é uma conta do ativo. Vez ou outra aparece em provas. 
Conceitua-se esta conta como valores depositados por ordem judicial e que estejam subordinados 
ou vinculados a uma causa ainda não transitada em julgado, ou seja, que esteja em pendência. 
Suponha-se, assim, que a empresa ALFA seja devedora em determinada ação trabalhista. Como 
garantia o magistrado resolve realizar o bloqueio de alguns de seus bens, através do BACEN-JUD, 
no montante de R$ 15.000,00. O lançamento de tal situação ficará do seguinte modo: 
D – Bloqueio judicial/depósito judicial (AC ou ANC RLP) 15.000,00 
C – Bancos conta movimento (ativo) 15.000,00 
Outro exemplo é o caso clássico da discussão de tributos em juízo. Na disputa, pode ou não haver 
o depósito do montante discutido. Suponha-se que a empresa ALFA foi autuada pelo fisco em R$ 
2.000.000,00, levando a lide ao Poder Judiciário. 
Tal fato deverá ser contabilizado do seguinte modo: 
D – Despesas com multa tributárias (resultado) 2.000.000,00 
C – Obrigações tributárias a pagar(passivo) 2.000.000,00 
Existindo o depósito (para se esquivar do pagamento de juros de mora), contabilizaremos pelo 
seguinte lançamento: 
D – Depósitos judiciais (AC ou ANC-RLP) 2.000.000,00 
C – Bancos conta movimento 2.000.000,00 
Com o julgamento do mérito, as decisões podem ser em dois sentidos. 
• Favorável à empresa – nenhuma obrigação é devida 
Lançamentos: 
D – Bancos conta movimento 2.000.000,00 
C – Depósitos judiciais 2.000.000,00 
D – Obrigações tributárias a pagar 2.000.000,00 
C – Reversão de despesas com multas tributárias 2.000.000,00 
 
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==245596==
 
• Desfavorável à empresa – a obrigação é devida 
Lançamentos: 
D – Obrigações tributárias a pagar 2.000.000,00 
C – Depósitos judiciais 2.000.000,00 
 
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APLICAÇÕES FINANCEIRAS 
Quando o valor dos juros já é conhecido no momento da aplicação (juros pré-fixados), devemos 
incluí-los na contabilização, como juros ativos a vencer (ou rendimentos a apropriar ou juros a 
apropriar). 
Exemplo: A empresa KLS efetuou uma aplicação financeira, no valor de 10.000, com prazo de 5 
meses, e irá resgatar 11.000 ao final. Efetue a contabilização: 
• Na aplicação: 
D – Aplicações financeiras (Ativo) 11.000 
C – Juros Ativos a Transcorrer (retificadora do ativo) 1.000 
C – Bancos (Ativo) 10.000 
• Pela apropriação mensal dos rendimentos (vamos usar juros simples, para facilitar os cálculos. 
Mas o correto é usar o método exponencial): 
D - Juros Ativos a Transcorrer (retificadora do ativo) 200 
C – Receitas Financeiras – Juros ativos (Resultado) 200 
• Ao final dos cinco meses, a conta retificadora do ativo “Juros Ativos a apropriar” está zerada 
(todo o seu valor foi transferido para Receita financeira). A contabilização, quando do 
recebimento, fica assim: 
D – Banco (Ativo) 11.000 
C - Aplicações financeiras (Ativo) 11.000 
Observação 1: Essa forma de contabilização, com o uso da conta retificadora 
“Juros a Transcorrer” é aplicada também no caso de empréstimos ou 
financiamentos com juros pré-fixados. 
Observação 2: Por que juros ativos a transcorrer não é conta de resultado? 
- O que é receita é XXXXXX ativo. 
- XXXXXX ativo a vencer não é receita. 
- XXXXXX ativo a receber não é receita 
- XXXXXX ativo qualquer outra coisa" não é receita. 
- O que é receita é XXXXXX ativo (sem mais nada depois de ativo). 
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Juros pós–fixados: neste caso, não sabemos inicialmente qual será o valor dos rendimentos. 
Portanto, não usamos a conta retificadora “juros a transcorrer”. 
Exemplo: A empresa KLS efetuou uma aplicação financeira, no valor de 10.000, que irá render a 
variação da taxa SELIC, no prazo de 5 meses. 
Contabilização: No momento inicial, não sabemos qual será a taxa SELIC. Portanto, a 
contabilização será a seguinte: 
D – Aplicações financeiras (Ativo) 10.000 
C – Bancos (Ativo) 10.000 
Após um mês, digamos que a Taxa Selic tenha sido de 1%. 
Cálculo dos juros: 10.000 x 1% = 100 
Contabilização: 
D – Aplicação Financeiras (Ativo) 100 
C – Receitas financeiras (Resultado) 100 
Este lançamento se repete mês após mês. Digamos que o valor dos juros, ao final dos 5 meses, 
seja de 800. Assim, o valor da conta Aplicação Financeira seria de 10.800. O recebimento da 
aplicação deve ser contabilizado assim: 
D – Banco (Ativo) 10.800 
C - Aplicações financeiras (Ativo) 10.800 
Vamos estudar agora uma importante alteração ocorrida na contabilização dos encargos 
financeiros. 
Conforme o Pronunciamento CPC 08 – Custos de Transação e Prêmios na Emissão de Títulos e 
Valores Mobiliários: 
Encargos financeiros são a soma das despesas financeiras, dos custos de transação, prêmios, 
descontos, ágios, deságios e assemelhados, a qual representa a diferença entre os valores 
recebidos e os valores pagos (ou a pagar) a terceiros. 
Assim, os encargos financeiros passam a incluir, além das despesas de juros, todas das despesas 
(e receitas) relativas à operação de captação, como taxas e comissões, prêmios recebidos, 
despesas com consultores financeiros, auditores, advogados, etc. 
Antes tais despesas eram contabilizadas diretamente no resultado. 
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Atualmente, conforme o “Manual de Contabilidade Societária”, FIPECAFI, 2010, o valor a ser 
registrado no momento inicial da captação de recursos junto a terceiros deve corresponder aos 
valores líquidos recebidos pela entidade, sendo a diferença entre os valores pagos e a pagar 
tratada como encargos financeiros. 
Tais encargos devem ser apropriados ao resultado em função do prazo da operação. 
Ressaltamos que, no caso de passivo classificado e avaliado pelo valor justo, com contrapartida 
diretamente no resultado, os encargos são amortizados na primeira avaliação ao valor justo, e não 
ao longo do prazo da operação. 
A seguir, uma questão: 
(TRE AP/Analista Judiciário/Contabilidade) A empresa Financia Tudo S. A. é uma companhia de 
capital aberto e, em 31/10/2010, realizou duas operações: 
I. Aquisição de um caminhão, por meio de arrendamento financeiro, para ser pago em 36 
prestações mensais de R$ 5.000,00 cada. No entanto, se a empresa pagasse o caminhão à vista 
pagaria R$ 144.000,00. 
II. Obtenção de empréstimo no valor de R$ 50.000,00 para ser pago em 18 meses, em parcelas 
de R$ 3.335,11, com taxa de juros composta de 2% a. m. Para conceder o crédito, a instituição 
financeira cobrou no ato da contratação R$ 1.500,00. 
Com base nessas informações, as duas operações em conjunto provocaram um aumento de 
A) R$ 48.500,00 no ativo. 
B) R$ 192.500,00 no passivo. 
C) R$ 194.000,00 no passivo. 
D) R$ 228.500,00 no ativo. 
E) R$ 230.000,00 no passivo. 
Comentários: 
I. Aquisição de um caminhão, por meio de arrendamento financeiro, para ser pago em 36 
prestações mensais de R$ 5.000,00 cada. No entanto, se a empresa pagasse o caminhão à vista 
pagaria R$ 144.000,00. 
Contabilização no momento inicial: 
D - Imobilizado – Caminhão 144.000 
D - Encargos financeiros a transcorrer (retificadora passivo) 36.000 
C - Arrendamento a pagar (passivo) 180.000 
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II. Obtenção de empréstimo no valor de R$ 50.000,00 para ser pago em 18 meses, em parcelas 
de R$ 3.335,11, com taxa de juros composta de 2% a. m. Para conceder o crédito, a instituição 
financeira cobrou no ato da contratação R$ 1.500,00. 
Valor líquido recebido 48.500 (50.000 – 1.500) 
Valor a pagar 60.031,98 (3.335,11 x 18) 
Encargos a transcorrer 10.031,98 + 1.500,00 
Os 10.031,98 representam a diferença entre o valor dos juros e o valor captado de R$ 50.000,00. 
Contabilização no início: 
D – Caixa 48.500,00 
D - Encargos financeiros a transcorrer (retificadora do passivo) 11.531,98 
C - Empréstimos a pagar (Passivo) 60.031,98 
Assim: 
Ativo: +144.000 – 48.500 = 192.500 
Passivo: -36.000 + 180.000 – 11531,98 + 60.031,98 = 192.500 
Alertamos que, antes das alterações, o valor de $1.500,00, cobrado pela instituição financeira para 
conceder o crédito seria contabilizado diretamente no Resultado, como despesa. Agora, fica 
dentre de encargos financeiros a transcorrer, para ser apropriada pelo prazo do empréstimo. 
O gabarito é letra b. 
ATIVOS DECORRENTES DE APLICAÇÕESFINANCEIRAS 
Muitos alunos têm dúvidas sobre este tema, então, preste atenção. Uma empresa pode investir 
em outras. Sem problema algum. Quando isso acontece, nós temos de olhar para que tipo de 
aplicação ela está realizando. Se é uma aplicação de curto prazo, com caráter especulativo, se é 
uma aplicação de longo prazo ou mesmo se é uma participação que não se tem a intenção de 
alienar, uma participação permanente. 
Essas aplicações podem ser através de ações (quando você compra uma fatia da companhia e 
passa a se tornar sócio dela), debêntures, opções, títulos do Tesouro, enfim, uma série de 
aplicações. A Lei 6.404 não fez uma restrição do que pode entrar neste rol. Vamos dar uma varrida 
geral no assunto. 
De acordo com o artigo 183 da Lei das S/A: 
Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes 
critérios: 
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I – As aplicações em instrumentos financeiros, inclusive derivativos, e em direitos 
e títulos de créditos, classificados no ativo circulante ou no realizável a longo 
prazo: 
Pelo seu valor justo, quando se tratar de aplicações destinadas à negociação ou 
disponíveis para a venda; e 
Pelo valor de custo de aquisição ou valor de emissão, atualizado conforme 
disposições legais ou contratuais, ajustado ao valor provável de realização, quando 
este for inferior, no caso das demais aplicações e os direitos e títulos de crédito. 
Mapa dos investimentos/aplicações financeiras: 
SIM SIM
Aplicação 
financeira
É uma 
participação 
permanente?
Ativo não 
circulante - 
Investimentos
É coligada, controlada, 
sociedade do mesmo grupo 
ou sob controle comum?
Método da 
equivalência 
patrimonial 
(MEP)
NÃO NÃO
É de curto ou de 
longo prazo?
Valor Justo ou custo
Curto prazo: 
Ativo circulante
Longo prazo: 
Ativo não 
cirulante
Destinadas à negociação 
imediata ou disponível para 
venda futura?
Valor justo
Demais casos: 
Valor de 
aquisição ou de 
emissão (-) 
Perda ao valor 
 
Os instrumentos financeiros são classificados em quatro grandes grupos: 
1) Empréstimos realizados e recebíveis normais de transações comuns: como contas a receber de 
clientes, fornecedores, contas e impostos a pagar etc. 
É o que lei cita como demais aplicações e direitos e títulos de crédito (artigo 183, I, b). Títulos de 
crédito são, por exemplo, documentos como cheques, nota promissórias, cheques, duplicatas. 
São registrados pelos seus valores originais, sujeitos às provisões para perdas e ajuste a valor 
presente. 
Não estão destinados à negociação e a entidade fica com eles até seu vencimento. A apropriação 
de receita ou despesa para esses instrumentos se dá pela taxa efetiva de juros, ou seja, pelo valor 
a receber de juros, geralmente através do cálculo de juros compostos. 
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Agora chegamos às alterações trazidas pelo CPC 48. 
Ao reconhecer, pela primeira vez, um ativo financeiro ou um passivo financeiro, a entidade deve 
classificá-lo e mensurá-lo em três categorias: 
2) Mensurados ao custo amortizado; 
3) Ao valor justo por meio de outros resultados abrangentes; ou 
4) Ao valor justo por meio do resultado. 
A classificação deve ser feita com base: 
(a) no modelo de negócios da entidade para a gestão dos ativos financeiros; e 
(b) nas características de fluxo de caixa contratual do ativo financeiro. 
Esquematizemos: 
 
A classificação anterior era ativos mantidos até o vencimento, ativos destinados à venda imediata 
e ativos disponíveis para venda futura. Repare que essa classificação era baseada na intenção da 
administração da empresa com relação ao título. 
Agora, a empresa deve se basear no modelo de negócios e nas características do ativo financeiro. 
Esquematizemos: 
 
Classificação dos ativos 
e passivos financeiros
Modelo de negócios
Características dos 
títulos
Baseada no
Classificação dos 
IFs
Antes Intenção em relação ao título
Agora
Modelo de 
negócios
Características 
dos títulos
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O modelo de negócios da entidade é determinado no nível que reflita como os grupos de ativos 
financeiros são gerenciados em conjunto para atingir o objetivo comercial específico. 
O modelo de negócios da entidade não depende das intenções da administração em relação ao 
instrumento individual. 
O modelo de negócios da entidade refere-se a como a entidade gerencia seus ativos financeiros 
para gerar fluxos de caixa. Ou seja, o modelo de negócios da entidade determina se os fluxos de 
caixa resultam do recebimento de fluxos de caixa contratuais, venda de ativos financeiros ou 
ambos. 
O modelo de negócios não é o que a empresa espera fazer com relação aos ativos financeiros; é 
o que ela efetivamente faz com tais ativos. 
Vejamos agora as classificações. 
 
Custo Amortizado 
O ativo financeiro deve ser mensurado ao custo amortizado se ambas as seguintes condições 
forem atendidas: 
(a) o ativo financeiro for mantido dentro de modelo de negócios cujo objetivo seja manter ativos 
financeiros com o fim de receber fluxos de caixa contratuais; e 
(b) os termos contratuais do ativo financeiro derem origem, em datas especificadas, a fluxos de 
caixa que constituam, exclusivamente, pagamentos de principal e juros sobre o valor do principal 
em aberto. 
Esquematizemos: 
Ativos Financeiros Mensurados ao
Custo amortizado
Ao valor justo por 
meio de outros resul. 
abrangentes (PL)
Ao valor justo por 
meio de resultados 
(residual)
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Custo amortizado ou curva do papel é o valor principal do título mais os juros. 
Para essa classificação, as duas condições devem ser atendidas, ou seja, o ativo é mantido para 
receber fluxos de caixa contratuais que se referem exclusivamente ao pagamento de principal e 
de juros. 
Os ativos financeiros dessa classificação não são ajustados ao valor justo. 
Exemplo: A empresa ABC adquiriu um título no valor de R$ 10.000, com juros de 1% ao mês, no 
dia 31/11/2018. De acordo com o modelo de negócios da empresa, este título será mensurado ao 
custo amortizado. Determine o valor do título em 31/12/2018. Resposta: 
Devemos considerar a apropriação dos juros de 1%: 
R$10.000 x 1% = R$100 
Valor em 31/12 = R$10.000 + R$100 = R$ 10.100 
Contabilização inicial: 
D – Título financeiro – custo amortizado (Ativo) 10.000 
C – Caixa (Ativo) 10.000 
Contabilização dos juros: 
D - Título financeiro – custo amortizado (Ativo) 100 
C – Receita financeira (Resultado) 100 
Podemos relacionar essa classificação com a antiga categoria dos “títulos mantidos até o 
vencimento”. A forma de mensuração e a contabilização são idênticas. 
 
Ativos Financeiros 
mensurados ao custo 
amortizado
ativo financeiro mantido 
para receber fluxos de 
caixa contratuais; e
os termos contratuais 
do ativo financeiro 
derem origem a 
pagamentos de 
principal e juros
•Mensurado ao Custo amortizado
Nome hoje
•Mantidoaté o vencimento
Nome antigo
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Agora, um quesito: 
(Analista/EBSERH/2018) Para que um ativo financeiro seja mensurado ao custo amortizado, é 
necessário que suas cláusulas contratuais prevejam fluxos de caixa exclusivamente de principal e 
juros sobre esse principal, nas datas previamente acordadas, e que o modelo de negócio em que 
o ativo esteja inserido tenha por objetivo receber esses fluxos de caixa contratuais. 
Comentários: 
Com base no que expusemos, o item está correto. 
 
Vamos continuar. Vejamos mais uma categoria: 
Ativo Financeiro Mensurado Ao Valor Justo Por Meio De Outros 
Resultados Abrangentes. 
O ativo financeiro deve ser mensurado ao valor justo por meio de outros resultados abrangentes 
se ambas as seguintes condições forem atendidas: 
(a) o ativo financeiro for mantido dentro de modelo de negócios cujo objetivo seja atingido tanto 
pelo recebimento de fluxos de caixa contratuais quanto pela venda de ativos financeiros; e 
 (b) os termos contratuais do ativo financeiro derem origem, em datas especificadas, a fluxos de 
caixa que constituam exclusivamente pagamentos de principal e juros sobre o valor do principal 
em aberto. 
Esquematizemos: 
 
Parecidíssimo com o anterior, não é? A diferença é a seguinte: no custo amortizado, a empresa 
vai receber os rendimentos (vai segurar os títulos até o vencimento). 
Ativos finan. valor 
justo outros res. 
abangentes
Mantido p/ receber 
fluxo de caixa OU 
para venda
Os termos 
contratuais dão 
origem a 
pagamento de juros 
e principal
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Neste segundo caso (valor justo por meio dos resultados abrangente), a entidade, em princípio, 
pretende segurar os títulos para receber os juros, Mas pode negociar os títulos em algum 
momento, se houver necessidade ou conveniência. 
Podemos relacionar essa classificação com a antiga categoria dos “títulos disponíveis para venda 
futura”. 
 
Vale lembrar que principal é o valor justo do ativo financeiro no reconhecimento inicial. 
Ativo Financeiro Mensurado Ao Valor Justo Por Meio Do 
Resultado 
Esta categoria é chamada de residual. 
O ativo financeiro deve ser mensurado ao valor justo por meio do resultado, a menos que seja 
mensurado ao custo amortizado ou ao valor justo por meio de outros resultados abrangentes. 
Em outras palavras: os ativos que não forem mensurados pelo custo amortizado ou pelo valor 
justo por meio de outros resultados abrangentes devem ser mensurados pelo valor justo por meio 
de resultado (classificação residual). 
Esquematizemos: 
 
•Valor justo por meio de outros resultados 
abrangentes
Nome hoje
•Disponíveis para venda futura
Nome antigo
Empréstimos/Recebíveis normais
• Valor original - Ajuste perda - AVP
Ativos Financeiros Mensurados Ao Custo Amortizado
• Valor original + Encargos ou rendimentos
Ativo Financeiro Mensurado Ao Valor Justo Por Meio De Outros Resultados Abrangentes.
• Juros: Resultado . Ajuste a Valor justo no Patrimônio Líquido
Ativo Financeiro Mensurado Ao Valor Justo Por Meio Do Resultado (categoria residual)
• Encargos: resultado; Ajustes ao valor justo: Resultado 
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Entenderam? Os instrumentos para receber fluxo de caixa e para venda e os instrumentos 
financeiros para negociação (categoria residual) são registrados inicialmente pelo preço de 
aquisição e, posteriormente, ficam a valor justo, que é o valor de mercado. Pode ser, por exemplo, 
o valor pelo qual essa aplicação, uma ação, por exemplo, está cotada na bolsa. 
 
(CONSULPLAN/Questão adaptada) “A companhia Solda S/A, que atua exclusivamente no ramo 
de serviços de solda, quando do fechamento de seu balanço patrimonial do ano de 2016, ficou 
com uma dúvida ao avaliar as aplicações em instrumentos financeiros e contratou uma consultoria 
para ajudá‐la. A auditoria contratada verificou que estas se tratavam de aplicações destinadas a 
receber fluxos de caixa e para vendas e instrumentos financeiros para negociação (categoria 
residual). De acordo com a Lei nº 6.404/76 e alterações posteriores, estes ativos devem ser 
avaliados pelo: 
a) Valor justo. 
b) Custo líquido. 
c) Custo histórico. 
d) Custo de aquisição, deduzido de provisão para perdas prováveis na realização do seu valor. 
Comentários: 
Conforme acabamos de salientar, o gabarito é letra a. 
Vamos examinar a avaliação e a contabilização, através do seguinte exemplo: 
Suponha que uma determinada empresa adquiriu 3 títulos do Governo, ao valor unitário de 10.000 
cada um, com a seguinte finalidade: 
• Título 1 – será avaliado ao custo amortizado. 
• Título 2 – será avaliado a “valor justo por meio de outros resultados abrangentes” (no 
Patrimônio Líquido – PL). 
• Título 3 – será avaliado a “valor justo por meio de Resultado”. 
Lembramos que os títulos também podem ser chamados assim: 
• Título 1 – para receber fluxo de caixa 
• Título 2 – para receber fluxo de caixa e venda 
• Título 3 – para negociação (categoria residual) 
Contabilização no momento da compra: 
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==245596==
 
D – Instrumentos financeiros – ao custo amortizado 10.000 
D – Instr. Finan. – valor justo – resultado 10.000 
D – Instr. Finan. – valor justo – resultados abrangentes 10.000 
C – Caixa 30.000 
Razonetes: 
10.000,00 10.000,00 10.000,00
30.000,00
Caixa
IF - ao custo amortizado IF - valor justo - PL IF - v. justo - result
 
Situação 1: Valor Justo Maior Que O Valor Do Título 
No final do ano, tais títulos apresentam um rendimento de juros de 600 reais, os quais serão pagos 
no vencimento do título, e o seu valor justo (valor de mercado) é de 11.000 reais. 
Contabilização: 
1 – “Custo amortizado” ou “para receber fluxo de caixa”: 
D – Instrumentos financeiros ao custo amortizado 600 
C – Receita de juros (resultado) 600 
Razonetes: 
10.000,00 600,00
600,00
IF - custo amortizado Rec. de juros
 
Neste caso, não há avaliação a valor justo. O título fica registrado “pela curva”, ou “pelo custo 
amortizado”, ou seja, pelo valor pago mais os rendimentos apropriados por competência. 
2 – Ao Valor Justo por meio de Resultado Abrangente (PL) ou “Para receber fluxo de caixa e 
venda”. 
• Pelo rendimento: 
D – Instr. Finan. ao valor justo – result. Abrangente 600 
C – Receita de juros (resultado) 600 
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Com este lançamento, o título fica registrado pelo valor de 10.600. Mas, como o valor justo é de 
11.000, precisamos reconhecer uma receita de 400 reais, reconhecida em outros resultados 
abrangentes (no Patrimônio Líquido – PL), na conta Ajuste de Avaliação Patrimonial (AAP): 
• Pela avaliação a valor justo:D – Instr. Finan. ao valor justo – result. Abrangente 400 
C – Ajuste de Avaliação Patrimonial (PL) 400 
Razonetes: 
10.000,00 600,00 400,00
600,00
400,00
IF - valor justo - PL Rec. de juros Ajuste Aval. Pat. - PL
 
Vejam que nesta hipótese, a diferença vai para a conta ajuste de avaliação patrimonial no PL. 
Portanto, você pegará o valor principal, somará com os encargos e rendimentos. Feito isso, se o 
valor de mercado é maior do que o custo amortizado, você debita o título (aumentando o ativo) e 
credita a conta ajuste de avaliação patrimonial, que pertence ao patrimônio líquido. 
3 - Ao Valor Justo por meio de Resultado (DRE) ou “Para negociação” (também chamado de 
“Categoria Residual”). 
• Pelo rendimento: 
D – Instr. Finan. – valor justo – resultado 600 
C – Receita de juros (resultado) 600 
• Pela avaliação a valor justo: 
D – Instr. Finan. – valor justo – resultado 400 
C – Receita de juros (resultado) 400 
Razonetes: 
10000 600 400
600
400
IF - v. justo - result Rec. de juros Valor justo (resut.)
 
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Situação 2: Valor Justo Menor Do Que O Valor Do Título. 
O valor justo pode ser menor que o valor do título. Por exemplo, vamos supor que o valor justo 
do exemplo anterior seja 10.500. 
1 – “Custo amortizado” ou “para receber fluxo de caixa”: Não há alteração, pois esta categoria 
não é avaliada pelo valor justo. 
2 - Ao Valor Justo por meio de Resultado Abrangente (PL) ou “Para receber fluxo de caixa e 
venda”. 
• Pelo rendimento: 
D – Instr. Finan. ao valor justo – result. Abrangente 600 
C – Receita de juros (resultado) 600 
Com este lançamento, o título fica registrado pelo valor de 10.600. Mas, como o valor justo é de 
10.500, precisamos reconhecer uma redução de 100 reais, na conta AAP (Ajuste de Avaliação 
Patrimonial), no PL: 
• Pela avaliação a valor justo: 
D – Ajuste de Avaliação Patrimonial (PL) 100 
C – Instr. Finan. ao valor justo – result. Abrangente 100 
Razonetes: 
10.000,00 100,00 600,00 100,00
600,00
IF -valor justo - PL Rec. de juros AAP - PL
 
3 – Ao Valor Justo por meio de Resultado (DRE) ou “Para negociação” (também chamado de 
“Categoria Residual”). 
• Pelo rendimento: 
D – Instr. Finan. – valor justo – resultado 600 
C – Receita de juros (resultado) 600 
• Pela avaliação a valor justo: 
D – Ajuste a valor justo (desp. Financeira) Resultado 100 
C – Instr. Finan. – valor justo – resultado 100 
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Razonetes: 
10.000,00 100,00 600,00 100,00
600,00
IF - v. justo - result Rec. de juros Valor justo - result.
 
Vamos praticar? 
(TRE-SP/Analista Judiciário/Contabilidade/2017/Adaptada) A empresa Manequim Challenger S.A. 
fez uma aplicação financeira em 30/11/2018, adquirindo um título no mercado financeiro no valor 
de R$ 5.000,00, que remunera à taxa de 10% ao mês. Este título, conforme orientação da 
controladoria da empresa, foi classificado na data da aquisição como “mantido para recebimento 
de fluxo de caixa” e o seu valor de mercado 30 dias após a sua aquisição era R$ 5.450,00. De 
acordo com estas informações, em 30/12/2018, a empresa reconheceu 
a) receita financeira no valor de R$ 500,00. 
b) receita financeira no valor de R$ 450,00. 
c) receita financeira no valor de R$ 500,00 e ajustes de avaliação patrimonial, no patrimônio 
líquido, no valor de R$ 50,00 (saldo devedor). 
d) receita financeira no valor de R$ 450,00 e ajustes de avaliação patrimonial, no patrimônio 
líquido, no valor de R$ 50,00 (saldo credor). 
e) no patrimônio líquido, em ajustes de avaliação patrimonial, o valor de R$ 500,00. 
Comentários: 
Os títulos classificados como “mantidos para recebimento de fluxos de caixa” ficam avaliados pela 
“curva do papel” ou “custo amortizado”, que corresponde ao valor do título mais os rendimentos 
(juros). Os rendimentos são classificados como Receita Financeira, no Resultado do Exercício. 
Esses títulos não são ajustados pelo valor justo. Portanto, o valor de mercado está ai só para 
confundir, pois não será usado. Assim, temos: Valor do título $5.000 x juros 10% = $500. 
Classificado como Receita financeira. O gabarito é letra a. 
 (Atenção: alteramos as datas para 2018, pois o CPC 48 entrou em vigor em 01/01/2018). 
(Analista de Controle Interno/Recife/2014-ADAPTADA) Determinada empresa possuía, em 
31/12/2013, instrumentos financeiros avaliados em R$ 200.000,00 e classificados como mantidos 
para receber fluxo de caixa e para venda. Na data, foi verificado que o valor justo destes era de 
R$ 180.000,00. 
A variação deve ser reconhecida, contabilmente, como 
a) ajuste no patrimônio líquido. 
b) receita financeira. 
c) receita a apropriar. 
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d) variação monetária. 
e) despesa. 
Comentários: 
A empresa comprou títulos e os classificou como “mantido para receber fluxo de caixa e para 
venda”. Os títulos dessa categoria são atualizados pelos juros (“curva do papel”), os quais são 
contabilizados no resultado. Depois, sofrem o ajuste para o valor justo, e a diferença entre o valor 
justo e o valor atualizado pelos juros (“curva do papel”) vai para o Patrimônio Líquido, na conta 
Ajuste de Avaliação Patrimonial. O gabarito é letra a. 
(Julgador Administrativo Tributário/SEFAZ PE/2015 - ADAPTADA) Em 01/12/2018, a Cia. Bull & 
Dog adquiriu 8 títulos no mercado financeiro para aplicar suas disponibilidades de caixa. O valor 
pago foi R$ 2.000,00 por título e a Cia. os classificou do seguinte modo, de acordo com o seu 
modelo de negócio: 3 títulos classificados em uma categoria residual e 5 títulos como ativo 
financeiro mantido com o fim de receber fluxos de caixa contratuais. Sabendo-se que a taxa de 
juros contratual de todos os títulos era 1% ao mês e que o valor justo de cada título, em 
31/12/2018, era R$ 2.010,00, a Cia. Bull & Dog reconheceu, no mês de dezembro de 2014, receita 
relativa aos 8 títulos no valor, em reais, de 
(A) 160,00. 
(B) 130,00. 
(C) 80,00. 
(D) 110,00. 
(E) 160,00 e ajustes de avaliação patrimonial no valor de 80,00 (saldo devedor). 
Comentários: 
- Classificação inicial: 
D – Instrumentos financeiros – classificação residual - 6.000,00 
D – Instrumentos financeiros mantidos para receber fluxos de caixa 10.000,00 
C – Caixa 16.000,00 
- Reconhecimento da receita de juros 
D – Instrumentos financeiros – classificação residual 60,00 
D – Instrumentos financeiros mantidos para receber fluxo de caixa 100,00 
C – Receita de juros 160,00 
As receitas reconhecidas, para ambos os títulos, portanto, são de R$ 160,00. Os títulos mantidos 
para recebimento de fluxo de caixa não sofrem ajuste ao valor justo. Por seu turno, os instrumentos 
financeiros com classificação residual terão um ajusto a valor justo de natureza devedora, já que é 
menor que o valor justo é menor que o valor dos juros reconhecidos (2.020 – 2010 = 10 por título): 
 
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D – Despesa com ajuste a valor justo 30,00 
C – Instrumentos financeiros – classificação residual 30,00 
Portanto, 160 – 30 = 130,00. O gabarito é letra b. 
(Auditor Fiscal/SEFAZ/PE/2014 - ADAPTADA) Uma empresa aplicou R$ 120.000,00 em ativos 
financeiros, sendo R$ 50.000,00 em títulos classificados como mantidos dentro de modelo de 
negócios com o objetivo de manter ativos financeiros com o fim de receber fluxos de caixa 
contratuais, e R$ 70.000,00 em títulos classificados dentro de modelo de negócios cujo objetivo 
seja atingido tanto pelo recebimento de fluxos de caixa contratuais quanto pela venda de ativos 
financeiros. As aplicações foram efetuadas no dia 31/12/2018 e todos os títulos remuneram a taxa 
de juros compostos de 10% ao ano. Em 31/12/2019, os valores justos de negociação dos dois 
títulos no mercado eram os seguintes: 
Classificação dos títulos Valor Justo em 31/12/2019 (R$) 
Receber fluxos de caixa contratuais 52.000 
receber fluxos de caixa contratuais/venda de ativos financeiros 80.000 
Os valores em reais que deveriam ser apresentados no Balanço Patrimonial, em 31/12/2019, para 
os títulos que a empresa mantém para receber fluxos de caixa contratuais e para os títulos para 
receber fluxos de caixa contratuais/venda de ativos financeiros, eram, respectivamente, 
 a) 52.000,00 e 77.000,00. 
 b) 52.000,00 e 80.000,00. 
 c) 55.000,00 e 80.000,00. 
 d) 55.000,00 e 77.000,00. 
 e) 55.000,00 e 70.000,00. 
Comentários 
1 – Mantidos para receber fluxos de caixa contratuais: 
Neste caso, não há avaliação a valor justo. O título fica registrado “pela curva”, ou “pelo custo 
amortizado”, ou seja, pelo valor pago mais os rendimentos apropriados por competência. 
Portanto, os mantidos até o vencimento serão avaliados por R$ 55.000,00 (50.000,00 + 10% de 
juros) 
3 – Mantidos para receber fluxos de caixa contratuais ou para venda do ativo: 
Pelo rendimento: 
D – Instrumentos financeiros para receber fluxos de caixa ou venda do ativo 7.000 
C – Receita de juros (resultado) 7.000 
Pela avaliação a valor justo: 
D – Instrumentos financeiros para receber fluxos de caixa ou venda do ativo 3.000 
C – Ajuste de Avaliação Patrimonial (PL) 3.000 
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Portanto, Mantidos para receber fluxo de caixa: 55.000,00 e Mantidos para receber fluxo de caixa 
ou para venda: 80.000,00. O gabarito é letra c. 
(Contabilidade/SABESP/2018) As características das aplicações financeiras realizadas por uma 
empresa no dia 01/12/2016 são apresentadas na tabela a seguir: 
 
O valor total apresentado no Balanço Patrimonial da empresa, em 31/12/2016, e o efeito total na 
Demonstração do Resultado de 2016, para as três aplicações em conjunto foram, respectivamente, 
em reais, 
(A) 2.438.000,00 e 40.000,00. 
(B) 2.438.000,00 e 35.000,00. 
(C) 2.437.000,00 e 37.000,00. 
(D) 2.442.000,00 e 42.000,00. 
(E) 2.438.000,00 e 38.000,00. 
Comentário: 
Os Títulos mensurados ao custo amortizado são semelhantes aos antigos títulos mantidos até o 
vencimento. O valor dos rendimentos (juros) vai para o resultado e não são ajustados ao valor 
justo. 
Para os títulos mensuração ao valor justo por meio de outros resultados abrangentes, o valor dos 
rendimentos (juros) vai para o resultado; o ajuste a valor justo vai para o PL, na conta Ajuste de 
Avaliação Patrimonial. 
Quanto aos títulos mensurados ao valor justo por meio do resultado, os rendimentos e o ajuste a 
valor justo vão para o Resultado. Vamos aos cálculos: 
Título Valor Juros Ajuste a VJ Balanço Resultado PL
Mensurado ao Valor Justo - 
Resultado abrangente 600.000 6.000 -2.000 604.000 6.000 -2.000
Mensurado da custo 
amortizado 800.000 16.000 816.000 16.000
Mensurado ao Valor Justo - 
Resultado 1.000.000 15.000 3.000 1.018.000 18.000
Total 2.438.000 40.000 -2.000 
Portanto, o valor do Balanço é $2.438.000 e o efeito na Demonstração do Resultado do Exercício 
é de $40.000. O gabarito é letra 
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ARRENDAMENTOS 
Introdução 
Antes de falarmos sobre esse importante assunto, algumas definições: 
• Arrendamento é o contrato, ou parte do contrato, que transfere o direito de usar um ativo 
(ativo subjacente) por um período de tempo em troca de contraprestação. 
• Ativo subjacente é o ativo que é o objeto de arrendamento. 
Portanto, se assinamos um contrato que concede o direito de usar um ativo, por um período de 
tempo, em troca de contraprestação, estamos diante de um contrato de arrendamento. Vocês 
sabiam que grande parte das aeronaves utilizadas pelas empresas áreas são, na verdade, ativos 
subjacentes, isto é, objeto de arrendamentos? 
Os arrendamentos são divididos em arrendamentos financeiros e operacionais. 
Arrendamento financeiro é o arrendamento que transfere substancialmente todos os riscos e 
benefícios inerentes à propriedade do ativo subjacente. 
Arrendamento operacional é o arrendamento que não transfere substancialmente todos os riscos 
e benefícios inerentes à propriedade do ativo subjacente. 
Vamos conhecer nesse momento alguns aspectos desse conteúdo, incluindo a contabilização para 
o arrendatário e o arrendador. 
Contabilização no Arrendatário 
Arrendatário é a entidade que obtém o direito de usar o ativo subjacente por um período de 
tempo em troca de contraprestação. As operações de arrendamento dividem-se em operacionais 
e financeiras. 
Esquematizemos: 
 
Arrendamento
Operacional Aluguel
Financeiro "Compra" parcelada
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Conforme o CPC 06 – (R2), a separação entre arrendamento financeiro e operacional é importante 
apenas para o Arrendador, isto é, a entidade que fornece o direito de usar o ativo subjacente por 
um período de tempo em troca de contraprestação. 
Para o arrendatário, todos os contratos que transferem o direito de usar um ativo por um período 
de tempo em troca de contraprestação devem ser contabilizados reconhecendo o ativo, com 
exceções dos contratos de curto prazo ou de pequeno valor. 
Esquematizemos: 
 
Nas operações de arrendamento financeiro (também chamada de leasing financeiro), uma 
empresa “aluga” um determinado bem, pagando várias prestações e com a opção de compra do 
bem ao final do contrato, geralmente por um valor pequeno. 
Por exemplo: Leasing de um veículo, a ser pago em 60 prestações de R$ 520, e com opção de 
compra ao final do contrato por R$ 2.000. O valor presente das prestações é de $ 30.000,00. 
Informações 
Valor do veículo R$ 30.000,00 
Prestações (60 x 520) R$ 31.200,00 
Opção de compra R$ 2.000,00 
Contabilização no Arrendatário: 
D – Veículo (ativo) 30.000 
D – Juros a transcorrer (retificadora do Passivo) 3.200 
C – Leasing a pagar (passivo) 33.200 {(520 x 60) + 2000} 
Repare que o contrato transfere o direito de usar um ativo por um período de tempo em troca de 
contraprestação. 
Contabilização do 
Arrendamento
Arrendatário
Direito de uso 
(exceto curto prazo 
ou pequeno valor)
Contabilizao ativo 
Arrendador
Arrendamento 
financeiro
Arrendamento a 
receber
Arrendamento 
operacional
Receita ao longo 
do tempo
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Razonetes: 
30.000,00R$ 3.200,00R$ 33.200,00R$ 
Veículos (Ativo) Juros a transc. (Ret. Passivo) Leas. a pagar (Passivo)
 
 
(Contador/Cariacica/2015 - adaptada) Marque a alternativa que apresenta como deve ser 
contabilizado, no arrendatário, os encargos financeiros a incorrer, embutidos em um contrato de 
arrendamento que transfere o direito de usar um ativo por um período de tempo em troca de 
contraprestação, por ocasião do seu reconhecimento inicial. 
a) Despesa antecipada 
b) Diretamente no resultado 
c) Redutora de passivo 
d) Redutora de ativo 
e) Receita antecipada 
Comentários: 
A conta encargos a transcorrer é redutora do passivo! 
O gabarito é letra c. 
Isenções de Reconhecimento 
O pronunciamento permite duas exceções, para as quais o arrendatário pode decidir não aplicar 
a nova contabilização para os arrendamentos operacionais: 
(a) arrendamentos de curto prazo (até 12 meses); e 
(b) arrendamentos para os quais o ativo subjacente é de baixo valor. 
Arrendamento de curto prazo é o arrendamento que, na data de início, possui o prazo de 12 
meses ou menos. O arrendamento que contém opção de compra não é arrendamento de curto 
prazo. 
Os arrendamentos de curto prazo serão considerados como novo arrendamento para as 
finalidades deste pronunciamento se: 
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(a) houver modificação do arrendamento; ou 
(b) houver qualquer alteração no prazo do arrendamento (por exemplo, o arrendatário exercer 
uma opção não incluída anteriormente em sua determinação do prazo do arrendamento). 
A escolha de arrendamentos de curto prazo deve ser feita por classe de ativo subjacente ao qual 
se refere o direito de uso. Uma classe de ativo subjacente é o agrupamento de ativos subjacentes 
de natureza e uso similares nas operações da entidade. 
Quanto ao arrendamento para ativos de baixo valor, o pronunciamento não estabelece qual seria 
o “baixo valor”. 
Mas determina que seja considerado o valor do ativo quando este é novo, independentemente 
da idade do ativo que está sendo arrendado. Por exemplo, arrendamentos de veículos não são 
incluídos, porque o veículo novo normalmente não é de baixo valor. 
Se o arrendatário subarrenda o ativo, ou espera subarrendar o ativo, o arrendamento principal não 
se qualifica como arredamento de ativo de baixo valor. 
Exemplos de ativos subjacentes de baixo valor podem incluir computadores pessoais, tablets, 
pequenos itens de mobiliário de escritório e telefones. 
Se o arrendatário decidir não aplicar a nova contabilização aos arrendamentos de curto prazo ou 
a arrendamentos de baixo valor, deve reconhecer os pagamentos como despesa em base linear 
ao longo do prazo do arrendamento. O arrendatário deve aplicar outra base sistemática se essa 
base representar melhor o padrão do benefício do arrendatário. 
A escolha de arrendamentos para os quais o ativo subjacente é de baixo valor pode ser feita na 
base de arrendamento por arrendamento. 
Esquematizemos: 
 
 
O arrendatário 
pode não aplicar 
o CPC 06 para
Arrendamento de 
curto prazo
Até 12 meses e 
que não tem 
opção de compra
Escolha feita por 
classe de ativos
Arrendamento de 
pequeno valor
Considera o valor 
do ativo "novo"
Escolha feita a 
cada contrato
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Vejamos como pode ser cobrado: 
(Autores) Uma empresa tem os seguintes contratos de arrendamento: 
1 – Uso de um veículo, com prazo de 10 meses, sem opção de compra; 
2 – Uso de um computador com baixa capacidade de processamento e pequeno valor; 
3 – Uso de um veículo, com prazo de 6 meses, com opção de compra; 
 4 – Uso de um veículo usado. 
Indique quais devem ser obrigatoriamente contabilizados como arrendamentos que transferem 
direito de uso de um ativo. 
A) Apenas 1 e 2 
B) Apenas 2 e 3 
C) Apenas 3 e 4 
D) 1, 2 e 3 
E) 1, 2 e 4 
Comentários: 
Para os arrendatários, os contratos de curto prazo (até 12 meses) e de pequeno valor não precisam 
ser contabilizados como arrendamentos que transferem direitos de uso (similar à antiga 
contabilização dos arrendamentos financeiros). Podem, à opção da empresa, ser contabilizado 
como eram os arrendamentos operacionais, ou seja, só reconhecendo a despesa do mês. 
Vamos analisar: 
1 – Uso de um veículo, com prazo de 10 meses, sem opção de compra: é arrendamento de curto 
prazo, a empresa tem a opção de contabilizar ou não. 
2 – Uso de um computador com baixa capacidade de processamento e pequeno valor: Contratos 
de baixo valor não precisam ser contabilizados, à opção da empresa. Deve ser considerado o valor 
do bem quando novo, e não apenas o valor do contrato. 
3 – Uso de um veículo, com prazo de 6 meses, com opção de compra: é contrato curto prazo 
(menos que 12 meses), mas, como tem opção de compra, deve ser contabilizado como os 
arrendamentos financeiros. 
 4 – Uso de um veículo usado: para a definição de contrato de pequeno valor, deve ser considerado 
o preço do ativo quando novo. Assim, um veículo, mesmo usado, não pode ser considerado de 
pequeno valor. Deve ser contabilizado obrigatoriamente como contrato de arrendamento 
financeiro. 
O gabarito é letra c. 
 
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Identificação de Arrendamento. 
Na celebração de contrato, a entidade deve avaliar se o contrato é, ou contém, um arrendamento. 
O contrato é um arrendamento se ele transmite o direito de controlar o uso de ativo identificado 
por um período de tempo em troca de contraprestação. 
Esquematizemos: 
 
O período de tempo pode ser descrito em termos da quantidade de uso do ativo identificado (por 
exemplo, o número de unidades de produção que o item do equipamento será utilizado para 
produzir). 
A entidade deve reavaliar se o contrato é, ou contém, um arrendamento somente se os termos e 
condições do contrato forem alterados. 
Arrendatário - Reconhecimento 
Na data de início, o arrendatário deve reconhecer o ativo de direito de uso e o passivo de 
arrendamento. 
O ativo deve ser mensurado ao custo, que deve compreender: 
(a) o valor da mensuração inicial do passivo de arrendamento; 
(b) quaisquer pagamentos de arrendamento efetuados até a data de início, menos quaisquer 
incentivos de arrendamento recebidos; 
(c) quaisquer custos diretos iniciais incorridos pelo arrendatário; e 
Contrato de 
Arrendamento Controlar o uso
De um Ativo 
identificado
Por um período de 
tempo
mediante 
contraprestação 
(pagamento)
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(d) a estimativa de custos a serem incorridos pelo arrendatário na desmontagem eremoção do 
ativo subjacente, restaurando o local em que está localizado ou restaurando o ativo subjacente à 
condição requerida pelos termos e condições do arrendamento, salvo se esses custos forem 
incorridos para produzir estoques. O arrendatário incorre na obrigação por esses custos seja na 
data de início ou como consequência de ter usado o ativo subjacente durante um período 
específico. 
Esquematizemos: 
 
A seguir, um quesito: 
(Questão inédita) Considerando as informações abaixo, efetue a contabilização do arrendatário 
no momento inicial. 
--- Arrendamento de um veículo por 24 meses, com pagamento mensal de $ 2.000. 
--- O valor presente dos pagamentos é de $ 42.487 e o valor justo do ativo é de $ 40.000. 
--- A empresa já gastou $1.500, devido a uma revisão adicional preventiva que efetuou no veículo. 
O pagamento à oficina já foi realizado. 
--- A empresa estima que irá gastar $ 3.809 junto com o último pagamento, com valor presente 
de $3.000, para efetuar a revisão final, prevista no contrato, antes de devolver o veículo. 
--- A taxa de juros é de 1% ao mês. 
Comentários: 
Atenção: até 2018, a regra para mensuração inicial era valor presente das prestações ou o valor 
justo, dos dois o menor. Agora isso mudou! A partir de 2019, usamos o valor presente. 
Valor presente dos pagamentos: $42.487 
+ gastos já efetuados $ 1500 
+ estimativa de custos para restauração do ativo a valor presente $ 3.000 
Arrendamento – Veículos (Ativo) = $46.987 
Total dos pagamentos = prestações + restauração 
Arrendatário reconhece Ativo inicialmente ao custo, que inclui
•Mensuração inicial do passivo de arrendamento (pagamentos trazidos a valor presente).
•Pagamentos de arrendamento efetuados até a data de início
•Custos diretos iniciais incorridos pelo arrendatário
•Estimativa de custos a serem incorridos pelo arrendatário na desmontagem e remoção do ativo
subjacente, restaurando o local em que está localizado ou restaurando o ativo subjacente à condição
requerida pelos termos e condições do arrendamento
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Prestações = $ 2.000 x 24 prestações = $ 48.000 
Total dos pagamentos = $ 48.000 + $ 3.809 = $ 51.809 
Encargos financeiros a transcorrer: 
Contabilização: 
D – Arrendamento – Veículos (Ativo) 46.987 
D – Encargos a transcorrer (ret. Passivo) 6.322 
C – Arrendamento a pagar (Passivo) 51.809 
C – Caixa (Ativo) 1.500 
Observação: usamos essa contabilização simplificada para fins didáticos, mas o correto é separar 
o passivo entre Passivo Circulante e Passivo Não Circulante. 
Mensuração Subsequente do Ativo de Dreito de Uso 
Após a data de início, o arrendatário deve mensurar o ativo de direito de uso, utilizando o método 
de custo. 
Para aplicar o método de custo, o arrendatário deve mensurar o ativo de direito 
de uso ao custo: 
(a) menos qualquer depreciação acumulada e quaisquer perdas acumuladas por 
redução ao valor recuperável; e 
(b) corrigido por qualquer remensuração do passivo de arrendamento. 
Se o arrendatário vai adquirir a propriedade do ativo, então deve depreciar pelo tempo da vida 
útil do ativo. 
Se não for adquirir o ativo, deve usar a vida útil ou o prazo do arrendamento, o que ocorrer 
primeiro. Vamos esquematizar? 
 
O arrendatário deve efetuar o teste de recuperabilidade para os ativos arrendados. 
Arrendatário Vai adquirir o ativo arrendado ?
NÃO
Deprecia pela vida 
útil ou pelo prazo 
do arrendamento, o 
que for menor
SIM Deprecia pela vida útil
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==245596==
 
Muito bem. O ativo arrendado fica mensurado pelo custo, menos a depreciação acumulada e 
eventuais perdas de recuperabilidade. Mas, se o ativo for uma Propriedade para Investimento, e 
a empresa usar o valor justo para as propriedades para Investimentos, o ativo fica avaliado a valor 
justo. 
O arrendamento origina duas despesas para o arrendatário: despesa de depreciação e despesa 
financeira (juros). 
Vamos calcular as duas despesas para o primeiro mês, usando o exemplo do arrendamento do 
veículo, que detalhamos acima. 
Depreciação: O prazo de arrendamento é de 2 anos e a vida útil do veículo é de, digamos, 5 anos. 
Portanto, para a depreciação, vamos usar o prazo do arrendamento (é o menor). 
Valor do ativo = $ 46.978 / 24 meses = $ 1958 
Contabilização: 
D – Despesa de depreciação (Resultado) 1.958 
C – Depreciação acumulada – arrendamento (Ret. Ativo) 1.958 
Vejamos agora a despesa de juros, incluindo o gasto com a revisão veículo: 
Valor original do passivo: $ 42.487 + $ 3.000 = $ 45.487 
Juros: $ 45.487 x 1% = $ 454,87 
Contabilização: 
D – Despesa de Juros (resultado) 454,87 
C – Arrendamento a pagar (Passivo) 424,87 
C - Restauração do ativo (Passivo) 30,00 
O passivo poderia também ser indicado pelo total, ao invés de dividir em duas contas, como 
fizemos (Arrendamento a pagar e Restauração do Ativo). 
A forma de contabilização é semelhante ao arrendamento financeiro, na versão anterior do 
pronunciamento. A diferença é que agora esta contabilização se aplica a todos os arrendamentos, 
financeiro ou operacional. 
A exceção são os “isentos” (arrendamento de curto prazo ou de pequeno valor), para os quais o 
locatário decide se irá aplicar a contabilização acima ou não. 
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CONCILIAÇÃO BANCÁRIA 
Conciliação Contábil e Análise de Contas 
A conciliação contábil consiste em apurar o que compõe determinada conta (o que está “dentro” 
da conta). 
A partir do balancete ou do balanço preliminar, a empresa deve relacionar os lançamentos da 
conta, para verificar se o saldo (o que compõe a conta) está correto. 
Se houver alguma divergência entre o saldo da conta e os relatórios auxiliares, é necessário efetuar 
a análise da conta, que consiste em confrontar os registros contábeis com os documentos ou com 
os registros auxiliares. 
A conta está “conciliada” quando não apresenta erros e demonstra adequadamente a realidade 
que pretende retratar. 
Uma questão sobre o assunto: 
Julgue o seguinte item quanto a análises e conciliações contábeis. 
(CFO-DF/Contabilidade/2017) Uma diferença que se pode apontar entre conciliação e análise de 
contas é que, no primeiro caso, identificam-se e(ou) compõem-se as divergências entre os saldos 
e, no segundo, parte-se de cada divergência identificada e se a analisa desde sua origem até a 
devida correção, se for o caso. 
Comentários: 
Conforme acabamos de salientar, o gabarito é certo. 
Vejamos, por exemplo, a conta “Duplicatas a Receber”. 
A empresa deve verificar se não há duplicatas já recebidas que não foram baixadas; deve também 
verificar se há duplicatas a receber ainda não contabilizadas. 
Para isso, o ideal é levantar todas as duplicatas em aberto e confrontar com a conta “Duplicatas a 
Receber”, procedendo aos ajustes necessários. 
Se a empresa usar um relatório auxiliar de “Duplicatas a Receber”, deve primeiro certificar-se de 
que tal relatório está correto. Depois, confere o saldo da conta com orelatório auxiliar. 
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Conciliação Bancária 
É conciliação entre o razão contábil (o saldo das contas contábeis) e o extrato bancário. 
O objetivo é certificar que o saldo contábil está correto, ainda que não bata com o valor do extrato. 
Mas os dois precisam estão conciliados. 
As diferenças decorrem do seguinte: 
Valores que constam no extrato e não aparecem no razão contábil: 
1 – Despesas bancárias ainda não contabilizadas. 
2 – Valores recebidos de clientes (depositados em conta corrente bancária) e ainda não 
contabilizados. 
3 – Cheques de terceiros devolvidos (a empresa deposita um cheque de um cliente e o cheque é 
devolvido por falta de fundos). 
Por outro lado, há também os valores que constam no razão contábil e não aparecem no extrato 
bancário: 
1 – cheque emitido e ainda não compensado: a empresa entrega o cheque para um fornecedor, 
contabiliza e o cheque demora a ser apresentado ao banco. Nesse caso, a empresa não estorna o 
cheque, pois o mesmo pode ser apresentado a qualquer momento. A divergência aparece apenas 
na conciliação extracontábil. 
2 – depósitos ainda não recebidos pelo banco (normalmente, a empresa deposita e o valor fica 
disponível depois de alguns dias). 
Estas são as ocorrências mais comuns, mas pode haver outras. 
A conciliação bancária deve ser de preferência mensalmente, sendo um procedimento obrigatório. 
Pode iniciar pelo razão ou pelo extrato bancário. 
A seguir, um quesito: 
(TER-BA/Contabilidade/2017) A técnica da conciliação bancária é um procedimento 
A) opcional, que deve ser efetuado por ocasião da apuração dos resultados do exercício e que 
consiste em um cotejamento dos valores da conta banco conta movimento com o extrato da conta 
bancária respectiva, sendo os registros do banco o ponto de partida para a conciliação. 
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B) opcional, que, normalmente, deve ser efetuado por ocasião da apuração dos resultados do 
exercício e que consiste em um cotejamento dos valores da conta banco conta movimento com o 
extrato da conta bancária respectiva, podendo o ponto de partida para a conciliação ser os 
registros da empresa ou os do banco. 
C) obrigatório, que pode ser efetuado a qualquer tempo e consiste em um cotejamento dos 
valores da conta banco conta movimento com o extrato da conta bancária respectiva, podendo o 
ponto de partida para a conciliação ser os registros da empresa ou os do banco. 
D) obrigatório, que deve ser efetuado por ocasião da apuração dos resultados do exercício e que 
consiste em um cotejamento dos valores da conta banco conta movimento com o extrato da conta 
bancária respectiva, sendo os registros do banco o ponto de partida para a conciliação. 
E) opcional, que pode ser efetuado a qualquer tempo e que consiste em um cotejamento dos 
valores da conta banco conta movimento com o extrato da conta bancária respectiva, sendo os 
registros da empresa o ponto de partida para a conciliação. 
Comentário: 
É um procedimento obrigatório, pode ser efetuado a qualquer tempo e pode começar pelo 
extrato ou pelo razão (já que, ao final, ambos devem apresentar o mesmo saldo conciliado). 
O gabarito é letra c. 
A conta Bancos, na contabilidade, aumenta através de lançamentos a débito e diminui com 
lançamentos a crédito. 
O extrato bancário representa uma conta do Passivo do banco. Por isso, aumenta com 
lançamentos a crédito e diminui com lançamentos a débito. 
Exemplo: um cliente deposita $10.000 reais. O banco contabiliza o seguinte: 
D – Caixa (Ativo) 10.000 
C – Conta corrente xxx fulano de tal ...10.000 
A conta corrente é um passivo do banco. Ele deverá pagar os cheques apresentados, até o valor 
do saldo da conta. 
No extrato, aparece assim: 
CC. 1234 Fulano de Tal 
Data.......10.0000 C 
Muito bem. Agora algumas questões: 
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(ICMS SP/AFR/2006) O auditor, ao inspecionar a conta corrente que a companhia auditada 
mantinha junto ao Banco União S/A, verificou que o valor constante no extrato bancário e o saldo 
da respectiva conta no livro Razão eram divergentes. 
Aprofundando seu exame, constatou: 
I. Dois cheques emitidos pela entidade, no valor total de R$ 2.500,00, não haviam sido 
descontados junto à instituição financeira. 
II. O banco havia cobrado taxas e comissões sobre seus serviços no valor de R$ 980,00, fatos não 
contabilizados na entidade. 
III. O banco devolveu uma duplicata descontada de emissão da companhia no valor de R$ 
3.050,00, em virtude de não-pagamento, fato não contabilizado na entidade. 
IV. O banco cobrou juros de R$ 2.020,00 sobre um empréstimo à companhia, ainda não-quitado, 
sendo que esta não o contabilizou desrespeitando, portanto, o princípio da competência. 
 Se o extrato bancário, antes da reconciliação, indicava um saldo credor de R$ 3.200,00, o saldo 
devedor da conta corrente no livro Razão, antes da reconciliação, correspondia, em reais, a 
A) 8.200,00 
B) 6.750,00 
C) 6.050,00 
D) 3.750,00 
E) 700,00 
Comentários: 
Vejamos a conciliação bancária, iniciando pelo saldo do razão contábil e do extrato bancário. 
I. Dois cheques emitidos pela entidade, no valor total de R$ 2.500,00, não haviam sido 
descontados junto à instituição financeira. 
--- Nesse caso, devemos diminuir o saldo do extrato bancário. Os cheques já foram contabilizados, 
mas ainda não diminuíram o saldo do extrato. 
II. O banco havia cobrado taxas e comissões sobre seus serviços no valor de R$ 980,00, fatos não 
contabilizados na entidade. 
--- Valor já considerado no extrato, mas não na contabilidade. Diminui o saldo do razão contábil. 
III. O banco devolveu uma duplicata descontada de emissão da companhia no valor de R$ 
3.050,00, em virtude de não-pagamento, fato não contabilizado na entidade. 
--- Valor já considerado no extrato, mas não na contabilidade. Diminui o saldo do razão contábil. 
IV. O banco cobrou juros de R$ 2.020,00 sobre um empréstimo à companhia, ainda não-quitado, 
sendo que esta não o contabilizou desrespeitando, portanto, o princípio da competência. 
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==245596==
 
--- Valor já considerado no extrato, mas não na contabilidade. Diminui o saldo do razão contábil. 
Com base nestas informações, podemos montar a seguinte tabela: 
Razão Contábil Extrato bancário
Saldo inicial 3.200,00
I - cheques não descontados -2.500,00
II - Taxas não contabilizadas -980
III - Duplicata descontada devolvida -3.050,00
IV - Juros não contabilizados -2.020,00
Saldo final 
Agora, podemos calcular o saldo final do extrato, que deve bater com o saldo final do razão: 
Razão Contábil Extrato bancário
Saldo inicial 3.200,00
I - cheques não descontados -2.500,00
II - Taxas não contabilizadas -980
III - Duplicata descontada devolvida -3.050,00
IV - Juros não contabilizados -2.020,00
Saldo final 700 700 
E, finalmente, calcular o saldo inicial do razão contábil: 
Saldo inicial – 980 – 3050 – 2020= 700 
Saldo inicial = 6.750,00 
O gabarito é letra b. 
(Receita Federal/ATRFB/2002) O Mercado de Artesanato Local mantém conta corrente no Banco 
da Terra S/A. Em 31 de agosto recebeu o extrato do mês com saldo credor de R$ 38.800,00. 
Como o livro razão apresentava na conta Bancos c/Movimento um saldo devedor de R$ 24.000,00, 
a empresa mandou fazer uma conciliação. Os dados colhidos para conciliação constaram dos 
seguintes fatos: 
1. um cheque de R$ 600,00, recebido de clientes e depositado em 20.08, foi devolvido por 
insuficiência de fundos; 
2. três cheques de R$ 1.200,00, 5.500,00 e 2.000,00, emitidos para pagamentos a terceiros, não 
foram apresentados; 
3. um cheque de R$ 700,00 foi debitado ao Mercado, por engano do banco; 
4. um depósito de R$ 200,00 foi erroneamente creditado a outro correntista; 
5. uma cobrança de duplicatas, emitidas pelo Mercado, no valor de R$ 8.000,00 fora feita pelo 
banco, mas não houve emissão de aviso a tempo; 
6. no extrato aparecem despesas bancárias de R$ 400,00, ainda não contabilizadas pelo Mercado. 
Após analisar todos esses fatos, o Contador comunicou à administração que a conta Bancos c/ 
Movimento deverá ir a balanço com o saldo de 
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A) R$ 16.400,00 
B) R$ 23.300,00 
C) R$ 31.000,00 
D) R$ 38.800,00 
E) R$ 46.600,00 
Comentários: 
Vamos conciliar o extrato e o razão: 
Razão Contábil Extrato bancário
Saldo inicial 24000 38800
1 - Cheque devolvido -600
2 - Cheques não compensados -8700
3 - Cheque debitado por engano no extrato 700
4 - Depósito creditado a outrem no extrato 200
5 - Cobrança não contabilizada no razão 8000
6 - Despesas bancárias não contabilizadas -400
Saldo final 31000 31000 
O gabarito é letra c. 
 
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QUESTÕES COMENTADAS – OPERAÇÕES FINANCEIRAS – 
CEBRASPE 
1. (CEBRASPE/PCDF/Agente/2021) O registro contábil da baixa de uma duplicata descontada 
não quitada, com os juros correspondentes, pode ser realizado por meio de uma partida de 
segunda fórmula. 
Comentários: 
Antes vamos revisar as fórmulas de lançamento por meio do nosso esquema: 
Lançamento Débito Crédito 
1a fórmula 1 1 
2a fórmula 1 2 
3a fórmula 2 1 
4a fórmula 2 2 
É só ver a sequência de números e teremos: 11, 12, 21, 22. Em ordem crescente. 
Observação: onde está escrito 2, deve ser entendido como 2 ou mais. 
O quesito informou que houve a baixa de duplicata não quitada, com juros correspondentes. 
Assim, temos que diminuir a conta duplicatas descontadas por meio do débito e creditar a conta 
Disponibilidades. Ainda, como houve juros, teremos que apropriar a despesa financeira. 
A contabilização desse fato é a seguinte: 
D – Duplicatas Descontadas (Passivo exigível) 
D - Despesa de Juros (Resultado) 
C – Caixa/Bancos (Diminuindo o caixa) 
Veja que temos duas ou mais contas debitadas e uma conta creditada. Isso representa um 
lançamento de 3° fórmula. Consequentemente, o quesito erra ao afirmar que seria de 2° fórmula. 
O gabarito é errado. 
 
Acerca dos reflexos de determinados eventos contábeis sobre o patrimônio/resultado das 
empresas, julgue os itens a seguir. 
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2. (CEBRASPE/PCDF/Agente2021) A contabilização da variação monetária ativa, advinda de 
operações de crédito em moeda estrangeira, fará que o resultado do exercício seja reduzido 
no mês em que a variação ocorrer. 
Comentários: 
Em algumas situações, as empresas podem efetuar operações em moeda estrangeira, como por 
exemplo, a aquisição de mercadorias à vista ou a prazo, a aquisição de ativos imobilizados, ou até 
mesmo, obter empréstimos ou financiamentos em outras moedas, tais como, dólar, euro, etc. 
Nesse sentido, podemos ter variações na taxa de câmbio nas operações envolvidas e precisamos 
conhecer o tratamento contábil adequado para essas situações. 
Exemplificando! A Cia JLS possui saldo em espécie de $ 10.000,00, contabilizados inicialmente a 
uma taxa de câmbio de R$ 4,00. Na contabilidade da empresa teríamos o seguinte: 
Depósitos em moeda estrangeira = $ 10.000,00 → x 4,00 = R$ 40.000,00 
Agora, suponha que tenha ocorrido uma alteração na taxa de câmbio para R$ 4,50, nesse caso, a 
empresa deverá fazer a conversão: 
Depósitos em moeda estrangeira = $ 10.000,00 → x 4,50 = R$ 45.000,00 
Como vamos contabilizar a diferença positiva para a empresa de 45.000 – 40.000 = R$ 5.000,00? 
Será uma receita com variação cambial positiva, vejam a contabilização: 
D – Disponibilidades em Moeda Estrangeira R$ 5.000,00 
C – Variação Cambial Positiva – Receita Financeira R$ 5.000,00 
Agora, imaginem que a taxa de câmbio tenha uma queda e passe para R$ 4,30. Devemos fazer a 
conversão: 
Depósitos em moeda estrangeira = $ 10.000,00 → x 4,30 = R$ 43.000,00 
Como vamos contabilizar a diferença negativa para a empresa de 43.000 – 45.000 = (R$ 2.000,00)? 
Será uma receita com variação cambial negativa, uma despesa financeira para a empresa. Vejam 
a contabilização: 
D – Variação Cambial Negativa – Despesa Financeira R$ 2.000,00 
C – Disponibilidades em Moeda Estrangeira R$ 2.000,00 
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Percebam que a variação cambial pode trazer benefícios ou prejuízos para a entidade, isto é, pode 
ser uma receita ou uma despesa, de acordo com a variação ocorrida no câmbio. Em síntese: 
 
Observe que a variação ativa fará que o resultado do exercício aumente no mês em que a variação 
ocorrer. O gabarito é errado. 
3. (CEBRASPE/TCE RJ/Analista de Controle Externo/2021) Os critérios aplicáveis à mensuração 
de um ativo financeiro após o seu reconhecimento inicial são custo amortizado, valor justo por 
meio de outros resultados abrangentes e valor justo por meio do resultado. 
Comentários: 
Correto e, com a entrada em vigor do CPC 48, o modelo de negócios da entidade que será 
determinante na classificação dos instrumentos financeiros. 
Esse modelo refere-se a como a entidade gerencia seus ativos financeiros para gerar fluxos de 
caixa. Ou seja, o modelo de negócios da entidade determina se os fluxos de caixa resultam do 
recebimento de fluxos de caixa contratuais, venda de ativos financeiros ou ambos. 
Não é o que a empresa espera fazer com relação aos ativos financeiros; é o que ela efetivamente 
faz com tais ativos. 
Vejamos agora as classificações. 
 
O gabarito é certo. 
Variação 
Cambial
Positiva Receita Financeira
Negativa Despesa Financeira
Ativos Financeiros Mensurados ao
Custo amortizado
Ao valor justo por 
meio de outros 
resul. abrangentes 
(PL)
Ao valor justo por 
meio de resultados 
(residual)
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4. (CEBRASPE/TCE RJ/Analista de Controle Externo/2021) Uma carteira de instrumentos 
financeirosclassificados como avaliados ao valor justo em outros resultados abrangentes, que 
tenha variação positiva em seu valor justo de um período contábil a outro, ocasionará um 
aumento no patrimônio líquido através do incremento no saldo da conta de ajuste de avaliação 
patrimonial. 
Comentários: 
Item correto, A lei 6404/76 prescreve o seguinte: 
Art. 183, § 3o Serão classificadas como ajustes de avaliação patrimonial, enquanto 
não computadas no resultado do exercício em obediência ao regime de 
competência, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuídos a 
elementos do ativo e do passivo, em decorrência da sua avaliação a valor justo, 
nos casos previstos nesta Lei ou, em normas expedidas pela Comissão de Valores 
Mobiliários, com base na competência conferida pelo § 3o do art. 177. 
Esquematizemos: 
 
A contabilização apresentada na questão será: 
D - Ativo - Instrumentos Financeiros 
C - Ajuste de Avaliação Patrimonial - aumento do PL 
Portanto, item está correto. 
5. (CEBRASPE/TCE RJ/Analista de Controle Externo/2021) O adiantamento em dinheiro 
destinado ao recebimento futuro de um bem ou serviço dá origem a um ativo não monetário 
que estará sujeito a ajuste a valor presente. 
Comentários: 
A contabilização do recebimento do adiantamento de um cliente será feita da seguinte forma: 
D - Adiantamento a Fornecedores (Ativo) 
C - Bancos 
Ajuste de avaliação patrimonial
Enquanto não computado no resultado do exercício
Contrapartida de aumento ou redução do ativo ou passivo
Em decorrência da avaliação a valor justo
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Agora, o CPC 12, item 9, afirma que nem todo ativo ou passivo não-monetário está sujeito ao 
efeito do ajuste a valor presente; por exemplo, um item não monetário que, pela sua natureza, 
não está sujeito ao ajuste a valor presente é o adiantamento em dinheiro para recebimento ou 
pagamento em bens e serviços. Assim sendo, o item está errado, pois, na verdade, e esse 
adiantamento NÃO está sujeito ao ajuste a valor presente. O gabarito é errado. 
6. (CEBRASPE/TJ-PA/Analista Judiciário - Ciências Contábeis/2020) Uma empresa adquiriu um 
instrumento financeiro no valor de R$ 300.000,00, com remuneração estabelecida de R$ 
32.500,00 para o vencimento. No vencimento, esse título possuía valor justo de R$ 340.000,00. 
Considerando essa situação e as normas acerca do reconhecimento, da mensuração e do registro 
das operações contábeis dessa natureza, assinale a opção correta. 
a) Se a empresa avaliar o título pelo custo amortizado na data do vencimento, ela deverá registrar 
os valores de R$ 7.500,00 e R$ 32.500,00 como receita de juros. 
b) Se a empresa avaliar o instrumento financeiro pelo valor justo por meio de outros resultados 
abrangentes, ela deverá registrar um crédito de R$ 7.500,00 em conta de ajuste de avaliação 
patrimonial em seu patrimônio líquido e um crédito de R$ 32.500,00 na conta receita de juros. 
c) Se a empresa avaliar o instrumento financeiro pelo valor justo por meio de resultado, ela deverá 
registrar apenas o crédito de R$ 40.000,00 em conta de ajuste de avaliação patrimonial em seu 
patrimônio líquido. 
d) Se a empresa avaliar o instrumento financeiro pelo valor justo por meio de outros resultados 
abrangentes, ela deverá registrar um crédito de R$ 40.000,00 em conta de ajuste de avaliação 
patrimonial. 
e) Se a empresa avaliar o instrumento financeiro pelo custo amortizado, o registro proporcionará 
um crédito de R$ 7.500,00 na conta de ajuste de avaliação patrimonial no patrimônio líquido da 
empresa e R$ 32.500,00 correspondentes a receita de juros na demonstração do resultado do 
exercício. 
Comentários: 
a) Se a empresa avaliar o título pelo custo amortizado na data do vencimento, ela deverá registrar 
os valores de R$ 7.500,00 e R$ 32.500,00 como receita de juros. 
e) Se a empresa avaliar o instrumento financeiro pelo custo amortizado, o registro proporcionará 
um crédito de R$ 7.500,00 na conta de ajuste de avaliação patrimonial no patrimônio líquido da 
empresa e R$ 32.500,00 correspondentes a receita de juros na demonstração do resultado do 
exercício. 
Errados, os investimentos ao custo amortizado não são não são ajustados ao valor justo. Assim: 
Contabilização inicial: 
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D – Instrumento financeiro – custo amortizado (Ativo) 300.000 
C – Caixa (Ativo) 300.000 
Contabilização dos juros: 
D - Instrumento financeiro – custo amortizado (Ativo) 32.500 
C – Receita financeira (Resultado) 32.500 
Logo, reconheceremos 32,5 mil como receita de juros. 
b) Se a empresa avaliar o instrumento financeiro pelo valor justo por meio de outros resultados 
abrangentes, ela deverá registrar um crédito de R$ 7.500,00 em conta de ajuste de avaliação 
patrimonial em seu patrimônio líquido e um crédito de R$ 32.500,00 na conta receita de juros. 
Durante a aula falamos que os instrumento financeiro pelo valor justo por meio de outros 
resultados abrangentes, possuem as seguintes características: 
• Juros: Resultado. 
• Ajuste a Valor justo no Patrimônio Líquido 
Agora, analisemos essa alternativa: 
Contabilização inicial: 
D – Instr. Finan. ao valor justo – result. Abrangente 300.000 
C – Caixa (Ativo) 300.000 
Contabilização dos juros: 
D - Instr. Finan. ao valor justo – result. Abrangente 32.500 
C – Receita financeira (Resultado) 32.500 
Assim, é correto afirmar que a entidade lançou um crédito de R$ 32.500,00 na conta receita de 
juros 
Após esse lançamento, o título fica registrado pelo valor de R$ 332.500. Mas, como o valor justo 
é de R$ 340.000, precisamos reconhecer uma receita de 7.500 reais, reconhecida em outros 
resultados abrangentes (no Patrimônio Líquido – PL), na conta Ajuste de Avaliação Patrimonial 
(AAP). 
Contabilização Pela avaliação a valor justo: 
 
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D – Instr. Finan. ao valor justo – result. Abrangente 7.500 
C – Ajuste de Avaliação Patrimonial (PL) 7.500 
Logo, também está correto dizer que ela deverá registrar um crédito de R$ 7.500,00 em conta de 
ajuste de avaliação patrimonial em seu patrimônio líquido. 
Portanto, essa alternativa é o nosso gabarito. 
Obs.: veremos a conta Ajuste de Avaliação Patrimonial, com maiores detalhes, em 
aulas mais avançadas. 
c) Se a empresa avaliar o instrumento financeiro pelo valor justo por meio de resultado, ela deverá 
registrar apenas o crédito de R$ 40.000,00 em conta de ajuste de avaliação patrimonial em seu 
patrimônio líquido. 
Errado, falamos que esse tipo de instrumento tanto os juros quanto o ajuste ao valor justo são 
lançados no resultado. Desse modo, o correto seria: [...] o crédito de R$ 40.000,00 no resultado. 
d) Se a empresa avaliar o instrumento financeiro pelo valor justo por meio de outros resultados 
abrangentes, ela deverá registrar um crédito de R$ 40.000,00 em conta de ajuste de avaliação 
patrimonial. 
Errado, verificamos na alternativa b que houve um crédito de R$ 7.500,00 nessa conta e não de 
R$ 40.000. 
O gabarito é letra b 
7. (CEBRASPE/TJ-PA/Analista Judiciário - Ciências Contábeis/2020) O adiantamento recebido de 
um cliente por um serviço que será prestado após otérmino do exercício social seguinte gera, 
para a empresa que irá prestar o serviço, uma disponibilidade de recursos cuja contrapartida 
é uma conta do balanço patrimonial que deve ser 
a) classificada no passivo não circulante e ajustada ao seu valor presente. 
b) classificada no passivo circulante e ajustada ao seu valor presente somente se tal ajuste tiver 
efeito relevante. 
c) classificada no passivo não circulante e ajustada ao seu valor presente somente se tal ajuste tiver 
efeito relevante. 
d) classificada no passivo circulante e ajustada ao seu valor presente. 
e) classificada no patrimônio líquido e ajustada ao seu valor presente. 
Comentários: 
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Com base no regime de competência, quando o cliente efetua um adiantamento não podemos 
reconhecer a receita de vendas. Assim, a empresa irá registrar a entrada de dinheiro no ativo, mas 
também irá registrar um Passivo, pois ela agora possui a obrigação de entregar as mercadorias, 
veja: 
D – Disponibilidades (ativo) 10.000,00 
C – Adiantamento de Clientes (passivo) 10.000,00 
Falamos que para classificar em circulante e não circulante, a Lei 6.404/76 adota como marco 
temporal a data do encerramento do exercício social. Contudo, se não estivermos falando dessa 
data, devemos considerar o período de 12 meses. A seguir, um esquema: 
Exercício de X2 
Passivo circulante Passivo não circulante
X3 em diante
31.12.X231.12.X1 
Dado que serviço que será prestado após o término do exercício social seguinte, iremos classificar 
esse adiantamento como passivo não circulante. Ainda, devemos ajustá-lo ao valor presente. 
Tal afirmação está em conformidade a Lei 6.404/76: 
Art. 184. No balanço, os elementos do passivo serão avaliados de acordo com os 
seguintes critérios: 
III – as obrigações, os encargos e os riscos classificados no passivo não circulante 
serão ajustados ao seu valor presente, sendo os demais ajustados quando houver 
efeito relevante. (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) 
O gabarito é letra a. 
Obs.: para as contas do não circulante, realizamos o ajuste a valor presente 
independe dele ser relevante ou não. 
 
A empresa ABC S.A. figura como arrendatária em um contrato de arrendamento de um conjunto 
de máquinas pelo valor futuro de R$ 1 milhão, com opção de compra ao final do contrato. Os 
pagamentos do contrato serão feitos mensalmente durante o prazo de 10 anos. As máquinas são 
de controle da ABC S.A. e foram confeccionadas conforme as solicitações dessa empresa, para 
que as atividades comerciais da arrendatária pudessem ser realizadas. 
Com base nessa situação hipotética, julgue o item a seguir, de acordo com a legislação vigente. 
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8. (CEBRASPE/TJ-AM/Analista Judiciário - Contabilidade/2019) Os pagamentos das parcelas do 
contrato gerarão, na ABC S.A., lançamentos a débito no passivo de arrendamento e a crédito 
nas disponibilidades 
Comentários: 
Contabilização inicial no arrendatário: 
D – Veículo (ativo) 
D – Juros a transcorrer (retificadora do Passivo) 
C – Arrendamento a pagar (passivo) 
Posteriormente, mês a mês: 
• Apropriação despesa com juros: 
D- Despesa Financeira (resultado) 
C – Juros a transcorrer (retificadora do Passivo) 
• Pagamento da parcela: 
D – Arrendamento a pagar (passivo) 
C – Disponibilidades (ativo) 
O quesito solicitou o lançamento referente ao pagamento das parcelas, portanto, está correto 
afirmar que “lançamentos a débito no passivo de arrendamento e a crédito nas disponibilidades”. 
O gabarito é certo. 
 
Julgue o próximo item, relativo a instrumentos financeiros. 
9. (CEBRASPE/TJ-AM/Analista Judiciário - Contabilidade/2019) Uma das condições necessárias 
para que um ativo financeiro seja mensurado ao custo amortizado é que esse ativo financeiro 
esteja inserido em um modelo de negócios que tenha por objetivo a manutenção de ativos 
financeiros em carteira, para receber os fluxos de caixa contratuais deles decorrentes. 
Comentários: 
Questão literal do CPC 48, vejamos: 
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4.1.2 O ativo financeiro deve ser mensurado ao custo amortizado se ambas as 
seguintes condições forem atendidas: (a) o ativo financeiro for mantido dentro de 
modelo de negócios cujo objetivo seja manter ativos financeiros com o fim de 
receber fluxos de caixa contratuais; e 
O gabarito é certo. 
 
Julgue o próximo item, relativo a instrumentos financeiros. 
10. (CEBRASPE/TJ-AM/Analista Judiciário - Contabilidade/2019) A opção por designar, no 
reconhecimento inicial, um ativo financeiro como mensurado ao valor justo por meio do 
resultado é uma decisão passível de revogação pela entidade optante quando o descasamento 
contábil que motivou tal designação deixar de existir. 
Comentários: 
Item difícil. Errado, conforme o CPC 48: 
Opção de designar ativo financeiro como ao valor justo por meio do resultado 
4.1.5 Não obstante os itens 4.1.1 a 4.1.4, a entidade pode, no reconhecimento 
inicial, designar de modo IRREVOGÁVEL o ativo financeiro como mensurado ao 
valor justo por meio do resultado se, ao fazê-lo, puder eliminar ou reduzir 
significativamente uma inconsistência de mensuração ou de reconhecimento 
(algumas vezes referida como “descasamento contábil”) que, de outro modo, 
pode resultar da mensuração de ativos ou passivos ou do reconhecimento de 
ganhos e perdas nesses ativos e passivos em bases diferentes (ver itens B4.1.29 a 
B4.1.32). 
Portanto, o item está errado, a ocorrência de descasamento contábil não é motivo para mudar a 
classificação do ativo financeiro. Seria possível se a empresa alterasse seu modelo de negócios, 
aplicando o CPC 23. 
 
Acerca das contas e dos grupos patrimoniais de empresas comerciais, julgue o seguinte item. 
11. (CEBRASPE/TJ-AM/Analista Judiciário - Contabilidade/2019) Uma obrigação de longo prazo 
com fornecedores registrada no passivo da entidade deve ser ajustada pelo seu valor presente. 
Comentários: 
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Correto, CPC 12 – Ajuste a Valor Presente, itens de longo prazo DEVEM ser ajustados a valor 
presente e itens de curto prazo QUANDO O EFEITO FOR RELEVANTE. 
 
A tabela a seguir mostra os saldos, em valores absolutos, de todas as contas que compõem o 
balanço patrimonial de determinada empresa comercial. 
 contas contábeis saldo (R$) 
amortização acumulada 20 
bancos 30 
capital social 150 
contas a pagar 10 
contas a receber 30 
depreciação acumulada 30 
despesas antecipadas 10 
encargos a transcorrer de financiamento de longo prazo 10 
estoques 50 
financiamento de longo prazo 60 
fornecedores 30 
impostos a recolher 10 
máquinas e equipamentos 100 
marcas e patentes 80 
prejuízo acumulado 10 
provisão para contingências 10 
Tendo como referência a tabela mostrada, julgue o item que se segue, a respeito das contas 
patrimoniais e da análise econômico-financeira da referida empresa comercial. 
12. (CEBRASPE/TJAM/Analista Judiciário - Contabilidade/2019) O valor presente líquido do 
financiamento é igual a R$ 50. 
Comentários: 
Vimos que a conta Encargos Financeiros a Transcorrer é uma retificadora do passivo, sendo utilizar 
para ajustar ao valor presente as contas desse grupo patrimonial. Então: 
Financiamento de Longo Prazo = 60 
(-) Encargos Financeiros a Transcorrer = 10 
Valor Presente do Financiamento de Longo Prazo = 50 
O gabarito é certo. 
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13. (CEBRASPE/SEFAZ RS/Auditor-Fiscal da Receita Estadual/2019) Ao estimar e registrar o valor 
corrente dos fluxos de caixa futuros para suas obrigações, encargos e riscos classificados no 
passivo não circulante, uma empresa que se encontre no curso normal de suas atividades aplica 
o conceito de 
a) ajuste de avaliação patrimonial. 
b) evento subsequente. 
c) moeda funcional. 
d) regime de caixa. 
e) valor presente. 
Comentários: 
Atenção as palavras chaves: “estimar”, “valor corrente”. “Fluxo futuro”.Tais afirmações 
caracterizam o valor presente. Vejamos a definição feita pelo CPC n° 12: 
Valor presente (present value) - é a ESTIMATIVA DO VALOR CORRENTE de um 
fluxo de caixa futuro, no curso normal das operações da entidade. 
O gabarito é letra e. 
14. (CEBRASPE/COGE CE/Auditor de Controle Interno/2019) Um título público de longo prazo 
que renderá juros nos termos do contrato foi adquirido por uma companhia que tem liquidez 
e cotação no mercado. 
Conforme o Pronunciamento Técnico CPC 48 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, assinale 
a opção correta, a respeito do título mencionado na situação hipotética. 
a) Se esse título for mensurado pelo método do custo amortizado, os juros contratuais e a 
diferença entre os juros contratuais e as variações decorrentes da marcação a mercado do título 
deverão ser reconhecidos no resultado. 
b) Se esse título for mensurado pelo método do valor justo por meio do resultado, deverá ser 
reconhecida no resultado a diferença entre os juros contratuais e as variações decorrentes da 
marcação a mercado do título, mas não os juros contratuais. 
c) Se esse título for mensurado pelo método do valor justo por meio do resultado, os juros 
contratuais deverão ser reconhecidos no resultado, mas não a diferença entre os juros contratuais 
e as variações decorrentes da marcação a mercado do título. 
d) Se esse título for mensurado pelo método do custo amortizado, deverão ser reconhecidos no 
resultado os juros contratuais, mas não a diferença entre os juros contratuais e as variações 
decorrentes da marcação a mercado do título. 
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==245596==
 
e) Se esse título for mensurado pelo método do valor justo por meio dos outros resultados 
abrangentes, deverá ser reconhecida no resultado a diferença entre os juros contratuais e as 
variações decorrentes da marcação a mercado do título, mas não os juros contratuais. 
Comentários: 
Antes, vamos revisar as caracteristicas de casa tipo: 
 
a) Se esse título for mensurado pelo método do custo amortizado, os juros contratuais e a 
diferença entre os juros contratuais e as variações decorrentes da marcação a mercado do título 
deverão ser reconhecidos no resultado. 
Errado, os investimentos ao custo amortizado não são não são ajustados ao valor justo. 
b) Se esse título for mensurado pelo método do valor justo por meio do resultado, deverá ser 
reconhecida no resultado a diferença entre os juros contratuais e as variações decorrentes da 
marcação a mercado do título, mas não os juros contratuais. 
c) Se esse título for mensurado pelo método do valor justo por meio do resultado, os juros 
contratuais deverão ser reconhecidos no resultado, mas não a diferença entre os juros contratuais 
e as variações decorrentes da marcação a mercado do título. 
Errados, nesse tipo de instrumento tanto os juros quanto o ajuste ao valor justo são lançados no 
resultado. 
d) Se esse título for mensurado pelo método do custo amortizado, deverão ser reconhecidos no 
resultado os juros contratuais, mas não a diferença entre os juros contratuais e as variações 
decorrentes da marcação a mercado do título. Esse é o nosso gabarito! 
e) Se esse título for mensurado pelo método do valor justo por meio dos outros resultados 
abrangentes, deverá ser reconhecida no resultado a diferença entre os juros contratuais e as 
variações decorrentes da marcação a mercado do título, mas não os juros contratuais 
Empréstimos/Recebíveis normais
• Valor original - Ajuste perda - AVP
Ativos Financeiros Mensurados Ao Custo Amortizado
• Valor original + Encargos ou rendimentos
Ativo Financeiro Mensurado Ao Valor Justo Por Meio De Outros Resultados Abrangentes.
• Juros: Resultado . Ajuste a Valor justo no Patrimônio Líquido
Ativo Financeiro Mensurado Ao Valor Justo Por Meio Do Resultado (categoria residual)
• Encargos: resultado; Ajustes ao valor justo: Resultado 
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Errado, o correto seria: [...] deverão ser reconhecida no resultado os juros contratuais, mas não a 
diferença entre os juros contratuais e as variações decorrentes da marcação a mercado do título, 
a qual deverá ser reconhecida em outros resultados abrangentes (no Patrimônio Líquido – PL), na 
conta Ajuste de Avaliação Patrimonial (AAP). 
O gabarito é letra d. 
15. (CEBRASPE/COGE CE/Auditor de Controle Interno/2019) Texto 1A2-I As informações a seguir 
representam os fatos considerados relevantes em uma operação de venda seguida de uma 
operação de aquisição de imobilizado efetuadas por uma companhia. 
dados relativos à venda 
• valor – R$ 100.000 
• forma de recebimento – pagamento único 
• prazo: 10 meses 
• valor presente do ativo a receber – R$ 86.000 (no momento da operação) 
• valor presente do ativo a receber – R$ 87.000 (decorrido um mês) 
dados relativos à aquisição 
• valor – R$ 80.000 
• forma de pagamento – em 10 prestações de R$ 8.000 
• valor presente do fluxo das prestações – R$ 75.500 
 Ainda de acordo com a Lei n.º 6.404/1976 e o Pronunciamento Técnico CPC 12 do Comitê de 
Pronunciamentos Contábeis, é correto afirmar que, na companhia referida no texto 1A2-I, o 
financiamento deve ser registrado pelo valor de 
a) R$ 80.000, e o valor que deve ser apropriado, decorrido um mês da operação, é igual a R$ 450, 
a ser contabilizado a débito da conta representativa do financiamento. 
b) R$ 75.500, e o valor que deve ser apropriado, decorrido um mês da operação, é igual a R$ 450, 
a ser contabilizado a débito da conta representativa do financiamento. 
c) R$ 80.000, ajustado por encargos financeiros a transcorrer de R$ 4.500, e o valor que deve ser 
apropriado, decorrido um mês da operação, é igual a R$ 450, a ser contabilizado a débito de uma 
conta retificadora do financiamento. 
d) R$ 80.000, ajustado por encargos financeiros a transcorrer de R$ 4.500, e o valor que deve ser 
apropriado, decorrido um mês da operação, não é calculado de forma linear e deverá ser 
contabilizado a crédito de uma conta retificadora do financiamento. 
e) R$ 80.000, ajustado por encargos financeiros a transcorrer de R$ 4.500, e o valor que deve ser 
apropriado, decorrido um mês da operação, não é calculado de forma linear e deverá ser 
contabilizado a débitode uma conta retificadora do financiamento. 
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Comentários: 
O quesito exige informações sobre o financiamento. 
O lançamento inicial será: 
D – Imobilizado (Ativo) 75.500 
D- Encargos financeiros a transcorrer (Retificadora do Passivo) 4.500 
C- Financiamentos a pagar (Passivo) 80.000 
Posteriormente, apropriamos os juros mês a mês: 
D - Despesa financeira (Resultado) xxxx 
C - Encargos financeiros a transcorrer (Retificadora do Passivo) xxx 
Devemos usar o método exponencial, pois o mercado dificilmente utilizará juros simples para uma 
operação de financiamento. Logo, não é calculado de forma linear. 
Portanto, é correto afirmar que o financiamento deve ser registrado pelo valor de R$ 80.000, 
ajustado por encargos financeiros a transcorrer de R$ 4.500, e o valor que deve ser apropriado, 
decorrido um mês da operação, não é calculado de forma linear e deverá ser contabilizado a 
crédito de uma conta retificadora do financiamento. Risquemos os erros das outras alternativas: 
a) R$ 80.000, e o valor que deve ser apropriado, decorrido um mês da operação, é igual a R$ 450, 
a ser contabilizado a débito da conta representativa do financiamento. 
b) R$ 75.500, e o valor que deve ser apropriado, decorrido um mês da operação, é igual a R$ 450, 
a ser contabilizado a débito da conta representativa do financiamento. 
c) R$ 80.000, ajustado por encargos financeiros a transcorrer de R$ 4.500, e o valor que deve ser 
apropriado, decorrido um mês da operação, é igual a R$ 450, a ser contabilizado a débito de uma 
conta retificadora do financiamento. 
e) R$ 80.000, ajustado por encargos financeiros a transcorrer de R$ 4.500, e o valor que deve ser 
apropriado, decorrido um mês da operação, não é calculado de forma linear e deverá ser 
contabilizado a débito de uma conta retificadora do financiamento. 
O gabarito é letra d. 
16. (CEBRASPE/Analista/EBSERH/2018) Para que um ativo financeiro seja mensurado ao custo 
amortizado, é necessário que suas cláusulas contratuais prevejam fluxos de caixa 
exclusivamente de principal e juros sobre esse principal, nas datas previamente acordadas, e 
que o modelo de negócio em que o ativo esteja inserido tenha por objetivo receber esses 
fluxos de caixa contratuais. 
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Comentários: 
O CPC 48 entrou em vigor em 2018 e já está aparecendo em provas do CEBRASPE. É um tema 
bem complexo, mas de certa forma, esse novo CPC veio clarificar alguns conceitos que eram de 
difícil entendimento e aplicação nas normas anteriores que tratavam do tema. 
Segundo o CPC 48 – Instrumentos Financeiros: 
4.1.1 A menos que o item 4.1.5 seja aplicável, a entidade deve classificar ativos 
financeiros como subsequentemente mensurados ao custo amortizado, ao valor 
justo por meio de outros resultados abrangentes ou ao valor justo por meio do 
resultado com base tanto: 
(a) no modelo de negócios da entidade para a gestão dos ativos financeiros; 
quanto 
(b) nas características de fluxo de caixa contratual do ativo financeiro. 
4.1.2 O ativo financeiro deve ser mensurado ao custo amortizado se ambas as 
seguintes condições forem atendidas: 
(a) o ativo financeiro for mantido dentro de modelo de negócios cujo objetivo seja 
manter ativos financeiros com o fim de receber fluxos de caixa contratuais; e 
(b) os termos contratuais do ativo financeiro derem origem, em datas 
especificadas, a fluxos de caixa que constituam, exclusivamente, pagamentos de 
principal e juros sobre o valor do principal em aberto. 
Então, vamos esquematizar? 
 
O gabarito é certo 
 
A respeito de avaliação de itens patrimoniais diversos, julgue o item subsequente. 
17. (CEBRASPE/Analista/STM/2018) Os financiamentos obtidos no BNDES, com juros abaixo dos 
padrões do mercado, têm de ser ajustados a valor presente com base na média das taxas do 
mercado de dívidas de longo prazo. 
Ativos Financeiros 
mensurados ao custo 
amortizado
ativo financeiro 
mantido para receber 
fluxos de caixa 
contratuais; e
os termos contratuais 
do ativo financeiro 
derem origem a 
pagamentos de 
principal e juros
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Comentários: 
Financiamentos obtidos junto ao BNDES são exceções ao ajuste a valor presente. 
Resposta prevista no CPC 12: 
10. No caso de empréstimos, financiamentos e mútuos com encargos financeiros 
diferentes das atuais taxas de juros praticadas pelo mercado, deve ser feito o AVP? 
(a) Financiamentos do BNDES, contratados com taxas de juros diferentes das taxas 
praticadas pelo mercado em geral para outras modalidades de empréstimos, 
estão sujeitos ao AVP? 
Resposta - Não. Esses financiamentos reúnem características próprias e as 
condições definidas nos contratos de financiamento do BNDES, entre partes 
independentes, e refletem as condições para aqueles tipos de financiamentos. Em 
alguns casos, os encargos financeiros são inferiores às taxas de juros aplicáveis 
para empréstimos em geral e/ou para capital de giro, mas deve-se levar em 
consideração que o BNDES financia projetos, com características próprias, em 
geral aplicando taxas que seriam aplicáveis a qualquer entidade, ajustadas apenas 
pelo risco específico de crédito das entidades e projetos envolvidos. No Brasil, 
não há um mercado consolidado de dívidas de longo prazo com as características 
dos financiamentos do BNDES, com o que a oferta de crédito às entidades em 
geral, com essa característica de longo prazo, normalmente está limitada ao 
BNDES. Esse tratamento está alinhado às normas internacionais, mais 
especificamente os IAS 20 e 37 e com este Pronunciamento. 
Você conhece quais são as exceções ao Ajuste a Valor Presente? 
 
O gabarito é errado. 
Não se sujeitam 
ao AVP
Financiamentos 
BNDES
Mútuo entre 
Partes 
Relacionadas
Ativos e Passivos 
Fiscais Diferidos
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18. (CEBRASPE/PF/Agente/2018) Determinada sociedade comercial realizou, no período 
corrente, as transações apresentadas a seguir. 
• Apropriou a terceira cota anual cheia de depreciação de um veículo, originalmente adquirido 
por R$ 60.000, com vida útil estimada em 5 anos. A empresa tem como política considerar um 
valor residual de 10% para todos os seus bens. O método de depreciação empregado é o da soma 
dos dígitos dos anos. 
• Descontou, no banco onde mantém conta, uma duplicata a vencer em 60 dias. O título, com 
valor nominal de R$ 100.000, gerou um crédito de R$ 97.000 na conta-corrente da empresa. 
• Vendeu mercadorias por R$ 10.000, líquido de tributos, realizando a baixa dos estoques 
correspondentes, no valor de R$ 5.500. 
Nessa situação hipotética, a empresa, no momento do desconto do título, contabilizou despesa 
com encargos financeiros de R$ 3.000. 
Comentários: 
Errado. Tem que considerar o regime de competência e não na hora do desconto. 
A contabilização, no momento inicial, é a seguinte: 
D – Caixa (Ativo) 97.000 
D – Encargos a transcorrer (Retificadora do Passivo)3.000 
C – Duplicatas descontadas (Passivo) 100.000 
Os encargos devem ser apropriados ao resultado por competência (suponha R$ 100,00 ao mês 
para simplificar): 
D – Despesas financeiras (Resultado) 100 
D – Encargos a transcorrer (Retificadora do Passivo) 100 
Assim, a questão está errada, pois não ocorre um débito em despesas do período na data da 
liberação do crédito. A contabilização da despesa ocorre posteriormente, por competência, 
conforme a passagem do tempo. 
 
Em relação ao registro de operações contábeis diversas, julgue o item a seguir. 
19. (CEBRASPE/Tec (FUB)/Contabilidade/2018) Para registrar a correção monetária pós-fixada 
referente a empréstimo anteriormente contratado, por ocasião do vencimento da referida 
obrigação, será adequado o lançamento a débito da conta variação monetária passiva e a 
crédito da conta empréstimo a pagar. 
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 Comentários: 
Item correto, pessoal, imaginem que determinada empresa tenha saldo devedor de empréstimo 
de R$ 10.000 e sofra correção pelo IGPM de 2% no período, ou seja, 10.000 x 0,02 = R$ 200,00 
A contabilização a ser feita nesse caso será: 
D - Variação monetária passiva (despesa) R$ 200 
C - Empréstimo a pagar R$ 200 
O gabarito é certo. 
20. (CEBRASPE/SEFAZ RS/Técnico Tributário da Receita Estadual/2018) Em muitos casos, a 
colocação de debêntures no mercado demanda a contratação de instituições financeiras para 
coordenar o processo, o que gera os chamados gastos com colocação de debêntures. Esses 
gastos 
a) integram os encargos financeiros e devem ser amortizados durante o prazo de vigência das 
debêntures. 
b) são reconhecidos como ativos financeiros e serão baixados à medida que as debêntures forem 
quitadas. 
c) integram o ativo intangível e são amortizados quando do pagamento das debêntures. 
d) são reconhecidos como despesas do período em que tiver sido feita a emissão dos títulos. 
e) são registrados como despesas antecipadas, apropriadas ao resultado proporcionalmente ao 
prazo de vencimento das debêntures. 
Comentários: 
De acordo com o CPC 08, os custos de transação incorridos na captação de recursos por meio da 
contratação de instrumento de dívida (empréstimos, financiamentos ou títulos de dívida tais como 
debêntures, notas comerciais ou outros valores mobiliários) devem ser contabilizados como 
redução do valor justo inicialmente reconhecido do instrumento financeiro emitido, para 
evidenciação do valor líquido recebido!!! Portanto, não são despesas momento da emissão dos 
títulos, mas são apropriados ao longo do prazo de resgate das debêntures! O gabarito é letra a. 
 
A respeito do método das partidas dobradas e de seus desdobramentos na ciência contábil, julgue 
o item seguinte. 
21. (CEBRASPE/PC-MA/Perito Criminal/2018.adaptada) Em uma venda de mercadoria, ocorre a 
baixa, a crédito, da mercadoria vendida, em contrapartida à correspondente conta de receita 
por venda de mercadorias. 
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Comentários: 
Vamos efetuar a contabilização: 
• Pelo registro da venda: 
D – Caixa/Clientes/Duplicatas a receber (ativo) 
C – Receita de vendas (resultado) 
• Pela baixa no estoque: 
D – Custo da mercadoria vendida (resultado) 
C – Estoque de mercadorias para revenda (ativo) 
Agora, comparemos com o lançamento proposto pelo quesito: 
• Pela baixa no estoque: 
D- Receita de vendas (resultado) 
C – Estoque de mercadorias para revenda (ativo) 
Percebam que o quesito erra ao afirmar que a contrapartida da baixa do estoque seria a Receita 
por venda de mercadoria, quando o correto seria a conta custo da mercadoria vendida. 
O gabarito é errado. 
 
Julgue o item a seguir, referente a balanço patrimonial. 
22. (CEBRASPE/FUB/Técnico Contabilidade/2018) A conta ajuste a valor presente, que registra 
valores decorrentes de operações financeiras realizadas, não pode ser considerada como 
retificadora de passivo. 
Comentários: 
Primeiramente, ressaltamos que o ajustes a valor presente, conforme o CPC 12, é requerido quer 
se trate de passivos contratuais, quer se trate de passivos não contratuais. Ainda, conforme esse 
pronunciamento. a mensuração contábil a valor presente deve ser aplicada no reconhecimento 
inicial de ativos e passivos. 
Adicionalmente, lembramos que a conta retificadora do passivo é uma conta que fica no passivo, 
mas tem natureza devedora (tem saldo devedor). Lembra que o Passivo tem natureza credora? 
Então, as contas retificadoras diminuem o passivo. 
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Como o ajuste a valor presente também é utilizado para diminuir o saldo desse grupo. Logo, o 
quesito está errado ao afirmar que ele não pode ser considerado como retificadora de passivo. 
O gabarito é errado. 
 
A tabela a seguir apresenta os dados, em reais, para a conciliação dos saldos contábil e bancário 
da empresa X no banco Y. 
 saldo ao final do período, conforme livros contábeis da empresa 10.000 
registros feitos pelo banco a débito da conta-corrente, ainda não 
contabilizados na empresa 
 
serviços de cobrança 500 
cheques de clientes devolvidos 2.500 
registros feitos pelo banco a crédito da conta-corrente, ainda 
não contabilizados na empresa 
 
valores relativos a boletos recebidos de clientes 3.000 
juros recebidos de clientes 1.500 
saldo ao final do período, conforme o extrato bancário 10.500 
valores contabilizados na empresa e que ainda não foram 
registrados pelo banco 
 
depósitos realizados no caixa eletrônico ainda não processados 1.000 
A partir dessa tabela, julgue o item subsequente, a respeito das conciliações contábeis. 
23. (CEBRASPE/FUB/Técnico Contabilidade/2018) Após a conciliação realizada e os 
correspondentes lançamentos de ajuste, o saldo da conta contábil representativa da conta-
corrente mantida no banco em questão será de R$ 10.500. 
Comentários: 
Avisamos que podemos começar a conciliação pelo extrato ou pelo razão (já que, ao final, ambos 
devem apresentar o mesmo saldo conciliado). Professores, qual escolher? Pessoal, a dica é 
escolher aquele com menos contas. Vejamos: 
• Conciliação – começando pelo extrato bancário: 
saldo ao final do período, conforme o extrato bancário = 10.500 
(+/-) valores contabilizados na empresa e que ainda não foram registrados pelo banco: 
(+) depósitos realizados no caixa eletrônico ainda não processados = 1.000 . 
Após conciliação. saldo da conta contábil representativa da conta-corrente mantida no banco será 
de R$ 11.500. 
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Portanto, o gabarito é errado. Rápido, né? Rsrsr 
• Conciliação – começando pelos livros contábeis: 
Atenção! A conta Bancos, na contabilidade, aumenta através de lançamentos a 
débito e diminui com lançamentos a crédito. Já o extrato bancário representa uma 
conta do Passivo do banco. Por isso, aumenta com lançamentos a crédito e diminui 
com lançamentos a débito. 
saldo ao final do período, conformelivros contábeis da empresa 10.000 
(-) DÉBITO DA CONTA-CORRENTE, ainda NÃO CONTABILIZADOS: 
(-) serviços de cobrança 500 
(-) cheques de clientes devolvidos 2.500 
(+) CRÉDITO DA CONTA-CORRENTE, ainda NÃO CONTABILIZADOS: 
(+) valores relativos a boletos recebidos de clientes 3.000 
(+) juros recebidos de clientes 1.500 .. 
Após conciliação. saldo da conta contábil representativa da conta-corrente mantida no banco será 
de R$ 11.500. 
24. (CEBRASPE/FUB/Técnico Contabilidade/2018) O ponto de partida para a conciliação bancária 
pode ser o saldo constante da contabilidade da empresa ou o saldo do extrato bancário. 
Comentários: 
Correto, falamos que a conciliação bancária pode iniciar pelo razão ou pelo extrato bancário, já 
que, ao final, ambos devem apresentar o mesmo saldo conciliado. 
25. (CEBRASPE/FUB/Técnico Contabilidade/2018) A conta contábil representativa de clientes 
deverá ser acrescida de R$ 500. 
Comentários: 
Filtrando as informações relacionadas a conta clientes, temos que: 
• cheques de clientes devolvidos 2.500 
D- Clientes 2.500 
C- Bancos 2.500 
 
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• valores relativos a boletos recebidos de clientes 3.000 
D- Bancos 3.000 
C- Clientes 3.000 
Para facilitar, montemos o razonete: 
Saldo inical Não informado
Cancelamento 2.500,00 3.000,00 recebimento de clientes
500,00 Variação após a conciliação
Clientes
 
Por fim, podemos marcar o quesito como errado, pois a conta contábil representativa de clientes 
deverá ser acrescida reduzida de R$ 500. 
Obs.: juros recebidos de clientes: São os juros que a empresa obtém de seus 
clientes, como remuneração de seu capital, que está sendo utilizado por terceiros 
ou atraso de pagamentos nas obrigações com a empresa. 
Como não houve contabilização anterior, deduz-se que são pôs-fixados: 
D- Bancos 
C- Receita financeira 
Nota-se que o recebimento de juros não influenciará o saldo da conta clientes. 
 
Com relação à escrituração contábil nos livros das sociedades, julgue o item subsequente. 
26. (CEBRASPE (CEBRASPE) - APF/PF/2018) Em algumas atividades, é comum que o cliente realize 
um adiantamento ao fornecedor, por conta do bem ou do serviço que lhe será entregue. 
Quando do efetivo recebimento do adiantamento, o fornecedor, em cumprimento ao regime 
de caixa, deverá lançar em sua contabilidade um crédito em conta de passivo, em 
contrapartida à conta caixa ou equivalentes. 
Comentários: 
De acordo com o Regime de Caixa, a receita é reconhecida no momento do recebimento, 
independentemente de quando o serviço for prestado, assim sendo, no quando do recebimento 
do adiantamento, a contabilização a ser feita será: 
 
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D - Bancos 
C - Receita 
Portanto, o item está errado. Agora, pelo Regime de Competência, a receita é reconhecida apenas 
quando o serviço for prestado, portanto, no momento do adiantamento, o lançamento a ser feito 
é: 
D - Bancos 
C - Adiantamento de Clientes (Passivo) 
Quando o serviço for prestado ou a mercadoria entregue, o lançamento será: 
D - Adiantamento de Clientes (Passivo) 
C - Receita 
A assertiva apresentou a contabilização pelo Regime de Competência, portanto, item errado. 
27. (CEBRASPE/TRE-BA/Técnico Judiciário/2017) A técnica da conciliação bancária é um 
procedimento 
a) opcional, que deve ser efetuado por ocasião da apuração dos resultados do exercício e que 
consiste em um cotejamento dos valores da conta banco conta movimento com o extrato da conta 
bancária respectiva, sendo os registros do banco o ponto de partida para a conciliação. 
b) opcional, que, normalmente, deve ser efetuado por ocasião da apuração dos resultados do 
exercício e que consiste em um cotejamento dos valores da conta banco conta movimento com o 
extrato da conta bancária respectiva, podendo o ponto de partida para a conciliação ser os 
registros da empresa ou os do banco. 
c) obrigatório, que pode ser efetuado a qualquer tempo e consiste em um cotejamento dos 
valores da conta banco conta movimento com o extrato da conta bancária respectiva, podendo o 
ponto de partida para a conciliação ser os registros da empresa ou os do banco. 
d) obrigatório, que deve ser efetuado por ocasião da apuração dos resultados do exercício e que 
consiste em um cotejamento dos valores da conta banco conta movimento com o extrato da conta 
bancária respectiva, sendo os registros do banco o ponto de partida para a conciliação. 
e) opcional, que pode ser efetuado a qualquer tempo e que consiste em um cotejamento dos 
valores da conta banco conta movimento com o extrato da conta bancária respectiva, sendo os 
registros da empresa o ponto de partida para a conciliação. 
Comentários: 
É um procedimento obrigatório, pode ser efetuado a qualquer tempo e pode começar pelo 
extrato ou pelo razão (já que, ao final, ambos devem apresentar o mesmo saldo conciliado). 
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O gabarito é letra c. 
28. (CEBRASPE/TRT - 7ª /Contabilidade/2017) De acordo com os critérios de avaliação do passivo, 
as obrigações em moeda estrangeira que contenham cláusula de paridade cambial serão 
a) convertidas em moeda nacional à taxa de câmbio em vigor na data do balanço. 
b) mantidas em moeda estrangeira no balanço. 
c) convertidas em moeda nacional à taxa de câmbio da data da assunção do compromisso. 
d) convertidas em moeda nacional à média ponderada da taxa de câmbio entre a data de assunção 
da obrigação e a data do balanço. 
Comentários: 
Para resolvermos essa questão, vamos recorrer ao que prescreve a lei 6404/76: 
Art. 184. No balanço, os elementos do passivo serão avaliados de acordo com os 
seguintes critérios: 
I - as obrigações, encargos e riscos, conhecidos ou calculáveis, inclusive Imposto 
sobre a Renda a pagar com base no resultado do exercício, serão computados 
pelo valor atualizado até a data do balanço; 
II - as obrigações em moeda estrangeira, com cláusula de paridade cambial, serão 
convertidas em moeda nacional à taxa de câmbio em vigor na data do balanço; 
III – as obrigações, os encargos e os riscos classificados no passivo não circulante 
serão ajustados ao seu valor presente, sendo os demais ajustados quando houver 
efeito relevante 
Com um esqueminha sempre fica melhor de visualizar, não é mesmo? 
 
Criterios de 
Avaliação de 
Passivos
Obrigações,encar
gos e riscos
Base no 
Resultado do 
Exercícicio
Valor Atualizado
Passivo Não 
Circulante Valor Presente
Moeda 
Estrangeira 
(Paridade)
Taxa de Cãmbio 
na Data do 
Balanço
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O gabarito é letra a. 
 
Relativamente à avaliação e contabilização de itens do passivo e do patrimônio líquido, julgue o 
próximo item. 
Situação hipotética: Um fornecedor oferece determinada mercadoria a prazo por R$ 1.000, porém 
em uma compra à vista, com vencimento em 30 dias, esse mesmo fornecedoroferece um desconto 
de 5% sobre o valor a prazo. 
29. (CEBRASPE/SEDF/Analista de Gestão Educacional/Contabilidade/2017) Assertiva: Nesse caso, 
em uma compra a prazo, a diferença entre o valor à vista e o valor a prazo deverá ser 
contabilizada, no momento da compra, como despesa de juros. 
Comentários: 
A lei 6404/76 estabelece os seguintes critérios para a avaliação do Passivo: 
Critérios de Avaliação do Passivo 
Art. 184. No balanço, os elementos do passivo serão avaliados de acordo com os 
seguintes critérios: 
I - as obrigações, encargos e riscos, conhecidos ou calculáveis, inclusive Imposto 
sobre a Renda a pagar com base no resultado do exercício, serão computados 
pelo valor atualizado até a data do balanço; 
II - as obrigações em moeda estrangeira, com cláusula de paridade cambial, serão 
convertidas em moeda nacional à taxa de câmbio em vigor na data do balanço; 
III – as obrigações, os encargos e os riscos classificados no passivo não circulante 
serão ajustados ao seu valor presente, sendo os demais ajustados quando houver 
efeito relevante. (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) 
As obrigações do passivo circulante, quando o efeito for relevante, também devem ser ajustadas 
a valor presente. 
A contabilização dessa compra será: 
D – Estoque (pelo valor presente) 950 
D – Encargos financeiros a transcorrer (retificadora do passivo) 50 
C – Fornecedores (Passivo) 1.000 
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 A conta Encargos a Transcorrer deve ser apropriada ao resultado, como despesa financeira, por 
competência e não no momento da compra. 
Ao final dos 30 dias, a empresa deverá fazer o seguinte lançamento: 
D - Despesas Financeiras 50 
C - Encargos financeiros a transcorrer (retificadora do passivo) 50 
 O gabarito é errado. 
 
Julgue o item seguinte, referente aos fatos contábeis e às variações patrimoniais deles 
decorrentes. 
30. (CEBRASPE/TCE-PA/Ciências Atuarias/2016) A obtenção de empréstimos junto a instituições 
financeiras provoca, na data da liberação dos recursos, um aumento simultâneo do ativo e do 
passivo das entidades beneficiárias desse tipo de operação de crédito. 
Comentários: 
 
Vamos imaginar uma operação de empréstimo com as seguintes condições: contratação de um 
empréstimo no valor de R$ 100.000,00 que serão pagos em 12 prestações mensais de R$ 10.000, 
isto é, o valor total a ser pago é de R$ 120.000,00. 
 
A diferença entre o valor total a ser pago, R$ 120.000,00, e o valor contratado, R$ 100.000, 
representam o que a Contabilidade chama de Encargos Financeiros a transcorrer. Essa conta é 
classificada como retificadora do Passivo e seu funcionamento será apresentado em aulas 
posteriores. 
 
A contabilização do empréstimo que efetuamos será: 
D – Bancos R$ 100.000,00 
D – Encargos Financeiros a transcorrer (Passivo) R$ 20.000,00 
C – Empréstimos a pagar R$ 120.000,00. 
Percebam que tivemos um aumento de R$ 100.000 no Ativo, pela entrada do valor do empréstimo 
e aumento do Passivo de 120.000 – 20.000, isto é, também R$ 100.000,00. 
O gabarito é certo 
 
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31. CEBRASPE/TCE-PR/Analista de Controle/Atuarial/2016) Considere que uma fábrica tenha 
realizado a compra de matérias-primas por R$ 200.000, dividindo esse valor em quatro 
prestações mensais, iguais e consecutivas, e tendo pagado a primeira prestação no ato da 
compra. Caso a compra tivesse sido à vista, o valor desembolsado seria de R$ 190.000. 
Desconsiderando-se eventual tributação, é correto afirmar que o evento em questão 
a) aumentará o estoque em R$ 200.000. 
b) gerará a contabilização imediata de uma despesa de juros. 
c) é um fato contábil misto. 
d) é um fato contábil permutativo. 
e) é um fato contábil modificativo aumentativo. 
Comentários: 
As obrigações do passivo circulante, quando o efeito for relevante, também devem ser ajustadas 
a valor presente. A contabilização dessa compra será: 
D – Estoque (pelo valor presente) 190.000 
D – Encargos financeiros a transcorrer (retificadora do passivo) 10.000 
C – Fornecedores (Passivo) 150.000 
C – Caixa 50.000 
A conta Encargos a Transcorrer deve ser apropriada ao resultado, como despesa financeira, por 
competência e não no momento da compra. Portanto, estamos diante de um fato permutativo. O 
gabarito é letra d. 
 
Com relação ao reconhecimento e à mensuração de itens patrimoniais e de resultado, julgue o 
item subsecutivo. 
32. (CEBRASPE/DPU/Contabilidade/2016.Adaptada) Um imóvel arrendado poderá ser 
reconhecido como ativo contábil pela empresa arrendatária caso a entidade tenha o direito de 
usar o ativo por um período de tempo em troca de contraprestação. 
Comentários: 
A partir de 2019, os arrendatários devem contabilizar no ativo todos os contratos de arrendamento 
que transfiram o direito de usar um ativo por um período de tempo em troca de contraprestação 
(com a exceção dos contratos de curto prazo ou de pequeno valor, que podem ou não ser 
contabilizados no ativo). O gabarito é certo. 
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Julgue o item a seguir, relativos aos procedimentos contábeis e à forma correta de registro das 
transações. 
33. (CEBRASPE/FUNPRESP-EXE/Contabilidade/2016.Adaptada) Ao adquirir um arrendamento de 
um veículo, uma entidade não deverá registrar o lançamento a débito desse ativo no 
imobilizado, haja vista ela não ter a propriedade do bem. 
Comentários: 
O arrendamento é o contrato, ou parte do contrato, que transfere o direito de usar um ativo (ativo 
subjacente) por um período de tempo em troca de contraprestação. 
Atualmente, para o arrendatário, todos os contratos de arrendamento devem ser contabilizados 
no ativo, com exceção dos contratos de curto prazo ou de bens de pequeno valor, que podem ou 
não ser contabilizados. Portanto, a questão está errada, pois o veículo deve ser contabilizado no 
ativo desde o início do contrato. 
34. (CEBRASPE/TCE-SC/Auditor de Controle Externo/2016) Os bens que sejam objeto de 
arrendamento financeiro integram o imobilizado da empresa arrendadora. 
Comentários: 
Pegadinha maldosa, a meu ver. Vejam: 
Arrendamento financeiro é aquele em que há transferência substancial dos riscos e benefícios 
inerentes à propriedade de um ativo. O título de propriedade pode ou não vir a ser transferido. 
Aplicando o princípio da primazia da essência sobre a forma, os bens que sejam objeto de 
arrendamento financeiro integram o imobilizado da empresa arrendatária, e não da arrendadora. 
Na empresa arrendadora, o bem passar a ser classificado no grupo de Contas a Receber. 
Comentário de atualização: 
para o arrendador, a contabilização leva em conta se o arrendamento é 
operacional ou financeiro. Não houve alteração na contabilização do arrendador. 
Para o arrendatário, um arrendamento deve ser contabilizado no ativo quando 
transferir o direito de usar um ativo por um período de tempo em troca de 
contraprestação, com duas isenções: contratos de curto prazo e bens de pequeno 
valor. 
A questão está atualizada, pois se refere à contabilização do arrendador. O gabarito é errado 
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35. (CEBRASPE/Auditor Governamental/CGE/PI/2015) A conta “duplicatas descontadas” 
representa uma aplicação de recursos. 
Comentários: 
Lembrando que o balanço patrimonial é composto por origens (passivo e patrimônio líquido) e 
aplicações (ativo). Como, com as mudanças contábeis, passa a viger os padrões internacionais, 
podemos dizer que a conta duplicatas descontadas foi para o passivo, configurando, assim, origem 
de recurso. O gabarito é errado. 
 
De acordo com a normatização contábil em vigor, julgue o item que se segue com base nas 
atualizações da contabilidade brasileira da última década. 
36. (CEBRASPE/Telebras/Contador/2015) O registro de juros a apropriar passivos ou ativos 
justifica-se pelo princípio contábil do registro pelo valor original. 
Comentários: 
A conta encargos financeiros a transcorrer registra não só o valor dos juros, mas quaisquer 
despesas incorridas e diretamente relacionadas à captação dos recursos, devendo ser apropriada 
pelo regime de competência e não pelo registro pelo valor original. 
Suponhamos que a empresa receba uma quantia de R$ 10.000,00, para pagamento de R$ 
12.000,00 ao final. 
Neste caso, vamos lançar, quando do recebimento do empréstimo: 
• Recebimento do principal 
D – Bancos conta movimento (ativo) 10.000,00 
D – Encargos financeiros a transcorrer (retificadora passivo) 2.000,00 
C – Empréstimos a pagar (passivo) 12.000,00 
Razonetes: 
10.000,00 2.000,00 12.000,00
Bancos Encargos a trans. Emprés. a pagar
 
• Apropriação dos juros 
Com o transcurso de um período, lançaremos: 
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D – Encargos financeiros (resultado) 200,00 
C – Encargos financeiros a transcorrer (retificadora passivo) 200,00 
Razonetes: 
200,00 2.000,00 200,00
Encargos financeiros Encargos a trans.
 
Por fim, com o pagamento do principal (a conta encargos financeiros a transcorrer vai zerar com 
o tempo), lançaremos: 
D – Empréstimos a pagar (passivo) 12.000,00 
C – Bancos conta movimento (ativo) 12.000,00 
Razonetes: 
10.000,00 12.000,00 2.000,00 2.000,00 12.000,00 12.000,00
Bancos Encargos a trans. Emprés. a pagar
 
O gabarito é errado. 
 
 Julgue o item subsequente, relativo à seguinte conta: caixa; reservas de lucros; fornecedores; 
aplicações financeiras; duplicatas a receber; encargos financeiros a transcorrer; duplicatas 
descontadas; imobilizado; capital social; estoques; impostos e contribuições a recolher; 
empréstimos e financiamentos; receitas financeiras a transcorrer. 
37. (CEBRASPE/CGE-PI/Auditor Governamental/2015) Por ocasião das competências mensais, os 
saldos das contas “encargos financeiros a transcorrer” e “receitas financeiras a transcorrer” 
serão reduzidos mediante lançamentos feitos em contas de despesas financeiras e de receitas 
financeiras, respectivamente. 
Comentários: 
Assertiva correta, em operações de longo prazo ou de curto prazo quando o efeito for relevante, 
devemos ajustar o valor de ativos ou passivos a valor presente. Esse ajuste é feito em conta AVP 
ou “encargos financeiros a transcorrer” e “receitas financeiras a transcorrer”. Vejam este exemplo: 
A empresa KLS comprou mercadorias para pagar após 24 meses, no valor de R$ 50.000,00. 
Informações adicionais: 
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• Taxa de juros: 2% ao mês = 1,0224 = 1,6084 
• Valor presente: 50.000/1,6084 = 31.086 
Contabilização: 
• No momento inicial: 
D – Mercadoria (AC) 31.086 
D – Ajuste a valor presente sobre fornecedores (PNC - ELP) 18.914 
C – Fornecedores (PNC - ELP) 50.000 
Razonetes: 
31.086,00 18.914,00 50.000,00
Mercadorias (AC) AVP - Fornecedores (Ret. P) Fornecedores (Passivo)
 
• Mês a mês; 
Após um mês, apropriamos os encargos financeiros: 
D – Despesa Financeira – financiamento de compras (resultado) 622 
C - Provisão para ajuste a valor presente (PNC - ELP) 622 
Razonetes: 
18.914,00 622,00 622,00
AVP - Fornecedores (RET. P.) Despesa Financeira
 
Ao final dos 24 meses, a conta “ajuste a valor presente sobre fornecedores” estará zerada, e todo 
o seu valor terá sido transferido para resultado. 
Notem que não podemos calcular 18.914/24 = R$ 788, e apropriar este valor para todos os meses. 
Devemos usar o método exponencial, pois o mercado dificilmente utilizará juros simples para uma 
operação de financiamento. 
O gabarito é certo. 
 
Considerando que uma empresa comercial venda mercadorias a prazo para receber o pagamento 
por meio de prestações que tragam juros embutidos no seu valor, julgue o item que se segue, 
relativos ao reconhecimento da receita por parte dessa empresa comercial. 
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38. (CEBRASPE/Telebras/Contador/2015) Os juros serão reconhecidos como receitas financeiras 
ao longo do prazo da operação, tomando-se por base a taxa nominal de juros da operação. 
Comentários: 
Segundo o CPC 12 – Ajuste a Valor Presente, os juros embutidos em operações de longo prazo 
(receita ou despesa financeira) devem ser contabilizados de acordo com a taxa efetiva de juros 
relacionada à transação e não a taxa nominal, conforme afirmado. O gabarito é errado. 
 
Considerando que a mensuração, o registro e a evidenciação dos fatos contábeis refletem 
diretamente no patrimônio das empresas, julgue o item subsequente. 
39. (CEBRASPE/MPU/Atuarial/2015) Se uma empresa adquirir estoques a prazo em condições 
normais de crédito, o custo financeiro implícito será registrado como despesa financeira e não 
como custo de aquisição. 
Comentários: 
Vamos efetuar a contabilização de uma compra a prazo de estoques, com incidência de custo 
financeiro: 
D – Estoques (ativo) 9.000,00 
D – Encargos financeiros a transcorrer (retificadora passivo) 1.000,00 
C – Fornecedores (passivo) 10.000,00 
Razonetes: 
 
Não reconhecemos a despesa financeira no momento da compra dos estoques, mas no decurso 
da operação, por competência. Esse é o ponto chave da questão. O gabarito é errado. 
 
Com relação às contas, aos métodos e às operações contábeis, julgue o item seguinte. 
40. (CEBRASPE/TC-DF/ACE/2014) A variação cambial sobre obrigações com fornecedores 
estrangeiros impacta o saldo da conta fornecedores, mas a mercadoria importada que 
continuar em estoque poderá não receber tal atualização. 
Comentário: 
10.000,00 1.000,00 1.000,00
Estoques Encargos a trans. Fornecedores
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A regra geral de avaliação do ativo é: todos os gastos necessários para deixar o item nas condições 
desejadas pela empresa são custo. A partir daí, são despesas. Assim, com caso da importação de 
mercadoria ou ativo imobilizado, todos os gastos com frete, alfândega, impostos de importação 
e variação cambial ocorrida até queo bem esteja pronto para uso ou para venda (esteja nas 
condições pretendidas pela administração), são custo. 
A contabilização fica assim: 
D – Ativo Imobilizado (ou estoque) (Ativo) 
C – Fornecedores do exterior – variação cambial. 
Depois que o bem estar pronto para uso ou para venda, a contabilização da variação cambial é a 
seguinte: 
D – Despesa com variação cambial (Resultado) 
C – Fornecedores do exterior – variação cambial. 
Assim, a questão está correta. A variação cambial, no segundo caso, não afeta o estoque. 
 
Julgue o item subsequente, relativo à contabilização de operações contábeis diversas. 
41. (CEBRASPE/SUFRAMA/Técnico Contabilidade/2014) O desconto de uma duplicata em banco, 
além de gerar um débito em caixa ou equivalentes de caixa e um crédito em duplicatas 
descontadas, gera um débito em despesas do período na demonstração do resultado do 
exercício (DRE) relativo aos juros pagos na data da liberação do crédito. 
Comentários: 
A contabilização, no momento inicial, é a seguinte (supondo que uma duplicata de 1.000 foi 
descontada por 900): 
D – Caixa (Ativo) 900 
D – Encargos a transcorrer (Retificadora do Passivo) 100 
C – Duplicatas descontadas (Passivo) 1.000 
Os encargos devem ser apropriados ao resultado por competência: 
D – Despesas financeiras (Resultado) 100 
C – Encargos a transcorrer (Retificadora do Passivo) 100 
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Assim, a questão está errada, pois não ocorre um débito em despesas do período na data da 
liberação do crédito. A contabilização da despesa ocorre posteriormente, por competência, 
conforme a passagem do tempo. 
 
No que se refere às noções básicas de contabilidade, julgue o item que se segue. 
42. (CEBRASPE/SUFRAMA/Técnico Contabilidade/2014) O fato contábil consistente no desconto 
de duplicatas junto a um banco resulta em redução da situação patrimonial líquida da empresa. 
Comentários: 
No momento inicial, não há alteração na situação líquida: 
D – Caixa (Ativo) 
D – Encargos a transcorrer (Retificadora do Passivo) 
C – Duplicata Descontada (Passivo) 
Os encargos devem ser apropriado para despesa (resultado) por competência, conforme o passar 
do tempo: 
D – Despesa financeira (Resultado) 
C - Encargos a transcorrer (Retificadora do Passivo) 
Assim, no momento inicial, não há alteração na situação líquida; com o passar do tempo, os 
encargos são apropriados ao resultado e ocorre a variação (diminuição) na situação líquida. 
Aparentemente, a banca considerou que a redação “ ...resulta em redução ... “ refere-se ao final 
da operação, quando ocorre alteração na situação líquida. O gabarito é certo. 
 
Acerca de endividamento das empresas, seus custos, itens do patrimônio líquido e demonstração 
do resultado abrangente, julgue o item seguinte. 
43. (CEBRASPE/SUFRAMA/Contador/2014) A conta de despesas financeiras a vencer, decorrentes 
de empréstimos e financiamentos contraídos com correção pós-fixada, registra uma despesa 
a ser levada para a de resultado do exercício do ano em que a empresa contraiu a dívida. 
Comentários: 
A despesa deve ser levada para o resultado por competência, conforme a passagem do tempo, e 
não no ano em que a empresa contraiu a dívida. O gabarito é errado. 
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Com base no pronunciamento técnico de ajuste a valor presente, do CPC, julgue o item 
subsequente. 
44. (CEBRASPE/CADE/Contador/2014) Quando houver efeito relevante, os itens do ativo e do 
passivo decorrentes de operações de curto prazo devem ser ajustados a valor presente. 
Comentários: 
Conforme a Lei 6404/76: 
 Art. 183, VIII – os elementos do ativo decorrentes de operações de longo prazo 
serão ajustados a valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito 
relevante. (Incluído pela Lei nº 11.638, de 2007) 
 Art. 184, III – as obrigações, os encargos e os riscos classificados no passivo não 
circulante serão ajustados ao seu valor presente, sendo os demais ajustados 
quando houver efeito relevante. (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) 
Portanto: 
• Ativo não Circulante e Passivo não Circulante → Ajusta a valor presente. 
• Ativo Circulante e Passivo Circulante → Ajusta a valor presente apenas se houver efeito relevante. 
O gabarito é certo. 
 
Com base no pronunciamento técnico de ajuste a valor presente, do CPC, julgue o item 
subsequente. 
45. (CEBRASPE/CADE/Contador/2014) O desconto a valor presente é requerido no caso de 
passivos contratuais, devendo a taxa de desconto considerar o risco de crédito da entidade. 
Quanto aos passivos não contratuais, não ocorre a apuração do valor presente apesar do seu 
registro como provisões futuras. 
Comentários: 
Conforme o Pronunciamento CPC 12 – Ajuste a valor Presente: 
27. O desconto a valor presente é requerido quer se trate de passivos contratuais, 
quer se trate de passivos não contratuais, sendo que a taxa de desconto 
necessariamente deve considerar o risco de crédito da entidade. 
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Portanto, o ajuste a valor presente deve ser aplicado aos passivos contratuais e aos passivos não 
contratuais. O gabarito é errado. 
 
Com relação a fatos contábeis e às suas variações patrimoniais, julgue o próximo item. 
46. (CEBRASPE/MPU/Perícia/Contabilidade/2013) Uma empresa que recorra a uma instituição 
financeira para realizar uma operação de descontos de duplicatas deverá reconhecer, no ato 
da contratação da operação, uma despesa financeira, cujo valor será igual à diferença entre o 
valor das duplicatas descontadas e o valor liberado como empréstimo pela instituição 
financeira. 
Comentários: 
Item errado, pessoal. Não devemos conhecer despesas financeiras no momento inicial da 
operação de desconto de duplicata, em virtude do regime de competência. 
A contabilização inicial a ser feita será: 
D – Caixa (Ativo) 
D – Encargos a transcorrer (Retificadora do Passivo) 
C – Duplicata Descontada (Passivo) 
Portanto, item errado. 
47. (CEBRASPE/Contador/Ministério da Saúde/2013) A prevalência da essência sobre a forma, 
introduzida pelas modificações à Lei n.º 6.404/1976, não era totalmente desconhecida pela 
contabilidade brasileira, mas ganhou maior força na nova legislação. 
Comentários 
A Resolução de n. 750/93, que trata dos princípios contábeis, já previa a prevalência da essência 
sobre a forma. Contudo, com as modificações contábeis recentes a prevalência ganhou mais força. 
Por exemplo, no arrendamento, embora o bem não seja de propriedade jurídica do arrendatário, 
deverá ser contabilizado. O gabarito é certo. 
48. (CEBRASPE/Analista/Área 2/ANP/2013) A legislação societária estabelece que as obrigações 
classificadas no passivo não circulante devem ser apresentadas no balanço patrimonial pelo 
seu valor presente, desde que o efeito desse ajuste seja relevante. 
Comentários: 
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Art. 184. No balanço, os elementos do passivo serão avaliados de acordo com os 
seguintes critérios: 
III – as obrigações, os encargos e os riscos classificados no passivo não circulante 
serão ajustados ao seu valor presente, sendo os demais ajustados quando houver 
efeito relevante. (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) 
O item está errado. Os elementos do passivo não circulante devem ser ajustados. Os do passivo 
circulante, somente se houver efeito relevante. 
49. (CEBRASPE/Polícia Federal/Contador/2013) Uma empresa comercial adquiriu, a prazo, 
mercadorias para revenda. O preço à vista dessas mercadorias, à época da transação, era de 
R$ 200.000,00. Por se tratar de uma compra a prazo, a empresa adquirente acabou se 
comprometendo a pagar R$ 210.000,00 pelas mercadorias. Nessa situação, conforme o regime 
de competência, o procedimento contábil correto a ser adotado pela adquirente para o 
registro contábil da diferença entre o preço à vista e o preço a prazo das mercadorias é 
reconhecer tal valor como despesa financeira durante o período do financiamento concedido 
pelo fornecedor. 
Comentários 
O gabarito dado pela banca foi correto. Contudo, com fulcro no CPC 12 (ajuste a valor presente): 
21. Os elementos integrantes do ativo e do passivo decorrentes de operações de 
longo prazo, ou de curto prazo quando houver efeito relevante, devem ser 
ajustados a valor presente com base em taxas de desconto que reflitam as 
melhores avaliações do mercado quanto ao valor do dinheiro no tempo e os riscos 
específicos do ativo e do passivo em suas datas originais. 
Assim, uma vez que a questão não faz qualquer menção se se trata de compra de curto ou longo 
prazo, não sabemos se deve ser utilizado o ajuste a valor presente no caso em tela. No geral, se 
existe diferença entre o valor à vista e a prazo, podemos presumir que o efeito é relevante e temos 
que fazer o ajuste. Tal disposição também está presente na Lei 6.404/76, que propõe: 
Art. 184. No balanço, os elementos do passivo serão avaliados de acordo com os 
seguintes critérios: 
III – as obrigações, os encargos e os riscos classificados no passivo não circulante 
serão ajustados ao seu valor presente, sendo os demais ajustados quando houver 
efeito relevante. (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) 
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Com efeito, uma vez que não há qualquer indicação sobre o prazo da compra, não se pode afirmar 
que haverá ajuste ao valor presente. Solicitamos, em recurso, a anulação da presente questão. A 
banca, todavia, não acatou. 
Bizu do CEBRASPE: Percebam que aqui mais uma vez prevaleceu aquele critério: 
itens incompletos ou exceções nem sempre tornam uma assertiva errada. 
O gabarito é certo. 
50. (CEBRASPE/Polícia Federal/Contador/2013) Passivos monetários que apresentem juros 
implícitos embutidos no seu valor devem ser avaliados a valor presente por ocasião do seu 
reconhecimento inicial. 
Comentários: 
O gabarito dado pela banca examinadora foi correto. Contudo, alguns pontos devem ser 
considerados. 
1 – Trata-se de ajuste a valor presente, matéria estatuída pelo CPC 12. 
2 – Todavia, a questão vai além do alcance do Pronunciamento, entrando no aspecto legal da 
disciplina. Senão vejamos. 
Segundo a Lei 6.404/76: 
Art. 184. No balanço, os elementos do passivo serão avaliados de acordo com os 
seguintes critérios: 
III – as obrigações, os encargos e os riscos classificados no passivo não circulante 
serão ajustados ao seu valor presente, sendo os demais ajustados quando houver 
efeito relevante. (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) 
Portanto, os valores somente serão ajustados a valor presente caso sejam de longo prazo, ou, na 
hipótese de serem de curto prazo, havendo efeito relevante. 
Pelo exposto, uma vez que a questão não indicou de que tipo de passivo financeiro se trata, 
solicitamos a anulação da questão. Contudo, novamente, a banca não acatou. O gabarito é certo. 
51. (CEBRASPE/TJ ES/Contador/2011) Em um modelo de plano de contas, a conta encargos 
financeiros a transcorrer, de natureza devedora, é retificadora de empréstimos e 
financiamentos, tanto no passivo circulante como no passivo não circulante. 
Comentários: 
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No corpo da aula, dissertamos sobre os empréstimos. Exemplificamos da seguinte forma: 
Suponhamos que a empresa receba uma quantia de R$ 10.000,00, para pagamento após 10 
meses, no valor de R$ 12.000,00. 
Neste caso, vamos lançar, quando do recebimento do empréstimo: 
D – Bancos conta movimento (ativo) 10.000,00 
D – Encargos financeiros a transcorrer (retificadora passivo) 2.000,00 
C – Empréstimos a pagar (passivo) 12.000,00 
Após um mês, vamos apropriar os encargos financeiros ao resultado: 
D – Encargos financeiros (resultado) 200,00 
C – Encargos financeiros a transcorrer (retificadora passivo) 200,00 
Por fim, com o lançamento do principal, lançaremos: 
D – Empréstimos a pagar (passivo) 12.000,00 
C – Bancos conta movimento (ativo) 12.000,00 
Portanto, a conta encargos financeiros a transcorrer é retificadora do passivo circulante 
(obrigações de curto prazo) ou não circulante (obrigações de longo prazo). O gabarito é certo. 
52. (CEBRASPE/TRE/BA/Contabilidade/2010) Um distribuidor de bebidas obteve um empréstimo 
bancário, para liquidação em 120 dias, e os juros foram descontados pelo banco no momento 
da liberação dos recursos. Nessa situação, essa concessão de empréstimo deve ser registrada 
com uma partida contábil de terceira fórmula, utilizando-se contas patrimoniais e de resultado. 
Comentários: 
Neste caso, supondo um empréstimo de R$ 1.000,00, com juros já descontado de R$ 100,00, 
lançaremos: 
D – Caixa (ativo) 900,00 
D – Juros passivos a transcorrer (retificadora passivo) 100,00 
C – Empréstimos a pagar (passivo) 1.000,00 
Quando transcorrer o período dos juros, lançamos: 
 
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D – Despesa de juros (resultado) 100,00 
C – Juros passivos a transcorrer (passivo) 100,00 
E, pelo pagamento do empréstimo, lançamos: 
D – Empréstimos a pagar (passivo) 1.000,00 
C – Caixa (ativo) 1.000,00 
Portanto, o lançamento da concessão, embora de terceira fórmula (dois débitos e um crédito), não 
envolve contas de resultado, mas somente contas patrimoniais. O gabarito é errado. 
53. (CEBRASPE/TRE/ES/Contabilidade/2010) Em 1.º de novembro de 2010, uma empresa 
prestadora de serviços contratou um empréstimo bancário no valor de R$ 15.000,00, cuja 
liquidação ocorrerá seis meses após a data da contratação, registrando a operação com um 
débito na conta banco (ativo) no valor de R$ 12.000,00, um débito na conta juros a transcorrer 
(passivo), no valor de R$ 3.000,00, e um crédito na conta empréstimo bancário (passivo), no 
valor de R$ 15.000,00. Nessa situação, as despesas relativas aos juros no ano de 2010 
corresponderão aos juros prefixados no montante de R$ 3.000,00. 
Comentários: 
O lançamento, pela contração do empréstimo, é o seguinte: 
D – Bancos (ativo) 12.000,00 
D – Juros passivos a transcorrer (ret. passivo)3.000,00 
C – Empréstimos a pagar (passivo) 15.000,00 
Todavia, vejam que a operação se deu em novembro. Logo, apenas dois meses transcorrerão até 
que o exercício de 2010 finde. Assim, apenas R$ 1.000,00 dos R$ 3.000,00 serão relativos a 2010, 
o que corresponde a 2 meses de 6 meses. 
Lançamento de apropriação de juros em novembro e dezembro de 2010: 
D – Despesa de juros 1.000,00 
C – Juros passivos a transcorrer 1.000,00 
O gabarito é errado 
54. (CEBRASPE/ABIN/Oficial de Inteligência/2010) Ajuste de obrigação com fornecedor no 
exterior, em moeda diferente da moeda do balanço, decorrente de compra a prazo de 
imobilizado em fase de instalação. 
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Débito em - variação cambial (resultado) 
Crédito em – fornecedores 
Comentários 
Tema pouco explorado e muito específico. Todos os custos incorridos para ter o ativo pronto para 
uso são ativados, ou seja, são incluídos no seu custo. 
Portanto, o lançamento seria: 
D - Ativo Imobilizado 
C – Fornecedores 
Conforme o livro “Normas e Práticas Contábeis no Brasil”, FIPECAFI e ARTUR ANDERSEN, Editora 
Atlas, 2ª. Edição, 1994, pg. 247: 
IMPORTAÇÕES EM ANDAMENTO 
10.90 A conta Importações em Andamento normalmente engloba o custo dos 
produtos importados, inclusive frete, desembaraço, armazenagem e recebimento 
pela empresa, bem como o imposto de importação e imposto sobre operações 
financeiras relativo à operação de câmbio. A variação cambial apurada até a data 
da entrada dos bens importados na empresa constitui parte do seu custo de 
aquisição e, a partir daí, tal variação é considerada como despesa financeira. 
O critério, portanto, é o momento de entrada em operação do bem importado: até essa data, a 
variação cambial constitui custo do equipamento; após a entrada em operação, a variação cambial, 
se houver, deve ir para resultado (despesa ou receita financeira). O gabarito é errado. 
55. (CEBRASPE/TRE BA/Administrativa/Contabilidade/2010) O item a seguir apresenta uma 
partida dobrada efetuada em um livro diário de uma empresa industrial seguida de um 
histórico a ser julgado. 
 Salvador, 20 de janeiro de 2010 
Contas R$ 
Débito: Banco - conta movimento R$ 29.000,00 
Débito: Juros a Transcorrer (Passivo) R$ 1.000,00 
Crédito: Empréstimos Bancários R$ 30.000,00 
Histórico: liberação de empréstimo concedido por banco comercial, em 20/1/2010, com 
pagamento antecipado de juros. 
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Percebam que o lançamento descrito representa a obtenção de um empréstimo de R$ 30,000,00, 
e esse valor foi lançado a crédito na conta de passivo – Empréstimos Bancários. Todavia, já houve 
o pagamento antecipado dos juros de R$ 1.000,00 e a captação líquida da operação foi de R$ 
29.000,00. O gabarito é certo. 
56. (CEBRASPE/IBRAM/Técnico Contabilidade/2009) Quando uma entidade ultrapassa o limite de 
saldo bancário, o seu banco pode conceder crédito. Supondo que determinada entidade tenha 
emitido cheque acima do valor disponível em sua conta e que seu banco tenha acatado o 
cheque, a rubrica contábil Banco Conta Movimento apresentará saldo credor. 
Comentários 
As contas do ativo, em regra, possuem saldo devedor. Excepcionais são as situações em que as 
contas deste grupo possuem saldo credor, como, por exemplo, a conta ajuste a valor presente a 
apropriar sobre clientes (que representa receita de juros a ser reconhecida), ou, então, o ajuste a 
valor de mercado, ou perda por redução ao valor recuperável. Todas essas contas são chamadas 
retificadoras do ativo e são, como já dissemos, exceções ao grupo do ativo, cuja regra é possuir 
saldo devedor. 
Desse modo, uma vez que determinada entidade passa a utilizar o chamado cheque especial, 
deixará de ter a conta Bancos Movimento como um direito, a qual passará a ser uma obrigação 
da empresa frente ao banco, pois estamos tomando “dinheiro emprestado”. O valor então deve 
ir para o passivo, ficando com saldo credor. 
O erro está nessa afirmação: "a rubrica contábil Banco Conta Movimento apresentará saldo 
credor". 
Quando isso acontece, a conta vai para o passivo e muda de nome, para "Empréstimos" ou 
"Cheque especial a pagar" ou algo assim. Deixa de ser "Banco Conta Movimento". 
O gabarito é errado. 
 
Julgue o seguinte item, que versa acerca das operações típicas de empresas comerciais, suas 
movimentações financeiras e orçamentárias. 
57. (CEBRASPE/MPE TO/Especializado/Contabilidade/2006) O registro da apropriação de juros 
de um empréstimo de R$ 72.000,00, captado no dia 10 de abril com taxa de juros simples de 
4% ao mês, no dia 30 de abril será a débito de despesas de juros, no valor de R$ 960,00, e a 
crédito de juros ativos, no valor de R$ 960,00. 
 Comentários: 
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Para calcularmos os juros apropriados nessa operação, temos que lembrar lá da Matemática 
Financeira: 
Juros = Capital x taxa x tempo 
A taxa de juros é de 4% ao mês. 
O período entre o dia 10/abr e 30/abr é de 20 dias, ou, 20/30, pois a taxa de juros é mensal. 
Juros = 72.000 x 4% x 20/30 = R$ 1.920,00. 
Por sua vez, o lançamento a ser feito da apropriação é: 
D - Despesa Financeira 
C - Encargos Financeiros a Transcorrer R$ 1.920,00. 
Portanto, o item apresentou o valor errado dos juros apropriados no período e também fez um 
lançamento errado. O gabarito é errado. 
 
Julgue o item a seguir, com relação ao registro das operações típicas de uma empresa comercial. 
58. (CEBRASPE/CL DF/Contador/2006) Ao se efetuar pagamento de empréstimos registrados e 
dos juros apropriados, serão debitadas as contas de empréstimos e a conta de despesa de 
juros. A conta a ser creditada poderá ser bancos ou caixa. 
 Comentários: 
No caso do pagamento dos empréstimos e dos juros já apropriados, haverá débito na conta de 
financiamentos e na conta de juros a pagar. Não há lançamento na conta de despesas de juros 
nesse momento. 
Vejamos a contabilização: 
D - Financiamentos 
D - Juros a Pagar 
C - Bancos. 
O gabarito é errado. 
 
Julgue o seguinte item, que versa acerca das operações típicas de empresas comerciais, suas 
movimentações financeiras e orçamentárias. 
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59. (CEBRASPE/MPE TO/Especializado/Contabilidade/2006) O lançamento contábil da 
apropriação pré-fixada dos juros remuneratórios de uma debênture emitida com pagamento 
em longo prazo deve ser a débito de despesas de juros e a crédito de juros a pagar. Esse 
lançamento deve ser efetuado no momento da emissão da debênture. 
Comentários: 
A contabilização da apropriação dos juros relacionados com as debêntures é muito parecida com 
a dos empréstimos e do desconto de duplicatas. Precisamos saber que NO MOMENTO INICIAL, 
ou seja, da emissão das debêntures, NÃO HÁ RECONHECIMENTO de despesas. Isso ocorrerá 
por competência. 
Momento inicial: 
D - Bancos (valor da captação líquida) 
D - Encargos Financeiros a Transcorrer (retificadora do passivo) 
C - Debêntures a resgatar(Passivo) 
Apropriação dos juros 
D - Despesas Financeira 
C - Encargos Financeiros a Transcorrer ou Juros a Pagar (também poderíamos usar essa conta). 
O erro da assertiva é dizer que essa apropriação ocorre no momento da emissão. A apropriação 
ocorrer por competência, ao longo do prazo da operação. O gabarito é errado. 
 
Acerca da Lei 6.404/1976 e legislação correlata, julgue o item a seguir. 
60. (CEBRASPE/Contador/PF/2004) Se, ao adquirir estoque para revenda a prazo em moeda 
estrangeira, uma empresa registrar a variação cambial em conta específica, a contrapartida da 
variação cambial será a conta estoque para revenda. 
 Comentários: 
A aquisição de ativos do exterior em moeda estrangeira, como estoques e ativos imobilizados, 
também está sujeita à variação cambial. 
Apenas destacamos que a variação cambial ocorrida entre o intervalo de tempo da saída da 
mercadoria ou do imobilizado do exterior até o momento em que ocorra a sua chegada, 
desembaraço e o recebimento pela empresa deve ser incorporada ao seu custo de aquisição. 
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Assim sendo, se adquirimos estoque de mercadorias a prazo por $ 100.000,00 doláres, a uma taxa 
de R$ 2,00 e no recebimento pela empresa a taxa de câmbio esteja em R$ 3,00, a mercadoria será 
registrada por 100.000 x 3,00 = R$ 300.000,00. 
Agora, depois desse momento, a variação cambial ocorrida não irá mais alterar o valor dos ativos, 
apenas o passivo com fornecedores e será lançada no resultado do exercício. 
Esquematizemos: 
 
A questão não fala em qual momento a variação cambial foi reconhecida, se antes ou após a 
adquirente assumir o controle dos estoques, portanto, a variação cambial pode ter como 
contrapartida o valor dos estoques ou a conta fornecedora no passivo. Assim sendo, o item está 
errado. 
 
No que concerne aos posicionamentos doutrinários e legais acerca da conversão de 
demonstrações contábeis em moeda estrangeira, dos princípios internacionais de contabilidade e 
das operações com joint-venture, julgue o item subsequente. 
61. (CEBRASPE/Contador/PETROBRAS/Júnior/2004) No balanço, os saldos de depósitos 
bancários em outros países devem ser convertidos em moeda nacional, sendo suficiente e 
admitido para esse procedimento tão-somente a adoção da taxa cambial de compra corrente 
da data do balanço. 
Comentários: 
De acordo com o que prevê o FIPECAFI, se a empresa tiver valores de disponibilidades em moeda 
estrangeira, como por exemplo, dinheiro em espécie ou depósitos em bancos estrangeiros, eles 
devem ser controlados separadamente do valor em moeda nacional. Ocorrendo variações 
cambiais, negativas ou positivas, elas devem ser lançadas no resultado do exercício no grupo 
Despesas e Receitas Financeiras. 
Exemplo: 
A Cia JLS possui saldo em espécie de $ 10.000,00, contabilizados inicialmente a uma taxa de 
câmbio de R$ 4,00. Na contabilidade da empresa teríamos o seguinte: 
Saída do ativo do Exterior
Variação Cambial = entra 
no custo
Empresa assume o 
controle
Variação Cambial = não 
afeta o custo (resultado)
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Depósitos em moeda estrangeira = $ 10.000,00 → x 4,00 = R$ 40.000,00 
Agora, suponha que tenha ocorrido uma alteração na taxa de câmbio para R$ 4,50, nesse caso, a 
empresa deverá fazer a conversão: 
Depósitos em moeda estrangeira = $ 10.000,00 → x 4,50 = R$ 45.000,00 
Como vamos contabilizar a diferença positiva para a empresa de 45.000 – 40.000 = R$ 5.000,00? 
Será uma receita com variação cambial positiva, vejam a contabilização: 
D – Disponibilidades em Moeda Estrangeira R$ 5.000,00 
C – Variação Cambial Positiva – Receita Financeira R$ 5.000,00 
Agora, imaginem que a taxa de câmbio tenha uma queda e passe para R$ 4,30. Devemos fazer a 
conversão: 
Depósitos em moeda estrangeira = $ 10.000,00 → x 4,30 = R$ 43.000,00 
Como vamos contabilizar a diferença negativa para a empresa de 43.000 – 45.000 = (R$ 2.000,00)? 
Será uma receita com variação cambial negativa, uma despesa financeira para a empresa. Vejam 
a contabilização: 
D – Variação Cambial Negativa – Despesa Financeira R$ 2.000,00 
C – Disponibilidades em Moeda Estrangeira R$ 2.000,00 
Portanto, o item está errado, pois não é suficiente usar a taxa de câmbio do momento inicial da 
operação, devemos registrar as variações cambiais ocorridas, usando como referência a taxa de 
câmbio na data do balanço. 
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LISTA DE QUESTÕES – OPERAÇÕES FINANCEIRAS – 
CEBRASPE 
1. (CEBRASPE/PCDF/Agente/2021) O registro contábil da baixa de uma duplicata descontada 
não quitada, com os juros correspondentes, pode ser realizado por meio de uma partida de 
segunda fórmula. 
 
Acerca dos reflexos de determinados eventos contábeis sobre o patrimônio/resultado das 
empresas, julgue os itens a seguir. 
2. (CEBRASPE/PCDF/Agente2021) A contabilização da variação monetária ativa, advinda de 
operações de crédito em moeda estrangeira, fará que o resultado do exercício seja reduzido 
no mês em que a variação ocorrer. 
3. (CEBRASPE/TCE RJ/Analista de Controle Externo/2021) Os critérios aplicáveis à mensuração 
de um ativo financeiro após o seu reconhecimento inicial são custo amortizado, valor justo por 
meio de outros resultados abrangentes e valor justo por meio do resultado. 
4. (CEBRASPE/TCE RJ/Analista de Controle Externo/2021) Uma carteira de instrumentos 
financeiros classificados como avaliados ao valor justo em outros resultados abrangentes, que 
tenha variação positiva em seu valor justo de um período contábil a outro, ocasionará um 
aumento no patrimônio líquido através do incremento no saldo da conta de ajuste de avaliação 
patrimonial. 
5. (CEBRASPE/TCE RJ/Analista de Controle Externo/2021) O adiantamento em dinheiro 
destinado ao recebimento futuro de um bem ou serviço dá origem a um ativo não monetário 
que estará sujeito a ajuste a valor presente. 
6. (CEBRASPE/TJ-PA/Analista Judiciário - Ciências Contábeis/2020) Uma empresa adquiriu um 
instrumento financeiro no valor de R$ 300.000,00, com remuneração estabelecida de R$ 
32.500,00 para o vencimento. No vencimento, esse título possuía valor justo de R$ 340.000,00. 
Considerando essa situação e as normas acerca do reconhecimento, da mensuração e do registro 
das operações contábeis dessa natureza, assinale a opção correta. 
a) Se a empresa avaliar o título pelo custo amortizado na data do vencimento, ela deverá registrar 
os valores de R$ 7.500,00 e R$ 32.500,00 como receita de juros. 
b) Se a empresa avaliar o instrumento financeiro pelo valor justo por meio de outros resultados 
abrangentes, ela deverá registrar um crédito de R$ 7.500,00 em conta de ajuste de avaliação 
patrimonial em seu patrimônio líquido e um crédito de R$ 32.500,00 na conta receita de juros. 
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c) Se a empresa avaliar o instrumento financeiro pelo valor justo por meio de resultado, ela deverá 
registrar apenas o crédito de R$ 40.000,00 em conta de ajustede avaliação patrimonial em seu 
patrimônio líquido. 
d) Se a empresa avaliar o instrumento financeiro pelo valor justo por meio de outros resultados 
abrangentes, ela deverá registrar um crédito de R$ 40.000,00 em conta de ajuste de avaliação 
patrimonial. 
e) Se a empresa avaliar o instrumento financeiro pelo custo amortizado, o registro proporcionará 
um crédito de R$ 7.500,00 na conta de ajuste de avaliação patrimonial no patrimônio líquido da 
empresa e R$ 32.500,00 correspondentes a receita de juros na demonstração do resultado do 
exercício. 
7. (CEBRASPE/TJ-PA/Analista Judiciário - Ciências Contábeis/2020) O adiantamento recebido de 
um cliente por um serviço que será prestado após o término do exercício social seguinte gera, 
para a empresa que irá prestar o serviço, uma disponibilidade de recursos cuja contrapartida 
é uma conta do balanço patrimonial que deve ser 
a) classificada no passivo não circulante e ajustada ao seu valor presente. 
b) classificada no passivo circulante e ajustada ao seu valor presente somente se tal ajuste tiver 
efeito relevante. 
c) classificada no passivo não circulante e ajustada ao seu valor presente somente se tal ajuste tiver 
efeito relevante. 
d) classificada no passivo circulante e ajustada ao seu valor presente. 
e) classificada no patrimônio líquido e ajustada ao seu valor presente. 
 
A empresa ABC S.A. figura como arrendatária em um contrato de arrendamento de um conjunto 
de máquinas pelo valor futuro de R$ 1 milhão, com opção de compra ao final do contrato. Os 
pagamentos do contrato serão feitos mensalmente durante o prazo de 10 anos. As máquinas são 
de controle da ABC S.A. e foram confeccionadas conforme as solicitações dessa empresa, para 
que as atividades comerciais da arrendatária pudessem ser realizadas. 
Com base nessa situação hipotética, julgue o item a seguir, de acordo com a legislação vigente. 
8. (CEBRASPE/TJ-AM/Analista Judiciário - Contabilidade/2019) Os pagamentos das parcelas do 
contrato gerarão, na ABC S.A., lançamentos a débito no passivo de arrendamento e a crédito 
nas disponibilidades 
 
Julgue o próximo item, relativo a instrumentos financeiros. 
 
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9. (CEBRASPE/TJ-AM/Analista Judiciário - Contabilidade/2019) Uma das condições necessárias 
para que um ativo financeiro seja mensurado ao custo amortizado é que esse ativo financeiro 
esteja inserido em um modelo de negócios que tenha por objetivo a manutenção de ativos 
financeiros em carteira, para receber os fluxos de caixa contratuais deles decorrentes. 
 
Julgue o próximo item, relativo a instrumentos financeiros. 
10. (CEBRASPE/TJ-AM/Analista Judiciário - Contabilidade/2019) A opção por designar, no 
reconhecimento inicial, um ativo financeiro como mensurado ao valor justo por meio do 
resultado é uma decisão passível de revogação pela entidade optante quando o descasamento 
contábil que motivou tal designação deixar de existir. 
 
Acerca das contas e dos grupos patrimoniais de empresas comerciais, julgue o seguinte item. 
11. (CEBRASPE/TJ-AM/Analista Judiciário - Contabilidade/2019) Uma obrigação de longo prazo 
com fornecedores registrada no passivo da entidade deve ser ajustada pelo seu valor presente. 
 
A tabela a seguir mostra os saldos, em valores absolutos, de todas as contas que compõem o 
balanço patrimonial de determinada empresa comercial. 
 contas contábeis saldo (R$) 
amortização acumulada 20 
bancos 30 
capital social 150 
contas a pagar 10 
contas a receber 30 
depreciação acumulada 30 
despesas antecipadas 10 
encargos a transcorrer de financiamento de longo prazo 10 
estoques 50 
financiamento de longo prazo 60 
fornecedores 30 
impostos a recolher 10 
máquinas e equipamentos 100 
marcas e patentes 80 
prejuízo acumulado 10 
provisão para contingências 10 
Tendo como referência a tabela mostrada, julgue o item que se segue, a respeito das contas 
patrimoniais e da análise econômico-financeira da referida empresa comercial. 
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12. (CEBRASPE/TJ AM/Analista Judiciário - Contabilidade/2019) O valor presente líquido do 
financiamento é igual a R$ 50. 
13. (CEBRASPE/SEFAZ RS/Auditor-Fiscal da Receita Estadual/2019) Ao estimar e registrar o valor 
corrente dos fluxos de caixa futuros para suas obrigações, encargos e riscos classificados no 
passivo não circulante, uma empresa que se encontre no curso normal de suas atividades aplica 
o conceito de 
a) ajuste de avaliação patrimonial. 
b) evento subsequente. 
c) moeda funcional. 
d) regime de caixa. 
e) valor presente. 
14. (CEBRASPE/COGE CE/Auditor de Controle Interno/2019) Um título público de longo prazo 
que renderá juros nos termos do contrato foi adquirido por uma companhia que tem liquidez 
e cotação no mercado. 
Conforme o Pronunciamento Técnico CPC 48 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, assinale 
a opção correta, a respeito do título mencionado na situação hipotética. 
a) Se esse título for mensurado pelo método do custo amortizado, os juros contratuais e a 
diferença entre os juros contratuais e as variações decorrentes da marcação a mercado do título 
deverão ser reconhecidos no resultado. 
b) Se esse título for mensurado pelo método do valor justo por meio do resultado, deverá ser 
reconhecida no resultado a diferença entre os juros contratuais e as variações decorrentes da 
marcação a mercado do título, mas não os juros contratuais. 
c) Se esse título for mensurado pelo método do valor justo por meio do resultado, os juros 
contratuais deverão ser reconhecidos no resultado, mas não a diferença entre os juros contratuais 
e as variações decorrentes da marcação a mercado do título. 
d) Se esse título for mensurado pelo método do custo amortizado, deverão ser reconhecidos no 
resultado os juros contratuais, mas não a diferença entre os juros contratuais e as variações 
decorrentes da marcação a mercado do título. 
e) Se esse título for mensurado pelo método do valor justo por meio dos outros resultados 
abrangentes, deverá ser reconhecida no resultado a diferença entre os juros contratuais e as 
variações decorrentes da marcação a mercado do título, mas não os juros contratuais. 
15. (CEBRASPE/COGE CE/Auditor de Controle Interno/2019) Texto 1A2-I As informações a seguir 
representam os fatos considerados relevantes em uma operação de venda seguida de uma 
operação de aquisição de imobilizado efetuadas por uma companhia. 
dados relativos à venda 
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• valor – R$ 100.000 
• forma de recebimento – pagamento único 
• prazo: 10 meses 
• valor presente do ativo a receber – R$ 86.000 (no momento da operação) 
• valor presente do ativo a receber – R$ 87.000 (decorrido um mês) 
dados relativos à aquisição 
• valor – R$ 80.000 
• forma de pagamento – em 10 prestações de R$ 8.000 
• valor presente do fluxo das prestações – R$ 75.500 
 Ainda de acordo com a Lei n.º 6.404/1976 e o Pronunciamento Técnico CPC 12 do Comitê de 
Pronunciamentos Contábeis, é correto afirmar que, na companhia referida no texto 1A2-I, o 
financiamento deve ser registrado pelo valor de 
a) R$ 80.000, e o valor que deve ser apropriado, decorrido um mês da operação, é igual a R$ 450, 
a ser contabilizado a débito da conta representativado financiamento. 
b) R$ 75.500, e o valor que deve ser apropriado, decorrido um mês da operação, é igual a R$ 450, 
a ser contabilizado a débito da conta representativa do financiamento. 
c) R$ 80.000, ajustado por encargos financeiros a transcorrer de R$ 4.500, e o valor que deve ser 
apropriado, decorrido um mês da operação, é igual a R$ 450, a ser contabilizado a débito de uma 
conta retificadora do financiamento. 
d) R$ 80.000, ajustado por encargos financeiros a transcorrer de R$ 4.500, e o valor que deve ser 
apropriado, decorrido um mês da operação, não é calculado de forma linear e deverá ser 
contabilizado a crédito de uma conta retificadora do financiamento. 
e) R$ 80.000, ajustado por encargos financeiros a transcorrer de R$ 4.500, e o valor que deve ser 
apropriado, decorrido um mês da operação, não é calculado de forma linear e deverá ser 
contabilizado a débito de uma conta retificadora do financiamento. 
16. (CEBRASPE/Analista/EBSERH/2018) Para que um ativo financeiro seja mensurado ao custo 
amortizado, é necessário que suas cláusulas contratuais prevejam fluxos de caixa 
exclusivamente de principal e juros sobre esse principal, nas datas previamente acordadas, e 
que o modelo de negócio em que o ativo esteja inserido tenha por objetivo receber esses 
fluxos de caixa contratuais. 
 
A respeito de avaliação de itens patrimoniais diversos, julgue o item subsequente. 
17. (CEBRASPE/Analista/STM/2018) Os financiamentos obtidos no BNDES, com juros abaixo dos 
padrões do mercado, têm de ser ajustados a valor presente com base na média das taxas do 
mercado de dívidas de longo prazo. 
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18. (CEBRASPE/PF/Agente/2018) Determinada sociedade comercial realizou, no período 
corrente, as transações apresentadas a seguir. 
• Apropriou a terceira cota anual cheia de depreciação de um veículo, originalmente adquirido 
por R$ 60.000, com vida útil estimada em 5 anos. A empresa tem como política considerar um 
valor residual de 10% para todos os seus bens. O método de depreciação empregado é o da soma 
dos dígitos dos anos. 
• Descontou, no banco onde mantém conta, uma duplicata a vencer em 60 dias. O título, com 
valor nominal de R$ 100.000, gerou um crédito de R$ 97.000 na conta-corrente da empresa. 
• Vendeu mercadorias por R$ 10.000, líquido de tributos, realizando a baixa dos estoques 
correspondentes, no valor de R$ 5.500. 
Nessa situação hipotética, a empresa, no momento do desconto do título, contabilizou despesa 
com encargos financeiros de R$ 3.000. 
 
Em relação ao registro de operações contábeis diversas, julgue o item a seguir. 
19. (CEBRASPE/Tec (FUB)/Contabilidade/2018) Para registrar a correção monetária pós-fixada 
referente a empréstimo anteriormente contratado, por ocasião do vencimento da referida 
obrigação, será adequado o lançamento a débito da conta variação monetária passiva e a 
crédito da conta empréstimo a pagar. 
20. (CEBRASPE/SEFAZ RS/Técnico Tributário da Receita Estadual/2018) Em muitos casos, a 
colocação de debêntures no mercado demanda a contratação de instituições financeiras para 
coordenar o processo, o que gera os chamados gastos com colocação de debêntures. Esses 
gastos 
a) integram os encargos financeiros e devem ser amortizados durante o prazo de vigência das 
debêntures. 
b) são reconhecidos como ativos financeiros e serão baixados à medida que as debêntures forem 
quitadas. 
c) integram o ativo intangível e são amortizados quando do pagamento das debêntures. 
d) são reconhecidos como despesas do período em que tiver sido feita a emissão dos títulos. 
e) são registrados como despesas antecipadas, apropriadas ao resultado proporcionalmente ao 
prazo de vencimento das debêntures. 
 
A respeito do método das partidas dobradas e de seus desdobramentos na ciência contábil, julgue 
o item seguinte. 
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21. (CEBRASPE/PC-MA/Perito Criminal/2018.adaptada) Em uma venda de mercadoria, ocorre a 
baixa, a crédito, da mercadoria vendida, em contrapartida à correspondente conta de receita 
por venda de mercadorias. 
 
Julgue o item a seguir, referente a balanço patrimonial. 
22. (CEBRASPE/FUB/Técnico Contabilidade/2018) A conta ajuste a valor presente, que registra 
valores decorrentes de operações financeiras realizadas, não pode ser considerada como 
retificadora de passivo. 
 
A tabela a seguir apresenta os dados, em reais, para a conciliação dos saldos contábil e bancário 
da empresa X no banco Y. 
 saldo ao final do período, conforme livros contábeis da empresa 10.000 
registros feitos pelo banco a débito da conta-corrente, ainda não 
contabilizados na empresa 
 
serviços de cobrança 500 
cheques de clientes devolvidos 2.500 
registros feitos pelo banco a crédito da conta-corrente, ainda 
não contabilizados na empresa 
 
valores relativos a boletos recebidos de clientes 3.000 
juros recebidos de clientes 1.500 
saldo ao final do período, conforme o extrato bancário 10.500 
valores contabilizados na empresa e que ainda não foram 
registrados pelo banco 
 
depósitos realizados no caixa eletrônico ainda não processados 1.000 
A partir dessa tabela, julgue o item subsequente, a respeito das conciliações contábeis. 
23. (CEBRASPE/FUB/Técnico Contabilidade/2018) Após a conciliação realizada e os 
correspondentes lançamentos de ajuste, o saldo da conta contábil representativa da conta-
corrente mantida no banco em questão será de R$ 10.500. 
24. (CEBRASPE/FUB/Técnico Contabilidade/2018) O ponto de partida para a conciliação bancária 
pode ser o saldo constante da contabilidade da empresa ou o saldo do extrato bancário. 
25. (CEBRASPE/FUB/Técnico Contabilidade/2018) A conta contábil representativa de clientes 
deverá ser acrescida de R$ 500. 
 
Com relação à escrituração contábil nos livros das sociedades, julgue o item subsequente. 
 
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26. (CEBRASPE (CEBRASPE) - APF/PF/2018) Em algumas atividades, é comum que o cliente realize 
um adiantamento ao fornecedor, por conta do bem ou do serviço que lhe será entregue. 
Quando do efetivo recebimento do adiantamento, o fornecedor, em cumprimento ao regime 
de caixa, deverá lançar em sua contabilidade um crédito em conta de passivo, em 
contrapartida à conta caixa ou equivalentes. 
27. (CEBRASPE/TRE-BA/Técnico Judiciário/2017) A técnica da conciliação bancária é um 
procedimento 
a) opcional, que deve ser efetuado por ocasião da apuração dos resultados do exercício e que 
consiste em um cotejamento dos valores da conta banco conta movimento com o extrato da conta 
bancária respectiva, sendo os registros do banco o ponto de partida para a conciliação. 
b) opcional, que, normalmente, deve ser efetuado por ocasião da apuração dos resultados do 
exercício e que consiste em um cotejamento dos valores da conta banco conta movimento com o 
extrato da conta bancária respectiva, podendo o ponto de partida para a conciliação ser os 
registros da empresa ou os do banco. 
c) obrigatório, que pode ser efetuado a qualquer tempo e consiste em um cotejamento dos 
valores da conta banco conta movimento com o extrato da conta bancária respectiva, podendo o 
ponto de partida para a conciliação ser os registros da empresa ou os do banco. 
d)obrigatório, que deve ser efetuado por ocasião da apuração dos resultados do exercício e que 
consiste em um cotejamento dos valores da conta banco conta movimento com o extrato da conta 
bancária respectiva, sendo os registros do banco o ponto de partida para a conciliação. 
e) opcional, que pode ser efetuado a qualquer tempo e que consiste em um cotejamento dos 
valores da conta banco conta movimento com o extrato da conta bancária respectiva, sendo os 
registros da empresa o ponto de partida para a conciliação. 
28. (CEBRASPE/TRT - 7ª /Contabilidade/2017) De acordo com os critérios de avaliação do passivo, 
as obrigações em moeda estrangeira que contenham cláusula de paridade cambial serão 
a) convertidas em moeda nacional à taxa de câmbio em vigor na data do balanço. 
b) mantidas em moeda estrangeira no balanço. 
c) convertidas em moeda nacional à taxa de câmbio da data da assunção do compromisso. 
d) convertidas em moeda nacional à média ponderada da taxa de câmbio entre a data de assunção 
da obrigação e a data do balanço. 
 
Relativamente à avaliação e contabilização de itens do passivo e do patrimônio líquido, julgue o 
próximo item. 
Situação hipotética: Um fornecedor oferece determinada mercadoria a prazo por R$ 1.000, porém 
em uma compra à vista, com vencimento em 30 dias, esse mesmo fornecedor oferece um desconto 
de 5% sobre o valor a prazo. 
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29. (CEBRASPE/SEDF/Analista de Gestão Educacional/Contabilidade/2017) Assertiva: Nesse caso, 
em uma compra a prazo, a diferença entre o valor à vista e o valor a prazo deverá ser 
contabilizada, no momento da compra, como despesa de juros. 
 
Julgue o item seguinte, referente aos fatos contábeis e às variações patrimoniais deles 
decorrentes. 
30. (CEBRASPE/TCE-PA/Ciências Atuarias/2016) A obtenção de empréstimos junto a instituições 
financeiras provoca, na data da liberação dos recursos, um aumento simultâneo do ativo e do 
passivo das entidades beneficiárias desse tipo de operação de crédito. 
31. CEBRASPE/TCE-PR/Analista de Controle/Atuarial/2016) Considere que uma fábrica tenha 
realizado a compra de matérias-primas por R$ 200.000, dividindo esse valor em quatro 
prestações mensais, iguais e consecutivas, e tendo pagado a primeira prestação no ato da 
compra. Caso a compra tivesse sido à vista, o valor desembolsado seria de R$ 190.000. 
Desconsiderando-se eventual tributação, é correto afirmar que o evento em questão 
a) aumentará o estoque em R$ 200.000. 
b) gerará a contabilização imediata de uma despesa de juros. 
c) é um fato contábil misto. 
d) é um fato contábil permutativo. 
e) é um fato contábil modificativo aumentativo. 
 
Com relação ao reconhecimento e à mensuração de itens patrimoniais e de resultado, julgue o 
item subsecutivo. 
32. (CEBRASPE/DPU/Contabilidade/2016.Adaptada) Um imóvel arrendado poderá ser 
reconhecido como ativo contábil pela empresa arrendatária caso a entidade tenha o direito de 
usar o ativo por um período de tempo em troca de contraprestação. 
 
Julgue o item a seguir, relativos aos procedimentos contábeis e à forma correta de registro das 
transações. 
33. (CEBRASPE/FUNPRESP-EXE/Contabilidade/2016.Adaptada) Ao adquirir um arrendamento de 
um veículo, uma entidade não deverá registrar o lançamento a débito desse ativo no 
imobilizado, haja vista ela não ter a propriedade do bem. 
34. (CEBRASPE/TCE-SC/Auditor de Controle Externo/2016) Os bens que sejam objeto de 
arrendamento financeiro integram o imobilizado da empresa arrendadora. 
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35. (CEBRASPE/Auditor Governamental/CGE/PI/2015) A conta “duplicatas descontadas” 
representa uma aplicação de recursos. 
 
De acordo com a normatização contábil em vigor, julgue o item que se segue com base nas 
atualizações da contabilidade brasileira da última década. 
36. (CEBRASPE/Telebras/Contador/2015) O registro de juros a apropriar passivos ou ativos 
justifica-se pelo princípio contábil do registro pelo valor original. 
 
 Julgue o item subsequente, relativo à seguinte conta: caixa; reservas de lucros; fornecedores; 
aplicações financeiras; duplicatas a receber; encargos financeiros a transcorrer; duplicatas 
descontadas; imobilizado; capital social; estoques; impostos e contribuições a recolher; 
empréstimos e financiamentos; receitas financeiras a transcorrer. 
37. (CEBRASPE/CGE-PI/Auditor Governamental/2015) Por ocasião das competências mensais, os 
saldos das contas “encargos financeiros a transcorrer” e “receitas financeiras a transcorrer” 
serão reduzidos mediante lançamentos feitos em contas de despesas financeiras e de receitas 
financeiras, respectivamente. 
 
Considerando que uma empresa comercial venda mercadorias a prazo para receber o pagamento 
por meio de prestações que tragam juros embutidos no seu valor, julgue o item que se segue, 
relativos ao reconhecimento da receita por parte dessa empresa comercial. 
38. (CEBRASPE/Telebras/Contador/2015) Os juros serão reconhecidos como receitas financeiras 
ao longo do prazo da operação, tomando-se por base a taxa nominal de juros da operação. 
 
Considerando que a mensuração, o registro e a evidenciação dos fatos contábeis refletem 
diretamente no patrimônio das empresas, julgue o item subsequente. 
39. (CEBRASPE/MPU/Atuarial/2015) Se uma empresa adquirir estoques a prazo em condições 
normais de crédito, o custo financeiro implícito será registrado como despesa financeira e não 
como custo de aquisição. 
 
Com relação às contas, aos métodos e às operações contábeis, julgue o item seguinte. 
40. (CEBRASPE/TC-DF/ACE/2014) A variação cambial sobre obrigações com fornecedores 
estrangeiros impacta o saldo da conta fornecedores, mas a mercadoria importada que 
continuar em estoque poderá não receber tal atualização. 
 
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Julgue o item subsequente, relativo à contabilização de operações contábeis diversas. 
41. (CEBRASPE/SUFRAMA/Técnico Contabilidade/2014) O desconto de uma duplicata em banco, 
além de gerar um débito em caixa ou equivalentes de caixa e um crédito em duplicatas 
descontadas, gera um débito em despesas do período na demonstração do resultado do 
exercício (DRE) relativo aos juros pagos na data da liberação do crédito. 
 
No que se refere às noções básicas de contabilidade, julgue o item que se segue. 
42. (CEBRASPE/SUFRAMA/Técnico Contabilidade/2014) O fato contábil consistente no desconto 
de duplicatas junto a um banco resulta em redução da situação patrimonial líquida da empresa. 
 
Acerca de endividamento das empresas, seus custos, itens do patrimônio líquido e demonstração 
do resultado abrangente, julgue o item seguinte. 
43. (CEBRASPE/SUFRAMA/Contador/2014) A conta de despesas financeiras a vencer, decorrentes 
de empréstimos e financiamentos contraídos com correção pós-fixada, registra uma despesa 
a ser levada para a de resultado do exercício do ano em que a empresa contraiu a dívida. 
 
Com base no pronunciamento técnico de ajuste a valor presente, do CPC, julgue o item 
subsequente. 
44. (CEBRASPE/CADE/Contador/2014) Quando houver efeito relevante, os itens do ativo e do 
passivo decorrentes de operações de curto prazo devem ser ajustados a valor presente. 
 
Com base no pronunciamentotécnico de ajuste a valor presente, do CPC, julgue o item 
subsequente. 
45. (CEBRASPE/CADE/Contador/2014) O desconto a valor presente é requerido no caso de 
passivos contratuais, devendo a taxa de desconto considerar o risco de crédito da entidade. 
Quanto aos passivos não contratuais, não ocorre a apuração do valor presente apesar do seu 
registro como provisões futuras. 
 
Com relação a fatos contábeis e às suas variações patrimoniais, julgue o próximo item. 
46. (CEBRASPE/MPU/Perícia/Contabilidade/2013) Uma empresa que recorra a uma instituição 
financeira para realizar uma operação de descontos de duplicatas deverá reconhecer, no ato 
da contratação da operação, uma despesa financeira, cujo valor será igual à diferença entre o 
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valor das duplicatas descontadas e o valor liberado como empréstimo pela instituição 
financeira. 
47. (CEBRASPE/Contador/Ministério da Saúde/2013) A prevalência da essência sobre a forma, 
introduzida pelas modificações à Lei n.º 6.404/1976, não era totalmente desconhecida pela 
contabilidade brasileira, mas ganhou maior força na nova legislação. 
48. (CEBRASPE/Analista/Área 2/ANP/2013) A legislação societária estabelece que as obrigações 
classificadas no passivo não circulante devem ser apresentadas no balanço patrimonial pelo 
seu valor presente, desde que o efeito desse ajuste seja relevante. 
49. (CEBRASPE/Polícia Federal/Contador/2013) Uma empresa comercial adquiriu, a prazo, 
mercadorias para revenda. O preço à vista dessas mercadorias, à época da transação, era de 
R$ 200.000,00. Por se tratar de uma compra a prazo, a empresa adquirente acabou se 
comprometendo a pagar R$ 210.000,00 pelas mercadorias. Nessa situação, conforme o regime 
de competência, o procedimento contábil correto a ser adotado pela adquirente para o 
registro contábil da diferença entre o preço à vista e o preço a prazo das mercadorias é 
reconhecer tal valor como despesa financeira durante o período do financiamento concedido 
pelo fornecedor. 
50. (CEBRASPE/Polícia Federal/Contador/2013) Passivos monetários que apresentem juros 
implícitos embutidos no seu valor devem ser avaliados a valor presente por ocasião do seu 
reconhecimento inicial. 
51. (CEBRASPE/TJ ES/Contador/2011) Em um modelo de plano de contas, a conta encargos 
financeiros a transcorrer, de natureza devedora, é retificadora de empréstimos e 
financiamentos, tanto no passivo circulante como no passivo não circulante. 
52. (CEBRASPE/TRE/BA/Contabilidade/2010) Um distribuidor de bebidas obteve um empréstimo 
bancário, para liquidação em 120 dias, e os juros foram descontados pelo banco no momento 
da liberação dos recursos. Nessa situação, essa concessão de empréstimo deve ser registrada 
com uma partida contábil de terceira fórmula, utilizando-se contas patrimoniais e de resultado. 
53. (CEBRASPE/TRE/ES/Contabilidade/2010) Em 1.º de novembro de 2010, uma empresa 
prestadora de serviços contratou um empréstimo bancário no valor de R$ 15.000,00, cuja 
liquidação ocorrerá seis meses após a data da contratação, registrando a operação com um 
débito na conta banco (ativo) no valor de R$ 12.000,00, um débito na conta juros a transcorrer 
(passivo), no valor de R$ 3.000,00, e um crédito na conta empréstimo bancário (passivo), no 
valor de R$ 15.000,00. Nessa situação, as despesas relativas aos juros no ano de 2010 
corresponderão aos juros prefixados no montante de R$ 3.000,00. 
54. (CEBRASPE/ABIN/Oficial de Inteligência/2010) Ajuste de obrigação com fornecedor no 
exterior, em moeda diferente da moeda do balanço, decorrente de compra a prazo de 
imobilizado em fase de instalação. 
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Débito em - variação cambial (resultado) 
Crédito em – fornecedores 
55. (CEBRASPE/TRE BA/Administrativa/Contabilidade/2010) O item a seguir apresenta uma 
partida dobrada efetuada em um livro diário de uma empresa industrial seguida de um 
histórico a ser julgado. 
 Salvador, 20 de janeiro de 2010 
Contas R$ 
Débito: Banco - conta movimento R$ 29.000,00 
Débito: Juros a Transcorrer (Passivo) R$ 1.000,00 
Crédito: Empréstimos Bancários R$ 30.000,00 
Histórico: liberação de empréstimo concedido por banco comercial, em 20/1/2010, com 
pagamento antecipado de juros. 
56. (CEBRASPE/IBRAM/Técnico Contabilidade/2009) Quando uma entidade ultrapassa o limite de 
saldo bancário, o seu banco pode conceder crédito. Supondo que determinada entidade tenha 
emitido cheque acima do valor disponível em sua conta e que seu banco tenha acatado o 
cheque, a rubrica contábil Banco Conta Movimento apresentará saldo credor. 
 
Julgue o seguinte item, que versa acerca das operações típicas de empresas comerciais, suas 
movimentações financeiras e orçamentárias. 
57. (CEBRASPE/MPE TO/Especializado/Contabilidade/2006) O registro da apropriação de juros 
de um empréstimo de R$ 72.000,00, captado no dia 10 de abril com taxa de juros simples de 
4% ao mês, no dia 30 de abril será a débito de despesas de juros, no valor de R$ 960,00, e a 
crédito de juros ativos, no valor de R$ 960,00. 
 
Julgue o item a seguir, com relação ao registro das operações típicas de uma empresa comercial. 
58. (CEBRASPE/CL DF/Contador/2006) Ao se efetuar pagamento de empréstimos registrados e 
dos juros apropriados, serão debitadas as contas de empréstimos e a conta de despesa de 
juros. A conta a ser creditada poderá ser bancos ou caixa. 
 
Julgue o seguinte item, que versa acerca das operações típicas de empresas comerciais, suas 
movimentações financeiras e orçamentárias. 
59. (CEBRASPE/MPE TO/Especializado/Contabilidade/2006) O lançamento contábil da 
apropriação pré-fixada dos juros remuneratórios de uma debênture emitida com pagamento 
em longo prazo deve ser a débito de despesas de juros e a crédito de juros a pagar. Esse 
lançamento deve ser efetuado no momento da emissão da debênture. 
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Acerca da Lei 6.404/1976 e legislação correlata, julgue o item a seguir. 
60. (CEBRASPE/Contador/PF/2004) Se, ao adquirir estoque para revenda a prazo em moeda 
estrangeira, uma empresa registrar a variação cambial em conta específica, a contrapartida da 
variação cambial será a conta estoque para revenda. 
 
No que concerne aos posicionamentos doutrinários e legais acerca da conversão de 
demonstrações contábeis em moeda estrangeira, dos princípios internacionais de contabilidade e 
das operações com joint-venture, julgue o item subsequente. 
61. (CEBRASPE/Contador/PETROBRAS/Júnior/2004) No balanço, os saldos de depósitos 
bancários em outros países devem ser convertidos em moeda nacional, sendo suficiente e 
admitido para esse procedimento tão-somente a adoção da taxa cambial de compra corrente 
da data do balanço. 
 GABARITO – OPERAÇÕES FINANCEIRAS – CEBRASPE 
1 ERRADO 
2 ERRADO 
3 CERTO 
4 CERTO 
5 ERRADO 
6 B 
7 A 
8 CERTO 
9 CERTO 
10 ERRADO 
11 CERTO 
12 CERTO 
13 E 
14 D 
15 D 
16 CERTO 
17 ERRADO 
18 ERRADO 
19 CERTO 
20 A 
21 ERRADO 
22 ERRADO 
23 ERRADO 
24 CERTO 
25 ERRADO 
26 ERRADO 
27 C 
28 A 
29 ERRADO 
30 CERTO 
31 D 
32 CERTO 
33 ERRADO 
34 ERRADO 
35 ERRADO 
36 ERRADO 
37 CERTO 
38 ERRADO 
39 ERRADO 
40 CERTO 
41 ERRADO 
42 CERTO 
43 ERRADO 
44 CERTO 
45 ERRADO 
46ERRADO 
47 CERTO 
48 ERRADO 
49 CERTO 
50 CERTO 
51 CERTO 
52 ERRADO 
53 ERRADO 
54 ERRADO 
55 CERTO 
56 ERRADO 
57 ERRADO 
58 ERRADO 
59 ERRADO 
60 ERRADO 
61 ERRADO 
 
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