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1 RADIOFREQUÊNCIA 2 NOSSA HISTÓRIA A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 3 Sumário RADIOFREQUÊNCIA .............................................................................. 1 NOSSA HISTÓRIA .................................................................................. 2 INTRODUÇÃO ........................................................................................ 6 A PELE .................................................................................................... 7 RUGAS E FLACIDEZ ............................................................................ 13 ENVELHECIMENTO / REJUVENESCIMENTO .................................... 14 RADIOFREQUÊNCIA ............................................................................ 17 EFEITO JOULE ..................................................................................... 17 CONCEITO DE RADIOFREQUÊNCIA .................................................. 18 MECANISMO DE AÇÃO E EFEITOS DA RADIOFREQUÊNCIA NA PELE ......................................................................................................................... 18 ALTERAÇÕES FISIOPATOLÓGICAS PROVOCADAS PELA RADIOFREQUÊNCIA ...................................................................................... 20 APLICAÇÃO DA RADIOFREQUÊNCIA ................................................ 21 ESPECTRO ELETROMAGNÉTICO ...................................................... 27 EFEITOS BIOLÓGICOS ........................................................................ 28 EFEITO TÉRMICO ............................................................................. 28 EFEITOS FISIOLÓGICOS ..................................................................... 30 NEOCOLAGÊNESE E NEOELASTOGÊNESE ..................................... 31 TÉCNICA DE RADIOFREQUÊNCIA ..................................................... 33 BENEFÍCIOS DA RADIOFREQUÊNCIA ............................................... 33 CONTRAINDICAÇÕES DA RADIOFREQUÊNCIA ............................... 34 PERIODICIDADE .................................................................................. 35 PROCESSO DE APLICAÇÃO DA RADIOFREQUÊNCIA ..................... 36 AVALIAÇÃO PRÉVIA ......................................................................... 36 PREPARAÇÃO .................................................................................. 36 4 PROCEDIMENTO .............................................................................. 37 TÉCNICA DE APLICAÇÃO ................................................................ 37 SENSAÇÕES DO PACIENTE ........................................................... 37 SOBREDOSIFICAÇÃO ...................................................................... 38 PARÂMETROS ..................................................................................... 38 FREQUÊNCIA ................................................................................... 38 SELEÇÃO DE APLICADOR/PONTEIRAS ......................................... 38 POTÊNCIA/INTENSIDADE: ............................................................... 39 TEMPERATURA TERAPÊUTICA: ..................................................... 39 PERIODICIDADE: .............................................................................. 40 ATUAÇÕES DA RADIOFREQUÊNCIA NO COLÁGENO ...................... 40 RADIOFREQUÊNCIA NO REJUVENESCIMENTO FASCIAL ............... 41 EFEITOS FISIOLÓGICOS DA RADIOFREQUÊNCIA NO COMBATE À FLACIDEZ TISSULAR ..................................................................................... 50 APLICACÃO NA FLACIDEZ TISSULAR (FACIAL E CORPORAL) E RUGAS ......................................................................................................... 54 RADIOFREQUÊNCIA PARA TRATAR A CELULITE ............................ 55 APLICAÇÃO NA CELULITE .............................................................. 58 RADIOFREQUÊNCIA NO TRATAMENTO DA ADIPOSIDADE LOCALIZADA (GORDURA LOCALIZADA) ...................................................... 59 APLICAÇÃO NA ADIPOSIDADE LOCALIZADA ................................ 60 RADIOFREQUÊNCIA NO TRATAMENTO DAS ESTRIAS ................... 61 APLICAÇÃO NAS ESTRIAS .............................................................. 61 RADIOFREQUÊNCIA NO TRATAMENTO DAS CICATRIZES E ADERÊNCIAS/ FIBROSES RECENTES E TARDIAS/ SEQUELA DE ACNE .. 62 APLICAÇÃO NAS CICATRIZES E ADERÊNCIAS/ FIBROSES RECENTES E TARDIAS/ SEQUELA DE ACNE ........................................... 63 5 RADIOFREQUÊNCIA NO TRATAMENTO DAS CONTRATURAS MUSCULARES/ FIBROMIALGIA ..................................................................... 64 APLICAÇÃO NAS CONTRATURAS MUSCULARES/ FIBROMIALGIA ...................................................................................................................... 64 RADIOFREQUÊNCIA NA GORDURA LOCALIZADA ABDOMINAL ..... 65 RADIOFREQUÊNCIA PARA O TRATAMENTO DAS RUGAS .............. 78 REFERÊNCIAS ..................................................................................... 82 6 INTRODUÇÃO A busca pelo corpo perfeito está cada vez em alta, homens e mulheres, estão cada vez mais exigentes procurando técnica de tratamento que possam dar resultados seguros e rápidos sem alterar sua rotina. À medida em que a expectativa de vida da população aumenta, cresce também o interesse por retardar os sinais do envelhecimento. O padrão de beleza buscado pelas pessoas é uma pele jovial, sem manchas e sem rugas. E a fisioterapia dermato funcional vem mostrando resultados satisfatórios com aparelhos de tecnologia avançada como a Radiofrequência. Guirro & Guirro (1996) afirmam que a fisioterapia aplicada à estética, tem por objetivo tratar eficazmente os distúrbios estéticos, o que leva o Fisioterapeuta dermato funcional avaliar profundamente o problema além de escolher o tratamento adequado. As disfunções estéticas são desencadeadas por diversos fatores, uma alimentação inadequada, o sedentarismo, hereditariedade, fatores hormonais, dentre outros, favorecem o surgimento destas patologias na maior parte das mulheres. Com o passar do tempo a produção das proteínas de sustentação da pele, como o colágeno e a elastina, vão sendo reduzidas gradativamente, levando a desestruturação das fibras elásticas e colágenas, perda da elasticidade e consequentemente ao aparecimento da flacidez tissular (KISNER, 2012). A radiofrequência é uma modalidade não invasiva capaz de estimular mudanças na conformação do colágeno e induzir a neocolagenese através da geração de energia térmica de forma controlada em camadas profundas de tecido cutâneo e subcutâneo (AGNE Et al. 2009). Ima g e m : F re e p ik 7 A PELE Imagem: stock.adobe.com A pele é o tecido que reveste o organismo, representando 12% do peso seco total humano, sendo o maior sistema de órgãos expostos ao meio ambiente. Composta por duas principais camadas: a epiderme, camada superficial que tem a função de proteção contra agentes externos, e a derme, porção mais densa da pele, local de sustentação para a epiderme, composta por substância fundamental amorfa, colágeno e elastina (GUIRRO et al 2004). É formada por tecidos de origem ectodérmica e mesodérmica que se arranjam em três camadas distintas: epiderme, derme e hipoderme. A pele possui diversas funções tais como: proteção contra agentes físicos, químicos e biológicos do ambiente (relativamente impermeável), regulação da temperatura, excreção sensibilidade tátil e produção de vitamina D (GUIRRO & GUIRRO 2004). Único órgão externo que pode ser observado em toda a sua extensão, a pele é também, o principal órgão relacionado com a estética do ser humano. Por estar em contato com o meio ambiente é a primeira linha de defesa do corpo contra danos físicos (PANDOLFO, 2011) EPIDERME É constituída por um epitélio estratificado pavimentoso queratinado. Na porção mais profunda é constituída de células epiteliais que se proliferam continuamente para que mantenha o seu número (GUIRRO & GUIRRO 2004). A epiderme é constituída por sistema ceratinocítico, responsável pelo corpo da epiderme e de seus anexos (pelos, unhas e glândulas), sistema melânico, com função imunológica, células de Merkel integrada ao sistema nervoso e células dendriticas indeterminadas, com função mal definida. 8 A epiderme é a camada mais superficial da pele, atuando como barreira protetora as agressões dos fatores externos. A epiderme é a camada mais externa e é formada por um revestimento de camadas de células sobrepostas, sendo que as células superficiais são achatadas e compõem uma camada córnea rica em queratina. A epiderme possui espessura variando entre 1,3 mm (palma das mãos) e 0,06 mm (face). Não possui suprimento sanguíneo, recebendo nutrientes da derme através de capilaridade. Sua função é atuar como uma barreira protetora, impedindo a entrada de substâncias estranhas ao organismo e ao mesmo tempo, mantendo a água, nutrientes e eletrólitos em seu interior. Ela é subdividida em cinco camadas ou estratos: estrato germinativo ou basal, espinhoso, granuloso, lúcido e córneo. Também é constituída pelos queratinócitos (produzem a queratina, responsável pela constante renovação da pele), os melanócitos (responsáveis pela produção da melanina, pigmento que garante a pigmentação da pele), células de Merkel (envolvidas na parte sensorial cutânea atuando como identificadoras do tato, da pressão e do estiramento da pele) e células de Langerhans (desempenham função imunológica adicional a pele). (BORGES et al 2016), (HARRIS, 2016). DERME É uma camada espessa do tecido conjuntivo que se apoia a epiderme e se comunica com hipoderme. A derme está conectada com a fáscia muscular subjacente por uma camada do tecido frouxo, a hipoderme. Abaixo da epiderme a principal massa de pele a derme, um tecido forte, maleável, com propriedades viscoelasticas, e que se consiste em um tecido conjuntivo frouxo composto de proteínas fibrosas (colágeno e elastina). A derme é localizada abaixo da epiderme, formada por tecido conjuntivo que lhe proporciona rica vascularização. A derme é a camada mais profunda, que se apoia a epiderme, de espessura variável atingindo o máximo de 3mm nas plantas dos pés, sendo formada por muitas estruturas com características elásticas, grandes quantidades de vasos sanguíneos e fibras nervosas. 9 A derme é a parte estrutural do tegumento, com espessura variando entre 0,5 mm a 3 mm. Esta camada encontra – se apêndices da epiderme, pelos e glândulas sudoríparas e sebáceas, nervos e vasos sanguíneos. É composta por células denominadas fibroblastos (responsáveis pela síntese de colágeno e elastina), por enzimas como colagenase e estromelisina, bem como de matriz extracelular. Composta também por macrófagos, linfócitos, mastócitos que desempenham função imunológica associado com as células de Langerhans na epiderme (BORGES et al 2016; HARRIS, 2016). A derme é classificada em suas camadas: a derme papilar e derme reticular. A derme papilar é formada por tecido conjuntivo propriamente dito do tipo frouxo e localizada imediatamente abaixo da epiderme cuja função é fixar a membrana basal à rede de fibras elásticas da derme; e a camada reticular, ou profunda, composta de tecido conjuntivo propriamente dito do tipo denso não modelado e situada profundamente em relação à camada papilar, contendo muitas fibras elásticas, responsáveis pela característica de elasticidade da pele. HIPODERME A hipoderme é o tecido sobre o qual a pele repousa, formado por tecido conjuntivo que varia do tipo frouxo ou adiposo ao denso nas várias localizações e nos diferentes indivíduos (GUIRRO & GUIRRO, 2004). A distribuição de gordura não é uniforme em todas as regiões do corpo, nos indivíduos normais, algumas regiões nunca acumulam gordura, como pálpebra, a cicatriz umbilical, a região esternal e as dobras articulares. Em outras regiões pelo contrário há maior acumulo de tecido adiposo a porção proximal dos membros e a parede abdominal (GUIRRO & GUIRRO, 2004). A hipoderme é uma camada de gordura que, embora tenha a mesma origem e morfologia da derme, não faz parte da pele, apenas lhe serve de suporte e união com os órgãos subjacentes. A hipoderme é a camada mais profunda, há tecido adiposo cujas células armazenam a gordura subcutânea (panículo adiposo). É formado por um tecido conjuntivo frouxo que serve para unir, de maneira pouco firme a derme aos outros órgãos do corpo, permitindo que a pele tenha certo grau de deslizamento, variável com a região do corpo. 10 Imagem: Composição da Epiderme, Derme e Hipoderme - Sou Enfermagem. www.souenfermagem.com.br Estrutura da pele. Fonte: http://www.blogger-index.com/20946895-bar-a-relationship-101. 11 COLÁGENO E ELASTINA O colágeno e a elastina são proteínas fundamentais na constituição da matriz extracelular do tecido conjuntivo, são responsáveis por conferir resistência e elasticidade aos tecidos (BATISTA, 2015 apud SILVA et al 2017) O colágeno representa 30% do total de proteínas do corpo e 70% do peso da pele seca. Tem como função fornecer resistência e integridade estrutural a alguns tecidos e órgão. São distribuídos na pele em colágeno do tipo I, III, IV e VII, sendo em maior quantidade dos tipos I e II. (BORGES et al 2016; HARRIS, 2016). O colágeno é a proteína a estrutural mais importante nos humanos e tem como função primária o suporte dentro da matriz extracelular. As fibras colágenas são as principais e mais abundantes fibras do tecido conjuntivo denso, constituinte da derme (AGNE et al. 2009). De acordo com Carvalho et al. (2011), as fibras de colágeno são predominantes do tecido conjuntivo, sendo constituídas por uma escleroproteína denominada colágeno. O colágeno é uma proteína abundante no corpo do ser humano, representando 30% do total de proteínas destes, e tem como função fornecer resistência e integridade estrutural a diversos tecidos. A elastina é responsável pelas propriedades retráteis da pele, constituindo de 2% a 4% da derme. A elastina também é produzida pelos fibroblastos, e sua função é a elasticidade e a resistência ao desgaste cutâneo. São formadas por diferentes estruturas, a elastina, proteína principal de aspecto amorfo, e microfibrilas, estruturas fibrilares proteicas. (BORGES et al 2016; HARRIS, 2016). A elastina é uma fibra de sustentação da pele que trabalha em conjunto com o colágeno e compõe a mesoderme, camadaintermediária da pele. A elastina é uma proteína helicoidal, na forma de uma mola, que liga a pele aos tecidos musculares e é muito elástica, permitindo que a pele retorne ao seu estado original após ser submetida a um estiramento forçado. Portanto, ela está diretamente ligada ao aparecimento das estrias. 12 O máximo de produção espontânea de elastina ocorre na adolescência e durante a gravidez, permitindo que a pele da barriga se expanda, acompanhando o aumento do útero decorrente do crescimento do feto. Quando a produção de elastina não é suficiente, temos a formação de rachaduras no interior da mesoderme, que são nada menos do que as já conhecidas estrias. Na fase de envelhecimento, o organismo tem muito menor aptidão para produzir nova elastina, mas isso se deve principalmente a fatores externos, como a poluição. O ideal é proteger a fibras já existentes para evitar a sua degradação, usando produtos cosméticos que tenham ação antipoluente e antioxidante, mas vale destacar que essa produção pode ser reativada a qualquer momento por sinais bioquímicos, provenientes de cosméticos. Assim como outros órgãos, a pele sofre as alterações provocadas pelo declínio de suas funções, causando o envelhecimento. Não apenas por fatores intrínsecos, causados pelo desgaste natural do organismo e genética provocam mudanças na aparência da pele, mas também fatores extrínsecos, causados por exposição excessiva as influências danosas do meio ambiente como radiação solar, estresse, tabagismo entre outros (OLIVEIRA et al, 2014). 13 A flacidez é um problema estético muito comum pela consequência do envelhecimento biológico, caracteriza- se pela perda do tônus e elasticidade tecidual. As alterações que causam a flacidez podem ser desencadeadas por alguns fatores, dentre eles, mudanças repentinas de peso, processo fisiológico do envelhecimento da pele, idade, hábitos alimentares, exposição excessiva ao sol, entre outras. A flacidez facial ocorre devido a alteração e diminuição das estruturas profundas trazendo um reflexo à superfície. Na derme, as fibras colágenas se tornam mais espessas e as fibras elásticas perdem parte de sua elasticidade devido a diminuição do número de fibroblastos. Na hipoderme, ocorre a diminuição de gordura. Também ocorre a diminuição do trofismo e tônus muscular e em fase mais tardia, a massa muscular esquelética começa a ser perdida e substituída por gordura, como exemplo na região submentoniana (pescoço). (GUIRRO et al 2004; ELMAN, 2010). RUGAS E FLACIDEZ FLACIDEZ FACIAL A flacidez facial faz com que a pele perca sua firmeza, provocada pela frouxidão tecidual. Aparecem as rugas superficiais e profundas onde as bochechas e as pálpebras são as primeiras a decair. Logo depois surgem as marcas de expressão, rugas, depressões e sulcos na pele, principalmente na região dos olhos, bochechas, pálpebras, pescoço, queixo e ao redor da boca. Imagem: Combater a flacidez facial as vezes é bastante difícil, isso porque ela é uma alteração natural da pele. Fonte: clinicaeduardocolacio.com.br 14 O aparecimento das rugas ocorre devido ao enrijecimento das fibras colágenas e perda da elasticidade natural em razão da diminuição das fibras elásticas e outros componentes do tecido conjuntivo. A camada adiposa se torna irregular, dando origem as rugas gravitacionais e ocorre também diminuição de trocas metabólicas e oxigenação dos tecidos tornando a superfície da pele mais desidratada (GUIRRO et al 2004). As rugas podem ser classificadas de acordo com a profundidade como: o superficiais (há diminuição ou perda das fibras elásticas na derme papilar, desaparecem ao estiramento da pele) e o profundas (são decorrentes principalmente da ação solar e não desaparecem ao estiramento da pele). Há também outras 3 categorias que podem ser divididas: o Rugas dinâmicas (decorrentes do movimento muscular da expressão facial), o Rugas estáticas (aparecem mesmo na ausência do movimento) e o Rugas gravitacionais (devido a flacidez tissular) (BORGES et al 2016). Em meio a tantos tratamentos disponíveis no ramo da estética para retardar os sinais do envelhecimento, a radiofrequência vem se mostrando uma técnica com resultados rápidos e seguros postergando assim a necessidade de uma cirurgia plástica (SILVA et al, 2014). ENVELHECIMENTO / REJUVENESCIMENTO Entende-se como envelhecimento uma série de alterações que vão ocorrendo no organismo ao longo do tempo vivido. Este processo provoca mudanças nas funções e estrutura do corpo e o torna mais suscetível a uma série de fatores prejudiciais, estes podem ser tanto internos (falha imunológica, renovação celular comprometida), como externos (estresse ambiental). As causas do envelhecimento podem ser entendidas a partir da compreensão da renovação celular. Nosso corpo é composto por aproximadamente 75 trilhões de células e estas, multiplicam-se constantemente. À medida que as células se dividem (processo de reprodução - mitose), seus telômeros (sequências de DNA) vão sendo encurtados. Após muitos ciclos de 15 divisão, eles desaparecem até que finalmente, as células perdem sua capacidade de renovação. A partir do momento em que as células não se dividem mais, elas envelhecem, perdem por completo suas funções e morrem. Fonte: https://clinicachociai.com.br/procedimentos/rejuvenescimento-da-pele/ Há ainda outras teorias sobre as causas internas de envelhecimento, entre elas estão a ação da glicose dentro do organismo, a nação dos radicais livres, falhas imunológicas, entre outras. Além disso, as causas podem ser genéticas, raciais ou mesmo as pessoas que utilizam muito a expressão facial ao falar, tendem a apressar o aparecimento das rugas. Com relação aos fatores externos, os mais conhecidos por agredirem o organismo e acelerarem o processo de envelhecimento são a poluição ambiental, o fumo, o álcool e a exposição exagerado às radiações solares sem proteção. O cigarro é um grande causador do envelhecimento precoce e ele não agride só quem fuma ativamente, como também compromete a saúde e a beleza dos chamados fumantes passivos, que são aqueles indivíduos que estão por perto de quem fuma. Os eventos que fazem parte do processo de envelhecimento cutâneo se confundem com os que ocorrem nos demais tecidos corporais. Porém, a pele apresenta algumas peculiaridades topográficas que coloca a cútis em uma situação mais desfavorável. A foto envelhecimento, uma área de estudo que ganhou muito destaque nas últimas décadas na medida que os conhecimentos sobre os efeitos das radiações ultravioleta na epiderme e derme ficaram melhor elucidados. 16 Boa parte das alterações cutâneas encontradas no envelhecimento tem sua fisiopatologia bem definida e estão envolvidas com os fatores abaixo citados: Redução do Perfil Circulatório (Oxigenação e Nutrição) Modificações circulatórias no envelhecimento ocorrem por mudanças no sistema circulatório como um todo. Alterações no controle da pressão arterial, modificações no endotélio vascular aumentando a presença de placas de ateroma, comprometimento da permeabilidade dos vasos são situações que levam a uma menor oxigenação e nutrição dos tecidos periféricos. Perda de Colágeno e Elastina Comprometimento da circulação e ambiente hormonal da pele tendendo ao catabolismo, favorece uma menor produção de fibras e de componentes da substância fundamental amorfa (glicosaminoglicanas e proteoglicanas), pelos fibroblastos. Estes componentes, que formam a matriz dérmica promovem turgor, elasticidade, firmeza e tônus à pele, além de manterem a hidratação deste tecido. Perda de água ou Desidratação da Derme Menor presença dos componentes extracelulares da derme provoca redução na fixação de água na derme uma vez que estas moléculas(fibras, componentes da substância fundamental amorfa), as responsáveis pela boa manutenção do teor hídrico dérmico. Quanto menos água na derme, menores as trocas deste tecido com a epiderme. Esta última, por sua vez será acometida por outros tipos de mudanças como podemos ver abaixo. Redução do Turn-over de Células Epidérmicas e espessura epidérmica As menores trocas entre derme e epiderme resultam em menor atividade das células da camada basal da epiderme. A menor atividade mitótica por parte destas células faz com que as trocas celulares epidérmicas fiquem comprometidas e a renovação deste tecido tende a se tornar mais lenta. A pele encontra uma saída para que suas células continuem sendo originadas na camada basal e encontrem-se prontas para a descamação superficial após 28 dias. 17 RADIOFREQUÊNCIA Denomina- se radiofrequência as radiações compreendidas no espectro eletromagnético entre 30 KHz e 3 GHz, e as frequências mais utilizadas em equipamentos estéticos estão entre 0,5 MHz e 1,5 MHz. Utiliza-se ondas eletromagnéticas de alta frequência para produzir calor em nível cutâneo e subcutâneo. Seu mecanismo de ação (vibração das moléculas de água) transforma a energia eletromagnética em energia térmica (BORGES et al 2010), (BORGES, 2014). Com o recente desenvolvimento tecnológico no âmbito da estética, a Radiofrequência, passou a ser utilizada no rejuvenescimento e flacidez agindo na derme e na hipoderme. A definição de Radiofrequência se explica a porção do espectro eletromagnético onde ondas eletromagnéticas através de corrente alternada gera calor profundo para tratamento de fibroedema gelóide, gordura localizada e de colágeno (flacidez, estrias e rugas) (PIROLA, 2010). É utilizada para geração de calor por conversão. Alega-se a passagem de uma energia transmitida em forma de ondas, substituindo em outra radiação, calor. As correntes abaixo de 3.000 Hertz (Hz) exercem função de eletroestimulção e eltroanalgesia. Diatermia é o nome para este método, empregado há anos como termoterapia profunda. EFEITO JOULE Estabelecida pela seguinte fórmula: energia (J) I = 2 × R × T (em que I = corrente, R = impedância do tecido e T = tempo de aplicação), o efeito Joule é o principal efeito térmico da radiofrequência ao atravessar os tecidos entre os eletrodos e produzir calor. Quanto maior a frequência através de uma carga resistente (tecido), maior a produção térmica. A radiofrequência destina sua energia através de dois eletrodos: eletrodo ativo e o eletrodo passivo. A diferença entre os eletrodos está no estímulo, uma vez que o eletrodo ativo estimula grande consistência de corrente provocando efeitos térmicos localizados nos tecidos e ocasionando a estimulação tecidual como exemplo a produção de colágeno. Já o eletrodo passivo consiste em uma placa condutiva de grande 18 contato que conclui o circuito da corrente fazendo com que a energia regresse ao paciente. CONCEITO DE RADIOFREQUÊNCIA Latronico et al.. (2010), cita que a Radiofrequência conceitua-se na emissão de correntes elétricas de alta frequência, formando um campo eletromagnético que gera calor, quando em contato com os tecidos corporais humanos. Trata-se de uma terapia em que se programa e modula as frequências projetadas ao tecido corporal, a fim de se atingir a camada subdérmica. Sendo uma terapia segura e aplicável a todos os fototipos cutâneos. A Radiofrequência é uma radiação no espectro eletromagnético que gera calor compreendido entre 30 kHz e 300 MHz. Esse tipo de calor alcança os tecidos mais profundos gerando energia e forte calor sobre as camadas mais profundas da pele, mantendo a superfície resfriada e protegida, ocasionando a contração das fibras colágenas existentes e estimulando a formação de novas fibras, tornando-as mais eficientes na sustentação da pele (CARVALHO et al. 2011). MECANISMO DE AÇÃO E EFEITOS DA RADIOFREQUÊNCIA NA PELE A Radiofrequência (RF) é uma técnica que utiliza radiações do espectro eletromagnético na ordem de kilohertz (kHz) a Megahertz (MHz). Estas ondas eletromagnéticas apresentam energias que se diferem pela capacidade de induzir movimento de partículas ionizadas. Essa característica é utilizada em transmissão de sinais (como rádio) e daí vem o nome radiofrequência. O método de Radiofrequência é baseado na conversão da energia eletromagnética em efeito térmico, quando utilizada na faixa de frequência de kHz não ocorre aquecimento nos tecidos pelo campo eletromagnético gerado e sim pela resistência à passagem da corrente. Na faixa de MHz, o campo eletromagnético causa a polarização e oscilação das moléculas de água, a fricção entre as moléculas transforma a energia eletromagnética em calor (calor endógeno). A técnica de Radiofrequência induz a retração nas fibras colágenas sem destruí-las. No seu funcionamento, as ponteiras passam correntes alternadas 19 para o tecido. Os íons desse tecido seguem na direção da corrente, gerando a elevação de temperatura, resultando em um encurtamento do tecido sem ruptura da integridade da epiderme. O contato do tecido com a radiofrequência pode originar uma ordem de fatores devido ao aumento da temperatura. A energia gerada pela radiofrequência tem o poder de adentrar na epiderme, derme e hipoderme, e também nas células musculares. Ocorre então a indução da vasodilatação, os líquidos intercelulares que estão em alta quantidade são reabsorvidos pelos vasos linfáticos, provocando também o aumento da circulação sanguínea. Estes eventos favorecem a drenagem linfática dos restos celulares, de radicais livres e metabólitos teciduais tóxicos, devido à melhora no fluxo sanguíneo local, ganho de oligoelementos tissulares, nutrientes e oxigênio. Esta série de acontecimentos favorecem a quebra de lipídios nos adipócitos, provocando a mobilização e eliminação de gorduras para o líquido intersticial, sua drenagem para o sistema linfático ocasionando o processo de homeostase do organismo. O estímulo dos tecidos com as ondas eletromagnéticas exerce ação sobre os fibroblastos levando a produção de fibras elásticas e colágenas. A estimulação eletromagnética dos fibroblastos induz o processo de neocolagênese. O efeito térmico da radiofrequência provoca desnaturação parcial de fibras colágenas antigas e induz a síntese de novas moléculas de colágeno pelos fibroblastos estimulados, processo denominado neocolagênese. Este confere mais firmeza e elasticidade à pele. O procedimento da radiofrequência é utilizado de forma eficaz para o tratamento estético da flacidez cutânea, melhorando a sua aparência e conferindo mais resistência e elasticidade cutânea. O surgimento de ondulações desarmônicas em partes do corpo, como coxas, abdômen e nádegas, é uma aparência característica da celulite, também chamada de fibroedema geloide. Esta inflamação do tecido celular acontece por diversos fatores, podendo ser genéticos ou endócrinos. Este aspecto aparece quando há o aumento de tecidos adiposos, e diminuição da microcirculação local, juntamente com a debilitação dos tecidos. É relacionado o uso da radiofrequência com o fortalecimento dos tecidos, tratando assim a celulite de forma satisfatória. A radiofrequência gera uma energia de calor homogênea e penetrável, que esquenta as camadas íntimas da pele. A corrente que é 20 transmitida com potência, chega na superfície a ser tratada, oferecendo resultados clínicos, por muito tempo, conseguindo diminuir medidas e o aspecto da celulite. ALTERAÇÕES FISIOPATOLÓGICAS PROVOCADAS PELA RADIOFREQUÊNCIA A vibração iônica, a rotação das moléculas dipolares e a distorção molecular são fenômenos que ocorrem quando há passagem de uma radiofrequência pelo tecido, decorrente do aumento da temperatura. A vibração iônica é a forma mais efetiva de alterar a energia elétricaem calor, pois os íons presentes nos tecidos cedem a vibrações a mesma frequência da radiofrequência, ocasionando no aumento da temperatura. A Rotação das moléculas dipolares tem pouca competência de conversão térmica em relação a vibração iônica, e já a distorção molecular causa uma conversão menor de energia elétrica em calor. O aquecimento tecidual e enrijecimento das fibras protéicas no estrato subcutâneo cooperam para modificações rápidas de contorno na pele após o procedimento. Existe um sistema no aparelho da radiofrequência que provoca o aquecimento dos tecidos cutâneos profundos e arrefecimento superficial, chamado de gradiente térmico inverso, onde é produzido um calor mais agudo atingindo maiores profundidades, penetrando o calor a nível da derme e camada subcutânea, onde o calor não penetra ativamente nas camadas superficiais da pele não induzindo queimaduras térmicas. Fonte: https://clinicaideal.med.br/espaco-estetica/radiofrequencia/ 21 APLICAÇÃO DA RADIOFREQUÊNCIA Sabe-se que a energia gerada pelo aparelho de Radiofrequência pode ser de três formas: Capacitiva, Resistiva e Indutiva. O eletrodo considerado capacitivo ou resistivo, cuja função básica é gerar e armazenar energia, quando aplicado em contato direto com a pele, faz com que esta energia será liberada promovendo a elevação da temperatura; já o sistema indutivo é aplicado por uma manopla especial de vidro que separa o eletrodo gerador de energia da pele, sendo esse pouco utilizado. O modo de emissão da energia pode ser monopolar, bipolar, tripolar e multipolar (possui 3 ou mais eletrodos). A manopla monopolar possui potência e densidade elevada superior às demais manoplas. A técnica é aplicada, geralmente, por dois ou três eletrodos; o eletrodo ativo o qual provoca grande densidade de corrente, o circuito da corrente é fechado pelo eletrodo passivo que consiste em uma placa condutiva de grande contato fazendo com que a energia retorne ao paciente. A Radiofrequência pode ser de alta ou baixa frequência, utilizando aplicador monopolar, bipolar e tripollar. A tecnologia inovadora do sistema radiofrequência tripollar combina, num só dispositivo, os sistemas radiofrequência monopolar e bipolar, produzindo uma energia calorífica homogênea e profunda. Os fluxos de corrente de RF que circulam entre três polos (elétrodos) aquecem em simultâneo as camadas superficiais e profundas da pele. A intensidade da corrente que circula entre os três polos transmite uma densidade de alta potência sobre a área a tratar logo, de baixo consumo, proporcionando resultados clínicos de longo prazo após várias sessões de tratamento, sem causar desconforto (MANUSKIATTI et al. 2009). A Radiofrequência é indicada para tratamentos da pele na flacidez e remodelador corporal. Também atua no fibroedema geloide e têm-se demonstrado sua eficácia na redução da pele tipo “casca de laranja”, é recomendado também nos tratamentos pós-lipoaspiração, rugas, cicatrizes, alopecia (queda excessiva de cabelo), olheiras, adiposidades, estrias, manchas e fibroses. 22 É contraindicado o uso da Radiofrequência em indivíduos com transtorno de sensibilidade, marca passo, grávidas, sobre glândulas que provoquem o aumento de hormônio, em focos infecciosos, pacientes que estejam ingerindo vasodilatadores ou anticoagulante, hemofílicos e em estado febril. A radiofrequência é feita a partir de um aparelho e no mercado atual existem aparelhos com três mecanismos de ação: monopolar ou unipolar, bipolar e tripolar. UNIPOLAR OU MONOPOLAR O aparelho unipolar ou monopolar, funciona através do aquecimento profundo e controlado (penetração profunda até 20 mm). A radiofrequência unipolar promove a liberação de ácidos graxos e triglicérides dos adipócitos, diminuindo seu volume e compactando o panículo adiposo. Segundo Goldberg DJ et al., (2008) esse aquecimento controlado também estimula a remodelação e a formação de novas fibras de colágeno, tratando assim a flacidez e a celulite, além de promover o remodelamento corporal. Aparelho de radiofrequência Monopolar com 500kHz de frequência e 98W de potência, permitindo ao terapeuta dispor de maior potência durante os tratamentos. Fonte: https://www.hsmed.com.br/tecatherm-aparelho-de-radiofrequencia- monopolar-cecbra 23 Tabela 1. Síntese dos aspectos fundamentais no tratamento com RF utilizando-se equipamento com aplicador monopolar (VIEIRA, 2016) 24 BIPOLAR A radiofrequência bipolar foi estudada por Waniphakdeedecha R & Manuskiatti (2006), com base em achados científicos constataram que a RF bipolar promove um aquecimento superficial e controlado da derme (camada mais superficial da pele), estimulando a reorganização e a formação de novas fibras de colágeno superficial e médio. Equipamento Radiofrequência Bipolar. Fonte: https://www.hsmed.com.br/tecatherm-aparelho-de- radiofrequencia-monopolar-cecbra Tabela 2. Síntese dos aspectos fundamentais no tratamento com RF utilizando-se equipamento com aplicador bipolar. (VIEIRA, 2016) 25 TRIPOLLAR OU MULTIPOLAR Segundo Manuskiatti et al. (2009) a tecnologia do sistema Radiofrequência TriPollar combina, num só dispositivo, os sistemas Radiofrequência unipolar e bipolar, produzindo uma energia calorífica homogênea e profunda. Os fluxos de corrente de Radiofrequência que circulam entre três polos (eletrodos), aquecem em simultâneo as camadas superficiais e profundas da pele. A intensidade da corrente que circula entre os três polos transmite uma densidade de alta potência sobre a área a tratar, logo, de baixo consumo, proporcionando resultados clínicos de longo prazo após várias sessões de tratamento, sem causar desconforto. Tabela 3. Síntese dos aspectos fundamentais no tratamento com RF utilizando-se equipamento com aplicador multipolar. (VIEIRA, 2016) Aparelho de Radiofrequência Tripolar Fonte: https://www.fisiofernandes.com.br/triatherm- slim-aparelho-de-radiofrequencia-tripolar- cecbra/p 26 No que diz respeito ao modo de aplicação, Borges (2010) relata que por haver variedade de equipamentos, o modo de aplicação é estipulado por cada fabricante, o que deve ser seguido rigorosamente. HISTÓRIA DA RADIOFREQUÊNCIA A radiofrequência vem sendo utilizada desde 1891, quando seu inventor o fisiologista francês Jaques Arsène D’ Arsonval descobriu que frequência superior a 10.000 Hz no corpo humano era suportável, em 1911, o objetivo da radiofrequência foi para uso de corte e cauterização dos tecidos vivo, mas foi em 1976 que entrou para a medicina, no combate das células cancerígenas, utilizando potência mais elevada (AGNE, 2013). No século XIX D`Arsonval, médico e físico, realizou um experimento forçando uma corrente elétrica através de seu corpo e de um de seus assistentes, relatando sensação de aquecimento sem promover contrações musculares. Trabalhos subsequentes levaram ao desenvolvimento de métodos indutivos e capacitivos de aplicação de correntes de alta frequência ao corpo humano para produzir o que se propunha ser um aquecimento não superficial (SCOTT ET AL., 2003). Jacques-Arsène d'Arsonval (La Porcherie, 8 de junho de 1851 - 13 de dezembro de 1940) foi um médico, físico e inventor francês. Foi o inventor do galvanômetro, da bobina móvel e do amperímetro termopar. Junto com Nikola Tesla, d'Arsonval foi um colaborador importante no campo da eletrofisiologia, o estudo dos efeitos da eletricidade nos organismos biológicos, no século XIX. Fonte: Wikipédia 27 ESPECTRO ELETROMAGNÉTICO Fonte: HTM Eletrônica O espectro eletromagnético é o intervalo completo da radiação eletromagnética, que vai de ondas longas (rádio) até ondas muito curtas (raios gama). A imagem acima, representa o espectro eletromagnético com suas diferentesfrequências e comprimentos de ondas. Denomina-se radiofrequência (RF), as radiações compreendidas no espectro eletromagnético entre 30 KHz e 3 GHz. Um campo elétrico é um campo de força resultante da ação de um sistema de cargas elétricas e a região invisível formada pela energia da movimentação dessas cargas é chamada de campo magnético. O campo eletromagnético aparece quando ambos existem simultaneamente e a movimentação de cargas é consequência da passagem de corrente elétrica. O equipamento de Radiofrequência, utiliza-se de uma corrente elétrica alternada sinusoidal bifásica, de alta frequência e média intensidade, que irá se compor em um campo elétrico e um magnético, oscilando perpendicularmente um ao outro em direção à propagação de energia. 28 Fonte: HTM Eletrônica EFEITOS BIOLÓGICOS EFEITO TÉRMICO Segundo AGNES (2013), a Radiofrequência tem a finalidade de elevar a temperatura tecidual a níveis que possam favorecer respostas fisiológicas perfeitamente controláveis, desde que sua frequência esteja compreendida dentro de um range de 0,30 MHz a 5 MHz. A Radiofrequência age por conversão, ou seja, converte uma energia eletromagnética em efeito térmico, a medida em que a energia está sendo absorvida. As camadas da pele agem como resistores em série à passagem da corrente e dependendo da sua resistência, pode se aquecer em variados graus, parecido com uma lâmpada que se aquece quando a eletricidade passa através da mesma. O nível de penetração, bem como a absorção da energia eletromagnética gerada pela Radiofrequência nos tecidos, depende tanto do aspecto físico do equipamento, como de algumas propriedades teciduais. Esta dependência é determinada pela seguinte equação: 29 A partir da equação acima, pode ser entendido que a profundidade de penetração em milímetros é inversamente proporcional à raiz quadrada da frequência. Por isso, baixas frequências possuem uma taxa de penetração mais elevada. Desta forma, quanto maior for a frequência, menor o poder de penetração. A quantidade de calor gerado também dependerá de outras variáveis relacionadas às propriedades do tecido, tais quais, as características para a condução térmica, a sua capacidade para dissipação do calor e da taxa de absorção da radiação eletromagnética. Abaixo temos uma equação que se refere à Lei de Joule, que também é conhecida como efeito Joule. Resumidamente, diz respeito a uma lei física que expressa a relação entre o calor gerado e a corrente elétrica que percorre um condutor em determinado tempo. A energia de RF é conduzida eletricamente no tecido e o seu o aquecimento é produzido quando a resistência inerente do tecido, isto é, a impedância, converte a energia elétrica em térmica. DIFERENCIAÇÃO DE CALOR E TEMPERATURA Fisicamente, calor e temperatura são distintos e no meio celular, as respostas também são diferentes. Por exemplo, podemos dizer que o calor gerado por um agente térmico como por exemplo, a compressa quente, promove relaxamento tecidual, enquanto que a Radiofrequência incidente, ao contrário, reafirma esse tecido. 30 Um bom exemplo é expor uma das mamas a uma compressa ou mesmo frente a uma lâmpada de infravermelho. Em alguns minutos essa mama estará relaxada e assim ficará flácida e consequentemente mais baixa quando comparada a mama oposta, não submetida ao calor. Quando se submete a mama à Radiofrequência, essa se comportará de modo contrário ao calor, ou seja, a pele responderá com moderada retração promovendo seu levantamento. Assim, diferenciamos com facilidade calor e temperatura. COMPORTAMENTO DIELÉTRICO DOS TECIDOS A passagem da Radiofrequência pelo tecido pode produzir uma série de fenômenos que derivam do aumento de temperatura e subsequente aquecimento volumétrico. Estes são: - Rotação dos dipolos: as moléculas de água quando exposta à Radiofrequência, giram em torno do seu próprio eixo acompanhando a mesma frequência do campo eletromagnético aplicado. Causam uma colisão entre os tecidos adjacentes, produzindo calor. As moléculas de água aquecidas, estendem seu calor no tecido circundante, devido a sua condutividade térmica. - Oscilação das cargas livres ou íons: os íons encontrados em fluídos corporais, possuem cargas elétricas que são atraídas e repelidas ao se alternar a polaridade da corrente durante a sua emissão, gerando um importante atrito iônico que irá resultar em calor por conversão. Fonte: HTM Eletrônica EFEITOS FISIOLÓGICOS A energia penetra em nível celular, na epiderme, derme e hipoderme e alcança inclusive as células musculares. Sua atividade biológica, se manifesta através de duas modalidades: 31 - Efeito energético: após ser estimulado pela Radiofrequência, o tecido cutâneo tem suas reações químicas facilitadas, permitindo uma maior movimentação entre os íons através da membrana lipoprotéica e facilitando, portanto, a transformação de ADP em ATP. - Efeito térmico: como a movimentação dos íons e seus atritos e choques entre si, é gerada uma hipertermia local, que determina um aumento no fluxo sanguíneo, com aumento da demanda de oxigênio e nutriente, com também, aumento da saída dos catabólitos e subprodutos celulares. NEOCOLAGÊNESE E NEOELASTOGÊNESE O colágeno é uma família de proteínas estruturais, que promovem sustentação e resistência da pele e de outros tecidos. As fibras de colágeno são compostas de cadeias de proteínas, dispostas numa tripla hélice, ligando-se através de pontes de hidrogênio. A elasticidade e, portanto, a complacência dos tecidos é dada pelo sistema de fibras elásticas, que está constituído por arcabouço microfibrilar que contém elastina, as fibras maduras e as elaunínicas são mais espessas, responsáveis pela elasticidade, e as fibras oxitalânicas são mais finas, e contêm apenas microfibrilas, sendo responsáveis pela resistência. Dependendo da função do tecido, elasticidade ou resistência, varia a quantidade e o tipo de fibra elástica. O colágeno, quando aquecido pela Radiofrequência, perde as pontes de hidrogênio e a estrutura helicoidal se transforma em uma estrutura amorfa e enrolada ao acaso. Isso produz um encurtamento e engrossamento das fibras de colágeno, de modo que as cadeias de proteínas se dobram e assumem uma configuração mais estável. Tal contração do colágeno, pode ser traduzida na pele pelo efeito “skin tightening”. O encurtamento do colágeno, não é mediado por lesão. Os efeitos imediatos da contração do colágeno ocorrem por um fenômeno chamado de hôrmese, onde, o corpo produz uma resposta adaptativa ao surgimento de um agente estressor. O corpo responde a hipertermia, pela estimulação de uma proteína denominada de proteína de choque térmico (Heat Shock Proteins - HSP). A elevação da temperatura estimula a formação de HSP-47, proteína residente no 32 reticulo endoplasmático, cuja função é proteger o colágeno tipo I durante a sua síntese. Esse aquecimento gerado à nível de derme produz um estímulo da síntese na célula dessas proteínas HSP, causando a expressão de TGF-beta-1 (fator transformador de crescimento beta-1), que é conhecido por ser um elemento-chave na resposta inflamatória e no processo fibrogênico, fazendo com que os fibroblastos reajam aumentando a produção de colágeno. Kadunc et al (2013), afirma que a hipertermia causada pela Radiofrequência, pode desnaturar o colágeno e gerar uma reação inflamatória como mecanismo de resposta. O processo inflamatório é intenso e passageiro, com presença de edema, aumento de vascularização e estímulo de fibroblastos, necessário para a neocolagenização e reorganização das fibras colágenas e subsequente remodelamento do tecido. Segundo Hantash et al (2009), através dos efeitos térmicos produzidos pela radiofrequência ocorre a contração das fibras elástica,levando a produção de neoelastogênese. QUANDO SE SUBMETE A PELE À EMISSÃO DA RADIOFREQUÊNCIA Quando se submete a pele à emissão da radiofrequência, essa responde com o estreitamento do colágeno promovendo efeito benéfico para a flacidez. Temperaturas teciduais entre 39º e 45º não causam nenhum dano significativo, gerando apenas a retração do colágeno. Os danos começam a ser irreversíveis a partir de 50º, gerando a desnaturação do colágeno, redução nas atividades enzimáticas e até mesmo queimaduras (AGNE, 2013). Equipamentos de radiofrequência permitem realizar contração de fibras colágenas sem cortá-las. O aproveitamento da energia de radiofrequência para fornecer elevação da temperatura tecidual para estruturas dérmicas resulta na retração não cirúrgica e encurtamento do tecido sem ruptura da integridade da epiderme respeitando os limites térmicos, através de uma microinflamação que gera colágeno. A radiofrequência também utiliza do aquecimento para redução de gordura, agindo em diversas partes do corpo incluindo, flacidez de papada, abdômen, coxas e braços, mas também, na redução de rugas, melhora da celulite e contorno corporal. (AGNE, 2013; VEJJABHINANTA et al., 2013). 33 TÉCNICA DE RADIOFREQUÊNCIA A técnica de radiofrequência produz vasodilatação induzida, promovendo o aumento da circulação sanguínea e linfática, com uma melhora dos aportes nutricionais e oxigenativos, estimulando as atividades de respiração endocelular e a expulsão de catabólitos tóxicos, entre eles os radicais livres, sendo esses os maiores responsáveis pelo envelhecimento cutâneo e deles depende o aspecto hipotônico da pele envelhecida. Tudo isso explica o poder de regeneração que se consegue com a radiofrequência. (AGNE, 2013). A Radiofrequência apresenta a necessidade do monitoramento constante da temperatura da pele e movimentos repetitivos durante a aplicação do aparelho sobre a pele. Aplicação da Radiofrequência sobre a pele. Fonte: http://saude.culturamix.com/estetica/radiofrequencia-estetica, acesso 22/01/13. BENEFÍCIOS DA RADIOFREQUÊNCIA Entre os benefícios que a radiofrequência traz, estão os efeitos fisiológicos, nos quais incluem a vasodilatação local, incremento da circulação sanguínea, maior aporte de nutrientes, maior atividade metabólica e enzimática, diminuição da viscosidade, alteração do tecido colagenoso e estimulação nervosa. Há a diminuição de rugas, melhora a aparência da pele, melhora a qualidade do colágeno e da elastina, reorganiza as fibras de colágeno e elastina, melhora a microcirculação, melhora a hidratação da pele, aumenta a oxigenação, acelera a eliminação de toxinas, reduz celulite, combate estrias e fibroses, melhora o aspecto das cicatrizes, combate a gordura localizada na barriga, culote, flancos, braços e papada, combate a flacidez em qualquer área do corpo e combate a celulite por melhorar a firmeza da pele. 34 Mas além de todos esses benefícios, também existem as contraindicações, nas quais se não forem seguidas, podem trazer riscos e malefícios para a saúde. CONTRAINDICAÇÕES DA RADIOFREQUÊNCIA As contraindicações da radiofrequência podem ser subclassificadas em absolutas, não se deve fazer o uso da radiofrequência em nenhuma parte do corpo da paciente, e relativas, que ficará a critério do profissional fazer o uso ou não. As contraindicações absolutas são: Portadores de marca-passos cardíacos, Câncer ou metástase, Gravidez, Diabéticos, Infecções sistêmicas, Imunossupressão, Artrite, Tuberculose ativa, Aplicação nos testículos, Epilepsia, Pacientes que fazem uso de aparelho auditivo devem retirá-los para serem submetidos ao tratamento Utilização de peeling químico agressivo e terapia com retinoides. Febre; Sobre tumores malignos; Sobre dermatoses; Sobre preenchimentos; Doenças infecciosas agudas e inflamações agudas; Sobre implantes metálicos; Sobre região próxima a graves problemas circulatórios; Patologias de base descompensadas; Sobre regiões com alterações de sensibilidade. 35 Já as contraindicações relativas são: Aplicação nas glândulas exócrinas e endócrinas, Transtornos de sensibilidade, Osteossíntese, Menstruação, Próteses de solução fisiológica, Infecções locais, Pacientes que façam ingestão de vasodilatadores e anticoagulantes, Sobre o globo ocular, Varizes, Terapia com esteroides tópicos nos últimos meses e esteroides orais nos últimos doze meses, Terapia com colágeno ou toxina botulínica nos últimos seis meses e Ter realizado microdermoabrasão na área nos últimos três meses. Referentes ao operador o Gestantes não deverão operar ou permanecerem próximas ao equipamento; o Portadores de Marca-passo ou outros dispositivos elétricos implantados não deverão operar ou permanecerem próximos ao equipamento. PERIODICIDADE Não há um consenso na literatura sobre o intervalo entre as sessões, podendo variar de acordo com o objetivo terapêutico e avaliação do paciente. Há relatos da literatura indicando o intervalo de 07 a 21 dias entre as sessões. Normalmente, o tratamento é efetuado uma vez por semana durante pelo menos 4 a 6 semanas sucessivas. Alguns tratamentos de manutenção são recomendados a cada 4 e 8 semanas, de acordo com as necessidades individuais, para sustentar resultados de longa duração. O tratamento deve ser concluído quando o terapeuta e o paciente estão satisfeitos com os resultados. 36 PROCESSO DE APLICAÇÃO DA RADIOFREQUÊNCIA AVALIAÇÃO PRÉVIA Durante a avaliação, o profissional deverá realizar as seguintes ações: - Verificar métodos de tratamento prévios; - Determinar se o paciente está indicado para o tratamento – não tratar pacientes com qualquer uma das contraindicações mencionadas; - Verificar por que o paciente deseja o tratamento e quais são suas expectativas; - Informar ao paciente sobre a execução do tratamento, os resultados típicos do tratamento, expectativas realistas, e efeitos colaterais possíveis e incômodos; - Instruir o paciente a respeito das advertências de segurança. PREPARAÇÃO - Remover todo e qualquer objeto de metal que estiver em contato direto com a pele do paciente, além de qualquer dispositivo eletrônico; - Colocar o paciente em uma posição confortável para o tratamento; - Preparar a área de tratamento: Higienizar e secar Delimitar a área com lápis dermográfico, principalmente em regiões corporais Lubrificar a área de tratamento usando gel glicerinado Imagem: Youtube 37 - Antes do início da aplicação de radiofrequência, deve-se aferir a temperatura da região a ser tratada com o termômetro infravermelho. Obs: o monitoramento da temperatura deve ser constante durante todo o tratamento para manter a temperatura nos valores desejados, devendo ser repetida ao final da aplicação. PROCEDIMENTO Para o procedimento é necessário que o profissional observe os seguintes critérios: - Prestar assistência a no máximo um cliente/paciente/usuário por vez, nunca se ausentando, em qualquer de sua etapa, do local onde o procedimento é realizado. - Informar ao cliente/paciente/usuário sobre a técnica e seu grau de risco, colhendo dele a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido; - Manter registro em prontuário de todas as etapas do tratamento. - Aplicar os princípios da biossegurança; - Aplicar a técnica em ambiente próprio que garanta o máximo de higiene e segurança estabelecidos em normas da ANVISA ou outras em vigor; TÉCNICA DE APLICAÇÃO - A técnica de aplicação baseia-se no movimento linear e constante do aplicador para que a distribuição da energia seja uniforme por todo tempo de tratamento. O aplicador nunca deve ficar estacionadono local, havendo risco de queimadura. - Os efeitos da radiofrequência serão determinados pelo acúmulo de energia tecidual a qual produzirá elevação da temperatura. - Controle a sensação térmica do paciente verbalmente e regularmente durante o tratamento e também através do termômetro. SENSAÇÕES DO PACIENTE Trata-se de um método indolor, onde a percepção do paciente refere-se a calor local intenso/suportável durante ou após o procedimento, que desaparece em pouco tempo. 38 Eritema local também pode aparecer após o procedimento, desaparecendo em até 24 horas. Alguns pacientes também referem sensação de estiramento no tecido, condição que também se resolve em algumas horas. SOBREDOSIFICAÇÃO A utilização, sem controle, de doses muito elevadas, bem como a exposição por tempo prolongado e a realização de inúmeras aplicações de RF em curto intervalo de tempo podem ocasionar a sobredosificação. PARÂMETROS FREQUÊNCIA Alguns modelos de equipamentos de radiofrequência apresentam a tecnologia multifrequencial para que o profissional tenha liberdade de escolher em que tecido alvo deseja concentrar a energia. Frequências como 0,6, 1,2 e 2,4 MHz costumam ser as mais utilizadas. Em relação à profundidade de ação, sabe- se que quanto maior a frequência, maior a atenuação nos tecidos, sendo assim, a frequência mais alta é considerada mais superficial. A frequência também está relacionada à velocidade de aquecimento. Novos estudos têm mostrado que o tempo para alcance da temperatura terapêutica é um fator relevante para os resultados em cada patologia a ser tratada. Portanto, em tratamentos nos quais é necessário o alcance rápido da temperatura para se obter o efeito terapêutico desejado, deve-se trabalhar com a frequência mais alta da radiofrequência, como por exemplo, no tratamento da flacidez tissular. E em casos onde o alcance da temperatura terapêutica deve ser lento, como no caso da celulite, deve-se utilizar frequências mais baixas. SELEÇÃO DE APLICADOR/PONTEIRAS Há uma grande diversidade de aplicadores que devem ser escolhidos conforme a área e o tratamento desejado. Na radiofrequência resistiva o eletrodo é um condutor metálico, formando assim uma resistência. Consegue-se o aumento da temperatura com facilidade e a propagação de corrente eléctrica está limitada pela área entre os eletrodos. A principal vantagem é o controle da distribuição de corrente de Radiofrequência no interior do tecido, que é limitada em volume entre os dois eletrodos. 39 Exemplos de aplicadores de radiofrequência. Fonte: Acervo do Conteudista POTÊNCIA/INTENSIDADE: O nível de energia a ser aplicado depende da indicação clínica e da área de tratamento; baseia-se também na constante avaliação do tecido e percepção do paciente em relação à temperatura local, devendo o terapeuta reajustar esse parâmetro sempre que necessário para atingir a temperatura desejada. Alguns fatores podem interferir, tais como: grau de hidratação da pele, temperatura ambiente, sensibilidade do paciente, frequência e ponteira escolhida. Quando atingir a temperatura terapêutica desejada, deve-se abaixar a potência para haver somente manutenção da temperatura, não o aumento da mesma. Os equipamentos costumam apresentar potência máxima de 100W. TEMPERATURA TERAPÊUTICA: A temperatura deve ser monitorada durante todo o tempo de tratamento com o termômetro infravermelho, para que se mantenha uma temperatura constante de acordo com o objetivo terapêutico. Exceder o limite crítico de calor (muito quente/intolerável) provoca a desnaturação completa das fibras de colágeno e inclusive, morte celular generalizada, conduzindo à cicatriz. Utilizamos de 37° a 38° C para o tratamento de celulite e fibroses; 40° a 42° C para patologias em que é necessária ativação do colágeno. TEMPO DE MANUTENÇÃO DA TEMPERATURA TERAPÊUTICA: Relacionado com a temperatura pretendida e a patologia tratada. Geralmente mantém-se a temperatura terapêutica em torno de 3 a 7 minutos. 40 PERIODICIDADE: Pode variar de acordo com o objetivo terapêutico e avaliação do paciente. Há relatos da literatura indicando o intervalo de 07 a 21 dias entre as sessões. Normalmente, o tratamento é efetuado uma vez por semana durante pelo menos 4 a 6 semanas sucessivas nos tratamentos de gordura localizada, celulite, fibroses recentes e tardias, contraturas musculares e fibromialgia. No tratamento de flacidez de pele corporal e facial, estrias, cicatrizes e sequelas de acne, recomendamos a cada 15-21 dias. ATUAÇÕES DA RADIOFREQUÊNCIA NO COLÁGENO A dermatologia utiliza a radiofrequência de forma não ablativa, promovendo o aumento da elasticidade de tecidos ricos em colágeno, pois aumentos leves de temperatura, a partir de 5º a 6ºC da temperatura da pele, aumenta a extensibilidade e reduz a densidade do colágeno, melhorando patologias como o fibroedema geloide e fibroses pós-cirurgia plástica, entretanto, aumentos maiores de temperatura e manutenção em 40ºC durante todo o período de aplicação diminuem a extensibilidade e aumenta a densidade do colágeno, conseguindo assim melhorar a flacidez da pele, promovendo a diminuição da elasticidade em tecidos ricos em colágeno. Este efeito é denominado lifting pela Radiofrequência (CARVALHO et al.. 2011). Segundo Latronico et al. (2010), o efeito da Radiofrequência sobre o colágeno se dá pela contração imediata da fibra existente, que é uma reação imediata a aplicação, e também, se dá pela remodelação e renovação em médio prazo. É importante ressaltar que há uma necessidade de aplicações repetidas para efeitos duradouros, pois o efeito da Radiofrequência em promover a vasodilatação local melhora diretamente a circulação local, o que melhora a capacidade da célula de transferência, como um efeito complementar biológico que se propaga continuamente. De acordo com Manuskiatti et al. (2009), as fibras de colágeno contraem- se originando processos inflamatórios que induzem a proliferação de fibroblastos e a reconstrução do colágeno. Este processo de reconstrução do colágeno é permanentemente induzido durante os tratamentos de Radiofrequência. 41 Figura: Fases do colágeno. Fonte: http://mymagicacai.blogspot.com.br/2012/12/o- colageno.html RADIOFREQUÊNCIA NO REJUVENESCIMENTO FASCIAL O uso da radiofrequência tem obtido resultados satisfatórios através de estudos realizados. É de suma importância atentar – se aos parâmetros do aparelho, temperatura, tempo, quantidade de sessões e intervalos entre elas para se obter o resultado desejado. Agne (2013), cita que entre as duas ou três sessões primeiras sessões devem ser repetidas com um intervalo de sete a dez dias uma da outra, evitando realizar duas sessões na mesma semana. O efeito imediato obtido, geralmente será mais bem visualizado no dia seguinte ao tratamento. Nas primeiras sessões ocorrerá o efeito imediato, ou a simples retração do colágeno, fato que explica que não há necessidade de repetição do tratamento para esse objetivo. Este efeito é buscado por pacientes de pele jovem, pois ainda estão em fase produtiva de colágeno. Com isso, não são necessárias várias sessões, ao contrário, usam-se uma ou duas sessões, com intervalo de 7 a 10 dias com a temperatura de 40°C. A manopla deve ser escolhida de acordo com a presença ou não de edema e/ou tecido adiposo, pois a manopla monopolar é indicada para casos com maior quantidade de gordura e edema e a manopla bipolar é indicada quando há pobreza de gordura, pois seu aquecimento estará restrito ao tecido cutâneo com menor resposta lipolítica. 42 Já pacientes idosas, que tem a produção de colágeno praticamente insuficiente, o tratamento deve ser dividido em dois momentos, buscando o efeito imediato (retração do colágeno) e tardio (produção de colágeno). Nessas pacientesa repetição das aplicações será maior do que em pacientes jovens, que poderá variar de quatro a seis aplicações. As duas primeiras, com temperatura de 40° e intervalos de 7 a 10 dias. A partir da terceira aplicação, a temperatura já pode variar entre 38°C e 40°C com intervalos de 15 dias. Facchinetti et al (2017), em uma pesquisa realizada com oito indivíduos do sexo feminino com idade superior a 40 anos com rugas glabelares e frontais. Após higienização da pele foi aplicado um gel glicerinado na área de tratamento. Foi utilizado para o tratamento um aparelho de Radiofrequência do modelo EFFECT da empresa HTM, no modo bipolar com uma frequência de 2,4 MHz adequada para o tratamento da derme e epiderme, uma intensidade inicial (rampa de subida) de 40% até atingir uma média de 40ºC de temperatura, para assim, reduzir a intensidade para 30% e manter a temperatura de 40ºC durante 5 minutos por área, respeitando a sensibilidade da paciente. Após as sessões o gel foi removido e foi orientado o uso de protetor solar diariamente. Foram realizadas 10 sessões, uma vez por semana. A Tabela 01 mostra as áreas das rugas de todos os pacientes antes do tratamento com RF e as áreas depois de concluída todas as sessões. Os resultados do tratamento foram mensurados através da redução da área em mm². Após as dez sessões de Radiofrequência, aplicadas a uma amostragem de oito pacientes, verificou-se uma redução média das áreas afetadas de 52,25 (±41,38) mm² correspondente à 36% de melhora. Os pacientes 06 (seis) e 07 (sete) apresentaram os melhores resultados, o primeiro com uma redução de 42% e o segundo com 59% de redução. Tabela 01: Área das rugas antes e após o tratamento Fonte: (FACCHINETTI et al, 2017). 43 Com o estudo foi possível concluir que dez sessões com a radiofrequência, proporcionou uma melhora na coloração da pele, minimização na flacidez cutânea, textura, melhora significativa das rugas frontais e glabelares observados através das médias das voluntárias após o tratamento, como também uma diminuição das linhas de expressão e melhora no aspecto geral em todas as participantes, constatando assim que a radiofrequência apresentou - se eficaz para redução das rugas. (FACCHINETTI et al, 2017). Figura 01: Resultados fotográficos antes e depois do tratamento Fonte: (FACCHINETTI et al, 2017). Um outro estudo de caso para o tratamento do rejuvenescimento cutâneo com a radiofrequência, foi realizada cinco sessões, com intervalo de 30 dias para a recuperação e regeneração tecidual com o tempo total de vinte minutos em toda a face, o aparelho foi ajustado em 1MHz, temperatura externa foi mantida em 39º C. O estudo mostrou que houve diminuição da flacidez tissular, viscosidade da pele e lifting facial. (PONTE et al 2015) 44 Silva et al (2012) também avaliaram o uso da radiofrequência no rejuvenescimento facial com cinco voluntárias, com idade entre 35 e 55 anos. Foram realizadas durante cinco semanas, sessões semanalmente com duração de 30 minutos, com temperatura de 37ºC a 40ºC com o aparelho Spectra. O rosto das voluntárias foi higienizado no início de cada sessão, dividido em seis zonas e finalizado com uso de protetor solar. A comparação entre os grupos A (experimental) e grupo B (controle), observou-se melhora significativa no estado de flacidez cutânea, rugas e linhas de expressão no rosto das voluntárias. Nienkoetter et al (2012), concluiu que a radiofrequência proporciona redução da flacidez facial, rugas, linha de expressão e melhora na coloração e aspecto da pele. O estudo feito com a radiofrequência da marca CECBRA em dez mulheres com idade entre 35 e 45 anos. As sessões de atendimento começaram com assepsia de toda a face com sabonete líquido de limpeza profunda, gel esfoliante facial e emulsão de limpeza facial, todos da marca Extratos da Terra. Foram realizadas dez sessões de radiofrequência, sendo uma sessão por semana durante 40 minutos em cada participante. Para Agne (2009), Ronzio et al (2010), para flacidez cutânea a temperatura utilizada deve ser em torno de 40ºC, pois com isso desenvolve - se todos os processos fisiológicos da retração dos septos fibrosos e estimula a neocolanogênese, diminuindo a ptose e aumentando a espessura da pele. Já para rugas, a temperatura tecidual deve ser em torno de 36ºC a 38ºC, para promover o relaxamento da musculatura e auxiliar na densidade das fibras de colágeno. Marchi et al (2016) realizaram um estudo oito voluntários do sexo feminino, sendo quatro tabagistas e quatro não tabagistas com idade entre 47 e 53 anos para verificar os efeitos da radiofrequência na melhora do aspecto facial geral da pele. No protocolo de tratamento foi utilizada a radiofrequência realizado duas vezes por semana, com duração de 25 minutos e amplitude de 80% até completar dez sessões, sendo executado da seguinte forma: higienização da pele com sabonete, esfoliação, tonificação e aplicação da radiofrequência com auxílio de gel de contato Galy Tec finalizando o procedimento com a utilização de protetor solar. Com o resultado houve redução da extensão de rugas do canto externo dos olhos, redução da flacidez do canto da boca, além da minimização da profundidade das rugas, clareamento cutâneo e melhora como um todo do 45 aspecto, tanto do grupo tabagista e do não- tabagista. Porém eles ressaltam que o estudo não deve ser conclusivo, sugerindo que novas pesquisas, com maior número de sessões, com mais espaçamento entre a realização das sessões e maiores investigações referentes ao tabagismo relacionado ao envelhecimento cutâneo e a ação da radiofrequência. Figura 2: Avaliação da extensão das rugas, de uma voluntária não tabagista, em região orbicular do olho direito no início (figura A) e após as 10 sessões utilizando a radiofrequência (figura B). Fonte: Marchi et al (2016). Figura 3: Demonstração da melhora obtida em flacidez no canto externo da boca ao trago em face esquerda (figura A) e após 10 sessões de radiofrequência (figura B). Fonte: Marchi et al (2016). Vicente (2017), tratou cinco voluntárias do sexo feminino, com idade superior a 40 anos, com sinais de envelhecimento que apresentavam flacidez e rugas faciais. Com os resultados, concluiu-se que a radiofrequência é eficaz para flacidez facial e atenuação dos sinais do envelhecimento. 46 As voluntárias foram tratadas com equipamento de radiofrequência Tonederm Spectra® G2, com sessões semanais, totalizando dez sessões. Também fizeram o uso de vitamina C (ácido ascórbico) um grama por via oral para uso home care associado ao tratamento estético para auxiliar na síntese do colágeno. O procedimento de radiofrequência facial foi realizado com manopla facial, com uma temperatura de 37ºC – 40ºC, com permanência de cinco minutos por quadrante facial com movimentos de deslizamento com potência de 8,5 W, até completar toda a face (trinta minutos) focando nas regiões mais acometidas com sinais de envelhecimento. Na voluntaria 1 (figura 4), observou-se melhora na flacidez facial principalmente na região da papada, local de maior insatisfação da paciente. Também observou-se melhora nas rugas e contorno facial, sendo este, o local que foi enfatizada a aplicação, o qual a voluntária mais se queixava. Há uma melhora geral nas rugas e contorno da face. Figura 4: Voluntaria 1, antes e depois do tratamento. Fonte: Vicente (2017) 47 Na voluntária 2 (figura 5), houve uma melhora nas rugas na região do bigode chinês, área dos olhos e testa. Também percebe - se um preenchimento geral por toda a face. Figura 5: Voluntaria 2, antes e depois do tratamento. Fonte: Vicente (2017) Na voluntária 3 (figura 6), foi analisado uma melhora no clareamento da pele, a diminuição das linhas de expressão e enrijecimento facial.Figura 6: Voluntaria 3, antes e depois do tratamento. Fonte: Vicente (2017) 48 Na voluntaria 4 (figura 7), notou –se melhora no preenchimento da face e diminuição da papada e rugas da testa. Figura 7: Voluntaria 4, antes e depois do tratamento. Fonte: Vicente (2017) Na voluntária 5 (figura 8), foi observado uma melhora nas linhas de expressão, aspecto e firmeza da pele. Figura 8: Voluntaria 5, antes e depois do tratamento. Fonte: Vicente (2017) 49 Possamai (2012), em uma amostra composta por um grupo de cinco voluntárias, do sexo feminino, com faixa etária entre 50 e 60 anos a fim de diminuir do ângulo cérvico facial (papada). O aparelho de radiofrequência utilizado foi o New Shape® da empresa Bioset, sendo realizadas oito sessões com intervalos de no mínimo dez a quinze dias, com duração de quinze minutos por sessão. Foi medido utilizando um plicômetro manual da marca Pró Fisiomed® e fita métrica para demarcação dos pontos de referência à 3cm abaixo do ângulo do mento com as pinças do plicômetro posicionadas a 2cm para cada lado do angulo cérvico facial. Utilizou- se o AUTOCAD, programa de investigação de imagens usado pela informática, a fim de analisar o traço cérvico facial das amostras Por meio deste estudo foi possível observar melhora tanto no aspecto quanto na diminuição do ângulo cérvico facial. Também notou-se aumento da tonificação da musculatura e diminuição da flacidez. Figura 9: Análise fotográfica antes e após a intervenção. Fonte: Possamai (2012) Enfim, depois dos estudos citados fica a conclusão de que radiofrequência sendo utilizada na temperatura correta de acordo com o objetivo a ser alcançado, apresenta resultados satisfatórios no rejuvenescimento cutâneo. 50 EFEITOS FISIOLÓGICOS DA RADIOFREQUÊNCIA NO COMBATE À FLACIDEZ TISSULAR A flacidez refere-se à diminuição do tônus muscular estando o músculo pouco consistente. Esta situação pode apresentar-se de duas formas distintas: a flacidez muscular e a de pele (tissular). É muito comum que os dois tipos apareçam associados, dando aspecto ainda pior às partes do corpo afetadas pelo problema. Os músculos ficam flácidos, principalmente por causa da falta de exercícios físicos. Se eles não são solicitados as fibras musculares ficam hipoatrofiadas e flácidos (MENDONÇA E RODRIGUES, 2010). De acordo com Lopes e Brongholi (2004), a flacidez é uma patologia comumente encontrada em mulheres, sendo considerada uma grande inimiga feminina, que compromete a beleza de pernas, braços, seios e abdômen. Já Milani et al. (2006), entendem que a flacidez é decorrente de atrofia de tecido, ficando este com aspecto de frouxo, afetando em separado pele e músculos. Pode ser consequência do envelhecimento fisiológico, onde há perda gradativa de massa muscular esquelética, substituída por tecido adiposo, e atrofia do tecido adiposo subcutâneo, dentre outras alterações. OS EFEITOS FISIOLÓGICOS DA RADIOFREQUÊNCIA NO COMBATE À FLACIDEZ SÃO DESCRITOS ABAIXO: I. Vasodilatação e aumento da circulação sanguínea: além da elevação da temperatura que produz vasodilatação local, há também estímulo do aporte de nutrientes e oxigênio, acelerando a eliminação dos catabólitos. O incremento da circulação aparece a partir dos 40°C e alcança o limite máximo aos 45°C. A partir de então, inicia-se uma reação de defesa do organismo, manifestando vasoconstrição e consequente diminuição da circulação; 51 II. Atividade metabólica e enzimática: com o aumento da temperatura toda atividade celular aumenta, incluindo a motilidade celular, síntese e liberação de mediadores químicos, por exemplo. A taxa metabólica é afetada com o aquecimento tecidual. Esse aumento é de cerca de 13% para cada 1°C de elevação; III. Viscosidade: o aumento da temperatura causa diminuição da viscosidade dos líquidos, como sangue, linfa e também dos líquidos dentro e através dos espaços intersticiais; Alteração no tecido colagenoso: com temperaturas em uma faixa terapeuticamente aplicável tem-se mostrado alteração na extensibilidade do tecido colagenoso. Isso ocorre somente se o tecido for simultaneamente alongado e requer temperaturas próximas do limite terapêutico; IV. Estimulação nervosa: os nervos aferentes estimulados pelo calor podem causar um efeito analgésico, agindo sobre os mecanismos de controle da comporta do mesmo modo que os mecanorreceptores. V. Quando a RF penetra nos tecidos e promove uma intensa agitação molecular, principalmente das moléculas de água o que gera aumento da temperatura tecidual local, ou seja, há um aquecimento seletivo do tecido. Por isso que, quanto mais rico em água e eletrólitos for o tecido, mais rápido sente-se o calor e maior será a temperatura atingida. Com resultado, as fibras, de colágeno contraem, consequentemente aumenta à síntese de novo colágeno, que é progressivo a aplicação repetitiva da Radiofrequência. NÚMERO DE SESSÕES As literaturas pesquisadas demonstraram que o uso da Radiofrequência para o tratamento da flacidez gera alterações nas fibras de colágeno sendo visível através da melhora da tonicidade da pele reduzindo rugas e flacidez. Diferentes estudos mostraram que são necessários no mínimo oito sessões uma vez na semana para obter um resultado satisfatório. Durante e após o tratamento com a Radiofrequência são necessárias rotinas de práticas esportivas e uma dieta saudável. Carvalho et al. (2011) que fez uma análise em ratos sugere-se uma frequência de tratamento de no mínimo sete dias e que a permanência de efeitos da radiofrequência no tecido colágeno é de até 15 dias, entretanto temperaturas 52 moderadas de 37º a 39º melhora a condição dos tecidos, sugestivo a neoformação colágena e surgimento de alta quantidade de vasos subepiteliais. Agne et al.. (2009) citam em seu trabalho que o procedimento usando Radiofrequência gera alterações nas fibras de colágeno, o que irá refletir positivamente na qualidade da pele, essas alterações são visíveis na pele através da redução de rugas e flacidez o que não foi verificado em quatro repetições de Radiofrequência. Em seu estudo Manuskiatti et al. (2009), observaram 37 sujeitos que concluíram o protocolo de tratamento com a RF, imediatamente após o tratamento, a pele tratada tornou-se quente ao toque e foram observados eritemas. Comparou o antes e o depois da sessão, não foram observados redução significativas do diâmetro. Observou-se então a severidade inicial de flacidez da pele e do grau de celulite, afetou os níveis de melhora. Quando a superfície da pele não se apresentava muito irregular, o corpo reagia melhor ao tratamento. O resultado do tratamento se prolonga até 4 semanas após o tratamento ser interrompido. Latronico et al.(2010), descrevem em seu estudo que a Radiofrequência apresenta a necessidade do monitoramento constante da temperatura e movimentos repetitivos e de desgaste físico do profissional. Porem permite melhor traçado da silhueta corporal. Portanto, nos artigos pesquisados a Radiofrequência tem seus benefícios comprovados para o combate a flacidez, melhorando a tonicidade da pele em poucas sessões não alterando a rotina do indivíduo submetido à técnica. Tratar a flacidez é possível e os resultados são satisfatórios. Resultado do antes e depois do uso da Radiofrequência. Fonte:http://www.befter.net/user/vidjinski/beft/tratamento-estetico-com-radiofrequencia 53 Mostra a melhora da tonicidade da pele. Fonte http://clinicawulkan.com.br/radiofrequencia-para- flacidez-pel/ A flacidez é um problema frequente em vários indivíduos e a fisioterapia dermato funcional tem se mostrado em evidencia no mercado, trazendo tecnologias inovadoras, com resultados positivos proporcionando a melhora na autoestima de quem se submete a técnica.
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