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Processo de elaboração da folha de pagamento

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Processo de elaboração da folha de pagamento
Sabe-se que uma das principais atividades do profissional de RH é a elaboração da folha de pagamento. Para isso, é necessário estar atualizado com relação às informações sobre direitos trabalhistas, benefícios, remuneração e descontos, uma vez que todos esses elementos devem estar de acordo com o contrato de trabalho de cada empregado devidamente registrado na sua Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS).
A folha de pagamento que nada mais é do que um controle mensal do montante pago aos empregados de uma organização por seus serviços prestados durante um determinado período de tempo e é composta por eventos de proventos e de descontos, conforme veremos a seguir.
Cálculo de proventos
Também conhecidos como vencimentos, os proventos compõem o salário bruto de um empregado, isto é, são todos os valores que a empresa deve pagar aos seus funcionários mensalmente, a exemplo do salário, que é uma remuneração fixa, bem como os adicionais de hora extra, descanso semanal remunerado, adicional noturno, insalubridade, periculosidade, dentre outras remunerações variáveis.
Vamos ver a seguir o detalhamento dos proventos.
Clique ou toque para visualizar o conteúdo.
Salário
O salário é a remuneração devida e paga pelo empregador diretamente ao empregado pelo trabalho prestado.
Diferenças entre salário mínimo e salário-base
Salário mínimo é o valor base legal mínimo que os empregadores devem pagar aos empregados para compensar a força e o tempo gastos na produção ou serviço.
Conforme o artigo 76 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), o salário mínimo deve ser pago tanto a trabalhadores urbanos quanto a trabalhadores rurais, sem distinção de sexo, e deve cobrir as necessidades normais de alimentação, habitação, vestuário, higiene e transporte do trabalhador.
Já o salário-base é aquele cujo valor está expresso em lei, de acordo com a profissão que o empregado exerce. Por exemplo, médicos, engenheiros, administradores etc.
Salário-família
O salário-família, de acordo com as regras da Previdência Social, é um auxílio previdenciário pago ao empregado com filhos menores de 14 anos que vivam sob sua guarda. Somente têm direito a esse auxílio trabalhadores que recebem salários dentro dos limites fixados pela Previdência Social.
O pagamento do benefício está sujeito à apresentação de certidão de nascimento do dependente, caderneta de vacinação para os dependentes de até 6 anos de idade e comprovação semestral de frequência à escola dos 6 anos aos 14 anos. Se pai e mãe são empregados, ambos têm direito a receber o auxílio.
A tabela do salário-família com as faixas de valores limites e suas respectivas cotas é atualizada anualmente pelo Ministério da Economia.
Salário-família
Horas extras
As horas extras são adicionais devidos ao empregado que prorrogar, diária ou semanalmente, sua jornada de trabalho legal ou contratual. Esse percentual deve ser pago caso o empregado passe do seu horário normal de trabalho. As horas excedentes praticadas em dias normais (de segunda a sábado) são remuneradas a 50% e praticadas em domingos e feriados são remuneradas a 100%.
Conforme a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), o limite das horas extras que um funcionário pode cumprir é de duas horas diárias, não podendo ultrapassar a carga diária de dez horas de trabalho.
Como faço para calcular a hora extra?
Basta dividir o valor do salário base do trabalhador pelas horas da jornada mensal (que normalmente compreende 220 horas), multiplicar o valor resultante pelo percentual (conforme for o caso) e multiplicar novamente pelas horas extras realizadas, conforme a fórmula abaixo:
Exemplo prático
Pedro é assistente de logística em uma loja de calçados e devido a uma grande demanda de importação ele teve que fazer 12 horas extras no mês, sendo 8 em dias úteis e 4 em um feriado. Para calcular os adicionais de hora extra, precisamos saber o valor do salário base de Pedro, que é R$1200,00 e sua jornada mensal, que é de 220 horas. Agora, vamos organizar as informações.
Pedro: assistente de logística
· 8 horas a 50%
· 4 horas a 100%
· Salário-base: R$ 1.200,00
· Horas mês: 220 horas
· Horas excedentes: 8 horas
Vamos iniciar calculando o adicional de 8 horas extras a 50%:
R$ 1200,00 ÷ 220 = R$ 5,45 (hora normal)
R$ 5,45 × 1,50 = R$ 8,17 (hora acrescida a 50%)
R$ 8,17 × 8 = R$ 65,36 (8 horas acrescidas a 50%)
Para facilitar o cálculo, em vez de multiplicar por 50%, utilize o decimal 1,50.
Agora, vamos calcular o adicional de 4 horas extras a 100%:
R$ 5,45 (hora normal)
R$ 5,45 × 2 = R$ 10,90 (hora acrescida a 100%)
R$ 10,90 × 4 = R$ 43,60 (4 horas acrescidas a 100%)
Para facilitar o cálculo, em vez de multiplicar por 100%, multiplique por 2.
Resposta: Pedro receberá o valor de R$ 65,36 referente às 8 horas extras a 50% e R$ 43,60 referente às 4 horas extras a 100%. O total de horas extras de Pedro é de R$ 108,96.
Descanso semanal remunerado
Também conhecido pela sigla DSR, o descanso semanal remunerado, é um direito assegurado ao empregado pelo qual ele recebe o valor correspondente a um dia de serviço pela sua folga.
Entretanto, para que o trabalhador tenha direito ao DSR, é necessário que seu horário de trabalho tenha sido cumprido integralmente, ou seja, sem faltas, atrasos ou saídas sem motivo justificado.
As horas extras aumentam a jornada de trabalho e, consequentemente, refletem no pagamento do DSR.
Como faço para calcular o descanso semanal remunerado sobre as horas extras?
Basta dividir o total de horas extras realizadas pelo número de dias úteis do mês e multiplicar o valor resultante pelo número de domingos e feriados do mês, conforme a fórmula que segue.
Exemplo prático
Agora, vamos calcular o DSR sobre as horas extras de Pedro. Para isso, vamos precisar das de algumas informações, que são o valor total de horas extras, o número de dias úteis e de domingos e feriados do mês corrente.
Para saber o valor que corresponde ao DSR é necessário dividir o valor em reais das horas extras de Pedro pelo número de dias úteis do mês e multiplicar o valor resultante pelo número de domingos e feriados do mês de referência.
Vamos supor que o mês em questão seja o de outubro, que tem 25 dias úteis, 5 domingos e 1 feriado. Agora, vamos organizar as informações:
· Total de H.E.: R$ 108,96
· Número de dias úteis: 25
· Domingos e feriados: 6
R$ 108,96 ÷ 25 = R$ 4,35
R$ 4,35 × 6 = R$ 26,15
Resposta: Pedro receberá o valor de R$ 26,15 referente ao DSR pelas horas extras realizadas.
Descanso semanal remunerado
Também conhecido pela sigla DSR, o descanso semanal remunerado, é um direito assegurado ao empregado pelo qual ele recebe o valor correspondente a um dia de serviço pela sua folga.
Entretanto, para que o trabalhador tenha direito ao DSR, é necessário que seu horário de trabalho tenha sido cumprido integralmente, ou seja, sem faltas, atrasos ou saídas sem motivo justificado.
As horas extras aumentam a jornada de trabalho e, consequentemente, refletem no pagamento do DSR.
Como faço para calcular o descanso semanal remunerado sobre as horas extras?
Basta dividir o total de horas extras realizadas pelo número de dias úteis do mês e multiplicar o valor resultante pelo número de domingos e feriados do mês, conforme a fórmula que segue.
Exemplo prático
Agora, vamos calcular o DSR sobre as horas extras de Pedro. Para isso, vamos precisar das de algumas informações, que são o valor total de horas extras, o número de dias úteis e de domingos e feriados do mês corrente.
Para saber o valor que corresponde ao DSR é necessário dividir o valor em reais das horas extras de Pedro pelo número de dias úteis do mês e multiplicar o valor resultante pelo número de domingos e feriados do mês de referência.
Vamos supor que o mês em questão seja o de outubro, que tem 25 dias úteis, 5 domingos e 1 feriado. Agora, vamos organizar as informações:
· Total de H.E.: R$ 108,96
· Número de dias úteis: 25
· Domingos e feriados: 6
R$ 108,96 ÷ 25 = R$ 4,35
R$ 4,35 × 6 = R$ 26,15
Resposta: Pedro receberá o valor de R$ 26,15 referenteao DSR pelas horas extras realizadas.
Comissões
As comissões são valores pagos de acordo com os resultados de atividades desenvolvidas, normalmente com relação aos empregados do comércio, e são vinculadas ao atingimento de metas estipuladas, gerando um valor variável para o trabalhador. O contrato de trabalho define essa situação particular do empregado comissionista, no entanto a remuneração não pode ser inferior a um salário mínimo.
Abono salarial
É um benefício pago ao trabalhador vinculado ao Programa de Integração Social – PIS. Foi instituído pela Lei 7.998/90 e equivale ao pagamento de no máximo um salário mínimo anual aos empregados que recebem até dois salários mínimos mensais. O benefício é sustentado por fundos originados da contribuição das empresas ao PIS.
Para ter direito ao benefício, o empregado deve estar inscrito no PIS há pelo menos cinco anos; ter recebido remuneração média anual de até dois salários mínimos mensais durante o ano-base; ter exercido atividade remunerada de pelo menos 30 dias no ano-base considerado para a apuração; e ter seus dados preenchidos corretamente pelo empregador (pessoa jurídica) na relação anual de informações sociais – RAIS, entregue anualmente ao Ministério da Economia.
Existe um calendário para o recebimento do abono e os pagamentos são realizados pela Caixa Econômica Federal. Entretanto, trabalhadores de empresas conveniadas ao convênio Caixa PIS-Empresa podem receber o valor do abono salarial diretamente na folha de pagamento, desde que a empresa esteja certificada pelo Conectividade Social, que é um canal eletrônico de relacionamento desenvolvido pela Caixa e disponibilizado gratuitamente às empresas.
O abono salarial é apenas um repasse de valores. Portanto, quando pago pelo empregador no contracheque, não deverá ser somado aos encargos do mês.
Gratificações e premiações
Assim como as comissões, correspondem à parte variável do salário. São valores pagos de acordo com o contrato de trabalho, acordos ou dissídios, ou por liberalidade do empregador.
Gratificações e prêmios normalmente são pagamentos extras eventuais, como formas de reconhecimento por dedicação, tempo de serviço (as gratificações) ou produção, qualidade, assiduidade (os prêmios).
Adicional de insalubridade
Conforme a Portaria 3.214/78 do Ministério da Economia, o adicional de insalubridade é pago a todos os empregados expostos a atividades insalubres, de acordo com a Norma Reguladora nº 15, anexa a essa portaria. O cálculo de pagamento baseia-se em três níveis, de acordo com a exposição de risco:
	Grau de insalubridade
	Adicional
	máximo
	40%
	médio
	20%
	mínimo
	10%
Como faço para calcular o adicional de insalubridade?
Deve-se multiplicar o valor do salário mínimo pela alíquota correspondente ao grau de risco da empresa, que pode ser de 10%, 20% ou 40%, conforme a fórmula a seguir.
Exemplo prático
Guilherme é auxiliar de serviços gerais em uma fábrica classificada com grau de risco de 20%. Como o adicional é calculado sobre o salário mínimo, que atualmente é de R$ 1.045,00, deve-se multiplicar este valor por 20%.
Guilherme: auxiliar de serviços gerais
· Salário mínimo (ano de 2020) R$ 1.045,00
· Insalubridade (grau médio) 20%
1.045 x 20% = R$ 209,00
Resposta: Guilherme deverá receber o valor de R$ 209,00 de adicional de insalubridade.
Adicional de periculosidade
Quando exposto a situações em que o ambiente de trabalho apresenta situações de periculosidade, como, por exemplo, contato com substâncias inflamáveis ou explosivas, o trabalhador terá direito a um adicional de 30% sobre o salário-base, conforme assegurado pelo artigo 193 da CLT.
O adicional é calculado tendo como referência somente o salário-base recebido pelo trabalhador, não incidindo sobre outras vantagens constantes da remuneração.
A periculosidade cessa com a eliminação do risco.
Diz o artigo 193, com a redação dada pela Lei nº 12.740, de 8 de dezembro de 2012, que
“São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma de regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco acentuado em virtude de exposição permanente do trabalhador a:
I- Inflamáveis, explosivos ou energia elétrica;
II-roubos ou outras espécies de violência física nas atividades profissionais de segurança pessoal ou patrimonial.”
A existência de condições insalubres e perigosas em um mesmo ambiente de trabalho não justifica o recebimento de dois adicionais. O empregado deverá optar somente por um deles, nunca ambos.
Como faço para calcular o adicional de periculosidade?
Deve-se multiplicar o valor do salário-base por 30%, conforme a fórmula que segue.
Exemplo prático
Joana trabalha como vigilante em um banco. Seu salário-base é de R$ 1.392,20 e por estar exposta a atividades periculosas, deve receber o adicional de periculosidade que é de 30%. Agora, vamos organizar as informações.
Joana: vigilante
· Salário-base: R$ 1.392,20
· Periculosidade: 30%
1.392,20 × 30% = R$ 417,66
Resposta: o valor que Joana tem a receber pelo adicional de periculosidade é de R$417,66.
Observação: em caso de horas extras, a base de cálculo é composta pela soma do salário-base com o adicional de periculosidade.
Adicional noturno
O trabalhador que exercer suas atividades no período das 22h às 5h da terá direito a um acréscimo de 20% sobre o valor da hora normal diurna. A regra vale tanto para o empregado urbano quanto para o empregado rural.
Vale ressaltar, entretanto, que as faixas de horários noturnos são diferentes para o trabalhador rural da lavoura e o trabalhador rural da pecuária. Na lavoura, o trabalho noturno está compreendido entre 21h de um dia às 5h do dia seguinte. Na pecuária, é considerado trabalho noturno o período das 20h de um dia às 4h do dia seguinte.
Se ocorrer a transferência para o período diurno de trabalho, ocorre a perda do direito ao adicional noturno (Súmula nº 265 do TST).
Como faço para calcular o adicional noturno?
Para calcular o adicional noturno basta dividir o salário-base pelas horas da jornada mensal, multiplicar o valor resultante por 20% e multiplicar novamente pelo número de horas noturnas realizadas, conforme a fórmula a seguir.
Entretanto, vale lembrar que a hora noturna é computada como sendo de 52 minutos e 30 segundos.
Logo, devemos transformar a hora noturna em minutos e, para tanto, usaremos uma regra de três para converter os 30 segundos em minutos. Sendo assim, se 1 minuto tem 60 segundos, 30 segundos terão quantos minutos?
Sendo assim, consideramos a hora noturna como sendo de 52,5 minutos (52 + 0,5).
Agora, para apurar a quantidade de horas noturnas que o trabalhador tem direito a receber, devemos multiplicar a quantidade de horas trabalhadas por 60 e dividir o resultado por 52,5.
Exemplo: Joana, que é vigilante, trabalha das 22h às 5h em um evento. Sabendo que a hora noturna é reduzida se comparada com as horas normais, quantas horas ela teria direito a receber?
7 × 60 = 420
420 ÷ 52,5 = 8 horas
Adicional noturno = 1.392,20 ÷ 220 × 1,20 × 8
Adicional noturno = 6,32 × 1,20 × 8
Adicional noturno = 7,58 × 8
Adicional noturno = R$ 60,67
Resposta: Joana receberá o valor de R$ 60,67 referente ao adicional noturno de 8 horas.
Afastamento de salário
Quando o empregado, em função de alguma situação, como doença ou acidente, por exemplo, fica impedido de exercer suas atividades normais no ambiente de trabalho, ocorre o afastamento de salário. Os primeiros 15 dias de afastamento ainda serão pagos pela empresa, mas a partir do 16º dia o salário do funcionário deverá ser pago pela Previdência Social, por meio do auxílio doença previdenciário.
Para concessão do auxílio doença é necessária comprovação da incapacidade por meio de perícia médica da Previdência Social. O valor do benefício corresponderá a 91% do salário do segurado, sempre limitado ao teto do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), e substituirá o salário do trabalhador, enquanto ele estiver incapacitado para exercer a sua atividade.
Maternidade
A gestante trabalhadora farájus ao salário maternidade, que se trata de um benefício pago diretamente pelo empregador, durante o período de 120 dias, independentemente de carência.
As(os) adotantes também têm direito ao benefício, a partir da adoção ou da guarda para fins de adoção. O pedido deve ser feito no INSS, com apresentação do termo de guarda ou certidão de adoção.
Para as contribuintes individuais, facultativas e especiais exige-se uma carência de dez contribuições mensais. O benefício será pago pelo INSS, mediante solicitação.
O início do pagamento coincide com a data do afastamento do trabalho, sendo que o afastamento é determinado por atestado médico do serviço de saúde da empresa ou do convênio de saúde.
Esse período de afastamento corresponde a 120 dias, considerando-se o parto e todo evento que ocorrer após o 6º mês de gestação.
A prorrogação da licença por mais 60 dias (Lei 11.770/08) é facultativa às empresas. Caso resolvam aderir ao benefício poderão ter benefícios fiscais, deduzindo do imposto de renda o valor pago. No entanto, só podem auferir o benefício as empresas tributadas pelo regime de lucro real. Essa situação e questões culturais concorrem para que o benefício tenha baixa adesão das empresas.
Em situações de aborto não criminoso, comprovado mediante atestado médico, a segurada terá direito ao salário-maternidade que corresponde a duas semanas.
Os valores do salário maternidade correspondem a:
	Trabalhadora
	Valor
	Empregada doméstica
	Valor do último salário de contribuição (respeitando o teto previdenciário)
	Empregada de empresa
	Valor referente à última remuneração, limitando-se a R$ 13.165,20 (de acordo com tabela vigente)
	Contribuinte individual
	1/12 da soma referente aos 12 últimos salários de contribuição (respeitando o período não superior a 15 meses)
	Seguradas especiais
	1 salário mínimo
A tabela do salário-maternidade é atualizada anualmente. Você pode encontrar estas informações no portal do INSS.
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Cálculos de descontos
Os descontos são demonstrados na folha de pagamento.
São somados todos os proventos e do total são subtraídos todos os descontos. O principal item da coluna de proventos será o salário.
Clique ou toque para visualizar o conteúdo.
Vale-transporte
Consiste em benefício baseado em lei, pago ao trabalhador pela empresa, mas inclui a participação do trabalhador. Via de regra, essa participação representa um desconto de 6% do salário bruto. O momento oportuno para discutir a concessão é na admissão, pois a iniciativa quanto a aceitar ou não o benefício deve ser do empregado, porém a empresa, por cautela, pode exigir um documento assinado caso o funcionário não tenha interesse por tal benefício.
A entrega do vale-transporte (VT) deve ser no primeiro dia de cada mês e na folha de pagamento o desconto máximo será de 6% do salário.
As únicas três situações em que o VT será menor do que 6%:
· Quando for previsto em convenção coletiva
· Quando a empresa concede um valor menor do que 6%
· Quando o valor comprado no mês for menor do que 6%
Como faço para calcular o desconto de VT?
Para calcular o desconto de VT é só multiplicar o valor do salário por 6%, conforme a fórmula seguinte.
Exemplo prático
Pâmela é secretária em um consultório médico e seu salário-base é de R$ 1.100,00. Ela utiliza dois VT diariamente em seu deslocamento (ida e volta), sendo que o valor unitário do VT é de R$ 4,05. Ela trabalha de segunda a sexta, então teve 21 dias trabalhados durante o mês de outubro. Agora, vamos organizar as informações para saber se o total de VT é menor ou maior do que os 6% sobre o salário, pois para fins de desconto a empresa sempre deverá considerar o menor valor:
Pâmela: secretária
· Salário-base: R$ 1.100,00
· VT unitário: R$ 4,05
· Dias trabalhados: 21
4,05 × 2 = R$ 8,10 (valor diário de VT)
8,10 × 21 = R$ 170,10 (Total de VT)
1.100 × 6% = R$ 66,00 (Valor a ser descontado de VT)
Resposta: como o valor total de VT é maior do que o valor dos 6%, deve-se considerar para fins de desconto de VT o valor de R$ 66,00.
Vale-refeição
Utilizado para pagamento de refeições na rede de parceiros do cartão. Este cartão não compra produtos alimentícios em mercados por se tratar em cartão vale-refeição. Os empregados fazem sua opção pelo recebimento ou não esse benefício. Caso não seja do interesse do colaborador ter esse cartão, ele deverá fazer uma declaração de próprio punho solicitando sua exclusão. A empresa poderá pagar um valor mensal, caracterizado como salário in natura, quando concede esse benefício em dinheiro, que adicionado é ao salário do mês. No caso de o vale-refeição ser concedido por força do contrato de trabalho, fica com caráter salarial, somando-se à remuneração do empregado para todos os efeitos legais.
Já o programa de alimentação do trabalhador – PAT é um programa do governo, de adesão facultativa, pelo qual as empresas podem utilizar serviços próprios de preparação de refeições, distribuir cestas de alimentos ou contratar empresas que forneçam ou prestem serviços de alimentação coletiva, como administradoras de vale ou cartão refeição e alimentação. As empresas que aderem a esse programa recebem isenções fiscais. O PAT é voltado para os trabalhadores que ganham até cinco salários mínimos mensais. (Decreto n.º 5/1991).
Como faço para saber o desconto de vale-refeição?
Basta multiplicar o valor total mensal do vale-refeição disponibilizado pela empresa por 20%, conforme a fórmula que segue.
Exemplo prático
A secretária Pâmela recebe o vale-refeição com valor unitário de R$ 22,00. Sabendo que o mês em questão é de 21 dias úteis, vamos organizar as informações.
Pâmela: secretária
· VR unitário: R$ 22,00
· Dias trabalhados: 21
22,00 × 21 = R$ 462,00 (total mensal de VR)
462,00 × 20% = R$ 92,40 (Valor a ser descontado de VR)
Resposta: o valor que Pâmela tem a ser descontado de vale-refeição é de R$ 92,40.
INSS
O desconto referente ao INSS é o valor da contribuição do empregado para Previdência Social, e é calculado sobre o salário bruto do trabalhador, de acordo com as diversas faixas salariais, conforme tabela disponibilizada pelo governo todo início de ano no portal do INSS.
De acordo com a Portaria SEPRT n.º 3.659/2020, a nova tabela do INSS é progressiva, ou seja, diferentemente dos anos anteriores, agora não basta apenas aplicar a alíquota sobre a base de contribuição do trabalhador. É preciso aplicar as alíquotas progressivamente, começando com 7,5% sobre o valor do salário mínimo; depois, na segunda faixa, deve-se considerar o valor máximo e abatê-lo daquilo que já foi tributado na faixa anterior e aplicar 9%, e assim sucessivamente.
Devido à complexidade dos cálculos, muitos contadores, administradores e gestores de RH estão utilizando um método alternativo para conferir tais cálculos. Para calcular de forma mais simplificada, basta utilizar a tabela a seguir, sabendo a parcela a deduzir para cada faixa salarial:
	Salário de contribuição
	Alíquota
	Parcela a deduzir
	Salário mínimo: R$ 1.045,00
	7,5%
	-
	De R$ 1.045,01 a R$ 2.089,60
	9%
	R$ 15,67
	De R$ 2.089,61 a R$ 3.134,40
	12%
	R$ 78,36
	De R$ 3.134,41 a R$ 6.101,06
	14%
	R$ 141,05
Como calcular o desconto de INSS?
Exemplo prático
O salário-base da secretária Pâmela é de R$ 1.549,60. Sabendo que ela não tem faltas e não efetuou nenhuma hora extra, qual seria o seu desconto de INSS? Primeiramente, vamos organizar as informações.
Salário bruto: R$ 1.549,60
Base de cálculo para desconto do INSS: R$ 1.549,60
Alíquota: 9% (vide tabela 2020)
	Salário de contribuição
	Alíquota
	Parcela a deduzir
	Salário mínimo: R$ 1.045,00
	7,5%
	-
	De R$ 1.045,01 a R$ 2.089,60
	9%
	R$ 15,67
	De R$ 2.089,61 a R$ 3.134,40
	12%
	R$ 78,36
	De R$ 3.134,41 a R$ 6.101,06
	14%
	R$ 141,05
Figura 1 - Tabela INSS
*O exemplo refere-se à tabela de incidências do ano de 2020, mas lembre-se de que estes valores são atualizados anualmente.
R$ 1.549,60 × 9% = R$ 139,46 - R$ 15,67 = R$ 123,79
Resposta: o valor a ser descontado de INSS dePâmela é de R$ 123,79.
Imposto de renda (IR)
Este desconto consiste em valor retido na fonte pagadora (empresa), referente ao imposto de renda, que incide sobre as remunerações dos trabalhadores todos os meses. A tabela do imposto conforme as faixas salariais do trabalhador são divulgadas pelo governo a cada início de ano, referenciando a alíquota de acordo com o salário. O imposto de renda é calculado sobre a remuneração, após descontada a contribuição da Previdência.
Como calcular o desconto de IR?
O primeiro passo para calcular o desconto de IR é encontrar a base de cálculo. Para saber a base de cálculo é preciso subtrair o valor do desconto de INSS e o valor correspondente ao abatimento por dependentes (se for o caso) do valor do rendimento bruto. Depois de encontrar a base de cálculo, basta multiplicar o valor pela alíquota e subtrair pela parcela dedutível prevista na tabela de incidências do imposto de renda. Veja as fórmulas a seguir.
Exemplo prático
A vendedora Juliana tem 1 filho, recebe um salário fixo de R$ 1.500,00 e tem uma co-missão a receber para esta folha no valor de R$ 1.150,00, somando um total de proven-tos de R$ 2.650,00. Para base de cálculo do IR, é preciso calcular o desconto de INSS primeiro, bem como organizar as informações. Vamos lá?
Juliana: vendedora
· Salário: R$ 1.500,00
· Jornada mensal: 220h
· Comissão: R$ 1.150,00
· Dependentes: R$ 189,59 (1)
· Total de proventos = 2.650,00 (salário + comissão)
	Salário de contribuição
	Alíquota
	Parcela a deduzir
	Salário mínimo: R$ 1.045,00
	7,5%
	-
	De R$ 1.045,01 a R$ 2.089,60
	9%
	R$ 15,67
	De R$ 2.089,61 a R$ 3.134,40
	12%
	R$ 78,36
	De R$ 3.134,41 a R$ 6.101,06
	14%
	R$ 141,05
Tabela 2 - INSS
INSS = 2.650 × 12% (vide tabela 2020) = R$ 318,00 - R$ 78,36 = R$ 239,64
Base de cálculo do IR = 2650 - 239,64 - 189,59
Base de cálculo do IR = R$ 2.220,77
	Base de Cálculo (R$)
	Alíquota (%))
	Parcela a deduzir do IR (em R$)
	até 1.903,98
	-
	-
	de 1.903,99 até 2.826,65
	7,5
	142,80
	de 2.826,66 até 3.751,05
	15
	354,80
	de 3.751,06 até 4.664,68
	22,5
	636,13
	acima de 4.664,68
	27,5
	869,36
	Dedução por dependente
	189,59
Tabela 3 - Tabela IR
*Os exemplos referem-se às tabelas de incidências do ano de 2020, mas lembre-se de que estes valores são atualizados anualmente.
IR = 2.220,77 × 7,5% - 142,80
IR = 166,55 - 142,80
IR = R$ 23,75
Resposta: o valor a ser descontado de INSS de Juliana é de R$ 239,64 e o valor a ser descontado de IR é de R$ 23,75.
Faltas e atrasos
As faltas ou atrasos são registradas quando o empregado, sem motivo justificado, chegar atrasado ou faltar ao trabalho. Nessa situação, o empregador poderá descontar do empregado a quantia correspondente ao atraso ou falta.
Desconto de repouso semanal remunerado
No Brasil, é assegurado ao trabalhador um descanso de 24 horas consecutivas, sendo que este período deve ser remunerado e deve coincidir, de preferência, com os domingos pelo menos uma vez ao mês, de acordo de acordo com o artigo 67 da CLT e o artigo 7, inciso XV, da Constituição Federal de 1988).
Esse repouso semanal remunerado também é devido aos trabalhadores que recebem seu salário em comissão fixada em percentuais sobre as vendas ou negócios que efetuam.
O empregado que faltar ao trabalho sem justificativa por um ou mais dias perderá o repouso semanal.
Faltas e atrasos
Adiantamento de salário
As empresas podem fazem um adiantamento salarial aos seus empregados, de acordo com a necessidade. Esses adiantamentos, também conhecidos como “vale”, são permitidos em até 50% do salário.
Pensão alimentícia
É um desconto na remuneração do trabalhador que ocorre por força de sentença judicial transitada em julgado, em favor de pessoa designada como dependente do empregado, pela justiça. A administração deve estar atenta aos termos e às condições judiciais determinados pelo juiz, em ofício direcionado à empresa.
Outros componentes da folha de pagamento
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FGTS
O Fundo de Garantia por Tempo de Serviço é constituído por um depósito mensal de 8% sobre o salário do empregado e de 2% nos casos de contrato de aprendizagem. É importante mencionar que, diferentemente de outros encargos sociais como o INSS e o imposto de renda, este valor não é descontado do salário do funcionário.
O objetivo do FGTS é auxiliar o trabalhador no caso de ele ser demitido, em situações de doenças graves e até catástrofes naturais. Ele pode ser destinado também para investimentos em habitação, saneamento e infraestrutura, em alguns casos.
Como calcular o valor a ser depositado de FGTS?
Basta multiplicar o salário bruto por 8%, vide fórmula a seguir.
Férias
As férias devem ser concedidas ao empregado após o exercício de suas atividades por um ano e equivalem à remuneração mensal do trabalhador com um adicional de um terço. Esse pagamento deve ser realizado até dois dias antes das férias.
Como calcular as férias?
Exemplo prático
Cláudio é auxiliar administrativo e recebe um salário de R$ 1.322,00. Você precisa descobrir o valor equivalente a um terço, que será o salário dividido por 3:
1/3 = 1.322 / 3
1/3 = 440,66
Agora basta somar o salário a um terço para saber o valor bruto das férias:
1.322 + 440,66 = 1.762,66
Resposta: o valor bruto das férias de Cláudio (sem os descontos) é de R$ 1.762,66.
Quando o colaborador optar por tirar menos de 30 dias de férias, calculam-se os dias proporcionalmente. Para tanto, divide-se o salário por 30 para saber o valor-dia, multiplica-se o resultado pelo número de dias de férias que o colaborador gozará e, em seguida, soma-se tudo a um terço desse total. Observe:
Gratificação natalina
Popularmente conhecido como 13º salário, a gratificação natalina é uma bonificação salarial que corresponde ao valor do salário integral do empregado, caso ele tenha trabalhado durante todo o ano na empresa. Do contrário, o 13º salário será proporcional aos meses trabalhados. Este benefício pode ser quitado em duas parcelas: a primeira entre o dia 1º de fevereiro e 30 de novembro, e a segunda até o dia 20 de dezembro.
Como calcular o 13º?
Basta dividir o valor do salário bruto por 12 e multiplicar o resultado pelo número de meses trabalhados até o mês de outubro.
A primeira parcela será equivalente à metade do valor encontrado e a segunda parcela é equivalente ao total encontrado subtraído do adiantamento da primeira parcela e dos e descontos de INSS e IR.
Exemplo prático
Raquel é recepcionista e recebe um salário bruto de R$ 1.256,00. Ela tem dez meses trabalhados até outubro daquele ano. Organizando as informações, tem-se o seguinte:
Salário: R$ 1.256,00
Meses trabalhados até outubro: 10
Comece dividindo o salário por 12 e multiplicando o resultado por 10:
1.256 / 12 = 104,66
104,66 × 10 = 1.046,00
Para saber o valor da primeira parcela, divida o total por 2:
1.046 / 2 = 523,00
Já para saber o valor da segunda parcela, subtraia do total o valor da primeira parcela e o encargo de INSS, já que neste caso o valor de IR é isento:
1.046 - 523,00 = 523,00
523,00 × 7,5% = 39,22 (INSS)
523,00 - 39,22 = 483,78
Resposta: Raquel receberá os valores de R$ 523,00 na primeira parcela e de R$ 483,78 na segunda parcela do 13.º salário, totalizando R$ 1.006,78.
Agora, veremos um exemplo de contracheque, com seus proventos e descontos detalhados.
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Exemplo
Wesley é encarregado de segurança na empresa XeY Brasil. Seu salário é de 2.891 reais e por exercer atividades periculosas, recebe um acréscimo de 30% deste referente ao adicional de periculosidade no valor de 867,30.
Além destes proventos, ele fez 15 horas extras à 50%, ou seja, em dias normais e 12 horas extras em domingos e feriados. Mas para calcular estas horas é preciso lembrar que a base de cálculo compreende o adicional de periculosidade, ou seja, é necessário que os 867,30 seja somado ao salário.
Somando estes valores temos uma base de cálculo de 3758,30. Ao dividirmos este valor pela jornada mensal que é de 220, temos um valor hora de 17 reais e 08 centavos que acrescidos à 50% emultiplicados pelas 15 horas dá um total de 384,30. Com relação às 12 horas a 100%, o valor é de 409,92, isto é 17,08 multiplicados por 2 e multiplicados novamente por 12.
Como Wesley fez horas extras, ele recebe o adicional de descanso semanal remunerado. Para saber o valor basta dividir o total de 794,22 que é a soma das horas extras, pelo nº de dias úteis, no caso 25, multiplicado pelos domingos e feriados que neste caso são 06. Logo, teremos um valor de 190,61 de adicional de DSR. O próximo passo é somar todos os proventos e teremos um total de 4.743,13.
Agora, precisamos calcular os eventos de descontos.
Vamos começar o cálculo pelo vale-transporte. Sabendo que o valor diário é de R$ 8,10, basta multiplicar pelos 25 dias úteis e teremos um total de VT de R$ 202,50. Entretanto, deve-se considerar o menor valor entre o total de vales disponibilizado pela empresa e os 6% sobre o salário. Nesse caso, vale a regra dos 6%, que dá um desconto de R$ 173,46.
Quanto ao vale-refeição, que é de R$ 18 por dia, multiplicaremos este valor pelos 25 dias úteis e teremos um total de R$ 450,00. Contudo, a empresa só pode descontar 20% sobre este valor. Logo, o desconto será de R$ 90,00.
Agora, temos que calcular os encargos sociais. Considerando a tabela de incidências de 2020, a alíquota de INSS a ser aplicada é de 14%, que totaliza um desconto de R$ 522,98.
Com relação ao imposto de renda, a base de cálculo será de R$ 4.030,59 considerando que Wesley tem um dependente. Nesse caso, conforme a tabela de incidências de 2020, a alíquota será de 22,5% e, ao subtrair a parcela dedutível de R$ 636,13, temos um desconto de R$ 270,75.
Somando todos os eventos de descontos, teremos um total de R$ 1.057,19. Subtraindo o total de descontos do total de proventos, teremos um total de R$ 3.685,94, que é o total líquido que Wesley receberá em seu contracheque. Quanto ao depósito de FGTS, o valor será de 8% sobre o total de proventos, ou seja, R$379,45.
Cálculo atualizado do contracheque:
Salário: 2.891
Periculosidade: 2.891 × 30% = 867,30
Horas extras a 50%: 2.891 + 867,30 = 3.758,30 / 220 = 17,08 × 1,5 = 25,62 × 15 = 384,30
Horas extras a 100%: 17,08 × 2 = 34,16 × 12 = 409,92
DSR: 384,37 + 409,92 = 794,29 / 25 × 6 = 190,61
Total de proventos: 4.743,13
VT: 2.891 × 6% = 173,46
VR: 18 × 25 = 450 × 20% = 90,00
INSS: 4.743,13 × 14% = 664,03 - 141,05 = 522,98
Base do IR: 4.743,13 - 522,98 - 189,56 = 4.030,59
IR: 4.030,59 × 22,5% = 906,88 - 636,13 = 270,75
Total de descontos: 1.057,19
Total líquido: 4.743,13 - 1.057,19 = 3.685,94
FGTS: 4.743,13 × 8% = 379,45

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