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PSICOLOGIA DO 
DESENVOLVIMENTO 
E DA APRENDIZAGEM
Naomi Vidal Ferreira
1ª Edição, 2022
EAD
Reitor e Diretor Campus Engenheiro Coelho: Martin Kuhn 
Vice-reitor para a Educação Básica e Diretor Campus Hortolândia: Douglas Jefferson Menslin
Vice-reitor para a Educação Superior e Diretor Campus São Paulo: Afonso Cardoso Ligório
Vice-reitor administrativo: Telson Bombassaro Vargas 
Pró-reitor de graduação: Afonso Cardoso Ligório 
Pró-reitor de pesquisa e desenvolvimento institucional: Allan Macedo de Novaes 
Pró-reitor de educação à distância: Fabiano Leichsenring Silva 
Pró-reitor de desenvolvimento espiritual e comunitário: Henrique Melo Gonçalves
Pró-reitor de Desenvolvimento Estudantil: Carlos Alberto Ferri
Pró-reitor de Gestão Integrada: Claudio Knoener 
Educação Adventista a Distância
Conselho editorial e artístico: Dr. Adolfo Suárez; Dr. Afonso Cardoso; Dr. Allan Novaes; 
Me. Diogo Cavalcanti; Dr. Douglas Menslin; Pr. Eber Liesse; Me. Edilson Valiante; 
Dr. Fabiano Leichsenring, Dr. Fabio Alfieri; Pr. Gilberto Damasceno; Dra. Gildene Silva; 
Pr. Henrique Gonçalves; Pr. José Prudêncio Júnior; Pr. Luis Strumiello; Dr. Martin Kuhn; 
Dr. Reinaldo Siqueira; Dr. Rodrigo Follis; Esp. Telson Vargas
Editor-chefe: Rodrigo Follis
Gerente administrativo: Bruno Sales Ferreira
Editor associado: Werter Gouveia
Responsável editorial pelo EaD: Luiza Simões
Editora Universitária Adventista
Presidente Divisão Sul-Americana: Stanley Arco
Diretor do Departamento de Educação para a Divisão Sul-Americana: Antônio Marcos
Presidente Mantenedora Unasp (IAE): Maurício Lima
1ª Edição, 2022
PSICOLOGIA DO 
DESENVOLVIMENTO 
E DA APRENDIZAGEM
Editora Universitária Adventista 
Engenheiro Coelho, SP
Naomi Vidal Ferreira
Doutora em Neuropsicologia 
pela Faculdade de Medicina da USP
Campagnoni, Mariana / dos Santos, Diego Henrique Moreira
Formação da identidade profissional do contador [livro eletrônico] / Mariana Campagnoni. -- 1. 
ed. -- Engenheiro Coelho, SP : Unaspress, 2020.
1 Mb ; PDF
ISBN 978-85-8463-172-8
1. Carreira profissional 2. Contabilidade 3. Contabilidade como profissão 4. Contabilidade como 
profissão - Leis e legislação 5. Formação profissional 6. Negócios I. Título.
20-33026 CDD-370.113
Dados Internacionais da Catalogação na Publicação (CIP)
(Ficha catalográfica elaborada por Hermenérico Siqueira de Morais Netto – CRB 7370)
Psicologia do desenvolvimento e da aprendizagem
1ª edição – 2022
e-book (pdf)
OP 00123_228
Coordenação editorial: Késia Santos
Conteudista: Carolina Pessoa Wanderley
Preparador: Naomi Vidal Ferreira
Projeto gráfico: Ana Paula Pirani 
Capa e Diagramação: William Nunes 
Caixa Postal 88 – Reitoria Unasp
Engenheiro Coelho, SP – CEP 13448-900
Tel.: (19) 3858-5171 / 3858-5172 
www.unaspress.com.br
Editora Universitária Adventista
Validação editorial científica ad hoc:
Simone Hedwig Hasse
Doutora em Educação - Universidade Metodista de 
Piracicaba/SP
Editora associada:
Todos os direitos reservados à Unaspress - Editora Universitária Adventista. Proibida 
a reprodução por quaisquer meios, sem prévia autorização escrita da editora, salvo 
em breves citações, com indicação da fonte.
SUMÁRIO
TEORIAS DO DESENVOLVIMENTO ......................... 13
Introdução ........................................................................................14
O desenvolvimento humano e seu campo de estudos ...................16
Influências que atuam sobre 
o curso do desenvolvimento ...................................................19
Teoria psicossexual de Freud ...........................................................27
Biografia de Freud ...................................................................27
O conceito de inconsciente .....................................................29
Id, ego e superego ...................................................................30
Mecanismos de defesa ...........................................................32
Fases do desenvolvimento psicossexual .................................33
Contribuições de Freud à educação ........................................35
Críticas à teoria ........................................................................38
VO
CÊ
 ES
TÁ
 A
QU
I
Teoria psicossocial de Erikson ..........................................................38
O conceito de ego ...................................................................41
Estágios do desenvolvimento psicossocial .............................42
Contribuições da teoria de Erikson .........................................48
Teoria do apego de Bowlby .............................................................50
Tipos de apego ........................................................................52
Teoria do apego e aprendizagem ...........................................55
Teoria bioecológica de Bronfenbrenner ...........................................56
considerações finais .........................................................................58
Referências .......................................................................................60
TEORIAS DA APRENDIZAGEM ................................ 63
Introdução ........................................................................................64
A aprendizagem humana e seu campo de estudos .......................66
Visões sobre o contato com o conhecimento .........................67
Abordagens sobre aprendizagem ..........................................68
Cosmovisão cristã ....................................................................74
Teoria comportamental de Skinner .................................................75
VO
CÊ
 ES
TÁ
 A
QU
I
Biografia de Skinner ................................................................75
Conceitos centrais ............................................................................77
Contribuições para a educação e críticas à teoria ...................81
Teoria construtivista de Piaget e 
teoria histórico-cultural de Vygotsky ..............................................83
Breve biografia e contexto histórico .......................................83
Organização, adaptação e equilibração ..................................85
Estágios do desenvolvimento cognitivo .................................87
Desenvolvimento moral .........................................................92
História de Vygotsky ................................................................93
Vygotsky e a troika ..................................................................94
Vygotsky e a zona de desenvolvimento 
proximal e aprendizagem .......................................................99
Contribuições das teorias de Piaget 
e Vygotsky para a educação ...................................................100
Teoria sociocognitiva de Bandura ...................................................102
Breve biografia de Albert Bandura ........................................102
Mecanismos de modelagem e imitação ..............................103
Determinismo recíproco na teoria sociocognitiva .................104
Contribuições da teoria de Bandura ......................................106
Considerações finais........................................................................106
Referências ......................................................................................110
AS TEORIAS DO DESENVOLVIMENTO 
E DA APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO ................... 115
Introdução .......................................................................................116
Teoria e prática na formação e atuação de professores..................118
Tipos de abordagem ..............................................................122
Tipos de natureza ...................................................................123
Tipos de procedimentos metodológicos ...............................123
Tipos de objetivos ..................................................................126
Consideraçõessobre pesquisa e teoria na educação .............129
O educador frente à diversidade teórica .........................................131
As teorias do desenvolvimento e da 
aprendizagem nas práticas pedagógicas ......................................134
Aplicação do behaviorismo na sala de aula ..........................134
Aplicação do cognitivismo na sala de aula ...........................138
Aplicação do construtivismo em sala de aula .......................142
As teorias do desenvolvimento e da 
 aprendizagem nas relações educativas .........................................147
Considerações finais........................................................................155
Resumo ...........................................................................................156
Referências ......................................................................................158
AS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM ................ 161
Introdução .......................................................................................162
Dificuldades e transtornos específicos da aprendizagem .............164
Dislexia, disgrafia, disortografia e discalculia ................................176
Transtorno do déficit de atenção e hiperatividade, 
transtorno do espectro autista e deficiência intelectual ................180
Transtorno do Espectro Autista ..............................................185
Deficiência intelectual ...........................................................189
A epistemologia convergente de Jorge Visca ................................195
Processo de diagnóstico da dificuldade 
de aprendizagem na teoria de Jorge Visca ............................199
Considerações finais........................................................................202
Referências ......................................................................................205
EMENTA
Trata da complexidade do processo 
ensino-aprendizagem, a partir de 
uma perspectiva da psicologia da 
aprendizagem, incluindo o impacto 
do fator desenvolvimento, biológico, 
cognitivo, afetivo e sociocultural. 
Análise das práticas escolares 
recorrendo a elementos da psicologia do 
desenvolvimento e da aprendizagem.
UNIDADE 1
TEORIAS DO DESENVOLVIMENTO 
UNIDADE 1
14
PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO E DA APRENDIZAGEM
INTRODUÇÃO
Olá, querido leitor(a)! Bem-vindo ao estudo sobre as 
teorias do desenvolvimento humano. O ser humano precisa ser 
enxergado de forma multifacetada, pois as formas de interação 
que ele estabelece com o mundo, bem como as fontes de 
influência que atuam sobre ele, são diversas. E não é diferente 
com a aprendizagem: ela também depende de vários fatores, e 
compreender esses fatores será de grande importância para a 
atuação do professor em sala de aula. 
A seguir, você encontrará um conteúdo importante a 
respeito do campo de estudos do desenvolvimento humano, 
bem como de sua contribuição para a área da aprendizagem. 
Você também terá contato com algumas teorias que são centrais 
no campo de estudos do desenvolvimento humano, e com 
algumas discussões sobre como elas podem ser utilizadas para 
o sucesso no ensino. Ao final da leitura, você compreenderá 
conceitos sobre: 
• o que o campo do desenvolvimento humano 
estuda: como as pessoas mudam, em que 
aspectos elas mudam e quais são as principais 
influências que atuam sobre essas mudanças;
15
TEORIAS DO DESENVOlVIMENTO 
• a teoria de Sigmund Freud, também conhecida 
como psicanálise, e seus principais conceitos 
– inconsciente, instâncias da mente, fases do 
desenvolvimento psicossexual e mecanismos de 
defesa – e sua importância para a aprendizagem;
• a teoria do desenvolvimento psicossocial de Erik 
Erikson: o conceito de crise de personalidade, o 
papel do desenvolvimento de virtudes e as fases do 
desenvolvimento psicossocial, bem como as tarefas que 
precisam ser realizadas em cada uma dessas fases. Esses 
conceitos também serão aplicados à aprendizagem;
• a teoria do apego, os tipos de apego e 
suas características e manifestações, e a 
importância da compreensão dessa teoria 
para o campo do desenvolvimento infantil, 
bem como para o sucesso do ensino;
• a teoria bioecológica de Urie Bronfenbrenner 
e os diferentes aspectos que influenciam 
o desenvolvimento humano – a pessoa, 
o processo, o contexto e o tempo – bem 
como o papel da escola nesse processo.
Bom estudo!
16
PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO E DA APRENDIZAGEM
O DESENVOLVIMENTO 
HUMANO E SEU CAMPO 
DE ESTUDOS
O campo de estudos do 
desenvolvimento humano tem como foco 
compreender como as pessoas mudam ao 
longo de suas vidas, ou, como é chamado 
pelos teóricos da área, ao longo de seu ciclo 
vital. Essas mudanças podem incluir vários 
aspectos humanos, como o aspecto físico, 
cognitivo, emocional, social, cultural e até 
espiritual (PAPALIA et al., 2009).
Mas qual será a natureza dessas 
mudanças que ocorrem com as pessoas? 
Elas representam um aperfeiçoamento, 
ou aumento da complexidade, de sua 
capacidade de se movimentar, raciocinar, 
sentir e se comportar, principalmente 
durante a infância, a adolescência e a 
juventude. Durante a vida adulta, algumas 
capacidades se aperfeiçoam, outras 
se mantêm estáveis e outras tendem a 
COGNITIVO
Aspecto do comportamento 
humano que lida com o pro-
cessamento e armazenamento 
das informações. Fonte: lEZAK, 
M. D. et al. Neuropsychological 
assessment. Oxford University 
Press, USA, 2012. 
17
TEORIAS DO DESENVOlVIMENTO 
diminuir. Já na terceira idade, boa parte das funções tende a 
sofrer uma perda progressiva, com algumas poucas exceções 
(o aumento da sabedoria do idoso pode ser considerado uma 
exceção) (PAPALIA et al., 2009).
Você já deve ter percebido algumas dessas mudanças em 
você – a passagem pela puberdade, o aparecimento de uma 
ruga ou um cabelo branco – ou em alguma criança próxima, 
um(a) filho(a), talvez – os primeiros passos ou as primeiras 
palavras. Mas pode ser que você também tenha percebido que 
cada pessoa é única quando se trata do momento e da forma 
como essas mudanças acontecem: nem todas as crianças passam 
pelo mesmo processo cognitivo para aprender a falar, nem 
começam a falar exatamente com a mesma idade. 
Aqui estamos falando da diferença entre mudanças 
individuais e mudanças universais. Existem marcos no 
desenvolvimento que serão experimentados por todos os 
indivíduos, como é o caso da puberdade. Essas mudanças são 
chamadas de universais. Por outro lado, a forma e o momento 
em que cada indivíduo passará pela puberdade varia. Essas 
variações que acontecem entre as pessoas são chamadas de 
mudanças individuais (PAPALIA et al., 2009).
18
PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO E DA APRENDIZAGEM
As mudanças estão presentes durante todo o ciclo vital. 
Mas, de todas as épocas da vida, aquelas que ocorrem durante 
a infância e a adolescência (o que equivale aos primeiros vinte 
anos de uma pessoa) são, provavelmente, as mais marcantes e 
acentuadas (PAPALIA et al., 2009). 
É durante esse período que a criança, inicialmente um 
bebê que pesa entre 2 e 4 quilos, deverá crescer fisicamente 
até atingir o tamanho de um adulto. Também é nesse período 
que ela deverá aprender a falar e a andar, e desenvolver a 
coordenação motora e as habilidades necessárias para praticar 
esportes. Ainda na infância, a criança deverá desenvolver 
importantes capacidades mentais, como a leitura, a escrita e o 
cálculo matemático, que lhe serão fundamentais na vida adulta. 
Do ponto de vista psicológico, durante esse período a criança 
deverá aprender a confiar nos adultos, a gostar de si mesma, 
a lidar com suas próprias emoções e a se relacionar com os 
outros; e o adolescente deverá desenvolver sua identidade, 
decidir que carreira irá seguir e aprender a pensar a longo prazo 
e a tomar decisões de forma autônoma. Ufa! Quantas coisas, 
não é? Dá para entender porque essa época é tão importante na 
vida de alguém.
Ainda assim, tão importante quanto compreender as 
mudanças emsi, é entender as influências que atuam sobre elas. 
19
TEORIAS DO DESENVOlVIMENTO 
INFLUÊNCIAS QUE ATUAM SOBRE O CURSO DO 
DESENVOLVIMENTO
As mudanças experimentadas pelas pessoas ao longo de 
seu ciclo vital são consideradas adaptativas, o que significa 
que elas buscam atender às necessidades que surgem ao 
longo da vida. Essas necessidades ou demandas têm duas 
principais origens: internas e externas (PAPALIA et al., 2009). As 
demandas internas dizem respeito às necessidades biológicas e 
inatas de crescimento, que são específicas do indivíduo e de seu 
estágio de desenvolvimento. Já as demandas externas dizem 
respeito às exigências do ambiente, bem como às influências do 
meio em que o indivíduo está inserido (MOTA, 2005).
AGORA É COM VOCÊ
Você já parou para pensar nas mudanças pelas quais já passou ao longo 
da vida? Pense em, pelo menos, duas mudanças que você vivenciou no 
passado e identifique se foram mudanças físicas, cognitivas ou psicológicas.
Além da compreensão sobre as variáveis internas e externas, 
existem três principais visões, ou interpretações, sobre que tipo 
de influências estão presentes no desenvolvimento humano: o 
inatismo, o empirismo e o interacionismo (PAPALIA et al., 2009). 
20
PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO E DA APRENDIZAGEM
A primeira interpretação, chamada de inatismo, entende 
que as mudanças pelas quais o indivíduo vai passar ao longo de 
sua vida são inatas, ou seja, já estão pré-determinadas quando 
ele nasce. Nessa abordagem, é entendido que as vivências e 
experiências que ele terá depois de nascer não exercem influência 
significativa sobre o curso de seu desenvolvimento. A segunda 
visão é o empirismo, que entende que, ao nascer, o indivíduo é 
como um livro em branco, e o contexto em que ele está inserido 
tem um papel fundamental em seu desenvolvimento. Nessa 
visão, o único fator que influenciará o curso do desenvolvimento 
de alguém será o ambiente que o cerca. A terceira abordagem 
é o interacionismo. Nessa visão, o desenvolvimento humano 
é resultado de uma interação complexa e dinâmica entre pré-
disposições inatas, influências do ambiente e particularidades 
individuais, e essa interação segue atuante sobre o indivíduo ao 
longo de seu ciclo vital.
MATURAÇÃO, PERÍODO CRÍTICO E PERÍODO SENSÍVEL
Como acabamos de ver, alguns teóricos acreditam que o 
desenvolvimento humano é resultado de fatores inatos, sobre 
os quais o ambiente tem pouco ou nenhum efeito. Os teóricos 
da maturação são exemplos disso.
O teórico do desenvolvimento Arnold Gesell adotou o 
termo “maturação” para descrever algumas mudanças que 
21
TEORIAS DO DESENVOlVIMENTO 
são universais, ou seja, acontecem com todas as crianças, e 
que seguem padrões. Além de serem universais, as mudanças 
previstas pelo processo de maturação sofrem pouca influência 
do ambiente e não precisam ser aprendidas, não exigindo 
prática nem treino. E, por fim, essas mudanças também 
representam um amadurecimento progressivo e sequencial de 
capacidades ou características de um indivíduo. Exemplos de 
mudanças maturacionais são o nascimento dos pelos no rosto 
dos meninos e dos seios nas meninas (BEE & BOYD, 2011).
PERÍODO CRÍTICO, PERÍODO SENSÍVEL, 
VULNERABILIDADE E RESILIÊNCIA
O ponto de vista interacionista, como foi mencionado 
anteriormente, entende que o desenvolvimento de um 
indivíduo é resultado de aspectos inatos, influências ambientais 
e de sua interação com a individualidade. Os conceitos de 
período crítico e período sensível, bem como a teoria de 
vulnerabilidade e resiliência, apresentam visões interacionistas 
do desenvolvimento, como veremos a seguir.
Pesquisas mostram que algumas capacidades dos 
organismos só serão desenvolvidas como resultado de 
estímulos do ambiente, como é o caso de uma proteína do 
sistema visual: o gene responsável por produzi-la só entra em 
ação quando o estímulo visual acontece (BEE & BOYD, 2011).
22
PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO E DA APRENDIZAGEM
Além disso, o momento em que algumas experiências 
ocorrem para os organismos pode fazer diferença no resultado 
que terão sobre eles. Nos animais, esse período é conhecido 
como período crítico, porque caso a interação com o ambiente 
não ocorra exatamente naquele período, aquela característica não 
se desenvolverá. Nos seres humanos, esse período é conhecido 
como período sensível, pois em geral existe um momento em 
que o indivíduo está mais propício para desenvolver uma 
habilidade ou característica, o que não significa que aquela 
habilidade/característica não possa ser desenvolvida em outro 
momento. Um exemplo disso é a alfabetização. A criança que 
entra na escola formal aos seis ou sete anos está, em geral, no 
momento ideal para desenvolver a capacidade de ler e escrever, 
ou seja, no período sensível. No entanto, caso ela não tenha essa 
oportunidade nesse momento, a alfabetização também pode 
ocorrer em um momento mais tardio da infância, ou até na 
adolescência ou idade adulta (BEE & BOYD, 2011).
Outra teoria que trata da interação entre o indivíduo 
e seu ambiente é a teoria da vulnerabilidade e resiliência. 
Alguns teóricos da área compreendem que cada criança possui 
características individuais que podem torná-la vulnerável 
(vulnerabilidade) ou protegê-la (resiliência) dos aspectos 
negativos de seu ambiente, principalmente se esse for 
desfavorável ao seu desenvolvimento (BEE & BOYD, 2011).
23
TEORIAS DO DESENVOlVIMENTO 
IMPORTANTE
Alguns teóricos da área compreendem que cada criança possui 
características individuais que podem torná-la vulnerável (vulnera-
bilidade) ou protegê-la (resiliência) dos aspectos negativos de seu 
ambiente. [...] Sendo assim, o mesmo ambiente poderá ter efeitos 
completamente diferentes sobre duas crianças diferentes. Essa 
teoria pode explicar o fato de que algumas crianças se tornarão 
adultos bem adaptados e competentes mesmo sendo criadas em 
ambientes que ofereciam risco considerável ao seu crescimento.
Características que tornariam uma criança vulnerável 
seriam, por exemplo: ter uma deficiência física ou intelectual, 
ter predisposição genética para desenvolver algum transtorno 
mental, ter intolerância a certos tipos de alimentos, ter 
temperamento “difícil” etc. Por outro lado, características 
que poderiam proteger uma criança seriam, por exemplo: ter 
um temperamento “dócil”, ser amigável/sociável, ter boa 
capacidade motora e ter boa saúde (não adoecer com facilidade) 
(BEE & BOYD, 2011).
INFLUÊNCIAS DO CONTEXTO
Existem fatores ambientais, ou contextuais, que parecem 
ter um papel importante sobre o desenvolvimento do 
indivíduo. Esses fatores podem influenciar a pessoa como um 
24
PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO E DA APRENDIZAGEM
todo, pois seus efeitos atingem o crescimento físico, cognitivo, 
emocional, social e espiritual.
O primeiro fator que iremos destacar é a família. Na 
definição de família estão incluídos dois conceitos: família 
nuclear, que é composta por pai e/ou mãe e filhos, que podem 
ser filhos biológicos ou adotados, ou enteados; e família extensa, 
composta por avós, pais, tios e primos, podendo também incluir 
outros parentes não tão próximos. Hoje nos deparamos com 
mudanças relacionadas à urbanização, à saída da mulher para 
o mercado de trabalho, ao aumento dos divórcios (que traz a 
presença de padrastos, madrastas e meios-irmãos para a família) 
e de famílias monoparentais, ao crescimento do número de 
famílias de pais homoafetivos, ao aumento da expectativa de 
vida dos idosos e a questões culturais. 
Tudo isso tem influência direta sobre a configuração 
das famílias atuais, que podem ser as mais diversas, e, como 
consequência, sobre a maneira como a criança será criada e sobre 
como seu desenvolvimento se dará. Há dois tipos de família: 
família nuclear, que é composta por pai e/ou mãe e filhos, 
que podem ser filhos biológicos ou adotados, ou enteados; e 
família extensa, composta por avós, pais, tios e primos, podendo 
também incluir outros parentes não tão próximos.
25
TEORIASDO DESENVOlVIMENTO 
O segundo fator que merece destaque é o nível 
socioeconômico. O nível socioeconômico se reflete em questões 
como a condição de moradia, o acesso à escola e ao ensino de 
qualidade, a renda familiar, o acesso à nutrição adequada, a 
assistência à saúde, entre outros. Esses fatores estão diretamente 
relacionados ao desenvolvimento dos indivíduos. 
Geralmente, os membros de famílias que têm um nível 
socioeconômico baixo têm mais problemas de saúde física do 
que membros de famílias que têm um nível socioeconômico 
alto. Além disso, crianças criadas em famílias e regiões com 
nível socioeconômico baixo podem apresentar mais sofrimento 
psicológico, menos competência social, mais problemas 
de comportamento, maior frequência de bullying e pior 
desenvolvimento cognitivo e, como consequência, mais problemas 
de aprendizagem quando comparadas a crianças criadas em 
situações mais favoráveis do ponto de vista socioeconômico. 
Ainda assim, a resiliência de uma criança, manifestada através 
de fatores como bom desempenho acadêmico e boas habilidades 
motoras, podem reduzir os efeitos de uma situação socioeconômica 
desfavorável sobre sua saúde (POULAIN et al., 2020). 
O terceiro fator que vamos destacar é a raça. Muitos 
pesquisadores da área do desenvolvimento humano e também 
26
PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO E DA APRENDIZAGEM
de outras áreas entendem a raça como uma construção social. 
Isso quer dizer que, mais do que os determinantes genéticos 
e biológicos que determinam as diferenças físicas entre as 
pessoas, ou sua raça biológica, as diferentes raças muitas vezes 
são olhadas do ponto de vista de sua construção social. 
Visto por essa perspectiva, entende-se que existem raças 
que são socialmente privilegiadas e outras que são socialmente 
desfavorecidas. Crianças que pertencem às raças socialmente 
privilegiadas geralmente terão benefícios em sua autoestima, 
seu status social e seu desempenho cognitivo e acadêmico. O 
contrário também é verdadeiro para crianças pertencentes a 
raças socialmente desfavorecidas. Esse fenômeno se deve, pelo 
menos em parte, aos preconceitos associados às diferenças 
raciais (QUINTANA et al., 2006). 
O quarto fator que será analisado é o contexto histórico. 
A época em que uma criança nasce e cresce terá influência 
sobre seu desenvolvimento. Ao longo dos séculos, as relações 
familiares têm se transformado, e isso tem afetado a forma 
com que a infância é vista (HAREVEN, 1985). As mudanças 
na constituição familiar incluem, por exemplo: a visão sobre 
a infância e as necessidades da criança; a importância dada 
e a influência permitida à relação com a família estendida, 
como avós, tios e primos; qual o papel do pai e qual o papel 
27
TEORIAS DO DESENVOlVIMENTO 
da mãe; o principal cuidador da criança; a idade em que a 
criança irá para a escola; a idade em que se espera que a criança 
ou o adolescente comecem a contribuir financeiramente com 
a família; o tipo de valores que serão transmitidos para a 
criança, quem fará isso e como será esperado que a criança ou o 
adolescente adotem esses valores etc.
SAIBA MAIS
Você sabia que alguns aspectos do contexto apresen-
tados aqui – a família, o nível socioeconômico e a raça 
– também conhecidos como fatores sociodemográficos, 
são tão importantes para o desenvolvimento e para as 
condições de saúde das pessoas que, na literatura sobre 
o assunto, são agrupados em um termo único? Esse ter-
mo é definido como os “determinantes sociais da saúde”. 
TEORIA PSICOSSEXUAL DE FREUD
BIOGRAFIA DE FREUD
Sigmund Freud nasceu no ano de 1856 e morreu no 
ano de 1939, na Moravia. Sua contribuição para a área do 
desenvolvimento humano é inquestionável, e sua teoria serviu 
de base para muitos estudiosos de seu tempo e muitos outros 
28
PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO E DA APRENDIZAGEM
que vieram depois dele, e que desenvolveram teorias tanto 
correlatas quanto antagônicas à sua.
Freud era o preferido de sua mãe, que o favorecia de forma 
clara, e seu pai via nele um futuro intelectual, pois o achava 
extremamente inteligente. Com essa visão, e a fim de contribuir 
com sua genialidade, seu pai lhe ensinou as histórias da Bíblia, 
e esses ensinamentos foram aplicados por Freud em sua teoria 
posteriormente, bem como os conceitos aprendidos por ele 
em seu estudo da mitologia grega. Ele cursou Medicina na 
Universidade de Viena e especializou-se em neurologia, pois 
o tratamento dos transtornos nervosos lhe chamava a atenção. 
Sua família extensa tinha sido acometida por transtornos 
mentais, o que pode ter contribuído para a sua atração por esse 
tipo de problema (HALL et al., 2000; ROUDINESCO, 2016). 
Ele estudou em Paris com Jean Charcot, um psiquiatra 
francês que tratava pacientes com neuroses através da 
hipnose. No início de sua prática, também utilizou a hipnose 
no tratamento de seus pacientes, mas considerou-a ineficaz, e 
adotou então o método da cura pela fala e da catarse usados por 
Joseph Breuer.
O trabalho realizado com seus pacientes estabeleceu os 
fundamentos de sua teoria, pois as descobertas que ele fazia 
29
TEORIAS DO DESENVOlVIMENTO 
enquanto lhes tratava serviam como conteúdo para que seus 
conceitos sobre a psiquê humana fossem construídos. O primeiro 
publicado por ele que se tornou importante foi A interpretação 
dos sonhos, de 1900, e a partir daí publicou muitas outras obras 
apresentando sua teoria (HALL et al., 2000). 
 A psicanálise, como é conhecida a teoria e o método de 
tratamento de Freud, causou impacto importante na sua época 
e continua causando, tanto para a Psicologia e a pedagogia 
quanto para outras áreas do conhecimento, até hoje. Alguns dos 
principais conceitos da psicanálise serão estudados a seguir.
O CONCEITO DE INCONSCIENTE
Freud acreditava que grande parte do conteúdo mental é 
inconsciente, ou seja, não é acessível de forma direta à nossa 
consciência. Para ele, os impulsos inatos, que agrupam-se em 
dois principais desejos - a sexualidade, ou busca pelo prazer, 
e a agressividade - ficam armazenados no inconsciente e 
inacessíveis devido à barreira da repressão, gerando tensão, 
e as pessoas buscam satisfazê-los para aliviar essa tensão. No 
entanto, a sociedade estabelece limites sobre quando e como 
esses impulsos podem ser satisfeitos, e a personalidade se 
forma na relação que o indivíduo desenvolve entre a satisfação 
30
PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO E DA APRENDIZAGEM
de seus impulsos e os limites impostos pelo seu meio. Esse 
funcionamento, para Freud, se estabelece durante a infância, 
mas se estende para a vida adulta (PAPALIA et al., 2009).
ID, EGO E SUPEREGO
A teoria de Freud descreveu a mente, ou o aparelho 
psíquico, como é apresentado na psicanálise, como contendo 
três instâncias: o id, o ego e o superego. Essas instâncias se 
desenvolvem durante a infância, e a personalidade do indivíduo 
é resultado da interação entre elas (BEE & BOYD, 2011). 
O id é a única instância que já está presente no nascimento, 
e contém os impulsos e instintos, ou, usando a terminologia da 
psicanálise, as pulsões. O id é inconsciente e inconsequente, e é 
governado pelo que é chamado na teoria de princípio do prazer, 
o que significa que ele é movido apenas no sentido de satisfazer 
seus desejos e aliviar sua tensão (BEE & BOYD, 2011; PAPALIA 
et al., 2009). 
Entre dois e quatro anos, o ego começa a se desenvolver, 
a partir das frustrações da criança, pois quando ela tem 
que esperar para ser alimentada ou ter sua fralda trocada, 
ela começa a se perceber como um ser separado do mundo 
31
TEORIAS DO DESENVOlVIMENTO 
externo. O ego funciona sob o princípio da realidade, o que 
significa que ele faz o papel de contato com a realidade, 
passando a satisfazer os desejos do id levando em consideração 
as possibilidades apresentadas pelo ambiente, utilizando 
mecanismos de adiamento da gratificação imediata. Um dos 
importantes papéis do ego é realizar a intermediação entre o id 
e o superego, buscando equilibrar as exigênciasde ambos com o 
que é esperado por parte do meio externo (BEE & BOYD, 2011; 
PAPALIA et al., 2009).
A terceira instância a se desenvolver é o superego. Ele é 
resultado da incorporação, por parte da criança, das regras e 
valores praticados no meio em que ela está inserida, e faz o 
papel da consciência. O superego se forma, em geral, entre os 
cinco e seis anos, como resultado da resolução do complexo 
de Édipo, logo antes da entrada da criança na escola formal. O 
superego é exigente e deverá “punir” a criança com sentimentos 
de vergonha e inadequação quando ela se comporta de forma 
contrária a seus valores, e fazê-la sentir-se bem quando atende a 
eles (BEE & BOYD, 2011; PAPALIA et al., 2009). 
É importante lembrar que o complexo de Édipo, segundo 
a teoria de Freud, é um fenômeno psíquico que ocorre na 
criança em relação aos seus progenitores: a criança se afeiçoa 
com o progenitor do mesmo sexo e se identifica com o 
32
PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO E DA APRENDIZAGEM
progenitor do sexo oposto. Esse mecanismo de identificação 
faz com que as crianças internalizem as regras, representadas 
pelo progenitor com quem se identificam, o que resulta na 
formação de seu superego. Nas meninas, esse processo é 
chamado de complexo de Electra.
MECANISMOS DE DEFESA
A psicanálise descreve que o id e o superego estão 
constantemente em conflito, pois o id busca a satisfação de 
seus desejos e o superego busca atender às regras, ou seja, a 
atuação de cada um deles seria antagônica a do outro. Isso 
gera muita tensão para o ego, que passa a utilizar mecanismos 
de defesa para se proteger. Esses mecanismos de defesa são 
inconscientes, mas atuam de forma direta sobre a personalidade 
e o comportamento do indivíduo. 
Dentre os mecanismos de defesa mais comuns estão a 
negação, a projeção, o deslocamento, a racionalização e a 
regressão. Na negação, a pessoa prefere acreditar que um 
problema, ou uma necessidade/desejo, não existem, e age 
segundo essa crença, por mais claro e aparente que ele seja. 
Na projeção, ela transfere seus sentimentos/desejos para 
outras pessoas, entendendo que elas os estão experimentando 
33
TEORIAS DO DESENVOlVIMENTO 
(mesmo que isso não seja verdade), pois ela acha insuportável 
reconhecê-los como seus e lidar com eles. 
No deslocamento, o indivíduo “descarrega” seus 
sentimentos sobre alguém que não é a pessoa que de fato o 
chateou, ou que provocou os sentimentos ruins, pois direcioná-
los para a pessoa “certa” pode ser muito ameaçador. Na 
racionalização, a pessoa apresenta argumentos racionais para 
justificar comportamentos ruins, dela ou de outros, porque ela 
acha insuportável admitir a ocorrência do comportamento, ou 
as razões reais que o provocaram. Na regressão, ela se comporta 
de forma infantilizada, ou retorna a um comportamento 
imaturo que já havia sido abandonado, devido a uma 
dificuldade de lidar com uma situação difícil que possa estar 
enfrentando (BEE & BOYD, 2011).
FASES DO DESENVOLVIMENTO PSICOSSEXUAL
Para Freud, a formação da personalidade acontece 
ao longo dos primeiros anos de vida. Nesse processo de 
desenvolvimento, a libido, ou seja, a energia sexual, se 
desloca dentre as zonas erógenas ao longo das diferentes 
fases psicossexuais. As zonas erógenas geralmente são 
regiões do corpo que são mais sensíveis naquela etapa do 
34
PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO E DA APRENDIZAGEM
desenvolvimento, e o desenvolvimento neurológico, bem como 
o psicológico, permite a passagem da libido de uma região para 
a outra (BEE & BOYD, 2011; PAPALIA et al., 2009). 
Na primeira fase, a fase oral, que ocorre entre os zero e 12-
18 meses do bebê, a libido está localizada na boca, fazendo dela 
a principal região de gratificação, que é experimentada através 
do ato de mamar, sugar objetos e comer. Na segunda fase, a fase 
anal, que ocorre entre os 12-18 meses e os três anos, os esfíncteres 
passam a ser a zona erógena. Nessa fase, a criança sente satisfação 
e prazer na capacidade de controlar o que ela retém e o que ela 
expele para o ambiente. Na terceira fase, a fase fálica, que ocorre 
entre os três e seis anos, a zona erógena é a genital. 
Durante a fase fálica, a principal fonte de gratificação 
passa a ser a região genital; também é nessa fase que a criança 
descobre as diferenças sexuais e que ocorre o fenômeno do 
complexo de Édipo, em que a criança vive um crescente apego 
pelo genitor do sexo oposto e desenvolve uma identificação 
com o genitor do mesmo sexo. A quarta fase é a latência, que 
ocorre entre os seis anos e a puberdade. Durante a latência, as 
zonas erógenas passam por um período de adormecimento, ou 
sublimação, permitindo à criança direcionar sua energia mental 
para o aprendizado, o que é muito positivo, pois coincide com 
a época em que, em geral, a criança ingressa na escola formal e 
passa pelo processo de alfabetização (PAPALIA et al., 2009).
35
TEORIAS DO DESENVOlVIMENTO 
A última fase é a fase genital, e ocorre da puberdade 
até a idade adulta. Nessa fase, a principal fonte de prazer e 
gratificação volta a ser a região genital; é a partir daqui que o 
indivíduo passa a viver a sexualidade adulta, sendo capaz de 
experimentar a satisfação sexual madura. Durante as fases do 
desenvolvimento psicossexual, se a criança recebe gratificação 
em excesso ou se falta gratificação direcionada à zona erógena 
específica, ela pode se fixar naquela fase, o que prejudica seu 
desenvolvimento saudável (PAPALIA et al., 2009).
Na teoria de Freud, se a pessoa fosse deixada a se 
desenvolver sem que a socialização ocorresse, o id e seus 
impulsos sexuais e agressivos predominariam nela. Por outro 
lado, o processo de socialização tem, entre outros papéis, a 
função de fazer com que o indivíduo dê vazão a seus impulsos 
de forma aceitável socialmente, para que a vida em grupo, ou 
dentro de uma comunidade, seja possível. 
CONTRIBUIÇÕES DE FREUD À EDUCAÇÃO
Uma das importantes contribuições que a teoria de Freud 
trouxe para a educação foi o conceito de “inconsciente”. 
Muitas vezes, fazemos coisas que não compreendemos, e, por 
mais que aquele comportamento nos traga sofrimento, temos 
36
PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO E DA APRENDIZAGEM
grande dificuldade de abandoná-lo. Isso pode se aplicar a 
comportamentos contraproducentes por parte do professor, que 
tem dificuldade de mudar, mas também a comportamentos por 
parte do aluno, que o professor tem dificuldade de compreender.
Outras vezes, temos muita relutância em aceitar a realidade 
a respeito de nós, de nossa prática, e de nossos alunos e de 
seu processo de aprendizado; fugimos da realidade com todas 
as nossas forças, acreditando em mentiras que não podem 
se sustentar. Em outras situações, nossos relacionamentos 
com alguns alunos, ou com vários alunos, são extremamente 
difíceis e conturbados, e não conseguimos entender os motivos 
dessas dificuldades relacionais. Na teoria apresentada, muitas 
dessas vivências podem ser explicadas por conflitos e impulsos 
inconscientes, e pelos mecanismos de defesa que o ego adota 
para se proteger da tensão gerada por esses conflitos.
Outra contribuição significativa deixada pela teoria de Freud 
é a importância dos primeiros anos de vida. De acordo com a 
psicanálise, essa é a principal época da vida no que diz respeito 
ao desenvolvimento da personalidade do indivíduo, em especial 
os cinco ou seis primeiros anos, pois o tipo de relacionamento 
que a criança desenvolve aqui com os outros, consigo mesma e 
com o mundo, se prolongará ao longo de sua vida. Atualmente, 
a importância dessa fase da vida é reconhecida pelos teóricos do 
37
TEORIAS DO DESENVOlVIMENTO 
desenvolvimento, e também por grande 
parte dos profissionais da educação, e por 
isso seu estudo recebe grande ênfase da 
parte desses estudiosos.
O conceito dos mecanismos de 
defesa também pode ser considerado 
como sendo uma contribuição 
fundamental da teoria de Freud, pois 
eles ajudam a explicar comportamentos 
humanos que aparentemente não têm 
sentidonenhum e que, de outra forma, 
permaneceriam incompreendidos, tanto 
por quem tem esses comportamentos 
como por quem os presencia. No 
contexto escolar, mecanismos de defesa 
como a identificação, a projeção e o 
deslocamento são comuns, e fazem com 
que os relacionamentos entre professor 
e aluno sejam carregados de significado 
emocional, tanto bom como ruim. Além 
disso, mecanismos como a negação e a 
projeção estão amplamente presentes 
nas bases teóricas de outros campos do 
conhecimento.
A teoria de 
Freud recebeu 
e recebe 
muitas críticas, 
mas trouxe 
importantes 
contribuições 
para a 
educação.
38
PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO E DA APRENDIZAGEM
CRÍTICAS À TEORIA
Uma das críticas à teoria de Freud é a dificuldade de 
realizar pesquisas científicas que verifiquem sua aplicabilidade 
e confiabilidade. Isso se dá porque os mecanismos inconscientes 
são muito difíceis de medir, assim como os processos mentais 
vividos pelos bebês e crianças pequenas.
Além disso, o contexto cultural e histórico em que Freud 
desenvolveu sua teoria é diferente do contexto em que vivemos 
hoje, o que faz com que alguns estudiosos atuais questionem a 
aplicabilidade de alguns conceitos da psicanálise. Outra crítica 
que é comumente feita à teoria de Freud é a ênfase que ele 
colocou sobre os impulsos sexuais. Muitos teóricos releitores 
de sua teoria, tanto em sua época como hoje em dia, defendem 
abordagens que enfatizam a busca por gratificação de formal 
geral, ao invés de se focar apenas na gratificação sexual, como 
foi proposto originalmente por ele.
TEORIA PSICOSSOCIAL DE ERIKSON
Erik Erikson nasceu em 1902, na Alemanha, e morreu 
em 1994. Ele foi criado por sua mãe judia e seu padrasto 
– Erikson não sabia que seu padrasto não era seu pai 
39
TEORIAS DO DESENVOlVIMENTO 
biológico. Durante seu desenvolvimento, viveu um conflito 
de identidade entre sua origem judia e dinamarquesa, 
esta última devido à origem de seu pai biológico. 
Posteriormente, Erikson afirmou que essa bagagem confusa 
teve influência sobre a teoria que ele desenvolveu, uma 
vez que um dos temas centrais de seus escritos é a busca 
pela identidade e o processo de desenvolvimento desta 
(CLONINGER, 2002).
Ele estudou arte durante a juventude e chegou a ser 
professor de arte, dando aula para crianças que pertenciam 
ao círculo de convívio de Freud. Sua futura esposa o 
introduziu à psicanálise, e ele chegou a ser analisado por 
Anna Freud, filha do psicanalista. Com o crescimento do 
antissemitismo na Alemanha, em 1933, Erikson e sua esposa 
deixaram o país, passaram um período na Dinamarca e 
depois se mudaram para os Estados Unidos. Lá ele foi 
professor em Harvard, em Yale e na Universidade da 
Califórnia em Berkeley, e teve a oportunidade de estudar 
a cultura e os costumes de algumas tribos indígenas 
(CLONINGER, 2002).
A experiência com os índios fez com que Erikson aprendesse 
a valorizar os aspectos sociais e culturais do desenvolvimento, 
e isso teve impactos importantes sobre sua teoria, que, apesar 
40
PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO E DA APRENDIZAGEM
de ter sido grandemente influenciada pela psicanálise, deu uma 
ênfase bem maior ao papel da sociedade no desenvolvimento da 
personalidade. Assim, sua teoria hoje é conhecida como teoria do 
desenvolvimento psicossocial (LEITE & SILVA, 2019).
Um conceito importante de sua teoria é o princípio 
epigenético: a compreensão de que o processo de 
desenvolvimento envolve as dimensões biológica, social e 
individual. Na compreensão dele, a dimensão biológica está 
na base do desenvolvimento humano; a dimensão social se 
constrói na interação entre o bebê e as pessoas presentes em 
seu entorno; e a dimensão individual diz respeito ao ego, ou 
seja, ao eu, e representa a individualidade. Para ele, a cultura, o 
contexto e as relações sociais interagem com a individualidade 
para formar a personalidade, mas é a dimensão individual que 
articula as outras duas (LEITE & SILVA, 2019).
Do ponto de vista da dimensão social, Erikson entendia 
que as sociedades procuram desenvolver métodos de educação 
condizentes com seus valores culturais. O papel da educação 
seria, como consequência, não apenas o de ensinar os conteúdos 
acadêmicos, mas também os valores da cultura. Além disso, ele 
entendia que a educação não se restringe ao ambiente escolar, mas 
permeia todas as interações do indivíduo, desde seu nascimento.
41
TEORIAS DO DESENVOlVIMENTO 
O CONCEITO DE EGO
Diferentemente da teoria de Freud, a teoria de Erikson 
descreve que o ego se mantém em desenvolvimento durante 
todo o ciclo de vida do indivíduo. Além disso, para Erikson, 
o ambiente em que a criança está inserida tem um papel 
fundamental sobre seu desenvolvimento, e os fatores inatos e 
maturacionais, biologicamente determinados, saem do foco (não 
porque Erikson acreditava na inexistência desses fatores, mas 
porque o tema central de seu estudo foi o efeito das demandas 
sociais e culturais sobre o desenvolvimento humano). Ele 
entendia que o desenvolvimento humano é um processo que 
segue uma sequência fixa de estágios, e em cada um desses 
estágios o indivíduo enfrentará uma crise de personalidade, terá 
uma tarefa psicossocial a realizar e desenvolverá uma virtude 
– caso tenha sucesso em realizar a tarefa. Nesse processo, em 
cada estágio ela desenvolve um aspecto de sua identidade ou 
personalidade (BEE & BOYD, 2011).
A forma como cada indivíduo vai lidar com cada tarefa, 
para Erikson, está grandemente relacionada com o ambiente 
em que ele está inserido. Por exemplo: no primeiro estágio, 
a tarefa do bebê é desenvolver a confiança básica, mas o 
sucesso na realização dessa tarefa é resultado, em grande 
parte, das condições de afeto e responsividade que o ambiente 
42
PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO E DA APRENDIZAGEM
– representado por seus progenitores ou cuidadores – lhe 
proporciona (BEE & BOYD, 2011).
Uma vez que aquela crise é superada de forma saudável, 
os efeitos que o indivíduo terá serão duradouros, pois ele vai 
adquirir virtudes que passarão a fazer parte dele. Por outro 
lado, a resolução não saudável de uma crise também terá 
efeitos duradouros, pois seus efeitos negativos terão impactos 
significativos sobre a pessoa e sobre as relações que ela vai 
estabelecer com as outras pessoas, consigo mesma e com o 
mundo (PAPALIA et al., 2009).
AGORA É COM VOCÊ
Você já parou para pensar nos fatores ambientais que influenciaram seu 
desenvolvimento? A sugestão é que você reflita sobre isso, identificando três 
das principais influências que atuaram sobre você durante sua infância e 
adolescência (podem ser pessoas, circunstâncias, eventos etc.), e buscando 
entender os efeitos que elas trouxeram sobre quem você é hoje.
ESTÁGIOS DO DESENVOLVIMENTO PSICOSSOCIAL
Erikson descreveu oito estágios do desenvolvimento 
psicossocial, que abrangem todo o ciclo de vida, desde o 
43
TEORIAS DO DESENVOlVIMENTO 
nascimento até a velhice. Em cada um deles, é importante que 
o indivíduo aprenda a equilibrar os aspectos positivos e os 
negativos de forma saudável, ou seja, com predominância do 
aspecto positivo. Os estágios serão descritos a seguir:
• Confiança básica versus desconfiança básica: 
esse estágio tem lugar entre o nascimento e os 
12 a 18 meses, e a principal tarefa do bebê aqui 
é aprender a ver o mundo como um lugar que 
representa segurança, no qual ele poderá ter 
suas necessidades supridas. Ao mesmo tempo, 
ele também precisa aprender a ter um pouco 
de desconfiança, para conseguir perceber e 
lidar com situações em que esteja em perigo. 
Como resultado da resolução dessa crise, caso a 
confiança se sobressaia, a criança desenvolve a 
virtude da esperança. Mas caso a desconfiança se 
sobressaia, a criança passa a enxergar o ambiente 
externo como sendo ameaçador, desenvolvendo 
dificuldades para estabelecer relacionamentos 
íntimos e de confiança (PAPALIA et al., 2009);
• Autonomia versus vergonha e dúvida: esse estágio 
acontece entre os 12 a 18 meses e os três anosde 
idade. A tarefa principal da criança nessa idade é 
44
PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO E DA APRENDIZAGEM
desenvolver a independência – ela começa a fazer 
as coisas sozinha: caminhar, alimentar-se, vestir-
se, e seu comportamento passa do controle externo 
para o autocontrole – ao mesmo tempo em que 
aprende o papel da vergonha e da dúvida, pois a 
liberdade completa não é algo seguro. O resultado 
dessa crise, caso a independência predomine, é 
o desenvolvimento da virtude da vontade. Caso 
a vergonha ou a dúvida predominem, a criança 
pode desenvolver um senso de incapacidade 
e inadequação, e enfrentar dificuldades para 
tomar decisões (PAPALIA et al., 2009);
• Iniciativa versus culpa: esse próximo estágio ocorre 
entre os três e os seis anos, e a tarefa principal que 
a criança tem que realizar aqui é desenvolver a 
iniciativa para experimentar coisas novas – ela já é 
capaz de fazer planos e implementá-los – ao mesmo 
tempo em que aprende sobre o lugar do sentimento 
de culpa, ao entender que algumas coisas não podem 
ser feitas. Como resultado da resolução dessa crise, 
caso a coragem e a iniciativa predominem, a criança 
desenvolve a virtude do propósito. Por outro lado, 
caso a culpa predomine, ela pode sentir-se subjugada 
pelo sentimento de fracasso, ou desenvolver a 
45
TEORIAS DO DESENVOlVIMENTO 
necessidade de estar sempre se exibindo e falando 
de seus próprios feitos (PAPALIA et al., 2009);
• Produtividade versus inferioridade: esse estágio 
tem lugar entre os seis anos e a puberdade. A 
principal tarefa que precisa ser realizada aqui é o 
desenvolvimento do senso de produtividade – através 
do aprendizado das habilidades que sua cultura 
reconhece e valoriza – ao mesmo tempo em que a 
criança reconhece suas limitações e imperfeições. 
O resultado da resolução dessa crise, caso a 
produtividade se sobressaia, é o desenvolvimento 
da virtude da competência, também chamada na 
Psicologia de “senso de autoeficácia”. Por outro lado, 
caso a inferioridade se sobressaia, a criança pode se 
tornar dependente da família, ou então se tornar um 
workaholic, ou seja, alguém que trabalha demais 
para compensar seus sentimentos de incapacidade. 
Esse estágio, em geral, coincide com a entrada da 
criança na escola formal e com sua alfabetização, 
o que pode ajudá-la a desenvolver o senso de 
competência e produtividade, ou contribuir para que 
ela se sinta incapaz e inferior, dependendo de como 
transcorrer esse processo (PAPALIA et al., 2009);
46
PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO E DA APRENDIZAGEM
IMPORTANTE
O estágio da produtividade versus inferioridade geralmente coincide 
com a entrada da criança na escola formal e com sua alfabetização, o 
que pode ajudá-la a desenvolver o senso de competência e de produti-
vidade, ou contribuir para que ela se sinta incapaz e inferior, dependen-
do de como transcorrer esse processo.
• Identidade versus confusão de identidade: esse 
estágio acontece entre a puberdade e o início da fase 
adulta. A principal tarefa dessa fase é estabelecer 
o senso pessoal de identidade – ou seja, o senso 
de continuidade pessoal – ao mesmo tempo que o 
adolescente mantém sua capacidade de se adaptar às 
diferentes situações e demandas do ambiente. Caso 
o senso de identidade predomine, como resultado o 
adolescente irá desenvolver a virtude da fidelidade. 
Isso ocorre porque o senso saudável de identidade 
traz consigo o estabelecimento de um sistema de 
valores pessoais, juntamente com a capacidade 
de se manter estável e agir de forma previsível, o 
que permite ao indivíduo ser fiel a seus valores. 
Por outro lado, caso a confusão de identidade 
predomine, o adolescente pode experimentar 
confusão de papéis (PAPALIA et al., 2009);
47
TEORIAS DO DESENVOlVIMENTO 
• Intimidade versus isolamento: esse próximo estágio 
acontece com o jovem adulto. A principal tarefa 
dessa época da vida é desenvolver a intimidade, 
através do estabelecimento de compromisso – em 
geral, isso ocorre no processo de construção de um 
relacionamento amoroso duradouro -, sem que a 
pessoa perca sua individualidade. Como resultado 
da resolução dessa crise, caso a intimidade se 
sobressaia, a pessoa desenvolverá a virtude do amor. 
Por outro lado, caso o isolamento e a dificuldade de 
estabelecer relações íntimas se sobressaiam, a pessoa 
poderá sofrer consequências como o egocentrismo e 
o próprio isolamento social (PAPALIA et al., 2009);
• Generatividade versus estagnação: o próximo 
estágio de desenvolvimento acontece ao 
longo da meia idade, e a principal tarefa a ser 
realizada aqui é desenvolver a capacidade de 
constituir e educar a próxima geração. Como 
resultado da resolução saudável dessa crise, caso 
a generatividade predomine, o indivíduo vai 
desenvolver a virtude do cuidado. Por outro lado, 
caso ele permaneça estagnado e não aprenda 
a cuidar de outros, ele poderá experimentar 
48
PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO E DA APRENDIZAGEM
sentimentos de empobrecimento pessoal e 
perda de sentido (PAPALIA et al., 2009);
• Integridade versus desespero: esse é o último estágio 
descrito por Erikson, e ocorre durante a terceira 
idade. A principal tarefa a ser realizada aqui pelo 
idoso é aceitar a vida que viveu, da forma que viveu, 
bem como a realidade da proximidade da morte, 
ao mesmo tempo que reconhece que cometeu erros 
durante sua existência. Caso o senso de integridade 
se sobressaia, o idoso desenvolverá a virtude da 
sabedoria. Por outro lado, caso o sentimento de 
desespero predomine, o idoso poderá olhar para 
trás e experimentar sentimentos angustiosos ao 
relembrar sua trajetória, uma vez que é impossível 
retornar do começo e viver a vida novamente.
CONTRIBUIÇÕES DA TEORIA DE ERIKSON
A teoria de Erikson trouxe grandes contribuições para as 
áreas de estudos do desenvolvimento humano e da educação. 
Conhecer os estágios do desenvolvimento descritos por ele, 
bem como as tarefas que seria importante que as crianças – e 
49
TEORIAS DO DESENVOlVIMENTO 
os adultos – realizassem em cada etapa 
do desenvolvimento, pode servir de 
ferramenta para que o professor participe 
na promoção do desenvolvimento 
saudável de seus alunos. 
Além disso, é importante que o 
professor reconheça seu papel como 
transmissor dos pressupostos culturais, 
uma vez que, como figura de autoridade, 
ele é um representante dos valores de sua 
cultura. Essa prerrogativa, no entanto, 
precisa ser usada com responsabilidade, 
pois existe o risco do professor se 
aproveitar da autoridade de seu papel 
para fazer com que seus alunos sejam 
reprodutores de seus pressupostos 
pessoais, o que não deve acontecer.
Por fim, compreender a importância 
e o papel da individualidade no 
desenvolvimento das pessoas também 
é fundamental. O professor tem 
responsabilidades quanto a transmitir os 
conteúdos previstos para a sala de aula, 
APEGO
 “Relacionamento ativo, afetuo-
so, recíproco e duradouro entre 
pessoas cuja interação fortalece 
ainda mais sua ligação”.
50
PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO E DA APRENDIZAGEM
mas é fundamental que, no processo de ensinar, ele também leve 
em consideração a individualidade de seus alunos e, na medida 
do possível, respeite sua forma e ritmo de aprendizado.
TEORIA DO APEGO DE BOWLBY
O conceito de apego é descrito por Papalia (2009) como sendo 
um “relacionamento ativo, afetuoso, recíproco e duradouro entre 
pessoas cuja interação fortalece ainda mais sua ligação”. O estudo 
dessa classe específica de relacionamentos é o foco da teoria do 
apego, teoria essa que oferece uma base importante para a área de 
estudos do desenvolvimento humano.
John Bowlby, principal estudioso da teoria do apego, 
buscou entender o desenvolvimento da personalidade em 
situações adversas – mais especificamente ocasiões em que as 
crianças são separadas de suas mães ou responsáveis principais, 
deixando de receber o cuidado materno e o apoio emocional 
durante os primeiros meses de vida. Nessa teoria, entende-se 
que, desde suas primeiras experiências de vida, a criançabusca 
por proximidade afetiva e apoio psicológico de seus cuidadores, 
como forma de sobrevivência, assim como ela busca pelo 
suprimento de suas necessidades fisiológicas (ABREU, 2005).
51
TEORIAS DO DESENVOlVIMENTO 
Para que o apego se estabeleça de forma saudável, existem 
alguns aspectos fundamentais que deveriam estar presentes no 
comportamento dos cuidadores da criança. São eles: cuidado 
responsivo, sensibilidade e constância ou regularidade na 
atenção às necessidades da criança. De acordo com a teoria, a 
situação ideal para que o apego se desenvolva é o ambiente de 
alimentação do bebê (PAPALIA et al., 2009).
O apego que a criança constrói com seus cuidadores 
durante a infância terá influências importantes sobre o restante 
de sua vida, pois ela terá a tendência de construir, com 
outras pessoas, relacionamentos semelhantes aos que foram 
formados em seus primeiros anos. Isso significa que, se as 
relações construídas com seus progenitores eram próximas e 
permeadas por afetos positivos, suas relações na vida adulta 
provavelmente também serão assim; e o contrário, infelizmente, 
também é verdadeiro (PAPALIA et al., 2009). 
Para estudar as formas de apego, também chamado de 
vínculo, Bowlby e seus seguidores utilizaram o que ficou 
conhecido como Experimento da Situação Estranha, um ensaio 
conduzido em laboratório que analisava as reações de bebês 
ao serem separados de suas mães, e depois ao se encontrarem 
novamente com elas. Como resultado desses experimentos, eles 
descreveram três principais tipos de vínculo, ou apego, que as 
52
PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO E DA APRENDIZAGEM
crianças desenvolvem com seus cuidadores principais, aos quais 
foi acrescentado um quarto tipo, por estudiosos que fizeram 
releituras dessa teoria. Os três tipos descritos por Bowlby (1989, 
apud ABREU, 2005) e Ainsworth (1978, ABREU, 2005) foram o 
apego seguro, o apego evitativo e o apego resistente/ambivalente 
(ABREU, 2005; PAPALIA, 2009). O tipo que foi acrescentado 
posteriormente foi o apego desorganizado/desorientado (MAIN 
& SOLOMON, 1986, apud ABREU, 2005). 
TIPOS DE APEGO
Os três tipos descritos por Bowlby e Ainsworth foram 
o apego seguro, o apego evitativo e o apego resistente/
ambivalente. O apego desorganizado/desorientado foi 
acrescentado a essa lista posteriormente.
• Apego seguro: nesse tipo de apego, a criança vê a 
mãe (ou seu cuidador principal) como alguém que 
lhe oferece um apoio seguro, um porto seguro. Bebês 
que têm apego seguro ficam ressentidos quando a 
mãe se distancia, e ficam alegres quando ela retorna 
para perto deles. Como resultado do vínculo seguro 
que estabeleceram, essas crianças sentem-se à 
vontade para explorar seu entorno, e retornam para 
53
TEORIAS DO DESENVOlVIMENTO 
perto da mãe sempre que sentem a necessidade 
de reaver a segurança. Quando observadas em 
situações em que sua mãe estava ausente, como, por 
exemplo, em creches, essas crianças apresentavam 
mais abertura para a cooperação e maior capacidade 
intelectual do que as outras, e eram mais 
populares (ABREU, 2005; PAPALIA et al., 2009);
• Apego evitativo: nesse tipo de apego, a criança não 
vê a mãe como uma base segura, e não a procura 
quando sente necessidade de apoio. Quando a 
mãe sai do ambiente, a criança não chora nem fica 
ressentida; e quando a mãe volta, a criança tem a 
tendência de evitá-la. Crianças com apego evitativo 
não se sentem confortáveis no colo da mãe, mas 
também não gostam de ser colocadas no chão. Os 
pais de crianças com apego evitativo geralmente 
oscilam entre a disponibilidade/prestatividade 
e o afastamento emocional, e, frequentemente, 
ameaçam abandonar seus filhos a fim de coagi-los e 
controlá-los (ABREU, 2005; PAPALIA et al., 2009); 
• Apego resistente/ambivalente: nesse tipo de apego, 
a criança apresenta sentimentos ambíguos em 
relação à mãe. Quando ela sai do ambiente, eles 
54
PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO E DA APRENDIZAGEM
experimentam sentimentos de raiva e insegurança; 
quando ela volta, eles buscam proximidade, 
mas ao mesmo tempo agem de forma agressiva 
e hostil, chutando-a e se contorcendo. Crianças 
com apego resistente não costumam explorar o 
ambiente, pois não se sentem suficientemente 
seguras para isso. De acordo com a teoria, essas 
crianças acreditam que, se buscarem ajuda ou apoio 
de seus cuidadores, não serão acolhidas, e sim, 
rejeitadas (ABREU, 2005; PAPALIA et al., 2009);
• Apego desorganizado/desorientado: de acordo 
com a teoria, esse é o tipo de apego menos seguro 
de todos. Nesse tipo, as crianças apresentam 
um padrão mais confuso de apego, vivenciando 
instabilidade de sentimentos e afetos, e parecem 
estar sempre se sentindo amedrontadas. Os pais de 
crianças com apego desorganizado/desorientado 
com frequência têm traumas emocionais que não 
foram resolvidos, que podem incluir abuso físico 
e sexual, e muitas vezes esperam que seus filhos 
lhes ofereçam algum suprimento das carências 
emocionais, ao invés de eles mesmos exercerem 
esse papel (ABREU, 2005; PAPALIA et al., 2009).
55
TEORIAS DO DESENVOlVIMENTO 
TEORIA DO APEGO E APRENDIZAGEM
Idealmente, um ambiente saudável para a 
aprendizagem seria formado por professores e por alunos 
que desenvolveram apego seguro com seus cuidadores nos 
primeiros anos de vida. Como esse cenário não é possível, 
uma vez que as pessoas vivenciam as mais diversas 
experiências emocionais no início de suavida, temos como 
resultado disso o desenvolvimento dos mais diversos tipos 
de apego, e isso vai influenciar as relações que vão construir 
com outras pessoas.
Frente a isso, é importante que o professor compreenda 
as formas diferentes de vinculação que as crianças podem 
desenvolver em relação a ele. Por outro lado, é importante 
que ele também tenha em mente que os sentimentos que seus 
alunos direcionam a ele em geral são inconscientes, e resultam 
da forma de vínculo que aprenderam a construir durante seus 
primeiros anos de vida. 
Além disso, também é fundamental que o professor 
busque compreender as formas de vínculo que desenvolveu 
com seus progenitores, durante sua infância, porque isso 
vai ajudá-lo a compreender as relações que estabelece com 
seus alunos, bem como os resultados que isso traz sobre 
56
PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO E DA APRENDIZAGEM
seu ensino. Caso os resultados sejam negativos, ele pode 
trabalhar para superar essas dificuldades, o que trará 
efeitos positivos sobre seu trabalho, aumentando as chances 
de sucesso no ensino.
TEORIA BIOECOLÓGICA 
DE BRONFENBRENNER
A teoria de Urie Bronfenbrenner (1917-2005) também 
trouxe contribuições importantes para o estudo do 
desenvolvimento humano. Ela é conhecida como teoria 
ecológica, uma vez que considera o efeito de diferentes sistemas 
sobre o processo de desenvolvimento, analisando a interação 
desses sistemas sobre a formação da personalidade.
A teoria ecológica é uma teoria do desenvolvimento 
desenvolvida por Urie Bronfenbrenner que considera o efeito 
de diferentes sistemas sobre o processo de desenvolvimento, 
analisando a interação desses sistemas sobre a formação da 
personalidade. Ela passou por algumas modificações; mas, 
em sua versão mais recente, ela defende que existem quatro 
principais aspectos que interagem e atuam sobre o indivíduo 
em desenvolvimento: a pessoa, o processo, o contexto e o tempo 
(MARTINS & SZYMANSKI, 2004). 
57
TEORIAS DO DESENVOlVIMENTO 
• Pessoa: aqui estão incluídos todos os 
aspectos relacionados à individualidade. Eles 
compreendem as características biológicas, 
características de personalidade, os valores 
pessoas e as metas do indivíduo;
• Processo: na teoria ecológica, o desenvolvimento 
é visto como um processo, que ocorre de forma 
progressiva, e que resulta em interações cada vez 
mais complexas entre o indivíduo e seu ambiente;
• Contexto: no contexto, estão incluídos os diferentes 
ambientes em que o indivíduo convive: família, 
trabalho, escola, comunidade, e a cultura/sociedade 
em que ele vive. Esses ambientes influenciamo indivíduo de forma direta e indireta;
• Tempo: o tempo se refere ao contexto histórico, 
ou seja, à época em que se dá o desenvolvimento 
da pessoa, uma vez que cada época tem seus 
pressupostos e costumes, e também às várias 
mudanças pelas quais ela passa ao longo de seu 
tempo de vida (MARTINS & SZYMANSKI, 2004).
58
PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO E DA APRENDIZAGEM
O ambiente escolar, incluindo sua cultura e valores, 
representa um contexto que tem efeitos importantíssimos 
sobre o desenvolvimento das pessoas. Além disso, ele 
promove o aprendizado de conteúdos que permitem que 
o pensamento delas, bem como sua relação com o mundo, 
se torne mais complexo. Por fim, a escola geralmente está 
presente na vida das pessoas por um tempo prolongado, o que 
implica que a influência da escola sobre o desenvolvimento 
individual é marcante e definitiva.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Durante a leitura, pudemos perceber a importância do estudo 
do desenvolvimento humano para o campo da aprendizagem. 
Como foi observado, o ser humano é composto por diferentes 
aspectos, e esses diferentes aspectos interagem de diversas formas 
para formar cada um de nós, nos tornando únicos.
Vimos que o desenvolvimento humano é o campo de 
estudos que se debruça sobre as mudanças pelas quais as 
pessoas passam ao longo de seu ciclo de vida; vimos também 
que, na infância e na adolescência, essas mudanças são intensas 
e marcantes, e que o processo de aprendizagem é um dos 
aspectos que participa nessas mudanças.
59
TEORIAS DO DESENVOlVIMENTO 
Também aprendemos sobre algumas teorias do 
desenvolvimento humano, e pudemos compreender conceitos 
centrais de cada uma dessas teorias. As diferentes teorias do 
desenvolvimento humano, apesar de enxergarem o processo 
de desenvolvimento sob diferentes óticas, não são auto 
excludentes, mas complementares.
Os diferentes conceitos apresentados por cada uma das 
teorias podem se somar para nos ajudar a compreender o 
ser humano e seu desenvolvimento sob várias perspectivas, 
tornando nossa visão mais abrangente e completa. E tudo 
isso serve, em última instância, para nos ajudar a atingir mais 
sucesso na tarefa de promover o aprendizado de nossos alunos. 
Conhecer o desenvolvimento humano e os aspectos 
físicos, cognitivos, sociais e psicológicos que o influenciam 
também pode contribuir para que nós nos tornemos pessoas 
melhores. Por quê? Porque o estudo desse tema nos ajuda 
a refletir sobre nosso próprio desenvolvimento, quais as 
influências que sofremos ao longo da vida, como isso nos afeta 
hoje em dia e como isso influencia nosso trabalho e nossas 
relações. De posse dessa compreensão, podemos aprender a 
lidar de forma diferente com as situações e chegar a ter mais 
sucesso do ponto de vista pessoal, familiar, profissional etc.
60
PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO E DA APRENDIZAGEM
Por fim, sugerimos que você prossiga seus estudos sobre 
os assuntos apresentados aqui, não se limitando ao que está 
escrito nessas últimas páginas, pois essa área do conhecimento é 
muito vasta, e se fôssemos procurar abordar tudo o que existe de 
publicação sobre o tema, precisaríamos de muitos e muitos livros.
REFERÊNCIAS
ABREU, C. N. Teoria Do Apego. Casa do Psicólogo, 2005.
BEE, H.; BOYD, D. A Criança em Desenvolvimento. 12 ed. 
Artmed, 2009.
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Educación, 2002.
HALL, C. S.; LINDZEY, G.; CAMPBELL, J. B. Teorias da 
personalidade. Artmed Editora, 2000.
HAREVEN, T. Historical changes in the family and the life 
course: implications for child development. Monographs of the 
Society for Research in Child Development, p. 8-23, 1985. 
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TEORIAS DO DESENVOlVIMENTO 
LEITE, A. A. M.; SILVA, M. L. Um estudo bibliográfico da Teoria 
Psicossocial de Erik Erikson: contribuições para a educação. 
Debates em Educação, v. 11, n. 23, p. 148-168, 2019.
MARTINS, E.; SZYMANSKI, H. A abordagem ecológica de 
Urie Bronfenbrenner em estudos com famílias. Estud. pesqui. 
psicol., Rio de Janeiro, v. 4, n. 1, jun. 2004.
MOTA, M. E. Psicologia do desenvolvimento: uma perspectiva 
histórica. Temas em psicologia, v. 13, n. 2, p. 105-111, 2005.
PAPALIA, D. E.; OLDS, S. W.; FELDMAN, R. D. 
Desenvolvimento humano. Porto Alegre: Artmed, 2009.
POULAIN T., VOGEL M., KIESS W. Review on the role of 
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Pediatr, v. 32, n. 2, p. 308-314, Apr 2020. Disponível em: https://
pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/31895161/. Acesso em: 12 jun. 2023.
QUINTANA, S. M. et al. Race, ethnicity, and culture in child 
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ROUDINESCO, E. Sigmund Freud na sua época e em nosso 
tempo. Editora Schwarcz-Companhia das Letras, 2016.
	Teorias do desenvolvimento 
	Introdução
	O desenvolvimento humano e seu campo 
de estudos
	Influências que atuam sobre o curso do desenvolvimento
	Teoria psicossexual de Freud
	Biografia de Freud
	O conceito de inconsciente
	Id, ego e superego
	Mecanismos de defesa
	Fases do desenvolvimento psicossexual
	Contribuições de Freud à educação
	Críticas à teoria
	Teoria psicossocial de Erikson
	O conceito de ego
	Estágios do desenvolvimento psicossocial
	Contribuições da teoria de Erikson
	Teoria do apego de Bowlby
	Tipos de apego
	Teoria do apego e aprendizagem
	Teoria bioecológica 
de Bronfenbrenner
	considerações finais
	Referências
	Teorias da aprendizagem
	Introdução
	A aprendizagem humana e seu campo de estudos
	Visões sobre o contato com o conhecimento
	Abordagens sobre aprendizagem
	Cosmovisão cristã
	Teoria comportamental de Skinner
	Biografia de Skinner
	Conceitos centrais
	Contribuições para a educação e críticas à teoria
	Teoria construtivista de Piaget e teoria histórico-cultural de Vygotsky
	Breve biografia e contexto histórico
	Organização, adaptação e equilibração
	Estágios do desenvolvimento cognitivo
	Desenvolvimento moral 
	História de Vygotsky
	Vygotsky e a troika
	Vygotsky e a zona de desenvolvimento proximal e aprendizagem
	Contribuições das teorias de Piaget e Vygotsky para a educação
	Teoria sociocognitiva de Bandura
	Breve biografia de Albert Bandura
	Mecanismos de modelagem e imitação 
	Determinismo recíproco na teoria sociocognitiva
	Contribuições da teoria de Bandura
	Considerações finais
	Referências
	As teorias do desenvolvimento e da aprendizagem na educação
	Introdução
	Teoria e prática na formação 
e atuação de professores
	Tipos de abordagem
	Tipos de natureza
	Tipos de procedimentos metodológicos
	Tipos de objetivos
	Considerações sobre 
pesquisa e teoria na educação
	O educador frente 
à diversidade teórica
	As teorias do desenvolvimento e da aprendizagem nas práticas pedagógicas 
	Aplicação do behaviorismo na sala de aula
	Aplicação do cognitivismo na sala de aula
	Aplicação do construtivismo 
em sala de aula
	As teorias do desenvolvimento e da aprendizagem nas relações educativas
	Considerações finais
	Resumo
	Referências
	As dificuldades de aprendizagem
	Introdução
	Dificuldades e transtornos 
específicos da aprendizagem 
	Dislexia, disgrafia, 
disortografia e discalculia
	Transtorno do déficit de atenção 
e hiperatividade, transtorno 
do espectro autista e deficiência 
intelectual
	Transtorno do Espectro Autista
	Deficiência intelectual 
	A epistemologia convergente 
de Jorge Visca 
	Processo de diagnóstico da dificuldade de aprendizagem na teoria de Jorge Visca
	Considerações finais
	Referências

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