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Disciplina: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM SAÚDE DA MULHER Professora: Enfermeira Aryádna Caroline Lima Damasceno Climatério e menopausa A menopausa classifica-se em 3 fases: Perimenopausa Menopausa Pós menopausa Perimenopausa é o que chamamos de Climatério A palavra mais correta para descrever o primeiro estágio da menopausa é perimenopausa, que significa em torno da menopausa. A palavra climatério não é mais usada na literatura científica, mas é muito comum na linguagem informal entre as mulheres brasileiras. Na perimenopausa se concentra a grande maioria dos desconfortos provocados pelo desequilíbrio hormonal. O período de transição se refere ao tempo de duração da perimenopausa até a chegada da menopausa, que varia de mulher para mulher. Normalmente vai de 2 a 8 anos. Para algumas chega a 10, 12 anos. À medida que ocorrem os desequilíbrios hormonais, a mulher começará a ter mudanças em seu ciclo menstrual como menstruações abundantes ou escassas, diminuição do tempo do seu período, podendo ser mais curto ou mais longo ou com sangramentos ao longo do mês. A menstruação pode parar de vir e reaparecer alguns meses depois. Além disso, calores, insônia, irritação, cansaço, diminuição da libido, entre outros desconfortos podem surgir. Isso varia de mulher para mulher e tem aquelas que não sentem nada, lembrando que nas mulheres ocidentais esses desconfortos atingem a 85% delas. Menopausa É um evento único, que significa a última menstruação. Depois de um ano sem menstruar, saberemos que aquela última menstruação determinou a entrada na menopausa. Por isso é essencial, à medida que seus ciclos forem se tornando irregulares, que você anote a data em que menstruou para saber quando ocorreu sua menopausa. Pós-menopausa Após a menopausa, entraremos na pós-menopausa e lá ficaremos por toda a vida que vem a seguir, o que pode significar para algumas mulheres, quase metade da vida e para a maioria delas, um terço. Os desconfortos existentes poderão continuar nessa fase e ir diminuindo ao longo do tempo. Climatério O climatério é definido como uma fase de evolução biológica na vida da mulher em que acontece a transição do seu período reprodutivo (ovulatório), para o não reprodutivo. Este período é caracterizado por alterações menstruais, físicas, ósseas, cardiovasculares e psicológicas que podem afetar o bem-estar e qualidade de vida da mulher, sem apresentar limites definidos de tempo para ocorrer. Climatério Normalmente o climatério inicia-se partir dos 35-40 anos. Neste período os hormônios produzidos pelos ovários(estrogênio e progesterona) começam a sofrer alterações em seus níveis. Essas alterações causam uma série de modificações como irregularidade do ciclo menstrual, perda óssea entre outros Climatério Os sintomas que marcam a entrada no climatério são semelhantes aos de uma TPM, só que acentuada e prolongada. Na TPM, a sensação de inchaço no corpo e mamas, as dores fortes de cabeça ou enxaquecas, as alterações de humor (nervosismo, irritação, tristeza profunda e mesmo depressão) podem manifestar-se ao longo de até quinze dias antes da menstruação. Do meio para o fim do climatério são comuns, ainda, a irregularidade nos ciclos e a variação do fluxo menstrual. É importante entender o climatério como uma fase inevitável da vida da mulher e não como uma doença. Quais as principais mudanças no corpo ao entrar na menopausa? Aumento da gordura abdominal Com a ausência dos hormônios femininos, o corpo muda a forma como acumula a gordura. Antes o que era depositado nas coxas e no quadril passa a se acumular no abdome, um padrão mais comum entre os homens. Nesta situação, é necessário estar atenta a alimentação, evitando alimentos ricos em gordura e açúcar refinado, assim como, manter uma rotina frequente de atividade física. Se for possível, a mulher poderá optar por atividades aeróbicas onde existe maior gasto de colorida como por exemplo, corrida e bicicleta. Fragilidade óssea A falta do estrogênio resulta na fragilidade óssea, despertando a atenção das mulheres para o risco aumentado de osteoporose. Com ossos mais frágeis e quebradiços se faz necessário analisar os níveis de vitamina D e cálcio no organismo a fim de melhorar a situação. Um profissional nutricionista poderá auxiliar nessa questão juntamente com o ginecologista, pois a alimentação saudável também é essencial neste aspecto. Enfraquecimento de músculos e articulações Com a diminuição do estrogênio, diminui também, a absorção do cálcio pelo organismo. O cálcio, por sua vez, interfere no fortalecimento dos músculos e articulações. Portanto, a alimentação também precisa ser monitorada para que haja evolução nesse sentido. A estrutura física feminina apresenta em enfraquecimento abrupto com a chegada da menopausa, portanto se faz necessário adotar hábitos saudáveis e outras iniciativas que devolvam a vigorosidade do corpo feminino. Ressecamento da pele No que diz respeito à pele, com a chegada da menopausa a mesma fica mais fina, ressecada e flácida. Essa mudança transparece o envelhecimento acentuado vivido pela mulher nesta fase da vida. A exposição ao sol também precisa de atenção, pois pele sensível não combina com isso. O uso de hidratantes apropriados e a diminuição do uso de água quente, precisam entrar na pauta dos cuidados com a pele, a fim de evitar que a mesma sofra ainda mais. Queda de cabelos Com a queda dos hormônios femininos, os hormônios predominantemente masculinos tendem a exercer maior atividade. Com isso, apresenta-se a queda anormal de cabelos, assim como, o surgimento de pelos em locais onde não existiam, como face, peito e abdômen. Além disso, os cabelos perdem o viço e ficam mais quebradiços. Sendo assim, os cuidados com a pele, devidamente adaptados, valem para os cabelos também. Aparecimento das ondas de calor Os calorões (fogachos), típicos da mulher em menopausa, acontecem porque o hipotálamo é alterado devido a algumas reações químicas que acontecem no cérebro. Sendo ele um regulador de temperatura corporal, esse desequilíbrio acaba por provocar ondas de calor que vão e vem sem avisar e atrapalham, sobremaneira, a qualidade do sono. A dilatação dos vasos sanguíneos causa inclusive a sudorese, deixando a mulher desconfortável TRATAMENTO PARA MENOPAUSA 1. Terapia de reposição hormonal A terapia de reposição hormonal (TRH), com remédios ou adesivo contendo estrogênio e/ou progesterona ou gel de absorção na pele, é indicada para aliviar os sintomas de ondas de calor, cansaço excessivo, secura vaginal. Também ajuda a prevenir a osteoporose, pois repõe a quantidade de estrogênio no organismo, que tem sua quantidade diminuída na menopausa. Os principais remédios indicados na terapia de reposição hormonal são: Estradiol e didrogesterona (Femoston Conti); Valerato de estradiol e acetato de ciproterona (Climene); Estrogênios conjugados (Premarin): Tibolona (Libian ou Reduclim); Acetato de medroxiprogesterona (Provera). https://www.tuasaude.com/femoston/ https://www.tuasaude.com/climene-para-reposicao-hormonal/ https://www.tuasaude.com/medroxiprogesterona-provera/ 2. Estrogênio vaginal O estrogênio vaginal é um gel, creme, comprimido ou anel vaginal, que contém pequenas quantidades de estradiol, liberadas diretamente nos tecidos vaginais (também ocorre pequena absorção do estrogênio no sangue), o que ajuda a melhorar a lubrificação feminina e aliviar os sintomas de secura ou atrofia vaginal, dor ou desconforto durante o contato íntimo. 3. Antidepressivos Os antidepressivos em baixas doses também podem ser indicados pelo ginecologista para ajudar a aliviar as ondas de calor, ansiedade e a depressão, especialmente em mulheres que possuem contra-indicaçõespara a terapia de reposição hormonal. Alguns exemplos de antidepressivos que podem ser indicados são: Paroxetina; Fluoxetina; Sertralina; Venlafaxina; Desvenlafaxina 4. Anticonvulsivantes Os anticonvulsivantes geralmente são remédios indicados para o tratamento de convulsões ou epilepsia, no entanto podem ser indicados para aliviar as ondas de calor da menopausa, especialmente em mulheres que possuem contra-indicações para utilização de estrogênios, sendo a gabapentina, o principal anticonvulsivante que pode ser indicado. ALIMENTAÇÃO PARA MENOPAUSA Para o tratamento nutricional da menopausa indica-se o consumo diário de alimentos que contêm fito hormônios como a soja e o inhame pois eles possuem pequenas concentrações de hormônio semelhante ao que os ovários produziam e por isso podem ajudar a atenuar os sintomas da menopausa. Recomenda-se o consumo de 60g de proteínas da soja por dia para que esta tenha efeito principalmente sobre as ondas de calor que ocorrem na menopausa. Outras dicas importantes são: Aumentar o consumo de leite e de seus derivados para diminuir a velocidade de aparecimento da osteoporose; Ingerir bastante água para evitar o ressecamento da pele e dos cabelos; Fazer refeições leves, pouco volumosas e com menos gordura animal; Praticar algum tipo de atividade física, para proporcionar a liberação de endorfinas na corrente sanguínea que promovem a sensação de bem estar. Violência contra mulher estratégias de identificação, abordagem e encaminhamentos Violência “O uso intencional da força física ou do poder, real ou em ameaça, contra si próprio, contra outra pessoa, ou contra um grupo ou uma comunidade, que resulte ou tenha grande possibilidade de resultar em lesão, morte, dano psicológico, deficiência de desenvolvimento ou privação”. Relatório Mundial sobre Violência e Saúde – OMS, 2002 Violência • A violência é um grave problema de saúde que exige um trabalho em rede, integral e intersetorial; • A construção de redes pressupõe que as decisões sejam adotadas de forma horizontal. Violência É preciso ter em mente que a violência possui algumas características como: A) é um fato humano e social; B) é histórica; C) abrange todas as classes e segmentos sociais; D) está dentro de cada um de nós. Violência contra a Mulher Refere-se a qualquer ato ou conduta baseada no gênero, que cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico à mulher, tanto na esfera pública como privada. Dessa forma, a violência contra as mulheres é uma manifestação da relação de poder historicamente desigual entre homens e mulheres. “...causa enorme sofrimento; deixa marcas nas famílias, afetando as várias gerações e empobrece as comunidades. Impede que as mulheres realizem as suas potencialidades, limita o crescimento econômico e compromete o desenvolvimento”. (Kofi Annan, Secretário-Geral da ONU) Dados • No Brasil, quase 2,1 milhões de mulheres são espancadas por ano, sendo 175 mil por mês, 5,8 mil por dia, 4 por minuto e uma a cada 15 segundos. • Em 70% dos casos, o agressor é uma pessoa com quem ela mantém ou manteve algum vínculo afetivo. Problema pessoal? Muitos profissionais acreditam que a violência doméstica é um problema pessoal e privado e , por isso, eles não têm o direito de intrometer-se nesse tipo de assunto, já que é um problema social ou legal, mas não um problema de Saúde Pública. Pensam, também, que as mulheres gostam de apanhar, senão não ficariam com o agressor. As percepções descritas acima são todas equivocadas, o que contribui para a perpetuação da violência contra a mulher, uma vez que o profissional perde a oportunidade de realizar uma intervenção qualificada. “Em briga de marido e mulher não se mete a colher.” “Tapinha de amor não dói.” Violência como problema de Saúde Pública É preciso deixar claro para a comunidade que esta é uma demanda também da Unidade de Saúde; Como fazer isto: - Não fechar os olhos; - Instrumentalizar-se; - Utilizar recursos: vídeos, cartazes, folders, mural, campanhas, enquetes, trabalhar em grupos já existentes, montar novos grupos; - Saber que as demandas vão extrapolar a área da saúde; - Conhecer as REAIS atribuições da Rede. Conduta Profissional atua no sentido de: • Escutar calmamente a história e suas expectativas em relação à assistência; • Verificar a presença de alguém que possa coibir o relato; • Evitar julgamentos; • Buscar entender o problema, a origem do sofrimento e as dificuldades que tem para sair da dinâmica abusiva; Conduta • Não ter postura investigativa/ policialesca; •Não fazer questionamentos pra satisfazer sua curiosidade, ou seja, direcionar as perguntas para fatos relevantes que elucidarão o caso e auxiliarão na tomada de decisão: - de conduta da equipe; - de encaminhamentos à rede intersetorial; - da usuária. Conduta • Evitar prescrições de comportamento baseado em “achismo”, conceitos particulares, para tanto, amparo em manter protocolos clínicos, legislação vigente, normativas; • Empatia X Resiliência; •Mapear conjuntamente a rede de suporte social que ela já tem ou pode acionar, como seu trabalho, amigos, família, recursos materiais. Será que as violências têm uma causa, uma justificativa, uma explicação? Violência Contra a Mulher : Reflexões • Repetição de comportamentos:tutela; • Perda de liberdade; • Por vezes não há percepção da violência, camuflada por “cuidado”, “amor”; Violência Contra a Mulher : Reflexões • Tem esperança de que o companheiro mude; • Há manutenção de vínculos (ex.: prontuário família, telefones de recado...); • Dificuldade de sair de casa; • Não tem clareza quanto ao seguimento. Acolhimento Acolhimento • Oferecer atendimento humanizado. • Tratar a mulher como gostaria de ser tratado. • Tratar a usuária com respeito e atenção. • Disponibilizar tempo para uma conversa tranqüila. • Manter sigilo das informações. • Proporcionar privacidade. • Colocar-se no lugar da pessoa. • Notificar o caso. • Evitar a revitimização. • Afastar culpas. • Validar sofrimento. Possíveis Indicadores de Violência Contra a Mulher • Transtornos crônicos, vagos e repetitivos. • Entrada tardia no pré-natal. • Companheiro muito controlador; reage quando separado da mulher. urinária (sem de causa • Infecção repetição secundária). intestino • Dor pélvica crônica. • Síndrome do irritável. • Transtornos na sexualidade. • Complicações em gestações anteriores, abortos de repetição. • Depressão. • Ansiedade. • Dor crônica em qualquer parte do corpo ou mesmo sem localização precisa. • Dor que não tem nome ou lugar. • História de tentativa de suicídio. • Lesões físicas que não se explicam de forma adequada. • Fibromialgia. • Bom relacionamento familiar e fortes vínculos afetivos; • Apoio e suporte social de pessoas e instituições; • Atitude de buscar ajuda de outras pessoas ou profissionais; • Perseverança para enfrentar obstáculos; • Autoestima elevada; • Capacidade de sustentar a si mesmo e à sua família; • Relações de trabalho harmoniosas; • Consciência de direitos. Fatores de Proteção • Isolamento social; • Ausência de rede de serviços de saúde e proteção social bem estruturada e integrada; • Ausência da consciência de direitos; • Histórico de violência familiar; • Transtornos mentais; • Uso abusivo de substâncias psicoativas; • Dependência afetiva e econômica; • Presença de padrões de comportamento muito rígidos; • Exclusão do mercado de trabalho; • Vulnerabilidades relacionadas a faixas etárias, raça/etnia e escolaridade. Fatores de Risco Procedimentos em caso de Suspeita de Violência Contra a Mulher Profissional atua no sentido de: • mapear potenciais riscos que a mulher pode correr e avaliar junto com a mulher os riscos, tentativas anteriores e formas de prevenção; • partindo das questões trazidas pelas mulheres em atendimento, informarque a violência é uma situação de alta ocorrência, tem caráter social e está associada às desigualdades de direitos entre o homem e a mulher; • discutir os planos da mulher para a vida dela, buscando encontrar alternativas à situação atual. Plano de Segurança para a vítima • Identifique um ou mais vizinhos para o(s) qual(is) você pode contar sobre a violência, e peça para eles ajudarem se ouvirem brigas em sua casa. • Planeje como fugir de casa em segurança, e o lugar para onde você poderá ir, caso necessário. • Deixe em um lugar seguro um pacote com cópias de seus documentos e dos documentos de seus filhos, dinheiro, roupas e cópia da chave de casa, para o caso de ter de fugir rapidamente. Plano de Segurança para a vítima • Faça um acordo com alguma vizinha(o) em quem possa confiar, e combine um código de comunicação para situações de emergência, como: “Quando eu colocar o pano de prato para fora da janela, chame ajuda” ou “Quando ouvir briga, chame os vizinhos para bater em panelas na frente da casa”. • Se a briga for inevitável, certifique-se de estar em um lugar do qual possa fugir e no qual não haja armas. • Nunca brigue na cozinha ou em local em que haja armas ou facas. Projeto Gênero, Violência e Direitos Humanos – Novas Questões. Notificação dos Casos • A Portaria GM/MS nº 1.271, de 6 de junho de 2014, define a Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde pública nos serviços de saúde públicos e privados em todo o território nacional. Nesta, a violência sexual e a tentativa de suicídio passam a ter notificação imediata (24 horas) para a Secretaria Municipal de Saúde. Protocolo da Atenção Integral às Pessoas em Situação de Violência Sexual – Setor Saúde Lei 11.340 –Lei Maria da Penha “Violência Sexual como qualquer conduta que a constranja a presenciar, a manter ou a participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força; que a induza a comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade, que a impeça de usar qualquer método contraceptivo ou que a force ao matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à prostituição, mediante coação, chantagem, suborno ou manipulação; ou que limite ou anule o exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos.” Redes de Serviço São aqueles serviços e organizações responsáveis por prestar atendimento direto às pessoas sujeitas a situações, episódicas ou crônicas de violência e a seus agressores. A Rede SAÚDE: CAISM/SAVS, HOSPITAIS e Pronto Atendimentos), Unidades de Saúde da Atenção Básica e Secundária, Laboratórios, SAMU; SEGURANÇA: Polícia Militar, Bombeiros, Polícia Civil (Delegacia de Proteção à Mulher, Criança, Adolescente e Idoso), IGP/IML, Poder Judiciário, Ministério Público; PROTEÇÃO: SEMUDES (CRAS/CREAS, Serviço de Combate à Violência Doméstica Intra-familiar, Serviço de Proteção Especial à Pessoa Idosa, Casas Abrigo [Abrigos Municipais, Casa Elisa], PAEFI, SEMED (Programas e Projetos), Escolas Estaduais e particulares, Fórum Municipal pelo Fim da Violência, Conselhos Tutelares e Conselhos de Direitos. Lei Nº 12.845, DE 1º/08/2013 • Dispõe sobre o atendimento obrigatório e integral de pessoas em situação de violência sexual. • Os hospitais devem oferecer às vítimas de violência sexual atendimento emergencial, integral e multidisciplinar, visando ao controle e ao tratamento dos agravos físicos e psíquicos decorrentes de violência sexual, e encaminhamento, se for o caso, aos serviços de assistência social. Decreto 7958 de 13/03/2013 Trata da atuação Integrada entre a Segurança Pública e a Saúde. • Art 4º - Procedimentos -Item 3 – Preenchimento do Termo de Relato Circunstanciado e Termo de Consentimento Informado; -Item 4 – Coleta de Vestígios (cadeia de Custódia) para encaminhamento à perícia oficial. Portaria Nº 485, DE 1º/04/2014 - Define as atribuições do SAVS e sua equipe mínima; Portaria Nº 618, DE 18/07/2014 - Altera tabela de serviços, dispõe sobre regras de cadastramento; Portaria Nº 1.662, DE 2/10/2015 – Define critérios para habilitação para realização de Coleta de Vestígios de Violência Sexual no Sistema Único de Saúde (SUS). VS Verificar Temporalidade (72 Horas) Atendimento de Saúde 1. Acolhimento; 2. Atendimento humanizado, observados os princípios do respeito da dignidade da pessoa humana, da não discriminação, do sigilo e da privacidade; 3. Escuta qualificada, propiciando ambiente de confiança e respeito; 4. Informação prévia ao paciente, assegurada sua compreensão sobre o que será realizado em cada etapa do atendimento e a importância das condutas médicas, multiprofissionais e policiais, respeitada sua decisão sobre a realização de qualquer procedimento; 5. Atendimento clínico; 6. Atendimento psicológico; Atendimento de Saúde 7. Realização de anamnese e preenchimento de prontuário onde conste, entre outras, as seguintes informações: a) data e hora do atendimento; b) história clínica detalhada, com dados sobre a violência sofrida; c) exame físico completo, inclusive exame ginecológico, se for necessário; d) descrição minuciosa das lesões, com indicação da temporalidade e localização específica; e) identificação dos profissionais que atenderam a pessoa em situação de violência; Atendimento de Saúde 8 . Dispensação e administração de medicamentos para profilaxias indicadas conforme as normas, regras e diretrizes técnicas do Ministério da Saúde; 9. Exames laboratoriais necessários e testes rápidos; 10. Preenchimento da ficha de notificação compulsória de violência doméstica, sexual e outras violências; 11. Orientação e agendamento ou encaminhamento para acompanhamento clínico e psicossocial; e 12. Orientação às pessoas em situação de violência ou aos seus responsáveis a respeito de seus direitos e sobre a existência de outros serviços para atendimento a pessoas em situação de violência sexual. Menos de 72 horas • ATENDIMENTO MÉDICO – TESTES RÁPIDOS (GRAVIDEZ E HIV) – MEDICAÇÃO PROFILÁTICA (EXCETO EM ABUSO CRÔNICO) – ANTICONCEPÇÃO DE EMERGÊNCIA – 1ª COLETA (AGUARDAR O IGP/IML) • PREENCHER – TERMO DE CONSENTIMENTO Menos de 72 horas • COMUNICAR – CONSELHO TUTELAR (SE CRIANÇA) – DELEGACIA DA MULHER (COMUNICARÁ O IGP), SE CONSENTIDO. OBRIGATÓRIO SE CRIANÇA. – VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA – SAVS • MANUTENÇÃO DO TTO • CRONOGRAMA DE COLETAS • ATENDIMENTO MULTIPROFISSIONAL. Mais de 72 horas • ACOLHIMENTO – TESTES RÁPIDOS (GRAVIDEZ E HIV) – ANTICONCEPÇÃO DE EMERGÊNCIA ATÉ 5 DIAS. • COMUNICAR – CONSELHO TUTELAR (SE CRIANÇA) – SUGERIR DELEGACIA DA MULHER. OBRIGATÓRIO SE CRIANÇA. – SAVS • CRONOGRAMA DE COLETAS • ATENDIMENTO MULTIPROFISSIONAL 1ª COLETA (admissão) • Hemograma • Beta-HCG • Uréia • Creatinina • Glicemia de Jejum • ALT • VDRL • Anti-HIV I e II • HBsAg • Anti-HBc-IgM • Anti-HBs • Anti-HCV • Secreção Vaginal (A fresco e Gram) • Secreção Endocervical (Pesquisa de Gonococo e Chlamydia) 2ª COLETA (2ª semana) • Hemograma • Beta-HCG • ALT • Uréia • Creatinina • Glicemia de Jejum 3ª COLETA (4ª semana) • VDRL • Anti-HIV 1 e 2 • Cultura de Secreção Endocervical para Gonococo e Chlamydia • A fresco e Gram de Secreção Vaginal 4ª COLETA (3º mês) • VDRL • ALT • ANTI-HIV I E II • HBsAg • ANTI-HBs • ANTI-HBc-IgM • ANTI-HCV 5ª COLETA (6º mês) • VDRL • ALT • HBsAg • ANTI-HBs • ANTI-HBc-IgM • ANTI-HCV TERMO DE RELATO CIRCUNSTANCIADO Eu, ,brasileira (o),_anos, portadora do documento de identificação tipo , nº , declaro que no dia , do mês do ano de_ _às , no endereço _ (ou proximidades – indicar ponto de referência) , bairro , cidade , fui vítima de crime de violência sexual, nas seguintes circunstâncias: É o que tenho/ temos a relatar Local e data: Nome Assinatura TESTEMUNHAS Nome Assinatura PROFISSIONAL DE SAÚDE Nome Assinatura Gravidez decorrente de Violência Sexual • Manter a gestação e ficar com a criança; • Manter a gestação/adoção; • Interromper a gestação (abortamento legal). PORTARIA Nº 1.508/GM DE 1º DE SETEMBRO DE 2005. • Dispõe sobre o Procedimento de Justificação e Autorização da Interrupção da Gravidez nos casos previstos em lei, no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS