Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

1 
 
RADIOFREQUÊNCIA 
 
 
 
2 
 
 
 
NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de 
empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de 
Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como 
entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a 
participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua 
formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, 
científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o 
saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
Sumário 
 
RADIOFREQUÊNCIA .............................................................................. 1 
NOSSA HISTÓRIA .................................................................................. 2 
INTRODUÇÃO ........................................................................................ 6 
A PELE .................................................................................................... 7 
RUGAS E FLACIDEZ ............................................................................ 13 
ENVELHECIMENTO / REJUVENESCIMENTO .................................... 14 
RADIOFREQUÊNCIA ............................................................................ 17 
EFEITO JOULE ..................................................................................... 17 
CONCEITO DE RADIOFREQUÊNCIA .................................................. 18 
MECANISMO DE AÇÃO E EFEITOS DA RADIOFREQUÊNCIA NA PELE
 ......................................................................................................................... 18 
ALTERAÇÕES FISIOPATOLÓGICAS PROVOCADAS PELA 
RADIOFREQUÊNCIA ...................................................................................... 20 
APLICAÇÃO DA RADIOFREQUÊNCIA ................................................ 21 
ESPECTRO ELETROMAGNÉTICO ...................................................... 27 
EFEITOS BIOLÓGICOS ........................................................................ 28 
EFEITO TÉRMICO ............................................................................. 28 
EFEITOS FISIOLÓGICOS ..................................................................... 30 
NEOCOLAGÊNESE E NEOELASTOGÊNESE ..................................... 31 
TÉCNICA DE RADIOFREQUÊNCIA ..................................................... 33 
BENEFÍCIOS DA RADIOFREQUÊNCIA ............................................... 33 
CONTRAINDICAÇÕES DA RADIOFREQUÊNCIA ............................... 34 
PERIODICIDADE .................................................................................. 35 
PROCESSO DE APLICAÇÃO DA RADIOFREQUÊNCIA ..................... 36 
AVALIAÇÃO PRÉVIA ......................................................................... 36 
PREPARAÇÃO .................................................................................. 36 
 
 
 
4 
PROCEDIMENTO .............................................................................. 37 
TÉCNICA DE APLICAÇÃO ................................................................ 37 
SENSAÇÕES DO PACIENTE ........................................................... 37 
SOBREDOSIFICAÇÃO ...................................................................... 38 
PARÂMETROS ..................................................................................... 38 
FREQUÊNCIA ................................................................................... 38 
SELEÇÃO DE APLICADOR/PONTEIRAS ......................................... 38 
POTÊNCIA/INTENSIDADE: ............................................................... 39 
TEMPERATURA TERAPÊUTICA: ..................................................... 39 
PERIODICIDADE: .............................................................................. 40 
ATUAÇÕES DA RADIOFREQUÊNCIA NO COLÁGENO ...................... 40 
RADIOFREQUÊNCIA NO REJUVENESCIMENTO FASCIAL ............... 41 
EFEITOS FISIOLÓGICOS DA RADIOFREQUÊNCIA NO COMBATE À 
FLACIDEZ TISSULAR ..................................................................................... 50 
APLICACÃO NA FLACIDEZ TISSULAR (FACIAL E CORPORAL) E 
RUGAS ......................................................................................................... 54 
RADIOFREQUÊNCIA PARA TRATAR A CELULITE ............................ 55 
APLICAÇÃO NA CELULITE .............................................................. 58 
RADIOFREQUÊNCIA NO TRATAMENTO DA ADIPOSIDADE 
LOCALIZADA (GORDURA LOCALIZADA) ...................................................... 59 
APLICAÇÃO NA ADIPOSIDADE LOCALIZADA ................................ 60 
RADIOFREQUÊNCIA NO TRATAMENTO DAS ESTRIAS ................... 61 
APLICAÇÃO NAS ESTRIAS .............................................................. 61 
RADIOFREQUÊNCIA NO TRATAMENTO DAS CICATRIZES E 
ADERÊNCIAS/ FIBROSES RECENTES E TARDIAS/ SEQUELA DE ACNE .. 62 
APLICAÇÃO NAS CICATRIZES E ADERÊNCIAS/ FIBROSES 
RECENTES E TARDIAS/ SEQUELA DE ACNE ........................................... 63 
 
 
 
5 
RADIOFREQUÊNCIA NO TRATAMENTO DAS CONTRATURAS 
MUSCULARES/ FIBROMIALGIA ..................................................................... 64 
APLICAÇÃO NAS CONTRATURAS MUSCULARES/ FIBROMIALGIA
 ...................................................................................................................... 64 
RADIOFREQUÊNCIA NA GORDURA LOCALIZADA ABDOMINAL ..... 65 
RADIOFREQUÊNCIA PARA O TRATAMENTO DAS RUGAS .............. 78 
REFERÊNCIAS ..................................................................................... 82 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
INTRODUÇÃO 
 
 A busca pelo corpo perfeito está cada vez em 
alta, homens e mulheres, estão cada vez mais 
exigentes procurando técnica de tratamento que 
possam dar resultados seguros e rápidos sem alterar 
sua rotina. 
 À medida em que a expectativa de vida da 
população aumenta, cresce também o interesse por 
retardar os sinais do envelhecimento. O padrão de 
beleza buscado pelas pessoas é uma pele jovial, sem 
manchas e sem rugas. 
E a fisioterapia dermato funcional vem 
mostrando resultados satisfatórios com aparelhos de tecnologia avançada como 
a Radiofrequência. 
Guirro & Guirro (1996) afirmam que a fisioterapia aplicada à estética, tem 
por objetivo tratar eficazmente os distúrbios estéticos, o que leva o 
Fisioterapeuta dermato funcional avaliar profundamente o problema além de 
escolher o tratamento adequado. 
As disfunções estéticas são desencadeadas por diversos fatores, uma 
alimentação inadequada, o sedentarismo, hereditariedade, fatores hormonais, 
dentre outros, favorecem o surgimento destas patologias na maior parte das 
mulheres. 
Com o passar do tempo a produção das proteínas de sustentação da pele, 
como o colágeno e a elastina, vão sendo reduzidas gradativamente, levando a 
desestruturação das fibras elásticas e colágenas, perda da elasticidade e 
consequentemente ao aparecimento da flacidez tissular (KISNER, 2012). 
A radiofrequência é uma modalidade não invasiva capaz de estimular 
mudanças na conformação do colágeno e induzir a neocolagenese através da 
geração de energia térmica de forma controlada em camadas profundas de 
tecido cutâneo e subcutâneo (AGNE Et al. 2009). 
 
 
Ima
g
e
m
: F
re
e
p
ik
 
 
 
 
7 
A PELE 
 
Imagem: stock.adobe.com 
 
A pele é o tecido que reveste o organismo, representando 12% do peso 
seco total humano, sendo o maior sistema de órgãos expostos ao meio 
ambiente. Composta por duas principais camadas: a epiderme, camada 
superficial que tem a função de proteção contra agentes externos, e a derme, 
porção mais densa da pele, local de sustentação para a epiderme, composta por 
substância fundamental amorfa, colágeno e elastina (GUIRRO et al 2004). 
É formada por tecidos de origem ectodérmica e mesodérmica que se 
arranjam em três camadas distintas: epiderme, derme e hipoderme. A pele 
possui diversas funções tais como: proteção contra agentes físicos, químicos e 
biológicos do ambiente (relativamente impermeável), regulação da temperatura, 
excreção sensibilidade tátil e produção de vitamina D (GUIRRO & GUIRRO 
2004). 
Único órgão externo que pode ser observado em toda a sua extensão, a 
pele é também, o principal órgão relacionado com a estética do ser humano. Por 
estar em contato com o meio ambiente é a primeira linha de defesa do corpo 
contra danos físicos (PANDOLFO, 2011) 
 
EPIDERME 
É constituída por um epitélio estratificado pavimentoso queratinado. Na 
porção mais profunda é constituída de células epiteliais que se proliferam 
continuamente para que mantenha o seu número (GUIRRO & GUIRRO 2004). 
A epiderme é constituída por sistema ceratinocítico, responsável pelo 
corpo da epiderme e de seus anexos (pelos, unhas e glândulas), sistema 
melânico, com função imunológica, células de Merkel integrada ao sistema 
nervoso e células dendriticas indeterminadas, com função mal definida. 
 
 
 
8 
A epiderme é a camada mais superficial da pele, atuando como barreira 
protetora as agressões dos fatores externos. 
A epiderme é a camada mais externa e é formada por um revestimento 
de camadas de células sobrepostas, sendo que as células superficiais são 
achatadas e compõem uma camada córnea rica em queratina. 
A epiderme possui espessura variando entre 1,3 mm (palma das mãos) 
e 0,06 mm (face). Não possui suprimento sanguíneo, recebendo nutrientes da 
derme através de capilaridade. Sua função é atuar como uma barreira protetora, 
impedindo a entrada de substâncias estranhas ao organismo e ao mesmo 
tempo, mantendo a água, nutrientes e eletrólitos em seu interior. 
Ela é subdividida em cinco camadas ou estratos: estrato germinativo 
ou basal, espinhoso, granuloso, lúcido e córneo. Também é constituída pelos 
queratinócitos (produzem a queratina, responsável pela constante renovação da 
pele), os melanócitos (responsáveis pela produção da melanina, pigmento que 
garante a pigmentação da pele), células de Merkel (envolvidas na parte sensorial 
cutânea atuando como identificadoras do tato, da pressão e do estiramento da 
pele) e células de Langerhans (desempenham função imunológica adicional a 
pele). (BORGES et al 2016), (HARRIS, 2016). 
 
DERME 
É uma camada espessa do tecido conjuntivo que se apoia a epiderme e 
se comunica com hipoderme. A derme está conectada com a fáscia muscular 
subjacente por uma camada do tecido frouxo, a hipoderme. 
Abaixo da epiderme a principal massa de pele a derme, um tecido forte, 
maleável, com propriedades viscoelasticas, e que se consiste em um tecido 
conjuntivo frouxo composto de proteínas fibrosas (colágeno e elastina). 
A derme é localizada abaixo da epiderme, formada por tecido conjuntivo 
que lhe proporciona rica vascularização. 
A derme é a camada mais profunda, que se apoia a epiderme, de 
espessura variável atingindo o máximo de 3mm nas plantas dos pés, sendo 
formada por muitas estruturas com características elásticas, grandes 
quantidades de vasos sanguíneos e fibras nervosas. 
 
 
 
9 
A derme é a parte estrutural do tegumento, com espessura variando entre 
0,5 mm a 3 mm. Esta camada encontra – se apêndices da epiderme, pelos e 
glândulas sudoríparas e sebáceas, nervos e vasos sanguíneos. É composta por 
células denominadas fibroblastos (responsáveis pela síntese de colágeno e 
elastina), por enzimas como colagenase e estromelisina, bem como de matriz 
extracelular. Composta também por macrófagos, linfócitos, mastócitos que 
desempenham função imunológica associado com as células de Langerhans na 
epiderme (BORGES et al 2016; HARRIS, 2016). 
A derme é classificada em suas camadas: a derme papilar e derme 
reticular. A derme papilar é formada por tecido conjuntivo propriamente dito do 
tipo frouxo e localizada imediatamente abaixo da epiderme cuja função é fixar a 
membrana basal à rede de fibras elásticas da derme; e a camada reticular, ou 
profunda, composta de tecido conjuntivo propriamente dito do tipo denso não 
modelado e situada profundamente em relação à camada papilar, contendo 
muitas fibras elásticas, responsáveis pela característica de elasticidade da pele. 
 
HIPODERME 
A hipoderme é o tecido sobre o qual a pele repousa, formado por tecido 
conjuntivo que varia do tipo frouxo ou adiposo ao denso nas várias localizações 
e nos diferentes indivíduos (GUIRRO & GUIRRO, 2004). 
A distribuição de gordura não é uniforme em todas as regiões do corpo, 
nos indivíduos normais, algumas regiões nunca acumulam gordura, como 
pálpebra, a cicatriz umbilical, a região esternal e as dobras articulares. Em outras 
regiões pelo contrário há maior acumulo de tecido adiposo a porção proximal 
dos membros e a parede abdominal (GUIRRO & GUIRRO, 2004). 
A hipoderme é uma camada de gordura que, embora tenha a mesma 
origem e morfologia da derme, não faz parte da pele, apenas lhe serve de 
suporte e união com os órgãos subjacentes. 
A hipoderme é a camada mais profunda, há tecido adiposo cujas células 
armazenam a gordura subcutânea (panículo adiposo). É formado por um tecido 
conjuntivo frouxo que serve para unir, de maneira pouco firme a derme aos 
outros órgãos do corpo, permitindo que a pele tenha certo grau de deslizamento, 
variável com a região do corpo. 
 
 
 
10 
 
 
Imagem: Composição da Epiderme, Derme e Hipoderme - Sou Enfermagem. 
www.souenfermagem.com.br 
 
 
 
Estrutura da pele. Fonte: http://www.blogger-index.com/20946895-bar-a-relationship-101. 
 
 
 
 
 
11 
COLÁGENO E ELASTINA 
 
O colágeno e a elastina são proteínas fundamentais na constituição da 
matriz extracelular do tecido conjuntivo, são responsáveis por conferir resistência 
e elasticidade aos tecidos (BATISTA, 2015 apud SILVA et al 2017) 
O colágeno representa 30% do total de proteínas do corpo e 70% do 
peso da pele seca. Tem como função fornecer resistência e integridade 
estrutural a alguns tecidos e órgão. São distribuídos na pele em colágeno do tipo 
I, III, IV e VII, sendo em maior quantidade dos tipos I e II. (BORGES et al 2016; 
HARRIS, 2016). 
O colágeno é a proteína a estrutural mais importante nos humanos e tem 
como função primária o suporte dentro da matriz extracelular. As fibras 
colágenas são as principais e mais abundantes fibras do tecido conjuntivo denso, 
constituinte da derme (AGNE et al. 2009). 
De acordo com Carvalho et al. (2011), as fibras de colágeno são 
predominantes do tecido conjuntivo, sendo constituídas por uma 
escleroproteína denominada colágeno. O colágeno é uma proteína abundante 
no corpo do ser humano, representando 30% do total de proteínas destes, e tem 
como função fornecer resistência e integridade estrutural a diversos tecidos. 
A elastina é responsável pelas propriedades retráteis da pele, 
constituindo de 2% a 4% da derme. A elastina também é produzida pelos 
fibroblastos, e sua função é a elasticidade e a resistência ao desgaste cutâneo. 
São formadas por diferentes estruturas, a elastina, proteína principal de aspecto 
amorfo, e microfibrilas, estruturas fibrilares proteicas. (BORGES et al 2016; 
HARRIS, 2016). 
A elastina é uma fibra de sustentação da pele que trabalha em conjunto 
com o colágeno e compõe a mesoderme, camadaintermediária da pele. A 
elastina é uma proteína helicoidal, na forma de uma mola, que liga a pele aos 
tecidos musculares e é muito elástica, permitindo que a pele retorne ao seu 
estado original após ser submetida a um estiramento forçado. Portanto, ela está 
diretamente ligada ao aparecimento das estrias. 
 
 
 
12 
 
O máximo de produção espontânea de elastina ocorre na adolescência e 
durante a gravidez, permitindo que a pele da barriga se expanda, acompanhando 
o aumento do útero decorrente do crescimento do feto. Quando a produção de 
elastina não é suficiente, temos a formação de rachaduras no interior da 
mesoderme, que são nada menos do que as já conhecidas estrias. Na fase de 
envelhecimento, o organismo tem muito menor aptidão para produzir nova 
elastina, mas isso se deve principalmente a fatores externos, como a poluição. 
O ideal é proteger a fibras já existentes para evitar a sua degradação, usando 
produtos cosméticos que tenham ação antipoluente e antioxidante, mas vale 
destacar que essa produção pode ser reativada a qualquer momento por sinais 
bioquímicos, provenientes de cosméticos. 
 
Assim como outros órgãos, a pele sofre as alterações provocadas pelo 
declínio de suas funções, causando o envelhecimento. Não apenas por 
fatores intrínsecos, causados pelo desgaste natural do organismo e genética 
provocam mudanças na aparência da pele, mas também fatores extrínsecos, 
causados por exposição excessiva as influências danosas do meio ambiente 
como radiação solar, estresse, tabagismo entre outros (OLIVEIRA et al, 2014). 
 
 
 
13 
A flacidez é um problema estético muito comum pela consequência do 
envelhecimento biológico, caracteriza- se pela perda do tônus e elasticidade 
tecidual. 
As alterações que causam a flacidez podem ser desencadeadas por 
alguns fatores, dentre eles, mudanças repentinas de peso, processo fisiológico 
do envelhecimento da pele, idade, hábitos alimentares, exposição excessiva ao 
sol, entre outras. A flacidez facial ocorre devido a alteração e diminuição das 
estruturas profundas trazendo um reflexo à superfície. Na derme, as fibras 
colágenas se tornam mais espessas e as fibras elásticas perdem parte de sua 
elasticidade devido a diminuição do número de fibroblastos. Na hipoderme, 
ocorre a diminuição de gordura. Também ocorre a diminuição do trofismo e tônus 
muscular e em fase mais tardia, a massa muscular esquelética começa a ser 
perdida e substituída por gordura, como exemplo na região submentoniana 
(pescoço). (GUIRRO et al 2004; ELMAN, 2010). 
RUGAS E FLACIDEZ 
 
 
 
 
FLACIDEZ FACIAL 
A flacidez facial faz com que a pele perca sua firmeza, provocada pela 
frouxidão tecidual. Aparecem as rugas superficiais e profundas onde as 
bochechas e as pálpebras são as primeiras a decair. Logo depois surgem as 
marcas de expressão, rugas, depressões e sulcos na pele, principalmente na 
região dos olhos, bochechas, pálpebras, pescoço, queixo e ao redor da boca. 
Imagem: Combater a flacidez facial as vezes é bastante difícil, isso porque ela é uma alteração 
natural da pele. Fonte: clinicaeduardocolacio.com.br 
 
 
 
14 
O aparecimento das rugas ocorre devido ao enrijecimento das fibras 
colágenas e perda da elasticidade natural em razão da diminuição das fibras 
elásticas e outros componentes do tecido conjuntivo. A camada adiposa se torna 
irregular, dando origem as rugas gravitacionais e ocorre também diminuição de 
trocas metabólicas e oxigenação dos tecidos tornando a superfície da pele mais 
desidratada (GUIRRO et al 2004). 
As rugas podem ser classificadas de acordo com a profundidade como: 
o superficiais (há diminuição ou perda das fibras elásticas na derme 
papilar, desaparecem ao estiramento da pele) e 
o profundas (são decorrentes principalmente da ação solar e não 
desaparecem ao estiramento da pele). 
Há também outras 3 categorias que podem ser divididas: 
o Rugas dinâmicas (decorrentes do movimento muscular da 
expressão facial), 
o Rugas estáticas (aparecem mesmo na ausência do movimento) e 
o Rugas gravitacionais (devido a flacidez tissular) (BORGES et al 
2016). 
Em meio a tantos tratamentos disponíveis no ramo da estética para 
retardar os sinais do envelhecimento, a radiofrequência vem se mostrando uma 
técnica com resultados rápidos e seguros postergando assim a necessidade de 
uma cirurgia plástica (SILVA et al, 2014). 
ENVELHECIMENTO / REJUVENESCIMENTO 
Entende-se como envelhecimento uma série de alterações que vão 
ocorrendo no organismo ao longo do tempo vivido. 
Este processo provoca mudanças nas funções e estrutura do corpo e o 
torna mais suscetível a uma série de fatores prejudiciais, estes podem ser tanto 
internos (falha imunológica, renovação celular comprometida), como externos 
(estresse ambiental). 
As causas do envelhecimento podem ser entendidas a partir da 
compreensão da renovação celular. Nosso corpo é composto por 
aproximadamente 75 trilhões de células e estas, multiplicam-se constantemente. 
À medida que as células se dividem (processo de reprodução - mitose), seus 
telômeros (sequências de DNA) vão sendo encurtados. Após muitos ciclos de 
 
 
 
15 
divisão, eles desaparecem até que finalmente, as células perdem sua 
capacidade de renovação. A partir do momento em que as células não se 
dividem mais, elas envelhecem, perdem por completo suas funções e morrem. 
 
Fonte: https://clinicachociai.com.br/procedimentos/rejuvenescimento-da-pele/ 
 
Há ainda outras teorias sobre as causas internas de envelhecimento, 
entre elas estão a ação da glicose dentro do organismo, a nação dos radicais 
livres, falhas imunológicas, entre outras. 
Além disso, as causas podem ser genéticas, raciais ou mesmo as 
pessoas que utilizam muito a expressão facial ao falar, tendem a apressar o 
aparecimento das rugas. 
Com relação aos fatores externos, os mais conhecidos por agredirem o 
organismo e acelerarem o processo de envelhecimento são a poluição 
ambiental, o fumo, o álcool e a exposição exagerado às radiações solares sem 
proteção. O cigarro é um grande causador do envelhecimento precoce e ele não 
agride só quem fuma ativamente, como também compromete a saúde e a beleza 
dos chamados fumantes passivos, que são aqueles indivíduos que estão por 
perto de quem fuma. 
Os eventos que fazem parte do processo de envelhecimento cutâneo se 
confundem com os que ocorrem nos demais tecidos corporais. Porém, a pele 
apresenta algumas peculiaridades topográficas que coloca a cútis em uma 
situação mais desfavorável. 
A foto envelhecimento, uma área de estudo que ganhou muito destaque 
nas últimas décadas na medida que os conhecimentos sobre os efeitos das 
radiações ultravioleta na epiderme e derme ficaram melhor elucidados. 
 
 
 
16 
Boa parte das alterações cutâneas encontradas no envelhecimento tem 
sua fisiopatologia bem definida e estão envolvidas com os fatores abaixo citados: 
 
 Redução do Perfil Circulatório (Oxigenação e Nutrição) 
Modificações circulatórias no envelhecimento ocorrem por mudanças no 
sistema circulatório como um todo. Alterações no controle da pressão arterial, 
modificações no endotélio vascular aumentando a presença de placas de 
ateroma, comprometimento da permeabilidade dos vasos são situações que 
levam a uma menor oxigenação e nutrição dos tecidos periféricos. 
 
 Perda de Colágeno e Elastina 
Comprometimento da circulação e ambiente hormonal da pele tendendo 
ao catabolismo, favorece uma menor produção de fibras e de componentes da 
substância fundamental amorfa (glicosaminoglicanas e proteoglicanas), pelos 
fibroblastos. Estes componentes, que formam a matriz dérmica promovem 
turgor, elasticidade, firmeza e tônus à pele, além de manterem a hidratação 
deste tecido. 
 
 Perda de água ou Desidratação da Derme 
Menor presença dos componentes extracelulares da derme provoca 
redução na fixação de água na derme uma vez que estas moléculas(fibras, 
componentes da substância fundamental amorfa), as responsáveis pela boa 
manutenção do teor hídrico dérmico. Quanto menos água na derme, menores 
as trocas deste tecido com a epiderme. Esta última, por sua vez será acometida 
por outros tipos de mudanças como podemos ver abaixo. 
 
 Redução do Turn-over de Células Epidérmicas e espessura 
epidérmica 
As menores trocas entre derme e epiderme resultam em menor atividade 
das células da camada basal da epiderme. A menor atividade mitótica por parte 
destas células faz com que as trocas celulares epidérmicas fiquem 
comprometidas e a renovação deste tecido tende a se tornar mais lenta. A pele 
encontra uma saída para que suas células continuem sendo originadas na 
camada basal e encontrem-se prontas para a descamação superficial após 28 
dias. 
 
 
 
 
17 
RADIOFREQUÊNCIA 
Denomina- se radiofrequência as radiações compreendidas no espectro 
eletromagnético entre 30 KHz e 3 GHz, e as frequências mais utilizadas em 
equipamentos estéticos estão entre 0,5 MHz e 1,5 MHz. 
Utiliza-se ondas eletromagnéticas de alta frequência para produzir calor 
em nível cutâneo e subcutâneo. 
Seu mecanismo de ação (vibração das moléculas de água) transforma a 
energia eletromagnética em energia térmica (BORGES et al 2010), (BORGES, 
2014). 
Com o recente desenvolvimento tecnológico no âmbito da estética, a 
Radiofrequência, passou a ser utilizada no rejuvenescimento e flacidez agindo 
na derme e na hipoderme. 
A definição de Radiofrequência se explica a porção do espectro 
eletromagnético onde ondas eletromagnéticas através de corrente alternada 
gera calor profundo para tratamento de fibroedema gelóide, gordura localizada 
e de colágeno (flacidez, estrias e rugas) (PIROLA, 2010). 
É utilizada para geração de calor por conversão. Alega-se a passagem de 
uma energia transmitida em forma de ondas, substituindo em outra radiação, 
calor. As correntes abaixo de 3.000 Hertz (Hz) exercem função de 
eletroestimulção e eltroanalgesia. Diatermia é o nome para este método, 
empregado há anos como termoterapia profunda. 
EFEITO JOULE 
Estabelecida pela seguinte fórmula: energia (J) I = 2 × R × T (em que I = 
corrente, R = impedância do tecido e T = tempo de aplicação), o efeito Joule é 
o principal efeito térmico da radiofrequência ao atravessar os tecidos entre 
os eletrodos e produzir calor. Quanto maior a frequência através de uma carga 
resistente (tecido), maior a produção térmica. A radiofrequência destina sua 
energia através de dois eletrodos: eletrodo ativo e o eletrodo passivo. A diferença 
entre os eletrodos está no estímulo, uma vez que o eletrodo ativo estimula 
grande consistência de corrente provocando efeitos térmicos localizados nos 
tecidos e ocasionando a estimulação tecidual como exemplo a produção de 
colágeno. Já o eletrodo passivo consiste em uma placa condutiva de grande 
 
 
 
18 
contato que conclui o circuito da corrente fazendo com que a energia regresse 
ao paciente. 
CONCEITO DE RADIOFREQUÊNCIA 
Latronico et al.. (2010), cita que a Radiofrequência conceitua-se na 
emissão de correntes elétricas de alta frequência, formando um campo 
eletromagnético que gera calor, quando em contato com os tecidos 
corporais humanos. Trata-se de uma terapia em que se programa e modula as 
frequências projetadas ao tecido corporal, a fim de se atingir a camada 
subdérmica. Sendo uma terapia segura e aplicável a todos os fototipos cutâneos. 
A Radiofrequência é uma radiação no espectro eletromagnético que gera 
calor compreendido entre 30 kHz e 300 MHz. Esse tipo de calor alcança os 
tecidos mais profundos gerando energia e forte calor sobre as camadas mais 
profundas da pele, mantendo a superfície resfriada e protegida, ocasionando a 
contração das fibras colágenas existentes e estimulando a formação de novas 
fibras, tornando-as mais eficientes na sustentação da pele (CARVALHO et al. 
2011). 
MECANISMO DE AÇÃO E EFEITOS DA 
RADIOFREQUÊNCIA NA PELE 
A Radiofrequência (RF) é uma técnica que utiliza radiações do espectro 
eletromagnético na ordem de kilohertz (kHz) a Megahertz (MHz). Estas ondas 
eletromagnéticas apresentam energias que se diferem pela capacidade de 
induzir movimento de partículas ionizadas. Essa característica é utilizada em 
transmissão de sinais (como rádio) e daí vem o nome radiofrequência. 
O método de Radiofrequência é baseado na conversão da energia 
eletromagnética em efeito térmico, quando utilizada na faixa de frequência de 
kHz não ocorre aquecimento nos tecidos pelo campo eletromagnético gerado e 
sim pela resistência à passagem da corrente. Na faixa de MHz, o campo 
eletromagnético causa a polarização e oscilação das moléculas de água, a 
fricção entre as moléculas transforma a energia eletromagnética em calor (calor 
endógeno). 
A técnica de Radiofrequência induz a retração nas fibras colágenas sem 
destruí-las. No seu funcionamento, as ponteiras passam correntes alternadas 
 
 
 
19 
para o tecido. Os íons desse tecido seguem na direção da corrente, gerando a 
elevação de temperatura, resultando em um encurtamento do tecido sem ruptura 
da integridade da epiderme. 
O contato do tecido com a radiofrequência pode originar uma ordem de 
fatores devido ao aumento da temperatura. A energia gerada pela 
radiofrequência tem o poder de adentrar na epiderme, derme e hipoderme, e 
também nas células musculares. Ocorre então a indução da vasodilatação, os 
líquidos intercelulares que estão em alta quantidade são reabsorvidos pelos 
vasos linfáticos, provocando também o aumento da circulação sanguínea. Estes 
eventos favorecem a drenagem linfática dos restos celulares, de radicais livres 
e metabólitos teciduais tóxicos, devido à melhora no fluxo sanguíneo local, 
ganho de oligoelementos tissulares, nutrientes e oxigênio. Esta série de 
acontecimentos favorecem a quebra de lipídios nos adipócitos, provocando a 
mobilização e eliminação de gorduras para o líquido intersticial, sua drenagem 
para o sistema linfático ocasionando o processo de homeostase do organismo. 
O estímulo dos tecidos com as ondas eletromagnéticas exerce ação sobre os 
fibroblastos levando a produção de fibras elásticas e colágenas. 
A estimulação eletromagnética dos fibroblastos induz o processo de 
neocolagênese. O efeito térmico da radiofrequência provoca desnaturação 
parcial de fibras colágenas antigas e induz a síntese de novas moléculas de 
colágeno pelos fibroblastos estimulados, processo denominado neocolagênese. 
Este confere mais firmeza e elasticidade à pele. 
O procedimento da radiofrequência é utilizado de forma eficaz para o 
tratamento estético da flacidez cutânea, melhorando a sua aparência e 
conferindo mais resistência e elasticidade cutânea. 
O surgimento de ondulações desarmônicas em partes do corpo, como 
coxas, abdômen e nádegas, é uma aparência característica da celulite, também 
chamada de fibroedema geloide. Esta inflamação do tecido celular acontece por 
diversos fatores, podendo ser genéticos ou endócrinos. Este aspecto aparece 
quando há o aumento de tecidos adiposos, e diminuição da microcirculação 
local, juntamente com a debilitação dos tecidos. É relacionado o uso da 
radiofrequência com o fortalecimento dos tecidos, tratando assim a celulite de 
forma satisfatória. A radiofrequência gera uma energia de calor homogênea e 
penetrável, que esquenta as camadas íntimas da pele. A corrente que é 
 
 
 
20 
transmitida com potência, chega na superfície a ser tratada, oferecendo 
resultados clínicos, por muito tempo, conseguindo diminuir medidas e o aspecto 
da celulite. 
ALTERAÇÕES FISIOPATOLÓGICAS PROVOCADAS 
PELA RADIOFREQUÊNCIA 
A vibração iônica, a rotação das moléculas dipolares e a distorção 
molecular são fenômenos que ocorrem quando há passagem de uma 
radiofrequência pelo tecido, decorrente do aumento da temperatura. A vibração 
iônica é a forma mais efetiva de alterar a energia elétricaem calor, pois os íons 
presentes nos tecidos cedem a vibrações a mesma frequência da 
radiofrequência, ocasionando no aumento da temperatura. A Rotação das 
moléculas dipolares tem pouca competência de conversão térmica em relação a 
vibração iônica, e já a distorção molecular causa uma conversão menor de 
energia elétrica em calor. 
O aquecimento tecidual e enrijecimento das fibras protéicas no estrato 
subcutâneo cooperam para modificações rápidas de contorno na pele após o 
procedimento. Existe um sistema no aparelho da radiofrequência que provoca o 
aquecimento dos tecidos cutâneos profundos e arrefecimento superficial, 
chamado de gradiente térmico inverso, onde é produzido um calor mais agudo 
atingindo maiores profundidades, penetrando o calor a nível da derme e camada 
subcutânea, onde o calor não penetra ativamente nas camadas superficiais da 
pele não induzindo queimaduras térmicas. 
 
Fonte: https://clinicaideal.med.br/espaco-estetica/radiofrequencia/ 
 
 
 
21 
APLICAÇÃO DA RADIOFREQUÊNCIA 
Sabe-se que a energia gerada pelo aparelho de Radiofrequência pode ser 
de três formas: Capacitiva, Resistiva e Indutiva. 
O eletrodo considerado capacitivo ou resistivo, cuja função básica é gerar 
e armazenar energia, quando aplicado em contato direto com a pele, faz com 
que esta energia será liberada promovendo a elevação da temperatura; já o 
sistema indutivo é aplicado por uma manopla especial de vidro que separa o 
eletrodo gerador de energia da pele, sendo esse pouco utilizado. 
O modo de emissão da energia pode ser monopolar, bipolar, tripolar e 
multipolar (possui 3 ou mais eletrodos). A manopla monopolar possui potência e 
densidade elevada superior às demais manoplas. A técnica é aplicada, 
geralmente, por dois ou três eletrodos; o eletrodo ativo o qual provoca grande 
densidade de corrente, o circuito da corrente é fechado pelo eletrodo passivo 
que consiste em uma placa condutiva de grande contato fazendo com que a 
energia retorne ao paciente. 
A Radiofrequência pode ser de alta ou baixa frequência, utilizando 
aplicador monopolar, bipolar e tripollar. 
A tecnologia inovadora do sistema radiofrequência tripollar combina, num 
só dispositivo, os sistemas radiofrequência monopolar e bipolar, produzindo uma 
energia calorífica homogênea e profunda. Os fluxos de corrente de RF que 
circulam entre três polos (elétrodos) aquecem em simultâneo as camadas 
superficiais e profundas da pele. A intensidade da corrente que circula entre os 
três polos transmite uma densidade de alta potência sobre a área a tratar logo, 
de baixo consumo, proporcionando resultados clínicos de longo prazo após 
várias sessões de tratamento, sem causar desconforto (MANUSKIATTI et al. 
2009). 
A Radiofrequência é indicada para tratamentos da pele na flacidez e 
remodelador corporal. Também atua no fibroedema geloide e têm-se 
demonstrado sua eficácia na redução da pele tipo “casca de laranja”, é 
recomendado também nos tratamentos pós-lipoaspiração, rugas, cicatrizes, 
alopecia (queda excessiva de cabelo), olheiras, adiposidades, estrias, manchas 
e fibroses. 
 
 
 
22 
É contraindicado o uso da Radiofrequência em indivíduos com transtorno 
de sensibilidade, marca passo, grávidas, sobre glândulas que provoquem o 
aumento de hormônio, em focos infecciosos, pacientes que estejam ingerindo 
vasodilatadores ou anticoagulante, hemofílicos e em estado febril. 
 
A radiofrequência é feita a partir de um aparelho e no mercado atual 
existem aparelhos com três mecanismos de ação: monopolar ou unipolar, 
bipolar e tripolar. 
 
 UNIPOLAR OU MONOPOLAR 
O aparelho unipolar ou monopolar, funciona através do aquecimento 
profundo e controlado (penetração profunda até 20 mm). A radiofrequência 
unipolar promove a liberação de ácidos graxos e triglicérides dos adipócitos, 
diminuindo seu volume e compactando o panículo adiposo. Segundo Goldberg 
DJ et al., (2008) esse aquecimento controlado também estimula a remodelação 
e a formação de novas fibras de colágeno, tratando assim a flacidez e a celulite, 
além de promover o remodelamento corporal. 
 
Aparelho de radiofrequência Monopolar com 500kHz de frequência e 98W de potência, permitindo ao terapeuta dispor 
de maior potência durante os tratamentos. Fonte: https://www.hsmed.com.br/tecatherm-aparelho-de-radiofrequencia-
monopolar-cecbra 
 
 
 
23 
Tabela 1. Síntese dos aspectos fundamentais no tratamento com RF 
utilizando-se equipamento com aplicador monopolar 
 
(VIEIRA, 2016) 
 
 
 
 
 
24 
 BIPOLAR 
A radiofrequência bipolar foi estudada por 
Waniphakdeedecha R & Manuskiatti (2006), com 
base em achados científicos constataram que a RF 
bipolar promove um aquecimento superficial e 
controlado da derme (camada mais superficial da 
pele), estimulando a reorganização e a formação de 
novas fibras de colágeno superficial e médio. 
Equipamento Radiofrequência Bipolar. Fonte: 
https://www.hsmed.com.br/tecatherm-aparelho-de-
radiofrequencia-monopolar-cecbra 
 
Tabela 2. Síntese dos aspectos fundamentais no tratamento com RF 
utilizando-se equipamento com aplicador bipolar. 
 
(VIEIRA, 2016) 
 
 
 
 
25 
 TRIPOLLAR OU MULTIPOLAR 
Segundo Manuskiatti et al. (2009) a tecnologia 
do sistema Radiofrequência TriPollar combina, num 
só dispositivo, os sistemas Radiofrequência unipolar e 
bipolar, produzindo uma energia calorífica homogênea 
e profunda. Os fluxos de corrente de Radiofrequência 
que circulam entre três polos (eletrodos), aquecem em 
simultâneo as camadas superficiais e profundas da 
pele. 
A intensidade da corrente que circula entre os 
três polos transmite uma densidade de alta potência 
sobre a área a tratar, logo, de baixo consumo, proporcionando resultados 
clínicos de longo prazo após várias sessões de tratamento, sem causar 
desconforto. 
Tabela 3. Síntese dos aspectos fundamentais no tratamento com RF 
utilizando-se equipamento com aplicador multipolar. 
 
 
(VIEIRA, 2016) 
Aparelho de Radiofrequência Tripolar Fonte: 
https://www.fisiofernandes.com.br/triatherm-
slim-aparelho-de-radiofrequencia-tripolar-
cecbra/p 
 
 
 
 
26 
No que diz respeito ao modo de aplicação, Borges (2010) relata que por 
haver variedade de equipamentos, o modo de aplicação é estipulado por cada 
fabricante, o que deve ser seguido rigorosamente. 
 
HISTÓRIA DA RADIOFREQUÊNCIA 
A radiofrequência vem sendo utilizada desde 1891, quando seu inventor 
o fisiologista francês Jaques Arsène D’ Arsonval descobriu que frequência 
superior a 10.000 Hz no corpo humano era suportável, em 1911, o objetivo da 
radiofrequência foi para uso de corte e cauterização dos tecidos vivo, mas foi em 
1976 que entrou para a medicina, no combate das células cancerígenas, 
utilizando potência mais elevada (AGNE, 2013). 
No século XIX D`Arsonval, médico e físico, realizou um experimento 
forçando uma corrente elétrica através de seu corpo e de um de seus 
assistentes, relatando sensação de aquecimento sem promover contrações 
musculares. Trabalhos subsequentes levaram ao desenvolvimento de métodos 
indutivos e capacitivos de aplicação de correntes de alta frequência ao corpo 
humano para produzir o que se propunha ser um aquecimento não superficial 
(SCOTT ET AL., 2003). 
 
Jacques-Arsène d'Arsonval (La Porcherie, 8 de junho de 1851 - 13 de 
dezembro de 1940) foi um médico, físico e inventor francês. Foi o inventor do galvanômetro, 
da bobina móvel e do amperímetro termopar. Junto com Nikola Tesla, d'Arsonval foi um 
colaborador importante no campo da eletrofisiologia, o estudo dos efeitos 
da eletricidade nos organismos biológicos, no século XIX. Fonte: Wikipédia 
 
 
 
27 
ESPECTRO ELETROMAGNÉTICO 
 
Fonte: HTM Eletrônica 
 
O espectro eletromagnético é o intervalo completo da radiação 
eletromagnética, que vai de ondas longas (rádio) até ondas muito curtas (raios 
gama). A imagem acima, representa o espectro eletromagnético com suas 
diferentesfrequências e comprimentos de ondas. Denomina-se radiofrequência 
(RF), as radiações compreendidas no espectro eletromagnético entre 30 KHz e 
3 GHz. 
Um campo elétrico é um campo de força resultante da ação de um sistema 
de cargas elétricas e a região invisível formada pela energia da movimentação 
dessas cargas é chamada de campo magnético. O campo eletromagnético 
aparece quando ambos existem simultaneamente e a movimentação de cargas 
é consequência da passagem de corrente elétrica. 
O equipamento de Radiofrequência, utiliza-se de uma corrente elétrica 
alternada sinusoidal bifásica, de alta frequência e média intensidade, que irá se 
compor em um campo elétrico e um magnético, oscilando perpendicularmente 
um ao outro em direção à propagação de energia. 
 
 
 
28 
 
Fonte: HTM Eletrônica 
EFEITOS BIOLÓGICOS 
 
EFEITO TÉRMICO 
Segundo AGNES (2013), a Radiofrequência tem a finalidade de elevar a 
temperatura tecidual a níveis que possam favorecer respostas fisiológicas 
perfeitamente controláveis, desde que sua frequência esteja compreendida 
dentro de um range de 0,30 MHz a 5 MHz. 
A Radiofrequência age por conversão, ou seja, converte uma energia 
eletromagnética em efeito térmico, a medida em que a energia está sendo 
absorvida. 
As camadas da pele agem como resistores em série à passagem da 
corrente e dependendo da sua resistência, pode se aquecer em variados graus, 
parecido com uma lâmpada que se aquece quando a eletricidade passa através 
da mesma. 
O nível de penetração, bem como a absorção da energia eletromagnética 
gerada pela Radiofrequência nos tecidos, depende tanto do aspecto físico do 
equipamento, como de algumas propriedades teciduais. Esta dependência é 
determinada pela seguinte equação: 
 
 
 
29 
 
A partir da equação acima, pode ser entendido que a profundidade de 
penetração em milímetros é inversamente proporcional à raiz quadrada da 
frequência. Por isso, baixas frequências possuem uma taxa de penetração mais 
elevada. Desta forma, quanto maior for a frequência, menor o poder de 
penetração. 
A quantidade de calor gerado também dependerá de outras variáveis 
relacionadas às propriedades do tecido, tais quais, as características para a 
condução térmica, a sua capacidade para dissipação do calor e da taxa de 
absorção da radiação eletromagnética. 
Abaixo temos uma equação que se refere à Lei de Joule, que também é 
conhecida como efeito Joule. Resumidamente, diz respeito a uma lei física que 
expressa a relação entre o calor gerado e a corrente elétrica que percorre um 
condutor em determinado tempo. 
 
A energia de RF é conduzida eletricamente no tecido e o seu o 
aquecimento é produzido quando a resistência inerente do tecido, isto é, a 
impedância, converte a energia elétrica em térmica. 
 
DIFERENCIAÇÃO DE CALOR E TEMPERATURA 
Fisicamente, calor e temperatura são distintos e no meio celular, as 
respostas também são diferentes. Por exemplo, podemos dizer que o calor 
gerado por um agente térmico como por exemplo, a compressa quente, promove 
relaxamento tecidual, enquanto que a Radiofrequência incidente, ao contrário, 
reafirma esse tecido. 
 
 
 
30 
Um bom exemplo é expor uma das mamas a uma compressa ou mesmo 
frente a uma lâmpada de infravermelho. Em alguns minutos essa mama estará 
relaxada e assim ficará flácida e consequentemente mais baixa quando 
comparada a mama oposta, não submetida ao calor. Quando se submete a 
mama à Radiofrequência, essa se comportará de modo contrário ao calor, ou 
seja, a pele responderá com moderada retração promovendo seu levantamento. 
Assim, diferenciamos com facilidade calor e temperatura. 
 
COMPORTAMENTO DIELÉTRICO DOS TECIDOS 
A passagem da Radiofrequência pelo tecido pode produzir uma série de 
fenômenos que derivam do aumento de temperatura e subsequente 
aquecimento volumétrico. Estes são: 
- Rotação dos dipolos: as moléculas de água quando exposta à 
Radiofrequência, giram em torno do seu próprio eixo acompanhando a mesma 
frequência do campo eletromagnético aplicado. Causam uma colisão entre os 
tecidos adjacentes, produzindo calor. As moléculas de água aquecidas, 
estendem seu calor no tecido circundante, devido a sua condutividade térmica. 
- Oscilação das cargas livres ou íons: os íons encontrados em fluídos 
corporais, possuem cargas elétricas que são atraídas e repelidas ao se alternar 
a polaridade da corrente durante a sua emissão, gerando um importante atrito 
iônico que irá resultar em calor por conversão. 
 
Fonte: HTM Eletrônica 
 
EFEITOS FISIOLÓGICOS 
A energia penetra em nível celular, na epiderme, derme e hipoderme e 
alcança inclusive as células musculares. Sua atividade biológica, se manifesta 
através de duas modalidades: 
 
 
 
31 
- Efeito energético: após ser estimulado pela Radiofrequência, o tecido 
cutâneo tem suas reações químicas facilitadas, permitindo uma maior 
movimentação entre os íons através da membrana lipoprotéica e facilitando, 
portanto, a transformação de ADP em ATP. 
- Efeito térmico: como a movimentação dos íons e seus atritos e choques 
entre si, é gerada uma hipertermia local, que determina um aumento no fluxo 
sanguíneo, com aumento da demanda de oxigênio e nutriente, com também, 
aumento da saída dos catabólitos e subprodutos celulares. 
NEOCOLAGÊNESE E NEOELASTOGÊNESE 
O colágeno é uma família de proteínas estruturais, que promovem 
sustentação e resistência da pele e de outros tecidos. As fibras de colágeno são 
compostas de cadeias de proteínas, dispostas numa tripla hélice, ligando-se 
através de pontes de hidrogênio. 
A elasticidade e, portanto, a complacência dos tecidos é dada pelo 
sistema de fibras elásticas, que está constituído por arcabouço microfibrilar que 
contém elastina, as fibras maduras e as elaunínicas são mais espessas, 
responsáveis pela elasticidade, e as fibras oxitalânicas são mais finas, e contêm 
apenas microfibrilas, sendo responsáveis pela resistência. Dependendo da 
função do tecido, elasticidade ou resistência, varia a quantidade e o tipo de fibra 
elástica. 
O colágeno, quando aquecido pela Radiofrequência, perde as pontes de 
hidrogênio e a estrutura helicoidal se transforma em uma estrutura amorfa e 
enrolada ao acaso. Isso produz um encurtamento e engrossamento das fibras 
de colágeno, de modo que as cadeias de proteínas se dobram e assumem uma 
configuração mais estável. Tal contração do colágeno, pode ser traduzida na 
pele pelo efeito “skin tightening”. 
O encurtamento do colágeno, não é mediado por lesão. Os efeitos 
imediatos da contração do colágeno ocorrem por um fenômeno chamado de 
hôrmese, onde, o corpo produz uma resposta adaptativa ao surgimento de um 
agente estressor. 
O corpo responde a hipertermia, pela estimulação de uma proteína 
denominada de proteína de choque térmico (Heat Shock Proteins - HSP). A 
elevação da temperatura estimula a formação de HSP-47, proteína residente no 
 
 
 
32 
reticulo endoplasmático, cuja função é proteger o colágeno tipo I durante a sua 
síntese. Esse aquecimento gerado à nível de derme produz um estímulo da 
síntese na célula dessas proteínas HSP, causando a expressão de TGF-beta-1 
(fator transformador de crescimento beta-1), que é conhecido por ser um 
elemento-chave na resposta inflamatória e no processo fibrogênico, fazendo 
com que os fibroblastos reajam aumentando a produção de colágeno. 
Kadunc et al (2013), afirma que a hipertermia causada pela 
Radiofrequência, pode desnaturar o colágeno e gerar uma reação inflamatória 
como mecanismo de resposta. O processo inflamatório é intenso e passageiro, 
com presença de edema, aumento de vascularização e estímulo de fibroblastos, 
necessário para a neocolagenização e reorganização das fibras colágenas e 
subsequente remodelamento do tecido. 
Segundo Hantash et al (2009), através dos efeitos térmicos produzidos 
pela radiofrequência ocorre a contração das fibras elástica,levando a produção 
de neoelastogênese. 
 
QUANDO SE SUBMETE A PELE À EMISSÃO DA 
RADIOFREQUÊNCIA 
Quando se submete a pele à emissão da radiofrequência, essa responde 
com o estreitamento do colágeno promovendo efeito benéfico para a flacidez. 
Temperaturas teciduais entre 39º e 45º não causam nenhum dano significativo, 
gerando apenas a retração do colágeno. Os danos começam a ser irreversíveis 
a partir de 50º, gerando a desnaturação do colágeno, redução nas atividades 
enzimáticas e até mesmo queimaduras (AGNE, 2013). 
Equipamentos de radiofrequência permitem realizar contração de fibras 
colágenas sem cortá-las. O aproveitamento da energia de radiofrequência para 
fornecer elevação da temperatura tecidual para estruturas dérmicas resulta na 
retração não cirúrgica e encurtamento do tecido sem ruptura da integridade da 
epiderme respeitando os limites térmicos, através de uma microinflamação que 
gera colágeno. A radiofrequência também utiliza do aquecimento para redução 
de gordura, agindo em diversas partes do corpo incluindo, flacidez de papada, 
abdômen, coxas e braços, mas também, na redução de rugas, melhora da 
celulite e contorno corporal. (AGNE, 2013; VEJJABHINANTA et al., 2013). 
 
 
 
33 
TÉCNICA DE RADIOFREQUÊNCIA 
A técnica de radiofrequência produz vasodilatação induzida, promovendo 
o aumento da circulação sanguínea e linfática, com uma melhora dos aportes 
nutricionais e oxigenativos, estimulando as atividades de respiração endocelular 
e a expulsão de catabólitos tóxicos, entre eles os radicais livres, sendo esses os 
maiores responsáveis pelo envelhecimento cutâneo e deles depende o aspecto 
hipotônico da pele envelhecida. Tudo isso explica o poder de regeneração que 
se consegue com a radiofrequência. (AGNE, 2013). 
A Radiofrequência apresenta a necessidade do monitoramento constante 
da temperatura da pele e movimentos repetitivos durante a aplicação do 
aparelho sobre a pele. 
Aplicação da Radiofrequência sobre a pele. 
 
Fonte: http://saude.culturamix.com/estetica/radiofrequencia-estetica, acesso 22/01/13. 
 
BENEFÍCIOS DA RADIOFREQUÊNCIA 
Entre os benefícios que a radiofrequência traz, estão os efeitos 
fisiológicos, nos quais incluem a vasodilatação local, incremento da circulação 
sanguínea, maior aporte de nutrientes, maior atividade metabólica e enzimática, 
diminuição da viscosidade, alteração do tecido colagenoso e estimulação 
nervosa. 
Há a diminuição de rugas, melhora a aparência da pele, melhora a 
qualidade do colágeno e da elastina, reorganiza as fibras de colágeno e elastina, 
melhora a microcirculação, melhora a hidratação da pele, aumenta a 
oxigenação, acelera a eliminação de toxinas, reduz celulite, combate estrias e 
fibroses, melhora o aspecto das cicatrizes, combate a gordura localizada na 
barriga, culote, flancos, braços e papada, combate a flacidez em qualquer área 
do corpo e combate a celulite por melhorar a firmeza da pele. 
 
 
 
34 
Mas além de todos esses benefícios, também existem as 
contraindicações, nas quais se não forem seguidas, podem trazer riscos e 
malefícios para a saúde. 
CONTRAINDICAÇÕES DA RADIOFREQUÊNCIA 
As contraindicações da radiofrequência podem ser subclassificadas em 
absolutas, não se deve fazer o uso da radiofrequência em nenhuma parte do 
corpo da paciente, e relativas, que ficará a critério do profissional fazer o uso ou 
não. 
As contraindicações absolutas são: 
 Portadores de marca-passos cardíacos, 
 Câncer ou metástase, 
 Gravidez, 
 Diabéticos, 
 Infecções sistêmicas, 
 Imunossupressão, 
 Artrite, 
 Tuberculose ativa, 
 Aplicação nos testículos, 
 Epilepsia, 
 Pacientes que fazem uso de aparelho auditivo devem retirá-los 
para serem submetidos ao tratamento 
 Utilização de peeling químico agressivo e terapia com retinoides. 
 Febre; 
 Sobre tumores malignos; 
 Sobre dermatoses; 
 Sobre preenchimentos; 
 Doenças infecciosas agudas e inflamações agudas; 
 Sobre implantes metálicos; 
 Sobre região próxima a graves problemas circulatórios; 
 Patologias de base descompensadas; 
 Sobre regiões com alterações de sensibilidade. 
 
 
 
 
35 
Já as contraindicações relativas são: 
 Aplicação nas glândulas exócrinas e endócrinas, 
 Transtornos de sensibilidade, 
 Osteossíntese, 
 Menstruação, 
 Próteses de solução fisiológica, 
 Infecções locais, 
 Pacientes que façam ingestão de vasodilatadores e 
anticoagulantes, 
 Sobre o globo ocular, 
 Varizes, 
 Terapia com esteroides tópicos nos últimos meses e esteroides 
orais nos últimos doze meses, 
 Terapia com colágeno ou toxina botulínica nos últimos seis meses 
e 
 Ter realizado microdermoabrasão na área nos últimos três meses. 
 
Referentes ao operador 
o Gestantes não deverão operar ou permanecerem próximas ao 
equipamento; 
o Portadores de Marca-passo ou outros dispositivos elétricos implantados 
não deverão operar ou permanecerem próximos ao equipamento. 
 
PERIODICIDADE 
Não há um consenso na literatura sobre o intervalo entre as sessões, 
podendo variar de acordo com o objetivo terapêutico e avaliação do paciente. 
Há relatos da literatura indicando o intervalo de 07 a 21 dias entre as sessões. 
Normalmente, o tratamento é efetuado uma vez por semana durante pelo menos 
4 a 6 semanas sucessivas. 
Alguns tratamentos de manutenção são recomendados a cada 4 e 8 
semanas, de acordo com as necessidades individuais, para sustentar resultados 
de longa duração. O tratamento deve ser concluído quando o terapeuta e o 
paciente estão satisfeitos com os resultados. 
 
 
 
36 
PROCESSO DE APLICAÇÃO DA RADIOFREQUÊNCIA 
 
AVALIAÇÃO PRÉVIA 
Durante a avaliação, o profissional deverá realizar as seguintes ações: 
- Verificar métodos de tratamento prévios; 
- Determinar se o paciente está indicado para o tratamento – não tratar 
pacientes com qualquer uma das contraindicações mencionadas; 
- Verificar por que o paciente deseja o tratamento e quais são suas 
expectativas; 
- Informar ao paciente sobre a execução do tratamento, os resultados 
típicos do tratamento, expectativas realistas, e efeitos colaterais possíveis e 
incômodos; 
- Instruir o paciente a respeito das advertências de segurança. 
 
PREPARAÇÃO 
- Remover todo e qualquer objeto de metal que estiver em contato direto 
com a pele do paciente, além de qualquer dispositivo eletrônico; 
- Colocar o paciente em uma posição confortável para o tratamento; 
- Preparar a área de tratamento: 
 Higienizar e secar 
 Delimitar a área com lápis dermográfico, principalmente em regiões 
corporais 
 Lubrificar a área de tratamento usando gel glicerinado 
 
Imagem: Youtube 
 
 
 
37 
- Antes do início da aplicação de radiofrequência, deve-se aferir a 
temperatura da região a ser tratada com o termômetro infravermelho. 
Obs: o monitoramento da temperatura deve ser constante durante todo o 
tratamento para manter a temperatura nos valores desejados, devendo ser 
repetida ao final da aplicação. 
 
PROCEDIMENTO 
Para o procedimento é necessário que o profissional observe os seguintes 
critérios: 
- Prestar assistência a no máximo um cliente/paciente/usuário por vez, 
nunca se ausentando, em qualquer de sua etapa, do local onde o procedimento 
é realizado. 
- Informar ao cliente/paciente/usuário sobre a técnica e seu grau de risco, 
colhendo dele a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido; 
- Manter registro em prontuário de todas as etapas do tratamento. 
- Aplicar os princípios da biossegurança; 
- Aplicar a técnica em ambiente próprio que garanta o máximo de higiene 
e segurança estabelecidos em normas da ANVISA ou outras em vigor; 
 
TÉCNICA DE APLICAÇÃO 
- A técnica de aplicação baseia-se no movimento linear e constante do 
aplicador para que a distribuição da energia seja uniforme por todo tempo de 
tratamento. O aplicador nunca deve ficar estacionadono local, havendo risco de 
queimadura. 
- Os efeitos da radiofrequência serão determinados pelo acúmulo de 
energia tecidual a qual produzirá elevação da temperatura. 
- Controle a sensação térmica do paciente verbalmente e regularmente 
durante o tratamento e também através do termômetro. 
 
SENSAÇÕES DO PACIENTE 
Trata-se de um método indolor, onde a percepção do paciente refere-se 
a calor local intenso/suportável durante ou após o procedimento, que 
desaparece em pouco tempo. 
 
 
 
38 
Eritema local também pode aparecer após o procedimento, 
desaparecendo em até 24 horas. Alguns pacientes também referem sensação 
de estiramento no tecido, condição que também se resolve em algumas horas. 
 
SOBREDOSIFICAÇÃO 
A utilização, sem controle, de doses muito elevadas, bem como a 
exposição por tempo prolongado e a realização de inúmeras aplicações de RF 
em curto intervalo de tempo podem ocasionar a sobredosificação. 
PARÂMETROS 
 
FREQUÊNCIA 
Alguns modelos de equipamentos de radiofrequência apresentam a 
tecnologia multifrequencial para que o profissional tenha liberdade de escolher 
em que tecido alvo deseja concentrar a energia. Frequências como 0,6, 1,2 e 2,4 
MHz costumam ser as mais utilizadas. Em relação à profundidade de ação, sabe-
se que quanto maior a frequência, maior a atenuação nos tecidos, sendo assim, 
a frequência mais alta é considerada mais superficial. A frequência também está 
relacionada à velocidade de aquecimento. Novos estudos têm mostrado que o 
tempo para alcance da temperatura terapêutica é um fator relevante para os 
resultados em cada patologia a ser tratada. Portanto, em tratamentos nos quais 
é necessário o alcance rápido da temperatura para se obter o efeito terapêutico 
desejado, deve-se trabalhar com a frequência mais alta da radiofrequência, 
como por exemplo, no tratamento da flacidez tissular. 
E em casos onde o alcance da temperatura terapêutica deve ser lento, 
como no caso da celulite, deve-se utilizar frequências mais baixas. 
 
SELEÇÃO DE APLICADOR/PONTEIRAS 
Há uma grande diversidade de aplicadores que devem ser escolhidos 
conforme a área e o tratamento desejado. Na radiofrequência resistiva o eletrodo 
é um condutor metálico, formando assim uma resistência. Consegue-se o 
aumento da temperatura com facilidade e a propagação de corrente eléctrica 
está limitada pela área entre os eletrodos. A principal vantagem é o controle da 
distribuição de corrente de Radiofrequência no interior do tecido, que é limitada 
em volume entre os dois eletrodos. 
 
 
 
39 
 
Exemplos de aplicadores de radiofrequência. Fonte: Acervo do Conteudista 
 
POTÊNCIA/INTENSIDADE: 
O nível de energia a ser aplicado depende da indicação clínica e da área 
de tratamento; baseia-se também na constante avaliação do tecido e percepção 
do paciente em relação à temperatura local, devendo o terapeuta reajustar esse 
parâmetro sempre que necessário para atingir a temperatura desejada. Alguns 
fatores podem interferir, tais como: grau de hidratação da pele, temperatura 
ambiente, sensibilidade do paciente, frequência e ponteira escolhida. Quando 
atingir a temperatura terapêutica desejada, deve-se abaixar a potência para 
haver somente manutenção da temperatura, não o aumento da mesma. Os 
equipamentos costumam apresentar potência máxima de 100W. 
 
TEMPERATURA TERAPÊUTICA: 
A temperatura deve ser monitorada durante todo o tempo de tratamento 
com o termômetro infravermelho, para que se mantenha uma temperatura 
constante de acordo com o objetivo terapêutico. Exceder o limite crítico de calor 
(muito quente/intolerável) provoca a desnaturação completa das fibras de 
colágeno e inclusive, morte celular generalizada, conduzindo à cicatriz. 
Utilizamos de 37° a 38° C para o tratamento de celulite e fibroses; 40° a 42° C 
para patologias em que é necessária ativação do colágeno. 
 
TEMPO DE MANUTENÇÃO DA TEMPERATURA TERAPÊUTICA: 
Relacionado com a temperatura pretendida e a patologia tratada. 
Geralmente mantém-se a temperatura terapêutica em torno de 3 a 7 minutos. 
 
 
 
40 
PERIODICIDADE: 
Pode variar de acordo com o objetivo terapêutico e avaliação do paciente. 
Há relatos da literatura indicando o intervalo de 07 a 21 dias entre as sessões. 
Normalmente, o tratamento é efetuado uma vez por semana durante pelo menos 
4 a 6 semanas sucessivas nos tratamentos de gordura localizada, celulite, 
fibroses recentes e tardias, contraturas musculares e fibromialgia. No tratamento 
de flacidez de pele corporal e facial, estrias, cicatrizes e sequelas de acne, 
recomendamos a cada 15-21 dias. 
ATUAÇÕES DA RADIOFREQUÊNCIA NO COLÁGENO 
A dermatologia utiliza a radiofrequência de forma não ablativa, 
promovendo o aumento da elasticidade de tecidos ricos em colágeno, pois 
aumentos leves de temperatura, a partir de 5º a 6ºC da temperatura da pele, 
aumenta a extensibilidade e reduz a densidade do colágeno, melhorando 
patologias como o fibroedema geloide e fibroses pós-cirurgia plástica, entretanto, 
aumentos maiores de temperatura e manutenção em 40ºC durante todo o 
período de aplicação diminuem a extensibilidade e aumenta a densidade do 
colágeno, conseguindo assim melhorar a flacidez da pele, promovendo a 
diminuição da elasticidade em tecidos ricos em colágeno. Este efeito é 
denominado lifting pela Radiofrequência (CARVALHO et al.. 2011). 
Segundo Latronico et al. (2010), o efeito da Radiofrequência sobre o 
colágeno se dá pela contração imediata da fibra existente, que é uma reação 
imediata a aplicação, e também, se dá pela remodelação e renovação em médio 
prazo. É importante ressaltar que há uma necessidade de aplicações repetidas 
para efeitos duradouros, pois o efeito da Radiofrequência em promover a 
vasodilatação local melhora diretamente a circulação local, o que melhora a 
capacidade da célula de transferência, como um efeito complementar biológico 
que se propaga continuamente. 
De acordo com Manuskiatti et al. (2009), as fibras de colágeno contraem-
se originando processos inflamatórios que induzem a proliferação de fibroblastos 
e a reconstrução do colágeno. Este processo de reconstrução do colágeno é 
permanentemente induzido durante os tratamentos de Radiofrequência. 
 
 
 
41 
 
Figura: Fases do colágeno. Fonte: http://mymagicacai.blogspot.com.br/2012/12/o-
colageno.html 
 
RADIOFREQUÊNCIA NO REJUVENESCIMENTO 
FASCIAL 
O uso da radiofrequência tem obtido resultados satisfatórios através de 
estudos realizados. É de suma importância atentar – se aos parâmetros do 
aparelho, temperatura, tempo, quantidade de sessões e intervalos entre elas 
para se obter o resultado desejado. 
Agne (2013), cita que entre as duas ou três sessões primeiras sessões 
devem ser repetidas com um intervalo de sete a dez dias uma da outra, evitando 
realizar duas sessões na mesma semana. O efeito imediato obtido, geralmente 
será mais bem visualizado no dia seguinte ao tratamento. 
Nas primeiras sessões ocorrerá o efeito imediato, ou a simples retração 
do colágeno, fato que explica que não há necessidade de repetição do 
tratamento para esse objetivo. Este efeito é buscado por pacientes de pele 
jovem, pois ainda estão em fase produtiva de colágeno. Com isso, não são 
necessárias várias sessões, ao contrário, usam-se uma ou duas sessões, com 
intervalo de 7 a 10 dias com a temperatura de 40°C. A manopla deve ser 
escolhida de acordo com a presença ou não de edema e/ou tecido adiposo, pois 
a manopla monopolar é indicada para casos com maior quantidade de gordura 
e edema e a manopla bipolar é indicada quando há pobreza de gordura, pois 
seu aquecimento estará restrito ao tecido cutâneo com menor resposta lipolítica. 
 
 
 
42 
Já pacientes idosas, que tem a produção de colágeno praticamente insuficiente, 
o tratamento deve ser dividido em dois momentos, buscando o efeito imediato 
(retração do colágeno) e tardio (produção de colágeno). Nessas pacientesa 
repetição das aplicações será maior do que em pacientes jovens, que poderá 
variar de quatro a seis aplicações. As duas primeiras, com temperatura de 40° e 
intervalos de 7 a 10 dias. A partir da terceira aplicação, a temperatura já pode 
variar entre 38°C e 40°C com intervalos de 15 dias. 
Facchinetti et al (2017), em uma pesquisa realizada com oito indivíduos 
do sexo feminino com idade superior a 40 anos com rugas glabelares e frontais. 
Após higienização da pele foi aplicado um gel glicerinado na área de tratamento. 
Foi utilizado para o tratamento um aparelho de Radiofrequência do modelo 
EFFECT da empresa HTM, no modo bipolar com uma frequência de 2,4 MHz 
adequada para o tratamento da derme e epiderme, uma intensidade inicial 
(rampa de subida) de 40% até atingir uma média de 40ºC de temperatura, para 
assim, reduzir a intensidade para 30% e manter a temperatura de 40ºC durante 
5 minutos por área, respeitando a sensibilidade da paciente. Após as sessões o 
gel foi removido e foi orientado o uso de protetor solar diariamente. Foram 
realizadas 10 sessões, uma vez por semana. A Tabela 01 mostra as áreas das 
rugas de todos os pacientes antes do tratamento com RF e as áreas depois de 
concluída todas as sessões. Os resultados do tratamento foram mensurados 
através da redução da área em mm². Após as dez sessões de Radiofrequência, 
aplicadas a uma amostragem de oito pacientes, verificou-se uma redução média 
das áreas afetadas de 52,25 (±41,38) mm² correspondente à 36% de melhora. 
Os pacientes 06 (seis) e 07 (sete) apresentaram os melhores resultados, o 
primeiro com uma redução de 42% e o segundo com 59% de redução. 
 
Tabela 01: Área das rugas antes e após o tratamento 
 
Fonte: (FACCHINETTI et al, 2017). 
 
 
 
43 
 
Com o estudo foi possível concluir que dez sessões com a 
radiofrequência, proporcionou uma melhora na coloração da pele, minimização 
na flacidez cutânea, textura, melhora significativa das rugas frontais e glabelares 
observados através das médias das voluntárias após o tratamento, como 
também uma diminuição das linhas de expressão e melhora no aspecto geral 
em todas as participantes, constatando assim que a radiofrequência apresentou 
- se eficaz para redução das rugas. (FACCHINETTI et al, 2017). 
 
Figura 01: Resultados fotográficos antes e depois do tratamento 
 
Fonte: (FACCHINETTI et al, 2017). 
 
Um outro estudo de caso para o tratamento do rejuvenescimento cutâneo 
com a radiofrequência, foi realizada cinco sessões, com intervalo de 30 dias para 
a recuperação e regeneração tecidual com o tempo total de vinte minutos em 
toda a face, o aparelho foi ajustado em 1MHz, temperatura externa foi mantida 
em 39º C. O estudo mostrou que houve diminuição da flacidez tissular, 
viscosidade da pele e lifting facial. (PONTE et al 2015) 
 
 
 
44 
Silva et al (2012) também avaliaram o uso da radiofrequência no 
rejuvenescimento facial com cinco voluntárias, com idade entre 35 e 55 anos. 
Foram realizadas durante cinco semanas, sessões semanalmente com duração 
de 30 minutos, com temperatura de 37ºC a 40ºC com o aparelho Spectra. O 
rosto das voluntárias foi higienizado no início de cada sessão, dividido em seis 
zonas e finalizado com uso de protetor solar. A comparação entre os grupos A 
(experimental) e grupo B (controle), observou-se melhora significativa no estado 
de flacidez cutânea, rugas e linhas de expressão no rosto das voluntárias. 
Nienkoetter et al (2012), concluiu que a radiofrequência proporciona 
redução da flacidez facial, rugas, linha de expressão e melhora na coloração e 
aspecto da pele. O estudo feito com a radiofrequência da marca CECBRA em 
dez mulheres com idade entre 35 e 45 anos. As sessões de atendimento 
começaram com assepsia de toda a face com sabonete líquido de limpeza 
profunda, gel esfoliante facial e emulsão de limpeza facial, todos da marca 
Extratos da Terra. Foram realizadas dez sessões de radiofrequência, sendo uma 
sessão por semana durante 40 minutos em cada participante. 
Para Agne (2009), Ronzio et al (2010), para flacidez cutânea a 
temperatura utilizada deve ser em torno de 40ºC, pois com isso desenvolve - se 
todos os processos fisiológicos da retração dos septos fibrosos e estimula a 
neocolanogênese, diminuindo a ptose e aumentando a espessura da pele. Já 
para rugas, a temperatura tecidual deve ser em torno de 36ºC a 38ºC, para 
promover o relaxamento da musculatura e auxiliar na densidade das fibras de 
colágeno. 
Marchi et al (2016) realizaram um estudo oito voluntários do sexo 
feminino, sendo quatro tabagistas e quatro não tabagistas com idade entre 47 e 
53 anos para verificar os efeitos da radiofrequência na melhora do aspecto facial 
geral da pele. No protocolo de tratamento foi utilizada a radiofrequência realizado 
duas vezes por semana, com duração de 25 minutos e amplitude de 80% até 
completar dez sessões, sendo executado da seguinte forma: higienização da 
pele com sabonete, esfoliação, tonificação e aplicação da radiofrequência com 
auxílio de gel de contato Galy Tec finalizando o procedimento com a utilização 
de protetor solar. Com o resultado houve redução da extensão de rugas do canto 
externo dos olhos, redução da flacidez do canto da boca, além da minimização 
da profundidade das rugas, clareamento cutâneo e melhora como um todo do 
 
 
 
45 
aspecto, tanto do grupo tabagista e do não- tabagista. Porém eles ressaltam que 
o estudo não deve ser conclusivo, sugerindo que novas pesquisas, com maior 
número de sessões, com mais espaçamento entre a realização das sessões e 
maiores investigações referentes ao tabagismo relacionado ao envelhecimento 
cutâneo e a ação da radiofrequência. 
 
Figura 2: Avaliação da extensão das rugas, de uma voluntária não 
tabagista, em região orbicular do olho direito no início (figura A) e após as 10 
sessões utilizando a radiofrequência (figura B). 
 
Fonte: Marchi et al (2016). 
 
 
Figura 3: Demonstração da melhora obtida em flacidez no canto externo 
da boca ao trago em face esquerda (figura A) e após 10 sessões de 
radiofrequência (figura B). 
 
Fonte: Marchi et al (2016). 
 
Vicente (2017), tratou cinco voluntárias do sexo feminino, com idade 
superior a 40 anos, com sinais de envelhecimento que apresentavam flacidez e 
rugas faciais. Com os resultados, concluiu-se que a radiofrequência é eficaz para 
flacidez facial e atenuação dos sinais do envelhecimento. 
 
 
 
46 
As voluntárias foram tratadas com equipamento de radiofrequência 
Tonederm Spectra® G2, com sessões semanais, totalizando dez sessões. 
Também fizeram o uso de vitamina C (ácido ascórbico) um grama por via oral 
para uso home care associado ao tratamento estético para auxiliar na síntese do 
colágeno. 
O procedimento de radiofrequência facial foi realizado com manopla 
facial, com uma temperatura de 37ºC – 40ºC, com permanência de cinco minutos 
por quadrante facial com movimentos de deslizamento com potência de 8,5 W, 
até completar toda a face (trinta minutos) focando nas regiões mais acometidas 
com sinais de envelhecimento. 
Na voluntaria 1 (figura 4), observou-se melhora na flacidez facial 
principalmente na região da papada, local de maior insatisfação da paciente. 
Também observou-se melhora nas rugas e contorno facial, sendo este, o local 
que foi enfatizada a aplicação, o qual a voluntária mais se queixava. Há uma 
melhora geral nas rugas e contorno da face. 
 
Figura 4: Voluntaria 1, antes e depois do tratamento. 
 
Fonte: Vicente (2017) 
 
 
 
 
47 
Na voluntária 2 (figura 5), houve uma melhora nas rugas na região do 
bigode chinês, área dos olhos e testa. Também percebe - se um 
preenchimento geral por toda a face. 
 
Figura 5: Voluntaria 2, antes e depois do tratamento. 
 
Fonte: Vicente (2017) 
 
 
Na voluntária 3 (figura 6), foi analisado uma melhora no clareamento 
da pele, a diminuição das linhas de expressão e enrijecimento facial.Figura 6: Voluntaria 3, antes e depois do tratamento. 
 
Fonte: Vicente (2017) 
 
 
 
48 
Na voluntaria 4 (figura 7), notou –se melhora no preenchimento da 
face e diminuição da papada e rugas da testa. 
 
Figura 7: Voluntaria 4, antes e depois do tratamento. 
 
Fonte: Vicente (2017) 
 
Na voluntária 5 (figura 8), foi observado uma melhora nas linhas de 
expressão, aspecto e firmeza da pele. 
Figura 8: Voluntaria 5, antes e depois do tratamento. 
 
 
Fonte: Vicente (2017) 
 
 
 
49 
Possamai (2012), em uma amostra composta por um grupo de cinco 
voluntárias, do sexo feminino, com faixa etária entre 50 e 60 anos a fim de 
diminuir do ângulo cérvico facial (papada). 
O aparelho de radiofrequência utilizado foi o New Shape® da empresa 
Bioset, sendo realizadas oito sessões com intervalos de no mínimo dez a quinze 
dias, com duração de quinze minutos por sessão. Foi medido utilizando um 
plicômetro manual da marca Pró Fisiomed® e fita métrica para demarcação dos 
pontos de referência à 3cm abaixo do ângulo do mento com as pinças do 
plicômetro posicionadas a 2cm para cada lado do angulo cérvico facial. Utilizou-
se o AUTOCAD, programa de investigação de imagens usado pela informática, 
a fim de analisar o traço cérvico facial das amostras 
Por meio deste estudo foi possível observar melhora tanto no aspecto 
quanto na diminuição do ângulo cérvico facial. Também notou-se aumento da 
tonificação da musculatura e diminuição da flacidez. 
 
 
Figura 9: Análise fotográfica antes e após a intervenção. 
 
Fonte: Possamai (2012) 
 
 
Enfim, depois dos estudos citados fica a conclusão de que 
radiofrequência sendo utilizada na temperatura correta de acordo com o objetivo 
a ser alcançado, apresenta resultados satisfatórios no rejuvenescimento 
cutâneo. 
 
 
 
 
50 
EFEITOS FISIOLÓGICOS DA RADIOFREQUÊNCIA NO 
COMBATE À FLACIDEZ TISSULAR 
A flacidez refere-se à diminuição do tônus muscular estando o músculo 
pouco consistente. Esta situação pode apresentar-se de duas formas distintas: 
a flacidez muscular e a de pele (tissular). É muito comum que os dois tipos 
apareçam associados, dando aspecto ainda pior às partes do corpo afetadas 
pelo problema. Os músculos ficam flácidos, principalmente por causa da falta de 
exercícios físicos. Se eles não são solicitados as fibras musculares ficam 
hipoatrofiadas e flácidos (MENDONÇA E RODRIGUES, 2010). 
 
De acordo com Lopes e Brongholi (2004), a flacidez é uma patologia 
comumente encontrada em mulheres, sendo considerada uma grande inimiga 
feminina, que compromete a beleza de pernas, braços, seios e abdômen. 
Já Milani et al. (2006), entendem que a flacidez é decorrente de atrofia de 
tecido, ficando este com aspecto de frouxo, afetando em separado pele e 
músculos. Pode ser consequência do envelhecimento fisiológico, onde há perda 
gradativa de massa muscular esquelética, substituída por tecido adiposo, e 
atrofia do tecido adiposo subcutâneo, dentre outras alterações. 
 
OS EFEITOS FISIOLÓGICOS DA RADIOFREQUÊNCIA NO 
COMBATE À FLACIDEZ SÃO DESCRITOS ABAIXO: 
 
I. Vasodilatação e aumento da circulação sanguínea: além da 
elevação da temperatura que produz vasodilatação local, há também estímulo 
do aporte de nutrientes e oxigênio, acelerando a eliminação dos catabólitos. O 
incremento da circulação aparece a partir dos 40°C e alcança o limite máximo 
aos 45°C. A partir de então, inicia-se uma reação de defesa do organismo, 
manifestando vasoconstrição e consequente diminuição da circulação; 
 
 
 
51 
II. Atividade metabólica e enzimática: com o aumento da 
temperatura toda atividade celular aumenta, incluindo a motilidade celular, 
síntese e liberação de mediadores químicos, por exemplo. A taxa metabólica é 
afetada com o aquecimento tecidual. Esse aumento é de cerca de 13% para 
cada 1°C de elevação; 
III. Viscosidade: o aumento da temperatura causa diminuição da 
viscosidade dos líquidos, como sangue, linfa e também dos líquidos dentro e 
através dos espaços intersticiais; Alteração no tecido colagenoso: com 
temperaturas em uma faixa terapeuticamente aplicável tem-se mostrado 
alteração na extensibilidade do tecido colagenoso. Isso ocorre somente se o 
tecido for simultaneamente alongado e requer temperaturas próximas do limite 
terapêutico; 
IV. Estimulação nervosa: os nervos aferentes estimulados pelo calor 
podem causar um efeito analgésico, agindo sobre os mecanismos de controle 
da comporta do mesmo modo que os mecanorreceptores. 
V. Quando a RF penetra nos tecidos e promove uma intensa 
agitação molecular, principalmente das moléculas de água o que gera aumento 
da temperatura tecidual local, ou seja, há um aquecimento seletivo do tecido. 
Por isso que, quanto mais rico em água e eletrólitos for o tecido, mais rápido 
sente-se o calor e maior será a temperatura atingida. Com resultado, as fibras, 
de colágeno contraem, consequentemente aumenta à síntese de novo colágeno, 
que é progressivo a aplicação repetitiva da Radiofrequência. 
 
NÚMERO DE SESSÕES 
As literaturas pesquisadas demonstraram que o uso da Radiofrequência 
para o tratamento da flacidez gera alterações nas fibras de colágeno sendo 
visível através da melhora da tonicidade da pele reduzindo rugas e flacidez. 
Diferentes estudos mostraram que são necessários no mínimo oito 
sessões uma vez na semana para obter um resultado satisfatório. Durante e 
após o tratamento com a Radiofrequência são necessárias rotinas de práticas 
esportivas e uma dieta saudável. 
Carvalho et al. (2011) que fez uma análise em ratos sugere-se uma 
frequência de tratamento de no mínimo sete dias e que a permanência de efeitos 
da radiofrequência no tecido colágeno é de até 15 dias, entretanto temperaturas 
 
 
 
52 
moderadas de 37º a 39º melhora a condição dos tecidos, sugestivo a 
neoformação colágena e surgimento de alta quantidade de vasos subepiteliais. 
Agne et al.. (2009) citam em seu trabalho que o procedimento usando 
Radiofrequência gera alterações nas fibras de colágeno, o que irá refletir 
positivamente na qualidade da pele, essas alterações são visíveis na pele 
através da redução de rugas e flacidez o que não foi verificado em quatro 
repetições de Radiofrequência. 
Em seu estudo Manuskiatti et al. (2009), observaram 37 sujeitos que 
concluíram o protocolo de tratamento com a RF, imediatamente após o 
tratamento, a pele tratada tornou-se quente ao toque e foram observados 
eritemas. Comparou o antes e o depois da sessão, não foram observados 
redução significativas do diâmetro. Observou-se então a severidade inicial de 
flacidez da pele e do grau de celulite, afetou os níveis de melhora. Quando a 
superfície da pele não se apresentava muito irregular, o corpo reagia melhor ao 
tratamento. O resultado do tratamento se prolonga até 4 semanas após o 
tratamento ser interrompido. 
Latronico et al.(2010), descrevem em seu estudo que a Radiofrequência 
apresenta a necessidade do monitoramento constante da temperatura e 
movimentos repetitivos e de desgaste físico do profissional. Porem permite 
melhor traçado da silhueta corporal. 
Portanto, nos artigos pesquisados a Radiofrequência tem seus benefícios 
comprovados para o combate a flacidez, melhorando a tonicidade da pele em 
poucas sessões não alterando a rotina do indivíduo submetido à técnica. Tratar 
a flacidez é possível e os resultados são satisfatórios. 
 
Resultado do antes e depois do uso da Radiofrequência. 
Fonte:http://www.befter.net/user/vidjinski/beft/tratamento-estetico-com-radiofrequencia 
 
 
 
53 
 
Mostra a melhora da tonicidade da pele. Fonte http://clinicawulkan.com.br/radiofrequencia-para-
flacidez-pel/ 
 
A flacidez é um problema frequente em vários indivíduos e a fisioterapia 
dermato funcional tem se mostrado em evidencia no mercado, trazendo 
tecnologias inovadoras, com resultados positivos proporcionando a melhora na 
autoestima de quem se submete a técnica.Com o tempo, a produção de colágeno e elastina vai sendo reduzidas, 
levando a desestruturação das fibras elásticas e colágenas, resultando em uma 
pele sem firmeza e elasticidade. 
A Radiofrequência com a temperatura elevada (40ºC), durante a 
aplicação aumenta a densidade do colágeno, conseguindo assim melhorar a 
flacidez da pele. Sua principal indicação se dá para tratamentos da pele flacidez 
e remodelador corporal, têm-se demonstrado sua eficácia na redução da pele 
tipo casca de laranja. 
Com este artigo, foi possível constatar que a Radiofrequência tem seu 
efeito comprovado no combate a flacidez e é uma técnica segura e bem tolerável, 
tanto para o profissional quanto ao cliente que se submete a técnica. 
Atualmente no mercado da estética é possível encontrar vários 
fabricantes da Radiofrequência com tecnologias diferenciadas, aplicadores 
monopolar, bipolar e tripolar é necessário que o profissional se certifique de que 
o aparelho tenha uma potência adequada e a calibragem correta para um melhor 
resultado. 
 
 
 
54 
Portanto, é sempre importante uma boa anamnese seguindo sempre o 
critério de indicação e contra indicação, dosimetria, intervalos entre cada sessão, 
indicação do fabricante de como utilizar a Radiofrequência e monitoramento da 
temperatura. 
Assim, se faz necessária a utilização de recursos estéticos com 
comprovação cientifica e seguros para melhorar a qualidade da pele e do tecido, 
na tentativa de minimizar a aparência destas disfunções corporais. 
A fisioterapia dermato funcional dispõe de vários recursos mecânicos e 
manuais que podem ser associados ao uso da Radiofrequência, como também 
escolher um cosmético com o princípio ativo indicado a diversos tipos de 
tratamentos. 
A prevenção também é um fator positivo para manter uma pele bonita e 
saudável, evitando o fumo, sedentarismo, obesidade e o emagrecimento 
excessivo em curto espaço de tempo que levam aos diversos graus de flacidez 
da pele. 
Porém, após o tratamento o indivíduo precisa manter uma dieta saudável 
e praticar alguma atividade física para um resultado prolongado. 
A realização de mais pesquisas é indispensável para contribuir com o 
crescimento do conhecimento acerca do uso da Radiofrequência no combate a 
flacidez e o seu efeito em longo prazo, o que virá auxiliar os profissionais no uso 
desta técnica e consequentemente atingindo resultados satisfatórios. 
 
APLICACÃO NA FLACIDEZ TISSULAR (FACIAL E 
CORPORAL) E RUGAS 
 
 Área de aplicação 
- Face e pescoço: dividir a região a ser trabalhada em quadrantes: região 
frontal, face lado direito, face lado esquerdo e pescoço. 
** Quando tratar da área dos olhos, não aplique em nenhuma superfície 
que não seja embaixo e acima dos olhos na área do osso da sobrancelha, nunca 
sobre a pele da cavidade do olho. Certifique-se de sempre esticar a pálpebra e 
de posicionar o aplicador cuidadosamente sobre os ossos. 
- Corporal: dividir a região a ser trabalhada em quadrantes conforme 
necessidade 
 
 
 
55 
 Frequência a ser utilizada 
- Frequências mais altas para rápido alcance de temperatura 
 
 Temperatura a ser alcançada 
- Flacidez tissular: 40º/ 41ºC 
 
 Tempo de manutenção da temperatura 
- Em torno de 5 minutos/área 
 
 Potência (Intensidade) a ser ajustada 
- Alguns fatores podem interferir, tais como: grau de hidratação da pele, 
temperatura ambiente, sensibilidade do paciente; frequência e ponteira 
escolhida. 
- Quando atingir a temperatura terapêutica desejada, deve-se abaixar a 
intensidade para haver somente manutenção da temperatura, não o aumento da 
mesma. 
 
Imagem: Internet 
RADIOFREQUÊNCIA PARA TRATAR A CELULITE 
A celulite é um distúrbio metabólico localizado do tecido subcutâneo que 
provoca uma alteração no contorno corporal feminino, repercutindo em 
alterações no aspecto exterior da pele, como aspereza e irregularidade. 
A celulite é "um termo popular para referir um depósito de gordura e 
tecido fibroso causando irregularidades na pele que está por cima", seu nome 
científico é Lipodistrofia Ginoide. Este termo também se refere à infecção 
 
 
 
56 
bacteriana do subcutâneo, caracterizada por uma área eritematosa de bordos 
mal definidos, dolorosa, levemente inchada. 
As mulheres brancas estão mais suscetíveis à celulite do que as negras 
e que embora não tenha nada comprovado, há uma relação clara com o tipo de 
alimentação de cada indivíduo, pois uma alimentação equilibrada e prática de 
atividades físicas regulares, a influência é muito grande no resultado dos 
tratamentos. 
 
De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), as celulites afetam cerca 
de 95% das mulheres após a puberdade — Foto: iStock 
 
São várias as causas da celulite. Geralmente o que causa a celulite é uma 
alteração com características hereditárias ou predisposição genética associada 
ao próprio hormônio feminino somado a um problema de alteração circulatória 
local relacionado a uma diminuição da drenagem linfática natural. A soma destes 
fatores resulta no aparecimento da celulite. 
A Lipodistrofia Ginóide se desenvolve na parte mais superficial das três 
camadas de gordura existentes, abaixo da epiderme e derme, conhecida como 
hipoderme ou camada subcutânea de gordura. 
Existem quatro principais hipóteses da origem da celulite, sendo a 
primeira delas a arquitetura sexualmente dismórfica da pele, com base em 
diferenças relacionadas ao gênero. 
De acordo com essa teoria, o aspecto de depressões da celulite é 
causado por herniação de gordura. A gordura penetra a partir do tecido 
subcutâneo, através da superfície inferior de uma derme enfraquecida na 
interface dermo epidérmica, sendo uma característica da anatomia feminina. As 
depressões permanentes da celulite são resultado de um contínuo e progressivo 
 
 
 
57 
estiramento de orientação vertical dessas fibras de colágeno na hipoderme, o 
que enfraquece o tecido conjuntivo e permite a herniação de gordura, dando 
origem à teoria de alteração dos septos do tecido conjuntivo. 
 
Fonte: HTM Eletrônica 
 
Posteriormente, foi aventada a hipótese de que a origem da celulite 
poderia estar relacionada a mudanças vasculares. Acredita-se que o processo 
seja originado a partir do dano na vasculatura dérmica, em resposta à alteração 
dos esfíncteres das arteríolas pré-capilares nas áreas afetadas, associado ao 
depósito de glucosaminoglicanos (GAGs) nas paredes dos capilares dérmicos e 
dentro da substância fundamental entre as redes de colágeno e elastina. Essas 
alterações levariam ao aumento da permeabilidade capilovenular e à retenção 
excessiva de líquidos no interior da derme, entre os adipócitos e entre os septos 
lobulares. Isso ocorreria pela propriedade hidrofílica dos GAGs, aumentando a 
pressão intersticial. O edema produzido gera mudanças celulares e acaba numa 
compressão vascular e ectasia de vasos, além de diminuição do retorno venoso 
com hipóxia do tecido, levando a espessamento dos septos fibrosos no tecido 
adiposo superficial e derme profunda, causando o aspecto acolchoado da 
celulite. Finalmente, alguns autores citam os fatores inflamatórios como 
principais agentes fisiopatogênicos da celulite e o aparecimento difuso de células 
 
 
 
58 
inflamatórias crônicas no septo fibroso de pacientes com celulite. Essa 
inflamação leva à adipólise e atrofia dérmica. 
Os septos fibrosos devido à ação térmica da RF, sofrem desnaturação, e 
por sua vez, dão início a uma cascata de eventos inflamatórios, incluindo 
proliferação de fibroblastos e aparente aumento da regulação de expressão 
colágeno (neocolagênese e remodelamento). 
As oscilações das cargas livres ou íons geradas pela RF, exercem efeitos 
de bioestimulação tecidual como incremento da vasculatura local por 
vasodilatação venosa, arterial e linfática. Além do efeito da bioestimulação, 
teremos um aumento local e reflexo da circulação arteriale uma importante ação 
de drenagem venosa e linfática. 
Em achados científicos, a radiofrequência induziu a uma cascata 
inflamatória necessária para a lise adipocitária e estímulo à neocolagênese, 
traduzindo-se em resultados na melhora da aparência da superfície da pele com 
amenização do aspecto visual da celulite. 
 
APLICAÇÃO NA CELULITE 
 
 Área de aplicação 
- Dividir a região a ser trabalhada em quadrantes conforme necessidade 
 Frequência a ser utilizada 
- Frequências mais baixas para alcance lento de temperatura 
 Temperatura a ser alcançada 
- Celulite: 38ºC (temperaturas elevadas no início, podem piorar o estado 
fibrótico e a estase) 
 
 Tempo de manutenção da temperatura 
- FEG: manter por pelo menos 3 minutos. 
 
 Potência (Intensidade) a ser ajustada 
- Alguns fatores podem interferir, tais como: grau de hidratação da pele, 
temperatura ambiente, sensibilidade do paciente; frequência e ponteira 
escolhida. 
- Quando atingir a temperatura terapêutica desejada, deve-se abaixar a 
potência para haver somente manutenção da temperatura, não o aumento da 
mesma. 
 
 
 
59 
RADIOFREQUÊNCIA NO TRATAMENTO DA 
ADIPOSIDADE LOCALIZADA (GORDURA LOCALIZADA) 
A adiposidade localizada é uma condição caracterizada pelo aumento da 
espessura e da consistência do tecido adiposo subcutâneo em determinadas 
regiões do corpo. Ela ocorre por mudanças na distribuição do tecido adiposo 
e/ou anormalidades metabólicas. 
A etiologia é multifatorial, tais quais, hereditariedade, etnia, constituição 
física, uso de vestimentas femininas inadequadas e localização de receptores 
adrenérgicos. 
 
Fonte: HTM Eletrônica 
 
A adiposidade localizada deve ser entendida como um aumento regional 
do tecido subcutâneo encontrada apenas em indivíduos que possuem o Índice 
de Massa Corporal (IMC) dentro de valores considerados normais, isto é, 
indivíduos eutróficos. 
Segundo a lei de Van Hoff, o incremento de temperatura de 4ºC é 
suficiente para produzir o aumento do metabolismo na ordem de 20 a 300% 
comparado ao metabolismo normal. 
A energia da Radiofrequência provoca um aumento térmico localizado e 
profundo. A atividade metabólica é iniciada e o processo lipólise no tecido 
adiposo é acelerado. 
 
 
 
60 
A condutividade da energia Radiofrequência pelos adipócitos é muito 
menor do que por exemplo, a condutividade dos vasos sanguíneos, devido ao 
baixo teor de água, que aumenta a sua impedância. Assim, nos adipócitos a RF 
se converte em calor ao invés de conduzir a eletricidade aos arredores. Esta 
situação levaria a mudanças na estabilidade da membrana fosfolipídica, que são 
normalmente seguidas por lise. 
Simultaneamente, o processo de apoptose diminui o número de 
adipócitos. Ao mesmo tempo o volume dos adipócitos diminui e a camada 
subcutânea é reduzida. A utilização da Radiofrequência em tecidos com 
adiposidade acumulada pode induzir a ruptura dos adipócitos por aumento de 
sua temperatura. A causa mais provável é a desnaturação das estruturas 
protéicas da membrana celular. 
Trelles e Lugt (2009), em achados histológicos observados em biópsias 
feitas após um único tratamento Radiofrequência, os adipócitos mostraram 
alterações na forma, tamanho e teor de lipídios, bem como na morfologia 
citoplasmática e nuclear. Após o tratamento de Radiofrequência, os adipócitos 
ficam mais poliédricos, irregulares, com membranas degeneradas, menor ou 
nenhum conteúdo lipídico e alterações apoptóticas. 
Levenber (2010), apesar de relatar resultados satisfatórios para a redução 
da gordura localizada, não encontrou diferenças significativas em nenhuma das 
análises realizadas sobre sobrecarga da função hepática ou alguma indesejável 
alteração de marcadores lipídicos, afirmando desta forma, se tratar de uma 
técnica segura. 
APLICAÇÃO NA ADIPOSIDADE LOCALIZADA 
 Área de aplicação 
- Dividir a região a ser trabalhada em quadrantes conforme necessidade 
 Frequência a ser utilizada 
- Frequências mais baixas para alcance lento de temperatura 
 Temperatura a ser alcançada 
- Adiposidade localizada: 40ºC 
 Tempo de manutenção da temperatura 
- Adiposidade localizada: de 3 a 5 minutos/área 
 
 
 
 
61 
 Potência (Intensidade) a ser ajustada 
- Alguns fatores podem interferir, tais como: grau de hidratação da pele, 
temperatura ambiente, sensibilidade do paciente; frequência e ponteira 
escolhida. 
- Quando atingir a temperatura terapêutica desejada, deve-se abaixar a 
potência para haver somente manutenção da temperatura, não o aumento da 
mesma. 
 
RADIOFREQUÊNCIA NO TRATAMENTO DAS ESTRIAS 
Outra possibilidade de uso da Radiofrequência é na tentativa de correção 
das estrias atróficas. Se considerarmos os fatores desencadeantes das estrias 
como os efeitos gerados pela Radiofrequência, fica clara sua indicação. O 
tratamento é simples e os resultados podem ser observados no transcorrer das 
sessões. 
APLICAÇÃO NAS ESTRIAS 
 Área de aplicação 
- Dividir a região a ser trabalhada em quadrantes conforme necessidade. 
 Frequência a ser utilizada 
- Frequências mais altas para alcance rápido de temperatura 
 Temperatura a ser alcançada 
- Estrias: 40ºC 
 Tempo de manutenção da temperatura 
- Estrias: mantida por 5 minutos/área 
 
 
 
62 
 Potência (Intensidade) a ser ajustada 
- Alguns fatores podem interferir, tais como: grau de hidratação da pele, 
temperatura ambiente, sensibilidade do paciente; frequência e ponteira 
escolhida. 
- Quando atingir a temperatura terapêutica desejada, deve-se abaixar a 
potência para haver somente manutenção da temperatura, não o aumento da 
mesma. 
RADIOFREQUÊNCIA NO TRATAMENTO DAS 
CICATRIZES E ADERÊNCIAS/ FIBROSES RECENTES E 
TARDIAS/ SEQUELA DE ACNE 
No período de pós trauma da cirurgia plástica, é possível encontrar o 
processo de fibrose e há diferentes possibilidades de tratamento desde a sua 
prevenção. A Radiofrequência é um recurso que vem sendo utilizado em 
procedimentos de pós-operatório das cirurgias plásticas. 
A Radiofrequência pode ser aplicada precocemente em fibroses, desde 
que a sensibilidade térmica do paciente seja mensurável e que o edema não seja 
acentuado. A temperatura atingida, medida pelo termômetro, não deve 
ultrapassar 37ºC para qualquer tipo de fibrose. Durante o aquecimento da 
Radiofrequência, o formato de tríplice hélice do colágeno é destruído, uma vez 
que suas ligações intermoleculares são sensíveis a temperatura, ocorrendo a 
separação de suas pontes de hidrogênio e surgindo um aspecto de colágeno 
mais flexível, fácil de ser reabsorvido por fagocitose. 
Seja em fibroses, cicatrizes, aderências ou sequelas de acne, possui 
como objetivos: reparação, com restabelecimento total ou parcial da função dos 
tecidos alterados. 
 
 
 
 
63 
APLICAÇÃO NAS CICATRIZES E ADERÊNCIAS/ 
FIBROSES RECENTES E TARDIAS/ SEQUELA DE ACNE 
 
 Área de aplicação 
- Dividir a região a ser trabalhada em quadrantes conforme necessidade 
** Quando tratar da área dos olhos, não aplique em nenhuma superfície 
que não seja embaixo e acima dos olhos na área do osso da sobrancelha, nunca 
sobre a pele da cavidade do olho. Certifique-se de sempre de esticar a pálpebra 
e de posicionar o aplicador cuidadosamente sobre os ossos. 
 
 Frequência a ser utilizada 
- Frequências mais baixas para alcance lento de temperatura 
 
 Temperatura s ser alcançada 
- Cicatrizes e aderências/ fibroses recentes e tardias/ sequela de acne: 
38ºC 
 Tempo de manutenção da temperatura 
- Cicatrizes e aderências/ fibroses recentes e tardias/ sequela de acne: 
em torno de 3 min/área. 
 
 Intensidade (Potência) a ser ajustada 
- Alguns fatores podem interferir, tais como: grau de hidratação da pele, 
temperatura ambiente, sensibilidade do paciente; frequência e ponteira 
escolhida. 
- Quando atingir a temperatura terapêutica desejada, deve-se abaixar a 
potência para haversomente manutenção da temperatura, não o aumento da 
mesma. 
* Observações 
- O tratamento de fibroses decorrentes de procedimentos cirúrgicos 
poderá ser precoce com a radiofrequência, entretanto o uso só é feito quando a 
sensibilidade térmica do paciente estiver perfeitamente mensurável. 
Geralmente, a fibrose dita recente pode ser palpável com poucas semanas da 
cirurgia e pode ser tratada com RF, levando-se em consideração também o 
estágio inflamatório. 
 
 
 
64 
RADIOFREQUÊNCIA NO TRATAMENTO DAS 
CONTRATURAS MUSCULARES/ FIBROMIALGIA 
O tratamento com radiofrequência busca liberar pontos álgicos, aumentar 
nutrição tecidual e relaxamento, causado pelo incremento de temperatura. 
** CUIDADOS: Para cada indicação, se faz necessário obedecer aos 
parâmetros que permitem elevar a temperatura tecidual nos limites seguros, 
evitando respostas excessivas, as quais podem agravar o quadro, ou seja, 
somente utilizar o recurso quando o aumento da temperatura tecidual é permitido 
e quando se faz necessário. Todos os tipos de pele podem ser tratados. 
 
APLICAÇÃO NAS CONTRATURAS MUSCULARES/ 
FIBROMIALGIA 
 Área de aplicação 
- Dividir a região a ser trabalhada em quadrantes conforme necessidade 
 Frequência a ser utilizada 
- Frequências mais baixas para alcance lento de temperatura 
 Temperatura a ser alcançada 
- Contraturas musculares/fibromialgia: 38 a 40ºC 
 Tempo de manutenção da temperatura 
- Contraturas musculares/fibromialgia: mantida por 5 min/área. 
 Potência (Intensidade) a ser ajustada 
- Alguns fatores podem interferir, tais como: grau de hidratação da pele, 
temperatura ambiente, sensibilidade do paciente; frequência e ponteira 
escolhida. 
- Quando atingir a temperatura terapêutica desejada, deve-se abaixar a 
potência para haver somente manutenção da temperatura, não o aumento da 
mesma. 
Observações 
- O aplicador deve ser aplicado nos pontos fazendo pequena 
movimentação e moderada pressão, até atingir a temperatura desejada. Quando 
o paciente estiver em crise, a pressão inicial deverá ser menos intensa, sendo 
gradativamente aumentada, mesmo que seja manifestada dor à pressão, o que 
 
 
 
65 
fatalmente ocorrerá. É interessante ficar atento que em breve momento a dor 
cederá e assim a pressão do aplicador sobre o local deverá ser aumentada. 
RADIOFREQUÊNCIA NA GORDURA LOCALIZADA 
ABDOMINAL 
 
GORDURA LOCALIZADA ABDOMINAL 
O tecido adiposo é um órgão com várias funções: isolamento térmico, 
barreira física ao trauma, armazenamento energético e secreção de proteínas e 
peptídeos bioativos com ação local e à distância. 
 
O tecido adiposo é uma forma de tecido conjuntivo, formado por células 
chamadas adipócitos. “Elas podem ser encontradas de forma isolada ou em 
pequenos grupos, nas malhas de muitos tecidos conjuntivos, ou ainda 
agrupadas em grandes áreas do corpo, como no tecido subcutâneo” O 
desenvolvimento irregular do tecido conjuntivo adiposo subcutâneo é 
popularmente conhecido como gordura localizada, podendo ser de origem 
genética ou produzida por alterações posturais ou circulatórias. Em pessoas de 
peso normal pode concentrar-se em aproximadamente de 15-20% do peso 
corporal em homens e em mulheres de 20-25%. 
De acordo com (FERREIRA, 2006) o tecido adiposo tem como função 
principal o armazenamento de energia em forma de triglicerídeos, suas células, 
os adipócitos, apresentam seu desenvolvimento a partir de células semelhantes 
aos fibroblastos, multiplicam-se durante a infância e adolescência, 
permanecendo um número constante durante a vida adulta. Sendo que no adulto 
pode variar a quantidade de lipídio depositado em seu interior. 
 
 
 
66 
De acordo com (GUIRRO, 2004), a má formação das células adiposas na 
infância é o principal motivo para a formação da adiposidade, mais entre esses 
fatores, destaca-se entre os principais predisponentes: genética, idade, sexo e 
desequilíbrio hormonal. Entre os fatores determinantes, os quais podem agravar 
os predisponentes, pode citar o estresse, o fumo, sedentarismo, maus hábitos 
alimentares e disfunções no organismo geral. 
A gordura localizada apresenta-se como um desenvolvimento irregular do 
tecido conjuntivo subcutâneo. Neste caso, os adipócitos apresentam-se 
aumentados em regiões específicas com irregularidade do tecido e aparência 
ondulada. O processo de desenvolvimento de gordura corporal ocorre em razão 
do aumento no número de células adiposas, a hiperplasia celular; do aumento 
no volume de células já existentes, a hipertrofia celular; bem como da 
combinação destes dois fenômenos (GUIRRO & GUIRRO, 2002). 
Segundo (BORGES, 2006; GUIRRO e GUIRRO, 2002) o corpo humano 
possui capacidade limitada para armazenar carboidratos e proteínas, e a gordura 
contida no interior dos adipócitos representa o armazenamento de calorias 
nutricionais que excedem a utilização. Dessa forma, o tecido adiposo representa 
um reservatório de energia, principalmente em períodos de jejum prolongado, 
proteção contra frio ou quando o organismo está sujeito à atividade intensa. 
Sendo assim, a gordura localizada possui suas funções até certa 
quantidade no corpo depois passa a ser prejudicial e incômoda quando 
questionada no ponto de vista estético. (BORGES, 2006; GARCIA et. al., 2006) 
Conclui que: O excesso de tecido adiposo pode desencadear sérios 
problemas de saúde, pois reduz a expectativa de vida pelo aumento do risco de 
desenvolvimento de doenças cardíacas coronarianas, hipertensão, diabetes, 
osteoartrite e certos tipos de câncer. Este excesso de gordura pode existir 
mesmo em pessoas que não possuem um peso elevado. 
 
Imagem: Istock 
 
 
 
67 
EFEITOS DA RADIOFREQUÊNCIA NA GORDURA LOCALIZADA 
NO ABDÔMEN 
Para (HASSUN K.M et. al., 2008) a radiofrequência é um tratamento não 
invasivo, que leva ao melhor aporte circulatório e de nutrientes, hidratação 
tecidual, aumento da oxigenação, aceleração da eliminação de catabólitos, 
lipólise, contração do tecido conectivo promovendo a reorientação de fibras de 
colágeno e incremento na contagem destas fibras, aumento da espessura e na 
densidade do tecido epitelial bem como a regeneração de tecidos moles, sendo 
indicada para pacientes com flacidez cutânea leve a moderada, para a melhora 
do contorno facial e corporal, atenuação de sulcos e rítides, retração moderada 
da área sub mentoniana e pescoço e tratamento da lipodistrofia ginóide, como 
todo equipamento de termo terapia profunda, causa uma excitação celular 
grande, levando a um gasto calórico acentuado, ao tempo que estaremos 
promovendo uma melhora expressiva da gordura localizada ou celulite na parte 
circulatória promovendo uma vasodilatação importante, porém quando há uma 
fibrose muito acentuada, recomenda-se inicialmente um pré-aquecimento rápido 
com a radiofrequência. 
(BORGES, 2010) Ainda cita: “Para isso a radiofrequência, que é um 
aparelho que promove calor profundo, gera aquecimento no interior dos tecidos 
sendo responsável pela lipólise dos adipócitos, que possivelmente implicam em 
redução de medidas e reorganização das fibras de colágeno. Após o 
aquecimento observa-se a hiperemia da pele como consequência da 
vasodilatação e aumento do fluxo de sangue, que como efeito aumenta a 
circulação periférica e assim melhora a oxigenação do tecido por meio da 
corrente sanguínea”. 
(BORGES, 2010), Conclui que no combate a gordura localizada, o 
tratamento por radiofrequência permite o aumento da microcirculação 
sanguínea, a atividade enzimática, metabólica e térmica, ativando a “queima” da 
gordura, além de aumentar o consumo de energia em nível celular (ATP). As 
ondas de calor profundo produzidas pela radiofrequência possuem a capacidade 
de gerar energia e forte calor sobre a camada mais profunda da pele, enquanto 
a superfície se mantém resfriada e protegida, o que causa a contração do 
 
 
 
68 
colágeno, além de ativar a produçãode neocolágeno que desenvolve uma 
melhora ainda maior no aspecto da pele. 
Após o aquecimento observa-se a hiperemia da pele como consequência 
da vasodilatação e aumento do fluxo de sangue, que como efeito aumenta a 
circulação periférica e assim melhora a oxigenação do tecido por meio da 
corrente sanguínea. 
Na década passada questionou-se a via metabólica da gordura 
hidrolisada. Hoje essa via já está bem estudada. 
Para (ENJOJI, M. et. al., 2012) o adipócito é composto basicamente de 
colesterol e triglicérides na proporção de 20% de colesterol e 80% de 
triglicérides. Os triglicérides são compostos de ácidos graxos e glicerol. 
Após a cavitação, parte do conteúdo do adipócito entra em contato com 
as enzimas do liquido intersticial, sendo metabolizada. O ácido graxo que surge 
após a lipólise se liga a albumina, ganha a circulação sanguínea e caminha até 
o fígado, onde é eliminado pela bile. Já o glicerol, que é hidrossolúvel, se dissolve 
no plasma sendo posteriormente eliminado pelo fígado. O colesterol presente no 
organismo pode ter destinos diferentes. 
Para ser transportado no sangue e esterificado a uma molécula de ácidos 
graxos para aumentar sua hidrofobicidade e depois envoltos por uma 
lipoproteína. Explicando assim como é feita a eliminação do conteúdo da célula 
adiposa após o tratamento. 
 
 
Imagem: clinicaattento.com.br 
 
 
 
69 
APLICAÇÃO DA RADIOFREQUÊNCIA NA GORDURA 
LOCALIZADA ABDOMINAL 
Para (AGNE, 2009) e (MEYER, P. F. RONZIO, 2010) O efeito Joule é 
o principal efeito térmico da radiofrequência ao atravessar o organismo 
efetuando a produção de calor. Do efeito térmico ocorre outro efeito que é a 
vasodilatação periférica local. Devido ao calor gerado, consegue-se um aumento 
do fluxo sanguíneo e, portanto, se produz uma melhora do trofismo, da 
oxigenação e do metabolismo celular. O aquecimento gerado por este 
equipamento promove a quebra dos tecidos adiposo e fibroso, além de melhorar 
a circulação sanguínea no local, que por sua vez, ajuda na drenagem de fluidos 
e toxinas. Outro benefício do aumento da temperatura é promove a restauração 
de colágeno, atenuando rugas (linhas de expressão) e flacidez tissular 
(BORELLI, 2008). 
A energia gerada pela radiofrequência penetra em nível celular na 
epiderme, derme e hipoderme e alcança inclusive as células musculares. 
Quando passa pelos tecidos, a corrente gera uma ligeira fricção ou resistência 
dos tecidos, produzindo uma elevação térmica da temperatura tissular. No 
momento em que o organismo detecta uma maior temperatura que o fisiológico, 
aumenta a vasodilatação com abertura dos capilares, o que melhora o trofismo 
tissular, a reabsorção dos líquidos intercelulares excessivos e o aumento da 
circulação. Com isso, há um ganho nutricional de oxigênio, nutrientes e 
oligoelementos para o tecido, e também ocorre uma melhora no sistema de 
drenagem dos resíduos celulares (toxinas e radicais livres). Esses efeitos 
proporcionam a possibilidade de fortalecer a qualidade dos adipócitos, 
provocando lipólise homeostática e produção de fibras elásticas de melhor 
qualidade, atuando nos fibroblastos e em outras células. Logo, o tratamento por 
radiofrequência permite a elevação da temperatura interna do tecido promove 
aumento da circulação sanguínea em direção ao tecido conectivo, estimula a 
drenagem linfática, diminuindo a concentração de toxinas no adipócito, 
reduzindo assim seu tamanho, melhorando inclusive a gordura localizada, sendo 
um forte aliado em pós-operatório por agir diretamente nas fibroses. 
De acordo com as recomendações e funcionalidade do manual, os 
efeitos do aparelho vendido pela empresa IBRAMED com registro da ANVISA 
 
 
 
70 
Hooke cita: A radiofrequência e sua atuação na pele, na celulite e na gordura 
localizada a médio e longo prazo são: Inicialmente promove a contração imediata 
do colágeno; logo em seguida, ocorre a ativação de uma cascata de sinalização 
envolvendo mediadores do processo inflamatório e de reparação/regeneração 
tecidual, em resposta à leve lesão térmica promovida. Esse efeito promove a 
reestruturação da pele e do tecido subcutâneo, proporcionando uma aparência 
mais lisa e firme da mesma, através da deposição e remodelação do colágeno 
(neocolagênese) e da elastina (neoelastogenese), tendendo a perdurar e a 
incrementar o resultado ao longo dos meses. 
Durante o procedimento o início é simples e indolor, um óleo de 
vegetal é aplicado para que a ponteira do aparelho deslize com facilidade ao 
longo da pele, aquecendo-a e massageando-a. O tratamento não é doloroso, 
dando apenas uma sensação de queimação da pele, e é interrompido quando a 
mesma chega a 40 graus, evitando, assim, a ocorrência de queimaduras. Para 
(GUIRRO & GUIRRO, 2004), a radiofrequência consiste em ondas 
eletromagnéticas que provocam oscilação das moléculas de água, 
transformando energia eletromagnética em energia térmica e é o calor atuando 
na camada mais profunda da pele que causa a contração do colágeno. No caso 
de celulite e gordura localizada, o calor gerado pela radiofrequência aumenta a 
circulação e drenagem de fluidos, quebra o tecido adiposo e a fibrose. 
 
INDICAÇÕES, CONTRA INDICAÇÕES E RISCOS. 
Existem algumas contra indicações para o uso da radiofrequência que 
são: alterações na sensibilidade do paciente, utilização de metais no corpo, 
implantes elétricos, gestantes, pacientes em tratamentos com medicamentos 
para a circulação sanguínea, utilização sobre glândulas hormonais, hemofílicos, 
focos de infecções e indivíduos com febre. Qualquer aparelho eletrônico ou 
metais devem ser retirados próximo do aparelho de radiofrequência durante a 
aplicação da técnica (CARVALHO et al. 2011). 
É contra indicado o uso da radiofrequência em indivíduos com transtorno 
de sensibilidade, com o uso de metais intraorgânicos, osteossínteses, implantes 
elétricos, marca-passo, sobre glândulas que provoquem aumento de hormônio, 
grávidas, em focos infecciosos, pacientes que estejam ingerindo vasodilatadores 
ou anticoagulante, hemofílicos e em indivíduos com processos febris. 
 
 
 
71 
É recomendado não aplicar simultaneamente com outros aparelhos de 
eletroterapia e também retirar correntes, aparelhos eletrônicos e elementos 
metálicos de perto do aparelho. 
Na aplicação dos transdutores, temos que tomar algumas precauções 
iniciais como verificar a integridade da pele no local a ser tratado (se houverem 
lesões não devemos aplicar), com o aplicador sempre em movimento em uma 
das mãos e na outra o termômetro digital para aferir qual o aumento de calor na 
região aplicada. 
Em média, na medição da temperatura superficial, atingimos 36 a 38 
graus Celsius,2,4 o que corresponderá internamente na região tratada, uma 
temperatura 3 a 4 graus Celsius acima da temperatura superficial. (BORGES, 
2010) e (ALVAREZ, 2008). 
Porém, jamais devemos nos esquecer que o parâmetro absoluto é a 
tolerância do paciente e toda e qualquer referência dolorosa deverá ser seguida 
por diminuição da intensidade aplicada ou até a cessação da aplicação. 
 
RESULTADOS 
O principal benefício pode ser concluído que além de melhorar o contorno 
corporal irregular causado pela gordura localizada, ele beneficia melhorando o 
colágeno no local, evitando a flacidez da pele com a redução de medidas, 
tornando o tratamento completo e moderno na área estética. (GOMÉZ, 2007), a 
energia penetra em nível celular em epiderme, derme e hipoderme e alcança 
inclusive as células musculares. 
Quando passa pelos tecidos, a corrente gera uma ligeira fricção ou 
resistência dos tecidos com passagem da radiofrequência, produzindo uma 
elevação térmica da temperatura tissular. 
 No momento que o organismo detecta uma maior temperatura que 
o fisiológico, aumenta a vasodilatação com abertura dos capilares, o que 
melhora o trofismo tissular, a reabsorção dos líquidos intercelulares 
excessivos e o aumentoda circulação. 
Com isso, ocorre um ganho nutricional de oxigênio, nutrientes e 
oligoelementos para o tecido, influenciado pela radiofrequência, com uma 
melhora no sistema de drenagem dos resíduos celulares (toxinas e radicais 
livres). 
 
 
 
72 
Estes efeitos proporcionam a possibilidade de fortalecer a qualidade dos 
adipócitos, provocando lipólise homeostática e produção de fibras elásticas de 
melhor qualidade, atuando nos fibroblastos e em outras células. 
 
PROTOCOLO 
O protocolo realizado por (COSTA et. al. 2009) mostra que a utilização da 
radiofrequência foi aplicada em humanos por 12 sessões, três vezes por 
semana, visando à redução da adiposidade abdominal. O tempo utilizado foi de 
três minutos por área e a quantidade de áreas de acordo com a superfície 
abdominal a ser tratada, determinado de acordo com estudo de (LOW e REED, 
2001), correspondendo a duas áreas do eletrodo ativo, tempo necessário para 
chegar a valores com aumento de 5º a 6ºC (que teve como média inicial 33,7ºC 
e média final 40,5ºC avaliadas com termômetro de superfície), totalizando uma 
média de 20 minutos. 
O procedimento é muito seguro. 
 A ocorrência de pequenos danos à pele é raríssima. O tratamento foi 
estudado cuidadosamente em centenas de pacientes nos EUA e Canadá 
gerando relatórios que mostram mínimos efeitos adversos. A radiofrequência é 
utilizada no tratamento de diferentes alterações estéticas que dependem da 
reestruturação do colágeno, como no rejuvenescimento cutâneo e no 
remodelamento corporal, pois, além de atuar nas rugas e flacidez facial, também 
atua na fibroedema gelóide, além de obter o efeito reafirmante no corpo 
(CARVALHO et al. 2011). Levando a conclusão do tratamento completo e 
inovador no mercado estético. 
 (CARVALHO et al. 2011). Ainda conclui que: O tempo da realização de 
análise de dados referente à radiofrequência não se deve limitar apenas à dados 
colhidos imediatamente após o tratamento, isso se deve ao fato de que o 
colágeno continua o processo de reestruturação até mesmo 6 meses após o 
estimulo térmico na temperatura adequada. 
Também conclui que: A produção de 
neocolágeno irá ocorrer durante semanas 
após a aplicação da radiofrequência, 
gerando uma melhora no aspecto e 
qualidade da pele. 
 
 
 
73 
EFEITOS BIOLÓGICOS 
Os efeitos biológicos da radiofrequência constituem no aumento da 
circulação arterial, vasodilatação, melhorando assim a oxigenação e a acidez 
dos tecidos aumento da drenagem venosa, aumentando a reabsorção de 
catabólitos e diminuindo edemas nas áreas com processos inflamatórios 
aumento da permeabilidade da membrana celular, permitindo uma melhor 
transferência de metabólitos através desta estimulação do sistema imunológico 
e diminuição dos radicais livres (CARVALHO, 2011). 
A associação de terapias foi um fator em comum entre os estudos de 
revisão bibliográfica utilizados neste trabalho, foi citado nos estudos de 
(MONTESI et al., 2007) a associação da radiofrequência e da massagem 
mecânica no mesmo aparelho. Essa técnica de radiofrequência com massagem 
mecânica consiste em aumentar a circulação tecidual para que o efeito da 
radiofrequência tenha uma melhor penetração no tecido sendo utilizada de forma 
isolada ou associada a outro recurso como massagem modeladora, aparelhos 
como cellutec e vacuoterapia. 
Os resultados encontrados mostram que a técnica é segura, efetiva e bem 
tolerada na questão de dor, tratando-se de procedimentos corporais não 
invasivos. O retorno às atividades normais do dia a dia é momentâneo e a técnica 
não invasiva atrai ainda mais a procura pelo tratamento. 
Essa técnica também seria bem empregada para pacientes não 
recomendados para o tratamento cirúrgico. Sempre bom reiterar que uma boa 
anamnese com histórico de doenças prévias acompanhada de exame físico 
detalhado e análise do nível de expectativa dos pacientes e fundamentais para 
o sucesso e também para evitar os transtornos resultantes da insatisfação dos 
pacientes. 
Complicações do 
aquecimento podem ocorrer, 
mas são raras. Não há 
cuidado especial que seja 
necessário após o tratamento 
é recomendado apenas o uso 
de protetor solar. 
 
 
 
 
74 
RESULTADOS COMPROVADOS POR PESQUISAS CIENTÍFICAS 
 
O estudo de Cepeda e Erzinger (2015) ocorreu com 17 mulheres em 10 
sessões, 2 vezes por semana, em tratamento com Radiofrequência na região 
abdominal por 5 minutos a cada 10 cm². Evidenciaram diferença significativa na 
diminuição da média de perimetria de cintura de 76,47 para 75,66; abdominal 
(na linha umbilical) de 86,69 para 85,16 e barriga (2 cm abaixo da linha umbilical) 
de 92,59 para 91,33; e adipometria nas dobras cutâneas de supra ilíaca de 21,01 
para 19,36, e abdominal de 27,12 para 24,46. A ação da Radiofrequência na 
gordura abdominal resultou em uma redução da adiposidade localizada por meio 
das medidas em perimetrais e adipometria. 
Kaplan e Gat (2009) pesquisou uma amostra de doze participantes que 
receberam tratamentos semanais em diferentes locais corporais usando a 
tecnologia de Radiofrequência Tripolar. As áreas de tratamento foram 
fotografadas e a satisfação das participantes foi observada. 
Uma análise de histopatologia controlada foi realizada em amostras de 
pele a partir do procedimento de abdominoplastia de um paciente com gordura 
abdominal que consentiu uma série de tratamentos com a Radiofrequência antes 
de realizar a cirurgia. O exame histopatológico revelou diferenças marcantes de 
pele entre as áreas abdominais tratadas e não tratadas. 
Constatou-se retração focal de células de gordura após o tratamento com 
a Radiofrequência, o encolhimento das células de gordura pode ser devido ao 
metabolismo acelerado da gordura natural pela liberação de ácidos graxos livres 
das células de gordura. 
Manuskiatti et al. (2009) realizaram um estudo em 39 mulheres, onde 
aplicaram a Radiofrequência Tripolar na região abdominal, com o objetivo de 
redução de circunferência. 
Foram realizadas oito sessões semanais, e avaliadas as medidas de 
circunferência abdominal após o término das sessões, e após quatro semanas 
das intervenções. Comparando os valores iniciais e os valores registados quatro 
semanas após o fim do tratamento, foi observada uma redução significativa do 
diâmetro do abdômen de 3.50 ± 4.61cm (P = 0.002). 
 
 
 
 
75 
Imagem 1. Fotos Participante 1 (P1). 
 
Imagem: (SILVA; COSTA; CARON, 2017) 
 
Imagem 2. Fotos Participante 2 (P2). 
 
Imagem: (SILVA; COSTA; CARON, 2017) 
 
 
 
Imagem 3. Fotos Participante 3 (P3). 
 
Imagem: (SILVA; COSTA; CARON, 2017) 
 
 
 
76 
Imagem 4. Fotos Participante 4 (P4). 
 
Imagem: (SILVA; COSTA; CARON, 2017) 
 
Imagem 5. Fotos Participante 5 (P5). 
 
Imagem: (SILVA; COSTA; CARON, 2017) 
 
Sugawara et al. (2017) descrevem intervenções na área facial em 14 
mulheres para redução de gordura e flacidez da face inferior usando RF 
monopolar de 1 MHz. A temperatura máxima alcançada foi entre 43,5 ~ 46ºC. O 
tempo de aplicação por área foi definido em 4 minutos. Realizaram o tratamento 
semanalmente durante 5 semanas consecutivas e compararam os efeitos antes, 
durante e após 2 meses. Durante o estudo, mais de 90% dos pacientes 
apresentaram alteração volumétrica em redução de gordura na área tratada. Em 
60% dos casos, definiram-se como ‘satisfeitos’ ou ‘muito satisfeitos’ com os 
efeitos. A eficácia foi mantida durante 2 meses após os tratamentos, e três 
pacientes apresentaram maior efeito de redução de gordura nos 2 meses após 
o tratamento. 
 
 
 
77 
Foi concluído que a Radiofrequência monopolar de 1MHz foi efetiva, 
especialmente para a redução da gordura, com conforto e segurança. 
No questionário de satisfação as participantes teriam que responder de 
acordo com a percepção, em uma escala de 1 a 5, sendo: 1 muito ruim; 2 ruim; 
3 razoável; 4 bom; 5 excelente. O gráfico 5 demonstra que 60% das participantesrelataram ‘boa satisfação’ quanto aos efeitos da Radiofrequência na adiposidade 
localizada no abdômen, 20% referiram como ‘excelente’ e 20% como ‘razoável’. 
 
Gráfico 5 – Satisfação com os efeitos da Radiofrequência na adiposidade 
localizada no abdômen, percebida pelas participantes (P). 
 
Imagem: (SILVA; COSTA; CARON, 2017) 
 
 
 Kennedy et al. (2015) relataram taxas de 71% e 97% na satisfação dos 
participantes. Por meio de revisão bibliográfica evidenciou que a 
Radiofrequência está entre as quatro técnicas não invasivas notórias para a 
redução do tecido adiposo subcutâneo localizado, sendo um método seguro e 
acessível de redução de gordura localizada e melhora da aparência da pele, sem 
efeitos adversos graves. 
Agne (2017 II), refere que há uma série de recursos que podem ser 
utilizados antes e após a Radiofrequência, com o objetivo de reduzir camadas 
de gordura. O profissional esteticista deve estar ciente dos resultados, para 
assim associar à outras abordagens, como dieta alimentar e atividade física. 
Os possíveis efeitos adversos com dispositivos de Radiofrequência, 
geralmente incluem desconforto relacionado ao tratamento (principalmente com 
modalidades monopolar) e eritema transitório. O edema pós-tratamento, 
púrpura, hiperpigmentação pós-inflamatória, pápulas eritematosas subcutâneas, 
bolhas e queimaduras superficiais são relativamente raras, mas ainda assim 
possíveis. Nesta pesquisa as participantes não apresentaram quaisquer destas 
reações adversas. 
 
 
 
78 
Neste estudo foi possível demostrar que a aplicação da Radiofrequência 
na adiposidade localizada no abdômen resultou na redução de medidas de 
perimetria avaliadas, assim como modelagem do contorno abdominal. Desta 
forma, afirma-se que os efeitos terapêuticos produzidos pela Radiofrequência 
foram positivos na redução da adiposidade abdominal, bem como as 
participantes relataram ‘boa satisfação’ com o tratamento da Radiofrequência. 
RADIOFREQUÊNCIA PARA O TRATAMENTO DAS 
RUGAS 
 
 
Rugas 
Um dos principais sinais do envelhecimento são as 
rugas, ocasionadas pela flacidez da pele. Este sinal é 
consequência do processo fisiológico de declínio das 
funções do tecido conjuntivo associada a uma retenção da 
água, que por sua vez, diminui a adesão, migração, 
desenvolvimento e diferenciação celular (SADICK, 2002). 
Além disso, as camadas de gordura sob a pele não se conservam 
uniformes e com a diminuição da troca gasosa e da oxigenação dos tecidos 
associadas à degeneração das fibras elásticas e a desidratação da pele, 
aparecem às rugas (PIAZZA; MIRANDA, 2007). 
São caracterizadas pela perda gradual das proteínas das fibras de 
colágeno e elastina que levam a uma pele flácida, desidratada e ao surgimento 
de sulcos causados pela contração da pele que não tem elasticidade para voltar 
ao estado liso ocasionando a redução das fibras tendo como consequência o 
processo de envelhecimento humano (GUIRRO, 2002). 
As rugas são classificadas como profundas e superficiais. As rugas 
profundas não sofrem alterações quando a pele é distendida, são decorrentes 
da exposição ao sol. Já as rugas superficiais são decorrentes do envelhecimento 
cronológico, ocasionadas pela diminuição ou perda de fibras elásticas da pele, 
estas por sua vez, se alteram quando a pele é distendida. As rugas são 
consequências da contração repetida dos músculos, que são responsáveis pelas 
expressões faciais (FABBROCINI; GABRIELLA et al. 2009). 
 
 
 
79 
As rugas recebem ainda, outra classificação: rugas estáticas, dinâmicas 
e gravitacionais. A ruga facial estática é consequência da fadiga das estruturas 
que constituem a pele, em decorrência da repetição dos movimentos e aparecem 
mesmo na ausência deles. A ruga facial dinâmica é decorrente da consequência 
de movimentos repetitivos da mímica facial e aparecem com o movimento. Já as 
rugas gravitacionais são decorrentes da flacidez da pele culminando com a ptose 
(queda) das estruturas da face (BORGES, 2006). 
As rugas estão nas diferentes regiões: na região frontal, na glabela, 
externa aos olhos, contorno dos lábios e raiz do nariz. Na região frontal resultam 
na contração do músculo frontal, são horizontais, perpendiculares e as primeiras 
a surgir. Na glabela, região nasogeniana: surgem devido à ação dos músculos 
elevadores do lábio superior e dos zigomáticos. Externa dos olhos (famoso pé 
de galinha) surge pela contração do músculo orbicular das pálpebras. Contorno 
dos lábios são causadas pelas contrações da orbicular dos lábios. Raiz do nariz, 
horizontais e verticais desenvolvem-se, respectivamente, sob a ação do músculo 
superciliar (MAIA; RAUL, 2008). 
 
 
Área das rugas na face. Fonte: (MARYANO, CAROLINA 2018). 
 
 
 
80 
BENEFÍCIOS DA RADIOFREQUÊNCIA NAS RUGAS 
 
A radiofrequência é um tratamento estético que emite ondas 
eletromagnéticas por meio de um aparelho não invasivo e simples, sem a 
necessidade de recuperação da pele após o procedimento, é indolor e traz 
sensação de massagem facial. Gera energia e calor sobre a camada mais 
profunda da pele, porém durante a aplicação o paciente sente apenas uma 
sensação de uma massagem com temperatura agradável e indolor (DE 
CARVALHO; GORETTI, 2011). 
Com uso da radiofrequência acontece a reabsorção dos líquidos 
intercelulares excessivos estimulando ganho nutricional de oxigênio, nutrientes 
e oligoelementos, melhora no sistema de drenagem dos resíduos celulares e 
toxinas, (radicais livres), ocorre uma vascularização na derme, vasodilatação e 
hiperemia melhorando a qualidade dos adipócitos provocando lipólise 
homeostática, produção de fibras elásticas de melhor qualidade, atuando nos 
fibroblastos e em demais células que estimulam a neocolagênogenese, 
promovendo a turgência cutânea (PEREZ, 2014). 
O colágeno é uma proteína fibrosa encontrada em todo reino animal, sua 
principal função é contribuir com a integridade estrutural da matriz extracelular, 
fixar células na matriz, pelo volume dérmico da pele e confere a resistência da 
pele, correspondendo a cerca de 80% de seu peso seco (FRANZEN; 
JAQUELINE, 2013). 
A elastina é a proteína que se responsabiliza pela elasticidade e 
suavidade da pele. É a principal proteína estrutural das fibras elásticas, tendões 
e ligamentos. É hidrofóbica, ou seja, é insolúvel em água graças a extensivas 
ligações cruzadas entre resíduos de lisina. Impede a passagem do sangue e 
elementos do sangue através da parede da aorta (GIGLIOTI; APARECIDA DE 
FATIMA, 2005). 
Vasodilatação e aumento da circulação sanguínea: a elevação da 
temperatura que produz vasodilatação local gera estímulo do aporte de 
nutrientes e oxigênio, acelerando a eliminação dos catabólitos. (GONZAGA; DA 
CUNHA; MARISA, 2015). 
 
 
 
81 
Atividade metabólica e enzimática: com o aumento da temperatura toda 
atividade celular aumenta, incluindo a motilidade celular, síntese e liberação de 
mediadores químicos (PARREIRA; RODRIGUES, 2004). 
Viscosidade: o aumento da temperatura causa diminuição da viscosidade 
dos líquidos, como sangue, linfa e também dos líquidos dentro e através dos 
espaços intersticiais (SILVA; TATIANE, 2012). 
Estimulação nervosa: os nervos aferentes estimulados pelo calor podem 
causar um efeito analgésico agindo sobre os mecanismos de controle da 
comporta do mesmo modo que os mecanorreceptores (receptor sensorial que 
responde a pressão ou outro estímulo mecânico) (DE OLIVEIRA; GUIRRO, 
2002). 
Os benefícios da radiofrequência aperfeiçoam o aspecto e a textura geral 
da pele e este procedimento tem sido utilizado como recurso de tratamento das 
rugas na face. Trata-se de uma técnica não invasiva, rápida e segura. 
Observou-se através da análise dos resultados encontrados nos estudos 
recuperados, que a aplicação da técnica de radiofrequência é benéfica no 
tratamento das disfunções estéticas decorrentes do processo de envelhecimento 
facial, pois a radiofrequênciaage na camada mais profunda da pele gerando 
aquecimento, desencadeando uma sequência de reações fisiológicas 
importantes, que promovem a contração das fibras de colágeno e elastina 
estimulando a formação de novas células. 
O procedimento mostrou benefícios quando aplicado nas rugas, os 
autores mostram que a radiofrequência obteve satisfação parcial nas rugas 
faciais. Para obter o resultado esperado e manter a boa aparência da pele são 
necessários cuidados diários com a pele desde higienização, fotoproteção até a 
alimentação. Estes cuidados auxiliam para a redução do envelhecimento 
extrínseco, já que o envelhecimento intrínseco é a reação da pele ao passar do 
tempo por fatores genéticos. 
 
 
 
 
 
 
82 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
AGNE, J.E. Eletrotermofototerapia. 1. ed. Santa Maria, RS: O Autor, 
2013. 
BORGES, F. S. Ultra-som. In: Dermato-funcional. Modalidades 
terapêuticas nas disfunções estéticas. São Paulo: Phorte, 2006. 
CARVALHO, G. F.; SILVA, R. M.; FILHO, J. J. T. M.; MEYER, P. F.; 
RONZO, O. A.; MEDEIROS, J. O.; NÓBREGA, M. M. Avaliação dos efeitos da 
radiofrequência no tecido conjuntivo. Disponível em 
http://www.moreirajr.com.br/revistas.asp?fase=r003&id_materia=4555 
CAVALERI, Tainah et al. Benefícios da Radiofrequência na Esté-
tica. Revista Gestão em Foco, 2016. Acesso em: 25 ago. 2021. 
COLÁCIO, DR. Eduardo. Como combater a flacidez facial sem cirur-
gia? | Clínica Coderm - Dr. Eduardo Colácio. Disponível em: <https://clinicaedu-
ardocolacio.com.br/como-combater-a-flacidez-facial-sem-cirurgia/>. Acesso em: 
25 ago. 2021. 
DUARTE, Andresa Brito; MEJIA, Dayana Priscila Maia. A utilização da 
Radiofrequência como técnica de tratamento da flacidez corporal. [S.d.]. 
Pós-graduação em Fisioterapia Dermato- Funcional – Faculdade Ávila. 
Elastina: quando e como produzimos? Disponível em: <https://blog.bu-
onavita.com.br/index.php/2016/01/12/elastina-quando-e-como-produzimos/>. 
Acesso em: 25 ago. 2021. 
FACCHINETTI, J. B.; SOUZA, J. S. de & SANTOS, K. T. P. 
Radiofrequência no Rejuvenescimento Facial. Id on Line Revista 
Multidisciplinar e de Psicologia, 2017, vol.11, n.38, p. 336-348. ISSN: 1981-
1179. 
 
 
 
83 
GUIRRO, E. C. O.; GUIRRO, R. R. J. Fisioterapia em estética 
fundamentos recursos e patologias. 2 ed rev e amp. São Paulo: Manole, 1996. 
GUIRRO, E. C. O.; GUIRRO, R. R. J.; Fisioterapia Dermato- Funcional: 
Fundamentos, recursos e patologias. 3ª Ed ver e amp. São Paulo, 2004. 
HARTH, Y.; LISCHINSKY, D. A novel method for real-time skin 
impedance measurement during radiofrequency skin tightening 
treatments. Journal of Cosmetic Dermatology, New York, v. 10, p. 24–29, 2011. 
HTM Eletrônica, Apostila De Treinamento. 2015. 
KISNER, R. A utilização dos recursos naturais no combate a gordura 
localizada, celulite flacidez. Bel Col. em revista. São Paulo, 2012. 
LATRONICO, H.; GASPAROTTO, J. M.; KAWASAKI, M. C.; MARTINI, P. 
V. Novas tecnologias para redução de adiposidade localizada: Cavitação, NARL 
e Radiofrequência, ensaio clinico comparativo. Disponível em www.narl-
lipo.com/.../Publication_Abstract_Brazil 
LOFEU, Gabriele Morais; BRITO, Larissa Raquel Agostinho De; 
BARTOLOMEI, Karoline. Atuação da Radiofrequência na Gordura 
Localizada no Abdômen: Revisão de Literatura. Revista da Universidade Vale 
do Rio Verde, v. 13, n. 1, 2015. 
MANUSKIATTI, W.; WACHIRAKAPHAN, C.; LEKTRAKUL, N.; 
VAROTHAI, S. Tripollar- Aparelho de radiofrequência para redução do 
volume abdominal e tratamento da cellulite: Estudo piloto. Disponível em 
files.dermatofuncional.com.es 
MARCHI, J. P.; ROCHA, K. G. P.; SEVERO, P. V. A.; BRUNING, M. C. 
R.; LOVATO, E. C. W. Efetividade da radiofrequência no tratamento facial 
de voluntárias tabagistas e não tabagistas. Arq. Cienc. Saúde UNIPAR, 
Umuarama, v. 20, n. 2, p, 123-129, 2016. 
MEYER, P.F.; LISBOA F. L.; ALVES, M. C. R. & AVELINO, M.B. 
Desenvolvimento e aplicação de um protocolo de avaliação fisioterapêutica 
 
 
 
84 
em pacientes com fibro edema gelóide. Fisioterapia em Movimento. 2005; 
18:75-83. 
NIENKOETTER, L.; HELLMANN, L.T.; GONÇALVES, V.P. Efeitos da 
Radiofrequência no Tratamento de Flacidez Facial em Mulheres. Revistas 
Eletrônicas de Estética e Cosmética, Florianópolis, v.3, p. 1-8, jul. 2012. 
OLIVEIRA, A. S.; GUARATINI, M. I.; CASTRO, C. E. S. Iontoforese 
aplicada a pratica. Ver. Bras. Fisioterapia, 2007. 
PANDOLFO, M. L. M. O processo de envelhecimento. Personalite. 
Disponível em 
http://www.unifil.br/portal/arquivos/publicacoes/paginas/2012/8/485_769_publip
g.pdf 
PIROLA, F. M. Radiofrequência na flacidez tecidual e estrias. 
Disponível em files.dermatofuncional.com.es/.../Bioset%20-%20R 
 PONTE, A. P; OLIVEIRA, S. P. A Utilização da Radiorequência no 
Rejuvenescimento Cutâneo: Estudo de Caso. Universidade Tuiutu do Paraná- 
PR, 2015. 
POSSAMAI, Camila Goulart. Radiofrequência em mulheres sobre o 
contorno do ângulo cérvico facial. 2012. 
SILVA, Gabrielli Aparecida Da; COSTA, Larissa Lacerda Da; CARON, 
Cíntia Vieira. Aplicação da radiofrequência na adiposidade localizada no 
abdômen. 2017. Acesso em: 26 ago. 2021. 
SILVA, R M V; MARTINS, A. L. M. S.; MACIEL, S. L. C. F.; RESENDE, R. 
A. R. C.; MEYER, P. F. Protocolo fisioterapêutico para o pós-operatório de 
abdominoplastia. Disponível em 
http://www.patriciafroes.com.br/gestao/img/publicacoes/1b0837c4f4414f923110
c33db9c87ae9.pdf 
 
 
 
85 
SILVA, Suimey Alexia; PINTO, Liliane Pereira; BACELAR, Isabela De As-
sis. O uso da Radiofrequência no rejuvenescimento facial – revisão de lite-
ratura. Revista Saúde em Foco, v. 10, 2018. Acesso em: 25 ago. 2021. 
TAGLIOLATTO, Sandra. Radiofrequência: método não invasivo para 
tratamento da flacidez cutânea e contorno corporal. Surgical & Cosmetic 
Dermatology [en linea]. 2015, 7(4), 332-338[Acesso em 21 de Agosto de 2021]. 
ISSN: 1984-5510. Disponível em: https://www.redalyc.org/arti-
culo.oa?id=265544156009. 
VIEIRA, Giovanna De Simone Kaadi. Importância da radiofrequência 
em tratamentos estéticos: Revisão da literatura. 2016. Especialista em 
Dermato Funcional – Pontifícia Universidade Católica de Goiás Departamento 
de Fisioterapia, 2016.

Mais conteúdos dessa disciplina