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INSTRUMENTAÇÃO CIRURGICA

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Atualização em instrumentação cirúrgica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
www.estetus.com.br 
http://www.estetus.com.br/
Atualização em instrumentação cirúrgica 
2 
www.eduhot.com.br 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
PREPARO E FUNÇÃO DO INSTRUMENTADOR CIRÚRGICO ................................... 2 
TEMPO CIRÚRGICO .................................................................................................... 7 
DIÉRESE ...................................................................................................................... 7 
HEMOSTASIA .............................................................................................................. 7 
EXÉRESE ..................................................................................................................... 8 
SÍNTESE ...................................................................................................................... 9 
TERMINOLOGIA CIRÚRGICA ................................................................................... 10 
PREFIXOS E SUFIXOS .......................................................................................... 10 
PARAMENTAÇÃO CIRÚRGICA ................................................................................ 14 
CARACTERÍSTICAS DOS PRINCIPAIS ANTISSÉPTICOS ....................................... 16 
ESCOVAÇÃO CIRÚRGICA ........................................................................................ 19 
DEGERMAÇÃO ......................................................................................................... 20 
INSTRUMENTAIS CIRÚRGICOS ............................................................................... 21 
INSTRUMENTAIS PARA PROCEDIMENTOS ESPECIAIS ........................................ 29 
INSTRUMENTAIS PARA DIVERSOS FINS ............................................................... 29 
CUIDADOS NO MANUSEIO DO INSTRUMENTAL CIRÚRGICO .............................. 29 
CONTAGEM DOS INSTRUMENTAIS CIRÚRGICOS ................................................. 31 
AGULHAS E FIOS CIRÚRGICOS .............................................................................. 31 
TÉCNICA DE MONTAGEM DE CAIXAS CIRÚRGICAS............................................. 33 
APRESENTAÇÃO DO MATERIAL QUE COMPÕE A MESA DO INSTRUMENTADOR 
................................................................................................................................... 33 
BISTURI COMO FACA .............................................................................................. 34 
MONTAGEM DA MESA BÁSICA ............................................................................... 40 
MONTAGEM DA MESA AUXILIAR............................................................................ 42 
TÉCNICAS DE INSTRUMENTAÇÃO CIRÚRGICA EM DIVERSOS 
PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS ............................................................................. 42 
ASSISTÊNCIA AO PACIENTE CIRÚRGICO CONCEITOS BÁSICOS ....................... 43 
DRENOS .................................................................................................................... 45 
CURATIVOS .............................................................................................................. 48 
LAVAGEM DAS MÃOS .............................................................................................. 50 
NOÇÕES DE PRIMEIROS-SOCORROS .................................................................... 54 
SINAIS VITAIS ........................................................................................................... 54 
http://www.eduhot.com.br/
Atualização em instrumentação cirúrgica 
3 
www.eduhot.com.br 
 
 
 
 
PREPARO E FUNÇÃO DO INSTRUMENTADOR CIRÚRGICO 
 
A instrumentação cirúrgica é uma profissão de nível técnico, no Brasil, em 
que o profissional tem a função de ajudar o cirurgião no ato cirúrgico, que 
abrange desde a preparação dos instrumentos até a esterilização dos mesmos, 
após a cirurgia. 
A instrumentação cirúrgica nasceu no século XX no período de maior 
crescimento nas cirurgias e com isso, o papel do instrumentador cirúrgico 
também ganhou destaque. 
Devido a esse crescimento tornou-se necessário qualificar mais 
profissionais para trabalhar nessa área tão importante para a medicina. Surgiram 
então, as primeiras escolas formadoras de instrumentadores cirúrgicos. 
Na França em 1954, surgiram as escolas de Técnicos em instrumental 
cirúrgicos. A finalidade dessas escolas era preparar os profissionais para atuar 
na instrumentação cirúrgica de forma que entendessem a evolução cirúrgica, isto 
é, tempos cirúrgicos, materiais para cada especialidade entre outras atividades 
cirúrgicas. 
Toda pessoa que decide realizar um curso de instrumentação cirúrgica 
deve conhecer a história referente à Batalha de Solferino, na qual podemos 
destacar Jean Henri Dunant, que auxiliava os cirurgiões repassando os 
instrumentais e materiais cirúrgicos necessários para o ato cirúrgico. 
Portanto, dentre as inerentes funções, a maior responsabilidade do 
instrumentador cirúrgico é o cuidado com os instrumentos cirúrgicos. Esse 
cuidado envolve toda a manutenção destes instrumentais, e o seu 
processamento adequado. Já, o objetivo maior, assim como de toda a equipe 
cirúrgica, é a qualidade e segurança do procedimento cirúrgico, atendendo ao 
cliente com maior eficácia e eficiência. 
Atualmente, muitos profissionais de enfermagem acabam optando pela 
instrumentação cirúrgica, mas vale lembrar que o curso específico é muito 
importante para que este profissional possa participar de concursos públicos. 
A Câmara de deputados aprovou o Projeto de Lei 642/07, do deputado 
George Hilton (PRB-MG), que regulamenta a profissão de instrumentador 
cirúrgico. 
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Atualização em instrumentação cirúrgica 
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A proposta foi aprovada em caráter conclusivo na Comissão de 
Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) e será encaminhada para análise 
do Senado, se não houver recurso para que seja votada pelo Plenário da 
Câmara. 
O projeto estabelece que o exercício da profissão seja privativo daqueles 
que tenham concluído curso de Instrumentação Cirúrgica, ministrado no Brasil, 
por escola oficial ou reconhecida pelo governo federal, ou no exterior, desde que 
esse diploma seja revalidado no Brasil. 
Também podem exercer a atividade aqueles que já atuam na profissão há 
pelo menos dois anos, contados da data em que a lei entrar em vigor. 
A instrumentação cirúrgica a cada dia que passa, vem recebendo da 
direção das instituições hospitalares, das clínicas e principalmente das equipes 
cirúrgicas uma grande valorização. 
Esse reconhecimento exige uma maior qualificação dos instrumentadores 
cirúrgicos e consequentemente, as instituições formadoras destes profissionais 
devem estar atentas a essa nova exigência do mercado. 
As pessoas que optam por essa atividade devem estar preparadas para 
proporcionar ao paciente e a sua equipe cirúrgica a segurança e tranquilidade, 
pois trabalham no centro cirúrgico e cuidam dos instrumentais que serão 
utilizados nas cirurgias. 
O Instrumentador Cirúrgico é responsável por todo o instrumental utilizado 
antes, durante e após a cirurgia, ou seja, por todo o seu processamento, exceto 
os instrumentais básicos cuja responsabilidade é da central que esteriliza os 
materiais da instituição hospitalar. 
Com a evolução das intervenções cirúrgicas, exige-se conhecimento de 
aparelhos e instrumentos modernos, técnicas usualmente empregadas em atos 
operatórios, noções de anatomia, assepsia, biossegurança, células e tecidos, 
ética profissional, fisiologia, higiene e microbiologia. 
O instrumentador cirúrgico é um profissionalindispensável para que o ato 
operatório transcorra com segurança e qualidade. Sua função primordial é 
fornecer o instrumental cirúrgico adequado ao cirurgião e ao auxiliar, sendo 
possível realizar as funções básicas de segundo auxiliar quando o primeiro 
estiver ocupado. 
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Todo instrumentador cirúrgico deve conhecer a técnica empregada no ato 
operatório e estar atento à manutenção da assepsia de toda a equipe cirúrgica, 
colaborando para a qualidade do procedimento cirúrgico. 
Podemos ainda citar outras funções básicas do instrumentador cirúrgico: 
➢ Conhecer os instrumentais por seus nomes, apelidos e gestos; 
➢ Entregar o instrumento com presteza ao sinal ou pedido verbal do 
cirurgião, colocando-o em sua mão de forma precisa e exata para uso 
imediato; 
➢ Não se distrair no decorrer da cirurgia, pois a antecipação às requisições 
do cirurgião depende da atenção do instrumentador; 
➢ Sempre antes da cirurgia é preciso certificar-se que tudo está em ordem, 
desde os fios e agulhas, até os instrumentos especiais. 
O instrumentador cirúrgico é o braço direito do cirurgião, portanto, deve 
saber com antecedência dos procedimentos cirúrgicos agendados, para que 
possa prever os materiais necessários para as cirurgias. 
As demais funções do instrumentador são: 
➢ Chegar ao centro cirúrgico e logo vestir o uniforme privativo, não se 
esquecendo do gorro para proteger os cabelos, máscaras para cobrir o 
nariz e a boca, e por fim, a proteção para os pés; 
➢ Verificar com o enfermeiro responsável do centro cirúrgico a confirmação 
da internação do paciente, os exames pré-operatórios e a sala 
disponibilizada para o procedimento; 
➢ Escolher o material específico para a cirurgia e verificar se está em ordem; 
➢ Se não estiver familiarizado com o cirurgião, pergunta antecipadamente 
os fios que serão utilizados durante a cirurgia; 
➢ Usar técnica de escovação correta, vestir avental esterilizado e calçar as 
luvas; 
➢ Dispor na mesa o campo cirúrgico duplo, próprio para a mesa de 
instrumentador; 
➢ Dispor o material da cirurgia na mesa, evitando contaminar o mesmo, 
verificando sempre se nenhum material importante está faltando; 
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➢ Evitar qualquer tipo de contaminação, conservando as mãos acima da 
cintura, não podendo encostar estas em qualquer lugar que não esteja 
esterilizado; 
➢ Tomar o cuidado para não encostar com a parte não estéril do avental nas 
mesas auxiliares e de instrumentais, na falta de avental com opa utilizado 
na proteção das costas; 
➢ Auxiliar na colocação dos campos que delimitam a área operatória, 
entregando-os ao assistente e ao cirurgião; 
➢ Passar os instrumentos, sempre tendo cuidado que seja do lado correto, 
para evitar quedas, e que o cirurgião tenha que corrigir o seu 
posicionamento antes de usar, evitando um acidente; 
➢ Conservar o campo operatório sempre limpo e em ordem para evitar 
transtornos; 
➢ Conservar os instrumentos sempre no lugar próprio, nunca deixar a 
mesa desorganizada; 
➢ No caso de cirurgias em que são retirados materiais para exame, é 
necessário se responsabilizar por elas até que sejam encaminhadas ao 
setor competente; 
➢ Ter o controle do material e instrumental durante toda a cirurgia, 
prestando atenção em toda e qualquer manobra do cirurgião; 
➢ Contar compressas grandes, pequenas e gazes antes e ao término de 
cada procedimento cirúrgico; 
➢ Evitar o desperdício de fios, porém ter sempre o necessário para não 
ocorrer complicações durante o ato cirúrgico; 
➢ Ser consciencioso e lembrar que a vida do paciente depende da assepsia 
do instrumental, além da habilidade do cirurgião; 
➢ Ao final da cirurgia realizar o curativo na incisão cirúrgica; 
➢ Separar o instrumental dos materiais perfurantes e cortantes, evitando 
dessa forma acidentes; 
➢ Antecipar os pedidos do cirurgião, de modo a prevenir o atraso no tempo 
operatório. Isto se consegue conhecendo instrumental, o tempo cirúrgico 
e, prestando atenção ao desenrolar da cirurgia, a fim de estar sempre um 
passo à frente do cirurgião; 
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➢ Atenção, iniciativa e rapidez durante todo o tempo. 
TEMPO CIRÚRGICO 
 
A cirurgia é a parte do processo terapêutico em que o cirurgião realiza 
uma intervenção manual ou instrumental no corpo do paciente. 
Define-se ainda como o conjunto de gestos manuais ou instrumentais que 
o cirurgião executa para a integral realização de ato cruento com finalidade 
diagnóstica, terapêutica ou estética. 
O médico cirurgião geral realiza a maior parte das cirurgias e assume o 
comando do paciente politraumatizado grave, indicando os casos em que outros 
médicos com outras especialidades precisam participar. 
Para um procedimento cirúrgico ocorrer com segurança existem os 
tempos cirúrgicos e o instrumentador deve conhecer bem esses tempos para 
que possa trabalhar em conjunto com o cirurgião. 
Os tempos cirúrgicos são a diérese, hemostasia, exérese e a síntese. 
 
 
DIÉRESE 
 
É o rompimento da continuidade dos tecidos, ou planos anatômicos, para 
atingir uma região ou órgão. Pode ser classificada em mecânica ou física. 
É a separação dos tecidos, realizada por meio de intervenções manuais, 
com diferentes tipos, de acordo com o tecido a ser separado, ou seja, a pele, a 
aponeurose, o músculo e dos órgãos específicos. 
Podemos ainda dizer que é o nome dado ao processo de divisão dos 
tecidos que possibilita o acesso a região a ser operada pelo médico cirurgião. 
Consiste na primeira etapa da cirurgia, sendo seguida pela hemostasia e síntese. 
 
HEMOSTASIA 
 
A hemostasia deve sempre ser alcançada a fim de se evitar complicações 
da ferida cirúrgica e também da redução da visão do cirurgião durante o ato 
cirúrgico propriamente dito. 
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Os métodos para se alcançar a hemostasia dependem tanto das 
condições relativas ao paciente submetido à intervenção quanto das condições 
que a técnica operatória utilizada permite ao cirurgião realizá-los. 
Podemos definir ainda como o processo que consiste em impedir, deter 
ou prevenir o sangramento. Esse processo pode ser feito simultâneo ou 
individualmente por meio de pinçamento e ligadura de vasos, eletrocoagulação 
ou compressão. 
A hemostasia começa antes da cirurgia, quando se realiza no pré- 
operatório imediato e no momento em que são solicitados os exames de tempo 
de coagulação e dosagem de protrombina. 
Na hemostasia há início uma reação em cascata ou cadeia que na 
presença de íons cálcio, culminandona conversão da proteína plasmática 
protombina em enzima ativa trombina. 
A trombina, por sua vez, converte o fibrinogênio em fibrina, que forma uma 
rede de filamentos que retém plaquetas, células sanguíneas e plasma, formando 
o coágulo. 
A hemostasia pode ser classificada em: 
✓ Preventiva; 
✓ Urgência; 
✓ Curativa; 
✓ Medicamentosa; 
✓ Cirúrgica. 
Hemostasia cirúrgica é realizada com a finalidade de interromper a 
circulação durante o ato operatório, temporária ou definitiva. 
Quando há uma urgência, a hemostasia é realizada quase sempre em 
condições não favoráveis e com materiais improvisados, como, por exemplo, 
compressão digital, garrotes e torniquetes. 
A hemostasia curativa consiste no procedimento realizado durante o 
procedimento cirúrgico. Já a hemostasia medicamentosa, as drogas diminuem o 
sangramento por vasoconstrição. 
 
EXÉRESE 
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Exérese é uma manobra cirúrgica utilizada para retirar uma parte ou a 
totalidade de um órgão ou tecido visando objetivos terapêuticos.É o ato cirúrgico 
propriamente dito. 
É um dos tempos cirúrgicos caracterizado pela extração de tecidos 
prejudiciais ao organismo humano, como por exemplo, um tumor maligno, 
cálculo renal ou até mesmo um órgão doente. 
 
SÍNTESE 
 
A síntese tem o objetivo de auxiliar à cicatrização cirúrgica, devendo o 
cirurgião utilizar-se de instrumentos adequados e técnica para que se possa 
efetivar tal procedimento. 
É a união de tecidos, que será mais perfeita quanto mais anatômica for a 
separação, para facilitar o processo de cicatrização e restabelecer a 
continuidade tecidual por primeira intenção. 
Ou ainda podemos dizer que é uma das etapas do processo cirúrgico no 
qual ocorre a reaproximação das extremidades dos tecidos seccionados ou 
ressecados com a posterior sutura. Tem a finalidade de acelerar a cicatrização 
pelo fato de precipitar as suas fases iniciais, favorecendo o restabelecimento da 
continuidade tecidual. É realizada com o uso de agulhas, pinças e fios. 
O instrumental cirúrgico deve ser utilizado para se cumprir os tempos 
fundamentais da cirurgia e os tempos especiais que alguns procedimentos 
necessitam. 
Para isso, devemos contar com instrumentos dos mais diversos gêneros, 
tamanhos e formatos que podem ser, geralmente, classificados como de 
hemostasia, de diérese e afastamento e também de síntese. 
Estes instrumentos estão em constante evolução e são criados ou levados 
ao desuso devido à evolução das técnicas operatórias e criatividade de 
cirurgiões que, frente a novos desafios, se adaptam levando a cirurgia a 
caminhar a paços largos durante os séculos. 
Nada seria válido se estes instrumentais não estivessem ao alcance do 
cirurgião de uma forma rápida e precisa. Logo, se faz necessária uma 
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organização da mesa do instrumentador sistemática e de um profissional que 
possa exercer esta função da melhor forma possível. 
Existem várias formas de dispor os matérias na mesa instrumentador, o 
que checa a causa de discussões entre as diversas escolas e cirurgiões até os 
dias atuais. Mas o mais importante é que cada cirurgião deve escolher uma 
forma que melhor atenda suas necessidades durante o ato operatório, pois só 
assim ele poderá realizar uma intervenção correta, bem-sucedida e, acima de 
tudo, com o melhor benefício possível ao paciente. 
Qualquer que seja o instrumental, técnica cirúrgica e princípios a serem 
seguidos, o paciente deve sempre vir em primeiro plano, devendo, todos nós, 
zelarmos para que sua recuperação seja sempre a melhor possível. 
 
TERMINOLOGIA CIRÚRGICA 
 
Os principais objetivos da terminologia cirúrgica são: 
Fornecer por meio da forma verbal ou escrita uma definição do termo 
cirúrgico; 
➢ Descrever os tipos de cirurgia; 
➢ Preparar os instrumentais e equipamentos cirúrgicos de forma apropriada 
para cada tipo de cirurgia. 
Na terminologia cirúrgica, os termos são formados por um prefixo, que 
designa a parte do corpo relacionada com a cirurgia, e por um sufixo, que indica 
o ato cirúrgico realizado. 
 
PREFIXOS E SUFIXOS 
 
Seguem algumas raízes: 
▪ Oto – ouvido 
▪ Oftalmo – olho 
▪ Rino – nariz 
▪ Bléfaro – pálpebra 
▪ Adeno – glândula 
▪ Tráqueo – traquéia 
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▪ Cárdia – esfíncter esôfago-gástrico 
▪ Gastro – estômago 
▪ Êntero – intestino delgado 
▪ Cólon – intestino grosso 
▪ Hepato – fígado 
▪ Cole – vias biliares 
▪ Procto – reto e ânus 
▪ Espleno – baço 
▪ Laparo – parede abdominal 
▪ Nefro – rim 
▪ Pielo – pelve renal 
▪ Cisto – bexiga 
▪ Hístero – útero 
▪ Salpingo – tuba uterina 
▪ Colpo – vagina 
▪ Oóforo – ovário 
▪ Orquio – testículo 
▪ Ósteo – osso 
▪ Angio – vasos sanguíneos 
▪ Flebo – veia 
▪ Otomia – Abertura de um órgão com ou sem dreno. 
▪ Stomia – Fazer cirurgicamente uma nova boca. 
▪ Ectomia – Remover um órgão. 
▪ Ráfia – Suturar ou reparar. 
▪ Pexia – Fixação de um órgão. 
▪ Scopia – Olhar o interior. 
▪ Litíase – Cálculo. 
 
 
Tipos de cirurgias terminadas em ECTOMIA: 
▪ Fistulectomia – Retirada da fístula. 
▪ Gastrectomia – Retirada total ou parcial do estômago. 
▪ Hemorroidectomia – Remoção das hemorroidas. 
▪ Histerectomia – Extirpação do útero. 
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▪ Laringectomia – Extirpação da laringe. 
▪ Mastectomia – Retirada da mama. 
▪ Orquidectomia – Retirada dos testículos. 
▪ Pneumectomia – Remoção dos pulmões. 
▪ Prostatectomia – Remoção da próstata. 
▪ Retossigmoidectomia – Remoção do intestino reto e sigmoide. 
▪ Simpatectomia – Remoção cirúrgica de uma parte ou de um ramo do 
sistema nervoso simpático. 
▪ Salpingectomia – Remoção cirúrgica completa ou parcial do salpinge 
('tuba uterina') 
▪ Tireiodectomia – Remoção da tireoide. 
 
 
Tipos de cirurgias terminadas em RAFIA: 
▪ Colporrafia – Sutura da vagina. 
▪ Gastrorrafia – Sutura do estômago. 
▪ Herniorrafia – Sutura da hérnia. 
▪ Palatorrafia ou estafilorrafia – Sutura da fenda palatina. 
▪ Osteorrafia – Sutura do osso ou colocação de fio metálico em osso. 
▪ Perineorrafia – Sutura do períneo. 
▪ Apendicectomia – Retirada cirúrgica do apêndice vermiforme. 
▪ Cistectomia – Retirada da bexiga. 
▪ Colecistectomia – Remoção cirúrgica da vesícula biliar. 
▪ Craniectomia – Operação para retirar parte do crânio. 
▪ Esplenectomia – Retirada do baço. 
▪ Tenorrafia – Sutura do tendão. 
 
 
Tipos de cirurgias terminadas em PEXIA: 
▪ Hisperopexia – Fixação do útero na parede abdominal ou na vagina. 
▪ Nefropexia – Fixação do rim na parede abdominal posterior. 
▪ Orquidopexia – Fixação do testículo no escroto. 
 
 
Tipos de cirurgias terminadas em SCOPIA: 
▪ Broncoscopia – Exame com visão direta dos brônquios. 
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▪ Cistoscopia - Exame com visão direta da bexiga. 
▪ Colposcopia - Exame com visão direta da vagina. 
▪ Esofagoscopia - Exame com visão direta do esôfago. 
▪ Gastroscopia - Exame com visão direta do estômago. 
▪ Laringoscopia - Exame com visão direta da laringe. 
▪ Laparoscopia - Exame com visão direta dos órgãos abdominais. 
▪ Uretoscopia - Exame com visão direta da uretra. 
▪ Sigmoidoscopia - Exame com visão direta do sigmoide. 
 
 
Tipos de cirurgias terminadas em OTOMIA: 
▪ Artrotomia – Abertura cirúrgica de articulação. 
▪ Cardotomia – Operação de cortar a cárdia, em casos de estenose do 
esôfago. 
▪ Coledocotomia – Exploração e drenagem do ducto biliar. 
▪ Coledocolitotomia – Incisão do colédoço para retirar cálculo. 
▪ Hepatotomia – Incisão cirúrgica no fígado. 
▪ Flebotomia – Abertura da veia para colocação de Intra-Carth. 
▪ Laparotomia – Abertura da cavidade abdominal. 
▪ Litotomia – Incisão de um órgão para retirar cálculo. 
▪ Osteotomia – Secção cirúrgica parcial, superficial ou profunda de osso, 
com objetivo terapêutico. 
▪ Pielotomia – Incisão do bacinete renal. 
▪ Toracotomia – Abertura do tórax. 
 
 
Tipos de cirurgias terminadas em OSTOMIA 
▪ Cistostomia - Abertura da bexiga para drenagem de urina. 
▪ Colecistostomia – Incisão da vesícula biliar para drenagem. 
▪ Colostomia – Operação para formar abertura artificial no cólon. 
▪ Gastrostomia – Formação cirúrgica de fístula gástrica na parede 
abdominal para introduzir alimentos. 
▪ Ileostomia – Formação de abertura artificial no íleo. 
▪ Jejunonostomia – Formação de abertura artificial no jejuno. 
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Tipos de cirurgias terminadas em PLASTIA 
▪ Artroplastia – Reconstrução da articulação com a finalidade de restaurar 
o movimento e a função da mesma. 
▪ Queiloplastia – Repara os defeitos dos lábios. 
▪ Rinoplastia – Cirurgia plásticado nariz. 
▪ Toracoplastia – Cirurgia plástica do tórax. 
▪ Salpingolplastia – Operação plástica na trompa de falópio. 
 
 
Terminologias diversas: 
▪ Enxerto – Transplante de órgãos ou tecidos. 
▪ Amputação – Operação para eliminar membro ou segmento de corpo 
necrosado. 
▪ Anastomose – Formação de comunicação entre órgãos ou entre vasos. 
▪ Artrodese – Fixação cirúrgica de articulação para fundir as superfícies. 
 
 
O instrumentador cirúrgico deve saber a terminologia cirúrgica, pois o 
desempenho do seu trabalho diário depende do conhecimento desta 
terminologia. A troca de um prefixo ou um sufixo poderá acarretar erros graves 
no preparo do material. 
 
PARAMENTAÇÃO CIRÚRGICA 
 
A paramentação da equipe cirúrgica exige a realização de procedimentos 
específicos, executados em passos padronizados e com observação rigorosa 
dos princípios científicos. 
Estes procedimentos são: 
➢ Degermação das mãos; 
➢ Vestir avental e roupa 
esterilizados; 
➢ Calçar as luvas esterilizadas. 
 
 
ESCOVAÇÃO 
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Voltaremos a comentar aqui no curso a questão da lavagem das mãos. É 
importante sempre relatar que esse simples procedimento pode salvar muitas 
vidas. 
Esse é um procedimento muito 
simples, porém, menosprezado pelos 
profissionais da área de saúde, e o 
instrumentador cirúrgico se encaixa 
neste contexto. 
É comprovado cientificamente 
que para um controle eficaz da infecção hospitalar, é necessário um 
acompanhamento rigoroso de rotinas relacionadas com a assepsia e 
antissepsia. 
Hoje, o principal dilema de toda a comissão de controle das infecções 
hospitalares é saber qual o agente antisséptico ideal para uso diário, e claro, com 
um custo menor. 
A lavagem das mãos depende dos seguintes fatores: 
➢ Intensidade de contato com os 
pacientes. 
➢ Grau de contaminação passível 
de ocorrer com o contato; 
➢ Da susceptibilidade do paciente 
às infecções nosocomiais; 
➢ Do procedimento a ser 
realizado. 
É necessário lavar as mãos nas seguintes ocasiões: 
➢ Quando estiverem sujas; 
➢ Antes e após o contato direto com o paciente; 
➢ Antes de administrar a medicação ao paciente; 
➢ Ao preparar materiais e equipamentos; 
➢ Na manipulação de cateteres, equipamentos respiratórios e na 
manipulação do sistema fechado de drenagem urinária; 
Antes e após realizar trabalhos hospitalar; 
➢ Antes e após realizar atos e funções fisiológicas ou pessoais; 
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➢ Ao preparar micronebulização; 
➢ Na coleta de material para exame propedêutico; 
➢ Antes e após uso de luvas; 
➢ Antes e depois de manusear alimentos; 
➢ Antes e depois de manusear cada paciente e, eventualmente, entre as 
atividades realizadas num mesmo paciente. 
Existem algumas recomendações importantes quanto ao uso de 
antissépticos, são elas: 
➢ Detergentes com água podem remover fisicamente certa quantidade de 
micro-organismos, mas os agentes antissépticos são necessários para 
matar ou inibir a proliferação de micro-organismos; 
➢ Existem estudos aleatórios que mostraram que a aplicação tópica de 
álcool a 70% em mãos contaminadas reduz em 99,7% a flora bacteriana 
local. Contudo, mesmo quando se utiliza um antisséptico, existe um limite 
de eficácia, dependendo da frequência ou intensidade da limpeza das 
mãos. 
As preparações a base de álcool levam menos tempo para exercer seu 
efeito máximo que as soluções contendo gluconato de clorohexidina. Porém há 
estudos que demonstram que o simples uso frequente de água e sabão para 
lavar as mãos aumenta a flora disponível na superfície da pele, liberando a flora 
residente, ou seja, água e sabão simplesmente removem as bactérias mais 
superficiais, mas não eliminam aquelas liberadas das camadas mais profundas. 
Os produtos que impedem o crescimento bacteriano ou até mesmo 
aqueles que eliminam as bactérias, ao se infiltrarem no extrato córneo, 
apresentam atividade residual duradoura, reduzindo o risco de contaminação 
mesmo por bactérias da flora residente. 
Podemos concluir então, que a ação primária dos sabões simples é a 
remoção mecânica dos microrganismos superficiais. Os sabões antimicrobianos, 
além da remoção mecânica, matam ou inibem o crescimento tanto da flora 
superficial como da residente. 
 
CARACTERÍSTICAS DOS PRINCIPAIS ANTISSÉPTICOS 
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Atualmente não existe um antisséptico ideal para todos os usos, mas 
podemos realizar uma seleção dos mais apropriados, baseados em três estágios 
importantes. São eles: 
➢ Determinar as características do antimicrobiano tópico desejado, como 
por exemplo, não ser absorvível por mucosas ou pele, persistência, 
rapidez na redução da flora, espectro de atividade; 
➢ Rever e avaliar a segurança e eficácia na redução das contagens 
microbianas; 
➢ Considerar a aceitação do produto e os seus custos. 
Alcoóis 
 
 
Atuam desnaturando proteínas e 
possuem excelente atividade bactericida contra 
bactérias gram-positivas, gram-negativas e 
bacilos da tuberculose. 
Apesar de não eliminarem os esporos, 
apresentam certa atividade contra vários fungos 
e vírus, incluindo o vírus sincicial respiratório, o 
vírus da Hepatite B e o HIV. A aplicação por 15 
segundos é capaz de prevenir a transmissão de bactérias gram-negativas pelas 
mãos. Enxaguar as mãos com água abundante por 1 minuto com uma solução 
de álcool mostrou ser um dos métodos mais eficazes de antissepsia. 
Não são bons agentes para limpeza, não sendo recomendados na 
presença de contaminação grosseira. Apesar de não deixarem um efeito residual 
eficaz, as contagens microbianas após seu uso, continuam caindo por várias 
horas após a colocação de luvas estéreis, provavelmente resultado da contínua 
morte de microrganismos danificados. 
A concentração de álcool, entre 60% e 90%, é bem mais importante que 
o tipo. Geralmente, utiliza-se uma concentração de 70%, pois causa menos 
ressecamento cutâneo e dermatite química, e é mais barata que concentrações 
superiores. 
As principais desvantagens do álcool são: 
✓ Ressecamento da pele; 
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✓ O fato de ser inflamável, aumentando os cuidados na sua armazenagem. 
 
 
Gluconato de Clorohexidina (GCH) 
Atua causando rompimento das membranas 
celulares bacterianas. Possui amplo espectro de ação, 
sendo mais eficaz contra bactérias gram-positivas que 
gram-negativas. Possui pouco efeito contra bacilos da 
tuberculose, fungos e vírus. 
Não causa reações de toxicidade e a absorção 
cutânea é mínima. Porém, o uso auricular pode 
produzir ototoxicidade. O uso oftálmico também não é recomendado. 
O tempo para o efeito antibacteriano é intermediário, sendo maior que o 
do álcool e menor que o dos derivados de iodo, e sua atividade é pH-dependente, 
sendo reduzida ou neutralizada na presença de surfactantes não iônicos e 
ânions inorgânicos. 
Um dos atributos mais importantes do Gluconato de Clorohexidina é a sua 
persistência, permanecendo ativo por pelo menos 6 horas. A apresentação mais 
comum é a 4%. 
 
Polivinilperrolidona 10% iodo 1% 
A polivinilperrolidona 10% iodo 1%, ou o 
PVPI como é chamado na prática, age 
penetrando na parede celular e substituindo seu 
conteúdo por iodo livre. Tem capacidade virucida, 
tuberculicida, fungicida, amebicida, nematocida, 
inseticida tendo alguma ou nenhuma ação 
esporicida. 
É bactericida para gram-positivos e gram- 
negativos. Seu efeito residual é de seis a oito horas e necessita de dois minutos 
de contato para começar a agir. Deve ser acondicionado em frascos âmbar 
exceto solução alcoólica que devem ser guardadas em frascos transparentes. É 
inativado por substâncias orgânicasnão devendo ser usado em recém-nascidos. 
Pode ser encontrado nas seguintes apresentações: 
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✓ PVPI detergente (solução detergente): degermação pré-operatória 
(campo e equipe), ao redor de feridas. Deve ser enxaguado e usado 
apenas em pele íntegra. 
✓ PVPI tópico (solução aquosa): antissepsia em mucosas e curativos, 
aplicação em feridas superficiais e queimaduras, etc. 
✓ PVPI tintura (solução alcoólica): luva química, antissepsia de campo 
operatório após PVPI degermante, demarcação da área cirúrgica. 
✓ Álcool iodado 0,5 a 1% 
É irritante para a pele, não tem ação residual e deve ser removido após a 
secagem. É usado para o preparo da pele do campo operatório, e antissepsia da 
pele em pequenos procedimentos invasivos. 
 
ESCOVAÇÃO CIRÚRGICA 
 
A escovação cirúrgica é um processo que deve incluir mãos, com atenção 
especial para unhas, espaços interdigitais e antebraços com duração mínima de 
5 minutos, sendo finalizado com enxágue de clorexidina, álcool ou iodóforos. 
Recomenda-se a aplicação de 3 a 5 ml de PVPI até secagem, repetindo- 
se o processo por aproximadamente mais 5 minutos. O tempo exato para uma 
boa escovação cirúrgica ainda é motivo de muita controvérsia, bem como a 
necessidade e o tempo em que a mesma é conservada até uma nova escovação 
para procedimentos subsequentes. 
O Colégio Americano de Cirurgiões preconiza escovações de 20 
segundos entre cada procedimento após o primeiro. 
A correta técnica de escovação cirúrgica é a seguinte: 
✓ Retirar relógios, aliança, anel e pulseiras; 
✓ As unhas deverão estar aparadas e limpas; 
✓ Lavar as mãos, antebraços, até a região dos cotovelos utilizando-se água 
e sabão antimicrobiano; 
✓ Abrir as embalagens individuais, com antisséptico para escovação; 
✓ Limpar as áreas subungueais com as espátulas de unha; 
✓ Escovar a face lateral e medial de cada dedo, as comissuras interdigitais, 
o dorso e a palma da mão; 
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✓ Passar ao antebraço e daí ao cotovelo, mantendo-se as mãos mais 
elevadas que esses; 
✓ Repetir o mesmo processo para o outro membro; 
✓ Enxaguar as mãos, antebraços e cotovelos utilizando-se água em 
somente uma direção, a partir das mãos, sem movimentos dos membros 
para frente e para trás; 
✓ A torneira deve ser fechada com o cotovelo ou por outro profissional, mas 
não com as mãos já escovadas; 
✓ Deve-se utilizar uma tintura alcoólica da mesma solução antisséptica, 
deixando-a escorrer, a partir das mãos, lembrando que este não é um 
procedimento não realizado em todos os hospitais; 
✓ Encaminhar-se para a sala de cirurgia mantendo as mãos acima do nível 
dos cotovelos; 
✓ Enxugar com toalha ou compressa esterilizada, obedecendo à direção 
das mãos para os cotovelos e com movimentos compressivos. 
O instrumentador cirúrgico deve realizar corretamente esta técnica, 
portanto, a educação continuada e o treinamento são primordiais para que este 
procedimento seja eficiente. 
 
DEGERMAÇÃO 
 
Degermação é o ato de reduzir ou remover parcialmente os 
microrganismos da pele, ou outros tecidos por métodos quimiomecânicos. É o 
que se faz quando se lava as mãos usando água, sabão e escova. 
Podemos ainda definir como a remoção de detritos, impurezas, sujeira e 
microrganismos da flora transitória e alguns da flora residente, depositados 
sobre a pele do paciente ou das mãos da equipe odontológica por meio da ação 
mecânica de detergente, sabão ou pela utilização de substâncias químicas. 
A degermação das mãos é uma conduta de baixo custo e extremamente 
relevante no contexto da prevenção contra infecções hospitalares. É preciso, 
porém, que os profissionais de saúde sejam alertados e tenham consciência 
sobre a necessidade da adesão aos corretos métodos para essa prática, uma 
vez que a flora pode ser causadora de contaminação e infecção hospitalar. 
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A flora residente é constituída por micro-organismos capazes de 
sobreviverem e se multiplicarem na superfície cutânea e folículos pilosos, sendo, 
portanto, de difícil remoção. Os estafilococos coagulam-se negativa, 
corynebactéria, acinelobactéria e outros são micro-organismos comumente 
encontrados na flora residente. 
A flora transitória é composta por micro-organismos diversos e de 
virulências variadas. Estes micro-organismos nem sempre estão presentes na 
superfície da pele da maioria das pessoas e são removidos mais facilmente. 
Algumas bactérias Gram-negativas têm condições mínimas de sobrevivência 
sobre a pele. 
A degermação das mãos e antebraços da equipe cirúrgica deve eliminar 
a flora transitória e reduzir a flora residente e, ainda, o retardar a recolonização 
da flora residente pelo efeito residual. Sabe-se que, após a realização de tal 
procedimento, estes micro-organismos multiplicam-se com facilidade. 
A escolha do método para eliminar ou promover a inativação dos 
microrganismos das mãos depende da flora em que se quer atuar e da atividade 
específica. A flora residente não é simples de remover por lavagem e escovação, 
mas pode ser inativada por antissépticos. 
A flora transitória, por sua vez, é facilmente removível pela simples 
limpeza com água e sabão ou destruída quando se utiliza antissépticos. 
Consideram-se os iodóforos e a clorexidina os agentes microbicidas com 
mais eficácia para degermação pré-operatória das mãos, pois garantem redução 
superior a 90% da microbiota transitória. 
 
INSTRUMENTAIS CIRÚRGICOS 
 
Estaremos classificando os instrumentais cirúrgicos em seis grupos básicos, 
sendo cada grupo representativo de uma determinada etapa da cirurgia. 
 
DIÉRESE 
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Apresentaremos nesse grupo os cabos de bisturi e as tesouras. O 
instrumentador cirúrgico deve sempre manter estes instrumentais protegidos, 
pois são utilizados para corte. 
Os bisturis são os principais instrumentos de corte utilizados pelos 
cirurgiões. São compostos por duas peças, o cabo e a lâmina. Os cabos e as 
lâminas variam de formato e de tamanho, de acordo com o tipo de cirurgia ou 
ato cirúrgico a ser realizado. 
Os cabos mais curtos são próprios para os procedimentos cirúrgicos de 
superfície, ou seja, o corte do tecido epitelial. Os cabos mais longos destinam - 
se aos procedimentos cirúrgicos em cavidades, ou seja, em regiões mais 
profundas. 
 
TIPOS DE CABOS DE BISTURI 
 
 
 
 
 
 
TIPOS DE 
 
 
 
 
 
 
LÂMINAS DE BISTURI 
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Tesoura de Mayo 
Tesoura de 
Metzenbaum 
 
 
Os bisturis elétricos facilitam muito o processo de coagulação, diminuindo 
consideravelmente os sangramentos durante as cirurgias. 
 
 
 
As tesouras também variam de tamanho e de formato, podendo ser curvas 
ou retas, finas ou grossas de acordo com a sua aplicação. As mais utilizadas, 
são a tesoura do tipo “Metzenbaum” que por ser uma tesoura do tipo curva, é a 
mais usada pelo cirurgião chefe e a tesoura do tipo “Mayo” que por ser uma 
tesoura do tipo reta, é a mais utilizada pelo 
instrumentador cirúrgico e pelos cirurgiões 
auxiliares. Muito útil no corte dos fios cirúrgicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
HEMOSTASIA 
 
 
Neste grupo destacam-se as pinças, no mesmo existe uma grande 
variedade delas, com diversos tamanhos, podendo ser pequenas, médias e 
grandes e de vários formatos, retas ou curvas, traumáticas e não traumáticas. 
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Pinça Mixter 
Pinça Rochester 
 
 
Dentre as pinças hemostáticas mais empregadas, podemos destacar as 
pinças do tipo “Cocheira” quepor ser uma pinça traumática, dotada de dentes 
de rato, vem sendo empregada com sucesso para preensão da aponeurose dos 
músculos. Há também as pinças do tipo “Kelly” e as pinças do tipo “HasItead” 
por serem pinças finas, são empregadas com sucesso em cirurgias pediátricas 
ou em pequenos procedimentos. Podem ser chamadas também de 
“mosquitinho” ou “mosquito”, por serem pequenas. 
São bem mais delicadas do que as pinças do tipo Kelly e aplicam-se a 
vasos de menor calibre. 
Temos também as pinças do tipo “Pean”, as pinças do tipo “Mixter” que 
são amplamente utilizadas em cirurgias pulmonar, hepática e renal e as pinças 
do tipo “Satinsky” e que são muito utilizadas em cirurgias vasculares. 
As pinças do tipo “Faure”, assim como as pinças do tipo “Rochester” - 
“Pean” são pinças de maior resistência, próprias ao pinçamento de tecidos não 
delicados ou sensíveis. 
 
 
Pinça Pean Pinça Kelly 
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EXÉRESE 
 
 
Neste grupo temos os instrumentos para preensão e os de separação. Os 
instrumentais para preensão têm a finalidade de segurar, erguer 
momentaneamente, inclinar ou tracionar determinados tecidos durante o 
procedimento cirúrgico. 
Podemos destacar como instrumentais para preensão as pinças do tipo 
“Museux”, pinças do tipo “Allis” e pinças do tipo “Babcock” que é um tipo de pinça 
preferida para tracionar as alças intestinais. 
As pinças do tipo “Duval” também conhecidas como “triangular de Duval”, 
possuem grande aplicabilidade em cirurgias pulmonares, no pinçamento dos 
lobos pulmonares. 
As pinças do tipo “Collin” são também conhecidas como “Collin” oval. As 
pinças do tipo “Foerster” que são um tipo de pinça longa, são também 
empregadas em curativos profundos, segurando compressas de gaze. 
As pinças anatômicas são instrumentos cirúrgicos empregados de forma 
acessória em procedimentos de preensão. Dentre as mais usadas, destacam-se 
as pinças do tipo “Adson” as do tipo “Potts Smith” e as pinças do tipo “Nelson”. 
Os instrumentais que possuem a função de separar são também 
conhecidos como afastadores. Os instrumentais para separação ou afastadores, 
classificam-se em três diferentes tipos. 
Pinça Hasltead 
Ou Mosquitinho 
Pinça Satinsky 
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Pinça Babcock Pinça Duval 
 
 
O primeiro tipo são os dinâmicos que são instrumentais que deverão ser 
empunhados pelo médico-cirurgião, com o objetivo de expor a observação do 
campo operatório desejado. Destacam-se os do tipo “Farabeuf”, o do tipo 
“Volkman” e os do tipo “Doyen”. 
O outro tipo são os autostáticos que são os instrumentos que após serem 
posicionados pelo médico-cirurgião, manterão o campo aberto, sem que haja a 
necessidade de empunhadura permanente. É comum utilizar em cirurgias como 
traqueostomias. 
Os classificados como diversos são os demais instrumentais de 
separação ou afastadores que não se enquadram nas duas classes acima 
descritas. São espátulas, algumas rígidas e outras maleáveis, de acordo com o 
 
 
propósito desejado. 
Pinça Museux 
Pinça Allis 
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SÍNTESE 
 
 
Incluímos neste grupo as agulhas cirúrgicas, os porta-agulhas e os fios 
cirúrgicos. 
As agulhas são instrumentos perfurantes que tem como objetivo, 
juntamente com os fios cirúrgicos, recompor os tecidos lesionados, sejam eles 
internos ou externos, por meio do procedimento denominado sutura. 
Existe um grande número de agulhas, variando de tamanho, calibre e 
formato. As agulhas cirúrgicas podem ser classificadas quanto ao formato em 
quatro tipos, são elas: 
Retas: destinadas a realização de procedimentos de sutura do tecido 
epitelial, sem o emprego do porta-agulha. 
Curvas: As agulhas meio-círculo possuem uma curvatura bem maior do 
que as agulhas semirretas, e são eficazes na sutura de tecidos profundos. 
Pinça Foerster Pinça Collin 
Pinça Adson 
Afastador Farabeuf 
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Lanceoladas: São agulhas de secção triangular e são utilizadas em 
tecidos mais resistentes como a sutura da aponeurose dos músculos. 
Cilíndricas: São agulhas de secção circular e muito empregadas na sutura 
de tecidos delicados e sensíveis, tais como a reconstituição de vasos 
sanguíneos rompidos. 
A classificação das agulhas ainda pode ser feita em relação ao fio 
cirúrgico que será utilizado na sutura, em dois tipos: 
Com fio pré passado: a agulha já vem de fábrica montada juntamente com 
o fio cirúrgico. A base da agulha é interligada com o início do fio, não 
havendo nenhum desnível. Trata-se de agulha não traumática, por 
possuir um calibre regular e uniforme na junção com o fio. 
Com fio a passar: A agulha não vem montada de fábrica com o fio. Será 
necessário montá-la, passando o fio cirúrgico desejado, pelo orifício da 
agulha. 
O porta-agulha tem o objetivo de segurar a agulha durante os processos 
de sutura. Entre os mais empregados destacam-se o porta-agulha do tipo 
“MayoHegan” e o porta-agulha do tipo“Mathieu”. 
Os fios cirúrgicos podem ser classificados em dois grupos básicos: 
Absorvíveis: Os fios vão sendo gradativamente absorvidos pelo 
organismo, até desaparecerem por completo. Nestes casos temos o fio 
Categutesimples que são feitos de fibras de tripas de carneiro e o fio 
Categutecromado. Aqui o fio categute é tratado quimicamente com um 
banho de cromo. O objetivo desse fio cromado é frear o tempo de 
absorção pelo organismo, mantendose a tensão do fio por um período de 
tempo maior. Esse tipo de material é escolhido, quando se deseja maior 
segurança quanto à durabilidade da sutura para que as partes 
seccionadas possam se unir. 
Não absorvíveis: São fios que não são absorvidos pelo nosso organismo. 
Caso não sejam removidos posteriormente, irão ficar de forma definitiva 
na região suturada. Dentre esses fios podemos relacionar o de Nylon, o 
de Algodão, o fio de Seda, o de Aço e o fio de Mersilene que é composto 
por uma substância sintática não absorvida pelo organismo. 
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INSTRUMENTAIS PARA PROCEDIMENTOS ESPECIAIS 
 
São instrumentais que não compõem a mesa de instrumentação em 
cirurgia geral. São instrumentos específicos para determinadas cirurgias. Existe 
uma grande variedade de instrumentos especiais. Podemos citar a pinça do tipo 
“Lambott” - “Farabeuf”, e oClamp de “Kocher” que é empregado em cirurgias 
intestinais, com o objetivo de ocluir a alça intestinal. 
O Rugina é um instrumento que serve para descolar ou separar as 
costelas dos tecidos musculares. Tendo grande aplicação nas cirurgias 
torácicas. A serra de “Gigli” é utilizada em neurocirurgias, cirurgias vasculares e 
em cirurgias ortopédicas. 
 
INSTRUMENTAIS PARA DIVERSOS FINS 
 
Os campos cirúrgicos são peças de pano que em geral medem 1,50m de 
comprimento por 1,50m de largura. Existem com o objetivo de isolar o campo 
operatório que será alvo da cirurgia, das demais partes do corpo do paciente. 
Os campos cirúrgicos são, portanto, panos esterilizados, evitando assim, 
o risco de a equipe cirúrgica tocar nas demais partes da pele do paciente e 
contaminar as roupas, luvas e instrumentais cirúrgicos. 
 
CUIDADOS NO MANUSEIO DO INSTRUMENTAL CIRÚRGICO 
 
Os instrumentais cirúrgicos devem ser usados somente para a finalidade 
que lhe foi atribuída. O uso correto e os cuidados razoáveis prolongam a sua 
vida útil e protegem a sua qualidade. 
As tesouras e as pinças, que frequentemente são usadas de forma 
irregular, podem sofrer desalinhamento, danificações como quebras e 
rachaduras,quando usadas inadequadamente. As tesouras para tecidos não 
devem ser usadas para cortar suturas ou gaze. 
As pinças hemostáticas não devem ser usadas como prendedores de 
toalhas ou para pinçar tubos de sucção. Obrigatoriamente os instrumentais 
cirúrgicos devem ser manejados delicadamente. 
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Deve-se evitar jogar de forma violenta, deixar cair e colocar equipamento 
pesado sobre eles. Durante os procedimentos, o instrumental usado deve ser 
limpo com uma compressa úmida, ou colocado dentro de uma bacia com água 
destilada estéril, para evitar que o sangue seque sobre o instrumental. 
O soro fisiológico nunca deve ser utilizado sobre os instrumentos, pois o 
seu conteúdo de sal pode ser corrosivo, aumentando a ferrugem ou deterioração 
do metal. 
No tempo previsto durante o procedimento, o instrumentador cirúrgico 
deve lavar e secar os instrumentos usados, e recolocá-los sobre a mesa de 
instrumentais para facilitar o fechamento das contagens. 
No fim do procedimento, os instrumentais não devem ser colocados todos 
juntos num amontoado. Eles devem ser manejados individualmente ou em 
pequenos grupos. 
Os instrumentais delicados devem ser dispostos separadamente para o 
manuseio e limpeza individuais, de modo a evitar danos e ferimentos acidentais. 
Os princípios das precauções universais devem ser aplicados conforme 
foi dito pela política institucional. Todos os instrumentais destinados ao 
procedimento devem ser esterilizados na fase final ou desinfetados antes da 
remontagem. 
Obrigatoriamente, os instrumentais devem estar completamente limpos 
para assegurar esterilização eficaz. Todo instrumental deve ser inspecionado 
antes e após cada uso para se detectar imperfeições. 
O instrumental deve permanecer em funcionamento adequado para 
impedir o desnecessário perigo a segurança do paciente e aumentar o tempo 
cirúrgico por circunstância de falha instrumental. 
Os fórcepses, as pinças e outros instrumentos articulados 
obrigatoriamente devem passar por uma inspeção quanto ao alinhamento das 
garras e dentes. As garras e os dentes dos instrumentos devem estar em perfeito 
estado, de modo que seja ocluído o fluxo sanguíneo sem lesar a veia ou artéria. 
As travas devem fechar perfeitamente, mas soltar com facilidade. As 
articulações dos instrumentos devem funcionar suavemente. As bordas das 
tesouras devem ser testadas quanto ao gume, cortando-se suavemente quatro 
camadas de gaze. 
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Todos os instrumentais devem ser verificados quanto a pontos de 
desgaste, saliências, denteamento, rachaduras, ou pontas agudas. Os 
instrumentais que apresentarem danificação devem ser colocados de lado e 
enviados para conserto ou substituição. O serviço de conserto de instrumentos 
deve ser escolhido cuidadosamente e usado para a manutenção regular, como 
afiar e realinhar. 
 
CONTAGEM DOS INSTRUMENTAIS CIRÚRGICOS 
 
A maior parte das instituições realiza contagem dos instrumentais como 
prática padronizada. O estabelecimento de conjuntos instrumentais 
padronizados com o número e tipos mínimos de instrumentais neles facilitam a 
sua contagem, bem como minimiza a quantidade de tempo e espaço necessário 
para montar. 
As contagens iniciais devem ser feitas em conjunto pela circulante e pelo 
instrumentador, antes do procedimento, os materiais adicionados durante o 
mesmo devem ser contados e registrados. 
As contagens seguintes devem ser feitas antes do fechamento de uma 
cavidade ou de uma incisão grande e profunda, quando o instrumentador ou a 
circulante é substituída por outras pessoas, e ao término do procedimento. 
Os instrumentais desmontados durante a cirurgia, como certos 
afastadores, obrigatoriamente devem ser identificados por completo. Todas as 
contagens devem ser registradas pela circulante num registro apropriado. 
 
AGULHAS E FIOS CIRÚRGICOS 
PARTES DAS AGULHAS 
 
 
As agulhas possuem um fundo, um corpo e uma ponta, como 
destacaremos a seguir. 
Em relação ao fundo temos os seguintes tipos: 
Sem fundo: o fio é inserido dentro da agulha, sendo que este tipo é 
chamado de atraumática. Quando existe agulha em ambas as 
extremidades do fio, esta é chamada de dupla. 
Fundo regular, alongado; 
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Fundo quadrado; 
Fundo arredondado; 
Fundo de Benjamim; 
Fundo francês, em garfo ou falso - quando o fio pode ser inserido por 
pressão, sem ser inserido. 
 
TIPOS DE FUNDOS 
 
 
 
O corpo é classificado de acordo com o formato de sua secção, que pode 
variar em relação aos diversos pontos da agulha. 
Podem ser redondos, ovalados, triangulares ou em forma de losango. Sua 
curvatura pode ser: 
Reta 
3/8 de círculo; 
Meio círculo; 
5/8 de círculo; 
Meia curva; 
Dupla curvatura; 
Semirreta. 
 
FORMATO DO CORPO DAS AGULHAS CIRCULARES 
 
 
As pontas devem ser arredondadas, em forma de trocarte, com corpo 
cortante triangular, cortante reverso, cortante lateral, redonda com ponta romba 
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(para fígado), pontiaguda cortante. As cortantes são chamadas de traumáticas e 
as não cortantes de atraumáticas. 
 
TÉCNICA DE MONTAGEM DE CAIXAS CIRÚRGICAS 
 
As caixas cirúrgicas podem ou não ser padronizadas nos hospitais ou 
ainda serem divididas conforme os tipos de cirurgias. Geralmente existem as 
caixas básicas, de pequena cirurgia, de laparotomia exploradora, de ortopedia e 
as demais caixas específicas por especialidade. 
O instrumentador cirúrgico deve conhecer a listagem de cada caixa, para 
que possa escolher a caixa adequada ao procedimento cirúrgico que irá 
participar. As caixas específicas devem ser trazidas pela equipe cirúrgica ou 
então solicitadas à reserva para o hospital. 
A montagem da caixa cirúrgica é de responsabilidade do profissional de 
enfermagem que trabalha na central de materiais esterilizados, mas o 
instrumentador cirúrgico deve saber montá-la, pois assim, poderá preparar as 
suas próprias caixas. 
Existem hospitais que aceitam que a caixa seja limpa e montada pelo 
instrumentador cirúrgico, mas há hospitais que não permitem esse 
procedimento. Nestes casos o instrumentador cirúrgico deve acompanhar e 
conferir o processamento do seu instrumental cirúrgico. 
As caixas devem estar limpas e preparadas de forma que o vapor da 
esterilização penetre na caixa e passe por todos os instrumentais. Esta caixa 
deve ser perfurada e embalada com campo duplo de algodão. 
Os instrumentais podem ficar presos para facilitar sua organização e 
conferência antes do início da cirurgia, mais precisamente na montagem da 
mesa cirúrgica. 
É de responsabilidade do instrumentador cirúrgico, conferir todos os 
aspectos relacionados aos instrumentais e materiais exclusivos que serão 
utilizados pela sua equipe cirúrgica. 
APRESENTAÇÃO DO MATERIAL QUE COMPÕE A MESA DO 
INSTRUMENTADOR 
 
BISTURI 
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Existem alguns métodos para segurar um bisturi, dependendo muito onde 
e de que maneira vai ser usado, como descreveremos a seguir. 
O cirurgião pode segurá-lo como uma faca, onde o dedo indicador 
posicionasse sobre a porção dorsal posterior da lâmina, com a finalidade de 
controlar a pressão dessa sobre o tecido a ser enfocado. Usar esta posição para 
as incisões de pele e de tecidos mais duros. 
 
BISTURI COMO FACA 
 
 
 
Pode ser manuseado como um lápis, podendo dessa maneira, ser 
manipulado pelos dedos sem movimentar o pulso. Usado para dissecação e 
incisões delicadas, onde não há necessidade de pressão sobre o tecido a ser 
incisado. 
 
BISTURI COMO UM LÁPIS 
 
 
PINÇASDE DISSECAÇÃO 
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Estas pinças são seguras entre o polegar o 2° e o 3° dedo. Existem 
muitos tipos dessas pinças, e elas devem ser usadas nos tecidos para os quais 
foram feitas. Como exemplo, a pinça de dissecação com ponta delicada não 
deve ser usada na pele. 
 
HADSON SEM DENTE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
HADSON COM DENTE 
 
 
 
 
CUSHING COM DENTE 
 
 
 
 
 
 
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CUSHING SEM DENTE 
 
PINÇAS HEMOSTÁTICAS 
 
 
Todos os instrumentos com alças são empunhados da mesma maneira. 
O dedo polegar e o 4o dedo são colocados e ajustados nas alças, o 2o dedo, o 
indicador é usado perto ou acima da articulação e serve, junto com o 3 o dedo, 
para estabilizar e direcionar o instrumento. 
 
Pinças hemostáticas traumáticas 
 
 
Devem abranger somente o vaso sangrento e incluir o mínimo possível 
de tecido adicional. O assistente deve segurar a pinça com a ponta voltada em 
direção ao cirurgião, de maneira que o vaso possa ser facilmente ligado. 
Após o primeiro nó ser feito e estar sendo apertado, a pinça hemostática 
é removida de maneira a permitir que o nó seja apertado por completo e possa 
ser feito o 2º nó. 
 
Pinças hemostáticas traumáticas 
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Pinças hemostáticas não traumáticas 
 
 
Este tipo de pinça é usado para ocluir a circulação em grandes vasos. O 
vaso deve ser pinçado o suficiente para oclusão do fluxo sanguíneo, de 
maneira a minimizar o trauma vascular. 
PINÇAS DE TECIDOS 
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Devem ser usadas nos tecidos para os quais foram planejadas de maneira 
a minimizar o trauma. Por exemplo, a pele não deve ser pinçada com pinças de 
Allis, que devem ser usadas em tecidos mais moles. 
 
 
TESOURAS 
 
 
As tesouras são destruídas rapidamente quando usadas para outros fins 
que não os aconselhados. As tesouras para cortar fios cirúrgicos geralmente são 
tesouras retas ponta reta romba, e devem ser utilizadas para fios que não sejam 
arames ou metálicos. 
As tesouras para cortar fios metálicos são especiais e menores que as 
cirúrgicas. Para cortar fios cirúrgicos, abrem-se pouco as lâminas, que deslizam 
sobre as pontas a serem cortadas e viradas levemente antes das lâminas 
cortarem o fio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O tamanho do fio cortado vai depender do grau de rotação da tesoura. 
Tesouras para tecidos devem ser usadas sempre que se possa ver o tecido entre 
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PORTA-AGULHAS 
 
 
suas lâminas. Tesouras para dissecação romba é necessário inserir as lâminas 
fechadas e abri-las, separando os tecidos. 
 
AFASTADORES 
 
 
Os afastadores são utilizados para se abrir as cavidades de acesso à 
manipulação cirúrgica. 
Podem causar lesões muito grandes nos tecidos, se usados 
impropriamente. A força excessiva aplicada a um afastador é um substituto muito 
pobre para uma incisão inadequada. 
As bordas da cavidade que será utilizado o afastador devem ser 
protegidas com compressas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As agulhas curvas devem ser colocadas na ponta do porta-agulha, a uma 
distância de um quarto do fundo da agulha. Não se utiliza porta-agulhas com 
agulhas retas. 
Quando são usados para fazer os pontos ou para atar os nós cirúrgicos, devem 
ser seguros como tesouras ou na palma da mão, sem os dedos nas alças. 
Partes: alça ou empunhadura, catraca ou cremalheira, articulação e ponta. 
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MONTAGEM DA MESA BÁSICA 
 
A montagem da mesa cirúrgica tem o objetivo de facilitar e organizar o 
trabalho do instrumentador cirúrgico e consequentemente, do cirurgião. É uma 
forma de racionalizar o ato cirúrgico tornando-o mais eficaz. 
A capacitação do trabalho do instrumentador é de grande importância 
para que ele possa atender às necessidades do cirurgião e dos seus auxiliares. 
Para a montagem da mesa, o auxiliar e o instrumentador, já paramentados, 
deverão escolher o local da sala menos movimentado iniciando 
sistematicamente a organização da mesa cirúrgica. 
As mesas auxiliares devem ser protegidas com uma folha de borracha 
que, ao mesmo tempo em que amortece o choque dos instrumentos com o 
tampo metálico, impermeabiliza a cobertura da mesa que, se molhada 
inadvertidamente por soro ou secreções, perderia seu poder de barreira 
antibacteriana, com possibilidade de contaminação dos objetos sobre ela 
inseridos. 
Sobre folhas de borracha são colocados campos protetores esterilizados, 
em seguida o circulante deverá aproximar a caixa dos instrumentos sobre outra 
mesa menor. 
Dependendo da posição do cirurgião perante o paciente, a mesa será 
montada. Uma posição comum vista em alguns centros cirúrgicos é a mesa do 
instrumentador sob o paciente, eliminando assim, a figura do instrumentador. 
A mesa poderá também estar posicionada em 90º à mesa cirúrgica ou na 
extremidade inferior desta, ou então ao lado do cirurgião também eliminando o 
instrumentador. 
Descreveremos a seguir a organização da mesa da direita para esquerda 
dividindo-se a mesa cirúrgica em doze partes ou áreas: 
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Área 1: Coloca-se o bisturi com a lâmina para baixo a esquerda. Certas 
operações requerem tipos especiais de bisturis. 
Área 2: São colocadas as tesouras curvas delicadas (“Metzenbaum”) e 
forte (“Mayo”) com as pontas viradas para o instrumentador e com a 
curvatura para baixo, contra a mesa. 
Área 3: São colocadas as pinças hemostáticas tipo “Kelly” do mesmo 
modo que as tesouras. De preferência curvadas e no mínimo de seis a 
oito. Como o sentido de tomada é da direita para a esquerda por questão 
de economia de espaço acham-se sobrepostas, estando a da direita 
superiormente colocada em relação às outras e assim sucessivamente. 
Área 4: Denominada também de área de uso versátil, onde colocam-se 
instrumentais do tipo “Mixter”, “Moynihan”, e outros do tipo hemostático, 
de acordo com a cirurgia. 
Área 5: Colocada a “Kocher” reta. 
Área 6: Serão colocadas pinças com e sem dentes. 
Área 7: São dispostos os porta-agulhas, sendo a única exceção na mesa 
do instrumentador, que se coloca com os anéis para baixo. No caso, já 
segurando agulhas montadas. Note que a ponta da agulha indica para 
cima, a fim de não furar o plano da mesa evitando contaminação. 
Área 8: Colocam-se pinças de preensão de tipo “Babcock”, “Allis” e 
“Duval”, ou outros instrumentais complementares do mesmo tipo, ditados 
pelas necessidades da intervenção cirúrgica em causa. 
Área 9: Coloca-se as pinças de campo “Backhaus”, no mínimo 4. 
Área 10: Colocam-se pinças, tesouras e porta-agulhas longos. 
Área 11: Serão colocadas compressas dobradas, que seguram fios pré- 
cortados como seda e algodão, e sobre ela ou outros tipos de fios e 
agulhas. 
Área 12: é de uso versátil, neste caso apresentando agrafes. 
É rotina a montagem da mesa básica, observando-se regras para a 
distribuição dos instrumentais cirúrgicos: o material de diérese permanece no 
canto inferior esquerdo, o de síntese no canto superior esquerdo, o material de 
hemostasia e preensão no meio da mesa, inferiormente, sendo os afastadores 
no canto superior, conforme ilustra a figura abaixo. 
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MESA BÁSICA 
 
 
MONTAGEM DA MESA AUXILIAR 
 
Uma Segunda mesa que também poderá ser montada é a mesa do 
assistente. Esta é dividida em seis partes, sendomontada da esquerda para a 
direita ou da direita para a esquerda dependendo da posição do cirurgião no 
campo cirúrgico. 
Nesta mesa os cabos dos instrumentos são voltados para o auxiliar, pois 
estes instrumentos são para uso próprio. 
 
 
TÉCNICAS DE INSTRUMENTAÇÃO CIRÚRGICA EM DIVERSOS 
PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS 
 
O instrumentador cirúrgico deve conhecer os diversos tipos de 
procedimentos cirúrgicos para que possa estabelecer os materiais e 
equipamentos necessários a cada procedimento. 
O ideal é que o instrumentador tenha noções básicas de todos os 
procedimentos cirúrgicos, mas que se especialize em uma área específica. 
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Cada equipe cirúrgica tem uma forma de conduzir o procedimento 
cirúrgico, mas os princípios básicos que o instrumentador cirúrgico deve seguir 
não serão alterados. 
Muitas vezes apenas o médico cirurgião sabe o que irá acontecer, ficando 
toda a equipe cirúrgica sem saber os próximos passos durante o transoperatório, 
mas isso reflete na segurança do paciente. 
Os princípios básicos da técnica de instrumentação cirúrgica não mudam 
de cirurgia para cirurgia, mas o instrumentador deve buscar a melhor forma de 
conduzir este processo, antecipando as ações do cirurgião e agilizando o 
procedimento cirúrgico. 
 
ASSISTÊNCIA AO PACIENTE CIRÚRGICO CONCEITOS BÁSICOS 
 
O pré-operatório é o período de tempo que tem início no momento em que 
se reconhece a necessidade de uma cirurgia, e termina no momento em que o 
paciente chega à sala de operação. 
Observa-se pela definição, que se trata de um período bem delimitado, 
apresentando começo e fim, e que tem duração relativamente longa, 
dependendo da classificação do tratamento cirúrgico, quanto ao momento 
operatório. 
Didaticamente, o período pré-operatório subdivide-se em mediato (desde 
a indicação para a cirurgia até o dia anterior a ela) e em imediato (corresponde 
às 24 horas anteriores à cirurgia). 
O escopo das atividades de enfermagem durante este tempo pode incluir 
o estabelecimento de uma linha de base, a partir do histórico do paciente, a 
realização de entrevista pré-operatória e a preparação do paciente para o ato 
anestésico a ser feito durante a cirurgia. 
De modo geral, a assistência prestada ao paciente, neste período, 
consiste na avaliação e preparo tanto físico quanto emocional para a cirurgia. 
Para o ensino pré-operatório, deve-se avaliar a capacidade de aprendizagem do 
cliente, bem como identificar as limitações que possam impedi-lo de participar 
no processo de aprendizagem. 
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O cuidar do paciente no pós-operatório envolve um arcabouço técnico e 
científico para o devido atendimento das necessidades do indivíduo e 
reconhecimento das possíveis complicações. 
A enfermagem atua no pós-operatório imediato e mediato/tardio como 
grande interlocutor do cuidado humano, procurando garantir a autonomia e 
independência aos seus clientes. 
O instrumentador cirúrgico deve estar atendo ao pós-operatório do 
paciente, pois mesmo com o término da cirurgia podem acontecer 
intercorrências relacionadas ao procedimento cirúrgico. 
O período pós-operatório pode ser dividido em: 
Imediato: Período de recobro e primeiras 24h, dependendo do tamanho 
da cirurgia 
Tardio: A partir do momento em que o doente faz as 24h de cirurgia. 
Como foi colocado anteriormente, a assistência de enfermagem deve 
atuar de forma sistematizada, sendo um processo interativo que promove e/ou 
recupera a integridade e a plenitude bio-psico-sócio-espiritual do paciente. Esta 
envolve sentimentos, emoções, comprometimento, ética e comunicação efetiva 
que promova a troca de experiências entre o enfermeiro e o cliente. 
Assistência de enfermagem deve ser integral e individualizada, estando 
aliada a um marco conceitual em todas as fases, com envolvimento dos 
familiares, possibilitando ainda, a identificação dos diagnósticos e a 
implementação de um plano de cuidados durante o procedimento cirúrgico em 
continuidade à assistência iniciada no pré-operatório. 
É de fundamental importância a sistematização como forma de integração 
da equipe multidisciplinar com o paciente e a família, com diminuição de suas 
ansiedades; assim, este passará a se integrar de forma participativa em todo 
processo. 
Neste sentido, o enfermeiro faz o diagnóstico de enfermagem para 
posteriormente, traçar um plano assistencial. Podemos citar como exemplos de 
diagnósticos reais ou potenciais: 
➢ Integridade tissular prejudicada; 
➢ Risco para infecção; 
➢ Percepção sensorial perturbada; 
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➢ Risco para aspiração; 
➢ Risco para função respiratória alterada; 
➢ Hipotermia; 
➢ Risco para temperatura corporal desequilibrada; 
➢ Nutrição desequilibrada: mais do que as necessidades corporais; 
➢ Dor aguda. 
A partir do momento em que se sutura a incisão cirúrgica e se realiza o 
curativo, já é a fase do pós-operatório. É comum o paciente apresentar 
hipotermia no centro cirúrgico e nas primeiras horas de pós-operatório devido à 
circulação extracorpórea, à refrigeração da sala cirúrgica e à recuperação, 
devendo voltar à temperatura normal após algumas horas de pós-operatório. 
Os principais fatores de risco para infecção pós-operatório são: a 
exposição ambiental, os procedimentos invasivos, a manipulação e 
antecedentes pessoais como diabetes, IRC, idade e outras condições clínicas 
associadas. 
Percebe-se que ao ser encaminhado para o centro cirúrgico ele está com 
a pele íntegra, quando retorna apresenta um rompimento da pele, no caso de 
uma incisão cirúrgica; o enfermeiro então irá orientar o paciente em relação aos 
cuidados que deverá ter evitando complicações como hemorragias e infecções. 
Conhecer os diagnósticos de enfermagem dos pacientes no período pós- 
operatório possibilita aos enfermeiros que atuam nos centros de recuperação 
pós-anestésica, planejar individualmente o cuidado prestado a essa clientela. 
Mediante a identificação dos diagnósticos de enfermagem nessa clientela, 
os enfermeiros podem propor intervenções fundamentadas e específicas, 
proporcionando a implementação de ações eficazes e imediatas para a 
resolução dos problemas identificados. 
 
 
DRENOS 
 
São usados em diversos contextos para possibilitar o escapamento de 
líquido de uma cavidade corporal específica. As indicações para colocação de 
controle de drenos são específicas de cada tipo de dreno. 
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Podem ser classificados em: 
➢ Dreno aberto, ex.: penrose; 
➢ Dreno de sucção fechada; 
➢ Dreno de reservatório; 
➢ Cateteres para drenagem de abscesso. 
 
 
Dreno de Penrose 
 
 
É um dreno de borracha, tipo látex, utilizado em cirurgias que implicam 
em possível acúmulo local de líquidos infectados, ou não, no período pós- 
operatório. Seu orifício de passagem deve ser amplo e ser posicionado à menor 
distância da loja a ser drenada, não utilizando o dreno por meio da incisão 
cirúrgica e, sim, por meio de uma contra incisão. 
Para evitar depósitos de fibrina que possam obstruir seu lúmen, o dreno 
de penrose deve ser observado e mobilizado a cada 12 horas, ou seja, 
tracionado em cada curativo (exceto quando contraindicado), cortado seu 
excesso e recolocado o alfinete de segurança estéril, usando luva esterilizada. 
O orifício de saída deve ser ocluído com gaze estéril, devendo este curativo ser 
substituído sempre que necessário. 
 
 
Dreno de Sucção (portovac) 
 
 
É composto por um sistema fechado de drenagem pós-operatória, de 
polietileno, com resistência projetada para uma sucção contínua e suave. 
Possui uma bomba de aspiração com capacidade de500 ml, com um 
cordão de fixação, uma extensão intermediária em PVC com pinça corta-fluxo e 
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um conector de duas ou três vias, e um cateter de drenagem com agulha de aço 
cirúrgico (3,2 mm, 4,8 mm ou 6,4 mm) utilizada para perfurar o local de passagem 
do dreno. 
É usado para drenagem de líquido seroso ou sanguinolento, de locais de 
dissecção ou da área de anastomoses intraperitoneais. Seu objetivo é facilitar a 
captação dos tecidos adjacentes e impedir o acúmulo de soro e a formação de 
hematoma. Uma das principais complicações são a erosão do dreno em órgãos 
ou vasos circunvizinhos e a ruptura do cateter ao ser retirado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dreno de Abramsom 
 
 
São tubos de grande calibre e luz múltipla e têm as seguintes finalidades: 
➢ Irrigação e aspiração contínua; 
➢ Usado mais comumente para drenar espaços intra-abdominais que se 
espera drenar grande volume de líquido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dreno de Kerr 
É introduzido nas vias biliares extra-hepáticas, sendo utilizado para 
drenagem externa, descompressão, ou ainda, após anastomose biliar, como 
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prótese modeladora, devendo ser fixado por meio de pontos na parede duodenal 
lateral ao dreno, tanto quanto na pele, impedindo sua saída espontânea. 
 
CURATIVOS 
 
DEFINIÇÃO 
 
 
É um meio terapêutico que consiste na limpeza, com aplicação de 
procedimentos assépticos, que vai desde a irrigação como solução fisiológica 
até as coberturas específicas que poderão auxiliar no processo de cicatrização. 
 
A ESCOLHA DOS CURATIVOS 
 
 
Os curativos e os cuidados devem ser estabelecidos conforme: 
➢ A etiologia e localização da lesão; 
➢ Tamanho de ferida; 
➢ Condições clínicas; 
➢ Fases do processo de cicatrização. 
A enfermagem deve ser bastante criteriosa utilizar de curativos e 
medicamentos nas lesões, considerando os seguintes fatores no processo de 
cicatrização, uma vez que, já é sabido, que podemos interferir tanto de uma 
forma positiva quanto negativa no tratamento: 
➢ As propriedades físicas de proteção e manutenção de medicamentos; 
➢ Intervalo de trocas entre o curativo. 
 
 
 
TIPOS DE CURATIVOS 
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➢ Abertos: Utilizados em algumas feridas agudas; 
➢ Semi-oclusivos: Curativos comumente utilizados em Feridas cirúrgicas. 
Absorvem e isolam o exsudato, permitem exposição da ferida ao ar. 
➢ Oclusivos: Têm como finalidade vedar e impedir a perda de fluidos, bem 
como proporcionar isolamento térmico. A vedação é feita por meio de 
gazes, faixas e espuma. 
➢ Compressivos: Reduzem o fluxo sanguíneo e promovem a hemostasia. 
Aproxima as bordas da ferida. 
 
VANTAGENS DO MEIO ÚMIDO 
 
 
O meio úmido tem algumas vantagens em relação aos curativos secos. 
Estimula a epitelização, a formação do tecido de granulação e maior 
vascularização. Facilita a remoção do tecido necrótico e impede a formação de 
espessamento de fibrina. Promove a diminuição da dor, evitando traumas 
na troca do curativo, além de manter a temperatura corpórea. 
 
NORMAS DE ASSEPSIA 
 
 
➢ Lavar as mãos antes e após a realização dos curativos; 
➢ Obedecer aos princípios de assepsia; 
➢ Remover assepticamente tecidos necrosados; 
➢ Obedecer aos princípios de realização do procedimento: do menos para 
o mais contaminado. 
➢ Utilizar luvas estéreis em substituição ao material de curativo ou em 
procedimento que possam entrar em contato com a ferida/úlcera. 
➢ Curativos removidos para inspeção da lesão devem ser trocados 
imediatamente. 
 
NORMAS TÉCNICAS PARA REALIZAÇÃO DOS CURATIVOS 
 
 
A técnica asséptica ou estéril é a seguinte: 
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➢ Lavar as mãos com solução antisséptica antes e após a realização do 
curativo; 
➢ Utilizar material e luvas estéreis para manipular a lesão; 
➢ Limpar a lesão com solução estéril; 
➢ Utilizar cobertura estéril; 
➢ Recomendada a utilização exclusiva da técnica para tratamento 
hospitalar; 
A técnica limpa é a seguinte: 
➢ Lavar as mãos com água e sabão; 
➢ Utilizar material limpo para a manipulação da lesão; 
➢ Limpar a lesão com água limpa e tratada; 
➢ A cobertura da lesão deve ser preferencialmente estéril; 
➢ Técnica utilizada no tratamento domiciliar. 
O CDC (Center for Disease Control), em 1994, considerou as mãos como 
principal veículo de transmissão de infecções, preconizando padrões para o 
procedimento de lavagem e antissepsia das mãos. 
 
LAVAGEM DAS MÃOS 
 
Apenas relembrando os objetivos da lavagem das mãos: 
➢ Remover a sujeira das mãos e quebrar cadeia de infecção; 
➢ Reduzir as contaminações cruzadas; 
➢ Melhorar, na visão do público, a imagem de higiene e a credibilidade dos 
profissionais da área de saúde. 
São observações importantes: 
➢ Retirar anéis, relógios e pulseiras; 
➢ Não se encostar a pia; 
➢ Utilizar sabão líquido; 
➢ Não é indicado uso de toalhas de pano e coletivas; 
➢ Utilizar creme hidratante de uso único e de pote individual para as mãos. 
 
 
MATERIAL PARA CURATIVOS 
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➢ Pacote de curativo 
O pacote de curativo deve obedecer a princípios de assepsia e 
esterilização, podendo ser descartável ou não. É importante lembrar que o 
pacote nunca deve ser utilizado caso haja suspeita que ele não tenha sido 
esterilizado. 
 
➢ Soro fisiológico 0,9% ou água destilada 
Deve ser aquecido próximo a temperatura de 37º C quando utilizado em 
tecido de granulação e epitelização, em temperatura inferior a essa ocorrerá um 
choque térmico, e a pele levará de 03 a 04 horas para voltar à temperatura 
normal; 
 
➢ Técnica do jato de soro 
Técnica utilizada para higienização do tecido de granulação. Nesta 
técnica pode-se utilizar o próprio frasco de soro ou uma seringa de 20 ml, e 
agulha 40X12 mm, para exercer a devida pressão (04 a 15 pps); 
Além do tecido de granulação essa técnica é utilizada para limpeza de 
cavidades e pontos subtotais, áreas de difícil acesso apenas com gaze úmida. 
Os pontos subtotais são pontos que abrangem todas as camadas da 
parede abdominal, da pele até o peritônio. Eles são confeccionados com equipo 
de soro e fio tipo cordonê. 
Para proceder a limpeza desses pontos, deve-se lavar todos os pontos 
introduzindo soro fisiológico 0,9% com auxílio de uma seringa com agulha 
40X12mm no interior de cada ponto, colocando uma gaze no lado oposto para 
reter a solução. 
Continuar a limpeza de todo o restante da lesão, com o auxílio de uma 
pinça, utilizando a técnica asséptica. Realizar a limpeza de dentro para fora e de 
cima pra baixo, utilizando as duas faces da gaze sem voltar ao início da incisão. 
 
➢ Fita adesiva 
A fita adesiva sempre deve ser retirada molhando-a com SF 0,9%, para 
evitar a lesão da pele do paciente por trauma local. Se possível deve priorizar a 
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utilização das fitas indicadas pelo fabricante, como hipoalergênicas e nunca deve 
ser utilizada 
 
TÉCNICA PARA REALIZAÇÃO DE CURATIVOS 
 
 
Princípios básicos para a realização dos curativos 
Esses princípios, por serem princípios básicos podem e devem ser 
adaptados e empregados de acordo com o tipo de curativo. Tendo sempre o 
cuidado de evitar as infecções cruzadas. 
 
São cuidados importantes: 
➢ Separar o material a ser utilizado, observando a data de validade e se 
está embalado adequadamente; 
➢ Separar os antissépticos a serem utilizados 
➢ Orientar o paciente sobre o que será realizado com ele; 
➢ Avaliar a lesão; 
➢ Separar o antisséptico adequado para a

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