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RADIOFREQUÊNCIA

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1 
 
RADIOFREQUÊNCIA 
 
 
 
2 
 
 
 
NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de 
empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de 
Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como 
entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a 
participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua 
formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, 
científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o 
saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
Sumário 
 
RADIOFREQUÊNCIA .............................................................................. 1 
NOSSA HISTÓRIA .................................................................................. 2 
INTRODUÇÃO ........................................................................................ 6 
A PELE .................................................................................................... 7 
RUGAS E FLACIDEZ ............................................................................ 13 
ENVELHECIMENTO / REJUVENESCIMENTO .................................... 14 
RADIOFREQUÊNCIA ............................................................................ 17 
EFEITO JOULE ..................................................................................... 17 
CONCEITO DE RADIOFREQUÊNCIA .................................................. 18 
MECANISMO DE AÇÃO E EFEITOS DA RADIOFREQUÊNCIA NA PELE
 ......................................................................................................................... 18 
ALTERAÇÕES FISIOPATOLÓGICAS PROVOCADAS PELA 
RADIOFREQUÊNCIA ...................................................................................... 20 
APLICAÇÃO DA RADIOFREQUÊNCIA ................................................ 21 
ESPECTRO ELETROMAGNÉTICO ...................................................... 27 
EFEITOS BIOLÓGICOS ........................................................................ 28 
EFEITO TÉRMICO ............................................................................. 28 
EFEITOS FISIOLÓGICOS ..................................................................... 30 
NEOCOLAGÊNESE E NEOELASTOGÊNESE ..................................... 31 
TÉCNICA DE RADIOFREQUÊNCIA ..................................................... 33 
BENEFÍCIOS DA RADIOFREQUÊNCIA ............................................... 33 
CONTRAINDICAÇÕES DA RADIOFREQUÊNCIA ............................... 34 
PERIODICIDADE .................................................................................. 35 
PROCESSO DE APLICAÇÃO DA RADIOFREQUÊNCIA ..................... 36 
AVALIAÇÃO PRÉVIA ......................................................................... 36 
PREPARAÇÃO .................................................................................. 36 
 
 
 
4 
PROCEDIMENTO .............................................................................. 37 
TÉCNICA DE APLICAÇÃO ................................................................ 37 
SENSAÇÕES DO PACIENTE ........................................................... 37 
SOBREDOSIFICAÇÃO ...................................................................... 38 
PARÂMETROS ..................................................................................... 38 
FREQUÊNCIA ................................................................................... 38 
SELEÇÃO DE APLICADOR/PONTEIRAS ......................................... 38 
POTÊNCIA/INTENSIDADE: ............................................................... 39 
TEMPERATURA TERAPÊUTICA: ..................................................... 39 
PERIODICIDADE: .............................................................................. 40 
ATUAÇÕES DA RADIOFREQUÊNCIA NO COLÁGENO ...................... 40 
RADIOFREQUÊNCIA NO REJUVENESCIMENTO FASCIAL ............... 41 
EFEITOS FISIOLÓGICOS DA RADIOFREQUÊNCIA NO COMBATE À 
FLACIDEZ TISSULAR ..................................................................................... 50 
APLICACÃO NA FLACIDEZ TISSULAR (FACIAL E CORPORAL) E 
RUGAS ......................................................................................................... 54 
RADIOFREQUÊNCIA PARA TRATAR A CELULITE ............................ 55 
APLICAÇÃO NA CELULITE .............................................................. 58 
RADIOFREQUÊNCIA NO TRATAMENTO DA ADIPOSIDADE 
LOCALIZADA (GORDURA LOCALIZADA) ...................................................... 59 
APLICAÇÃO NA ADIPOSIDADE LOCALIZADA ................................ 60 
RADIOFREQUÊNCIA NO TRATAMENTO DAS ESTRIAS ................... 61 
APLICAÇÃO NAS ESTRIAS .............................................................. 61 
RADIOFREQUÊNCIA NO TRATAMENTO DAS CICATRIZES E 
ADERÊNCIAS/ FIBROSES RECENTES E TARDIAS/ SEQUELA DE ACNE .. 62 
APLICAÇÃO NAS CICATRIZES E ADERÊNCIAS/ FIBROSES 
RECENTES E TARDIAS/ SEQUELA DE ACNE ........................................... 63 
 
 
 
5 
RADIOFREQUÊNCIA NO TRATAMENTO DAS CONTRATURAS 
MUSCULARES/ FIBROMIALGIA ..................................................................... 64 
APLICAÇÃO NAS CONTRATURAS MUSCULARES/ FIBROMIALGIA
 ...................................................................................................................... 64 
RADIOFREQUÊNCIA NA GORDURA LOCALIZADA ABDOMINAL ..... 65 
RADIOFREQUÊNCIA PARA O TRATAMENTO DAS RUGAS .............. 78 
REFERÊNCIAS ..................................................................................... 82 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
INTRODUÇÃO 
 
 A busca pelo corpo perfeito está cada vez em 
alta, homens e mulheres, estão cada vez mais 
exigentes procurando técnica de tratamento que 
possam dar resultados seguros e rápidos sem alterar 
sua rotina. 
 À medida em que a expectativa de vida da 
população aumenta, cresce também o interesse por 
retardar os sinais do envelhecimento. O padrão de 
beleza buscado pelas pessoas é uma pele jovial, sem 
manchas e sem rugas. 
E a fisioterapia dermato funcional vem 
mostrando resultados satisfatórios com aparelhos de tecnologia avançada como 
a Radiofrequência. 
Guirro & Guirro (1996) afirmam que a fisioterapia aplicada à estética, tem 
por objetivo tratar eficazmente os distúrbios estéticos, o que leva o 
Fisioterapeuta dermato funcional avaliar profundamente o problema além de 
escolher o tratamento adequado. 
As disfunções estéticas são desencadeadas por diversos fatores, uma 
alimentação inadequada, o sedentarismo, hereditariedade, fatores hormonais, 
dentre outros, favorecem o surgimento destas patologias na maior parte das 
mulheres. 
Com o passar do tempo a produção das proteínas de sustentação da pele, 
como o colágeno e a elastina, vão sendo reduzidas gradativamente, levando a 
desestruturação das fibras elásticas e colágenas, perda da elasticidade e 
consequentemente ao aparecimento da flacidez tissular (KISNER, 2012). 
A radiofrequência é uma modalidade não invasiva capaz de estimular 
mudanças na conformação do colágeno e induzir a neocolagenese através da 
geração de energia térmica de forma controlada em camadas profundas de 
tecido cutâneo e subcutâneo (AGNE Et al. 2009). 
 
 
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7 
A PELE 
 
Imagem: stock.adobe.com 
 
A pele é o tecido que reveste o organismo, representando 12% do peso 
seco total humano, sendo o maior sistema de órgãos expostos ao meio 
ambiente. Composta por duas principais camadas: a epiderme, camada 
superficial que tem a função de proteção contra agentes externos, e a derme, 
porção mais densa da pele, local de sustentação para a epiderme, composta por 
substância fundamental amorfa, colágeno e elastina (GUIRRO et al 2004). 
É formada por tecidos de origem ectodérmica e mesodérmica que se 
arranjam em três camadas distintas: epiderme, derme e hipoderme. A pele 
possui diversas funções tais como: proteção contra agentes físicos, químicos e 
biológicos do ambiente (relativamente impermeável), regulação da temperatura, 
excreção sensibilidade tátil e produção de vitamina D (GUIRRO & GUIRRO 
2004). 
Único órgão externo que pode ser observado em toda a sua extensão, a 
pele é também, o principal órgão relacionado com a estética do ser humano. Por 
estar em contato com o meio ambiente é a primeira linha de defesa do corpo 
contra danos físicos (PANDOLFO, 2011) 
 
EPIDERME 
É constituída por um epitélio estratificado pavimentoso queratinado. Na 
porção mais profunda é constituída de células epiteliais que se proliferam 
continuamente para que mantenha o seu número (GUIRRO & GUIRRO 2004). 
A epiderme é constituída por sistema ceratinocítico, responsável pelo 
corpo da epiderme e de seus anexos (pelos, unhas e glândulas), sistema 
melânico, com função imunológica, células de Merkel integrada ao sistema 
nervoso e células dendriticas indeterminadas, com função mal definida. 
 
 
 
8 
A epiderme é a camada mais superficial da pele, atuando como barreira 
protetora as agressões dos fatores externos. 
A epiderme é a camada mais externa e é formada por um revestimento 
de camadas de células sobrepostas, sendo que as células superficiais são 
achatadas e compõem uma camada córnea rica em queratina. 
A epiderme possui espessura variando entre 1,3 mm (palma das mãos) 
e 0,06 mm (face). Não possui suprimento sanguíneo, recebendo nutrientes da 
derme através de capilaridade. Sua função é atuar como uma barreira protetora, 
impedindo a entrada de substâncias estranhas ao organismo e ao mesmo 
tempo, mantendo a água, nutrientes e eletrólitos em seu interior. 
Ela é subdividida em cinco camadas ou estratos: estrato germinativo 
ou basal, espinhoso, granuloso, lúcido e córneo. Também é constituída pelos 
queratinócitos (produzem a queratina, responsável pela constante renovação da 
pele), os melanócitos (responsáveis pela produção da melanina, pigmento que 
garante a pigmentação da pele), células de Merkel (envolvidas na parte sensorial 
cutânea atuando como identificadoras do tato, da pressão e do estiramento da 
pele) e células de Langerhans (desempenham função imunológica adicional a 
pele). (BORGES et al 2016), (HARRIS, 2016). 
 
DERME 
É uma camada espessa do tecido conjuntivo que se apoia a epiderme e 
se comunica com hipoderme. A derme está conectada com a fáscia muscular 
subjacente por uma camada do tecido frouxo, a hipoderme. 
Abaixo da epiderme a principal massa de pele a derme, um tecido forte, 
maleável, com propriedades viscoelasticas, e que se consiste em um tecido 
conjuntivo frouxo composto de proteínas fibrosas (colágeno e elastina). 
A derme é localizada abaixo da epiderme, formada por tecido conjuntivo 
que lhe proporciona rica vascularização. 
A derme é a camada mais profunda, que se apoia a epiderme, de 
espessura variável atingindo o máximo de 3mm nas plantas dos pés, sendo 
formada por muitas estruturas com características elásticas, grandes 
quantidades de vasos sanguíneos e fibras nervosas. 
 
 
 
9 
A derme é a parte estrutural do tegumento, com espessura variando entre 
0,5 mm a 3 mm. Esta camada encontra – se apêndices da epiderme, pelos e 
glândulas sudoríparas e sebáceas, nervos e vasos sanguíneos. É composta por 
células denominadas fibroblastos (responsáveis pela síntese de colágeno e 
elastina), por enzimas como colagenase e estromelisina, bem como de matriz 
extracelular. Composta também por macrófagos, linfócitos, mastócitos que 
desempenham função imunológica associado com as células de Langerhans na 
epiderme (BORGES et al 2016; HARRIS, 2016). 
A derme é classificada em suas camadas: a derme papilar e derme 
reticular. A derme papilar é formada por tecido conjuntivo propriamente dito do 
tipo frouxo e localizada imediatamente abaixo da epiderme cuja função é fixar a 
membrana basal à rede de fibras elásticas da derme; e a camada reticular, ou 
profunda, composta de tecido conjuntivo propriamente dito do tipo denso não 
modelado e situada profundamente em relação à camada papilar, contendo 
muitas fibras elásticas, responsáveis pela característica de elasticidade da pele. 
 
HIPODERME 
A hipoderme é o tecido sobre o qual a pele repousa, formado por tecido 
conjuntivo que varia do tipo frouxo ou adiposo ao denso nas várias localizações 
e nos diferentes indivíduos (GUIRRO & GUIRRO, 2004). 
A distribuição de gordura não é uniforme em todas as regiões do corpo, 
nos indivíduos normais, algumas regiões nunca acumulam gordura, como 
pálpebra, a cicatriz umbilical, a região esternal e as dobras articulares. Em outras 
regiões pelo contrário há maior acumulo de tecido adiposo a porção proximal 
dos membros e a parede abdominal (GUIRRO & GUIRRO, 2004). 
A hipoderme é uma camada de gordura que, embora tenha a mesma 
origem e morfologia da derme, não faz parte da pele, apenas lhe serve de 
suporte e união com os órgãos subjacentes. 
A hipoderme é a camada mais profunda, há tecido adiposo cujas células 
armazenam a gordura subcutânea (panículo adiposo). É formado por um tecido 
conjuntivo frouxo que serve para unir, de maneira pouco firme a derme aos 
outros órgãos do corpo, permitindo que a pele tenha certo grau de deslizamento, 
variável com a região do corpo. 
 
 
 
10 
 
 
Imagem: Composição da Epiderme, Derme e Hipoderme - Sou Enfermagem. 
www.souenfermagem.com.br 
 
 
 
Estrutura da pele. Fonte: http://www.blogger-index.com/20946895-bar-a-relationship-101. 
 
 
 
 
 
11 
COLÁGENO E ELASTINA 
 
O colágeno e a elastina são proteínas fundamentais na constituição da 
matriz extracelular do tecido conjuntivo, são responsáveis por conferir resistência 
e elasticidade aos tecidos (BATISTA, 2015 apud SILVA et al 2017) 
O colágeno representa 30% do total de proteínas do corpo e 70% do 
peso da pele seca. Tem como função fornecer resistência e integridade 
estrutural a alguns tecidos e órgão. São distribuídos na pele em colágeno do tipo 
I, III, IV e VII, sendo em maior quantidade dos tipos I e II. (BORGES et al 2016; 
HARRIS, 2016). 
O colágeno é a proteína a estrutural mais importante nos humanos e tem 
como função primária o suporte dentro da matriz extracelular. As fibras 
colágenas são as principais e mais abundantes fibras do tecido conjuntivo denso, 
constituinte da derme (AGNE et al. 2009). 
De acordo com Carvalho et al. (2011), as fibras de colágeno são 
predominantes do tecido conjuntivo, sendo constituídas por uma 
escleroproteína denominada colágeno. O colágeno é uma proteína abundante 
no corpo do ser humano, representando 30% do total de proteínas destes, e tem 
como função fornecer resistência e integridade estrutural a diversos tecidos. 
A elastina é responsável pelas propriedades retráteis da pele, 
constituindo de 2% a 4% da derme. A elastina também é produzida pelos 
fibroblastos, e sua função é a elasticidade e a resistência ao desgaste cutâneo. 
São formadas por diferentes estruturas, a elastina, proteína principal de aspecto 
amorfo, e microfibrilas, estruturas fibrilares proteicas. (BORGES et al 2016; 
HARRIS, 2016). 
A elastina é uma fibra de sustentação da pele que trabalha em conjunto 
com o colágeno e compõe a mesoderme, camadaintermediária da pele. A 
elastina é uma proteína helicoidal, na forma de uma mola, que liga a pele aos 
tecidos musculares e é muito elástica, permitindo que a pele retorne ao seu 
estado original após ser submetida a um estiramento forçado. Portanto, ela está 
diretamente ligada ao aparecimento das estrias. 
 
 
 
12 
 
O máximo de produção espontânea de elastina ocorre na adolescência e 
durante a gravidez, permitindo que a pele da barriga se expanda, acompanhando 
o aumento do útero decorrente do crescimento do feto. Quando a produção de 
elastina não é suficiente, temos a formação de rachaduras no interior da 
mesoderme, que são nada menos do que as já conhecidas estrias. Na fase de 
envelhecimento, o organismo tem muito menor aptidão para produzir nova 
elastina, mas isso se deve principalmente a fatores externos, como a poluição. 
O ideal é proteger a fibras já existentes para evitar a sua degradação, usando 
produtos cosméticos que tenham ação antipoluente e antioxidante, mas vale 
destacar que essa produção pode ser reativada a qualquer momento por sinais 
bioquímicos, provenientes de cosméticos. 
 
Assim como outros órgãos, a pele sofre as alterações provocadas pelo 
declínio de suas funções, causando o envelhecimento. Não apenas por 
fatores intrínsecos, causados pelo desgaste natural do organismo e genética 
provocam mudanças na aparência da pele, mas também fatores extrínsecos, 
causados por exposição excessiva as influências danosas do meio ambiente 
como radiação solar, estresse, tabagismo entre outros (OLIVEIRA et al, 2014). 
 
 
 
13 
A flacidez é um problema estético muito comum pela consequência do 
envelhecimento biológico, caracteriza- se pela perda do tônus e elasticidade 
tecidual. 
As alterações que causam a flacidez podem ser desencadeadas por 
alguns fatores, dentre eles, mudanças repentinas de peso, processo fisiológico 
do envelhecimento da pele, idade, hábitos alimentares, exposição excessiva ao 
sol, entre outras. A flacidez facial ocorre devido a alteração e diminuição das 
estruturas profundas trazendo um reflexo à superfície. Na derme, as fibras 
colágenas se tornam mais espessas e as fibras elásticas perdem parte de sua 
elasticidade devido a diminuição do número de fibroblastos. Na hipoderme, 
ocorre a diminuição de gordura. Também ocorre a diminuição do trofismo e tônus 
muscular e em fase mais tardia, a massa muscular esquelética começa a ser 
perdida e substituída por gordura, como exemplo na região submentoniana 
(pescoço). (GUIRRO et al 2004; ELMAN, 2010). 
RUGAS E FLACIDEZ 
 
 
 
 
FLACIDEZ FACIAL 
A flacidez facial faz com que a pele perca sua firmeza, provocada pela 
frouxidão tecidual. Aparecem as rugas superficiais e profundas onde as 
bochechas e as pálpebras são as primeiras a decair. Logo depois surgem as 
marcas de expressão, rugas, depressões e sulcos na pele, principalmente na 
região dos olhos, bochechas, pálpebras, pescoço, queixo e ao redor da boca. 
Imagem: Combater a flacidez facial as vezes é bastante difícil, isso porque ela é uma alteração 
natural da pele. Fonte: clinicaeduardocolacio.com.br 
 
 
 
14 
O aparecimento das rugas ocorre devido ao enrijecimento das fibras 
colágenas e perda da elasticidade natural em razão da diminuição das fibras 
elásticas e outros componentes do tecido conjuntivo. A camada adiposa se torna 
irregular, dando origem as rugas gravitacionais e ocorre também diminuição de 
trocas metabólicas e oxigenação dos tecidos tornando a superfície da pele mais 
desidratada (GUIRRO et al 2004). 
As rugas podem ser classificadas de acordo com a profundidade como: 
o superficiais (há diminuição ou perda das fibras elásticas na derme 
papilar, desaparecem ao estiramento da pele) e 
o profundas (são decorrentes principalmente da ação solar e não 
desaparecem ao estiramento da pele). 
Há também outras 3 categorias que podem ser divididas: 
o Rugas dinâmicas (decorrentes do movimento muscular da 
expressão facial), 
o Rugas estáticas (aparecem mesmo na ausência do movimento) e 
o Rugas gravitacionais (devido a flacidez tissular) (BORGES et al 
2016). 
Em meio a tantos tratamentos disponíveis no ramo da estética para 
retardar os sinais do envelhecimento, a radiofrequência vem se mostrando uma 
técnica com resultados rápidos e seguros postergando assim a necessidade de 
uma cirurgia plástica (SILVA et al, 2014). 
ENVELHECIMENTO / REJUVENESCIMENTO 
Entende-se como envelhecimento uma série de alterações que vão 
ocorrendo no organismo ao longo do tempo vivido. 
Este processo provoca mudanças nas funções e estrutura do corpo e o 
torna mais suscetível a uma série de fatores prejudiciais, estes podem ser tanto 
internos (falha imunológica, renovação celular comprometida), como externos 
(estresse ambiental). 
As causas do envelhecimento podem ser entendidas a partir da 
compreensão da renovação celular. Nosso corpo é composto por 
aproximadamente 75 trilhões de células e estas, multiplicam-se constantemente. 
À medida que as células se dividem (processo de reprodução - mitose), seus 
telômeros (sequências de DNA) vão sendo encurtados. Após muitos ciclos de 
 
 
 
15 
divisão, eles desaparecem até que finalmente, as células perdem sua 
capacidade de renovação. A partir do momento em que as células não se 
dividem mais, elas envelhecem, perdem por completo suas funções e morrem. 
 
Fonte: https://clinicachociai.com.br/procedimentos/rejuvenescimento-da-pele/ 
 
Há ainda outras teorias sobre as causas internas de envelhecimento, 
entre elas estão a ação da glicose dentro do organismo, a nação dos radicais 
livres, falhas imunológicas, entre outras. 
Além disso, as causas podem ser genéticas, raciais ou mesmo as 
pessoas que utilizam muito a expressão facial ao falar, tendem a apressar o 
aparecimento das rugas. 
Com relação aos fatores externos, os mais conhecidos por agredirem o 
organismo e acelerarem o processo de envelhecimento são a poluição 
ambiental, o fumo, o álcool e a exposição exagerado às radiações solares sem 
proteção. O cigarro é um grande causador do envelhecimento precoce e ele não 
agride só quem fuma ativamente, como também compromete a saúde e a beleza 
dos chamados fumantes passivos, que são aqueles indivíduos que estão por 
perto de quem fuma. 
Os eventos que fazem parte do processo de envelhecimento cutâneo se 
confundem com os que ocorrem nos demais tecidos corporais. Porém, a pele 
apresenta algumas peculiaridades topográficas que coloca a cútis em uma 
situação mais desfavorável. 
A foto envelhecimento, uma área de estudo que ganhou muito destaque 
nas últimas décadas na medida que os conhecimentos sobre os efeitos das 
radiações ultravioleta na epiderme e derme ficaram melhor elucidados. 
 
 
 
16 
Boa parte das alterações cutâneas encontradas no envelhecimento tem 
sua fisiopatologia bem definida e estão envolvidas com os fatores abaixo citados: 
 
 Redução do Perfil Circulatório (Oxigenação e Nutrição) 
Modificações circulatórias no envelhecimento ocorrem por mudanças no 
sistema circulatório como um todo. Alterações no controle da pressão arterial, 
modificações no endotélio vascular aumentando a presença de placas de 
ateroma, comprometimento da permeabilidade dos vasos são situações que 
levam a uma menor oxigenação e nutrição dos tecidos periféricos. 
 
 Perda de Colágeno e Elastina 
Comprometimento da circulação e ambiente hormonal da pele tendendo 
ao catabolismo, favorece uma menor produção de fibras e de componentes da 
substância fundamental amorfa (glicosaminoglicanas e proteoglicanas), pelos 
fibroblastos. Estes componentes, que formam a matriz dérmica promovem 
turgor, elasticidade, firmeza e tônus à pele, além de manterem a hidratação 
deste tecido. 
 
 Perda de água ou Desidratação da Derme 
Menor presença dos componentes extracelulares da derme provoca 
redução na fixação de água na derme uma vez que estas moléculas(fibras, 
componentes da substância fundamental amorfa), as responsáveis pela boa 
manutenção do teor hídrico dérmico. Quanto menos água na derme, menores 
as trocas deste tecido com a epiderme. Esta última, por sua vez será acometida 
por outros tipos de mudanças como podemos ver abaixo. 
 
 Redução do Turn-over de Células Epidérmicas e espessura 
epidérmica 
As menores trocas entre derme e epiderme resultam em menor atividade 
das células da camada basal da epiderme. A menor atividade mitótica por parte 
destas células faz com que as trocas celulares epidérmicas fiquem 
comprometidas e a renovação deste tecido tende a se tornar mais lenta. A pele 
encontra uma saída para que suas células continuem sendo originadas na 
camada basal e encontrem-se prontas para a descamação superficial após 28 
dias. 
 
 
 
 
17 
RADIOFREQUÊNCIA 
Denomina- se radiofrequência as radiações compreendidas no espectro 
eletromagnético entre 30 KHz e 3 GHz, e as frequências mais utilizadas em 
equipamentos estéticos estão entre 0,5 MHz e 1,5 MHz. 
Utiliza-se ondas eletromagnéticas de alta frequência para produzir calor 
em nível cutâneo e subcutâneo. 
Seu mecanismo de ação (vibração das moléculas de água) transforma a 
energia eletromagnética em energia térmica (BORGES et al 2010), (BORGES, 
2014). 
Com o recente desenvolvimento tecnológico no âmbito da estética, a 
Radiofrequência, passou a ser utilizada no rejuvenescimento e flacidez agindo 
na derme e na hipoderme. 
A definição de Radiofrequência se explica a porção do espectro 
eletromagnético onde ondas eletromagnéticas através de corrente alternada 
gera calor profundo para tratamento de fibroedema gelóide, gordura localizada 
e de colágeno (flacidez, estrias e rugas) (PIROLA, 2010). 
É utilizada para geração de calor por conversão. Alega-se a passagem de 
uma energia transmitida em forma de ondas, substituindo em outra radiação, 
calor. As correntes abaixo de 3.000 Hertz (Hz) exercem função de 
eletroestimulção e eltroanalgesia. Diatermia é o nome para este método, 
empregado há anos como termoterapia profunda. 
EFEITO JOULE 
Estabelecida pela seguinte fórmula: energia (J) I = 2 × R × T (em que I = 
corrente, R = impedância do tecido e T = tempo de aplicação), o efeito Joule é 
o principal efeito térmico da radiofrequência ao atravessar os tecidos entre 
os eletrodos e produzir calor. Quanto maior a frequência através de uma carga 
resistente (tecido), maior a produção térmica. A radiofrequência destina sua 
energia através de dois eletrodos: eletrodo ativo e o eletrodo passivo. A diferença 
entre os eletrodos está no estímulo, uma vez que o eletrodo ativo estimula 
grande consistência de corrente provocando efeitos térmicos localizados nos 
tecidos e ocasionando a estimulação tecidual como exemplo a produção de 
colágeno. Já o eletrodo passivo consiste em uma placa condutiva de grande 
 
 
 
18 
contato que conclui o circuito da corrente fazendo com que a energia regresse 
ao paciente. 
CONCEITO DE RADIOFREQUÊNCIA 
Latronico et al.. (2010), cita que a Radiofrequência conceitua-se na 
emissão de correntes elétricas de alta frequência, formando um campo 
eletromagnético que gera calor, quando em contato com os tecidos 
corporais humanos. Trata-se de uma terapia em que se programa e modula as 
frequências projetadas ao tecido corporal, a fim de se atingir a camada 
subdérmica. Sendo uma terapia segura e aplicável a todos os fototipos cutâneos. 
A Radiofrequência é uma radiação no espectro eletromagnético que gera 
calor compreendido entre 30 kHz e 300 MHz. Esse tipo de calor alcança os 
tecidos mais profundos gerando energia e forte calor sobre as camadas mais 
profundas da pele, mantendo a superfície resfriada e protegida, ocasionando a 
contração das fibras colágenas existentes e estimulando a formação de novas 
fibras, tornando-as mais eficientes na sustentação da pele (CARVALHO et al. 
2011). 
MECANISMO DE AÇÃO E EFEITOS DA 
RADIOFREQUÊNCIA NA PELE 
A Radiofrequência (RF) é uma técnica que utiliza radiações do espectro 
eletromagnético na ordem de kilohertz (kHz) a Megahertz (MHz). Estas ondas 
eletromagnéticas apresentam energias que se diferem pela capacidade de 
induzir movimento de partículas ionizadas. Essa característica é utilizada em 
transmissão de sinais (como rádio) e daí vem o nome radiofrequência. 
O método de Radiofrequência é baseado na conversão da energia 
eletromagnética em efeito térmico, quando utilizada na faixa de frequência de 
kHz não ocorre aquecimento nos tecidos pelo campo eletromagnético gerado e 
sim pela resistência à passagem da corrente. Na faixa de MHz, o campo 
eletromagnético causa a polarização e oscilação das moléculas de água, a 
fricção entre as moléculas transforma a energia eletromagnética em calor (calor 
endógeno). 
A técnica de Radiofrequência induz a retração nas fibras colágenas sem 
destruí-las. No seu funcionamento, as ponteiras passam correntes alternadas 
 
 
 
19 
para o tecido. Os íons desse tecido seguem na direção da corrente, gerando a 
elevação de temperatura, resultando em um encurtamento do tecido sem ruptura 
da integridade da epiderme. 
O contato do tecido com a radiofrequência pode originar uma ordem de 
fatores devido ao aumento da temperatura. A energia gerada pela 
radiofrequência tem o poder de adentrar na epiderme, derme e hipoderme, e 
também nas células musculares. Ocorre então a indução da vasodilatação, os 
líquidos intercelulares que estão em alta quantidade são reabsorvidos pelos 
vasos linfáticos, provocando também o aumento da circulação sanguínea. Estes 
eventos favorecem a drenagem linfática dos restos celulares, de radicais livres 
e metabólitos teciduais tóxicos, devido à melhora no fluxo sanguíneo local, 
ganho de oligoelementos tissulares, nutrientes e oxigênio. Esta série de 
acontecimentos favorecem a quebra de lipídios nos adipócitos, provocando a 
mobilização e eliminação de gorduras para o líquido intersticial, sua drenagem 
para o sistema linfático ocasionando o processo de homeostase do organismo. 
O estímulo dos tecidos com as ondas eletromagnéticas exerce ação sobre os 
fibroblastos levando a produção de fibras elásticas e colágenas. 
A estimulação eletromagnética dos fibroblastos induz o processo de 
neocolagênese. O efeito térmico da radiofrequência provoca desnaturação 
parcial de fibras colágenas antigas e induz a síntese de novas moléculas de 
colágeno pelos fibroblastos estimulados, processo denominado neocolagênese. 
Este confere mais firmeza e elasticidade à pele. 
O procedimento da radiofrequência é utilizado de forma eficaz para o 
tratamento estético da flacidez cutânea, melhorando a sua aparência e 
conferindo mais resistência e elasticidade cutânea. 
O surgimento de ondulações desarmônicas em partes do corpo, como 
coxas, abdômen e nádegas, é uma aparência característica da celulite, também 
chamada de fibroedema geloide. Esta inflamação do tecido celular acontece por 
diversos fatores, podendo ser genéticos ou endócrinos. Este aspecto aparece 
quando há o aumento de tecidos adiposos, e diminuição da microcirculação 
local, juntamente com a debilitação dos tecidos. É relacionado o uso da 
radiofrequência com o fortalecimento dos tecidos, tratando assim a celulite de 
forma satisfatória. A radiofrequência gera uma energia de calor homogênea e 
penetrável, que esquenta as camadas íntimas da pele. A corrente que é 
 
 
 
20 
transmitida com potência, chega na superfície a ser tratada, oferecendo 
resultados clínicos, por muito tempo, conseguindo diminuir medidas e o aspecto 
da celulite. 
ALTERAÇÕES FISIOPATOLÓGICAS PROVOCADAS 
PELA RADIOFREQUÊNCIA 
A vibração iônica, a rotação das moléculas dipolares e a distorção 
molecular são fenômenos que ocorrem quando há passagem de uma 
radiofrequência pelo tecido, decorrente do aumento da temperatura. A vibração 
iônica é a forma mais efetiva de alterar a energia elétricaem calor, pois os íons 
presentes nos tecidos cedem a vibrações a mesma frequência da 
radiofrequência, ocasionando no aumento da temperatura. A Rotação das 
moléculas dipolares tem pouca competência de conversão térmica em relação a 
vibração iônica, e já a distorção molecular causa uma conversão menor de 
energia elétrica em calor. 
O aquecimento tecidual e enrijecimento das fibras protéicas no estrato 
subcutâneo cooperam para modificações rápidas de contorno na pele após o 
procedimento. Existe um sistema no aparelho da radiofrequência que provoca o 
aquecimento dos tecidos cutâneos profundos e arrefecimento superficial, 
chamado de gradiente térmico inverso, onde é produzido um calor mais agudo 
atingindo maiores profundidades, penetrando o calor a nível da derme e camada 
subcutânea, onde o calor não penetra ativamente nas camadas superficiais da 
pele não induzindo queimaduras térmicas. 
 
Fonte: https://clinicaideal.med.br/espaco-estetica/radiofrequencia/ 
 
 
 
21 
APLICAÇÃO DA RADIOFREQUÊNCIA 
Sabe-se que a energia gerada pelo aparelho de Radiofrequência pode ser 
de três formas: Capacitiva, Resistiva e Indutiva. 
O eletrodo considerado capacitivo ou resistivo, cuja função básica é gerar 
e armazenar energia, quando aplicado em contato direto com a pele, faz com 
que esta energia será liberada promovendo a elevação da temperatura; já o 
sistema indutivo é aplicado por uma manopla especial de vidro que separa o 
eletrodo gerador de energia da pele, sendo esse pouco utilizado. 
O modo de emissão da energia pode ser monopolar, bipolar, tripolar e 
multipolar (possui 3 ou mais eletrodos). A manopla monopolar possui potência e 
densidade elevada superior às demais manoplas. A técnica é aplicada, 
geralmente, por dois ou três eletrodos; o eletrodo ativo o qual provoca grande 
densidade de corrente, o circuito da corrente é fechado pelo eletrodo passivo 
que consiste em uma placa condutiva de grande contato fazendo com que a 
energia retorne ao paciente. 
A Radiofrequência pode ser de alta ou baixa frequência, utilizando 
aplicador monopolar, bipolar e tripollar. 
A tecnologia inovadora do sistema radiofrequência tripollar combina, num 
só dispositivo, os sistemas radiofrequência monopolar e bipolar, produzindo uma 
energia calorífica homogênea e profunda. Os fluxos de corrente de RF que 
circulam entre três polos (elétrodos) aquecem em simultâneo as camadas 
superficiais e profundas da pele. A intensidade da corrente que circula entre os 
três polos transmite uma densidade de alta potência sobre a área a tratar logo, 
de baixo consumo, proporcionando resultados clínicos de longo prazo após 
várias sessões de tratamento, sem causar desconforto (MANUSKIATTI et al. 
2009). 
A Radiofrequência é indicada para tratamentos da pele na flacidez e 
remodelador corporal. Também atua no fibroedema geloide e têm-se 
demonstrado sua eficácia na redução da pele tipo “casca de laranja”, é 
recomendado também nos tratamentos pós-lipoaspiração, rugas, cicatrizes, 
alopecia (queda excessiva de cabelo), olheiras, adiposidades, estrias, manchas 
e fibroses. 
 
 
 
22 
É contraindicado o uso da Radiofrequência em indivíduos com transtorno 
de sensibilidade, marca passo, grávidas, sobre glândulas que provoquem o 
aumento de hormônio, em focos infecciosos, pacientes que estejam ingerindo 
vasodilatadores ou anticoagulante, hemofílicos e em estado febril. 
 
A radiofrequência é feita a partir de um aparelho e no mercado atual 
existem aparelhos com três mecanismos de ação: monopolar ou unipolar, 
bipolar e tripolar. 
 
 UNIPOLAR OU MONOPOLAR 
O aparelho unipolar ou monopolar, funciona através do aquecimento 
profundo e controlado (penetração profunda até 20 mm). A radiofrequência 
unipolar promove a liberação de ácidos graxos e triglicérides dos adipócitos, 
diminuindo seu volume e compactando o panículo adiposo. Segundo Goldberg 
DJ et al., (2008) esse aquecimento controlado também estimula a remodelação 
e a formação de novas fibras de colágeno, tratando assim a flacidez e a celulite, 
além de promover o remodelamento corporal. 
 
Aparelho de radiofrequência Monopolar com 500kHz de frequência e 98W de potência, permitindo ao terapeuta dispor 
de maior potência durante os tratamentos. Fonte: https://www.hsmed.com.br/tecatherm-aparelho-de-radiofrequencia-
monopolar-cecbra 
 
 
 
23 
Tabela 1. Síntese dos aspectos fundamentais no tratamento com RF 
utilizando-se equipamento com aplicador monopolar 
 
(VIEIRA, 2016) 
 
 
 
 
 
24 
 BIPOLAR 
A radiofrequência bipolar foi estudada por 
Waniphakdeedecha R & Manuskiatti (2006), com 
base em achados científicos constataram que a RF 
bipolar promove um aquecimento superficial e 
controlado da derme (camada mais superficial da 
pele), estimulando a reorganização e a formação de 
novas fibras de colágeno superficial e médio. 
Equipamento Radiofrequência Bipolar. Fonte: 
https://www.hsmed.com.br/tecatherm-aparelho-de-
radiofrequencia-monopolar-cecbra 
 
Tabela 2. Síntese dos aspectos fundamentais no tratamento com RF 
utilizando-se equipamento com aplicador bipolar. 
 
(VIEIRA, 2016) 
 
 
 
 
25 
 TRIPOLLAR OU MULTIPOLAR 
Segundo Manuskiatti et al. (2009) a tecnologia 
do sistema Radiofrequência TriPollar combina, num 
só dispositivo, os sistemas Radiofrequência unipolar e 
bipolar, produzindo uma energia calorífica homogênea 
e profunda. Os fluxos de corrente de Radiofrequência 
que circulam entre três polos (eletrodos), aquecem em 
simultâneo as camadas superficiais e profundas da 
pele. 
A intensidade da corrente que circula entre os 
três polos transmite uma densidade de alta potência 
sobre a área a tratar, logo, de baixo consumo, proporcionando resultados 
clínicos de longo prazo após várias sessões de tratamento, sem causar 
desconforto. 
Tabela 3. Síntese dos aspectos fundamentais no tratamento com RF 
utilizando-se equipamento com aplicador multipolar. 
 
 
(VIEIRA, 2016) 
Aparelho de Radiofrequência Tripolar Fonte: 
https://www.fisiofernandes.com.br/triatherm-
slim-aparelho-de-radiofrequencia-tripolar-
cecbra/p 
 
 
 
 
26 
No que diz respeito ao modo de aplicação, Borges (2010) relata que por 
haver variedade de equipamentos, o modo de aplicação é estipulado por cada 
fabricante, o que deve ser seguido rigorosamente. 
 
HISTÓRIA DA RADIOFREQUÊNCIA 
A radiofrequência vem sendo utilizada desde 1891, quando seu inventor 
o fisiologista francês Jaques Arsène D’ Arsonval descobriu que frequência 
superior a 10.000 Hz no corpo humano era suportável, em 1911, o objetivo da 
radiofrequência foi para uso de corte e cauterização dos tecidos vivo, mas foi em 
1976 que entrou para a medicina, no combate das células cancerígenas, 
utilizando potência mais elevada (AGNE, 2013). 
No século XIX D`Arsonval, médico e físico, realizou um experimento 
forçando uma corrente elétrica através de seu corpo e de um de seus 
assistentes, relatando sensação de aquecimento sem promover contrações 
musculares. Trabalhos subsequentes levaram ao desenvolvimento de métodos 
indutivos e capacitivos de aplicação de correntes de alta frequência ao corpo 
humano para produzir o que se propunha ser um aquecimento não superficial 
(SCOTT ET AL., 2003). 
 
Jacques-Arsène d'Arsonval (La Porcherie, 8 de junho de 1851 - 13 de 
dezembro de 1940) foi um médico, físico e inventor francês. Foi o inventor do galvanômetro, 
da bobina móvel e do amperímetro termopar. Junto com Nikola Tesla, d'Arsonval foi um 
colaborador importante no campo da eletrofisiologia, o estudo dos efeitos 
da eletricidade nos organismos biológicos, no século XIX. Fonte: Wikipédia 
 
 
 
27 
ESPECTRO ELETROMAGNÉTICO 
 
Fonte: HTM Eletrônica 
 
O espectro eletromagnético é o intervalo completo da radiação 
eletromagnética, que vai de ondas longas (rádio) até ondas muito curtas (raios 
gama). A imagem acima, representa o espectro eletromagnético com suas 
diferentesfrequências e comprimentos de ondas. Denomina-se radiofrequência 
(RF), as radiações compreendidas no espectro eletromagnético entre 30 KHz e 
3 GHz. 
Um campo elétrico é um campo de força resultante da ação de um sistema 
de cargas elétricas e a região invisível formada pela energia da movimentação 
dessas cargas é chamada de campo magnético. O campo eletromagnético 
aparece quando ambos existem simultaneamente e a movimentação de cargas 
é consequência da passagem de corrente elétrica. 
O equipamento de Radiofrequência, utiliza-se de uma corrente elétrica 
alternada sinusoidal bifásica, de alta frequência e média intensidade, que irá se 
compor em um campo elétrico e um magnético, oscilando perpendicularmente 
um ao outro em direção à propagação de energia. 
 
 
 
28 
 
Fonte: HTM Eletrônica 
EFEITOS BIOLÓGICOS 
 
EFEITO TÉRMICO 
Segundo AGNES (2013), a Radiofrequência tem a finalidade de elevar a 
temperatura tecidual a níveis que possam favorecer respostas fisiológicas 
perfeitamente controláveis, desde que sua frequência esteja compreendida 
dentro de um range de 0,30 MHz a 5 MHz. 
A Radiofrequência age por conversão, ou seja, converte uma energia 
eletromagnética em efeito térmico, a medida em que a energia está sendo 
absorvida. 
As camadas da pele agem como resistores em série à passagem da 
corrente e dependendo da sua resistência, pode se aquecer em variados graus, 
parecido com uma lâmpada que se aquece quando a eletricidade passa através 
da mesma. 
O nível de penetração, bem como a absorção da energia eletromagnética 
gerada pela Radiofrequência nos tecidos, depende tanto do aspecto físico do 
equipamento, como de algumas propriedades teciduais. Esta dependência é 
determinada pela seguinte equação: 
 
 
 
29 
 
A partir da equação acima, pode ser entendido que a profundidade de 
penetração em milímetros é inversamente proporcional à raiz quadrada da 
frequência. Por isso, baixas frequências possuem uma taxa de penetração mais 
elevada. Desta forma, quanto maior for a frequência, menor o poder de 
penetração. 
A quantidade de calor gerado também dependerá de outras variáveis 
relacionadas às propriedades do tecido, tais quais, as características para a 
condução térmica, a sua capacidade para dissipação do calor e da taxa de 
absorção da radiação eletromagnética. 
Abaixo temos uma equação que se refere à Lei de Joule, que também é 
conhecida como efeito Joule. Resumidamente, diz respeito a uma lei física que 
expressa a relação entre o calor gerado e a corrente elétrica que percorre um 
condutor em determinado tempo. 
 
A energia de RF é conduzida eletricamente no tecido e o seu o 
aquecimento é produzido quando a resistência inerente do tecido, isto é, a 
impedância, converte a energia elétrica em térmica. 
 
DIFERENCIAÇÃO DE CALOR E TEMPERATURA 
Fisicamente, calor e temperatura são distintos e no meio celular, as 
respostas também são diferentes. Por exemplo, podemos dizer que o calor 
gerado por um agente térmico como por exemplo, a compressa quente, promove 
relaxamento tecidual, enquanto que a Radiofrequência incidente, ao contrário, 
reafirma esse tecido. 
 
 
 
30 
Um bom exemplo é expor uma das mamas a uma compressa ou mesmo 
frente a uma lâmpada de infravermelho. Em alguns minutos essa mama estará 
relaxada e assim ficará flácida e consequentemente mais baixa quando 
comparada a mama oposta, não submetida ao calor. Quando se submete a 
mama à Radiofrequência, essa se comportará de modo contrário ao calor, ou 
seja, a pele responderá com moderada retração promovendo seu levantamento. 
Assim, diferenciamos com facilidade calor e temperatura. 
 
COMPORTAMENTO DIELÉTRICO DOS TECIDOS 
A passagem da Radiofrequência pelo tecido pode produzir uma série de 
fenômenos que derivam do aumento de temperatura e subsequente 
aquecimento volumétrico. Estes são: 
- Rotação dos dipolos: as moléculas de água quando exposta à 
Radiofrequência, giram em torno do seu próprio eixo acompanhando a mesma 
frequência do campo eletromagnético aplicado. Causam uma colisão entre os 
tecidos adjacentes, produzindo calor. As moléculas de água aquecidas, 
estendem seu calor no tecido circundante, devido a sua condutividade térmica. 
- Oscilação das cargas livres ou íons: os íons encontrados em fluídos 
corporais, possuem cargas elétricas que são atraídas e repelidas ao se alternar 
a polaridade da corrente durante a sua emissão, gerando um importante atrito 
iônico que irá resultar em calor por conversão. 
 
Fonte: HTM Eletrônica 
 
EFEITOS FISIOLÓGICOS 
A energia penetra em nível celular, na epiderme, derme e hipoderme e 
alcança inclusive as células musculares. Sua atividade biológica, se manifesta 
através de duas modalidades: 
 
 
 
31 
- Efeito energético: após ser estimulado pela Radiofrequência, o tecido 
cutâneo tem suas reações químicas facilitadas, permitindo uma maior 
movimentação entre os íons através da membrana lipoprotéica e facilitando, 
portanto, a transformação de ADP em ATP. 
- Efeito térmico: como a movimentação dos íons e seus atritos e choques 
entre si, é gerada uma hipertermia local, que determina um aumento no fluxo 
sanguíneo, com aumento da demanda de oxigênio e nutriente, com também, 
aumento da saída dos catabólitos e subprodutos celulares. 
NEOCOLAGÊNESE E NEOELASTOGÊNESE 
O colágeno é uma família de proteínas estruturais, que promovem 
sustentação e resistência da pele e de outros tecidos. As fibras de colágeno são 
compostas de cadeias de proteínas, dispostas numa tripla hélice, ligando-se 
através de pontes de hidrogênio. 
A elasticidade e, portanto, a complacência dos tecidos é dada pelo 
sistema de fibras elásticas, que está constituído por arcabouço microfibrilar que 
contém elastina, as fibras maduras e as elaunínicas são mais espessas, 
responsáveis pela elasticidade, e as fibras oxitalânicas são mais finas, e contêm 
apenas microfibrilas, sendo responsáveis pela resistência. Dependendo da 
função do tecido, elasticidade ou resistência, varia a quantidade e o tipo de fibra 
elástica. 
O colágeno, quando aquecido pela Radiofrequência, perde as pontes de 
hidrogênio e a estrutura helicoidal se transforma em uma estrutura amorfa e 
enrolada ao acaso. Isso produz um encurtamento e engrossamento das fibras 
de colágeno, de modo que as cadeias de proteínas se dobram e assumem uma 
configuração mais estável. Tal contração do colágeno, pode ser traduzida na 
pele pelo efeito “skin tightening”. 
O encurtamento do colágeno, não é mediado por lesão. Os efeitos 
imediatos da contração do colágeno ocorrem por um fenômeno chamado de 
hôrmese, onde, o corpo produz uma resposta adaptativa ao surgimento de um 
agente estressor. 
O corpo responde a hipertermia, pela estimulação de uma proteína 
denominada de proteína de choque térmico (Heat Shock Proteins - HSP). A 
elevação da temperatura estimula a formação de HSP-47, proteína residente no 
 
 
 
32 
reticulo endoplasmático, cuja função é proteger o colágeno tipo I durante a sua 
síntese. Esse aquecimento gerado à nível de derme produz um estímulo da 
síntese na célula dessas proteínas HSP, causando a expressão de TGF-beta-1 
(fator transformador de crescimento beta-1), que é conhecido por ser um 
elemento-chave na resposta inflamatória e no processo fibrogênico, fazendo 
com que os fibroblastos reajam aumentando a produção de colágeno. 
Kadunc et al (2013), afirma que a hipertermia causada pela 
Radiofrequência, pode desnaturar o colágeno e gerar uma reação inflamatória 
como mecanismo de resposta. O processo inflamatório é intenso e passageiro, 
com presença de edema, aumento de vascularização e estímulo de fibroblastos, 
necessário para a neocolagenização e reorganização das fibras colágenas e 
subsequente remodelamento do tecido. 
Segundo Hantash et al (2009), através dos efeitos térmicos produzidos 
pela radiofrequência ocorre a contração das fibras elástica,levando a produção 
de neoelastogênese. 
 
QUANDO SE SUBMETE A PELE À EMISSÃO DA 
RADIOFREQUÊNCIA 
Quando se submete a pele à emissão da radiofrequência, essa responde 
com o estreitamento do colágeno promovendo efeito benéfico para a flacidez. 
Temperaturas teciduais entre 39º e 45º não causam nenhum dano significativo, 
gerando apenas a retração do colágeno. Os danos começam a ser irreversíveis 
a partir de 50º, gerando a desnaturação do colágeno, redução nas atividades 
enzimáticas e até mesmo queimaduras (AGNE, 2013). 
Equipamentos de radiofrequência permitem realizar contração de fibras 
colágenas sem cortá-las. O aproveitamento da energia de radiofrequência para 
fornecer elevação da temperatura tecidual para estruturas dérmicas resulta na 
retração não cirúrgica e encurtamento do tecido sem ruptura da integridade da 
epiderme respeitando os limites térmicos, através de uma microinflamação que 
gera colágeno. A radiofrequência também utiliza do aquecimento para redução 
de gordura, agindo em diversas partes do corpo incluindo, flacidez de papada, 
abdômen, coxas e braços, mas também, na redução de rugas, melhora da 
celulite e contorno corporal. (AGNE, 2013; VEJJABHINANTA et al., 2013). 
 
 
 
33 
TÉCNICA DE RADIOFREQUÊNCIA 
A técnica de radiofrequência produz vasodilatação induzida, promovendo 
o aumento da circulação sanguínea e linfática, com uma melhora dos aportes 
nutricionais e oxigenativos, estimulando as atividades de respiração endocelular 
e a expulsão de catabólitos tóxicos, entre eles os radicais livres, sendo esses os 
maiores responsáveis pelo envelhecimento cutâneo e deles depende o aspecto 
hipotônico da pele envelhecida. Tudo isso explica o poder de regeneração que 
se consegue com a radiofrequência. (AGNE, 2013). 
A Radiofrequência apresenta a necessidade do monitoramento constante 
da temperatura da pele e movimentos repetitivos durante a aplicação do 
aparelho sobre a pele. 
Aplicação da Radiofrequência sobre a pele. 
 
Fonte: http://saude.culturamix.com/estetica/radiofrequencia-estetica, acesso 22/01/13. 
 
BENEFÍCIOS DA RADIOFREQUÊNCIA 
Entre os benefícios que a radiofrequência traz, estão os efeitos 
fisiológicos, nos quais incluem a vasodilatação local, incremento da circulação 
sanguínea, maior aporte de nutrientes, maior atividade metabólica e enzimática, 
diminuição da viscosidade, alteração do tecido colagenoso e estimulação 
nervosa. 
Há a diminuição de rugas, melhora a aparência da pele, melhora a 
qualidade do colágeno e da elastina, reorganiza as fibras de colágeno e elastina, 
melhora a microcirculação, melhora a hidratação da pele, aumenta a 
oxigenação, acelera a eliminação de toxinas, reduz celulite, combate estrias e 
fibroses, melhora o aspecto das cicatrizes, combate a gordura localizada na 
barriga, culote, flancos, braços e papada, combate a flacidez em qualquer área 
do corpo e combate a celulite por melhorar a firmeza da pele. 
 
 
 
34 
Mas além de todos esses benefícios, também existem as 
contraindicações, nas quais se não forem seguidas, podem trazer riscos e 
malefícios para a saúde. 
CONTRAINDICAÇÕES DA RADIOFREQUÊNCIA 
As contraindicações da radiofrequência podem ser subclassificadas em 
absolutas, não se deve fazer o uso da radiofrequência em nenhuma parte do 
corpo da paciente, e relativas, que ficará a critério do profissional fazer o uso ou 
não. 
As contraindicações absolutas são: 
 Portadores de marca-passos cardíacos, 
 Câncer ou metástase, 
 Gravidez, 
 Diabéticos, 
 Infecções sistêmicas, 
 Imunossupressão, 
 Artrite, 
 Tuberculose ativa, 
 Aplicação nos testículos, 
 Epilepsia, 
 Pacientes que fazem uso de aparelho auditivo devem retirá-los 
para serem submetidos ao tratamento 
 Utilização de peeling químico agressivo e terapia com retinoides. 
 Febre; 
 Sobre tumores malignos; 
 Sobre dermatoses; 
 Sobre preenchimentos; 
 Doenças infecciosas agudas e inflamações agudas; 
 Sobre implantes metálicos; 
 Sobre região próxima a graves problemas circulatórios; 
 Patologias de base descompensadas; 
 Sobre regiões com alterações de sensibilidade. 
 
 
 
 
35 
Já as contraindicações relativas são: 
 Aplicação nas glândulas exócrinas e endócrinas, 
 Transtornos de sensibilidade, 
 Osteossíntese, 
 Menstruação, 
 Próteses de solução fisiológica, 
 Infecções locais, 
 Pacientes que façam ingestão de vasodilatadores e 
anticoagulantes, 
 Sobre o globo ocular, 
 Varizes, 
 Terapia com esteroides tópicos nos últimos meses e esteroides 
orais nos últimos doze meses, 
 Terapia com colágeno ou toxina botulínica nos últimos seis meses 
e 
 Ter realizado microdermoabrasão na área nos últimos três meses. 
 
Referentes ao operador 
o Gestantes não deverão operar ou permanecerem próximas ao 
equipamento; 
o Portadores de Marca-passo ou outros dispositivos elétricos implantados 
não deverão operar ou permanecerem próximos ao equipamento. 
 
PERIODICIDADE 
Não há um consenso na literatura sobre o intervalo entre as sessões, 
podendo variar de acordo com o objetivo terapêutico e avaliação do paciente. 
Há relatos da literatura indicando o intervalo de 07 a 21 dias entre as sessões. 
Normalmente, o tratamento é efetuado uma vez por semana durante pelo menos 
4 a 6 semanas sucessivas. 
Alguns tratamentos de manutenção são recomendados a cada 4 e 8 
semanas, de acordo com as necessidades individuais, para sustentar resultados 
de longa duração. O tratamento deve ser concluído quando o terapeuta e o 
paciente estão satisfeitos com os resultados. 
 
 
 
36 
PROCESSO DE APLICAÇÃO DA RADIOFREQUÊNCIA 
 
AVALIAÇÃO PRÉVIA 
Durante a avaliação, o profissional deverá realizar as seguintes ações: 
- Verificar métodos de tratamento prévios; 
- Determinar se o paciente está indicado para o tratamento – não tratar 
pacientes com qualquer uma das contraindicações mencionadas; 
- Verificar por que o paciente deseja o tratamento e quais são suas 
expectativas; 
- Informar ao paciente sobre a execução do tratamento, os resultados 
típicos do tratamento, expectativas realistas, e efeitos colaterais possíveis e 
incômodos; 
- Instruir o paciente a respeito das advertências de segurança. 
 
PREPARAÇÃO 
- Remover todo e qualquer objeto de metal que estiver em contato direto 
com a pele do paciente, além de qualquer dispositivo eletrônico; 
- Colocar o paciente em uma posição confortável para o tratamento; 
- Preparar a área de tratamento: 
 Higienizar e secar 
 Delimitar a área com lápis dermográfico, principalmente em regiões 
corporais 
 Lubrificar a área de tratamento usando gel glicerinado 
 
Imagem: Youtube 
 
 
 
37 
- Antes do início da aplicação de radiofrequência, deve-se aferir a 
temperatura da região a ser tratada com o termômetro infravermelho. 
Obs: o monitoramento da temperatura deve ser constante durante todo o 
tratamento para manter a temperatura nos valores desejados, devendo ser 
repetida ao final da aplicação. 
 
PROCEDIMENTO 
Para o procedimento é necessário que o profissional observe os seguintes 
critérios: 
- Prestar assistência a no máximo um cliente/paciente/usuário por vez, 
nunca se ausentando, em qualquer de sua etapa, do local onde o procedimento 
é realizado. 
- Informar ao cliente/paciente/usuário sobre a técnica e seu grau de risco, 
colhendo dele a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido; 
- Manter registro em prontuário de todas as etapas do tratamento. 
- Aplicar os princípios da biossegurança; 
- Aplicar a técnica em ambiente próprio que garanta o máximo de higiene 
e segurança estabelecidos em normas da ANVISA ou outras em vigor; 
 
TÉCNICA DE APLICAÇÃO 
- A técnica de aplicação baseia-se no movimento linear e constante do 
aplicador para que a distribuição da energia seja uniforme por todo tempo de 
tratamento. O aplicador nunca deve ficar estacionadono local, havendo risco de 
queimadura. 
- Os efeitos da radiofrequência serão determinados pelo acúmulo de 
energia tecidual a qual produzirá elevação da temperatura. 
- Controle a sensação térmica do paciente verbalmente e regularmente 
durante o tratamento e também através do termômetro. 
 
SENSAÇÕES DO PACIENTE 
Trata-se de um método indolor, onde a percepção do paciente refere-se 
a calor local intenso/suportável durante ou após o procedimento, que 
desaparece em pouco tempo. 
 
 
 
38 
Eritema local também pode aparecer após o procedimento, 
desaparecendo em até 24 horas. Alguns pacientes também referem sensação 
de estiramento no tecido, condição que também se resolve em algumas horas. 
 
SOBREDOSIFICAÇÃO 
A utilização, sem controle, de doses muito elevadas, bem como a 
exposição por tempo prolongado e a realização de inúmeras aplicações de RF 
em curto intervalo de tempo podem ocasionar a sobredosificação. 
PARÂMETROS 
 
FREQUÊNCIA 
Alguns modelos de equipamentos de radiofrequência apresentam a 
tecnologia multifrequencial para que o profissional tenha liberdade de escolher 
em que tecido alvo deseja concentrar a energia. Frequências como 0,6, 1,2 e 2,4 
MHz costumam ser as mais utilizadas. Em relação à profundidade de ação, sabe-
se que quanto maior a frequência, maior a atenuação nos tecidos, sendo assim, 
a frequência mais alta é considerada mais superficial. A frequência também está 
relacionada à velocidade de aquecimento. Novos estudos têm mostrado que o 
tempo para alcance da temperatura terapêutica é um fator relevante para os 
resultados em cada patologia a ser tratada. Portanto, em tratamentos nos quais 
é necessário o alcance rápido da temperatura para se obter o efeito terapêutico 
desejado, deve-se trabalhar com a frequência mais alta da radiofrequência, 
como por exemplo, no tratamento da flacidez tissular. 
E em casos onde o alcance da temperatura terapêutica deve ser lento, 
como no caso da celulite, deve-se utilizar frequências mais baixas. 
 
SELEÇÃO DE APLICADOR/PONTEIRAS 
Há uma grande diversidade de aplicadores que devem ser escolhidos 
conforme a área e o tratamento desejado. Na radiofrequência resistiva o eletrodo 
é um condutor metálico, formando assim uma resistência. Consegue-se o 
aumento da temperatura com facilidade e a propagação de corrente eléctrica 
está limitada pela área entre os eletrodos. A principal vantagem é o controle da 
distribuição de corrente de Radiofrequência no interior do tecido, que é limitada 
em volume entre os dois eletrodos. 
 
 
 
39 
 
Exemplos de aplicadores de radiofrequência. Fonte: Acervo do Conteudista 
 
POTÊNCIA/INTENSIDADE: 
O nível de energia a ser aplicado depende da indicação clínica e da área 
de tratamento; baseia-se também na constante avaliação do tecido e percepção 
do paciente em relação à temperatura local, devendo o terapeuta reajustar esse 
parâmetro sempre que necessário para atingir a temperatura desejada. Alguns 
fatores podem interferir, tais como: grau de hidratação da pele, temperatura 
ambiente, sensibilidade do paciente, frequência e ponteira escolhida. Quando 
atingir a temperatura terapêutica desejada, deve-se abaixar a potência para 
haver somente manutenção da temperatura, não o aumento da mesma. Os 
equipamentos costumam apresentar potência máxima de 100W. 
 
TEMPERATURA TERAPÊUTICA: 
A temperatura deve ser monitorada durante todo o tempo de tratamento 
com o termômetro infravermelho, para que se mantenha uma temperatura 
constante de acordo com o objetivo terapêutico. Exceder o limite crítico de calor 
(muito quente/intolerável) provoca a desnaturação completa das fibras de 
colágeno e inclusive, morte celular generalizada, conduzindo à cicatriz. 
Utilizamos de 37° a 38° C para o tratamento de celulite e fibroses; 40° a 42° C 
para patologias em que é necessária ativação do colágeno. 
 
TEMPO DE MANUTENÇÃO DA TEMPERATURA TERAPÊUTICA: 
Relacionado com a temperatura pretendida e a patologia tratada. 
Geralmente mantém-se a temperatura terapêutica em torno de 3 a 7 minutos. 
 
 
 
40 
PERIODICIDADE: 
Pode variar de acordo com o objetivo terapêutico e avaliação do paciente. 
Há relatos da literatura indicando o intervalo de 07 a 21 dias entre as sessões. 
Normalmente, o tratamento é efetuado uma vez por semana durante pelo menos 
4 a 6 semanas sucessivas nos tratamentos de gordura localizada, celulite, 
fibroses recentes e tardias, contraturas musculares e fibromialgia. No tratamento 
de flacidez de pele corporal e facial, estrias, cicatrizes e sequelas de acne, 
recomendamos a cada 15-21 dias. 
ATUAÇÕES DA RADIOFREQUÊNCIA NO COLÁGENO 
A dermatologia utiliza a radiofrequência de forma não ablativa, 
promovendo o aumento da elasticidade de tecidos ricos em colágeno, pois 
aumentos leves de temperatura, a partir de 5º a 6ºC da temperatura da pele, 
aumenta a extensibilidade e reduz a densidade do colágeno, melhorando 
patologias como o fibroedema geloide e fibroses pós-cirurgia plástica, entretanto, 
aumentos maiores de temperatura e manutenção em 40ºC durante todo o 
período de aplicação diminuem a extensibilidade e aumenta a densidade do 
colágeno, conseguindo assim melhorar a flacidez da pele, promovendo a 
diminuição da elasticidade em tecidos ricos em colágeno. Este efeito é 
denominado lifting pela Radiofrequência (CARVALHO et al.. 2011). 
Segundo Latronico et al. (2010), o efeito da Radiofrequência sobre o 
colágeno se dá pela contração imediata da fibra existente, que é uma reação 
imediata a aplicação, e também, se dá pela remodelação e renovação em médio 
prazo. É importante ressaltar que há uma necessidade de aplicações repetidas 
para efeitos duradouros, pois o efeito da Radiofrequência em promover a 
vasodilatação local melhora diretamente a circulação local, o que melhora a 
capacidade da célula de transferência, como um efeito complementar biológico 
que se propaga continuamente. 
De acordo com Manuskiatti et al. (2009), as fibras de colágeno contraem-
se originando processos inflamatórios que induzem a proliferação de fibroblastos 
e a reconstrução do colágeno. Este processo de reconstrução do colágeno é 
permanentemente induzido durante os tratamentos de Radiofrequência. 
 
 
 
41 
 
Figura: Fases do colágeno. Fonte: http://mymagicacai.blogspot.com.br/2012/12/o-
colageno.html 
 
RADIOFREQUÊNCIA NO REJUVENESCIMENTO 
FASCIAL 
O uso da radiofrequência tem obtido resultados satisfatórios através de 
estudos realizados. É de suma importância atentar – se aos parâmetros do 
aparelho, temperatura, tempo, quantidade de sessões e intervalos entre elas 
para se obter o resultado desejado. 
Agne (2013), cita que entre as duas ou três sessões primeiras sessões 
devem ser repetidas com um intervalo de sete a dez dias uma da outra, evitando 
realizar duas sessões na mesma semana. O efeito imediato obtido, geralmente 
será mais bem visualizado no dia seguinte ao tratamento. 
Nas primeiras sessões ocorrerá o efeito imediato, ou a simples retração 
do colágeno, fato que explica que não há necessidade de repetição do 
tratamento para esse objetivo. Este efeito é buscado por pacientes de pele 
jovem, pois ainda estão em fase produtiva de colágeno. Com isso, não são 
necessárias várias sessões, ao contrário, usam-se uma ou duas sessões, com 
intervalo de 7 a 10 dias com a temperatura de 40°C. A manopla deve ser 
escolhida de acordo com a presença ou não de edema e/ou tecido adiposo, pois 
a manopla monopolar é indicada para casos com maior quantidade de gordura 
e edema e a manopla bipolar é indicada quando há pobreza de gordura, pois 
seu aquecimento estará restrito ao tecido cutâneo com menor resposta lipolítica. 
 
 
 
42 
Já pacientes idosas, que tem a produção de colágeno praticamente insuficiente, 
o tratamento deve ser dividido em dois momentos, buscando o efeito imediato 
(retração do colágeno) e tardio (produção de colágeno). Nessas pacientesa 
repetição das aplicações será maior do que em pacientes jovens, que poderá 
variar de quatro a seis aplicações. As duas primeiras, com temperatura de 40° e 
intervalos de 7 a 10 dias. A partir da terceira aplicação, a temperatura já pode 
variar entre 38°C e 40°C com intervalos de 15 dias. 
Facchinetti et al (2017), em uma pesquisa realizada com oito indivíduos 
do sexo feminino com idade superior a 40 anos com rugas glabelares e frontais. 
Após higienização da pele foi aplicado um gel glicerinado na área de tratamento. 
Foi utilizado para o tratamento um aparelho de Radiofrequência do modelo 
EFFECT da empresa HTM, no modo bipolar com uma frequência de 2,4 MHz 
adequada para o tratamento da derme e epiderme, uma intensidade inicial 
(rampa de subida) de 40% até atingir uma média de 40ºC de temperatura, para 
assim, reduzir a intensidade para 30% e manter a temperatura de 40ºC durante 
5 minutos por área, respeitando a sensibilidade da paciente. Após as sessões o 
gel foi removido e foi orientado o uso de protetor solar diariamente. Foram 
realizadas 10 sessões, uma vez por semana. A Tabela 01 mostra as áreas das 
rugas de todos os pacientes antes do tratamento com RF e as áreas depois de 
concluída todas as sessões. Os resultados do tratamento foram mensurados 
através da redução da área em mm². Após as dez sessões de Radiofrequência, 
aplicadas a uma amostragem de oito pacientes, verificou-se uma redução média 
das áreas afetadas de 52,25 (±41,38) mm² correspondente à 36% de melhora. 
Os pacientes 06 (seis) e 07 (sete) apresentaram os melhores resultados, o 
primeiro com uma redução de 42% e o segundo com 59% de redução. 
 
Tabela 01: Área das rugas antes e após o tratamento 
 
Fonte: (FACCHINETTI et al, 2017). 
 
 
 
43 
 
Com o estudo foi possível concluir que dez sessões com a 
radiofrequência, proporcionou uma melhora na coloração da pele, minimização 
na flacidez cutânea, textura, melhora significativa das rugas frontais e glabelares 
observados através das médias das voluntárias após o tratamento, como 
também uma diminuição das linhas de expressão e melhora no aspecto geral 
em todas as participantes, constatando assim que a radiofrequência apresentou 
- se eficaz para redução das rugas. (FACCHINETTI et al, 2017). 
 
Figura 01: Resultados fotográficos antes e depois do tratamento 
 
Fonte: (FACCHINETTI et al, 2017). 
 
Um outro estudo de caso para o tratamento do rejuvenescimento cutâneo 
com a radiofrequência, foi realizada cinco sessões, com intervalo de 30 dias para 
a recuperação e regeneração tecidual com o tempo total de vinte minutos em 
toda a face, o aparelho foi ajustado em 1MHz, temperatura externa foi mantida 
em 39º C. O estudo mostrou que houve diminuição da flacidez tissular, 
viscosidade da pele e lifting facial. (PONTE et al 2015) 
 
 
 
44 
Silva et al (2012) também avaliaram o uso da radiofrequência no 
rejuvenescimento facial com cinco voluntárias, com idade entre 35 e 55 anos. 
Foram realizadas durante cinco semanas, sessões semanalmente com duração 
de 30 minutos, com temperatura de 37ºC a 40ºC com o aparelho Spectra. O 
rosto das voluntárias foi higienizado no início de cada sessão, dividido em seis 
zonas e finalizado com uso de protetor solar. A comparação entre os grupos A 
(experimental) e grupo B (controle), observou-se melhora significativa no estado 
de flacidez cutânea, rugas e linhas de expressão no rosto das voluntárias. 
Nienkoetter et al (2012), concluiu que a radiofrequência proporciona 
redução da flacidez facial, rugas, linha de expressão e melhora na coloração e 
aspecto da pele. O estudo feito com a radiofrequência da marca CECBRA em 
dez mulheres com idade entre 35 e 45 anos. As sessões de atendimento 
começaram com assepsia de toda a face com sabonete líquido de limpeza 
profunda, gel esfoliante facial e emulsão de limpeza facial, todos da marca 
Extratos da Terra. Foram realizadas dez sessões de radiofrequência, sendo uma 
sessão por semana durante 40 minutos em cada participante. 
Para Agne (2009), Ronzio et al (2010), para flacidez cutânea a 
temperatura utilizada deve ser em torno de 40ºC, pois com isso desenvolve - se 
todos os processos fisiológicos da retração dos septos fibrosos e estimula a 
neocolanogênese, diminuindo a ptose e aumentando a espessura da pele. Já 
para rugas, a temperatura tecidual deve ser em torno de 36ºC a 38ºC, para 
promover o relaxamento da musculatura e auxiliar na densidade das fibras de 
colágeno. 
Marchi et al (2016) realizaram um estudo oito voluntários do sexo 
feminino, sendo quatro tabagistas e quatro não tabagistas com idade entre 47 e 
53 anos para verificar os efeitos da radiofrequência na melhora do aspecto facial 
geral da pele. No protocolo de tratamento foi utilizada a radiofrequência realizado 
duas vezes por semana, com duração de 25 minutos e amplitude de 80% até 
completar dez sessões, sendo executado da seguinte forma: higienização da 
pele com sabonete, esfoliação, tonificação e aplicação da radiofrequência com 
auxílio de gel de contato Galy Tec finalizando o procedimento com a utilização 
de protetor solar. Com o resultado houve redução da extensão de rugas do canto 
externo dos olhos, redução da flacidez do canto da boca, além da minimização 
da profundidade das rugas, clareamento cutâneo e melhora como um todo do 
 
 
 
45 
aspecto, tanto do grupo tabagista e do não- tabagista. Porém eles ressaltam que 
o estudo não deve ser conclusivo, sugerindo que novas pesquisas, com maior 
número de sessões, com mais espaçamento entre a realização das sessões e 
maiores investigações referentes ao tabagismo relacionado ao envelhecimento 
cutâneo e a ação da radiofrequência. 
 
Figura 2: Avaliação da extensão das rugas, de uma voluntária não 
tabagista, em região orbicular do olho direito no início (figura A) e após as 10 
sessões utilizando a radiofrequência (figura B). 
 
Fonte: Marchi et al (2016). 
 
 
Figura 3: Demonstração da melhora obtida em flacidez no canto externo 
da boca ao trago em face esquerda (figura A) e após 10 sessões de 
radiofrequência (figura B). 
 
Fonte: Marchi et al (2016). 
 
Vicente (2017), tratou cinco voluntárias do sexo feminino, com idade 
superior a 40 anos, com sinais de envelhecimento que apresentavam flacidez e 
rugas faciais. Com os resultados, concluiu-se que a radiofrequência é eficaz para 
flacidez facial e atenuação dos sinais do envelhecimento. 
 
 
 
46 
As voluntárias foram tratadas com equipamento de radiofrequência 
Tonederm Spectra® G2, com sessões semanais, totalizando dez sessões. 
Também fizeram o uso de vitamina C (ácido ascórbico) um grama por via oral 
para uso home care associado ao tratamento estético para auxiliar na síntese do 
colágeno. 
O procedimento de radiofrequência facial foi realizado com manopla 
facial, com uma temperatura de 37ºC – 40ºC, com permanência de cinco minutos 
por quadrante facial com movimentos de deslizamento com potência de 8,5 W, 
até completar toda a face (trinta minutos) focando nas regiões mais acometidas 
com sinais de envelhecimento. 
Na voluntaria 1 (figura 4), observou-se melhora na flacidez facial 
principalmente na região da papada, local de maior insatisfação da paciente. 
Também observou-se melhora nas rugas e contorno facial, sendo este, o local 
que foi enfatizada a aplicação, o qual a voluntária mais se queixava. Há uma 
melhora geral nas rugas e contorno da face. 
 
Figura 4: Voluntaria 1, antes e depois do tratamento. 
 
Fonte: Vicente (2017) 
 
 
 
 
47 
Na voluntária 2 (figura 5), houve uma melhora nas rugas na região do 
bigode chinês, área dos olhos e testa. Também percebe - se um 
preenchimento geral por toda a face. 
 
Figura 5: Voluntaria 2, antes e depois do tratamento. 
 
Fonte: Vicente (2017) 
 
 
Na voluntária 3 (figura 6), foi analisado uma melhora no clareamento 
da pele, a diminuição das linhas de expressão e enrijecimento facial.Figura 6: Voluntaria 3, antes e depois do tratamento. 
 
Fonte: Vicente (2017) 
 
 
 
48 
Na voluntaria 4 (figura 7), notou –se melhora no preenchimento da 
face e diminuição da papada e rugas da testa. 
 
Figura 7: Voluntaria 4, antes e depois do tratamento. 
 
Fonte: Vicente (2017) 
 
Na voluntária 5 (figura 8), foi observado uma melhora nas linhas de 
expressão, aspecto e firmeza da pele. 
Figura 8: Voluntaria 5, antes e depois do tratamento. 
 
 
Fonte: Vicente (2017) 
 
 
 
49 
Possamai (2012), em uma amostra composta por um grupo de cinco 
voluntárias, do sexo feminino, com faixa etária entre 50 e 60 anos a fim de 
diminuir do ângulo cérvico facial (papada). 
O aparelho de radiofrequência utilizado foi o New Shape® da empresa 
Bioset, sendo realizadas oito sessões com intervalos de no mínimo dez a quinze 
dias, com duração de quinze minutos por sessão. Foi medido utilizando um 
plicômetro manual da marca Pró Fisiomed® e fita métrica para demarcação dos 
pontos de referência à 3cm abaixo do ângulo do mento com as pinças do 
plicômetro posicionadas a 2cm para cada lado do angulo cérvico facial. Utilizou-
se o AUTOCAD, programa de investigação de imagens usado pela informática, 
a fim de analisar o traço cérvico facial das amostras 
Por meio deste estudo foi possível observar melhora tanto no aspecto 
quanto na diminuição do ângulo cérvico facial. Também notou-se aumento da 
tonificação da musculatura e diminuição da flacidez. 
 
 
Figura 9: Análise fotográfica antes e após a intervenção. 
 
Fonte: Possamai (2012) 
 
 
Enfim, depois dos estudos citados fica a conclusão de que 
radiofrequência sendo utilizada na temperatura correta de acordo com o objetivo 
a ser alcançado, apresenta resultados satisfatórios no rejuvenescimento 
cutâneo. 
 
 
 
 
50 
EFEITOS FISIOLÓGICOS DA RADIOFREQUÊNCIA NO 
COMBATE À FLACIDEZ TISSULAR 
A flacidez refere-se à diminuição do tônus muscular estando o músculo 
pouco consistente. Esta situação pode apresentar-se de duas formas distintas: 
a flacidez muscular e a de pele (tissular). É muito comum que os dois tipos 
apareçam associados, dando aspecto ainda pior às partes do corpo afetadas 
pelo problema. Os músculos ficam flácidos, principalmente por causa da falta de 
exercícios físicos. Se eles não são solicitados as fibras musculares ficam 
hipoatrofiadas e flácidos (MENDONÇA E RODRIGUES, 2010). 
 
De acordo com Lopes e Brongholi (2004), a flacidez é uma patologia 
comumente encontrada em mulheres, sendo considerada uma grande inimiga 
feminina, que compromete a beleza de pernas, braços, seios e abdômen. 
Já Milani et al. (2006), entendem que a flacidez é decorrente de atrofia de 
tecido, ficando este com aspecto de frouxo, afetando em separado pele e 
músculos. Pode ser consequência do envelhecimento fisiológico, onde há perda 
gradativa de massa muscular esquelética, substituída por tecido adiposo, e 
atrofia do tecido adiposo subcutâneo, dentre outras alterações. 
 
OS EFEITOS FISIOLÓGICOS DA RADIOFREQUÊNCIA NO 
COMBATE À FLACIDEZ SÃO DESCRITOS ABAIXO: 
 
I. Vasodilatação e aumento da circulação sanguínea: além da 
elevação da temperatura que produz vasodilatação local, há também estímulo 
do aporte de nutrientes e oxigênio, acelerando a eliminação dos catabólitos. O 
incremento da circulação aparece a partir dos 40°C e alcança o limite máximo 
aos 45°C. A partir de então, inicia-se uma reação de defesa do organismo, 
manifestando vasoconstrição e consequente diminuição da circulação; 
 
 
 
51 
II. Atividade metabólica e enzimática: com o aumento da 
temperatura toda atividade celular aumenta, incluindo a motilidade celular, 
síntese e liberação de mediadores químicos, por exemplo. A taxa metabólica é 
afetada com o aquecimento tecidual. Esse aumento é de cerca de 13% para 
cada 1°C de elevação; 
III. Viscosidade: o aumento da temperatura causa diminuição da 
viscosidade dos líquidos, como sangue, linfa e também dos líquidos dentro e 
através dos espaços intersticiais; Alteração no tecido colagenoso: com 
temperaturas em uma faixa terapeuticamente aplicável tem-se mostrado 
alteração na extensibilidade do tecido colagenoso. Isso ocorre somente se o 
tecido for simultaneamente alongado e requer temperaturas próximas do limite 
terapêutico; 
IV. Estimulação nervosa: os nervos aferentes estimulados pelo calor 
podem causar um efeito analgésico, agindo sobre os mecanismos de controle 
da comporta do mesmo modo que os mecanorreceptores. 
V. Quando a RF penetra nos tecidos e promove uma intensa 
agitação molecular, principalmente das moléculas de água o que gera aumento 
da temperatura tecidual local, ou seja, há um aquecimento seletivo do tecido. 
Por isso que, quanto mais rico em água e eletrólitos for o tecido, mais rápido 
sente-se o calor e maior será a temperatura atingida. Com resultado, as fibras, 
de colágeno contraem, consequentemente aumenta à síntese de novo colágeno, 
que é progressivo a aplicação repetitiva da Radiofrequência. 
 
NÚMERO DE SESSÕES 
As literaturas pesquisadas demonstraram que o uso da Radiofrequência 
para o tratamento da flacidez gera alterações nas fibras de colágeno sendo 
visível através da melhora da tonicidade da pele reduzindo rugas e flacidez. 
Diferentes estudos mostraram que são necessários no mínimo oito 
sessões uma vez na semana para obter um resultado satisfatório. Durante e 
após o tratamento com a Radiofrequência são necessárias rotinas de práticas 
esportivas e uma dieta saudável. 
Carvalho et al. (2011) que fez uma análise em ratos sugere-se uma 
frequência de tratamento de no mínimo sete dias e que a permanência de efeitos 
da radiofrequência no tecido colágeno é de até 15 dias, entretanto temperaturas 
 
 
 
52 
moderadas de 37º a 39º melhora a condição dos tecidos, sugestivo a 
neoformação colágena e surgimento de alta quantidade de vasos subepiteliais. 
Agne et al.. (2009) citam em seu trabalho que o procedimento usando 
Radiofrequência gera alterações nas fibras de colágeno, o que irá refletir 
positivamente na qualidade da pele, essas alterações são visíveis na pele 
através da redução de rugas e flacidez o que não foi verificado em quatro 
repetições de Radiofrequência. 
Em seu estudo Manuskiatti et al. (2009), observaram 37 sujeitos que 
concluíram o protocolo de tratamento com a RF, imediatamente após o 
tratamento, a pele tratada tornou-se quente ao toque e foram observados 
eritemas. Comparou o antes e o depois da sessão, não foram observados 
redução significativas do diâmetro. Observou-se então a severidade inicial de 
flacidez da pele e do grau de celulite, afetou os níveis de melhora. Quando a 
superfície da pele não se apresentava muito irregular, o corpo reagia melhor ao 
tratamento. O resultado do tratamento se prolonga até 4 semanas após o 
tratamento ser interrompido. 
Latronico et al.(2010), descrevem em seu estudo que a Radiofrequência 
apresenta a necessidade do monitoramento constante da temperatura e 
movimentos repetitivos e de desgaste físico do profissional. Porem permite 
melhor traçado da silhueta corporal. 
Portanto, nos artigos pesquisados a Radiofrequência tem seus benefícios 
comprovados para o combate a flacidez, melhorando a tonicidade da pele em 
poucas sessões não alterando a rotina do indivíduo submetido à técnica. Tratar 
a flacidez é possível e os resultados são satisfatórios. 
 
Resultado do antes e depois do uso da Radiofrequência. 
Fonte:http://www.befter.net/user/vidjinski/beft/tratamento-estetico-com-radiofrequencia 
 
 
 
53 
 
Mostra a melhora da tonicidade da pele. Fonte http://clinicawulkan.com.br/radiofrequencia-para-
flacidez-pel/ 
 
A flacidez é um problema frequente em vários indivíduos e a fisioterapia 
dermato funcional tem se mostrado em evidencia no mercado, trazendo 
tecnologias inovadoras, com resultados positivos proporcionando a melhora na 
autoestima de quem se submete a técnica.

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