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INSTITUTO SUPERIOR DE TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES DEPARTAMENTO DE CIÉNCIAS BÁSICAS FISICA I TRABALHO LABORATORIAL 2 PÊNDULO SIMPLES DISCENTES: Armindo Amade Muapala Júnior Osmane Machavate Keyon Da Graça Turma: LEIT14 Docente: Belarmino Matsinhe Maputo, maio de 2023 1. Introdução O pêndulo simples é um dos principais assuntos estudados na Física. Ele consiste em um fio preso a um ponto fixo, contendo uma determinada massa, que ao ser deslocada da sua posição de repouso, oscila em torno desta, realizando movimentos periódicos. Essa periodicidade pode ser representada através de equações bem definidas que se baseiam na observação experimental destes movimentos, e pelo motivo esse instrumento é bastante utilizado em estudos de força peso e movimento oscilatório. (Carla, s.d.) Figura 1.Representação Gráfica do Pêndulo Simples O presente relatório enquadra-se no âmbito do trabalho prático laboratorial de cadeira Física I. De forma breve, pretende-se descrever a experiência realizada no laboratório de Fisica sobre o pêndulo simples. A parte disso, neste trabalho irá descreve-se o pêndulo simples. Portanto, serão destacados os seguintes tópicos: objetivo, teoria, materiais utilizados, procedimento experimental e discussão dos resultados. (Carla, s.d.) 2. Objectivos: a) Determinar a aceleração de gravidade mediante o estudo do movimento de um pêndulo. b) Entender a relação entre o período de oscilações e o comprimento da corda, aceleração de gravidade e da amplitude do movimento. 3. Resumo Teórico 3.1. Pêndulo simples Um pêndulo é um sistema composto por uma massa acoplada a um pivô, que permite sua movimentação livremente. A massa fica sujeita à força restauradora causada pela gravidade. (Serway, Raymond A; Jewett Jr, John W) Existem inúmeros pêndulos estudados por físicos, já que estes descrevem-no como um objeto de fácil previsão de movimentos e que possibilitou inúmeros avanços tecnológicos. Alguns deles são os pêndulos físicos, de torção, cônicos, de Foucalt, duplos, espirais, de Karter e invertidos. Mas o modelo mais simples e que tem maior utilização é o pêndulo simples. . (Serway, Raymond A; Jewett Jr, John W) Este pêndulo consiste em uma massa presa a um fio flexível e inextensível por uma de suas extremidades e livre por outra, representado da seguinte forma: Figura 2.Representação do movimento que o pêndulo simples realiza Quando afasta-se a massa da posição de repouso e a soltamos, o pêndulo realiza oscilações. Ao desconsiderarmos a resistência do ar, as únicas forças que atuam sobre o pêndulo são a tensão com o fio e o peso da massa m. Desta forma: Figura 3:forcas que actuam quando afastamos a massa da posição de repouso e a soltamos Quando o pêndulo não estiver na posição de equilíbrio, a componente da força peso, que é dada por P.cosθ, não se anulará com a força de tensão do fio, assim a causa do movimento oscilatório é a P.senθ. Então: (1) O ângulo θ, expresso em radianos, por definição é dado pelo quociente do arco descrito pelo ângulo, que no movimento oscilatório de um pêndulo é x, e o raio de aplicação do mesmo, no caso, dado por ℓ. Assim: (2) Onde ao substituir-se em F: (3) Assim é possível concluir que o movimento de um pêndulo simples não descreve um MHS, já que a força não é proporcional à elongação e sim ao seno dela. No entanto, para ângulos pequenos o valor do seno do ângulo é aproximadamente igual a este ângulo. (4) Então, ao consideram-se os caso de pequenos ângulos de oscilação: (5) Como P=mg, e m, g e ℓ são constantes neste sistema, podemos considerar que: (6) Então, reescrevemos a força restauradora do sistema como: (7) Sendo assim, a análise de um pêndulo simples nos mostra que, para pequenas oscilações, um pêndulo simples descreve um MHS. Como para qualquer MHS, o período é dado por: (8) (9) Então o período de um pêndulo simples pode ser expresso por: (10) O período T de um pêndulo simples é diretamente proporcional à raiz quadrada de seu comprimento L. O período de um pêndulo simples é inversamente proporcional à raiz quadrada da aceleração da gravidade g. Assim, quanto maior for a aceleração da gravidade g do local onde está o pêndulo, menor será o seu período. Uma das aplicações do pêndulo simples é a determinação da aceleração da gravidade em um dado local. . (Serway, Raymond A; Jewett Jr, John W) Como funciona o pêndulo simples O pêndulo simples é uma aproximação em que não existem forças dissipativas, ou seja, forças de atrito ou de arraste, atuando sobre quaisquer componentes do sistema. Nesses pêndulos, o movimento oscilatório surge em decorrência da ação das forças peso e tração, exercida por um fio. Figura 4:A força resultante entre a tração (T) e o peso (P) é uma força centrípeta https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/forca-resistencia-ar.htm https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/forca-atrito.htm https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/forcas-tracao.htm https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/forca-peso.htm A força resultante entre a tração (T) e o peso (P) é uma força centrípeta. Como as forças peso e tração não se cancelam nesse contexto, já que isso só acontece na posição de equilíbrio, surge, dessa forma, uma força resultante de natureza centrípeta, fazendo o pêndulo oscilar em torno de um ponto de equilíbrio. (Bezerra, n.d.) 4. Material e Métodos 4.1. Material: Para a prática descrita, utilizou-se dos seguintes materiais: Régua Graduada. Pêndulo simples com goniómetro graduado. Cronômetro. Pêndulos. 4.2. Procedimento Experimental 4.2.1. Determinação da aceleração de gravidade 1. Clicar o botão Pause. 2. Selecçionar o cronómetro e clicar play no mesmo. 3. Calibrar o pêndulo para um comprimento da corda de 𝐿1=1,00 𝑚 e massa do corpo de 1.2 kg. 4. Ajustar o pêndulo para um ângulo de 150. 5. Clicar o botão Play. 6. Para reduzir o erro na medição, medir o tempo que demora realizar 10 oscilações do pêndulo e registar na tabela 1. 7. Repetir o procedimento anterior 4 vezes e registar os dados na tabela 1. 8. Reiniciar e repetir o procedimento anterior com a diminuição progressiva do comprimento do pêndulo para valores 𝐿2=0,80 𝑚; 𝐿3=0,60 𝑚; 𝐿4=0,40 𝑚 𝑒 𝐿5=0,20 𝑚 em cada experiência. Elaborar uma tabela para cada valor de 𝐿. Registar os dados obtidos. 5. Questões de controlo: a) O período da oscilação de um pêndulo simples é independente do ângulo em que ele é solto e da massa do corpo que forma o pêndulo. Por outro lado, ele depende do comprimento L do fio e do valor da aceleração g da gravidade. (Silva, n.d.) b) O período de oscilação é proporcional ao comprimento do pêndulo. o período de oscilação independe do comprimento do pêndulo. o período de oscilação é inversamente proporcional ao valor da aceleração da gravidade local. (AnaPhyhoryu, 2017) c) A aproximação para ângulos pequenos é uma simplificação útil das leis da trigonometria que é apenas aproximadamente verdadeira para ângulos não-nulos, mas https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/forca-centripeta.htmcorreta no limite em que o ângulo se aproxima de zero. Eles são truncamentos da série de Taylor para as funções trigonométricas básicas para uma aproximação. (Breslin, 2019) 6. Orientações para apresentação do Relatório a) Determine o período das oscilações, da expressão 𝑇 = 𝑡 𝑛 , onde t é o tempo das 10 oscilações e n=10. Registe o valor na tabela b) Calcule a aceleração de gravidade usando a equação (7.b). Registe na tabela os dados obtidos. c) Elabore o gráfico L vs T2. Aplique o método dos mínimos quadrados e desenhe a recta que melhor se ajusta aos dados experimentais. Calcule o valor da aceleração de gravidade. 7. Resultados e Discussão: Seguem abaixo as tabelas 01, 02, 03, 04 e 05. Estas revelam os dados obtidos com a realização do experimento e o resultado dos cálculos envolvidos: Nr t(s) T(s) g(m/s2) |𝑔̅− 𝑔𝑖 | Erro Relativo 1 20,13 2,13 8,70 0,46 8% 2 20,49 2,49 6,38 1,86 3 20,14 2,14 8,62 0,38 4 20,15 2,15 8,54 0,30 5 20,10 2,10 8,95 0,71 Media 𝑔̅= 8,24 ∆ g=0,74 Tabela 1: Determinação da aceleração de gravidade: 𝐿 = 1,00 m Motivos para obtenção de valores de tempo diferentes Foram obtidos valores de tempo de diferentes por que nem sempre foi possível parar o cronometro no momento exacto em que o pêndulo realizava 10 oscilações . Fazendo assim com que os valores medidos fossem maiores ou menores uns com os outros e consequentemente o período e a aceleração de gravidade não seriam a exactamente os mesmos. a) Cálculo do período das oscilações Quando t = 20,13s T= t n T=20,13 10 T=2,13 s Quando t = 20,49s T= t n T=20,49 10 T=2,49 s Quando t = 20,14s T= t n T=20,14 10 T=2,14 s Quando t = 20,15s T= t n T=20,15 10 T=2,15 s Quando t = 20,10s T= t n T=20,10 10 T=2,13 s Repetiu-se o mesmo procedimento para as tabelas restantes, fazendo uso da mesma equação alterando-se o comprimento e o tempo medido. b) Cálculo da aceleração de gravidade Para o calculo da aceleração de gravidade recorreu-se a equação do período isolando assim a gravidade e prosseguindo com os cálculos . Tendo assim: T=2π √ l g T 2π =√ l g T2 4 π2 = l g g= 4 l π 2 T 2 Quando T = 2,13s g= 4×1,00×π 2 2,132 g=39,48 4,54 Quando T = 2,49s g= 4×1,00×π 2 2,492 g=6,38m/ s2 g=8,70m /s2 Quando T = 2,14s g= 4×1,00×π 2 2,142 g=8,62m / s2 Quando T = 2,15s g= 4×1,00×π 2 2,152 g=8,54m /s2 Quando T = 2,10s g= 4×1,00×π 2 2,132 g=8,95m /s2 Repetiu-se o mesmo procedimento para o calculo da aceleração de gravidade para os outros valores de comprimento dados e assim preenchendo nas respectivas tabelas . c) Variação da aceleração da gravidade g=8,70+6,38+8,62+8,54+8,95 4 g=8,24m /s2 Erro relativo para tabela 1 Erro relativo= ∆g g �̅ ×100% Erro relativo=0,74 8,24 ×100% Erro relativo=8% Nr t(s) T(s) g(m/s2) |𝑔̅− 𝑔𝑖 | Erro Relativo 1 18,19 1,82 9,53 0,12 2% 2 18,22 1,82 9,53 0,12 3 18,44 1,84 9,33 0,08 4 17,99 1,80 9,74 0,33 5 18,77 1,88 8,93 0,48 Media 𝑔̅= 9,41 ∆ g=0,23 Tabela 2: Determinação da aceleração de gravidade: 𝐿 = 0,80 m Erro relativo para tabela 2 Erro relativo= ∆g g �̅ ×100% Erro relativo=0,23 9,41 ×100% Erro relativo=2% Nr t(s) T(s) g(m/s2) |𝑔̅− 𝑔𝑖 | Erro Relativo 1 15,57 1,56 9,73 0,02 2% 2 15,72 1,57 9,60 0,11 3 15,31 1,53 10,11 0,04 4 15,77 1,59 9,36 0,35 5 15,59 1,56 9,73 0,02 Media 𝑔̅= 9,71 ∆ g=¿ 0,18 Tabela 3: Determinação da aceleração de gravidade: 𝐿 = 0,60 m Erro relativo para tabela 3 Erro relativo= ∆g g �̅ ×100% Erro relativo=0,18 9,71 ×100% Erro relativo=2% Nr t(s) T(s) g(m/s2) |𝑔̅− 𝑔𝑖 | Erro Relativo 1 12,77 1,23 10,43 0,63 2% 2 12,84 1,28 9,63 0,17 3 12,85 1,28 9,63 0,17 4 12,78 1,28 9,63 0,17 5 12,66 1,27 9,79 0,01 Media 𝑔̅=9,8 ∆ g=0,23 Tabela 4:Determinação da aceleração de gravidade: 𝐿 = 0,40 m Erro relativo para tabela 4 Erro relativo= ∆g g �̅ ×100% Erro relativo=0,23 9,8 ×100% Erro relativo=2% Nr t(s) T(s) g(m/s2) |𝑔̅− 𝑔𝑖 | Erro Relativo 1 9,29 0,92 9,32 0,02 2% 2 9,34 0,93 9,13 0,01 3 9,11 0,93 9,13 0,01 4 9,21 0,94 8,93 0,19 5 9,27 0,93 9,14 0,02 Media 𝑔̅= 9,12 ∆ g=0,25 Tabela 5: Determinação da aceleração de gravidade: 𝐿 = 0,20 m Erro relativo para tabela 5 Erro relativo= ∆g g �̅ ×100% Erro relativo=0,25 9,12 ×100% Erro relativo=2% d) Gràfico L vs T2 L T2 1,00 20,13 0,80 18,22 0,60 15,57 0,40 12,84 0,20 9,34 0 ,1 0 ,2 0 ,3 0 ,4 0 ,5 0 ,6 0 ,7 0 ,8 0 ,9 1 1 ,1 0 5 10 15 20 25 Periodo Co m pr im en to Gráfico 1. L vs T 8. Conclusão: Ao fim desta prática passou-se a conhecer melhor o pêndulo simples, bem como suas principais características e fundamentos de utilização. Aprendeu-se a utilizar as equações que descrevem os movimentos realizados pelo pêndulo simples. E através de pesquisas pode-se perceber que os estudos a respeito do pêndulo não são recentes e se desencadeiam há muito tempo, começando pelos experimentos do grande físico Galileu Galilei. Compreendeu-se que quanto menor for o comprimento menor será o tempo a completar uma oscilação , ou seja , maior será a sua velocidade a completar uma oscilação 9. Bibliografia 1.Alonso, M., & Finn, E. (1972). Fisica- um curso universitario. Edgard Blucher Ltda. 2.AnaPhyhoryu, K. (06 de Junho de 2017). multiverso da Fisica. Obtido de https://multiversodafisica.blogspot.com/2017/06/pendulo-simples.html?m=1 3.Bezerra, A. C. (s.d.). infoescola. Obtido de infoescola: https://www.infoescola.com/fisica/pendulo- simples 4.Breslin, A. (20 de Novembro de 2019). Obtido de https://www.ehow.com.br/encontrar-aproximacao- angulo-pequeno-funcao-trigonometrica-como_234000/ 5.Carla. (s.d.). Todamateria. Obtido de Todamateria: https://www.todamateria.com.br/pendulo-simples 6.Silva, D. (s.d.). Obtido de PrePara Enem: https://www.google.com/amp/s/www.preparaenem.com/amp/fisica/o-pendulo-simples.htm Como funciona o pêndulo simples 9. Bibliografia
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