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INSTALAÇÕES 
HIDRÁULICAS
INSTALAÇÕES 
HIDRÁULICAS
Instalações Hidráulicas
Viviam Aparecida Vaz Pedrozo Cardoso e Jorge Alberto CecinViviam Aparecida Vaz Pedrozo Cardoso e Jorge Alberto Cecin
GRUPO SER EDUCACIONAL
gente criando o futuro
A água potável é, sem dúvida, um recurso essencial para garantir a manutenção da 
vida, higiene, segurança e conforto dos seres humanos. Desde os primórdios, já era 
possível identi� car tal preocupação, porque os locais escolhidos para desenvolvimen-
to das civilizações da época remontavam o cenário das construções e/ou habitações 
próximas aos cursos d’água, isto é, a ideia de local próprio para moradia priorizava o 
aproveitamento dessas regiões. Tal fato é demonstrado por Leonardo da Vinci (1452-
1519) em sua obra conhecida como Cidade Ideal. Nesse projeto, a cidade seria circun-
dada por canais para abastecimento de água e rede de esgotos. Neste contexto, por 
meio da disciplina de Instalações Hidráulicas, o aluno será capaz de ler, interpretar e 
projetar os sistemas prediais de água fria, água quente e esgoto.
Capa_SER_EC_INSTAHI.indd 1,3 29/09/20 16:53
© Ser Educacional 2020
Rua Treze de Maio, nº 254, Santo Amaro 
Recife-PE – CEP 50100-160
*Todos os gráficos, tabelas e esquemas são creditados à autoria, salvo quando indicada a referência.
Informamos que é de inteira responsabilidade da autoria a emissão de conceitos. 
Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio 
ou forma sem autorização. 
A violação dos direitos autorais é crime estabelecido pela Lei n.º 9.610/98 e punido pelo artigo 184 do 
Código Penal.
Imagens de ícones/capa: © Shutterstock
Presidente do Conselho de Administração 
Diretor-presidente
Diretoria Executiva de Ensino
Diretoria Executiva de Serviços Corporativos
Diretoria de Ensino a Distância
Autoria
Projeto Gráfico e Capa
Janguiê Diniz
Jânyo Diniz 
Adriano Azevedo
Joaldo Diniz
Enzo Moreira
Viviam Aparecida Vaz Pedrozo Cardoso
Jorge Alberto Cecin
DP Content
DADOS DO FORNECEDOR
Análise de Qualidade, Edição de Texto, Design Instrucional, 
Edição de Arte, Diagramação, Design Gráfico e Revisão.
SER_EC_INSTAHI_UNID1.indd 2 29/09/20 16:12
Boxes
ASSISTA
Indicação de filmes, vídeos ou similares que trazem informações comple-
mentares ou aprofundadas sobre o conteúdo estudado.
CITANDO
Dados essenciais e pertinentes sobre a vida de uma determinada pessoa 
relevante para o estudo do conteúdo abordado.
CONTEXTUALIZANDO
Dados que retratam onde e quando aconteceu determinado fato;
demonstra-se a situação histórica do assunto.
CURIOSIDADE
Informação que revela algo desconhecido e interessante sobre o assunto 
tratado.
DICA
Um detalhe específico da informação, um breve conselho, um alerta, uma 
informação privilegiada sobre o conteúdo trabalhado.
EXEMPLIFICANDO
Informação que retrata de forma objetiva determinado assunto.
EXPLICANDO
Explicação, elucidação sobre uma palavra ou expressão específica da 
área de conhecimento trabalhada.
SER_EC_INSTAHI_UNID1.indd 3 29/09/20 16:12
Unidade 1 - Sistemas prediais (água fria e água quente)
Objetivos da unidade ........................................................................................................... 13
Água fria: sistemas de distribuição; reservatórios; barriletes; colunas e ramais de 
distribuição............................................................................................................................14
Introdução ao tema ......................................................................................................... 14
Sistemas de distribuição ................................................................................................ 15
Reservatórios ................................................................................................................... 18
Barriletes, colunas e ramais de distribuição .............................................................. 21
Vazões de projeto, pressões e velocidades, dimensionamento ................................. 22
Vazões de projeto ............................................................................................................ 22
Pressões e velocidades ................................................................................................. 23
Dimensionamento ............................................................................................................ 24
Água quente: sistemas de aquecimento; aquecedores; distribuição e dimensionamento ...... 31
Sistemas de aquecimento ............................................................................................. 32
Aquecedores ................................................................................................................... 32
Distribuição ...................................................................................................................... 34
Dimensionamento ............................................................................................................ 35
Sintetizando ........................................................................................................................... 38
Referências bibliográficas ................................................................................................. 39
Sumário
SER_EC_INSTAHI_UNID1.indd 4 29/09/20 16:12
Sumário
Unidade 2 - Esgoto e ventilação sanitária: componentes
Objetivos da unidade ........................................................................................................... 41
Introdução .............................................................................................................................. 42
Rapidez e segurança no escoamento do esgoto ............................................................ 44
Sistema de coleta do esgoto .............................................................................................. 45
Esquema geral das instalações ......................................................................................... 47
Aparelhos sanitários............................................................................................................ 54
Tubulação e conexões ......................................................................................................... 57
Considerações finais ........................................................................................................... 60
Sintetizando ........................................................................................................................... 62
Referências bibliográficas ................................................................................................. 63
SER_EC_INSTAHI_UNID1.indd 5 29/09/20 16:12
Sumário
Unidade 3 - Instalações de esgoto sanitário, internas de gás e águas pluviais
Objetivos da unidade ........................................................................................................... 65
Projeto de instalações de esgoto sanitário .................................................................... 66
Dimensionamento do sistema de esgoto .................................................................... 67
Dispositivos complementares ....................................................................................... 72
Subsistema de ventilação .............................................................................................. 74
Águas pluviais: calhas e rufos, condutores, coletores, elementos acessórios e 
dimensionamento ................................................................................................................. 78
Sistema de captação, transporte e descarte (ou reservação) das águas pluviais ....... 81
Instalação interna de gás: características, gás natural e gás liquefeito de petróleo ....86
Sintetizando ........................................................................................................................... 89
Referências bibliográficas................................................................................................. 90
SER_EC_INSTAHI_UNID1.indd 6 29/09/20 16:12
Sumário
Unidade 4 - Prevenção e combate a incêndios
Objetivos da unidade ........................................................................................................... 92
Introdução .............................................................................................................................. 93
Combustão ........................................................................................................................ 94
Classes de fogo ................................................................................................................ 94
Classificação das edificações ...................................................................................... 95
Proteção passiva .................................................................................................................. 97
Proteção ativa .................................................................................................................. 99
Materiais de extinção ..................................................................................................... 99
Extintores de incêndio .................................................................................................. 101
Sistemas de alarme e detecção de incêndio ........................................................... 102
Rede de chuveiros automáticos (sprinklers) ............................................................ 103
Sistema sob comando de hidrantes ........................................................................... 104
Dimensionamento............................................................................................................... 108
Vazão e material a ser instalado no abrigo do hidrante ......................................... 110
Posicionamento do abrigo .......................................................................................... 111
Dimensionamento da tubulação ................................................................................. 111
Bombas de incêndio ..................................................................................................... 112
Dimensionamento da reserva de incêndio ............................................................... 113
Projeto e regulamentação ................................................................................................ 114
Sintetizando ......................................................................................................................... 116
Referências bibliográficas ............................................................................................... 117
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SER_EC_INSTAHI_UNID1.indd 8 29/09/20 16:12
A água potável é, sem dúvida, um recurso essencial para garantir a manu-
tenção da vida, higiene, segurança e conforto dos seres humanos. Desde os 
primórdios, já era possível identifi car tal preocupação, porque os locais esco-
lhidos para desenvolvimento das civilizações da época remontavam o cenário 
das construções e/ou habitações próximas aos cursos d’água, isto é, a ideia 
de local próprio para moradia priorizava o aproveitamento dessas regiões. Tal 
fato é demonstrado por Leonardo da Vinci (1452-1519) em sua obra conhecida 
como Cidade Ideal. Nesse projeto, a cidade seria circundada por canais para 
abastecimento de água e rede de esgotos. Neste contexto, por meio da discipli-
na de Instalações Hidráulicas, o aluno será capaz de ler, interpretar e projetar 
os sistemas prediais de água fria, água quente e esgoto.
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 9
Apresentação
SER_EC_INSTAHI_UNID1.indd 9 29/09/20 16:12
Ao meu amado e inesquecível fi lho, João.
A professora Viviam Aparecida Vaz 
Pedrozo Cardoso é Consultora Técni-
ca, Projetista em Instalações Hidráuli-
cas, Perita e Auditora em obras de Sa-
neamento Básico, possuí mestrado em 
Engenharia Civil pela Universidade São 
Judas Tadeu (2018). É especialista em En-
genharia de Segurança do Trabalho pela 
Universidade Cruzeiro do Sul (2018). 
Graduada em Engeharia Civil pela Uni-
versidade São Judas Tadeu (2015).
Currículo Lattes:
http://lattes.cnpq.br/4884534222606099
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 10
A autora
SER_EC_INSTAHI_UNID1.indd 10 29/09/20 16:13
Este trabalho é dedicado a todos que buscam superar o fl agelo que 
representa a falta do saneamento básico.
O professor Jorge Alberto Cecin é mes-
tre (2012) em Habitação – Planejamento 
e Tecnologia pelo Instituto de Pesquisas 
Tecnológicas do Estado de São Paulo e 
graduado (1984) em Engenheiria Civil 
pela Escola Politécnica da Universida-
de de São Paulo. Por mais de 35 anos, 
atua em empresas construtoras e de 
engenharia, privadas e públicas, e como 
docente por mais de 10 anos em escolas 
técnicas, universidades e faculdades de 
engenharia, ministrando aulas de Insta-
lações Hidráulicas.
Currículo Lattes:
http://lattes.cnpq.br/0193301856537986
O autor
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 11
SER_EC_INSTAHI_UNID1.indd 11 29/09/20 16:14
SISTEMAS PREDIAIS 
(ÁGUA FRIA E ÁGUA 
QUENTE)
1
UNIDADE
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Objetivos da unidade
Tópicos de estudo
 Desenvolver os conceitos básicos de instalações hidráulicas;
 Capacitar e habilitar o aluno para ler, interpretar e projetar os sistemas de 
água fria e água quente predial;
 Fornecer as principais diretrizes técnicas normativas para que o projeto 
atenda o melhor custo-benefício.
 Água fria: sistemas de distri-
buição; reservatórios; barriletes; 
colunas e ramais de distribuição
 Introdução ao tema
 Sistemas de distribuição
 Reservatórios
 Barriletes, colunas e ramais de 
distribuição
 Vazões de projeto, pressões e 
velocidades, dimensionamento 
 Vazões de projeto 
 Pressões e velocidades
 Dimensionamento
 Água quente: sistemas de 
aquecimento; aquecedores; dis-
tribuição e dimensionamento 
 Sistemas de aquecimento
 Aquecedores 
 Distribuição
 Dimensionamento
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 13
SER_EC_INSTAHI_UNID1.indd 13 29/09/20 16:17
Introdução ao tema
De acordo com a norma NBR 5626 (ABNT,1998), intitulada “Instalação pre-
dial de água fria”, denomina-se por água fria a água em temperatura ambiente. 
O sistema de instalação hidráulica predial é concebido com o propósito de 
garantir que a água seja transportada de uma fonte de abastecimento até os 
pontos de utilização, em condições de qualidade e quantidades sufi cientes. 
Além disso, de acordo com a referida norma, deve-se reduzir ao máximo os ní-
veis de ruídos nas tubulações, de maneira que atenda ao conforto do usuário. 
Para dimensionamento, manutenção e execução do projeto de instalações 
hidráulicas devem ser respeitadas e atendidas as exigências técnicas e reco-
mendações da Associação Brasileiras de Normas Técnicas (ABNT), com o in-
tuito de obter o melhor desempenho da instalação e potabilidade 
da água.
Elementos do projeto
Todo projeto de instalações hidráulicas deve apre-
sentar alguns itens imprescindíveis para sua correta 
e efetiva execução, tais como:
Água fria: sistemas de distribuição; reservatórios; 
barriletes; colunas e ramais de distribuição
As instalações hidráulicas são, sem dúvida, de suma importância em uma 
edifi cação, visto que são indispensáveis para que sejam atendidas as condições 
mínimas de habitabilidade, higiene e conforto.
Infelizmente, no cenário atual, ainda é possível encontrar diversas regiões 
sem o abastecimento de água potável adequado, de forma defi ciente, insufi cien-
te ou inexistente. No tocante ao abastecimento de forma defi ciente e/ou insu-
fi ciente, uma das principais possíveis causas é a imprevisibilidade em projeto 
(subdimensionamento).
Neste sentido, a disciplina de Instalações Hidráulicas busca fornecer os co-
nhecimentos básicos, para que sejam atendidas as exigências técnicasmínimas, 
quanto a higiene, segurança, economia e conforto das instalações hidráulicas, de 
modo a permitir o seu dimensionamento da maneira mais efi caz e econômica.
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 14
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a) Memorial descritivo: deve conter as informações detalhadas, com as 
especifi cações quanto aos materiais, equipamentos e métodos a serem empre-
gados na fase de execução, bem como as respectivas normas aplicáveis;
b) Memorial de cálculo: esse documento deve apresentar, de maneira deta-
lhada, todas as informações consideradas durante a fase, desenvolvimento do 
dimensionamento dos sistemas, por exemplo: estimativa da população, forma 
de abastecimento, capacidade do sistema, entre outras pertinentes ao projeto;
c) Projeto: deve conter todos os esquemas, desenhos isométricos, plantas e 
cortes e/ou elevações detalhadas, com objetivo de permitir sua total compreen-
são. Nos esquemas isométricos e plantas, recomenda-se o 
emprego da escala 1:50, e no caso de esquema de liga-
ções do reservatório (inferior e superior) e cortes e/ou 
elevações recomenda-se a utilização da escala 1:25;
d) Opcionais: a entrega da relação de lista de 
materiais e equipamentos e o orçamento pode ser 
acordado entre as partes contratada (engenheiro) 
e a parte contratante (cliente), sendo esses itens de 
caráter opcional.
Sistemas de distribuição
Geralmente, a rede de distribuição predial é alimentada por um distribui-
dor público (concessionaria, por exemplo SABESP). Entretanto, é possível que 
essa fonte possa ser particular (poço, nascente, etc.), contanto que seja assegu-
rada a qualidade da água (potabilidade) por meio de testes laboratoriais. Além 
disso, é possível ter o sistema de distribuição misto, ou seja, por meio de rede 
particular e rede pública (CREDER, 2006).
Para realização da escolha do tipo de sistema de abastecimento mais ade-
quado, alguns pontos devem ser observados com atenção, tais como:
a) Vazão do sistema de abastecimento (Qsa);
b) Vazão de pico do sistema de distribuição (Qpsd);
c) Pressão do sistema de abastecimento (Psa);
d) Pressão do ponto de consumo (Ppc);
e) Número de pavimentos da edifi cação.
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 15
SER_EC_INSTAHI_UNID1.indd 15 29/09/20 16:17
DICA
No caso de abastecimento alimentado por um distribuidor público, é 
aconselhável fazer uma consulta prévia junto à concessionária local 
(responsável pela distribuição de água), para verificar a disponibilidade 
de água (descontinuidade no abastecimento), possíveis limitações de 
vazão, variações de pressão, qualidade da água, entre outros fatores 
que possam interferir na eficácia do projeto, com a finalidade de evitar o 
subdimensionamento do sistema.
Estas são as principais variáveis a serem analisadas, de modo a permitir 
que o sistema escolhido seja a alternativa mais viável, ou seja, aquele que irá 
garantir o melhor custo-benefício, sem que isso acarrete prejuízos ou mal fun-
cionamento do sistema. Dessa maneira, garante-se que a concepção seja feita 
de modo eficiente e suficiente. 
Sistema de distribuição direto
A alimentação do sistema é realizada pela rede de distribuição (pública ou 
particular), sem passar por um reservatório (caixa d’água). Nesse caso, a ali-
mentação dos pontos de utilização de água (aparelhos, torneiras etc.) é feita 
de forma direta pela rede de distribuição. Além disso, considera-se que há uma 
capacidade de abastecimento contínuo e com pressão adequada. A Figura 1 
ilustra o sistema de distribuição direto:
REDE PÚBLICA
VR
Figura 1. Sistema de distribuição direto. 
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 16
SER_EC_INSTAHI_UNID1.indd 16 29/09/20 16:17
Sistema de distribuição indireto
Neste tipo de sistema, os pontos de utilização recebem a água de um reser-
vatório (ou mais de um reservatório). 
Sendo assim, o sistema de distribuição 
indireto pode ser de dois tipos: 
a) Sem bombeamento: utilizado em 
casos no qual a pressão na rede de dis-
tribuição é suficiente para alimentar o 
reservatório superior. A distribuição 
da água até os pontos de utilização é 
feita por gravidade;
b) Com bombeamento: é aplicado 
quando a pressão na rede de distribui-
ção não é o suficiente para alimentar 
o reservatório superior de modo dire-
to, nessa situação, se faz necessário o 
uso de reservatório inferior, e a partir 
deste é feita a alimentação do reser-
vatório superior, através do sistema de recalque. A alimentação dos pontos de 
utilização é feita por gravidade a partir do reservatório superior.
Sistema de distribuição misto
Os pontos de utilização recebem água de ambas as formas (direto e indireto).
Sistema de distribuição hidropneumático
Este tipo de sistema é pouco usual, empregado em casos especiais, quan-
do não é possível alcançar a pressão necessária em um determinado ponto 
de utilização de água, ou ainda por razões técnicas ou econômicas em que 
não é possível construir um reservatório superior. 
O sistema em questão consiste na pressurização da água, por meio de equi-
pamento elétrico. Desse modo, recomenda-se a previsão de instalação de um 
gerador, assim, caso falte energia elétrica na edificação, o abastecimento de 
água permanecerá assegurado. Também é necessária a realização de manu-
tenções periódicas para garantir o bom funcionamento do sistema. No Quadro 
1, serão apresentadas as principais vantagens e desvantagens dos sistemas de 
distribuição direto e indireto:
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 17
SER_EC_INSTAHI_UNID1.indd 17 29/09/20 16:17
Tipo de Sistema de 
Distribuição Vantagens Desvantagens
Direto
A qualidade da água é melhor 
(devido a presença de cloro);
Maior pressão disponível na 
rede pública (pressão mínima 
10 m.c.a);
Reduz o custo dispendido com 
a instalação (dispensa o uso de 
bombas, registros, boia, caixa 
d´água etc.).
Descontinuidade no 
abastecimento (possibilidade da 
falta de água na rede pública);
Elevadas variações de pressão ao 
longo do dia (picos de maior ou 
menor consumo);
Grandes pressões em construções 
localizados em cotas mais baixas 
(pontos baixos da cidade);
Vazão limitada (ocasionada 
pelo pequeno diâmetro das 
tubulações, o que impossibilita a 
inclusão de válvulas de descarga);
Possibilidade de golpe de aríete;
Necessidade de maior capacidade 
do sistema de reserva público.
Indireto
Fornecimento contínuo de água 
(caso falte água no sistema 
público, este é assegurado pelo 
reservatório);
Baixa variação de pressão no 
decorrer do dia;
É possível incluir válvula de 
descarga;
Golpe de aríete é insignifi cante.
Possibilidade de contaminação 
da água (lodo e/ou detritos no 
interior do reservatório);
Na impossibilidade de elevação do 
reservatório pode ocorrer redução 
na pressão;
Elevação no custo de instalação 
do sistema (necessidade de boia, 
reservatório, etc.).
QUADRO 1. SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO: VANTAGENS E DESVANTAGENS
ASSISTA
Você sabe o que é golpe de aríete? Para descobrir, assista 
ao vídeo: O que é golpe de ariéte.
Reservatórios
Os reservatórios são comumente aplicados para suprir as necessidades 
de água, em especial, para compensar as irregularidades no fornecimento 
de água, decorrentes das falhas ou insufi ciências (falta de água) na rede 
de abastecimento público, com a fi nalidade de garantir o abastecimento de 
água de maneira contínua, mesmo quando há interrupção no fornecimento 
de água.
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 18
SER_EC_INSTAHI_UNID1.indd 18 29/09/20 16:17
Segundo a NBR 5626 (ABNT,1998), o volume mínimo reservado deve ser o 
suficiente para garantir o abastecimento de água pelo período mínimo de 24 
horas. Nesse caso, considera-se o consumo de água normal. Atenção, pois essa 
reserva de água não comtempla a reserva de água para combate a incêndio.
O volume de água a ser atribuído para combate a incêndio deve estar de 
acordo com a legislação do corpo de bombeiros local, geralmente esse volume 
é cerca de 15% a 20% do volume total.
Definida a capacidade requerida para reservara água, caso haja reservató-
rio superior e inferior, é habitual a distribuição do volume de água em 60% do 
volume total para o reservatório inferior e 40% para o superior.
• Cálculo da reservação (estimativa da população)
É usual a adoção da estimativa populacional por ambiente, sendo de duas 
pessoas por quarto social e de uma pessoa por quarto de serviço. Na ausência 
de informações, podemos adotar a estimativa de população, de acordo com o 
tipo de edificação (prédios públicos ou comerciais), conforme apresentado na 
Tabela 1: 
Local Taxa de Ocupação
Bancos Uma pessoa por 5,00 m² de área
Escritórios Uma pessoa por 6,00 m² de área
Pavimentos térreos Uma pessoa por 2,50 m² de área
Lojas-pavimentos superiores Uma pessoa por 5,00 m² de área
Museus e bibliotecas Uma pessoa por 5,50 m² de área
Salas de hotéis Uma pessoa por 5,50 m² de área
Restaurantes Uma pessoa por 1,40 m² de área
Salas de operação (hospital) Oito pessoas
Teatros, cinemas e auditórios Uma cadeira para cada 0,70 m² de área
TABELA 1. TAXA DE OCUPAÇÃO POR TIPO DE EDIFICAÇÃO
Fonte: CREDER, 2006. (Adaptado). 
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 19
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Também podemos calcular o consumo diário a partir da população estima-
da e do tipo de edificação, de acordo com a Tabela 2:
Prédio Consumo (litros)
Alojamento provisório 80 per capita
Casas populares ou rurais 120 per capita
Residências 150 per capita
Apartamentos 200 per capita
Hotéis (s/cozinha e s/lavanderia) 120 por hóspede
Hospitais 250 por leito
Escolas - internatos 150 per capita
Escolas - externatos 50 per capita
Quartéis 150 per capita
Edifícios públicos ou comerciais 50 per capita
Escritórios 50 per capita
Cinemas e teatros 2 por lugar
Templos 2 por lugar
Restaurantes e similares 25 por refeição
Garagens 50 por automóvel
Lavanderias 30 por Kg de roupa seca
Mercados 5 por m² de área
Matadouros - animais de grande porte 300 por cabeça abatida
Matadouros - animais de pequeno porte 150 por cabeça abatida
Fábricas em geral (uso pessoal) 70 por operário
Postos de serviço p/automóvel 150 por veículo
Cavalariças 100 por cavalo
Jardins 1,5 por m²
TABELA 2. CONSUMO DE ÁGUA POR TIPO DE EDIFICAÇÃO
Fonte: CREDER, 2006. (Adaptado). 
O consumo diário (Cd) pode ser calculado pela fórmula:
Cd = P ∙ q
Onde: 
P = população estimada;
q = consumo por pessoa (litros/dia);
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 20
SER_EC_INSTAHI_UNID1.indd 20 29/09/20 16:17
Cd = consumo diário (litros/dia).
• Capacidade dos reservatórios:
Para garantir o abastecimento de água, mesmo quando ocorrer a interrup-
ção do fornecimento, aconselha-se que, para cálculo da capacidade dos reser-
vatórios, considere-se o período de dois dias de consumo, deste modo:
CR = 2 ∙ Cd
Onde: 
Cd = consumo diário (litros/dia);
CR = capacidade total do reservatório (litros).
Barriletes, colunas e ramais de distribuição
Podemos dividir um sistema predial completo de água fria em três sub-sistemas: 
a) Sub-sistema de alimentação: ramal predial, cavalete/hidrômetro e alimen-
tador predial;
b) Sub-sistema de reservação: reservatório inferior, estação elevatória e reser-
vatório superior;
c) Sub-sistema de distribuição interna: barrilete, coluna, ramal e sub-ramal.
A Figura 2 apresenta a representação de um sistema predial completo de água fria:
Barrilete
Reservatório superior (RS)
Registro de gaveta
Tubulação de recalque
Válvula de retenção
Estação elevatória
Alimentador predial
Rede pública
Ramal predial
Cavalete hidrômetro
Resevatório inferior (RI)
Sub ramal
Ramal
Coluna de distribuição
Figura 2. Sistema predial de água fria. 
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 21
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Vazões de projeto 
A vazão de projeto é a vazão que deve ser atendida nos pontos de utilização. 
Além disso, vale ressaltar que essa vazão deve ser igual ou maior a estabelecida 
na Tabela 4. Os valores apresentados na quarta coluna da Tabela 3 são referentes 
aos pesos relativos, e serão utilizados mais adiante. Na Tabela 4 é apresentada a 
relação de diâmetros pelo ábaco de perdas de carga:
Vazões de projeto, pressões e velocidades, dimensionamento 
A seguir, serão apresentadas as principais defi nições, exigências mínimas e 
tabelas, que devem ser aplicadas para fi ns de dimensionamento do sistema de 
água fria conforme preconizadas pelas normas técnicas regulamentadoras.
Vazão nos pontos de utilização em função do aparelho sanitário e da peça de utilização 
Aparelho sanitário Peça de utilização
Vazão de 
projeto 
(litros/s)
Peso 
relativo
Bacia sanitária
Caixa de descarga 0,15 0,3
Válvula de descarga 1,70 32
Banheira Misturador (água fria) 0,30 1
Bebedouro Registro de pressão 0,10 0,1
Bidê Misturador (água fria) 0,10 0,1
Chuveiro ou ducha Misturador (água fria) 0,20 0,4
Chuveiro elétrico Registro de pressão 0,10 0,1
Lavadora de pratos ou de roupas Registro de pressão 0,30 1
Lavatório Torneira ou misturador (água fria) 0,15 0,3
Mictório cerâmico
Com sifão 
integrado Válvula de descarga 0,50 2,8
Sem sifão 
Integrado
Caixa de descarga, registro 
de pressão ou válvula de 
descarga para mictório
0,15 0,3
TABELA 3. VAZÕES DE PROJETO E PESOS RELATIVOS
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 22
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Mictório tipo calha Caixa de descarga ou registro de pressão
0,15 por 
metro de 
calha
0,3
Pia
Torneira ou misturador 
(água fria) 0,25 0,7
Torneira elétrica 0,10 0,1
Tanque Torneira 0,25 0,7
Torneira de jardim ou lavagem em geral Torneira 0,20 0,4
Fonte: ABNT, 1998. (Adaptado).
Fonte: JUNIOR, 2013. (Adaptado).
Ábaco simplifi cado (somatórios de 0 a 100).
Soma dos 
pesos 0 ⇔ 1,1 ⇔ 3,5 ⇔ 18 ⇔ 44 ⇔ 100
ø Soldável 
(mm) 20 mm 25 mm 32 mm 40 mm 50 mm
ø Roscável 
(pol.) 1/2” 3/4” 1” 1.1/4” 1.1/2”
TABELA 4. ÁBACO (DIÂMETROS)
Pressões e velocidades
Segundo a NBR 5626 (ABNT, 1998), para verifi cação da pressão disponível, 
deve-se realizar o cálculo trecho a trecho. Desse modo, para encontrar a pres-
são disponível residual no ponto de utilização, devemos subtrair, da pressão 
inicial, os valores referentes a perda de carga (determinados para os tubos, 
conexões, registros e outras singularidades).
O processo adotado consiste em tentativas, assim, o 
diâmetro escolhido deve respeitar a velocidade máxima 
de 3m/s. Quando a pressão residual for negativa ou 
inferior à pressão necessária para o ponto de utili-
zação, bem como em casos nos quais o diâmetro 
calculado for impraticável, deve-se aumentar os 
diâmetros dos trechos anteriores e recalcular o 
diâmetro do trecho atual.
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 23
SER_EC_INSTAHI_UNID1.indd 23 29/09/20 16:17
Para garantir o atendimento da vazão de projeto nos pontos de utilização, 
conforme apresentado anteriormen-
te na Tabela 4, deve-se estabelecer 
a pressão de água em condições di-
nâmicas (com escoamento). Segundo 
a NBR 5626 (ABNT,1998), a pressão 
nunca deve ser inferior a 10 kPa, ex-
ceto no ponto de descarga, no qual a 
pressão pode ser inferior a tal valor, 
com um valor mínimo de 5 kPa. Já no 
caso da válvula de descarga até a ba-
cia sanitária, a pressão não pode ser 
inferior a 15 kPa.
No tocante a velocidade, a referida norma estabelece que, para o dimen-
sionamento das tubulações, deve-se respeitar a velocidade limite de 3 m/s 
em todos os trechos das tubulações. Recomenda-se a adoção de velocidades 
entre 0,6 m/s e 1m/s.
Dimensionamento
A seguir, serão apresentadas as principais fórmulas, métodos e critérios 
adotados para dimensionamento do sistema de água fria. 
• Cálculo do diâmetro:
Partindo da equação da continuidade, podemos determinar a área neces-
sária da seção circular da tubulação, e a partir deste dado, calcular o diâmetro 
da tubulação.
1º passo: calcular a vazão a partir dos dados de consumo diária:
Cd
1 dia
Cd
24 x 60 x60
=Qalim = 
Onde:
Qalim = vazão (em m³/s);
Cd = consumo diário (em m³);
1 dia = 86.400 segundos (24 horas, com 60 minutos por hora e 60 segundospor minuto).
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 24
SER_EC_INSTAHI_UNID1.indd 24 29/09/20 16:18
2º passo: calcular o diâmetro da tubulação, utilizando a fórmula abaixo:
Dalim = 
4 x Qalim
π ∙ v
 
Onde:
Dalim = diâmetro da tubulação (em m);
v = velocidade da água (em m/s).
Dimensionamento do conjunto elevatório
• Vazão de recalque:
Segundo a NBR 5626 (ABNT, 1998), a capacidade de funcionamento horária 
da bomba é de 15% do consumo diário. É aconselhável a adoção de 20%. Desse 
modo, podemos garantir o funcionamento da bomba por 5 horas, assim recal-
car o volume diário, consequentemente:
0,20 x Cd
5 horas
Qrec ≥
 
Onde:
Qrec = vazão de recalque (em m³/s);
0,20 ∙ Cd = 20% do consumo diário.
• Tubulação de recalque:
Drec = 1,3 4 x ∙ Qrec 
Onde:
Drec = diâmetro da tubulação de recalque (em m);
x = relação entre o número de horas de funcionamento diário da bomba e 
24 horas;
Qrec = vazão de recalque (em m³/s).
• Tubulação de sucção:
Deve-se adotar, como diâmetro da tubulação de sucção, um diâmetro acima 
do diâmetro de recalque. Por exemplo, se o diâmetro de recalque for igual a 20 
mm, adota-se como diâmetro de sucção, 25 mm. Atenção: consultar sempre as 
tabelas comerciais dos fabricantes.
• Altura manométrica:
A altura manométrica é calculada como a soma da altura geométrica acres-
cida da somatória das perdas de carga localizadas e perdas de carga distribuí-
das ao longo da canalização. Conforme apresentado na Figura 3: 
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 25
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RESERVATÓRIO
RESERVATÓRIO
Hg
Hr
Hs
Figura 3. Conjunto elevatório.
Hg = Hr + Hs
Onde:
Hg = altura geométrica (em m);
Hs = altura de sucção (em m);
Hr = altura tubulação de recalque (em m).
Hm = Hg + ∑ΔHr + ∑ΔHs
Onde:
Hm = altura manométrica (em m);
Hg = altura geométrica (em m);
∑ΔHs = somatória das perdas de carga na tubulação de sucção (em m);
∑ΔHr = somatória das perdas de carga na tubulação de recalque (em m).
• Potência do conjunto moto-bomba:
A potência do conjunto moto-bomba pode ser calculada pela seguinte fórmula:
γ ∙ Qrec ∙ Hm
75 ∙ η
P = 
Onde: 
P = potência do conjunto moto-bomba (em HP ou CV);
γ = peso específico do líquido (em Kgf/m³);
Qrec = vazão de recalque (em m³/s);
Hm = altura manométrica (em m);
η = rendimento do conjunto moto-bomba (ηB ∙ ηM).
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 26
SER_EC_INSTAHI_UNID1.indd 26 29/09/20 16:18
• Cálculo da energia consumida:
E = P ∙ Δt
Onde:
E = energia consumida (em kWh);
P = potência do conjunto moto-bomba (em HP ou CV);
Δt = período da bomba em funcionamento, número de horas diário multipli-
cado pela quantidade de dias.
• Comprimentos equivalente e real:
Denominamos como comprimento real (LR) o comprimento da tubulação, já 
o comprimento virtual (Lv) ou comprimento equivalente (L equivalente) são os 
referentes as conexões, conforme serão apresentados nas Tabelas 6 e 7:
L total = L equivalente + L real
Onde:
L total = somatória dos comprimentos (em m);
L equivalente = somatória dos comprimentos equivalentes (em m);
L real = somatória dos comprimentos das tubulações (em m).
• Perda de carga:
Podemos definir como perda de 
carga a diferença de energia final e 
inicial. Nas tubulações, essa perda de 
carga pode ocorrer de duas formas:
a) Perda de carga distribuída: ge-
rada pelo deslocamento da água nas 
tubulações;
b) Perda de carga localizada: ocor-
re devido às conexões, válvulas, re-
gistros etc.
Por meio da equação universal, é 
possível calcular a perda de carga nas 
tubulações, utilizando-se dos valores de rugosidade dos tubos disponibilizados 
pelo fabricante. Na ausência dessas informações, pode-se empregar as expres-
sões de Fair-Whipple Hsiao, dadas por:
Para tubos rugosos (tubos de aço-carbono, galvanizado ou não):
J = 20,2 x 106 x Q1,88 x D-4,88
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 27
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Para tubos lisos (tubos de plástico, cobre ou liga de cobre):
J = 8,69 x106 x Q1,75 x D-4,75
Onde:
J = perda de carga unitária (em kPa/m);
Q = vazão estimada na seção considerada (em l/s);
D = diâmetro interno do tubo (em mm).
Nas Tabelas 5 e 6 são apresentados os valores referentes a perda de cargas 
em conexões: 
Fonte: ABNT, 1998. (Adaptado). 
Diâmetro 
nominal 
(DN)
Cotovelo 
90° 
Cotovelo 
45°
Curva 90° Curva 45° Tê passagem 
direta
Tê 
passagem 
lateral
15 0,5 0,2 0,3 0,2 0,1 0,7
20 0,7 0,3 0,5 0,3 0,1 1
25 0,9 0,4 0,7 0,4 0,2 1,4
32 1,2 0,5 0,8 0,5 0,2 1,7
40 1,4 0,6 1 0,6 0,2 2,1
50 1,9 0,9 1,4 0,8 0,3 2,7
65 2,4 1,1 1,7 1 0,4 3,4
80 2,8 1,3 2 1,2 0,5 4,1
100 3,8 1,7 2,7 ... 0,7 5,5
125 4,7 2,2 ... ... 0,8 6,9
150 5,6 2,6 4 ... 1,0 8,2
TABELA 5. PERDA DE CARGA EM CONEXÕES - COMPRIMENTO EQUIVALENTE 
PARA TUBO RUGOSO 
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 28
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Diâmetro 
nominal 
(DN)
Cotovelo 
90° 
Cotovelo 
45°
Curva 90° Curva 45° Tê passagem 
direta
Tê 
passagem 
lateral
15 1,1 0,4 0,4 0,2 0,7 2,3
20 1,2 0,5 0,5 0,3 0,8 2,4
25 1,5 0,7 0,6 0,4 0,9 3,1
32 2,0 1,0 0,7 0,5 1,5 4,6
40 3,2 1,0 1,2 0,6 2,2 7,3
50 3,4 1,3 1,3 0,7 2,3 7,6
65 3,7 1,7 1,4 0,8 2,4 7,8
80 3,9 1,8 1,5 0,9 2,5 8,0
100 4,3 1,9 1,6 1 2,6 8,3
125 4,9 2,4 1,9 1,1 3,3 10,0
150 5,4 2,6 2,1 1,2 3,8 11,1
TABELA 6. PERDA DE CARGA EM CONEXÕES - COMPRIMENTO EQUIVALENTE 
PARA TUBO LISO 
Fonte: ABNT, 1998. (Adaptado). 
A perda de carga é dada pela fórmula a seguir:
∑ ΔH = ∑ ΔH dist. + ∑ ΔH loc
Onde:
∑ ΔH = somatória da variação de perda de carga (em m);
∑ ΔH dist. = somatória da variação de perda de carga distribuída (em m);
∑ ΔH loc. = somatória da variação de perda de carga localizada (em m).
Onde:
ΔH = J ∙ Ltotal
Com:
ΔH = perda de carga (em m);
J = perda de carga unitária (em kPa/m);
L total = L equivalente + L real (em m).
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 29
SER_EC_INSTAHI_UNID1.indd 29 29/09/20 16:18
• Estimativa de vazão (demanda provável):
Podemos estimar a vazão de consumo ocasionada em razão da demanda de uso 
simultâneo pela equação a seguir:
Q = 0,3 ΣP
Onde:
Q = vazão estimada na seção considerada (em l/s);
ΣP = somatória dos pesos das peças de utilização.
Atenção, este método deve ser aplicado apenas para instalações residências de 
uso comum.
• Dimensionamento de barriletes e colunas de distribuição (prumadas):
Temos que levar em conta as pressões mínimas disponíveis (dinâmicas) e má-
ximas estáticas, bem como a velocidade máxima de 3 m/s. Atenção em qualquer 
ponto da tubulação, porque a pressão dinâmica não pode ser menor que 5 kPa (0,5 
m.c.a).
Aplicando 
Com base no conteúdo teórico apresentado, vamos resolver um estudo de caso 
para fixar e internalizar alguns dos conceitos aprendidos.
Estudo de caso
Você trabalha em uma empresa que foi contratada para elaborar o projeto de 
instalações hidráulicas de um edifício residencial de 11 pavimentos, com 4 aparta-
mentos por pavimento, sendo que cada apartamento possui 3 quartos e duas de-
pendências de empregada. Sabe-se que a reserva de incêndio é de 20.000 litros a ser 
armazenada no reservatório superior. Adotar a velocidade igual a 1m/s. Determine:
a) A população do prédio;
b) O volume de um dia de consumo;
c) O volume dos reservatórios inferior e superior;
d) A vazão e o diâmetro do ramal de alimentação.
Solução:
a) A população do prédio:
1º passo: definir a população estimada, conforme recomendações:
2 pessoas por quarto e 1 pessoa por dependência de empregada.
2° passo: calcular a população estimada:
P = (3 ∙ 2) + (2 ∙ 1) = 8 pessoas / apto ∙ 44 aptos
P = 352 pessoas 
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 30
SER_EC_INSTAHI_UNID1.indd 30 29/09/20 16:18
b) O volume de um dia de consumo:
1° passo: consultar o consumo diário (por pessoa) por tipo de prédio na Tabela 3:
200 l/dia
2° passo: calcular o consumo diário:
Cd = P . q.
Cd = 352 x 200 l / dia = 70.400 l / dia ou 70,40 m³/dia
 
c) O volume dos reservatórios inferior e superior:
1° passo: calcular, a capacidade dos reservatórios
CR = 2Cd
CR = 2 × 70.400 = 140.800 l 
2° passo: distribuição do volume de água por reservatório
CR (superior) = (0,4 × 140.800) + 20.000 l = 76.320 l
CR (inferior) = (0,6 × 140.800) = 84.480 l
 
d) A vazão e o diâmetro do ramal de alimentação:
1º passo: calcular, a partir dos dados de consumo diário, a vazão:
Cd
1 dia
70.400
24 x 60 x60
Qalim = = = 0,8148 l/s
 
2º passo: calcular o diâmetro da tubulação, utilizando a fórmula abaixo:
Dalim = 
4 x Qalim
π ∙ v
= 0,0322 m ∴ Dcomercial = 40 mm= Dalim = 
4 x 0,8148 x 10-3
π.1
Água quente: sistemas de aquecimento; aquecedores; 
distribuição e dimensionamento 
Podemos defi nir como instalações prediais de água quente os sistemas que 
têm, por fi nalidade, garantir o aquecimento e distribuição da água em uma 
edifi cação. Segundo a NBR 7198 (ABNT, 1993), os sistemas de água quente de-
vem ser dimensionados com objetivo de atender as necessidades no que se 
refere ao fornecimento de água de forma contínua, em temperatura adequada, 
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 31
SER_EC_INSTAHI_UNID1.indd 31 29/09/20 16:18
com quantidades sufi cientes, pressões e velocidades que proporcionem o bom 
funcionamento dos aparelhos sanitários e tubulações, bem como garantir a 
segurança aos usuários. Além disso, deve, também, assegurar a potabilidade 
da água, o conforto dos usuários e racionalização do consumo de energia.
Sistemas de aquecimento
Os sistemas de aquecimento de água quente são constituídos, basicamente, 
pelos seguintes componentes: 
a) Tubulações de água fria: alimentam o sistema de água quente;
b) Aquecedores: podem ser instantâneos (de passagem) e de acumulação;
c) Peças de utilização: chuveiros, torneiras, lavatórios, etc;
d) Tubulações de distribuição;
e) Dispositivo de segurança.
Tipos de sistemas de água quente
Os sistemas de instalação de água quente podem ser classifi cados em:
a) Individual: alimenta apenas um aparelho (por exemplo, apenas o chuveiro);
b) Central privado: alimenta diversos aparelhos de uma unidade residencial;
c) Central coletivo: alimenta um conjunto de aparelhos de diversas unidades 
(hospitais, escolas, prédios de apartamentos, etc.).
A temperatura da água quente
 A temperatura da água quente é variável de acordo com a destinação:
a) Uso pessoal para higiene e banhos: 35 °C a 50 °C;
b) Dissolução de gorduras (cozinhas): 60 °C a 70 °C;
c) Lavanderias: 75 °C a 85 °C;
d) Finalidades médicas (esterilização): 100 °C ou mais.
Aquecedores 
Há diversos tipos de aquecedores, os mais utilizados são: 
a) Instantâneos ou de passagem: não é necessária a 
reservação, aquece a água no momento em que passa por 
ele. Exemplos comuns desse tipo de aquecedor: tornei-
ras elétricas, chuveiros elétricos, aquecedores a gás, etc;
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 32
SER_EC_INSTAHI_UNID1.indd 32 29/09/20 16:18
b) De acumulação: constituído por um reservatório no qual a água em seu 
interior é aquecida para posteriormente ser utilizada, comumente empregados 
em instalações de aquecimento central privado e coletivo. Um exemplo típico 
desse tipo de aquecedor é o boiler. 
A utilização de aquecedores de acumulação proporciona maior conforto 
nas instalações, de modo a possibilitar uma maior vazão nos pontos de utili-
zação (torneiras, chuveiros etc.), sem depender da pressão da água para o seu 
bom funcionamento. 
Entretanto, no caso dos aquecedores de acumulação a gás, pode-se destacar, 
como desvantagem, suas dimensões serem maiores, desse modo, ocupam maior 
espaço, sendo recomendados apenas em casos em que haja grande volume de 
água que torne viável o seu emprego (superior a quatro pontos de utilização).
As fontes de aquecimento: vantagens e desvantagens
As fontes de aquecimento podem ser de três tipos: elétricas, gás e solar. 
Os aquecedores elétricos apresentam, como principal vantagem, o fato de 
serem de fácil instalação e dispensarem tubulações, entretanto, eles apresen-
tam maior custo com consumo de energia (kW), baixa pressão e pouca vazão 
de água ( JUNIOR, 2013).
Os aquecedores a gás se destacam em comparação aos aquecedores elétri-
cos, pois apresentam pressão de água superior e fornecimento de água quente 
para uso imediato, no entanto é preciso se atentar com a instalação, de tal 
forma a evitar a ocorrência de vazamento de gás. 
Além disso, esse tipo de aquecedores requerem uma maior atenção, sua 
alimentação é feita pelo reservatório de água superior ou ainda por dispositivo 
de pressurização. Para sua correta instalação, deve-se consul-
tar a NBR 13103 (ABNT, 2006), que apresenta as exigências 
para sua correta instalação, bem como seguir as especifica-
ções e recomendações dos fabricantes.
ASSISTA
Para saber um pouco mais sobre os tipos de aquecedo-
res, assista ao vídeo: Principais sistemas de aquecimento 
de água.
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 33
SER_EC_INSTAHI_UNID1.indd 33 29/09/20 16:18
O uso de aquecedores solares tem sido mais frequente atualmente. Com o 
desenvolvimento de novas tecnologias, os custos com a implantação do siste-
ma de aquecedores solares são menores. Além disso, eles representam a eco-
nomia no consumo de energia elétrica, assim, com a redução dos custos com 
o consumo de energia elétrica, o sistema se torna viável. Ainda vale ressaltar 
a importância desse sistema, uma vez que ele pertence ao grupo de fontes de 
energia consideradas sustentáveis e ecologicamente corretas.
A principal vantagem do sistema de aquecedores solares é, sem dúvida, a 
economia de energia. Ele reduz em cerca de 35% do consumo de energia elé-
trica. Outra vantagem é a facilidade de manutenção do sistema, considerada 
pouco necessária, além de ser uma fonte de energia inesgotável e limpa. 
Distribuição
A rede de distribuição de água quente segue as mesmas regras da rede de 
distribuição de água fria. O traçado da rede de água quente é independente, ou 
seja, por tubulações separadas do sistema de água fria.
Materiais:
Os materiais empregados nas tubulações de água quente são de cobre re-
cozido com conexões em bronze, latão, CPVC (policloreto de vinila clorado), 
PEX (tubos fl exíveis de polietileno reticulado) e PPR (polipropileno copolímero 
Randon). Não é aconselhável o uso de 
tubos de ferro, pois esse tipo de mate-
rial apresenta baixa resistência à cor-
rosão. Também não é recomendável a 
utilização de tubulações de PVC (clore-
to de vinila). Por conta do coefi ciente 
de dilatação térmica, o material amo-
lece a 100 ºC a 60 ºC a a pressão de ser-
viço reduz para 2 kgf/cm². As tubulações de cobre, CPVC e PPR geralmente são 
as mais utilizadas nos sistemas de água quente. 
Isolamento:
Para isolamento das tubulações, recomenda-se a utilização de produtos à 
base de lã de rocha, vermiculita e silicato de cálcio.
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 34
SER_EC_INSTAHI_UNID1.indd 34 29/09/20 16:19
Dimensionamento
Para o dimensionamento do sistema de água quente, vamos respeitas as 
premissas apresentadas anteriormente para o sistema de água fria, bem como 
atender as exigências impostas pelas normas técnicas, em especial a NBR 7198 
(ABNT, 1983).
Consumo de água quente
Na ausência de dados, podemos estimar o consumo de água quente de 
acordo com a Tabela 7:
Tipo de Edifi cação Unidade Consumo (litros/dia)
Alojamento provisório de obra por pessoa 24
Casa popular ou rural por pessoa 36
Residências
Aquecedor elétrico por pessoa 45
Aquecedor a gás por pessoa 40
Aquecedor solar por pessoa 50
Apartamento por pessoa 60
Quartel por pessoa 45
Escola (internato) por pessoa 45
Hotel (sem incluir cozinha e lavanderia) por hóspede 36
Hospital por leito 125
Restaurante e similares por refeição 12
Lavanderia por kg de roupa seca 15
TABELA 7. ESTIMATIVA DE CONSUMO DE ÁGUA QUENTE
Fonte: ABNT, 1983. (Adaptado). 
• Dimensionamento de aquecedores de acumulação:
O volume de água a ser reservado pode ser determinado por meio da equa-
ção dos misturadores líquidos.
V1T1 + V2T2 = V3T3
Onde:
V1 = volume de água quente no aquecedor;
INSTALAÇÕESHIDRÁULICAS 35
SER_EC_INSTAHI_UNID1.indd 35 29/09/20 16:19
V2 = volume de água fria a ser misturado;
V3 = volume de água no final do misturador;
T1 = temperatura da água no aquecedor;
T2 = temperatura da água fria;
T3 = temperatura da água final da mistura. 
• Dimensionamento aquecedor solar:
Quantidade de calor:
Q = m ∙ c ∙ Δt
Onde:
Q = quantidade de calor por unidade de tempo (em kcal/dia);
m = massa de um líquido por unidade de tempo (em kg/h);
c = calor específico do líquido (em kcal/kg.°C);
Δt = diferença de temperatura entre a água que sai e a que entra no coletor 
(em °C).
A área do coletor:
Q
I . η
A =
 
Onde:
A = área do coletor (em m²);
Q = quantidade de calor por unidade de tempo (em kcal/dia);
I = intensidade média da radiação solar (em kcal.h/m² ou kWh/m² dia);
η = rendimento do coletor, estimado em 50%.
• Cálculo do consumo de energia elétrica
O aquecimento ocorre por meio do calor dissipado com a passagem de cor-
rente elétrica de intensidade I (em ampères) pelo condutor de resistência R 
(ohms). A energia dissipada potência P (em Watts) é dada por:
Potência:
P = R ∙ I²
Onde:
P = potência (em Watts);
R = resistência (em ohms);
I = corrente (em ampères).
Resistência: ρL
S
R =
 
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 36
SER_EC_INSTAHI_UNID1.indd 36 29/09/20 16:19
Onde:
R = resistência (em ohms);
ρ = resistividade do material (em ohms.mm²/m);
L = comprimento do resistor (em metros);
S = seção do resistor (em mm²).
Tensão:
V = R ∙ I
Onde:
V = tensão (em volts);
R = resistência (em ohms);
I = corrente (em ampères).
Energia:
E = P ∙ t
Onde:
E = energia (em Watts/h);
P = potência (em Watts);
t = tempo (em horas).
Quantidade de calor:
Q = m ∙ c ∙ Δt
Onde:
Q = quantidade de calor por unidade de tempo (em kcal/dia);
m = massa de um líquido por unidade de tempo (em kg/h);
c = calor específico do líquido (em kcal/kg.°C);
Δt = diferença de temperatura entre a água que sai e a que entra no coletor 
(em °C).
Q = 0,00024 R ∙ I² ∙ t
Onde:
Q = quantidade de calor (em kcal);
R = resistência (em ohms);
I = corrente (em ampères).
t = tempo (em segundos).
1 kWh = 860 kcal
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 37
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Sintetizando
Nessa unidade, foram apresentados os principais critérios e exigências que 
devem ser atendidas no dimensionamento dos sistemas prediais de água fria 
e água quente, bem como quais são os componentes básicos de projeto de 
instalações hidráulicas. Além disso, foram apresentadas as principais normas 
técnicas, que devem ser atendidas para o bom funcionamento do projeto.
Os sistemas prediais de água fria e água quente devem ser dimensionados 
de modo a garantir o abastecimento de água em quantidades e qualidade sufi-
cientes para o uso a qual se destina a edificação, bem como atender às normas 
técnicas pertinentes a cada tipo de sistema.
Com o fechamento dessa unidade, esperamos que você seja capaz de: di-
mensionar o sistema de água fria , desde a identificação das vantagens e des-
vantagens de cada tipo de sistema de abastecimento, bem como a estimar a 
população de projeto, calcular a capacidade dos reservatórios, verificar a ve-
locidade e pressão máxima e mínima, calcular a vazão de projeto, calcular o 
diâmetro das tubulações, definir a potência do conjunto moto-bomba, calcular 
perda de carga e altura manométrica. 
Referente ao sistema de água quente, esperamos que você seja capaz de 
identificar quais são vantagens e desvantagem de cada tipo de aquecedor, os 
principais tipos de sistema de aquecimentos, as diferentes fontes de aque-
cimento, a temperatura de uso conforme destinação, tipos de aquecedores, 
distribuição, materiais empregados nas tubulações, bem como a estimar a po-
pulação, estimar o consumo de água quente, dimensionar os aquecedores e 
calcular o consumo de energia.
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 38
SER_EC_INSTAHI_UNID1.indd 38 29/09/20 16:19
Referências bibliográficas
ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7198: Projeto e 
execução de instalações prediais de água quente. Rio de Janeiro, 1993.
ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5626: Instala-
ção predial de água fria. Rio de Janeiro, 1998.
ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13103: Instala-
ção de aparelhos a gás para uso residencial - Requisitos. Rio de Janeiro, 2006.
CREDER, H. Instalações hidráulicas e sanitárias. 6. ed. Rio de Janeiro: Editora 
Livros Técnicos e Científicos Ltda (LTC), 2006. 
JUNIOR, R. C. Instalações hidráulicas e o projeto de arquitetura. 7. ed. São 
Paulo: Editora Blucher, 2013. 
O QUE É o golpe de aríete?. Postado por Engenharia Detalhada (6min. 57s.). 
son. color. port. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=rl0pj40x-
jnE>. Acesso em: 04 jun. 2020.
PRINCIPAIS sistemas de aquecimento de água. Postado por Projeto Estrutu-
ral Online (1min. 13s.). son. color. port. Disponível em: <https://www.youtube.
com/watch?v=g6fnB-KnM9c>. Acesso em: 04 jun. 2020.
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 39
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ESGOTO E 
VENTILAÇÃO 
SANITÁRIA: 
COMPONENTES
2
UNIDADE
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Objetivos da unidade
Tópicos de estudo
 Conhecer os princípios norteadores para instalação de sistemas prediais de 
esgoto sanitário;
 Conhecer os diversos componentes dos sistemas prediais de esgoto 
sanitário. 
 Introdução
 Rapidez e segurança no escoa-
mento do esgoto
 Sistema de coleta do esgoto
 Esquema geral das instalações
 Aparelhos sanitários
 Tubulação e conexões
 Considerações finais
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 41
SER_EC_INSTAHI_UNID2.indd 41 29/09/20 16:13
Introdução
Dentro da abordagem sistêmica de 
uma edifi cação, as instalações hidros-
sanitárias são um conjunto de elemen-
tos inter-relacionados com função de 
desempenhar, de forma adequada, o 
fornecimento de água e a deposição 
das águas servidas (esgoto), garantin-
do fornecimento contínuo e com qua-
lidade adequada, além de assegurar 
também sua estanqueidade, incomu-
nicabilidade entre os sistemas e segu-
rança sanitária dos usuários.
A coleta, transporte e afastamento do esgoto são realizados através de 
tubulações e outros dispositivos, e as recomendações para execução dessas 
instalações estão na norma NBR 8160:1999: Sistemas prediais de esgoto 
sanitário – Projeto e execução. Essa norma estabelece as exigências e reco-
mendações relativas ao projeto, execução, ensaio e manutenção dos siste-
mas prediais de coleta de esgoto, visando a higiene, segurança, economia e 
conforto dos usuários. 
CITANDO
Segundo a NBR 8160:1999, “o sistema predial de esgoto deve ser projetado 
de modo a:
a) evitar a contaminação da água [...];
 b) permitir o rápido escoamento da água utilizada e dos despejos introdu-
zidos [...]; 
c) impedir que os gases provenientes do interior do sistema predial de 
esgoto sanitário atinjam áreas de utilização; 
d) impossibilitar o acesso de corpos estranhos ao interior do sistema [...];
f) impossibilitar o acesso de esgoto ao subsistema de ventilação; 
g) permitir a fi xação dos aparelhos sanitários somente por dispositivos que 
facilitem a sua remoção para eventuais manutenções.”
A elaboração do projeto de instalações pode ser dividida em fases defi nidas 
no Quadro 1.
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 42
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Concepção
A partir da arquitetura, dos pontos de consumo, do uso da edifi cação 
e da disponibilidade de redes públicas de coleta, é traçado, de forma 
geral, o sistema de esgoto.
Demanda Defi ne a quantidade de esgoto e vazão a ser escoada em função da estimativa de uso.
Dimensionamento A partir da demanda, são defi nidas as tubulações e demais equipa-mentos e seus diâmetros.
Comunicação Conjunto de desenhos, elementos gráfi cos e textuais responsáveis por explicitar a execução do projeto.
A partir da arquitetura, dos pontos de consumo, do uso da edifi cação A partir da arquitetura, dos pontosde consumo, do uso da edifi cação 
e da disponibilidade de redes públicas de coleta, é traçado, de forma 
geral, o sistema de esgoto.
A partir da arquitetura, dos pontos de consumo, do uso da edifi cação 
e da disponibilidade de redes públicas de coleta, é traçado, de forma 
geral, o sistema de esgoto.
A partir da arquitetura, dos pontos de consumo, do uso da edifi cação 
e da disponibilidade de redes públicas de coleta, é traçado, de forma 
geral, o sistema de esgoto.
Defi ne a quantidade de esgoto e vazão a ser escoada em função da 
A partir da arquitetura, dos pontos de consumo, do uso da edifi cação 
e da disponibilidade de redes públicas de coleta, é traçado, de forma 
geral, o sistema de esgoto.
Defi ne a quantidade de esgoto e vazão a ser escoada em função da 
estimativa de uso.
A partir da arquitetura, dos pontos de consumo, do uso da edifi cação 
e da disponibilidade de redes públicas de coleta, é traçado, de forma 
geral, o sistema de esgoto.
Defi ne a quantidade de esgoto e vazão a ser escoada em função da 
estimativa de uso.
A partir da demanda, são defi nidas as tubulações e demais equipa-
A partir da arquitetura, dos pontos de consumo, do uso da edifi cação 
e da disponibilidade de redes públicas de coleta, é traçado, de forma 
geral, o sistema de esgoto.
Defi ne a quantidade de esgoto e vazão a ser escoada em função da 
estimativa de uso.
A partir da demanda, são defi nidas as tubulações e demais equipa-
mentos e seus diâmetros.
A partir da arquitetura, dos pontos de consumo, do uso da edifi cação 
e da disponibilidade de redes públicas de coleta, é traçado, de forma 
geral, o sistema de esgoto.
Defi ne a quantidade de esgoto e vazão a ser escoada em função da 
estimativa de uso.
A partir da demanda, são defi nidas as tubulações e demais equipa-
mentos e seus diâmetros.
A partir da arquitetura, dos pontos de consumo, do uso da edifi cação 
e da disponibilidade de redes públicas de coleta, é traçado, de forma 
geral, o sistema de esgoto.
Defi ne a quantidade de esgoto e vazão a ser escoada em função da 
estimativa de uso.
A partir da demanda, são defi nidas as tubulações e demais equipa-
mentos e seus diâmetros.
Conjunto de desenhos, elementos gráfi cos e textuais responsáveis 
A partir da arquitetura, dos pontos de consumo, do uso da edifi cação 
e da disponibilidade de redes públicas de coleta, é traçado, de forma 
geral, o sistema de esgoto.
Defi ne a quantidade de esgoto e vazão a ser escoada em função da 
A partir da demanda, são defi nidas as tubulações e demais equipa-
mentos e seus diâmetros.
Conjunto de desenhos, elementos gráfi cos e textuais responsáveis 
por explicitar a execução do projeto.
A partir da arquitetura, dos pontos de consumo, do uso da edifi cação 
e da disponibilidade de redes públicas de coleta, é traçado, de forma 
Defi ne a quantidade de esgoto e vazão a ser escoada em função da 
A partir da demanda, são defi nidas as tubulações e demais equipa-
mentos e seus diâmetros.
Conjunto de desenhos, elementos gráfi cos e textuais responsáveis 
por explicitar a execução do projeto.
A partir da arquitetura, dos pontos de consumo, do uso da edifi cação 
e da disponibilidade de redes públicas de coleta, é traçado, de forma 
Defi ne a quantidade de esgoto e vazão a ser escoada em função da 
A partir da demanda, são defi nidas as tubulações e demais equipa-
mentos e seus diâmetros.
Conjunto de desenhos, elementos gráfi cos e textuais responsáveis 
por explicitar a execução do projeto.
A partir da arquitetura, dos pontos de consumo, do uso da edifi cação 
e da disponibilidade de redes públicas de coleta, é traçado, de forma 
Defi ne a quantidade de esgoto e vazão a ser escoada em função da 
A partir da demanda, são defi nidas as tubulações e demais equipa-
mentos e seus diâmetros.
Conjunto de desenhos, elementos gráfi cos e textuais responsáveis 
por explicitar a execução do projeto.
A partir da arquitetura, dos pontos de consumo, do uso da edifi cação 
e da disponibilidade de redes públicas de coleta, é traçado, de forma 
Defi ne a quantidade de esgoto e vazão a ser escoada em função da 
A partir da demanda, são defi nidas as tubulações e demais equipa-
mentos e seus diâmetros.
Conjunto de desenhos, elementos gráfi cos e textuais responsáveis 
por explicitar a execução do projeto.
A partir da arquitetura, dos pontos de consumo, do uso da edifi cação 
e da disponibilidade de redes públicas de coleta, é traçado, de forma 
Defi ne a quantidade de esgoto e vazão a ser escoada em função da 
A partir da demanda, são defi nidas as tubulações e demais equipa-
Conjunto de desenhos, elementos gráfi cos e textuais responsáveis 
por explicitar a execução do projeto.
A partir da arquitetura, dos pontos de consumo, do uso da edifi cação 
e da disponibilidade de redes públicas de coleta, é traçado, de forma 
Defi ne a quantidade de esgoto e vazão a ser escoada em função da 
A partir da demanda, são defi nidas as tubulações e demais equipa-
Conjunto de desenhos, elementos gráfi cos e textuais responsáveis 
por explicitar a execução do projeto.
A partir da arquitetura, dos pontos de consumo, do uso da edifi cação 
e da disponibilidade de redes públicas de coleta, é traçado, de forma 
Defi ne a quantidade de esgoto e vazão a ser escoada em função da 
A partir da demanda, são defi nidas as tubulações e demais equipa-
Conjunto de desenhos, elementos gráfi cos e textuais responsáveis 
por explicitar a execução do projeto.
A partir da arquitetura, dos pontos de consumo, do uso da edifi cação 
e da disponibilidade de redes públicas de coleta, é traçado, de forma 
Defi ne a quantidade de esgoto e vazão a ser escoada em função da 
A partir da demanda, são defi nidas as tubulações e demais equipa-
Conjunto de desenhos, elementos gráfi cos e textuais responsáveis 
por explicitar a execução do projeto.
A partir da arquitetura, dos pontos de consumo, do uso da edifi cação 
e da disponibilidade de redes públicas de coleta, é traçado, de forma 
Defi ne a quantidade de esgoto e vazão a ser escoada em função da 
A partir da demanda, são defi nidas as tubulações e demais equipa-
Conjunto de desenhos, elementos gráfi cos e textuais responsáveis 
por explicitar a execução do projeto.
A partir da arquitetura, dos pontos de consumo, do uso da edifi cação 
e da disponibilidade de redes públicas de coleta, é traçado, de forma 
Defi ne a quantidade de esgoto e vazão a ser escoada em função da 
A partir da demanda, são defi nidas as tubulações e demais equipa-
Conjunto de desenhos, elementos gráfi cos e textuais responsáveis 
por explicitar a execução do projeto.
e da disponibilidade de redes públicas de coleta, é traçado, de forma 
Defi ne a quantidade de esgoto e vazão a ser escoada em função da 
A partir da demanda, são defi nidas as tubulações e demais equipa-
Conjunto de desenhos, elementos gráfi cos e textuais responsáveis 
Defi ne a quantidade de esgoto e vazão a ser escoada em função da 
A partir da demanda, são defi nidas as tubulações e demais equipa-
Conjunto de desenhos, elementos gráfi cos e textuais responsáveis 
Defi ne a quantidade de esgoto e vazão a ser escoada em função da 
A partir da demanda, são defi nidas as tubulações e demais equipa-
Conjunto de desenhos, elementos gráfi cos e textuais responsáveis 
A partir da demanda, são defi nidas as tubulações e demais equipa-
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A partir da demanda, são defi nidas as tubulações e demais equipa-
Conjunto de desenhos, elementos gráfi cos e textuais responsáveis Conjunto de desenhos, elementos gráfi cos e textuais responsáveis Conjunto de desenhos, elementos gráfi cos e textuais responsáveis Conjunto de desenhos, elementos gráfi cos e textuais responsáveis 
QUADRO 1. FASES DO PROJETO
A fase da concepção do sistema é a etapa mais importante, na qual ocorre a 
maioria das análises e decisões dos projetistas. Aqui, geralmente são pondera-
dos conhecimentos, experiência e defi nições a serem consideradas. Assim,as 
defi nições de concepção passam pelos seguintes itens:
a) Identifi cação dos pontos geradores de:
• Águas servidas;
• Águas negras;
• Águas com gordura.
b) Defi nição e posicionamento dos desconectores:
• Caixas ou ralos sifonados;
• Sifões;
• Caixas de inspeção e de passagem;
c) Defi nição do sistema ventilação:
• O sistema de ventilação mantém a pressão atmosférica na tubulação, e é 
composto pelas colunas de ventilação e pelos ramais de ventilação;
d) Posicionamento dos tubos de queda:
• Esgoto primário;
• Gordura;
• Deve-se evitar que os tubos de queda atravessem as vigas. Para que isso 
aconteça, preferencialmente deve-se usar sistema de shafts, e, na impossibili-
dade, criar “pilares falsos” para embutir a tubulação;
e) Defi nição do destino do esgoto:
• Preferencialmente, utilizar os coletores do sistema público;
• Sistema de tratamento e descarte particular.
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 43
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Dadas essas defi nições, parte-se para a análise da demanda e do dimensio-
namento, traduzindo esse estudo para os elementos de comunicação.
Rapidez e segurança no escoamento do esgoto
Como dito, a NBR 8160:1999 estabelece as exigências e recomendações rela-
tivas ao projeto, execução, ensaio e manutenção dos sistemas prediais de coleta 
de esgoto, visando a higiene, segurança, economia e conforto dos usuários.
O esgoto deve ser escoado de maneira extremamente rápida, tendo seu 
traçado o mais curto possível. Deve-se dar preferência à utilização de curvas 
de 45°. Caso não seja possível, as curvas de 90° devem ser longas e com possi-
bilidade de inspeção antes e depois destas.
O sistema deve impedir também o retorno de gases, assim como a entrada 
de corpos estranhos e animais, com passagens vedadas por meio de fecho hí-
drico – uma coluna de água com pelo menos 50 mm, que deve ser mantida em 
qualquer condição de funcionamento. O fecho hídrico pode ser obtido com a 
utilização de desconectores, como sifões, caixas sifonadas etc., conforme de-
monstra a Figura 1.
CURIOSIDADE
O odor desagradável e estranho presente em apartamentos que fi cam 
vazios por muito tempo pode ser um indicativo de que a água que formava 
o fecho hídrico evaporou, e os gases do esgoto entraram no local. 
Figura 1. Fecho hídrico: a coluna de água retida no sifão impede que gases tenham acesso ao interior dos ambientes. 
Fonte: Shutterstock. Acesso em: 30/07/2020. 
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 44
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O sistema deve impedir também a contaminação do meio ambiente, evi-
tando vazamentos e conexões a redes com outras fi nalidades, como drenagem 
ou abastecimento. O vazamento de esgoto pode levar à contaminação da água 
para consumo ou cozimento de alimentos, tornando sua vedação adequada e 
manutenção corretiva e preventiva extremamente importante. Deve também 
evitar-se o retorno de efl uentes ou espumas, assim como a passagem em re-
baixos de pisos ou em canaletas de águas servidas. 
Ademais, devem ser impossibilitados rebaixos ou colos na tubulação que 
permitam o depósito e acúmulo de material particulado, causando, com o tem-
po, obstrução na tubulação. O sistema deve ser concebido prevendo pontos 
para acesso e inspeção da rede para futuras manutenções, principalmente 
quanto a obstruções e entupimentos.
Sistema de coleta do esgoto
O sistema de coleta deve ser preferencialmente público. A rede coletora as-
sentada nas ruas das cidades deverá ser ligada através do ramal predial às ins-
talações de esgoto do edifício. Via de regra, cada “endereço” deve ter somente 
um ramal predial interligado à rede pública, e grandes obras e casos especiais 
devem ser discutidos com a concessionária pública desse serviço.
A instalação predial de esgoto direciona os efl uentes para uma caixa de ins-
peção localizada nos limites do terreno, e a partir daí será feita a ligação até a 
rede pública, como mostra a Figura 2.
TQ
Cl Sub coletor
Sub coletor
Sub
coletor
Coletor 
predial
Coletor 
público
Sub
coletor
Alinhamento
Cl
Cl
ClCl
TQ
Figura 2. Exemplo de implantação da rede de coletores com coletor predial conectado à rede pública. 
Cl
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SER_EC_INSTAHI_UNID2.indd 45 29/09/20 16:15
Nas localidades onde não há o sistema público de coleta, o esgoto deve ser 
tratado e descartado de forma individual seguindo as prescrições das normas:
• NBR 7229:1993 – Projeto, construção e operação de sistemas de tanques 
sépticos; 
• NBR 13969:1997 – Tanques sépticos – Unidades de tratamento complemen-
tar e disposição final dos efluentes líquidos – Projeto, construção e operação.
Antes de ser lançado em um sumidouro – instalação que permitirá a absorção 
dos efluentes pelo solo –, o esgoto deverá passar por tratamento anaeróbico em 
uma fossa séptica, que proporcionará sua decomposição para a eliminação de or-
ganismos patogênicos, como mostra a Figura 3. Periodicamente, a fossa séptica 
deve ser limpa, devido à decantação de elementos sólidos dos efluentes. A fossa 
séptica e o sumidouro devem estar localizados em pontos estratégicos, evitando 
contaminações, e o efluente direcionado ao sumidouro é absorvido pelo solo.
Sub coletor
TQ
TQ
CI
CI
CI
CI
CI
Sub coletor
Sub coletor
Sub coletor
Fossa séptica
Sumidouro
Figura 3. Tratamento de efluentes em local onde não há rede pública.
Não havendo rede pública, é necessária a implantação de sistema de trata-
mento básico com uma fossa séptica, que vai decompor o esgoto por processo 
anaeróbico, na ausência de oxigênio. Seu efluente será direcionado para o sumi-
douro, que vai promover a absorção do efluente pelo solo. A fossa séptica deve ser 
periodicamente limpa com a utilização dos caminhões limpa-fossas.
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 46
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Esquema geral das instalações
A primeira grande divisão do sistema pode ser feita entre:
• Instalação primária de esgotos: é a parte do sistema em que os tubos 
e demais dispositivos apresentam, em seu interior, gases provenientes do es-
goto, do coletor público ou de instalações de tratamento. São as tubulações 
localizadas antes do fecho hídrico;
• Instalação secundária de esgotos: é a parte do sistema em que os tubos 
e demais dispositivos não apresentam, em seu interior, gases provenientes do 
esgoto, do coletor público ou de instalações de tratamento. O bloqueio desses 
gases, como já dito, é realizado pelos fechos hídricos (e desconectores), forma-
dos por colunas d’água com pelo menos 50 mm, criadas por dispositivos como 
sifões, caixas sifonadas, entre outros.
Figura 4. Esquema geral das instalações: o efl uente de esgoto é captado dos aparelhos, direcionado a uma tubulação 
vertical (tubo de queda) e transportado por uma rede de coletores para o destino fi nal (rede pública ou tratamento 
local). Fonte: Shutterstock. Acesso em: 30/07/2020. 
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 47
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No esquema geral do sistema (Figura 4), as tubulações podem ser classifi -
cadas como:
• Coletor predial;
• Subcoletores;
• Tubos de queda;
• Ramais de esgoto;
• Ramais de descarga;
• Ramais de ventilação;
• Tubos de ventilação.
Coletor predial 
Coletor predial é o trecho da tubulação entre o coletor público e a última cai-
xa de inspeção (Figura 5). Essa caixa de inspeção deve estar localizada dentro 
do terreno e próxima à divisa com a via pública, distante, no máximo, a 15 m 
do coletor público. Nos locais desprovidos de coletor público, o coletor predial 
destina o esgoto coletado ao sistema de tratamento local, e seu diâmetro mí-
nimo é de 100 mm.
Figura 5. Coletor predial, a tubulação que conecta a rede de coletores da edifi cação ao coletor público. Fonte: Shutterstock. 
Acesso em: 30/07/2020. 
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Caixa de inspeção
A caixa de inspeção intercepta a tubulação para que seja possível realizarinspeção, limpeza e eventual desobstrução das tubulações de esgoto. É insta-
lada quando ocorrem mudanças de direção ou de declividade, ou quando o 
comprimento da tubulação de esgoto ultrapassa 25 m. Estando a jusante dos 
tubos de queda (TQ) e recebendo seu efluente, deve ser instalada a menos de 
2 m de distância dos TQ, que contribuem para essa caixa. 
Ela pode ser construída em concreto, alvenaria ou plástico e ser prismática, 
com lado interno mínimo de 60 cm, ou cilíndrica, com diâmetro mínimo de 60 
cm. A tampa deve ficar visível e ter vedação perfeita, impedindo a saída de ga-
ses e animais de seu interior (Figura 6).
A profundidade da caixa de inspeção não deve ser superior a 1 m. Caso haja 
necessidade de uma profundidade maior, deve-se construir um poço de visitas, 
para dar acesso à caixa de inspeção.
Figura 6. Caixa de Inspeção (CI), que permite acesso às tubulações para limpeza e manutenção. Fonte: Shutterstock. 
Acesso em: 30/07/2020. 
Subcoletor
O subcoletor é a tubulação que recebe efluentes dos tubos de queda ou ra-
mais de esgoto, interceptados por caixas de inspeção, e que direciona o efluen-
te para a última caixa de inspeção, localizada próxima à divisa do terreno, e que 
está à montante do coletor predial.
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O transporte desse material deve 
se dar por gravidade, e para isso a tu-
bulação deve ser instalada com uma 
declividade mínima de 2%, para tubos 
de 75 mm; 1%, para tubos com diâme-
tros até 200 mm; e 0,5%, para diâme-
tros maiores ou iguais a 200 mm.
As declividades não devem ser 
superiores a 5%, devido à necessi-
dade de limitação de velocidade do 
escoamento, que pode gerar ruídos 
incompatíveis com os padrões de 
conforto acústico.
Caixas de passagem
Tem como função permitir a junção 
de várias tubulações. Ela pode ser do-
tada de grelha ou tampa cega e é des-
tinada a receber água de lavagem de 
pisos e afluentes de tubulação secundária de uma mesma unidade autônoma.
Caixas sifonadas
Esta é uma caixa dotada de fecho hídrico e destinada a receber efluentes 
de lavagem ou aparelhos sanitários. Pode ser fechada ou com grelha, desem-
penhando função também de ralo – no caso, sendo denominada ralo sifonado. 
Na caixa sifonada, é retida uma coluna d’água que impede o acesso dos gases 
do esgoto para o ambiente interno
O regime de escoamento do sistema de esgoto é livre, não forçado e é pos-
sível através de um sistema de ventilação que mantém as pressões internas 
iguais à pressão atmosférica, evitando pressões negativas que poderiam suc-
cionar a água presente no fecho hídrico.
Caixa de gordura
Caixa destinada a reter as gorduras, graxas e óleos contidos no esgoto. De-
ve-se realizar a limpeza da caixa de forma regular, a fim de remover o material 
retido. É usada para receber esgotos que contêm resíduos gordurosos prove-
nientes de pias de copa e cozinha (Figura 7).
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10
20
Corte
Lastro de
concreto
Tampa removível
de concreto armado
H
Va
riá
ve
l
Ø
Ø
L
L
Planta
Dimensões
conforme
norma local
Ø Ø
Figura 7. Caixa de gordura: sendo a gordura mais leve que a água, ela boiará, e a captação do efluente é feita na parte 
inferior da caixa. Fonte: CARVALHO JUNIOR, 2014, n. p. (Adaptado).
Caixa coletora
Caixa em que se reúnem os refugos líquidos que exigem elevação mecânica 
(bomba). Geralmente, está localizada em nível inferior ao coletor predial.
Preferencialmente, o transporte do esgoto deve acontecer por gravidade, dan-
do uma declividade (ou inclinação) na tubulação de, no mínimo, 1%. Caso não seja 
possível, utiliza-se a caixa coletora associada a uma bomba de recalque.
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Tubo de queda
Tubulação vertical que recebe efluentes de ramais de esgoto ou de ramais 
de descarga. Deve ter prolongamento até acima do topo do edifício – como te-
lhado, laje impermeabilizada, entre outros – para promover ventilação, sendo 
este prolongamento denominado tubo ventilador primário (Figura 8).
Os tubos de queda que transportam efluentes de pias de cozinha devem 
ser exclusivos, devido à presença de gordura. Eles devem ser direcionados a 
uma caixa de gordura que deverá ser limpa periodicamente, impedindo que a 
gordura cause obstruções no sistema. Os efluentes de máquinas de lavar tam-
bém devem ter tubos de queda exclusivos para evitar o retorno de espuma, 
fortemente presente nesses equipamentos.
Figura 8. Tubo de queda (TQ), tubulação vertical que recolhe o esgoto dos ramais e o transporta para o nível da rua, 
onde uma rede de coletores vai direcioná-lo para o coletor público. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 30/07/2020.
Tubo ventilador, tubo de ventilação ou coluna de ventilação
Este é um tubo que possibilita a troca de ar entre a atmosfera e o interior da 
instalação de esgoto, e vice-versa. A circulação de ar no interior da instalação 
tem como finalidade manter a pressão no interior da tubulação igual à atmos-
férica, protegendo o fecho hídrico dos desconectores de ruptura por aspiração 
ou descompressão. Também encaminha os gases gerados e vindos do sistema 
de instalação primária para a atmosfera.
Desconector
É todo dispositivo dotado de sifão sanitário – criando um fecho hídrico –, 
ligado a uma canalização primária; ou seja, é um dispositivo hidráulico destina-
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do a impedir a passagem de gases do interior das canalizações de esgoto para 
o interior dos edifícios. Representa o ponto de separação entre as instalações 
primárias e secundárias.
Tubo ventilador primário
Tubo com extremidade superior que ultrapassa a cobertura e se mantém 
em contato com a atmosfera, acima da cobertura do prédio. Prolongando-se 
o tubo de queda acima da cobertura, pode-se caracterizar sua parte superior 
como tubo ventilador primário.
Ramal de descarga
Conectado aos aparelhos sanitários, recebe os efluentes dali originados, di-
recionando-os ao ramal de esgoto ou tubo de queda (Figura 9).
Ramal de esgoto
Dois ou mais ramais de descarga podem se juntar e, a partir daí, essa tubula-
ção que recebe efluentes dos ramais de descarga é definida como ramal de esgo-
to – e será direcionada a um tubo de queda ou outro ramal de esgoto (Figura 9).
Ramal de ventilação
Tubo ventilador que interliga um desconector, ramal de descarga ou ramal 
de esgoto, de um ou vários aparelhos sanitários, a uma coluna de ventilação ou 
tubo ventilador primário (Figura 9).
Ramais de
descarga
Ramal de 
ventilação 
Ramal de esgoto
Bacia sanitária
Tubo de queda
Coluna de
ventilação
Figura 9. Ramal de descarga, ramal de esgoto, tubo de queda e ramal de ventilação. Fonte: CARVALHO JUNIOR, 2014, n.p.
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Ralo seco e ralo sifonado
O ralo seco não tem proteção hídrica, ao passo que o sifonado a possui. 
Normalmente, os ralos secos são utilizados para receber águas provenientes 
de chuveiro (box), pisos laváveis, áreas externas, terraços, varandas etc. Não 
devem, entretanto, receber efl uentes de ramais de descarga. Existem diversas 
variações para os ralos, e um modelo de ralo seco efi ciente na drenagem, cons-
tituindo-se como um facilitador da execução, é o ralo linear (Figura 10).
Figura 10. Ralo linear: instalado em um box, facilita a execução do piso com declividade para o ralo. Fonte: Shutterstock. 
Acesso em: 30/07/2020.
Aparelhos sanitários
Os aparelhos sanitários têm como função básica coletar os dejetos, deven-
do propiciar uma utilização confortável e higiênica ao usuário. Eles são conec-
tados aos ramais de descarga e têm funções específi cas. Os mais comuns e 
usuais estão ilustrados na Figura 11.
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Figura 11. Aparelhos sanitários básicos em uma residência.Fonte: Shutterstock. Acesso em: 30/07/2020.
Lavatório
Destinado à lavagem das mãos e rosto. O ramal de descarga desse aparelho 
deve estar ligado a uma caixa sifonada.
Bacia sanitária
Destinada à captação de dejetos humanos, pode ser acionada por válvula 
hidra ou por caixa acoplada. O ramal de descarga das bacias não deve estar 
conectado a caixas sifonadas.
Ao contrário dos demais aparelhos localizados em um banheiro, seu ramal 
de descarga é direcionado diretamente ao tubo de queda. O ramal de esgoto 
conectado ao ralo sifonado se liga ao ramal de descarga da bacia sanitária. A 
partir desse ponto, é feita a conexão com o tubo de queda. 
Tanque
Este aparelho sanitário é, geralmente, destinado à lavagem de roupas.
CURIOSIDADE
Com a utilização cada vez mais disseminada do reúso de água de esgoto e 
aproveitamento de água de chuva, é consenso entre os pesquisadores que 
esta água não deve ser utilizada para o preparo de alimentos e em atividades 
que tenham contato direto com o corpo (como, por exemplo, o banho). A uti-
lização desta, porém, para a lavagem de roupas é uma questão polêmica. Em 
alguns países da Europa, por exemplo, são deixados dois pontos de alimenta-
ção para essa atividade: um com água potável e outro com água não potável. 
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Máquina de lavar roupas
Este equipamento é destinado à lavagem mecânica de roupas. O tubo de 
queda para a máquina de lavar roupas deve ser exclusivo, e não deve ser com-
partilhado com tanques ou ralos, uma vez que a quantidade de espuma pro-
duzida pode gerar retorno em ralos e em outros aparelhos conectados ao tubo 
de queda. A boa prática recomenda, inclusive, que, até o segundo andar de um 
edifício, os tubos de queda para esses aparelhos sejam exclusivos para cada 
unidade autônoma.
Assim, devido à quantidade de espuma gerada, é prática comum direcionar 
o ramal de descarga da máquina de lavar roupas a um tubo de queda exclusivo, 
a fim de evitar o retorno da espuma. 
Pia de cozinha
É destinada ao manuseio e lavagem de alimentos e louças. Antes de ser lan-
çado em um subcoletor, o efluente das pias de cozinha e das máquinas de lavar 
louça devem ser conduzidos a uma caixa de gordura. O usual é que o efluente 
do tubo de queda que recebe o esgoto desses ramais seja direcionado à caixa 
de gordura, situada antes da caixa de inspeção que fará conexão com a rede 
dos subcoletores.
Banheira
Este aparelho sanitário é destinado a banhos de imersão. É interessante 
ressaltar que as banheiras de hidromassagem possuem um circuito próprio 
de tubulações, que lançam jatos de água sob pressão. Portanto, a instalação 
dessas banheiras exige sua associação a uma bomba. 
Ligação entre os aparelhos e a 
tubulação
A ligação entre os aparelhos e 
a tubulação (no caso aos ramais de 
descarga) se dá através de tubos de 
ligação, normalmente sifonados. No 
caso de alguns aparelhos, a sifona-
gem é feita na própria peça, como, 
por exemplo, nas bacias sanitárias. 
Os sifões podem ser com caneca ou 
flexíveis (Figura 12).
Figura 12. Sifão flexível, o qual tem a vantagem de ser 
facilmente moldável. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 
30/07/2020. 
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Tubulação e conexões
São variados os elementos que 
permitem a conexão estre os diversos 
trechos das tubulações, propiciando 
prolongamento da tubulação, ligação 
entre dois trechos a 45° ou a 90° ou 
mudança de direção, também a 45° e 
90°. Assim, a linha de esgoto predial é 
fornecida na linha predial de cor branca 
ao passo que a linha de esgoto para in-
fraestrutura possui cor ocre (Figura 13). 
Figura 13. Tubo em PVC ocre: linha infraestrutura de 
esgoto. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 30/07/2020.
Figura 14. Algumas conexões disponíveis comercialmente. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 30/07/2020.
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Figura 15. Joelho 45°: as conexões com ângulo de 45° 
diminuem as possibilidades de obstrução da tubulação. 
Fonte: Shutterstock. Acesso em: 30/07/2020.
Figura 16. Conexão tê. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 
30/07/2020.
Cotovelo ou joelho
Conexão que promove a mudança de direção em 90° ou 45° da tubulação. Essa 
conexão provê essa mudança de forma imediata e pode ter um elemento (visita) 
que permite manutenção da tubulação quando ocorre entupimento (Figura 15).
Tê
Esta é uma conexão que possui ramificação a 90° (Figura 16).
Curva
Conexão que também promove a mudança de direção em 90° ou 45° da 
tubulação; porém, de maneira mais suave (Figura 17).
Figura 17. Curva. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 30/07/2020.
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 58
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Figura 18. Luva. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 30/07/2020. Figura 19. Luva com redução. Fonte: Shutterstock. Acesso 
em: 30/07/2020.
Luva
Permite o prolongamento da tubulação, emendando-a. As luvas de redução 
permitem a emenda de tubulações com diâmetros diferentes (Figuras 18 e 19).
Junção
Permite a conexão de duas tubulações na direção de 45° (Figura 20).
Figura 20. Instalação sendo montada com utilização de uma junção. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 30/07/2020.
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Diâmetros comerciais das tubulações e conexões
Devido ao ambiente agressivo característico, as tubulações devem prefe-
rencialmente ser de PVC. Em casos especiais, os tubos e conexões utilizados 
são de ferro fundido.
As tubulações e conexões são disponíveis nos diâmetros indicados na Tabe-
la 1, e as suas instalações devem adotá-los.
Linha Diâmetro nominal (mm) Correspondência em polegadas
Linha predial em 
PVC branco
40 1 1/2
50 2
75 3
100 4
150 6
200 8
Linha infraestrutura 
em PVC ocre
100 4
150 6
200 8
250 10
300 12
350 14
400 16
TABELA 1. DIÂMETROS COMERCIAIS DAS TUBULAÇÕES DE ESGOTO
Considerações finais
A abordagem feita considera a técnica e tecnologia corrente no tratamento 
do assunto. A partir da segunda metade do século XX e com a crise hídrica nas 
grandes metrópoles do mundo, o esgoto foi visto como um efl uente que poderia 
ser tratado e reutilizado em atividades que não exigissem classifi cação da água 
como potável, como na preparação de alimentos e em atividades que propicias-
sem contatos com o corpo (banhos, lavagem das mãos, entre outros). O exemplo 
mais comum de reúso é em atividades como descarga em bacias sanitárias e 
lavagem de pisos, etc.
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 60
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Isso leva à necessidade de estudos que viabilizem tal prática e à construção 
de instalações que propiciem o tratamento mínimo de filtragem e desinfecção 
para esse fim. Outra prática também em difusão é o funcionamento do sistema 
sob pressão – e toda uma instalação de pressurização precisaria ser dimensio-
nada para sua viabilização. 
Tais assuntos não fazem parte do escopo de nosso estudo, mas apontam 
para horizontes a serem cada vez mais explorados e expandidos.
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Sintetizando
O sistema de coleta, transporte e descarte de esgotos prediais é composto 
por tubulações convenientemente dimensionadas. A interface do sistema com 
os usuários se dá pelos aparelhos sanitários. 
Vimos que os dejetos gerados são recolhidos pelos ramais de descarga, que 
se juntam em ramais de esgoto. Os ramais de esgoto direcionam os dejetos 
para os tubos de queda, que os transportam para o nível em que se dará o 
descarte (normalmente, no térreo) para o coletor público ou estação de tra-
tamento. Os subcoletores recolhem o produto trazido pelos tubos de queda, 
direcionando-os à caixa de inspeção ligada ao coletor predial.
Aprendemos também que a interligação entre as tubulações se dá por co-
nexões, caixas de inspeção e caixas de passagem. O esgoto gerado em níveis 
inferioresao do coletor predial deverá ser recalcado, utilizando-se bombas. 
Especial atenção deve ser dada ao esgoto proveniente de cozinhas, devido à 
grande quantidade de gordura que poderá entupir as tubulações. Para que isso 
seja evitado, esse esgoto deve passar por caixas de gordura, que têm como 
função bloquear o acesso da gordura para a tubulação. É necessário que essas 
caixas sejam periodicamente limpa, retirando-se a gordura acumulada.
Por fim, aprendemos que, considerando-se que os condutos de esgoto fun-
cionam como condutos livres e não forçados, a pressão no interior da tabula-
ção deverá ser igual à pressão atmosférica. Dessa forma, deve-se prever um 
sistema de ventilação que garanta essa condição e não permita a existência 
de pressões negativas, que poderiam esvaziar os fechos hídricos e permitir o 
caminhamento dos gases do esgoto para o interior da edificação.
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Referências bibliográficas
ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8160:1999 – Sis-
temas prediais de esgoto sanitário – Projeto e execução. Rio de Janeiro: ABNT, 
1999.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS [ABNT]. NBR 7229:1993 – 
Projeto, construção, e operação de sistemas de tanques sépticos. Rio de Janei-
ro: ABNT, 1999.
ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13969:1997 – 
Tanques sépticos – Unidades de tratamento complementar e disposição final 
dos efluentes líquidos – Projeto, construção e operação. Rio de Janeiro: ABNT, 
1999.
CARVALHO JUNIOR, R. Instalações prediais hidráulico-sanitárias. São Paulo: 
Edgard Blucher, 2014.
MACINTYRE, A. J. Manual de instalações hidráulicas. Rio de Janeiro: Guana-
bara, 1990.
CREDER, H. Instalações hidráulicas prediais. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e 
Científicos, 1982.
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 63
SER_EC_INSTAHI_UNID2.indd 63 29/09/20 16:22
INSTALAÇÕES DE 
ESGOTO SANITÁRIO, 
INTERNAS DE GÁS E 
ÁGUAS PLUVIAIS
3
UNIDADE
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Objetivos da unidade
Tópicos de estudo
 Habilitar o estudante a projetar e dimensionar instalações de esgoto 
sanitário;
 Conhecer os componentes e princípios norteadores para dimensionamento 
do sistema de captação de águas pluviais; 
 Conhecer as características das instalações e os gases combustíveis 
utilizados em edificações habitacionais.
 Projeto de instalações de esgo-
to sanitário
 Dimensionamento do sistema 
de esgoto
 Dispositivos complementares
 Subsistema de ventilação
 Águas pluviais: calhas e rufos, 
condutores, coletores, elementos 
acessórios e dimensionamento
 Sistema de captação, transpor-
te e descarte (ou reservação) das 
águas pluviais
 Instalação interna de gás: ca-
racterísticas, gás natural e gás 
liquefeito de petróleo
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 65
SER_EC_INSTAHI_UNID3.indd 65 29/09/20 16:13
Projeto de instalações de esgoto sanitário
Para início da elaboração do projeto de esgoto predial, é necessária a de-
fi nição da posição dos aparelhos sanitários, que é dada pelo projeto arquite-
tônico. Além dessas defi nições, é preciso saber que todas as disciplinas que 
envolvem o projeto de uma edifi cação são iterativas e, para um bom resultado, 
é necessária uma perfeita coordenação e compatibilização com os projetos de 
arquitetura e estrutura, além de total sintonia com os demais envolvidos no 
empreendimento.
Os critérios para elaboração do projeto de esgotos estão prescritos na NBR 
8160:1999. O dimensionamento das tubulações apresentado baseia-se no mé-
todo das Unidades Hunter de Contribuição (UHC). Uma UHC corresponde à 
descarga de um lavatório residencial, considerando uma vazão de 28 litros por 
minuto. A descarga dos demais aparelhos sanitários foi estabelecida a partir 
dessa consideração, de forma proporcional. Esse método foi desenvolvido nos 
EUA e teve como diretriz a vazão de esgoto produzida em cada aparelho e o 
fator de simultaneidade do uso, recebendo esse nome em homenagem ao pes-
quisador que desenvolveu o método, D. Roy B. Hunter, no início do século XX.
EXPLICANDO
A NBR 8160:1999, em seu anexo B, apresenta o dimensionamento pelo 
método hidráulico que também faz considerações probabilísticas sobre 
o uso simultâneo dos aparelhos e defi ne o diâmetro das tubulações em 
função das vazão de projeto, do coefi ciente de manning para a rugosidade 
da tubulação, da sua declividade e da taxa de ocupação da água durante 
o escoamento. O dimensionamento pelo método hidráulico normalmente 
resulta em diâmetros menores que pelo método das UHC, porém, também 
deve obedecer aos diâmetros prescritos pela norma.
Os diâmetros normatizados para tubulação e conexões em PVC – esgoto 
predial (branco) são: 40, 50, 75, 100, 150 e 200 mm; e em PVC – esgoto infraes-
trutura (ocre) são: 100, 150, 200, 250, 300, 350 e 400 mm.
Para que o transporte dos efl uentes ocorra por gravidade, é necessário que, 
ao instalar as tubulações horizontais, seja imposta uma declividade. A declivi-
dade mínima recomendada é de 2% para tubulações com diâmetro nominal de 
até 75 mm e de 1% para tubulações com diâmetros iguais ou superiores a 100 
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 66
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mm. Atenção: quando se tratar de um trecho muito longo entre o aparelho sa-
nitário e o tubo de queda, o projetista poderá lançar mão do dimensionamento 
de uma tubulação com declividade inferior aos limites informados, desde que 
atenda à tabela de dimensionamento dos subcoletores e coletores prediais 
quanto ao diâmetro. 
Em desvios ou curvas em trechos horizontais, devem ser usadas peças de 
45°, e as mudanças de direção em plano vertical devem ser executadas com 
curvas de a 90°. 
Dimensionamento do sistema de esgoto 
A sequência racional para o dimensionamento da tubulação é:
• Ramais de descarga;
• Ramais de esgoto;
• Tubos de queda;
• Subcoletores;
• Coletor predial;
• Ventilação.
Ramais de descarga e ramais de esgoto
As tubulações dos ramais de descarga devem obedecer ao diâmetro míni-
mo indicado no Quadro 1. 
Aparelho sanitário Número de UHC Diâmetro nominal mínimo do ramal de descarga
Bacia sanitária 6 100 
Banheira de residência 2 40
Bebedouro 0,5 40
Bidê 1 40
Bidê 1 40
Chuveiro
De residência 2 40
Coletivo 4 40
QUADRO 1. NÚMERO DE UHC E DIÂMETRO MÍNIMO PARA RAMAIS DE 
DESCARGA POR APARELHO
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 67
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Lavatório
De residência 1 40
De uso geral 2 40
Mictório
Válvula de des-
carga 6 75
Caixa de descarga 5 50
Descarga auto-
mática 2 40
De calha 2 50
Pia de cozinha residencial 3 50
Pia de cozinha 
industrial
Preparação 3 50
Lavagem (pa-
nelas) 4 50
Tanque de lavar roupa 3 40
Máquina de lavar louça 2 50
Máquina de lavar roupa 3 50
Fonte: ABNT, 1999. (Adaptado).
O Quadro 1 indica o número de UHC considerado para cada aparelho sanitário 
de uso mais comum e o diâmetro nominal da tubulação que deve ser instalada.
Considerando que nem todos os aparelhos sanitários estão contemplados 
neste quadro, além do fato de que novos aparelhos podem ser criados ou adapta-
dos, a Tabela 1 pode ser utilizada estimando o número de UHC’s correspondente. 
Diâmetro nominal mínimo do ramal de 
descarga Número de UHC
40 2
50 3
75 5
100 6
TABELA 1. NÚMERO DE UHC E DIÂMETRO DA TUBULAÇÃO PARA RAMAIS DE 
DESCARGA – APARELHOS NÃO RELACIONADOS
Fonte: ABNT, 1999. (Adaptado).
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 68
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A Tabela 1 indica o diâmetro nominal mínimo do ramal de descarga a par-
tir do número de UHC estimado para cada aparelho sanitário não relacionado 
nesta tabela.
Pela definição da NBR 8160:1999, ramal de esgoto é uma “tubulação primária 
que recebe os efluentes dos ramais de descarga diretamente ou através de um 
desconector” (ABNT, 1999, p. 3). A Tabela 2 indica o diâmetro nominal da tubulação 
em função do número de UHCs, já considerando o fator estatístico. 
Diâmetro nominalmínimo do ramal de 
descarga Número de UHC
40 3
50 6
75 20
100 160
TABELA 2. NÚMERO DE UHC E DIÂMETRO MÍNIMO PARA RAMAIS DE 
ESGOTO
Fonte: ABNT, 1999. (Adaptado).
Os aparelhos sanitários devem estar protegidos por desconectores. Eles de-
vem estar presentes a montante dos ramais de esgoto e impedem o retorno de ga-
ses para os ambientes internos. Poderão ser executados em barro vidrado (como 
nas bacias sanitárias, ferro fundido ou ferro galvanizado (por exemplo, sifões de 
caneca) ou PVC (sifões e caixas sifonadas). Quando a instalação é executada sobre 
lajes de concreto armado, deverá ter um rebaixo de 30 cm para melhor execução 
dos ramais de esgoto.
Tubos de queda
Os tubos de queda recebem os efluentes dos ramais de esgoto ou de ramais de 
descarga e os transportam para o nível da rua. Devem ser instalados em uma linha 
vertical reta e, se possível, com uma única prumada. Havendo necessidade de des-
vios, usam-se conexões de raio longo, devendo ser previstas conexões com visita.
A Tabela 3 indica o diâmetro nominal mínimo em função do número de UHCs e 
da quantidade de pavimentos da edificação. 
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 69
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Diâmetro nominal do tubo
Número de UHC
Prédio de até três 
pavimentos
Prédio com mais de 
três pavimentos
40 4 8
50 10 24
75 30 70
100 240 500
150 960 1.900
200 2.200 3.600
250 3.800 5.600
300 6.000 8.400
TABELA 3. NÚMERO DE UHD E DIÂMETRO MÍNIMO PARA TUBOS DE QUEDA 
POR QUANTIDADE DE PAVIMENTOS
Fonte: ABNT, 1999. (Adaptado).
Nas extremidades inferiores, são instaladas curvas que levam os efluentes 
para caixas de inspeção conectadas à rede de subcoletores. Todo tubo de queda 
deve prolongar-se verticalmente, acima da cobertura, constituindo-se um ventila-
dor primário. Nenhum tubo de queda poderá ter diâmetro inferior ao da maior 
canalização a ele ligado, exigindo-se um diâmetro mínimo de 100 mm para as ca-
nalizações que recebem despejos de bacias sanitárias.
Subcoletores e coletor predial
O diâmetro dos subcoletores e do coletor predial pode ser dimensionado utili-
zando a Tabela 4, que relaciona o diâmetro, as UHCs e a declividade da tubulação.
Para o coletor predial e os subcoletores em prédios residenciais, considere ape-
nas o aparelho de maior descarga de cada banheiro para a somatória do número 
de UHC. Nos demais casos, considere as UHCs de todos aparelhos. 
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 70
SER_EC_INSTAHI_UNID3.indd 70 29/09/20 16:13
Diâmetro nominal 
do tubo
Número máximo de UHC em função da declividade mínima (%)
0,5 1 2 4
100 - 180 216 250
150 - 700 846 1.000
200 1.400 1.600 1.920 2.300
250 2.500 2.900 3.500 4.200
300 3.900 4.600 5.600 6.700
400 7.000 8.300 10.000 12.000
TABELA 4. NÚMERO DE UHD E DIÂMETRO MÍNIMO PARA SUBCOLETORES E 
COLETORES
Fonte: ABNT, 1999. (Adaptado).
O coletor predial e os subcoletores devem ser construídos, sempre que 
possível, na parte não edificada do terreno, o que facilita os serviços de 
manutenção e desobstrução quando estes se fizerem necessários. Quan-
do inevitável a sua construção em área edificada, devem ser tomados cui-
dados especiais para proteção, além de localizá-los considerando facili-
dades em eventuais manutenções futuras. Devem ser, preferencialmente, 
retilíneos, e nos trechos em deflexão imposta pela configuração de prédio 
ou de terreno, devem ser colocadas caixas ou peças de inspeção que per-
mitam a limpeza e desobstrução dos trechos adjacentes. Nas mudanças de 
direção em que não for possível intercalar caixas de inspeção, devem ser 
usadas curvas de ângulo central máximo igual a 90° de raio longo, prefe-
rencialmente de 45°, desde que se usem peças com inspeção prevista para 
limpeza e desobstrução.
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 71
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Dispositivos complementares
A caixa de gordura é dividida em duas câmaras separadas por um septo 
não removível. A tomada de água para jusante é feita por uma curva voltada 
para o fundo da caixa. Sendo a gordura mais leve que a água, ela vai “boiar”, e 
a tomada de água é feita livre de gordura, sendo facilmente retirada no proce-
dimento de limpeza e manutenção.
Os critérios para o dimensionamento das caixas de gordura estão no Quadro 2. 
Tipo de 
Caixa
Quantidade 
de cozinhas 
a atender
Diâmetro 
nominal in-
terno (cm)
Parte 
submersa 
do septo 
(cm)
Capacidade 
de retenção 
(litro)
Diâmetro 
nominal da 
tubulação de 
saída (mm)
Pequena 
(CGP) 1 a 2 30 20 18 75
Simples 
(CGS) 2 40 20 31 75
Dupla (CGD) 3 a 12 60 35 120 100
Especial 
(CGE)
Acima de 12 
e industriais * 40 2N + 20 * 100
• O volume é dado por V = 2N + 20, sendo N o número de pessoas atendidas pela cozinha no 
momento de maior fl uxo;
• Distância mínima entre o septo e a saída = 20 cm;
• Altura molhada = 60 cm.
QUADRO 2. DIMENSIONAMENTO DA CAIXA DE GORDURA
Caixa de passagem
Na defi nição da NBR 8160:1999, a caixa de passagem é “destinada a permitir a 
junção de tubulações do subsistema de esgoto sanitário” (ABNT, 1999, p. 2). 
De acordo com a norma, suas dimensões devem atender às seguintes caracte-
rísticas (ABNT, 1999, p. 16):
• Se cilíndrica, a base deve ter 15 cm de diâmetro e, se poligonal, a base deve ser 
inscrita a um círculo de 15 cm de diâmetro;
• Deve ter tampa cega se estiver localizada na rede de esgoto primário;
• Altura mínima = 10 cm;
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 72
SER_EC_INSTAHI_UNID3.indd 72 29/09/20 16:13
• Diâmetro mínimo de saída = 15 cm, ou conforme cálculo de demanda.
Caixa de inspeção e poço de visita
Na definição da NBR 8160:1999, a caixa de inspeção é “destinada a permitir a 
inspeção, limpeza, desobstrução, junção, mudanças de declividade e/ou direção 
das tubulações” (ABNT, 1999, p. 2). O poço de visitas também é um dispositivo a ser 
utilizado quando as caixas de inspeção tiverem seu fundo em uma cota inferior a 
um metro em relação ao terreno.
De acordo com a norma, as dimensões desses dispositivos de inspeção devem 
atender aos seguintes critérios (ABNT, 1999, p. 7):
• A profundidade máxima da caixa de inspeção é de um metro e o poço de visi-
tas deve ser construído para profundidades superiores a um metro;
• Se a caixa de inspeção tiver base prismática, a menor dimensão dos lados é 60 
cm; se a base for circular, o diâmetro mínimo deve ser de 60 cm. Se o poço de visita 
tiver base prismática, a menor dimensão dos lados é 1,10 m; se a base for circular, 
o diâmetro mínimo deve ser de 1,10 m;
• A tampa para ambos deverá ter vedação perfeita e ser de fácil remoção;
• O fundo de ambos deverá proporcionar rápido escoamento e impedir a de-
cantação e acúmulo de sólidos;
• O poço de visita deve ser provido de degraus para acesso ao seu interior;
• O poço de visita é formado por duas partes: uma câmara inferior e a chaminé 
de acesso. Tendo uma profundidade de até 1,80 m, a câmara deverá ter, no míni-
mo, altura de 1,50 m. A chaminé de acesso deverá ter diâmetro mínimo de 60 cm.
Caixa coletora
Na definição da NBR 8160:1999, a caixa de coletora é “onde se reúnem os 
efluentes líquidos, cuja disposição exija elevação mecânica” (ABNT, 1999, p. 2). Os 
requisitos mínimos para a caixa coletora são (ABNT, 1999, p. 20):
• Profundidade mínima de 60 cm e, se receber efluentes de bacias sanitárias, 
de 90 cm;
• Conjunto de dois grupos de moto bomba com funcionamento alternado, per-
mitindo passagem de esferas de 18 mm; se recebe efluentes de bacias sanitárias, 
esfera de 60 mm;
• Se receber efluentes de bacias sanitárias, deverá ter o fundo inclinado de for-
ma a impedir a deposição de materiais sólidos quando a caixa for totalmente es-
vaziada e um tubo de ventilação independente;
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 73
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• Tubulação de recalque mínima com diâmetro nominal de 75 mm se receber 
efl uentes de bacias sanitárias e com diâmetro mínimo de 40 mm se não receber 
efl uentes de bacias sanitárias. 
Caixas sifonadas
Na defi niçãoda NBR 8160:1999, a caixa sifonada é “caixa provida de desco-
nector, destinada a receber efl uentes da instalação secundária de esgoto” (ABNT, 
1999, p. 2). Observe, na Tabela 5, os valores para dimensionamento das caixas si-
fonadas. 
Número de UHC Diâmetro Nominal (DN)
6 100
10 125
15 150
TABELA 5. DIMENSIONAMENTO DAS CAIXAS SIFONADAS
Fonte: NETTO; FERNÁNDEZ, 2015, p. 511. (Adaptado).
O ramal de saída da caixa sifonada deve ser dimensionado conforme indicado 
na tabela de ramais de esgoto.
Subsistema de ventilação
O ramal de ventilação é dimensionado em função da soma das UHCs dos apa-
relhos conectados ao ramal de esgoto associado. Os critérios também estão su-
bordinados à presença ou não no grupo de aparelhos de bacias sanitárias, confor-
me mostrado na Tabela 6. 
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 74
SER_EC_INSTAHI_UNID3.indd 74 29/09/20 16:13
Grupo de aparelho sem bacias sanitárias Grupo de aparelhos com bacias sanitárias
Número de UHC
Diâmetro nominal 
do ramal de venti-
lação
Número de UHC
Diâmetro nominal 
do ramal de venti-
lação
Até 12 40 Até 17 50
13 a 18 50 18 a 60 75
19 a 36 75 - -
TABELA 6. DIMENSIONAMENTO DOS RAMAIS DE VENTILAÇÃO
Fonte: ABNT, 1999. (Adaptado).
Fonte: ABNT, 1999. (Adaptado).
A efetividade do sistema de ventilação também está relacionada à distância 
entre o ramal de ventilação e sua distância até o desconector, conforme indicado 
na Tabela 7. 
DN do ramal de ventilação Distância máxima (m)
40 1,0
50 1,2
75 1,8
100 2,4
TABELA 7. DISTÂNCIA DO RAMAL DE VENTILAÇÃO AO CONECTOR
Colunas e barriletes de ventilação
Os ramais de ventilação conectam-se às colunas ou aos barriletes de ventila-
ção. Define-se barrilete de ventilação, segundo a NBR 8160:1999, como uma “tu-
bulação horizontal com saída para a atmosfera em um ponto, destinada a receber 
dois ou mais tubos ventiladores” (ABNT, 1999, p. 2).
As colunas de ventilação são conectadas ao tudo de queda após sua conexão 
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 75
SER_EC_INSTAHI_UNID3.indd 75 29/09/20 16:13
com o último ramal de esgoto. A partir desse ponto, o tubo de queda é prolongado 
até acima da cobertura, passando a ter a função de ventilar o sistema. A partir 
daí, é chamado de tubo de ventilação primário.
As colunas de ventilação podem ser dimensionadas com auxílio da Tabela 8. 
Observe: 
Diâmetro 
Nominal 
do Tubo 
de Queda 
ou do 
Ramal de 
Esgoto 
(mm)
DN do ra-
mal de ven-
tilação
Diâmetro Nominal mínimo do Tubo de Ventilação (mm)
40 50 75 100 150 200 250 300
Comprimento permitido (em metros)
40 8 46
40 10 30
50 12 23 61
50 20 15 46
75 10 13 46 317
75 21 10 33 247
75 53 8 29 207
75 102 8 26 189
100 43 11 76 299
100 140 8 61 229
100 320 7 52 195
100 530 6 46 177
TABELA 8. DIMENSIONAMENTO DAS COLUNAS E BARRILETES DE 
VENTILAÇÃO RAMAIS DE VENTILAÇÃO
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150 500 10 40 305
150 1.100 8 31 238
150 2.000 7 26 201
150 2.900 6 23 183
200 1.800 10 73 286
200 3.400 7 57 219
200 5.600 6 49 186
200 7.600 5 43 171
250 4.000 24 94 293
250 7.200 18 73 225
250 11.000 16 60 192
250 15.000 14 55 174
300 7.300 9 37 116 287
300 13.000 7 29 90 219
300 20.000 6 24 76 186
300 26.000 5 22 70 152
Fonte: ABNT, 1999. (Adaptado).
Os tubos ventiladores primários ou as colunas de ventilação 
com extremidade aberta à atmosfera devem atender a vários 
critérios (ABNT, 1999, p. 7):
• Devem ter um afastamento de pelo menos 4 m de 
qualquer janela, porta ou vão de ventilação, a menos que es-
teja elevado a pelo menos 1 m das vergas dos respectivos vãos;
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 77
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• Devem ter altura superior altura mínima de 2 m acima de laje impermeabiliza-
da se for utilizada para outros fi ns além de simples cobertura da edifi cação. Caso 
contrário, a altura mínima deve ser de 30 cm;
• Os trechos aparentes devem ter proteção contra choques ou acidentes que 
possam causar danos;
• A seção aberta à atmosfera deve ser protegida por terminal tipo chaminé, tê 
ou dispositivos que impeçam a entrada das águas de chuva na tubulação.
Águas pluviais: calhas e rufos, condutores, coletores, 
elementos acessórios e dimensionamento 
O sistema de captação de águas pluviais destina-se exclusivamente ao reco-
lhimento e condução de água de chuva até os locais previstos para descarte ou 
acumulação, sendo vedada sua interligação com outras instalações (os sistemas 
de esgoto e águas pluviais são independentes e sem interligação). Ele deve ser 
estanque, permitir limpeza e desobstrução, absorver esforços provocados por di-
latação térmica ou por choques mecânicos (quando for passível a eles), ser resis-
tente à ação do intemperismo ou ao contato com outros materiais de construção, 
não provocar ruídos excessivos, resistir às pressões a que será submetido e fi xado 
de forma adequada.
Nas coberturas, as águas de chuva são aparadas por telhados ou lajes imper-
meabilizadas, estas com declividade mínima de 0,5%. São direcionadas para calhas 
conectadas a tubulações verticais, os condutores verticais, que direcionam esse 
efl uente para condutores horizontais, que devem ser instalados com declividade 
mínima de 0,5%. Esses componentes podem ser de ferro fundido, fi brocimento, PVC 
rígido, aço galvanizado, cerâmica vidrada, concreto, cobre, concreto ou alvenaria.
Dependendo das condições e da infraestrutura existente, essas águas podem 
ser dispostas em sarjetas, sendo direcionadas para o sistema público de drena-
gem, em poços absorventes, para infi ltração no solo, em reservatórios de reten-
ção, para posterior descarte ou eventual utilização para fi ns não potáveis ou dis-
postas em escoamento superfi cial.
Um dos principais elementos para dimensionamento do projeto de captação 
de águas pluviais é a intensidade e o regime das chuvas incidentes no local da 
edifi cação.
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 78
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A intensidade de chuva (I) é adotada para a localidade e para certo período de 
retorno (número médio de anos em que uma precipitação com mesma duração e 
intensidade pluviométrica é igualada ou ultrapassada apenas uma vez). 
A NBR 10844:1989, considerando chuvas com tempo de duração t = 5 minutos, 
fixa os períodos de retorno (T) de acordo com as características da área a ser dre-
nada (ABNT, 1989, p. 3):
• T = 1 ano, para obras externas, sendo empoçamentos tolerados;
• T = 5 anos, para coberturas e/ou terraços;
• T = 25 anos, para coberturas e áreas em que empoçamentos ou extravasa-
mentos não possam ser tolerados.
Para construções com área de projeção de até 100 m², salvo casos especiais, 
pode-se adotar: I = 150mm/h. Para as demais construções, utilizar a Tabela 9: 
TABELA 9. CHUVAS INTENSAS NO BRASIL (DURAÇÃO DE 5 MIN)
Local
Intensidade pluviométrica (mm/h)
Período de retorno (anos)
1 5 25
Belém/PA 138 157 185(20)
Belo Horizonte/MG 132 227 230(12)
Cuiabá/MT 144 190 230(12)
Fortaleza/CE 120 156 180(21)
Goiânia/GO 120 178 192(17)
Manaus/AM 138 180 198
Porto Alegre/RS 118 147 167(21)
Rio de Janeiro/RJ 50 18 a 60 75
(Jardim Botânico) 122 167 227
Salvador/BA 108 122 145(24)
São Paulo/SP 50 18 a 60 75
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 79
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(Congonhas) 122 132 -
São Paulo 50 18 a 60 75
(Mirante de Santana) 122 172 191(7)
Teresina/PI 154 240 262(23)
Fonte: ABNT, 1999. (Adaptado).
Os números entre parênteses representam o tempo de retorno a que se refe-
rem as intensidades em vez de 25 anos, devido ao tempo de observação. 
CURIOSIDADE
Analisando a Tabela 9, notamos que locais tradicionalmente áridos 
apresentam intensidades pluviométricas maiores que em locais tradicio-
nalmente chuvosos para o mesmo tempo de retono. Por exemplo, para o 
tempo de retorno de cinco anos, São Paulo (em Congonhas) apresenta 
intensidade pluviométrica de 132 mm/h, enquanto Teresina tem 240 mm/h. 
Isso quer dizer que, em Teresina, a intensidadeda chuva com tempo de 
retorno de cinco anos é muito maior que a de São Paulo. Apesar de cho-
ver pouco ao longo do ano, em Teresina tem “pancadas de chuva” mais 
intensas que em São Paulo.
A partir da intensidade pluviométrica e considerando as áreas das superfícies 
que vão aparar a chuva, obtemos a vazão de projeto da água que será captada 
pela relação:
Q =
I . A
60
(1)
Sendo que:
I = intensidade pluviométrica, em mm/h;
A = área de contribuição, em m².
Considerando que 1 litro = 1 dm³, temos a seguinte relação entre as unidades:
[mmh] · [m2] = [ 10 -2 dm
h
] · [102 · dm2] = dm3/hora = litros/hora e hora minuto
litros
litros
60
=
Temos, então, a unidade da vazão fornecida pela relação: Q = vazão em li-
tros/min.
A ação dos ventos deve ser levada em conta pela adoção de um ângulo de in-
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 80
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clinação da chuva em relação à horizontal. Afi nal, devido aos ventos, a chuva não 
cai necessariamente a 90°, e não caindo a 90°, ela vai atingir muros e fachadas, 
o que faz com que parte dessa água contribua com a vazão nos condutores. O 
vento deve ser considerado na direção que ocasionar maior quantidade de chuva 
interceptada pelas superfícies consideradas.
As superfícies horizontais (lajes ou pisos) devem ter uma declividade em re-
lação aos ralos de pelo menos 0,5%, mas, apesar dessa declividade, devem ser 
consideradas planas.
Sistema de captação, transporte e descarte (ou 
reservação) das águas pluviais
As calhas podem ser defi nidas como canais, instalados na horizontal, com 
declividade mínima de 0,5%, que captam a água aparada pela superfície de um 
telhado, cobertura ou terraço, conduzindo-a a um ou mais pontos em que será 
captada por condutores verticais (tubulação) e transportada até o nível do 
solo. No nível do solo, o efl uente dos condutores verticais é direcionado para 
condutores horizontais, sendo encaminhados para descarte ou eventual re-
servação. A conexão entre os condutores é feita por meio de caixas, chamadas 
caixas de areia.
Os rufos são elementos, geralmente metálicos, que têm a função de proteger 
o encontro das calhas com paredes ou muros, evitando a infi ltração da água da 
chuva nesses encontros.
As calhas podem ser instaladas em platibandas, beirais ou em águas furtadas. 
A Figura 1 mostra um croqui dessas instalações: 
Figura 1. Croqui de calha instalada em beiral, platibanda e agua furtada.
Água furtada 
Platibanda 
Beiral 
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 81
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Calhas
O dimensionamento de calhas pode ser feito por meio da fórmula de Man-
ning-Strickler, indicada a seguir, ou de qualquer outra fórmula equivalente da 
hidráulica.
Q = K · · Rh2/3· √i
A
n (2)
Sendo que:
Q = vazão de projeto, em L/min;
A = área da seção molhada, em m²;
n = coeficiente de rugosidade – depende do material da calha;
Rh = raio hidráulico, em m; 
i = declividade da calha, em m/m (mínimo de 0,5%);
K = 60 000 (coeficiente para transformar a vazão em m³/s para L/min.). 
EXPLICANDO
Os conceitos de raio hidráulico (Rh), seção molhada (A) e perímetro mo-
lhado (P) vêm da hidráulica. Por exemplo, a área molhada de um tubo 
com seção circular com escoamento à seção plena coincide com a área 
do círculo; a meia seção, a área molhada é metade da área do círculo. O 
perímetro molhado é o comprimento da seção que está em contato com a 
água. No nosso exemplo, à seção plena, o perímetro molhado é o compri-
mento da circunferência e a meia seção, metade desse comprimento. O 
raio hidráulico é a razão entre a área da seção molhada e o comprimento 
do perímetro molhado.
O coeficiente de rugosidade depende do material da calha: materiais menos 
rugosos contribuem para uma maior vazão e os mais rugosos, tendem a dimi-
nuir a vazão, pelo atrito entre a água e a calha.
Na instalação das calhas, deve ser imposta uma declividade em direção aos 
condutores verticais para evitar empoçamentos. Se houver impedimento em 
aplicar declividade nas calhas, os condutores verticais deverão ter um aumento 
na sua capacidade de escoamento ou aumentar o número de condutores. 
Um fator que influencia a eficiência da calha é a distância entre o ponto de 
captação de condutor vertical e de eventual curva para mudança de direção 
da calha e o tipo de acabamento da curva, sendo os cantos arredondados ou 
retos. Em calhas de beiral ou platibanda, quando a saída estiver a menos de 4 
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 82
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m de uma mudança de direção, a vazão de projeto deverá ser majorada multi-
plicando-a pelos coeficientes da Tabela 10. 
Tipo de curva Curva a menos de 2 m de saída da calha
Curva entre 2 m e 4 m de 
saída da calha
Canto reto 1,20 1,10
Canto arredondado 1,10 1,05
TABELA 10. COEFICIENTES MULTIPLICADORES DE VAZÃO DE PROJETO
Fonte: ABNT, 1989. (Adaptado). 
Condutores verticais
Os condutores verticais captam as águas das calhas ou de ralos das lajes 
de cobertura ou terraços, e podem ser instalados externa ou internamente à 
edificação, com diâmetro interno mínimo de 70 mm. Os materiais mais comuns 
desse componente são o PVC e o ferro fundido.
Preferencialmente, deve-se instalar os condutores em linha reta, em uma 
única prumada. Se houver necessidade de desvio, deve-se usar curvas de 90° 
longas ou de 45°. Também, para evitar obstruções, na entrada dos ralos é reco-
mendado o uso de grelhas semiesféricas.
O acabamento da saída da calha para o condutor vertical tem influência 
significativa na sua eficiência. Para o dimensionamento dos condutores, a NBR 
10844:1989 fornece dois ábacos: um em que as saídas das calhas são em ares-
tas vivas e outro com saídas em funil. 
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 83
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150
D mm
140
130
120
110
100
90
80
70
60
50
0 400200 600 800 1000 1200
(a) Calha com saída em aresta viva
1400 1600 1800 2000 2200 2400
QI / mín
2600 2800
L = ∞
L = 2
5 m
L = 6
 m
L = 3
 m
L = 
2 m
L = 
1,5 
mL =
 1 m
L = 
0,3 
m
H 
= 7
0 m
m
H 
= 6
0 m
m
H 
= 5
0 
m
m
H 
= 9
0 m
m
H 
= 8
0 m
m
L = 
0,6 
m H 
= 1
00
 m
m
Figura 2. Ábaco para dimensionamento de condutores para calha com saída em aresta viva. Fonte: ABNT, 1989, p. 8.
Figura 3. Ábaco para dimensionamento de condutores para calha com saída em funil. Fonte: ABNT, 1989, p. 8.
150
D mm
140
130
120
110
100
90
80
70
60
50
0 400200 600 800 1000 1200
Calha com funil de saída
1400 1600 1800 2000 2200 2400
QI / mín
2600 2800
L = ∞
L = 2
5 m
L = 6
 m
L = 3
 m
L = 2
 m
L = 1
,5 m
L = 1
 m
H =
 10
0 m
m
H =
 90
 m
m
H =
 80
 m
m
H 
= 7
0 m
m
H 
= 6
0 m
m
H 
= 5
0 m
m
L = 0
,6 m
L = 0
,3 m
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 84
SER_EC_INSTAHI_UNID3.indd 84 29/09/20 16:14
Para utilizar o ábaco, considera-se:
• Q = vazão de projeto, em L/min (na linha das abcissas);
• H = altura da lâmina de água na calha, em mm;
• L = comprimento do condutor vertical, em m;
• D = diâmetro do condutor, em mm.
O procedimento para utilização desses ábacos é:
1. Levantar uma vertical por Q até interceptar as curvas de H e L correspon-
dentes e interpolar se for o caso;
2. Transportar a interseção mais alta até o eixo D;
3. Adotar o diâmetro nominal cujo diâmetro interno seja superior ou igual 
ao valor encontrado. 
Condutores horizontais
Os condutores horizontais recebem o efluente dos condutores verticais. 
Essa conexão deve ser feita preferencialmente utilizando-se caixas de areia 
e, caso não seja possível, utilizar curvas longas de 90° ou 45°, com inspeção. 
Eles devem ser projetados com declividade mínima de 0,5%. Deve ser prevista 
inspeção na tubulação a cada 20 metros.
Para o dimensionamento dos condutores horizontais de seção circular, em-
prega-se a fórmula de Manning-Stricler, com altura de lâmina d’água igual a 
2/3 do diâmetro interno do tubo.
Caixas de areia
As conexões entre as tubulações enterradas devem ser fei-
taspreferencialmente por caixas de areia, que têm a função 
de inspeção e limpeza das tubulações. Uma das diferencia-
ções entre as caixas de areia e as de inspeção de esgoto é 
em relação à posição da geratriz inferior das tubulações. Nas 
caixas de inspeção, a geratriz inferior coincide com o fundo da 
caixa, enquanto nas de areia elas devem estar pelo menos 10 cm 
acima do fundo. Isso é necessário para reter grãos de areia ou lama arrastados 
pelas águas, que devem ser periodicamente retirados.
As caixas de areia devem ser utilizadas para fazer a conexão das tubula-
ções quando houver mudança de direção ou declividade e a cada 20 metros 
de tubulação, que é o limite de comprimento prescrito para um trecho reto de 
tubulação de águas pluviais.
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 85
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Diferentemente da caixa de inspeção de esgoto, é possível instalar ralos na 
tampa da caixa de areia para captação das águas de chuva. Devido a suas ca-
racterísticas, esse sistema não produz os gases que são produzidos no esgoto, 
não tendo necessidade de desconectores.
Instalação interna de gás: características, gás natural 
e gás liquefeito de petróleo 
A norma brasileira publicada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas 
(ABNT) que estabelece os requisitos para projeto e instalação de sistema de dis-
tribuição de gás combustível em edifi cações residenciais é a NBR 15526 – redes de 
distribuição interna para gases combustíveis em instalações residenciais – projeto 
e execução, atualizada em 2016. O limite de pressão para essas instalações é de 
150 kPa (1,53 kgf/cm²).
Em uma edifi cação residencial, o gás combustível é usado basicamente em fo-
gões para preparação de alimentos, em aquecedores de acumulação ou de passa-
gem para aquecimento de água ou em máquinas secadoras de roupas. Em regiões 
de frio intenso, pode ser usado em sistemas de calefação. O uso comercial indus-
trial é mais amplo e obedece a regras específi cas.
A instalação do sistema de gás combustível também deve atender a exigências 
locais como do Corpo de Bombeiros, leis e decretos que regem esse uso.
A tubulação dessas instalações pode ser de aço carbono, cobre sem costura 
ou polietileno específi co para esse uso. A interligação entre o ponto de utiliza-
ção e os equipamentos de consumo deve ser feita por mangueiras de borracha 
fl exível com capacidade para a pressão exigida, tubos metálicos fl exíveis ou 
tubos de cobre fl exíveis.
As instalações devem ter dispositivos para segurança e operação como vál-
vulas de bloqueio (tipo esfera) para interrupção da vazão do gás, manuais e auto-
máticas, reguladores de pressão, manômetros, fi ltros, válvulas de alívio, válvulas 
redutoras de pressão e os medidores de consumo. 
Os gases disponíveis para o uso são o gás liquefeito de petróleo (GLP), forne-
cido em botijões e o gás natural (GN), canalizado e fornecido normalmente por 
uma concessionária de serviços públicos.
O GLP se liquefaz quando submetido a altas pressões e, dessa forma, é facil-
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mente armazenado em botijões. Ele é mais pesado que o ar (densidade relativa = 
1,8) e é formado por vários hidrocarbonetos, com predominância do propano (C3 
H8), propeno (C3 H6), butano (C4 H10) e buteno (C4 H8). 
O GN é mais leve que o ar (densidade relativa = 0,6) e é formado predominan-
temente pelo gás metano (70%), CH4. 
CURIOSIDADE
Vamos fazer a seguinte consideração: o gás predominante na atmosfera 
é o nitrogênio (N2) e seu peso molecular é 2 · 17 = 34 (sabemos que o peso 
atômico de nitrogênio é 17); o peso molecular do metano, predominante 
no GN, é 1 · 12 + 4 · 1 = 16 (sabemos que o peso atômico do carbono é 12 e 
do hidrogênio é 1); e o peso molecular do propano, um dos gases predomi-
nantes no GLP, é 3 · 12 + 8 · 1 = 44.
Podemos notar que o GN é mais leve que a atmosfera e o GLP mais pe-
sado e, assim, se houver vazamento de gás em um ambiente fechado, se 
esse gás for GLP, vai se concentrar na parte baixa do ambiente, por ser 
mais pesado que a atmosfera; se for GN, vai se concentrar na parte alta do 
ambiente.
Nos ambientes em que são instalados os aquecedores a gás, deve ser garanti-
da ventilação cruzada por dispositivos que garantam ventilação permanente. Es-
ses dispositivos podem ser venezianas instaladas em portas ou janelas. 
A queima dos gases pelo aquecedor que gera a energia necessária para o aque-
cimento da água não tem eficiência de 100%. Isso leva à necessidade de se instalar 
uma chaminé, que vai encaminhar para o ambiente externo essa parcela de gás 
que não foi queimada, tornando-se um dispositivo obrigatório.
A presença de gases em ambientes confinados é capaz de gerar acidentes 
graves, pois a simples faísca de um dispositivo elétrico, como, por exemplo, um 
simples interruptor, é capaz produzir a ignição desse gás confinado, podendo cau-
sar explosões de grande magnitude. A instalação de tubulação de gás em dutos, 
ambientes fechados, sancas e dispositivos que permitam seu confinamento repre-
sentam grande risco para a segurança.
Os parâmetros para o dimensionamento estão descritos no item 6 da 
NBR15526:2016 (ABNT, 2016) e, a exemplo dos demais projetos de engenharia, o 
primeiro passo é estabelecer a demanda de gás. Para isso, é necessário ter a defi-
nição dos equipamentos que serão instalados, eventuais expansões e a potência 
adotada para cada um. 
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 87
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A potência adotada deve ser computada para cada ramal da tubulação em fun-
ção dos equipamentos que serão alimentados por cada um desses ramais, consi-
derando o fator de simultaneidade. O fator de simultaneidade para um trecho 
com potência adotada menor que 21.000 kcal/h é 100%. 
A = F · C/100 (3)
Sendo que:
A = potência adotada (kcal/h); 
F = fator de simultaneidade (%); 
C =potência computada (kcal/h).
Com a potência adotada, calcula-se a vazão de gás necessária considerando 
o poder calorífico inferior (PCI) do gás fornecido. Para GN PCI = 8.600 kcal/m³ e 
para GLP PCI= 24.000 kcal/m3, ambos considerados a uma temperatura de 20 °C e 
pressão de 1 atm. Temos então que:
Q = A/PCI (4)
Sendo que:
Q = vazão.
A partir da vazão, do cálculo das perdas de carga e das limitações de pressões 
e velocidade, determina-se o diâmetro da tubulação de cada trecho. 
A perda de carga máxima em um trecho que alimenta diretamente um apa-
relho é de 10%, e em um trecho que alimenta regulador de pressão é de 30%. 
Deve-se respeitar as faixas de pressão de funcionamento dos equipamentos e dos 
reguladores de pressão. A máxima velocidade admitida é de 20 m/s.
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 88
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Sintetizando
Vimos, nessa unidade, que o dimensionamento das instalações de esgoto 
sanitário baseia-se nas Unidades Hunter de Contribuição, que têm como prin-
cípio a vazão de esgoto gerada por um lavatório; a vazão dos demais aparelhos 
é medida proporcionalmente. O método leva em consideração a simultanei-
dade do uso dos aparelhos e se baseia somente na soma das UHC, mas na 
probabilidade de uso simultâneo. Ao projetar esse sistema, deve-se ter a preo-
cupação em criar dispositivos que mitiguem a possibilidade de obstruções e 
entupimento da tubulação, evitando curvas retas e priorizando a utilização de 
caixas para inspeção e eventual desobstrução da rede. As águas que contêm 
gordura devem ser direcionadas para caixas de gordura para evitar a presença 
desse material na tubulação. Outra preocupação presente na elaboração do 
projeto é a criação de desconectores que impeçam o retorno de gases para o 
interior da edificação.
Mais adiante, notamos que o dimensionamento do sistema de águas plu-
viais também considera elementos que minimizem a possibilidade da forma-
ção de obstruções na tubulação com a utilização de caixas e inspeções para 
proporcionarfacilidade na manutenção e limpeza. O dimensionamento ba-
seia-se na intensidade das chuvas e, dessa forma, duas edificações idênticas 
localizadas em locais com diferente índice pluviométrico vão ter um sistema de 
drenagem das águas de chuva diferentes. Ao contrário do sistema de esgotos, 
o projeto não prevê o uso de desconectores, pois o problema do retorno de 
gases não está presente.
Estudamos também que o sistema de fornecimento de gás combustível 
deve ter especial atenção no quesito segurança, devido à contundência de 
eventuais acidentes. Deve estar no centro das preocupações evitar a possibi-
lidade de acúmulo de gases provenientes de eventual vazamento ou de gases 
que não foram queimados. O sistema também apresenta fortes diferenças em 
função do gás que está sendo fornecido, GLP ou GN.
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Referências bibliográficas
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 10844:1989 –
instalações prediais de águas pluviais - procedimento. Rio de Janeiro: ABNT, 
1989.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 8160:1999 – Sis-
temas prediais de esgoto sanitário – Projeto e execução, Rio de Janeiro: ABNT, 
1999.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 15526:2016 – 
redes de distribuição interna para gases combustíveis em instalações residen-
ciais - projeto e execução. Rio de Janeiro: ABNT, 2016.
CREDER, H. Instalações hidráulicas e sanitárias. 6. ed. São Paulo: LTC, 2006.
MACINTYRE, A. J. Manual de instalações hidráulicas e sanitárias. São Paulo: 
LTC, 1990.
NETTO, J. M. A.; FERNÁNDEZ, M. F. Manual de hidráulica. 9. ed. São Paulo: 
Edgard Blucher, 2015.
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 90
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PREVENÇÃO 
E COMBATE A 
INCÊNDIOS
4
UNIDADE
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Objetivos da unidade
Tópicos de estudo
 Fornecer uma visão geral dos sistemas de proteção contra incêndios (SPCI);
 Conhecer o projeto de prevenção e combate a incêndios (PPCI);
 Apresentar os elementos de regulamentação e dimensionamento dos PPCI.
 Introdução
 Combustão
 Classes de fogo
 Classificação das edificações
 Proteção passiva
 Proteção ativa
 Materiais de extinção
 Extintores de incêndio
 Sistemas de alarme e detecção 
de incêndio
 Rede de chuveiros automáticos 
(sprinklers)
 Sistema sob comando de hi-
drantes
 Dimensionamento
 Vazão e material a ser instalado 
no abrigo do hidrante
 Posicionamento do abrigo 
 Dimensionamento da tubulação
 Bombas de incêndio
 Dimensionamento da reserva 
de incêndio
 Projeto e regulamentação
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 92
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Introdução
Para se conceber um sistema de 
proteção contra incêndio (SPCI), a pri-
meira caracterização a se fazer é a do 
uso da edifi cação. Os riscos que envol-
vem uma indústria, por exemplo, são 
diferentes daqueles que estão presen-
tes em uma edifi cação residencial ou 
comercial. Da mesma forma, uma edifi cação vertical, com vários pavimentos, 
apresenta riscos diferentes dos encontrados em conjuntos horizontais.
O sistema construtivo adotado é outro elemento a ser caracterizado. Uma 
edifi cação pode ter sua estrutura em madeira, em concreto ou em aço. Cada 
material empregado tem comportamentos diferentes na presença de um in-
cêndio, e o sistema de proteção deve entender esse comportamento e estabe-
lecer as condições mais apropriadas para cada um.
Os materiais utilizados nos acabamentos da construção também devem ser 
elementos de análise, pois sua maior ou menor combustibilidade e os gases 
produzidos durante sua combustão (em quantidade e qualidade) podem ser 
fatores importantes em uma situação de incêndio.
Outra abordagem se dá no campo do combate a um incêndio iniciado. O 
projeto deve prever instrumentos para que seja feito o primeiro combate aos 
pequenos focos. Esse combate é feito por pessoas com um treinamento míni-
mo ou brigadas de incêndio, utilizando extintores, hidrantes e outro elementos 
para impedir que o fogo se propague. 
Junto com isso, o projeto deve ser concebido para garantir que as pessoas 
que estão dentro da edifi cação sejam avisadas e tenham caminhos protegi-
dos para conseguir fugir. Além disso, o sistema deve garantir que o Corpo de 
Bombeiros, instituição que tem como uma de suas fi nalidades o combate a 
incêndios, consiga chegar à edifi cação e adentrá-la, com mínima segurança, 
para combater o incêndio.
A situação ideal é aquela em que o incêndio não acontece, mas se acontecer, 
o sistema tem que estar pronto para ele, com sua manutenção em dia, sendo 
capaz de impedir a propagação do fogo.
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 93
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Combustão
A combustão pode ser entendida como um processo em que ocorrem rea-
ções químicas entre um material chamado de combustível, e outro chamado de 
comburente (normalmente o oxigênio). Ela tem seu início em um processo de 
ignição, quando ocorre uma elevação de temperatura. Essa reação é normal-
mente exotérmica, emitindo calor e luz. Veja a Figura 1:
Figura 1. Reação de combustão: combinação do combustível + oxigênio + calor. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 24/08/2020.
Para que ocorra a combustão, é necessária a presença desses três elementos: 
combustível, comburente e calor. Para interrompê-la, basta retirar um desses três 
elementos, isolando o combustível do comburente e/ ou eliminando o calor.
OXIGÊNIO CALOR
COMBUSTÍVEL
Classes de fogo
A classifi cação do incêndio pode se dar em função da natureza do material 
que, potencialmente, está sendo queimado. A Norma Regulamentadora 23 – 
proteção contra incêndios, do Ministério de Trabalho e Emprego, e os códigos 
de segurança contra incêndio de vários estados brasileiros adotam o sistema 
de classifi cação de fogo indicado no Quadro 1:
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 94
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Classe de fogo 
ou classifi cação 
do incêndio
Material combustível
A
Materiais de fácil combustão, que queimam na superfície e 
profundamente, deixando resíduos. Exemplos: madeira, tecido, papel, lixo 
comum, fi bras, ferragens, carvão, coque, fi lmes, material fotográfi co, entre 
outros.
B
Materiais infl amáveis que queimam somente na superfície e não 
deixam resíduos. Exemplo: óleos, graxa, verniz, gasolina, borracha, tinta, 
querosene, solventes, entre outros.
C Fogo proveniente de equipamentos elétricos energizados, como motores, transformadores, quadros de distribuição, fi os, entre outros.
D Materiais piróforos e suas ligas. Exemplos: magnésio, sódio, potássio, alumínio, zircônio, titânio, entre outros.
Grupo Ocupação/ Uso Divisões
A Residencial A1; A2; A3.
profundamente, deixando resíduos. Exemplos: madeira, tecido, papel, lixo 
comum, fi bras, ferragens, carvão, coque, fi lmes, material fotográfi co, entre 
Materiais de fácil combustão, que queimam na superfície e 
profundamente, deixando resíduos. Exemplos: madeira, tecido, papel, lixo 
comum, fi bras, ferragens, carvão, coque, fi lmes, material fotográfi co, entre 
Materiais de fácil combustão, que queimam na superfície e 
profundamente, deixando resíduos. Exemplos: madeira, tecido, papel, lixo 
comum, fi bras, ferragens, carvão, coque, fi lmes, material fotográfi co, entre 
Materiais de fácil combustão, que queimam na superfície e 
profundamente, deixando resíduos. Exemplos: madeira, tecido, papel, lixo 
comum, fi bras, ferragens, carvão, coque, fi lmes, material fotográfi co, entre 
deixam resíduos. Exemplo: óleos, graxa, verniz, gasolina, borracha, tinta, 
Materiais de fácil combustão, que queimam na superfície e 
profundamente, deixando resíduos. Exemplos: madeira, tecido, papel, lixo 
comum, fi bras, ferragens, carvão, coque, fi lmes, material fotográfi co, entre 
Materiais infl amáveis que queimam somente na superfície e não 
deixam resíduos. Exemplo: óleos, graxa, verniz, gasolina, borracha, tinta, 
Materiais de fácilcombustão, que queimam na superfície e 
profundamente, deixando resíduos. Exemplos: madeira, tecido, papel, lixo 
comum, fi bras, ferragens, carvão, coque, fi lmes, material fotográfi co, entre 
Materiais infl amáveis que queimam somente na superfície e não 
deixam resíduos. Exemplo: óleos, graxa, verniz, gasolina, borracha, tinta, 
Fogo proveniente de equipamentos elétricos energizados, como motores, 
Materiais de fácil combustão, que queimam na superfície e 
profundamente, deixando resíduos. Exemplos: madeira, tecido, papel, lixo 
comum, fi bras, ferragens, carvão, coque, fi lmes, material fotográfi co, entre 
Materiais infl amáveis que queimam somente na superfície e não 
deixam resíduos. Exemplo: óleos, graxa, verniz, gasolina, borracha, tinta, 
Fogo proveniente de equipamentos elétricos energizados, como motores, 
Materiais de fácil combustão, que queimam na superfície e 
profundamente, deixando resíduos. Exemplos: madeira, tecido, papel, lixo 
comum, fi bras, ferragens, carvão, coque, fi lmes, material fotográfi co, entre 
Materiais infl amáveis que queimam somente na superfície e não 
deixam resíduos. Exemplo: óleos, graxa, verniz, gasolina, borracha, tinta, 
Fogo proveniente de equipamentos elétricos energizados, como motores, 
Materiais de fácil combustão, que queimam na superfície e 
profundamente, deixando resíduos. Exemplos: madeira, tecido, papel, lixo 
comum, fi bras, ferragens, carvão, coque, fi lmes, material fotográfi co, entre 
Materiais infl amáveis que queimam somente na superfície e não 
deixam resíduos. Exemplo: óleos, graxa, verniz, gasolina, borracha, tinta, 
Fogo proveniente de equipamentos elétricos energizados, como motores, 
transformadores, quadros de distribuição, fi os, entre outros.
Materiais piróforos e suas ligas. Exemplos: magnésio, sódio, potássio, 
Materiais de fácil combustão, que queimam na superfície e 
profundamente, deixando resíduos. Exemplos: madeira, tecido, papel, lixo 
comum, fi bras, ferragens, carvão, coque, fi lmes, material fotográfi co, entre 
Materiais infl amáveis que queimam somente na superfície e não 
deixam resíduos. Exemplo: óleos, graxa, verniz, gasolina, borracha, tinta, 
querosene, solventes, entre outros.
Fogo proveniente de equipamentos elétricos energizados, como motores, 
transformadores, quadros de distribuição, fi os, entre outros.
Materiais piróforos e suas ligas. Exemplos: magnésio, sódio, potássio, 
Materiais de fácil combustão, que queimam na superfície e 
profundamente, deixando resíduos. Exemplos: madeira, tecido, papel, lixo 
comum, fi bras, ferragens, carvão, coque, fi lmes, material fotográfi co, entre 
Materiais infl amáveis que queimam somente na superfície e não 
deixam resíduos. Exemplo: óleos, graxa, verniz, gasolina, borracha, tinta, 
querosene, solventes, entre outros.
Fogo proveniente de equipamentos elétricos energizados, como motores, 
transformadores, quadros de distribuição, fi os, entre outros.
Materiais piróforos e suas ligas. Exemplos: magnésio, sódio, potássio, 
Materiais de fácil combustão, que queimam na superfície e 
profundamente, deixando resíduos. Exemplos: madeira, tecido, papel, lixo 
comum, fi bras, ferragens, carvão, coque, fi lmes, material fotográfi co, entre 
outros.
Materiais infl amáveis que queimam somente na superfície e não 
deixam resíduos. Exemplo: óleos, graxa, verniz, gasolina, borracha, tinta, 
querosene, solventes, entre outros.
Fogo proveniente de equipamentos elétricos energizados, como motores, 
transformadores, quadros de distribuição, fi os, entre outros.
Materiais piróforos e suas ligas. Exemplos: magnésio, sódio, potássio, 
Materiais de fácil combustão, que queimam na superfície e 
profundamente, deixando resíduos. Exemplos: madeira, tecido, papel, lixo 
comum, fi bras, ferragens, carvão, coque, fi lmes, material fotográfi co, entre 
outros.
Materiais infl amáveis que queimam somente na superfície e não 
deixam resíduos. Exemplo: óleos, graxa, verniz, gasolina, borracha, tinta, 
querosene, solventes, entre outros.
Fogo proveniente de equipamentos elétricos energizados, como motores, 
transformadores, quadros de distribuição, fi os, entre outros.
Materiais piróforos e suas ligas. Exemplos: magnésio, sódio, potássio, 
Materiais de fácil combustão, que queimam na superfície e 
profundamente, deixando resíduos. Exemplos: madeira, tecido, papel, lixo 
comum, fi bras, ferragens, carvão, coque, fi lmes, material fotográfi co, entre 
Materiais infl amáveis que queimam somente na superfície e não 
deixam resíduos. Exemplo: óleos, graxa, verniz, gasolina, borracha, tinta, 
querosene, solventes, entre outros.
Fogo proveniente de equipamentos elétricos energizados, como motores, 
transformadores, quadros de distribuição, fi os, entre outros.
Materiais piróforos e suas ligas. Exemplos: magnésio, sódio, potássio, 
alumínio, zircônio, titânio, entre outros.
Materiais de fácil combustão, que queimam na superfície e 
profundamente, deixando resíduos. Exemplos: madeira, tecido, papel, lixo 
comum, fi bras, ferragens, carvão, coque, fi lmes, material fotográfi co, entre 
Materiais infl amáveis que queimam somente na superfície e não 
deixam resíduos. Exemplo: óleos, graxa, verniz, gasolina, borracha, tinta, 
querosene, solventes, entre outros.
Fogo proveniente de equipamentos elétricos energizados, como motores, 
transformadores, quadros de distribuição, fi os, entre outros.
Materiais piróforos e suas ligas. Exemplos: magnésio, sódio, potássio, 
alumínio, zircônio, titânio, entre outros.
Materiais de fácil combustão, que queimam na superfície e 
profundamente, deixando resíduos. Exemplos: madeira, tecido, papel, lixo 
comum, fi bras, ferragens, carvão, coque, fi lmes, material fotográfi co, entre 
Materiais infl amáveis que queimam somente na superfície e não 
deixam resíduos. Exemplo: óleos, graxa, verniz, gasolina, borracha, tinta, 
querosene, solventes, entre outros.
Fogo proveniente de equipamentos elétricos energizados, como motores, 
transformadores, quadros de distribuição, fi os, entre outros.
Materiais piróforos e suas ligas. Exemplos: magnésio, sódio, potássio, 
alumínio, zircônio, titânio, entre outros.
Materiais de fácil combustão, que queimam na superfície e 
profundamente, deixando resíduos. Exemplos: madeira, tecido, papel, lixo 
comum, fi bras, ferragens, carvão, coque, fi lmes, material fotográfi co, entre 
Materiais infl amáveis que queimam somente na superfície e não 
deixam resíduos. Exemplo: óleos, graxa, verniz, gasolina, borracha, tinta, 
querosene, solventes, entre outros.
Fogo proveniente de equipamentos elétricos energizados, como motores, 
transformadores, quadros de distribuição, fi os, entre outros.
Materiais piróforos e suas ligas. Exemplos: magnésio, sódio, potássio, 
alumínio, zircônio, titânio, entre outros.
Materiais de fácil combustão, que queimam na superfície e 
profundamente, deixando resíduos. Exemplos: madeira, tecido, papel, lixo 
comum, fi bras, ferragens, carvão, coque, fi lmes, material fotográfi co, entre 
Materiais infl amáveis que queimam somente na superfície e não 
deixam resíduos. Exemplo: óleos, graxa, verniz, gasolina, borracha, tinta, 
querosene, solventes, entre outros.
Fogo proveniente de equipamentos elétricos energizados, como motores, 
transformadores, quadros de distribuição, fi os, entre outros.
Materiais piróforos e suas ligas. Exemplos: magnésio, sódio, potássio, 
alumínio, zircônio, titânio, entre outros.
Materiais de fácil combustão, que queimam na superfície e 
profundamente, deixando resíduos. Exemplos: madeira, tecido, papel, lixo 
comum, fi bras, ferragens, carvão, coque, fi lmes, material fotográfi co, entre 
Materiais infl amáveis que queimam somente na superfície e não 
deixam resíduos. Exemplo: óleos, graxa, verniz, gasolina, borracha, tinta, 
querosene, solventes, entre outros.
Fogo proveniente de equipamentos elétricos energizados, como motores, 
transformadores, quadros de distribuição, fi os, entre outros.
Materiais piróforos e suas ligas. Exemplos: magnésio,sódio, potássio, 
alumínio, zircônio, titânio, entre outros.
profundamente, deixando resíduos. Exemplos: madeira, tecido, papel, lixo 
comum, fi bras, ferragens, carvão, coque, fi lmes, material fotográfi co, entre 
Materiais infl amáveis que queimam somente na superfície e não 
deixam resíduos. Exemplo: óleos, graxa, verniz, gasolina, borracha, tinta, 
querosene, solventes, entre outros.
Fogo proveniente de equipamentos elétricos energizados, como motores, 
transformadores, quadros de distribuição, fi os, entre outros.
Materiais piróforos e suas ligas. Exemplos: magnésio, sódio, potássio, 
alumínio, zircônio, titânio, entre outros.
profundamente, deixando resíduos. Exemplos: madeira, tecido, papel, lixo 
comum, fi bras, ferragens, carvão, coque, fi lmes, material fotográfi co, entre 
Materiais infl amáveis que queimam somente na superfície e não 
deixam resíduos. Exemplo: óleos, graxa, verniz, gasolina, borracha, tinta, 
Fogo proveniente de equipamentos elétricos energizados, como motores, 
transformadores, quadros de distribuição, fi os, entre outros.
Materiais piróforos e suas ligas. Exemplos: magnésio, sódio, potássio, 
alumínio, zircônio, titânio, entre outros.
profundamente, deixando resíduos. Exemplos: madeira, tecido, papel, lixo 
comum, fi bras, ferragens, carvão, coque, fi lmes, material fotográfi co, entre 
Materiais infl amáveis que queimam somente na superfície e não 
deixam resíduos. Exemplo: óleos, graxa, verniz, gasolina, borracha, tinta, 
Fogo proveniente de equipamentos elétricos energizados, como motores, 
transformadores, quadros de distribuição, fi os, entre outros.
Materiais piróforos e suas ligas. Exemplos: magnésio, sódio, potássio, 
alumínio, zircônio, titânio, entre outros.
comum, fi bras, ferragens, carvão, coque, fi lmes, material fotográfi co, entre 
Materiais infl amáveis que queimam somente na superfície e não 
deixam resíduos. Exemplo: óleos, graxa, verniz, gasolina, borracha, tinta, 
Fogo proveniente de equipamentos elétricos energizados, como motores, 
transformadores, quadros de distribuição, fi os, entre outros.
Materiais piróforos e suas ligas. Exemplos: magnésio, sódio, potássio, 
alumínio, zircônio, titânio, entre outros.
deixam resíduos. Exemplo: óleos, graxa, verniz, gasolina, borracha, tinta, 
Fogo proveniente de equipamentos elétricos energizados, como motores, 
transformadores, quadros de distribuição, fi os, entre outros.
Materiais piróforos e suas ligas. Exemplos: magnésio, sódio, potássio, 
alumínio, zircônio, titânio, entre outros.
deixam resíduos. Exemplo: óleos, graxa, verniz, gasolina, borracha, tinta, 
Fogo proveniente de equipamentos elétricos energizados, como motores, 
transformadores, quadros de distribuição, fi os, entre outros.
Materiais piróforos e suas ligas. Exemplos: magnésio, sódio, potássio, 
alumínio, zircônio, titânio, entre outros.
Fogo proveniente de equipamentos elétricos energizados, como motores, 
transformadores, quadros de distribuição, fi os, entre outros.
Materiais piróforos e suas ligas. Exemplos: magnésio, sódio, potássio, 
Fogo proveniente de equipamentos elétricos energizados, como motores, 
Materiais piróforos e suas ligas. Exemplos: magnésio, sódio, potássio, Materiais piróforos e suas ligas. Exemplos: magnésio, sódio, potássio, 
ResidencialResidencialResidencialResidencial A1; A2; A3.A1; A2; A3.A1; A2; A3.
QUADRO 1. CLASSE DE FOGO OU CLASSE DE INCÊNDIO
QUADRO 2. CLASSIFICAÇÃO DAS EDIFICAÇÕES E ÁREAS DE RISCO QUANTO A OCUPAÇÃO
Fonte: MTE, 2011. (Adaptado).
A forma de combater o incêndio, o tipo de extintor a ser utilizado, o tipo de 
instalação a ser disponibilizada e a técnica de operação são determinados pela 
classe de fogo. Uma forma inadequada de combate ao fogo é capaz de espalhar 
o incêndio ao invés de debelá-lo.
Classificação das edificações
As edifi cações também recebem uma classifi cação quanto ao risco de in-
cêndios. Os critérios adotados para essa classifi cação são o tipo de ocupação, 
a altura e a carga de incêndio. Nas defi nições do Decreto nº 63.911/2018, do 
Estado de São Paulo, a carga de incêndio é defi nida como “a soma das energias 
calorífi cas possíveis de serem liberadas pela combustão completa de todos os 
materiais combustíveis contidos em um espaço, inclusive o revestimento das 
paredes, divisórias, pisos e tetos” (SÃO PAULO, 2018). A classifi cação das edifi -
cações e áreas de risco quanto a ocupação está resumida no Quadro 2:
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 95
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B Serviço de hospedagem B1; B2.
C Comercial C1; C2; C3.
D Serviço profi ssional D1; D2; D3; D4.
E Educacional e cultura física E1; E2; E3; E4; E5; E6.
F Local de reunião de público F1; F2; F3; F4; F5; F6; F7; F8; F9; F10; F11.
G Serviço automotivo e assemelhados G1; G2; G3; G4; G5.
H Serviço de saúde e institucional H1; H2; H3; H4; H5; H6.
I Indústria I1; I2; I3.
J Depósito J1; J2; J3; J4.
K Energia K1.
L Explosivo L1; L2; L3.
M Especial M1; M2; M3; M4; M5; M6; M7.
Fonte: SÃO PAULO, 2018. (Adaptado).
Fonte: SÃO PAULO, 2018. (Adaptado).
Cada grupo de ocupação é subdividido em partes que caracterizam, de for-
ma mais pormenorizada, o uso das edifi cações. O Quadro 3 mostra as divisões 
do grupo A (ocupação/uso residencial):
Serviço de hospedagemServiço de hospedagemServiço de hospedagemServiço de hospedagemServiço de hospedagem
Comercial
Serviço profi ssional
Educacional e cultura física
Serviço de hospedagem
Comercial
Serviço profi ssional
Educacional e cultura física
Serviço de hospedagem
Comercial
Serviço profi ssional
Educacional e cultura física
Local de reunião de público
Serviço automotivo e assemelhados
Serviço profi ssional
Educacional e cultura física
Local de reunião de público
Serviço automotivo e assemelhados
Serviço profi ssional
Educacional e cultura física
Local de reunião de público
Serviço automotivo e assemelhados
Serviço de saúde e institucional
Educacional e cultura física
Local de reunião de público
Serviço automotivo e assemelhados
Serviço de saúde e institucional
Educacional e cultura física
Local de reunião de público
Serviço automotivo e assemelhados
Serviço de saúde e institucional
Educacional e cultura física
Local de reunião de público
Serviço automotivo e assemelhados
Serviço de saúde e institucional
Local de reunião de público
Serviço automotivo e assemelhados
Serviço de saúde e institucional
Indústria
B1; B2.
Serviço automotivo e assemelhados
Serviço de saúde e institucional
Indústria
Depósito 
B1; B2.
C1; C2; C3.
F1; F2; F3; F4; F5; F6; F7; F8; F9; F10; F11.
Serviço automotivo e assemelhados
Serviço de saúde e institucional
Indústria
Depósito 
C1; C2; C3.
D1; D2; D3; D4.
E1; E2; E3; E4; E5; E6.
F1; F2; F3; F4; F5; F6; F7; F8; F9; F10; F11.
Serviço de saúde e institucional
Depósito 
Energia
C1; C2; C3.
D1; D2; D3; D4.
E1; E2; E3; E4; E5; E6.
F1; F2; F3; F4; F5; F6; F7; F8; F9; F10; F11.
Energia
Explosivo
D1; D2; D3; D4.
E1; E2; E3; E4; E5; E6.
F1; F2; F3; F4; F5; F6; F7; F8; F9; F10; F11.
Explosivo
Especial
D1; D2; D3; D4.
E1; E2; E3; E4; E5; E6.
F1; F2; F3; F4; F5; F6; F7; F8; F9; F10; F11.
G1; G2; G3; G4; G5.
Explosivo
Especial
E1; E2; E3; E4; E5; E6.
F1; F2; F3; F4; F5; F6; F7; F8; F9; F10; F11.
G1; G2; G3; G4; G5.
H1; H2; H3; H4; H5; H6.
Especial
E1; E2; E3; E4; E5; E6.
F1; F2; F3; F4; F5; F6; F7; F8; F9; F10; F11.
G1; G2; G3; G4; G5.
H1; H2; H3; H4; H5; H6.
F1; F2; F3; F4; F5; F6; F7; F8; F9; F10; F11.
G1; G2; G3; G4; G5.
H1; H2; H3; H4; H5; H6.
F1; F2; F3; F4; F5; F6; F7; F8; F9; F10; F11.
G1; G2; G3; G4; G5.
H1; H2; H3; H4; H5; H6.
I1; I2; I3.
F1; F2; F3; F4; F5; F6; F7; F8; F9; F10; F11.
H1; H2; H3; H4; H5; H6.
I1; I2; I3.
J1; J2; J3; J4.
H1; H2; H3; H4; H5; H6.
I1; I2; I3.
J1; J2; J3; J4.J1; J2; J3; J4.
K1.
M1; M2; M3; M4; M5; M6; M7.
K1.
L1; L2; L3.
M1; M2; M3; M4; M5; M6; M7.
L1; L2; L3.
M1; M2; M3; M4; M5; M6; M7.
L1; L2; L3.
M1; M2; M3; M4; M5; M6; M7.M1; M2; M3; M4; M5; M6; M7.M1;M2; M3; M4; M5; M6; M7.M1; M2; M3; M4; M5; M6; M7.M1; M2; M3; M4; M5; M6; M7.
Grupo Ocupação/uso Divisão Descrição Exemplo
A Residencial
A1 Habitação unifamiliar
Casas térreas ou assobradadas 
(isoladas e não isoladas) e 
condomínios horizontais. 
A2 Habitação multifamiliar
Edifícios de apartamento em 
geral.
A3 Habitação coletiva
Pensionatos, internatos, 
alojamentos, mosteiros 
e conventos. Capacidade 
máxima de 16 leitos.
ResidencialResidencialResidencial
A1
A2
Habitação 
unifamiliar
A2
Habitação 
unifamiliar
Habitação 
unifamiliarunifamiliar
Habitação 
multifamiliar
A3
Casas térreas ou assobradadas 
Habitação 
multifamiliar
Casas térreas ou assobradadas 
Habitação 
multifamiliar
Habitação coletiva
Casas térreas ou assobradadas 
(isoladas e não isoladas) e 
multifamiliar
Habitação coletiva
Casas térreas ou assobradadas 
(isoladas e não isoladas) e 
condomínios horizontais. 
Habitação coletiva
Casas térreas ou assobradadas 
(isoladas e não isoladas) e 
condomínios horizontais. 
Edifícios de apartamento em 
Habitação coletiva
Casas térreas ou assobradadas 
(isoladas e não isoladas) e 
condomínios horizontais. 
Edifícios de apartamento em 
Habitação coletiva
Casas térreas ou assobradadas 
(isoladas e não isoladas) e 
condomínios horizontais. 
Edifícios de apartamento em 
Habitação coletiva
Casas térreas ou assobradadas 
(isoladas e não isoladas) e 
condomínios horizontais. 
Edifícios de apartamento em 
Pensionatos, internatos, 
Casas térreas ou assobradadas 
(isoladas e não isoladas) e 
condomínios horizontais. 
Edifícios de apartamento em 
geral.
Pensionatos, internatos, 
alojamentos, mosteiros 
Casas térreas ou assobradadas 
(isoladas e não isoladas) e 
condomínios horizontais. 
Edifícios de apartamento em 
geral.
Pensionatos, internatos, 
alojamentos, mosteiros 
e conventos. Capacidade 
Edifícios de apartamento em 
Pensionatos, internatos, 
alojamentos, mosteiros 
e conventos. Capacidade 
máxima de 16 leitos.
Edifícios de apartamento em 
Pensionatos, internatos, 
alojamentos, mosteiros 
e conventos. Capacidade 
máxima de 16 leitos.
Edifícios de apartamento em 
Pensionatos, internatos, 
alojamentos, mosteiros 
e conventos. Capacidade 
máxima de 16 leitos.
Pensionatos, internatos, 
alojamentos, mosteiros 
e conventos. Capacidade 
máxima de 16 leitos.
Pensionatos, internatos, 
alojamentos, mosteiros 
e conventos. Capacidade 
máxima de 16 leitos.
e conventos. Capacidade 
máxima de 16 leitos.
QUADRO 3. CLASSIFICAÇÃO DAS EDIFICAÇÕES RESIDENCIAIS QUANTO A OCUPAÇÃO
Os Quadros 4 e 5 mostram a classifi cação das edifi cações e áreas de risco 
quanto a altura e a carga de incêndio, respectivamente:
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 96
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Tipo Denominação Altura
I Edifi cação térrea Um pavimento
II Edifi cação baixa H ≤ 6 m
III Edifi cação de baixa-média altura 6,00 m < H ≤ 12 m
IV Edifi cação de média altura 12,00 m < H ≤ 23 m
V Edifi cação medianamente alta 23,00 m < H ≤ 30 m
VI Edifi cação alta H > 30 m
Potencial de risco Carga de incêndio (MJ/m²)
Baixo Até 300 MJ/m².
Médio Entre 300 e 1.200 MJ/m².
Alto Acima de 1.200 MJ/m².
Edifi cação térrea
Edifi cação de baixa-média altura
Edifi cação térrea
Edifi cação baixa
Edifi cação de baixa-média altura
Edifi cação térrea
Edifi cação baixa
Edifi cação de baixa-média altura
Edifi cação de média altura
Edifi cação térrea
Edifi cação baixa
Edifi cação de baixa-média altura
Edifi cação de média altura
Edifi cação medianamente alta
Edifi cação térrea
Edifi cação baixa
Edifi cação de baixa-média altura
Edifi cação de média altura
Edifi cação medianamente alta
Edifi cação baixa
Edifi cação de baixa-média altura
Edifi cação de média altura
Edifi cação medianamente alta
Edifi cação de baixa-média altura
Edifi cação de média altura
Edifi cação medianamente alta
Edifi cação alta
Edifi cação de baixa-média altura
Edifi cação de média altura
Edifi cação medianamente alta
Edifi cação alta
Edifi cação de baixa-média altura
Edifi cação de média altura
Edifi cação medianamente alta
Edifi cação alta
Edifi cação de baixa-média altura
Edifi cação de média altura
Edifi cação medianamente alta
Edifi cação alta
Edifi cação medianamente alta
Edifi cação alta
Um pavimento
Edifi cação medianamente alta
Um pavimentoUm pavimento
6,00 m < H ≤ 12 m
Um pavimento
H ≤ 6 m
6,00 m < H ≤ 12 m
12,00 m < H ≤ 23 m
Um pavimento
H ≤ 6 m
6,00 m < H ≤ 12 m
12,00 m < H ≤ 23 m
6,00 m < H ≤ 12 m
12,00 m < H ≤ 23 m
23,00 m < H ≤ 30 m
6,00 m < H ≤ 12 m
12,00 m < H ≤ 23 m
23,00 m < H ≤ 30 m
6,00 m < H ≤ 12 m
12,00 m < H ≤ 23 m
23,00 m < H ≤ 30 m
H > 30 m
12,00 m < H ≤ 23 m
23,00 m < H ≤ 30 m
H > 30 m
23,00 m < H ≤ 30 m
H > 30 m
23,00 m < H ≤ 30 m
BaixoBaixo
MédioMédio
AltoAlto
Até 300 MJ/m².
Entre 300 e 1.200 MJ/m².
Até 300 MJ/m².
Entre 300 e 1.200 MJ/m².
Até 300 MJ/m².
Entre 300 e 1.200 MJ/m².
Acima de 1.200 MJ/m².
Até 300 MJ/m².
Entre 300 e 1.200 MJ/m².
Acima de 1.200 MJ/m².
Até 300 MJ/m².
Entre 300 e 1.200 MJ/m².
Acima de 1.200 MJ/m².
Entre 300 e 1.200 MJ/m².
Acima de 1.200 MJ/m².
Entre 300 e 1.200 MJ/m².
Acima de 1.200 MJ/m².
Entre 300 e 1.200 MJ/m².
Acima de 1.200 MJ/m².Acima de 1.200 MJ/m².
QUADRO 4. CLASSIFICAÇÃO DAS EDIFICAÇÕES E ÁREAS DE RISCO QUANTO A ALTURA
QUADRO 5. CLASSIFICAÇÃO DAS EDIFICAÇÕES E ÁREAS DE RISCO QUANTO 
A CARGA DE INCÊNDIO
Fonte: SÃO PAULO, 2018. (Adaptado).
Fonte: SÃO PAULO, 2018. (Adaptado).
A partir dessas classifi cações, são estabelecidas as exigências quanto as ins-
talações. Cada estado da Federação tem sua legislação específi ca. No Rio de 
Janeiro, por exemplo, ela se dá pelo Decreto nº 42/2018.
Proteção passiva
Os sistemas de proteção passiva são incorporados na concepção dos edi-
fícios. Eles devem ser funcionais no uso diário do edifício e reagir passivamente 
em uma situação de incêndio, minimizando ou retardando a propagação do 
incêndio, facilitando a fuga dos usuários, postergando uma situação de colapso 
estrutural e facilitando a atuação e acesso das brigadas de incêndio e do Corpo 
de Bombeiros.
Uma das medidas que pode ser considerada, nessa perspectiva, é a exis-
tência de rotas de fuga sinalizadas e amplamente divulgadas, para que em uma 
situação de incêndio os usuários da edifi cação saibam para onde sair. Normal-
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 97
SER_EC_INSTAHI_UNID4.indd 97 29/09/20 16:17
mente, as escadarias fazem parte da rota de fuga. Elas devem ser isoladas do 
resto do edifício por portas corta-fogo, e devem ter configurações ou sistemas 
de exaustão que, em uma situação de incêndio, as deixem livres da fumaça. 
Nas rotas de fuga, o sentido de abertura das portas deve ser sempre na direção 
da saída, para facilitar o fluxo das pessoas.
A estrutura do edifício deve estar protegida para que não entre em colapso. 
O concreto apresenta uma boa resistência ao fogo, já o aço perde sua resis-
tência muito rapidamente em altas temperaturas. As estruturas de concreto 
armado devem ter cobrimento adequado das armaduras, e as estruturas de 
aço devem ser revestidas com argamassas de baixa densidade, que contém 
rochas (como a vermiculita) com alto grau de isolamento térmico. Outro trata-
mento a ser dado nas estruturas de aço é a aplicação de pintura intumescente 
para postergar a propagação do calor. A pintura intumescente tem a aparência 
de uma pintura normal, mas em altas temperaturas, ela se expande formando 
uma espuma isolante. 
A estrutura de madeira apresenta bom desempenho contra incêndios, 
quando comparada a outros materiais estruturais. As peças robustas formam 
uma camada de carvão isolante, impedindo a saída de gases inflamáveis e a 
propagação de calor para o interior da seção, resultando em uma velocidade 
média de carbonização de 0,63 mm/min. Isso colabora favoravelmente para a 
capacidade de sustentação estrutural, mesmo após a edificação ter sido ex-
posta aelevadas temperaturas, pois a alma da seção se mantém fria, pouco 
distante da zona queimada, conservando grande parte das propriedades físi-
cas da madeira.
A compartimentalização horizontal e vertical dos ambientes é outra estra-
tégia adotada para minimizar a possibilidade de expansão do fogo de um am-
biente para outro. Em áreas muito grandes, a propagação 
é mais fácil, enquanto em ambientes compartimentali-
zados a presença de divisórias retarda a propagação. A 
compartimentalização também deve ocorrer na verti-
cal. Aberturas em lajes propiciam a transmissão do 
fogo de um andar para o outro. Essa transmissão 
na direção vertical também pode ocorrer pela fa-
chada e em função do projeto, tendo distâncias pe-
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 98
SER_EC_INSTAHI_UNID4.indd 98 29/09/20 16:17
quenas entre as janelas. Devem ser instaladas barreiras, que podem ser deta-
lhes arquitetônicos, que impeçam essa transmissão.
Outra medida prevista em legislação é a formação de brigadas de incêndio, 
formada por usuários dos edifícios, que são treinados por instituições certifi cadas 
pelo Corpo de Bombeiros para fornecer treinamento mínimo de orientação em 
casos de incêndio e manuseio dos equipamentos. O aviso sobre a ocorrência do 
incêndio é outro fator a ser considerado. A presença de alarmes avisa às pessoas 
da ocorrência, e os brigadistas podem fazer seu trabalho de forma mais efetiva.
ASSISTA
Um dos maiores e mais emblemáticos incêndios ocorridos 
no Brasil foi do edifício Joelma, em 1974. Assista ao vídeo 
com o depoimento de um bombeiro que atuou no combate a 
esse incêndio e testemunhou as difi culdades encontradas na 
época, devido à desinformação e ao mau uso ou ausência de 
equipamentos que hoje são obrigatórios. Na época, a legisla-
ção era mais branda em relação às exigências de segurança, 
mas a falta de informação e o excesso de confi ança ainda 
estão presentes em diversas situações atuais.
Proteção ativa
Os sistemas de proteção passiva têm, como objetivo, postergar a propaga-
ção do incêndio e permitir que a pessoas abandonem o local. Já os sistemas 
de proteção ativa visam a extinção e o controle do incêndio. São utilizados so-
mente na ocorrência do incêndio, e devem ter sua manutenção sempre em dia.
Materiais de extinção
Os materiais utilizados para o combate ao incêndio e a forma de sua aplica-
ção dependem da classifi cação do incêndio.
• Água: material abundante e relativamente barato. Pode ser aplicado 
na forma de jato ou por aspersão, formando uma neblina. O jato é ob-
tido com a utilização de mangueiras com bocais e ponteiras, chamadas 
de requinte. As mangueiras são alimentadas por uma tubulação que faz 
parte da rede de incêndio. Em ambientes abertos e na utilização a gran-
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 99
VEJA +
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des distâncias, usa-se um dispositivo mais potente chamado canhão. O 
jato é direcionado à base do fogo e é indicado para a extinção de fogo 
classe A. A aplicação por aspersão pode ser automática (sprinklers) 
ou manual, com bicos adequados. A neblina de água dessa aplicação 
forma uma barreira, dificultando a passagem do oxigênio, elemento 
comburente do processo. Além disso, a aspersão age no resfriamento 
das superfícies. A água nebulizada também pode formar, temporaria-
mente, uma emulsão na superfície de óleos ou líquidos inflamáveis, 
tornando-os incombustíveis;
• Espuma mecânica: a espuma é formada pela mistura de água com 
um agente formador de espuma. É indicado para incêndios em líquidos, 
em que é lançada grande quantidade de espuma na superfície do líqui-
do. Esse sistema também pode ser usado em incêndios classe A;
• Freon 1301 e hallon 1301: esses gases apresentam bons resultados 
para incêndios classe A, B e C, mas tem uso restrito, pois são agentes 
destruidores da camada de ozônio da atmosfera terrestre;
• Gás carbônico (CO2): seu efeito consiste em substituir o oxigênio con-
tido no ar. Ele é armazenado na forma líquida, sob pressão, em cilindros 
metálicos. Quando liberado, expande-se em até 450 vezes, fazendo bai-
xar o teor de oxigênio no ar. Ele é indicado para incêndios classes B e 
C. A grande vantagem da utilização de gases na extinção de incêndios 
consiste no fato deles não deixarem resíduos. Esse material é muito re-
comendado em centros de processamento de dados, locais com trans-
formadores, locais com geradores e indústrias químicas;
• Pó químico seco: é formado por bicarbonato de sódio ou sul-
fato de potássio. Ele é lançado com o auxílio de um gás 
sob pressão, que pode ser o gás carbônico, nitrogênio 
ou mesmo o ar, e funcionam como propelentes. Ele é 
indicado para incêndios classes B, C e D.
EXPLICANDO
Emulsão é uma mistura de dois ou mais líquidos imiscíveis (um não dilui o 
outro). Sua formação acontece com um dos líquidos formando pequenos 
glóbulos que se dispersam no seio do outro.
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 100
SER_EC_INSTAHI_UNID4.indd 100 29/09/20 16:17
Extintores de incêndio
Pela definição da Instrução Técnica nº 3, do Corpo 
de Bombeiros do Estado de São Paulo, extintor de in-
cêndio é um aparelho de acionamento manual, por-
tátil ou sobre rodas, que está destinado a combater 
princípios de incêndios (CORPO DE BOMBEIROS, 
2018c). O tipo de extintor a ser instalado em um 
local depende da classe de incêndio a qual, poten-
cialmente, a área está sujeita.
A quantidade e disposição dos extintores é dada a partir da classe de 
risco de incêndio, e da área a ser coberta pelo extintor. As distâncias má-
ximas para o alcance do operador, conforme o risco de fogo, são (CORPO 
DE BOMBEIROS, 2018a):
• Baixo: distância máxima de 25 m do operador;
• Médio: distância máxima de 20 m do operador;
• Alto: distância máxima de 15 m do operador.
O local de instalação dos extintores deve ser adequadamente sinalizado. 
Eles devem ser fi xados de forma que sua parte superior fi que instalada a uma 
altura de até 1,60 m. Os extintores de maior capacidade podem ser instalados 
sobre rodas.
Extintor de água pressurizada
O extintor de água pressurizada é indicado para incêndios classe A. Sua 
capacidade mínima é de 10 litros, havendo, porém, extintores de até 18 litros. 
Ele possui uma câmara de gás propelente. 
Extintor de espuma mecânica
O extintor de espuma é indicado para fogos de classes A e B. Sua capacida-
de mínima é de 10 litros.
Extintor de gás carbônico
O extintor de gás carbônico é indicado para os incêndios de classes B e C. 
Sua capacidade mínima é de 4 kgf. Os mais usados são de 6 kg e 25 kg (sobre 
rodas). Existem unidades de até 150 kgf, usados sobre rodas. Ele possui uma 
válvula de descarga, um manômetro indicando a pressão e um esguicho difu-
sor, como mostra a Figura 2:
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 101
SER_EC_INSTAHI_UNID4.indd 101 29/09/20 16:17
Figura 2. Extintor de gás carbônico. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 24/08/2020.
Extintor de pó químico seco
O extintor de pó químico seco é indicado para fogos de classes B e C. Sua 
capacidade mínima é de 4 kgf. Esse tipo de extintor também pode ser indica-
do para fogo de classe D, porém o pó é escolhido especifi camente para cada 
material. 
Extintores de gases halogenados
Esse tipo de extintor pode ser exigido a critério do Corpo de Bombeiros.
Informações sobre o extintor
Bico
Dióxido de carbono ou outro 
produto químico
Medidor de pressão
Pino de segurança
Alça
Alça
Botijão de gás
Tubo
Sistemas de alarme e detecção de incêndio
Em indústrias e em grandes edifícios, instala-se um sistema de alarme para 
avisar os usuários do início do incêndio e um sistema de detecção de incêndio, 
que indica em que local está ocorrendo seu início.
Esses sistemas podem ser manuais ou automáticos. Nos sistemas de alar-
me manuais, os mecanismos de acionamento estão, normalmente, localizados 
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 102
SER_EC_INSTAHI_UNID4.indd 102 29/09/20 16:18
próximos a unidade de extinção, que em um edifício podeestar localizada no 
hall de cada andar. Essa unidade é composta, normalmente, pelos extintores, 
hidrantes e um dispositivo para acionamento de alarme, que pode estar ligado 
a uma central (na portaria) que acusa o local em que o alarme foi acionado.
Os sistemas automáticos são providos de detectores de fumaça, de radia-
ção infravermelha ou de calor, que ao serem sensibilizados acusam o local do 
incêndio em uma central. Esses sistemas podem acionar automaticamente o 
alarme e os dispositivos de combate ao fogo como, por exemplo, os sprinklers. 
Rede de chuveiros automáticos (sprinklers)
O sistema de chuveiros automáticos ou sistema de sprinklers (aspersores) 
consiste em uma rede de tubulações ligadas a um reservatório ou pressurizada 
com bombas, sendo racionalmente distribuídos em uma rede aspersores que, 
em uma situação de incêndio, permitem que a água seja liberada sob forma de 
chuva, resfriando o local e impedindo que o incêndio se alastre. Veja a Figura 3:
Figura 3. Rede de tubulação de sistema de sprinklers. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 24/08/2020.
A liberação da água ocorre com o rompimento de um obturador, que impede 
a saída da água quando a temperatura do ambiente estiver normal. Esse obtura-
dor pode ser feito com uma ampola de quartzo que contém, em seu interior, um 
líquido muito expansível. Com o aumento da temperatura, esse líquido rompe 
a ampola, liberando a água no local onde ocorreu o aumento da temperatura.
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 103
SER_EC_INSTAHI_UNID4.indd 103 29/09/20 16:18
Outra forma de vedação do aspersor é feita com metal ou liga metálica com 
baixo ponto de fusão. Com o aumento da temperatura, o metal se funde, libe-
rando a passagem da água.
Os aspersores podem ser direcionados para baixo (pendentes), para cima 
(em pé) ou para a lateral (de parede). Os aspersores podem ser instalados aci-
ma do forro.
Em situações especifi cas, é possível utilizar sprinklers especiais que usam ga-
ses, como o gás carbônico ou gases halogenados. Isso ocorre em função da ade-
quabilidade do uso de água sobre o material cujo incêndio deverá ser debelado.
O sistema de tubulações é composto por linhas alimentadoras que abaste-
cem as colunas, e de colunas verticais que abastecem os ramais. Nos ramais e 
sub-ramais são instalados os aspersores. As tubulações devem ser de aço sem 
costura, preto e para solda. O sistema deve ser provido de dreno.
Nos ramais principais devem ser instaladas válvulas de controle de vazão, 
a fi m de indicar a atividade de disparo de algum aspersor. Esse controle deve 
estar ligado a uma central.
Para não usar a água do reservatório superior de um edifício, pode-se pro-
ver a rede de sistema de pressurização da tubulação.
No Brasil, a legislação sobre proteção e combate a incêndios é estadual, e 
existe uma variação quanto à exigência do uso de sprinklers. De uma forma 
geral, os elementos que defi nem o seu uso são: a altura do edifício, seu uso, sua 
área e a compartimentalização dessas áreas.
Devido a classe de risco (pequeno, médio ou grande), são defi nidos os es-
paçamentos entre sprinklers, sua vazão e a temperatura de disparo. Essa tem-
peratura de disparo é relacionada à coloração do líquido contido na ampola.
Sistema sob comando com hidrantes
O emprego da água no combate ao incêndio, além do sistema automático 
de sprinklers, é feito por sistemas com a manobra de registros em postos 
de hidrantes, também chamados de tomadas de incêndio. Esse sistema é 
composto por uma rede de tubulações e permite a utilização de mangueiras, 
esguichos e requintes (bico instalado no esguicho). A Figura 4 mostra um hi-
drante e seus acessórios:
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Figura 4. Hidrante com registro, mangueira, esguicho e requinte. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 24/08/2020.
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Para atender à exigência da vazão e pressão nas tomadas 
de incêndio, geralmente, é necessário instalar um sistema de 
bombas. Essas bombas são instaladas em paralelo, em um 
sistema by pass, e seu acionamento pode ser manual ou au-
tomático. O acionamento manual é feito por comando loca-
lizado nos andares mais altos da edificação, mais próximos do 
reservatório superior e, portanto, com menores pressões. Quando automáti-
co, o acionamento pode ser feito por válvulas de fluxo.
A alimentação dessas bombas é feita por instalação independente do siste-
ma que alimenta o restante da edificação. Nas caixas de entrada de energia do 
edifício, existe uma entrada independente para as bombas de incêndio, de for-
ma que se o fornecimento de energia do prédio for interrompido, o circuito que 
alimenta as bombas de incêndio não será afetado. Em uma situação de incên-
dio, uma das primeiras providências a ser tomada é o desligamento da energia, 
e sem a independência dos circuitos as bombas não poderiam funcionar.
Em ocupações com maior potencial de risco, podem ser especificadas uma 
bomba com acionamento elétrico e outra com a motor por explosão.
Hidrante ou tomada de incêndio
É um dispositivo instalado no interior dos edifícios. Primeiro, é instalado o 
abrigo, uma caixa de incêndio colocada na prumada da tubulação. Para um edi-
fício de risco médio, é instalado um registo de gaveta de 2 ½” , uma junta Storz 
de 2 ½” (conexão de engate rápido que permite adaptação da mangueira do 
Corpo de Bombeiros), uma redução de 2 ½” para 1 ½”, que permite a adaptação 
da mangueira a ser usada pelos moradores do edifício, e uma mangueira de 1 
½”, com junta e esguicho de 1 ½” e requinte de ½”.
Hidrante de passeio ou de recalque
É um dispositivo instalado na calçada. É instalado uma caixa no piso da 
calçada, contendo na tampa a inscrição incêndio e pintada de vermelho. A 
tubulação de incêndio chega até essa caixa, que possui um registro de gave-
ta de 2 ½”, com um tampão com corrente de engate rápido (Storz) e que per-
mite que os bombeiros recalquem água para o interior, que será usado em 
suas mangueiras, que serão engatadas nos hidrantes do prédio. Na saída 
da tubulação de incêndio do reservatório superior, deve ser instalada uma 
válvula de retenção, de modo que a água bombeada a partir do hidrante de 
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 106
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passeio não retorne para o reservatório, ao invés de atender aos pontos de 
tomada de incêndio
Hidrante urbano ou de coluna
É abastecido pela rede pública e permite a ligação direta das mangueiras do 
Corpo de Bombeiros. É exigido em loteamentos, agrupamento de edificações 
unifamiliares de seis casas ou lotes, agrupamentos residenciais multifamiliares 
e em grandes estabelecimentos.
Mangueiras de incêndio
As mangueiras devem ser guardadas nos abrigos dos hidrantes e podem 
ser dotadas de esguicho regulável para jato denso ou produção de neblina. São 
colocadas nos abrigos 30 metros de mangueira em dois lances de 15 metros 
com juntas Storz.
O diâmetro interno das mangueiras pode ser de 38 mm (1 ½”) e requinte de 
13 mm (1/2”), ou de 63 mm (2 ½”) e requinte de 19 mm (3/4”). As mangueiras de 
1 ½” são chamadas de mangotinhos, e as de 2 ½”, de mangueiras de incêndio.
São fabricadas com fibras resistentes a umidade, devem ser flexíveis, reves-
tidas internamente de borracha e capazes de suportar pressão de 20 kgf/cm². O 
diâmetro das mangueiras é definido em função da ocupação e classe de risco.
Vale ressaltar que todo sistema deve ter sinalização orientativa. Nos postos 
de combate a incêndio, devem ser colocadas sinalizações indicando o hidrante, 
os extintores, pontos de acionamento de alarme e a bomba (se não for automá-
tica). A Figura 5 mostra mangueira com conexão de engate rápido:
Figura 5. Mangueira com conexão de engate rápido. Fonte: Adobe Stock. Acesso em: 24/08/2020.
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 107
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Tubulação
O sistema de tubulaçõesde combate a incêndio é totalmente independente 
das tubulações destinadas ao abastecimento do edifício. As colunas de incên-
dio devem ser de ferro galvanizado ou cobre, admitindo, também, material ter-
moplástico enterrado ou fora da projeção da edifi cação. Esse material deve ser 
resistente à pressão de 20 kgf/cm² e ter diâmetro interno mínimo de 2 ½”. As 
colunas juntam-se no pavimento térreo, vão em direção à fachada principal do 
edifício e terminam no hidrante de passeio.
A tubulação aparente ou que passa em dutos verticais ou horizontais deve 
ser pintada de vermelho. Segundos a IT 22/2018, do Copo de Bombeiros do 
Estado de São Paulo, a tubulação pode, opcionalmente, ser pintada de outra 
cor, mas a cada três metros deve haver uma faixa vermelha pintada em forma 
de anel, com 20 cm de largura (CORPO DE BOMBEIROS, 2018b).
Dimensionamento
No Brasil, o dimensionamento do sistema de hidrantes é regido pelas Instru-
ções Técnicas de cada Corpo de Bombeiros de cada estado, já que isso cabe à 
legislação estadual, e pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), por 
meio da NBR 13.714:2000 – sistemas de hidrantes e de mangotinhos para com-
bate a incêndio. A NR 23 do MTE também serve como referência à segurança nos 
ambientes de trabalho.
DICA
O Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo publicou 45 Instruções 
Técnicas que abrangem os mais diversos tipos de situações. Essas ITs 
estão disponíveis no site da corporação, que tem seu link disponível na 
bibliografi a desse material.
Em geral, o sistema de água potável em edifícios abastecidos pela rede pública 
dispõe de um reservatório inferior e um reservatório superior. A água proveniente 
da rede pública é armazenada no reservatório inferior e recalcada por bombas 
para o reservatório superior, e a partir daí, ela é distribuída por gravidade. 
Existem variações desse sistema, dependendo do porte da edifi cação e de 
condições específi cas. A distribuição pode ser direta; realizada somente por re-
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 108
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servatórios inferiores, com distribuição a partir de rede pressurizada; realizada 
somente por reservatórios superiores; ou de forma mista. Os reservatórios em 
edifícios de médio ou grande porte, com reservatórios de capacidade superior 
a 1000 litros, devem possuir pelo menos duas câmaras para manutenção e 
limpeza. Enquanto uma câmara está sendo limpa a outra abastece o edifício.
Uma parcela da água armazenada deve ser reservada para, uma situação 
de incêndio. É a chamada reserva de incêndio. O dimensionamento do reser-
vatório superior é feito considerando um volume correspondente a 40% do 
consumo diário de edifício somado à reserva de incêndio. 
A reserva de incêndio é garantida posicionando a extremidade da tubulação 
das colunas de alimentação dos aparelhos sanitários a uma altura h do fundo 
do reservatório. Essa altura multiplicada pela área do fundo do reservatório é 
a reserva de incêndio disponível. 
A extremidade da tubulação da coluna de incêndio deve estar posicionada 
no fundo do reservatório, conforme mostra a Figura 6:
Figura 6. Representação esquemática da reserva de incêndio.
Reserva de incêndio
Alimentação de aparelhos
Coluna de incêndio
h
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Em cada pavimento, a coluna de incêndio tem um ramal para o hidrante, sen-
do que no térreo ele deriva para a calçada, até o hidrante de passeio. Se o prédio 
possuir subsolos, a coluna de incêndio continua até o hidrante do último subsolo.
A pressão mínima no hidrante deve ser de 1 kgf/cm² (10 m.c.a. ou 1.000 kPa) 
e a máxima 4 kgf/cm² (40 m.c.a. ou 4.000 kPa). O cálculo dessa pressão deve 
considerar as perdas de carga ocorridas ao longo da tubulação e as perdas de 
carga localizadas. Não tendo disponível a pressão mínima, o que pode ocorrer 
nos andares mais altos, deve-se utilizar as bombas de incêndio. Se a pressão 
atingir valores maiores que 40 mca, deve-se lançar mão de válvulas redutoras 
de pressão.
Vazão e material a ser instalado no abrigo do hidrante
A NBR 13.714 estabelece a vazão e os equipamentos que devem estar pre-
sentes no abrigo dos hidrantes. A Tabela 1 indica o esguicho e a vazão prescrita 
para cada tipo de sistema previsto, e o Quadro 6 descreve cada um dos sistemas:
Tipo Esguicho
Mangueira
Saídas
Vazão
(l/min)Diâmetro
(mm)
Comprimento 
máximo (m)
1 Regulável 25 ou 32 30 1 80 ou 100
2 Jato compacto D = 16 mm ou regulável 40 30 2 300
3 Jato compacto D = 25 mm ou regulável 65 30 2 900
• Ocupação residencial (grupo A), tipo 1 com vazão 80 l/min e engate de 1 ½”;
• Grupos B, D, E, H e F1 a F5, tipo 1 com vazão 80 l/min e engate de 1 ½”;
• Demais grupos, consultar tabela D1 da NBR 13.714.
Materiais
Tipos de Sistema
1 2 3
Abrigos Sim Sim Sim
2
3
Regulável
D = 16 mm ou regulável
• Ocupação residencial (grupo A), tipo 1 com vazão 80 l/min e engate de 1 ½”;
• Grupos B, D, E, H e F1 a F5, tipo 1 com vazão 80 l/min e engate de 1 ½”;
Regulável
Jato compacto 
D = 16 mm ou regulável
• Ocupação residencial (grupo A), tipo 1 com vazão 80 l/min e engate de 1 ½”;
• Grupos B, D, E, H e F1 a F5, tipo 1 com vazão 80 l/min e engate de 1 ½”;
• Demais grupos, consultar tabela D1 da NBR 13.714.
Regulável
Jato compacto 
D = 16 mm ou regulável
D = 25 mm ou regulável
• Ocupação residencial (grupo A), tipo 1 com vazão 80 l/min e engate de 1 ½”;
• Grupos B, D, E, H e F1 a F5, tipo 1 com vazão 80 l/min e engate de 1 ½”;
• Demais grupos, consultar tabela D1 da NBR 13.714.
Regulável
Jato compacto 
D = 16 mm ou regulável
Jato compacto 
D = 25 mm ou regulável
• Ocupação residencial (grupo A), tipo 1 com vazão 80 l/min e engate de 1 ½”;
• Grupos B, D, E, H e F1 a F5, tipo 1 com vazão 80 l/min e engate de 1 ½”;
• Demais grupos, consultar tabela D1 da NBR 13.714.
Jato compacto 
D = 16 mm ou regulável
Jato compacto 
D = 25 mm ou regulável
• Ocupação residencial (grupo A), tipo 1 com vazão 80 l/min e engate de 1 ½”;
• Grupos B, D, E, H e F1 a F5, tipo 1 com vazão 80 l/min e engate de 1 ½”;
• Demais grupos, consultar tabela D1 da NBR 13.714.
Jato compacto 
D = 16 mm ou regulável
Jato compacto 
D = 25 mm ou regulável
• Ocupação residencial (grupo A), tipo 1 com vazão 80 l/min e engate de 1 ½”;
• Grupos B, D, E, H e F1 a F5, tipo 1 com vazão 80 l/min e engate de 1 ½”;
• Demais grupos, consultar tabela D1 da NBR 13.714.
D = 16 mm ou regulável
Jato compacto 
D = 25 mm ou regulável
• Ocupação residencial (grupo A), tipo 1 com vazão 80 l/min e engate de 1 ½”;
• Grupos B, D, E, H e F1 a F5, tipo 1 com vazão 80 l/min e engate de 1 ½”;
• Demais grupos, consultar tabela D1 da NBR 13.714.
25 ou 32
D = 16 mm ou regulável
Jato compacto 
D = 25 mm ou regulável
• Ocupação residencial (grupo A), tipo 1 com vazão 80 l/min e engate de 1 ½”;
• Grupos B, D, E, H e F1 a F5, tipo 1 com vazão 80 l/min e engate de 1 ½”;
• Demais grupos, consultar tabela D1 da NBR 13.714.
25 ou 32
D = 25 mm ou regulável
• Ocupação residencial (grupo A), tipo 1 com vazão 80 l/min e engate de 1 ½”;
• Grupos B, D, E, H e F1 a F5, tipo 1 com vazão 80 l/min e engate de 1 ½”;
• Demais grupos, consultar tabela D1 da NBR 13.714.
40
D = 25 mm ou regulável
• Ocupação residencial (grupo A), tipo 1 com vazão 80 l/min e engate de 1 ½”;
• Grupos B, D, E, H e F1 a F5, tipo 1 com vazão 80 l/min e engate de 1 ½”;
• Demais grupos, consultar tabela D1 da NBR 13.714.
• Ocupação residencial (grupo A), tipo 1 com vazão 80 l/min e engate de 1 ½”;
• Grupos B, D, E, H e F1 a F5, tipo 1 com vazão 80 l/min e engate de 1 ½”;
• Demais grupos, consultar tabela D1 da NBR 13.714.
65
• Ocupação residencial (grupo A), tipo 1 com vazão 80 l/min e engate de 1 ½”;
• Grupos B, D, E, H e F1 a F5, tipo 1 com vazão 80 l/min e engate de 1 ½”;
• Demais grupos, consultar tabela D1 da NBR 13.714.
30
• Ocupação residencial (grupo A), tipo 1 com vazão 80 l/min e engate de 1 ½”;
• Grupos B, D, E, H e F1 a F5, tipo 1 com vazão80 l/min e engate de 1 ½”;
• Demais grupos, consultar tabela D1 da NBR 13.714.
30
• Ocupação residencial (grupo A), tipo 1 com vazão 80 l/min e engate de 1 ½”;
• Grupos B, D, E, H e F1 a F5, tipo 1 com vazão 80 l/min e engate de 1 ½”;
• Demais grupos, consultar tabela D1 da NBR 13.714.
30
• Ocupação residencial (grupo A), tipo 1 com vazão 80 l/min e engate de 1 ½”;
• Grupos B, D, E, H e F1 a F5, tipo 1 com vazão 80 l/min e engate de 1 ½”;
• Demais grupos, consultar tabela D1 da NBR 13.714.
30
• Ocupação residencial (grupo A), tipo 1 com vazão 80 l/min e engate de 1 ½”;
• Grupos B, D, E, H e F1 a F5, tipo 1 com vazão 80 l/min e engate de 1 ½”;
• Demais grupos, consultar tabela D1 da NBR 13.714.
1
30
• Ocupação residencial (grupo A), tipo 1 com vazão 80 l/min e engate de 1 ½”;
• Grupos B, D, E, H e F1 a F5, tipo 1 com vazão 80 l/min e engate de 1 ½”;
• Demais grupos, consultar tabela D1 da NBR 13.714.
• Ocupação residencial (grupo A), tipo 1 com vazão 80 l/min e engate de 1 ½”;
• Grupos B, D, E, H e F1 a F5, tipo 1 com vazão 80 l/min e engate de 1 ½”;
2
• Ocupação residencial (grupo A), tipo 1 com vazão 80 l/min e engate de 1 ½”;
• Grupos B, D, E, H e F1 a F5, tipo 1 com vazão 80 l/min e engate de 1 ½”;
80 ou 100
• Ocupação residencial (grupo A), tipo 1 com vazão 80 l/min e engate de 1 ½”;
• Grupos B, D, E, H e F1 a F5, tipo 1 com vazão 80 l/min e engate de 1 ½”;
80 ou 100
2
• Ocupação residencial (grupo A), tipo 1 com vazão 80 l/min e engate de 1 ½”;
• Grupos B, D, E, H e F1 a F5, tipo 1 com vazão 80 l/min e engate de 1 ½”;
80 ou 100
300
• Ocupação residencial (grupo A), tipo 1 com vazão 80 l/min e engate de 1 ½”;
300
900900
AbrigosAbrigosAbrigos Sim SimSim SimSim
TABELA 1. TIPOS DE SISTEMA
QUADRO 6. COMPONENTES PARA ABRIGO EM CADA TIPO DE SISTEMA
Fonte: ABNT, 2000. (Adaptado).
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 110
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Mangueiras de incêndio Não Sim Sim
Chaves para hidrantes e engate rápido Não Sim Sim
Esguichos Sim Sim Sim
Mangueira semirrígida Sim Sim Não
Mangueiras de incêndio
Chaves para hidrantes e engate rápido
Mangueiras de incêndio
Chaves para hidrantes e engate rápido
Mangueiras de incêndio
Chaves para hidrantes e engate rápido
Mangueiras de incêndio
Chaves para hidrantes e engate rápido
Mangueiras de incêndio
Chaves para hidrantes e engate rápido
Mangueiras de incêndio
Chaves para hidrantes e engate rápido
Esguichos
Mangueira semirrígida
Mangueiras de incêndio
Chaves para hidrantes e engate rápido
Esguichos
Mangueira semirrígida
Chaves para hidrantes e engate rápido
Esguichos
Mangueira semirrígida
Chaves para hidrantes e engate rápido
Esguichos
Mangueira semirrígida
Chaves para hidrantes e engate rápido
Mangueira semirrígida
Chaves para hidrantes e engate rápido
Mangueira semirrígidaMangueira semirrígida
Não
Não
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
SimSim
Não
Fonte: ABNT, 2000. (Adaptado).
Posicionamento do abrigo
Os pontos de tomada de água devem estar posicionados próximos às por-
tas externas ou aos acessos das áreas a serem protegidas, não distantes mais 
do que cinco metros. O comprimento das mangueiras combinado com a dis-
tância do ponto de tomada de água deve garantir que quaisquer pontos, da 
área a ser coberta, seja alcançado por um esguicho no sistema tipo 1 e por dois 
esguichos nos sistemas tipos 2 e 3.
A posição do abrigo não deve atrapalhar o fl uxo da rota de fuga, e não deve 
ser instalado em escadas ou antecâmaras. A altura da parte superior do abrigo 
deve estar entre 1 m e 1 m do piso.
Dimensionamento da tubulação
O diâmetro mínimo recomendado da tubulação é de 2 ½”. Para o sistema 
tipo 1, admite-se diâmetro de 2”, se for comprovada efi ciência hidráulica e ele for 
aprovado pelos órgãos competentes. O dimensionamento da tubulação pode 
ser feito pelo Método Universal:
hf = f .
Lv2
D . 2g (1)
Em que:
• hf é a perda de carga, em metros de coluna d’água; 
• f é o fator de atrito; 
• L é o comprimento virtual da tubulação (tubos + conexões), em metros; 
• D é o diâmetro interno, em metros; 
• v é a velocidade do fl uido, em metros por segundo; 
• g é a aceleração da gravidade, em metros por segundo.
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 111
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Ou pela fórmula de Hazen-Williams:
J = 605 . Q1,85 . C-1,85 . d-4,87 . 105
• J é a perda de carga por atrito, em quilopascal por metro; 
• Q é a vazão, em litros por minuto; 
• C é o fator de Hazen-Williams; 
• d é o diâmetro interno do tubo, em milímetros.
O fator C depende do material de tubulação e pode ser visto no Quadro 7
(2)
Tipo de Tubulação Fator C
Ferro fundido ou dúctil, sem revestimento interno 100
Aço preto (sistema de tubo seco) 100
Aço preto (sistema de tubo molhado) 120
Aço galvanizado 120
Plástico 150
Ferro fundido ou dúctil, com revestimento interno 140
Cobre 150
Ferro fundido ou dúctil, sem revestimento internoFerro fundido ou dúctil, sem revestimento internoFerro fundido ou dúctil, sem revestimento internoFerro fundido ou dúctil, sem revestimento interno
Aço preto (sistema de tubo seco)
Aço preto (sistema de tubo molhado)
Ferro fundido ou dúctil, sem revestimento interno
Aço preto (sistema de tubo seco)
Aço preto (sistema de tubo molhado)
Ferro fundido ou dúctil, sem revestimento interno
Aço preto (sistema de tubo seco)
Aço preto (sistema de tubo molhado)
Ferro fundido ou dúctil, com revestimento interno
Ferro fundido ou dúctil, sem revestimento interno
Aço preto (sistema de tubo seco)
Aço preto (sistema de tubo molhado)
Ferro fundido ou dúctil, com revestimento interno
Ferro fundido ou dúctil, sem revestimento interno
Aço preto (sistema de tubo seco)
Aço preto (sistema de tubo molhado)
Aço galvanizado
Ferro fundido ou dúctil, com revestimento interno
Ferro fundido ou dúctil, sem revestimento interno
Aço preto (sistema de tubo seco)
Aço preto (sistema de tubo molhado)
Aço galvanizado
Ferro fundido ou dúctil, com revestimento interno
Ferro fundido ou dúctil, sem revestimento interno
Aço preto (sistema de tubo seco)
Aço preto (sistema de tubo molhado)
Aço galvanizado
Plástico
Ferro fundido ou dúctil, com revestimento interno
Ferro fundido ou dúctil, sem revestimento interno
Aço preto (sistema de tubo seco)
Aço preto (sistema de tubo molhado)
Aço galvanizado
Plástico
Ferro fundido ou dúctil, com revestimento interno
Ferro fundido ou dúctil, sem revestimento interno
Aço preto (sistema de tubo molhado)
Aço galvanizado
Plástico
Ferro fundido ou dúctil, com revestimento interno
Aço preto (sistema de tubo molhado)
Ferro fundido ou dúctil, com revestimento interno
Cobre
Ferro fundido ou dúctil, com revestimento interno
Cobre
Ferro fundido ou dúctil, com revestimento internoFerro fundido ou dúctil, com revestimento internoFerro fundido ou dúctil, com revestimento internoFerro fundido ou dúctil, com revestimento interno
100100
100
120
120
150
140140
150150
QUADRO 7. FATOR DE HAZEN-WILLIAMS
A velocidade da água no interior da tubulação, calculada pela fórmula 
v = QA (3), não deve ser superior a 5 m/s e nos tubos de sução de bombas, não 
superior a 4 m/s.
Fonte: ABNT, 2000. (Adaptado).
Bombas de incêndio
As bombas de incêndio devem ser dimensionadas para atender uma vazão 
da descarga em dois pontos de forma simultânea, conforme indicado na Tabela 
1 e sob pressão mínima de 1 kgf/cm² (ou 10 m.c.a. ou 1.000 kPa).
Para bombas localizadas acima do nível de água do reservatório, a velocidade 
máxima na tubulação de aspersão deve ser de 1,5 m/s, e no caso das bombas 
afogadas (situação ideal), de 2 m/s.
A altura manométrica da bomba deve fi car além das perdas de carga ao 
longo da tubulação, das perdas de carga localizadas e das perdas de carga nas 
mangueiras desde o hidrante até o esguicho. De acordo com Macintyre (2010), 
costuma-se adotar os valores indicados na Tabela 2: 
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 112
SER_EC_INSTAHI_UNID4.indd 112 29/09/20 16:20Mangueira (mm) Vazão (l/min) J = perda de carga (m.c.a./m)
38 (1 ½”) 250 0,40
63 (2 ½”) 500 0,15
63 (2 ½”) 900 0,30
TABELA 2. PERDAS DE CARGA NAS MANGUEIRAS
Fonte: MACINTYRE, 2010.
A alimentação elétrica das bombas de incêndio deve ser independente do 
consumo geral. Mesmo desligando a entrada de energia da edifi cação, o circui-
to alimentador das bombas de incêndio deve funcionar de forma normal, sem 
prejuízo do funcionamento do motor da bomba de incêndio. Na falta de energia 
da concessionária, as bombas de incêndio acionadas por motor elétrico podem 
ser alimentadas por um gerador à diesel, ou baterias de acumulação. Deve ser 
instalado, também, um sistema de supervisão elétrica, para detectar quaisquer 
falhas nas instalações, que possam interferir no funcionamento das bombas de 
incêndio. As chaves elétricas de alimentação das bombas de incêndio devem ser 
sinalizadas com a inscrição Alimentação da bomba de incêndio – não desli-
gue. Os fi os elétricos de alimentação do motor das bombas de incêndio devem 
ser protegidos contra danos mecânicos e químicos, fogo e umidade
Dimensionamento da reserva de incêndio
A reserva de incêndio pode ser armazenada em um reservatório exclusivo, 
ou compartilhada com o reservatório da edifi cação. O importante é que esteja 
garantido que seu volume seja acessível para uso exclusivo do sistema de com-
bate a incêndios. A reserva de incêndio deve, preferencialmente, ser armazena-
da no reservatório superior.
O volume da reserva de incêndio deve ser igual a vazão de duas saídas do sis-
tema, com a vazão indicada na Tabela 1, durante 60 minutos para os tipos 1 e 2 e 
durante 30 minutos para o tipo 3. Assim, para um edifício residencial vamos ter:
2 saídas . 80 l/min . 60 minutos = 9600 litros 
Para os sistemas tipo 2 e 3, não se admite interligação do sistema de alimentação 
dos hidrantes com outros sistemas. Para o tipo 1, admite-se a interligação com o 
sistema de sprinklers, desde que essa interligação seja devidamente dimensionada.
(4)
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 113
SER_EC_INSTAHI_UNID4.indd 113 29/09/20 16:20
Projeto e regulamentação
As legislações importantes para projetos envolvendo 
prevenção e combate a incêndios são, nos estados de 
São Paulo e Rio de Janeiro, o Decreto nº 63.911 e o De-
creto nº 42, respectivamente. Além disso, a Instrução 
Técnica nº 1 do Corpo de Bombeiros do estado de 
São Paulo trás as orientações e procedimentos para 
apresentação dos projetos e pedidos de vistoria no 
estado de São Paulo (SÃO PAULO, 2018; RIO DE JANEI-
RO, 2018; CORPO DE BOMBEIROS, 2019).
As exigências são específi cas para cada projeto, considerando o tipo de ocu-
pação, a área, a altura e o risco. O projeto de prevenção e combate a incêndio 
(PPCI) deve ser apresentado e aprovado pelo Corpo de Bombeiro de cada estado 
da federação.
O projeto é composto de elementos gráfi cos e descritivos, apresentando ele-
mentos que indiquem a localização e implantação do projeto; plantas baixas dos 
pavimentos, cortes e fachadas nas escalas em escala 1:50 ou 1:100; e detalhes 
nas escalas 1:20 ou 1:25.
Fazem parte do projeto elementos que defi nem sua estrutura, tipos de 
acabamento, equipamentos presentes e o tipo de ocupação. Também de-
vem constar os cálculos, dimensionamentos, perspectivas isométricas das 
tubulações, premissas, orientações para instalação, procedimentos de en-
saio e recomendações para manutenção. Os parâmetros, ábacos, tabelas 
e outros recursos utilizados no projeto e no dimensionamento devem ser 
relacionados no memorial.
Após o término das instalações, deve ser solicitada vistoria pelo Corpo de 
Bombeiros, que emitirá o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB), 
documento essencial para liberação do uso e ocupação da edifi cação. Os 
procedimentos da vistoria para obtenção de AVCB vão da inspeção visual 
até os ensaios de estanqueidade das tubulações, submetidas a uma pres-
são de uma vez e meia a pressão de serviço. Além disso, são feitos ensaios 
de funcionamento dos sistemas automatizados, bombas, alarmes e outros 
elementos presentes no projeto.
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Além da vistoria física, é necessária a comprovação da formação da briga-
da de incêndio e a comprovação do treinamento feito por entidade credenciada 
pelo Corpo de Bombeiros.
O AVCB deve ser renovado periodicamente para garantir que a situação ini-
cial de aprovação está preservada, e que a manutenção do sistema está sendo 
feita. Havendo alterações físicas ou na natureza de ocupação, que altere as exi-
gências, deve ser feito um novo projeto a ser apresentado e nova vistoria.
A manutenção preventiva e corretiva das instalações é tarefa obrigatória para 
conseguir o nível de segurança adequado. Muitas tragédias ocorrem por falta de 
manutenção, que torna o sistema inoperante em uma situação de incêndio.
O plano de manutenção deve estabelecer um roteiro que abarca, entre ou-
tras coisas:
• A escolha e treinamento periódico da brigada de incêndio;
• A recarga periódica dos extintores e a verificação dos seus níveis de pressão;
• A verificação dos sistemas que podem apresentar alguma falha em qual-
quer um dos seus componentes; 
• A verificação do funcionamento das válvulas e registros;
• A verificação do estado de conservação das mangueiras e da integridade 
dos abrigos; 
• A verificação da presença de todos os materiais necessários nos abrigos;
• A verificação do funcionamento das instalações elétricas e suas conexões; 
• A verificação da lubrificação e funcionamento do sistema de bombas; 
• A verificação da integridade dos elementos de sinalização, indicando as ro-
tas de fuga;
• A checagem da localização dos hidrantes, extintores, alarmes e dos siste-
mas automatizados da edificação;
• A manutenção das pinturas das tubulações.
A manutenção corretiva deve ser feita de forma a não deixar desprotegida a 
edificação, tomando providências alternativas para a ausência temporária do 
elemento em manutenção. 
O tempo cíclico necessário para a execução da manutenção preventiva de-
pendente das características dos componentes utilizados nas instalações, não 
devendo, porém, ultrapassar o prazo máximo de um ano.
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Sintetizando
O incêndio é produto de um fenômeno químico que conhecemos como 
combustão. Para que ele ocorra é necessária a presença de um combustível, 
de oxigênio e do calor de um processo de ignição.
O incêndio é capaz de produzir imensos prejuízos materiais, com repercus-
sões sociais, e causar a morte ou deixar sequelas nas pessoas que sofrem a 
sua ação.
Um sistema de proteção contra a ocorrência de incêndios e um sistema de 
combate, caso ele ocorra, são itens obrigatórios em todo projeto e execução de 
uma obra de edificação. O sistema a ser adotado depende do tipo de ocupação 
da edificação, de sua área, de sua altura e dos materiais que vão ser utilizados.
O sistema pode ser subdividido em sistema passivo e ativo. O sistema pas-
sivo previne a ocorrência do incêndio e propicia melhores condições de eva-
cuação do local. O sistema ativo instrumentaliza o combate inicial ao incêndio.
O sistema ativo tem como principal elemento a presença dos hidrantes, que 
tem seu dimensionamento baseado nos conceitos da hidráulica.
No Brasil a legislação sobre o tema é da competência estadual. O Corpo de 
Bombeiros do estado é responsável pela aprovação do projeto e vistoria das 
instalações.
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