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DIREITO PENAL Conceitos Iniciais As imunidades diplomáticas são prerrogativas, e não privilégios. Trata-se de prerrogativa em razão do cargo exercido, de natureza pública. Possuem imunidades diplomáticas: • Chefes de estado e Chefes de governo, bem como seus familiares e membros da comitiva; • Embaixador e sua família; • Funcionários do corpo diplomático e sua família; • Funcionários de organização internacional, quando estes estiverem em serviço. Estelionato X Furto mediante Fraude "A distinção se dá pela análise do elemento semelhante a ambos os tipos, no caso, a fraude: No furto é utilizada pelo agente com o fim de burlar a vigilância da vítima, que, por desatenção, tem seu bem subtraído, diferente do que acontece na hipótese de estelionato em que a fraude é usada como meio para obter o consentimento da vítima que, iludida, entrega voluntariamente o bem". O STJ (informativo 587), inclusive, aceita a existência do chamado ESTUPRO VIRTUAL, entendendo que para configurar crime do art. 213 ou 217-A do CP, a mera contemplação da lascívia, sem contato físico, já é suficiente para ocorrer a consumação do delito, inserindo-se a conduta na ampla acepção da expressão "ato libidinoso". As embaixadas estrangeiras NÃO são consideradas território estrangeiro, aplicando-se a lei brasileira nos crimes praticados no seu interior, SALVO QUANDO O AUTOR FOR AGENTE DIPLOMÁTICO OU POSSUA IMUNIDADE DIPLOMÁTICA. Nos crimes conexos, não se aplica a teoria da ubiquidade, devendo cada crime ser julgado pela legislação penal do país em que for cometido. A extra-atividade pode se desdobrar no tempo para frente ou para trás, dando origem, respectivamente à ultra-atividade ou à retroatividade. Ultra-atividade – ocorre quando a lei, mesmo depois de revogada, continua a regular os fatos ocorridos durante a sua vigência; Retroatividade– possibilidade conferida à lei penal de retroagir no tempo, a fim de regular os fatos ocorridos anteriormente à sua entrada em vigor. Requisitos OBJETIVOS (VETORES) para a aplicação do princípio da insignificância: a) mínima ofensividade da conduta; b) nenhuma periculosidade social da ação; c) reduzido grau de reprovabilidade do comportamento; e d) inexpressividade da lesão jurídica provocada. Principio da Nacionalidade ativa Aplica – se a lei penal correspondente com a nacionalidade do agente. Independentemente do lugar da nacionalidade da vítima. Art. 7, II, b. Principio da Nacionalidade passiva aplica – se a lei do país do agente do crime for praticado com um co-cidadão. Independentemente do lugar do crime, art. 7, §3°, CP. Principio da Defesa Real aplica – se a lei da nacionalidade do bem jurídico lesado. Independentemente do lugar do crime e a nacionalidade do agente. Preocupa com o bem jurídico lesado. Principio da Representação também conhecido como subsidiariredade ou da bandeira. A lei penal aplica – se a embarcações ou aeronaves privadas quando no estrangeiro e ai não são julgados. Principio da justiça universal o agente fica sujeito a lei penal do pais em que for encontrado, não importa a sua nacionalidade. Esse principio é muito utilizado para reprimir crimes. Principio da Territorialidade aplica – se a lei penal no lugar do crime, independentemente da nacionalidade do bem jurídico, do agente e da vitima. Art. 10 - O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os meses e os anos pelo calendário comum. No direito penal as frações dos dias são consideradas, entretanto no Processo penal começa a partir do dia subsequente. "As leis temporárias e excepcionais possuem como característica a ultra-atividade, ou seja, alcançam fatos praticados durante a sua vigência, ainda que circunstâncias de prazo (lei temporária) e de emergência (lei excepcional) tenham se esvaído, uma vez que essas condições são elementos temporais do próprio fato típico." Súmula nº 611 do STF - “Transitada em julgado a sentença condenatória, compete ao Juízo das execuções a aplicação de lei mais benigna”. Princípio da alteridade: Não há crime na conduta que prejudica somente quem a praticou. Esse é o fundamento para que o ordenamento jurídico não puna autolesão. FUNCIONALISMO TELEOLÓGICO – ROXIN - FUNÇÃO DO DIREITO PENAL É PROTEÇÃO DOS BENS JURÍDICOS FUNCIONALISMO SISTÊMICO – JAKOBS - ASSEGURAR A APLICAÇÃO DA NORMA - DIREITO PENAL DO INIMIGO. Segundo o STF, é possível a responsabilização penal da pessoa jurídica por delitos ambientais independentemente da responsabilização concomitante da pessoa física que agia em seu nome. É admissível em nosso ordenamento jurídico as Normas Penais em Branco É um preceito incompleto, genérico ou indeterminado que precisa da complementação de outras normas. Podem ser: Homogêneas / Homólogas: Quando o complemento é conferido por outra norma de mesma hierarquia; Heterogêneas / Heterólogas: Quando o complemento é conferido por norma diversa da fonte que a originou. Quanto à natureza jurídica do art. 28, que trata do porte de drogas para consumo pessoal, prevalece no Supremo Tribunal Federal o entendimento de que houve uma despenalização e manutenção do status de crime. Tipicidade, Antijuridicidade e Culpabilidade O STJ entende que mera declaração de estado de pobreza para fins de obtenção do benefício da justiça gratuita não é considera o tipo penal do art. 299. Trata-se de documento de presunção relativa, que comporta prova em contrário, por isso não se amolda ao tipo. O STF entende, também, não haver falsidade ideológica a inserção de dados inverídicos em petição judicial, vez que se trata de simples alegações, posteriormente debatidas em juízo. O dever de agir, no crime omissivo, também incumbe a quem não tem obrigação legal, mas, por outro motivo, assumiu a responsabilidade de evitar o resultado. Na tentativa - Eu quero executar, mas não consigo. ex: Na hora em que vou atirar em vc sou capturado pela polícia. Na desistência voluntária eu POSSO, MAS NÃO QUERO. No Arrependimento eficaz eu ESGOTO A EXECUÇÃO, MAS PERCORRO O CAMINHO INVERSO NO ITER CRIMINIS PARA QUE O RESULTADO NÃO SE CONSUME. EX: Desfiro três tiros contra vc, mas o levo ao Hospital evitando o resultado Morte. A consequência jurídica é que o agente delituoso só responda pelos fatos praticados. A pena do agente que agiu voluntariamente será reduzida, no arrependimento eficaz, de um a dois terços. TENTATIVA PERFEITA/CRIME FALHO: O agente pratica todos os atos executórios e mesmo assim por circunstâncias alheias o crime não se consuma. TENTATIVA IMPERFEITA/INACABADA: O agente inicia os atos executórios, mas o agente não consegue esgotá-lo e o crime não se consuma. TENTATIVA BRANCA/INCRUENTA: O bem jurídico tutelado não é atingido, ocorre apena risco ou perigo de lesão ao bem jurídico. TENTATIVA VERMELHA/CRUENTA: O bem jurídico tutelado é efetivamente atingido, ou seja, lesado. Dolo eventual ✦é compatível com a tentativa ✅ ✦é compatível com feminicídio ✅ ✦é compatível com o domínio de violenta emoção (Art. 121, § 1º, CP) DOLO NATURAL (Teoria Finalista) dolo e culpa integram a conduta dolo é: Consciência + Vontade DOLO NORMATIVO (Teoria clássica) o dolo (e a culpa) estavam alojados no interior da culpabilidade dolo era: Consciência + Vontade + Consciência da Ilicitude Crimes que não admitem tentativa: CCHOUPP Contravenções penais; crimes Culposos; crimes Habituais; crimes Omissivos Próprios; crimes Unissubsistentes; crimes Preterdolosos; crimes Permanentes (na forma omissiva). Omissivo próprio: tem o dever moral de evitar o possível resultado. Responde, apenas, pela conduta omissiva (art. 135, CP). Omissivo impróprio: Dever legal de evitar o resultado. Responde, portanto, pelo resultado (Ex.: mãe responsável pela alimentação da filha). Requisitos do Arrependimento Posterior: -Crime sem violência ou grave ameaça à pessoa; -Restituição da coisa ou a reparação do dano; -Voluntariedade; -Antes do recebimento da denúncia ou da queixa-crime. **A reparação do dano é circunstância OBJETIVA, devendo comunicar-se aos demais réus. Segundo o STJ, configuracrime consumado de tráfico de drogas a conduta consistente em negociar, por telefone, a aquisição de entorpecente e disponibilizar veículo para o seu transporte, ainda que o agente não receba a mercadoria, em decorrência de apreensão do material pela polícia, com o auxílio de interceptação telefônica. Apprehensio (amotio): a consumação ocorre quando a coisa subtraída passa para o poder do agente, ainda que por breve espaço de tempo, mesmo que o sujeito seja logo perseguido pela polícia ou pela vítima. Segundo a teoria da imputação objetiva, cuja finalidade é limitar a responsabilidade penal, o resultado não pode ser atribuído à conduta do agente quando o seu agir decorre da prática de um risco permitido ou de uma conduta que diminua o risco proibido. Estado de necessidade Justificante: O bem sacrificado é de valor igual ou inferior ao bem protegido. Exclui a ilicitude. Estado de necessidade Exculpante: O bem sacrificado é de valor superior ao bem preservado. A ilicitude é mantida, entretanto há uma diminuição de pena. Coação FÍSICA irresistível: afasta a TIPICIDADE do crime, por ausência de conduta; Coação MORAL irresistível: afasta a CULPABILIDADE do crime, por inexigibilidade de conduta diversa. RESUMINHO SOBRE EMBRIAGUEZ PARA NÃO ERRAR MAIS NENHUMA QUESTÃO DO ASSUNTO CULPOSA- Aplica a pena normal (teoria da actio libera in causa) VOLUNTÁRIA- Aplica a pena normal (teoria da actio libera in causa) INCOMPLETA + CASO FORTUITO/FORÇA MAIOR - Atenua a pena COMPLETA + CASO FORTUITO/FORÇA MAIOR - isenta a pena PRÉ-ORDENADA o agente bebe pra tomar coragem - agravante (teoria da actio libera in causa) Nota sobre estrito cumprimento do dever legal: Nunca haverá a figura da morte em face do estrito cumprimento do dever legal, e sim legítima defesa. Art. 45. É isento de pena o agente que, em razão da dependência, ou sob o efeito, proveniente de caso fortuito ou força maior, de droga, era, ao tempo da ação ou da omissão, qualquer que tenha sido a infração penal praticada, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. (LEI Nº 11.343, DE 23 DE AGOSTO DE 2006.) Art. 22 - Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita obediência a ordem, não manifestamente ilegal, de superior hierárquico, só é punível o autor da coação ou da ordem. ERRO DE TIPO Erro invencível, inevitável, escusável, justificável – exclui o dolo e culpa. Erro vencível, evitável, inescusável, injustificável – exclui o dolo, mas não a culpa (permite a punição por crime culposo, se previsto em lei). ERRO DE PROIBIÇÃO Erro invencível, inevitável, escusável, justificável – exclui a culpa, isenta de pena. Erro vencível, evitável, inescusável, injustificável – reduz a pena de 1/6 a 1/3. Tipicidade conglobante é uma teoria jurídica criada pelo autor argentino Eugenio Raúl Zaffaroni, visando explicar a tipicidade para o direito penal. Essa teoria basicamente entende que não se pode considerar como típica uma conduta fomentada ou tolerada pelo próprio Estado. O estado de necessidade putativo ocorre quando o indivíduo atua de forma imaginária, ou seja, acredita que está em situação de perigo real, mas, na verdade, não está. No estado de necessidade putativo, o agente equivoca-se sobre o mundo fático e pensa estar diante de um perigo atual que ameaça bem jurídico próprio ou de outrem. Trata-se de um erro de tipo que se enquadra nas hipóteses de descriminantes putativas. Se o erro for justificável, não há punição, mas se o erro for injustificável, responderá por culpa o agente, caso o tipo tenha modalidade culposa. Concurso de Pessoas, Concurso de Crimes e Classificação de Crimes Caracteriza-se o concurso formal de crimes quando praticado o roubo, mediante uma só ação, contra vítimas distintas, pois atingidos patrimônios diversos. Concurso formal perfeito ou próprio, é a espécie de concurso formal em que o agente realiza a conduta típica, que produz dois ou mais resultados, sem atuar com desígnios autônomos. Imperfeito ou impróprio, é a modalidade de concurso formal que se verifica quando a conduta dolosa do agente e os crimes concorrentes derivam de desígnios autônomos. Concurso Formal Perfeito: 1 ação dolosa + 2 resultados (1 doloso e 1 culposo). Concurso Formal Imperfeito: 1 ação dolosa + 2 resultados dolosos. Para a teoria objetivo-material: autor é quem presta a contribuição objetiva mais importante para a produção do resultado, e não necessariamente aquele que realiza no núcleo do tipo penal. De seu turno, partícipe é quem concorre de forma menos relevante, ainda que mediante a realização do núcleo do tipo. A autoria colateral também pode ser chamada de autoria imprópria. Autoria mediata é a modalidade de autoria em que o autor realiza indiretamente o núcleo do tipo, valendo-se de pessoa sem culpabilidade ou que age sem dolo ou culpa. Para a teoria do domínio do fato (TEORIA OBJETIVO/SUBJETIVA), autor é quem possui controle sobre o domínio final do fato, ou seja, decide acerca da sua prática, suspensão, interrupção e condições. Nessa perspectiva, partícipe é quem de qualquer modo concorre para o crime, desde que não realize o núcleo do tipo penal. Autoria incerta: espécie de autoria colateral, porém não se consegue determinar qual dos comportamentos causou o resultado. Consequência jurídica: respondem por tentativa Toboaldo e Jubias querem ceifar a vida de Joca para tanto escondem-se em locais distintos e efetuam disparos em direção a vítima que alvejada cai ao solo clamando em dor. A perícia não conseguiu identificar qual das disparos foi fatal para a morte da vítima. Autoria colateral/imprópria: As pessoas querem praticar um crime e agem ao mesmo tempo sem que uma saiba da intenção da outra e o resultado decorre da ação de apenas uma delas, que é identificado no caso concreto. Não há nesse caso o liame subjetivo, PORTANTO SEM CONCURSO DE PESSOAS. Consequência jurídica: Quem acertou: Homicídio Quem chegou perto: Tentativa ex: Toboaldo e Jubias querem ceifar a vida de Joca para tanto escondem-se em locais distintos e efetuam disparos em direção a vítima que alvejada cai ao solo clamando em dor. A perícia constata que os tiros da arma de Toboaldo acertaram o peito da vítima ( Causa da morte ) e os de Jubias as pernas da vítima. SUBTRAIR a energia elétrica em si: FURTO MEDIANTE FRAUDE ALTERAR o medidor de energia elétrica: ESTELIONATO Acrescentando: Informativo 645 do STJ: o pagamento do débito oriundo de furto de energia elétrica antes do recebimento da denúncia não é causa de extinção da punibilidade. Conforme a autoria de escritório, tanto o agente que dá a ordem como o que cumpre respondem pelo tipo penal. A conduta de impedir ou dificultar a regeneração natural de florestas e demais formas de vegetação é delito de natureza permanente. Informativo 681-STJ: A teoria do domínio do fato não permite, isoladamente, que se faça uma acusação pela prática de qualquer crime, eis que a imputação deve ser acompanhada da devida descrição, no plano fático, do nexo de causalidade entre a conduta e o resultado delituoso. Os participantes de uma rixa são simultaneamente sujeitos ativos e passivos uns em relação aos outros, pois o crime de rixa é plurissubjetivo, devendo ter, pelo menos, três contendores para ser caracterizado. CRIME DE RIXA: É crime coletivo bilateral ou recíproco (de concurso necessário). Tipo subjetivo: dolo específico. Não há forma culposa. Se ocorrer morte, na rixa, todos os participantes respondem pela forma qualificada. O concurso de agente dispensa o ajuste prévio, muito embora seja necessário o liame subjetivo entre os agentes. A participação necessária imprópria ocorre nos delitos que só podem ser praticados com a participação de várias pessoas: “delitos de encontro ou convergência”. Ex: A ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA. Participação necessária própria: crimes que são cometidos por um só autor, embora o tipo penal exija a participação necessária de outra pessoa, que é o sujeito passivo e não é punido. Ex.: tráficode pessoa para fim de exploração sexual, o favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual, o rufianismo, entre outros. O conceito de autor intelectual é obtido no âmbito da explicação da teoria do domínio do fato. Vide Rogério Sanches “como desdobramento lógico desta teoria, podemos afirmar que tem o controle final do fato: (ii) aquele que planeja a empreitada criminosa para ser executada por outras pessoas (autor intelectual)” Partícipe: É aquele que não tem o poder de decidir como, se, e quando o crime será praticado e também não executa o verbo do tipo penal. O partícipe é o coadjuvante, que não pratica a conduta criminosa, mas colabora nela. Podendo ser de tais maneiras: Induzimento – é a pessoa que cria a ideia do crime no autor. Este executa a Participação moral. Instigar – é aquele que reforça a ideia do crime já existente no autor. Este executa a Participação moral também. Auxílio material – ato de fornecer utensílios para o crime. Exp:. emprestar a arma do crime, é chamado de Participação material. A participação é um comportamento acessório. Não existe participação sem autoria ou coautoria. No Brasil, é adotada a Teoria da Acessoriedade Média/Limitada: o partícipe será punido se a conduta do autor for um fato típico e ilícito, ainda que não culpável. crime continuado de acordo com o nosso Código Penal (CP), que adotou a teoria puramente objetiva, considera-se crime continuado quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes da mesma espécie, e pelas condições de tempo, lugar, maneira de execução e outras semelhantes, devem os subsequentes ser havidos como continuação do primeiro (artigo 71 do CP). Aquele que se associa a comparsa para a prática de roubo, sobrevindo a morte da vítima, responde pelo crime de latrocínio, ainda que não tenha sido o autor do disparo fatal ou que sua participação se revele de menor importância. INFORMATIVO 855 STF - LATROCÍNIO Agente que participou do roubo pode responder por latrocínio ainda que o disparo que matou a vítima tenha sido efetuado pelo corréu. CRIMES PLURILOCAIS - resultado dentro do mesmo país. CRIMES A DISTÂNCIA - resultado em outro país. CRIME PRETERINTENCIONAL - preterdoloso - dolo no antecedente + culpa no consequente. CRIMES OMISSIVOS IMPRÓPRIOS - indispensável a produção de um resultado naturalístico (modificação exterior) - crime material. STJ e STF consideram não haver possibilidade de continuidade delitiva entre roubo e latrocínio. A continuidade delitiva pode ser reconhecida quando se tratarem de delitos ocorridos em comarcas limítrofes ou próximas. A conduta de constituir, organizar, integrar, manter ou custear organização paramilitar, milícia particular, grupo ou esquadrão com a finalidade de praticar qualquer dos crimes previstos no CP configura crime contra a paz pública, sendo considerada como crime vago, uma vez que o sujeito passivo é a coletividade. Em se tratando de crimes plurissubjetivos, como, por exemplo, o crime de rixa, não há que se falar em participação, já que a pluralidade de agentes integra o tipo penal: todos são autores. Cooperação dolosamente distinta / desvio subjetivo de condutas. Isso ocorre quando um dos concorrentes do crime pretendia integrar ação criminosa menos grave do que aquela efetivamente praticada por outro. ser-lhe-á aplicada a pena do crime que pretendia cometer, aumentada até metade na hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave ex: A e B combinam um furto ( sem emprego de armas ) sendo que A fica de vigia. Quando B entra na casa, Além de subtrair os bens, mata um morador que estava dormindo. Súmula 96 STJ - O crime de extorsão consuma-se independentemente da obtenção da vantagem indevida. Juris em teses STJ - 11. É inaplicável o princípio da consunção entre os crimes de receptação e porte ilegal de arma de fogo por serem delitos autônomos e de natureza jurídica distinta, devendo o agente responder por ambos os delitos em concurso material. Juris em teses STJ - 6. O crime de apropriação indébita previdenciária (art. 168-A do CP) é de natureza material e exige a constituição definitiva do débito tributário perante o âmbito administrativo para configurar-se como conduta típica. No crime de receptação cabe ao acusado flagrado na posse do bem demonstrar a sua origem lícita ou a conduta culposa, nos termos do art. 156 do CPP. Conivência, também chamada de participação negativa, crime silente ou concurso absolutamente negativo, é a participação que ocorre nas situações em que o sujeito não está vinculado à conduta criminosa e não possui o dever de agir para impedir o resultado. Aplicação da pena no concurso formal REGRA EXASPERAÇÃO: pena do crime mais grave aumentada de 1/6 até a metade; EXCEÇÃO CUMULO MATERIAL (condutas dolosas): as penas serão aplicadas cumulativamente. Das Penas Súmula 499-STF: Não obsta(impede) a concessão do "sursis" condenação anterior a pena de multa. a execução da pena privativa de liberdade não superior a dois anos poderá ser suspensa desde que o condenado não seja reincidente em crime doloso Art. 84 - As penas que correspondem a infrações diversas devem somar-se para efeito do livramento. Art. 77 - A execução da pena privativa de liberdade, não superior a 2 (dois) anos, poderá ser suspensa, por 2 (dois) a 4 (quatro) anos, desde que: [...] § 2.o - A execução da pena privativa de liberdade, não superior a quatro anos, poderá ser suspensa, por quatro a seis anos, desde que o condenado seja maior de setenta anos de idade, ou razões de saúde justifiquem a suspensão. Art. 83 - O juiz poderá conceder livramento condicional ao condenado a pena privativa de liberdade igual ou superior a 2 (dois) anos, desde que: [...] V - cumpridos mais de dois terços da pena, nos casos de condenação por crime hediondo, prática de tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, tráfico de pessoas e terrorismo, se o apenado não for reincidente específico em crimes dessa natureza. Primeiramente, vamos verificar se houve a prescrição da pretensão punitiva propriamente dita. A prescrição da pretensão punitiva propriamente é calculada com a pena máxima em abstrato. Além disso, conta-se da data do crime até o RECEBIMENTO da denúncia ou queixa. No caso da questão: Crime:16/11/11------Recebimento da denúncia:16/11/2015 Pena máxima em abstrato: Reclusão de 1 a 4 anos e multa. Como o máximo da pena é de até 4 anos, o prazo prescricional é de 8 anos. Verifica-se que não transcorreu esse prazo. Logo, não ocorreu prescrição em abstrato. Agora, vamos verificar a prescrição retroativa: Ocorre entre a data da sentença recorrível: 16/11/2018 e a data do recebimento da denúncia/queixa: 16/11/2015 Aqui, leva-se em conta a pena cominada na sentença: 2 anos de reclusão. Pena de 1 a 2 anos-> prescreve em 4 anos . Logo, não ocorreu a prescrição retroativa. Por fim, vamos verificar a prescrição superveniente/intercorrente: Ocorre entre a data do trânsito em julgado para a acusação: 16/11/2021(data do acórdão) e a sentença condenatória:16/11/2018 Pena: 1 ano de reclusão. O CP determina que a pena de 1 a 2 anos prescreve em 4 anos . Logo, não ocorreu a prescrição superveniente. Art. 107 - Extingue-se a punibilidade: I - pela morte do agente; II - pela anistia, graça ou indulto; III - pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso; IV - pela prescrição, decadência ou perempção; V - pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada; VI - pela retratação do agente, nos casos em que a lei a admite; A suspensão de direitos políticos prevista no art. 15, III, da CF, aplica-se tanto para condenados a penas privativas de liberdade como também a penas restritivas de direitos. Informativo 679 STJ >> Não se aplica a agravante prevista no art. 61, II, “h”, do Código Penal na hipótese em que o crime de furto qualificado pelo arrombamento à residência ocorreu quando os proprietários não se encontravam no imóvel, não havendo que se falar, portanto, emameaça à vítima ou em benefício do agente para a prática delitiva em razão de sua condição de fragilidade. A agravante do artigo 61, h) contra criança, maior de 60 (sessenta) anos, enfermo ou mulher grávida. Ex.: Na hipótese da prática de furto a residência, se a vítima não se encontrava no local e os autores desconheciam o fato de que ela era idosa, não se aplica a agravante relativa à vítima ser idosa. (Info 671/2020/5a Turma STJ): Em adequação ao entendimento do STF, o inadimplemento da pena de multa obsta a extinção da punibilidade do apenado. O acórdão que confirma ou reduz a pena enquadra-se no inciso IV do art. 117 do CP e, portanto, interrompe a prescrição Nos termos do inciso IV do artigo 117 do Código Penal, o acórdão condenatório sempre interrompe a prescrição, inclusive quando confirmatório da sentença de 1º grau, seja mantendo, reduzindo ou aumentando a pena anteriormente imposta. A medida de segurança é vinculada a PERICULOSIDADE do INIMPUTÁVEL com finalidade exclusivamente preventiva. Pode ser imposta, ainda, ao semi-imputável. Informativo 672-STJ: A falsidade ideológica é crime formal e instantâneo, cujos efeitos podem se protrair no tempo. A despeito dos efeitos que possam, ou não, gerar, a falsidade ideológica se consuma no momento em que é praticada a conduta. Diante desse contexto, o termo inicial da contagem do prazo da prescrição da pretensão punitiva é o momento da consumação do delito (e não o da eventual reiteração de seus efeitos). Art. 65 - São circunstâncias que sempre atenuam a pena: III - ter o agente: c) cometido o crime sob coação a que podia resistir, ou em cumprimento de ordem de autoridade superior, ou sob a influência de violenta emoção, provocada por ato injusto da vítima; A premeditação não é prevista no CP como agravante genérica, nem como causa de aumento de pena ou qualificadora Tendo havido transação penal e sendo extinta a punibilidade, ante o cumprimento das cláusulas nela estabelecidas, é ilegítimo o ato judicial que decreta o confisco do bem que teria sido utilizado na prática delituosa. A prescrição da pretensão punitiva (PPP) é calculada com base na pena final aplicada pelo juiz, salvo no caso da PPP propriamente dita, que é calculada com base no máximo da pena prevista em abstrato. Ou seja, o prazo da PPP é computado com base na pena final aplicada na sentença. Se a pena tiver agravante (como a da reincidência), toda ela deve ser considerada para o cálculo da prescrição. STJ 231. A incidência da circunstância atenuante não pode conduzir à redução da pena abaixo do mínimo legal. Dosimetria da Pena: 1ª fase = pena base 2ª fase = atenuantes e agravantes (a pena não pode sair dos mínimos e máximos legais) 3 ª fase = aumento e diminuição (aqui, sim, pode o juiz fixar pena abaixo ou acima) A teoria absoluta: retribuição do mal pelo mal. Sem finalidade para a pena. A prevenção geral, que se subdivide em negativa e positiva, se dirige à coletividade e não ao indivíduo que já delinquiu. A teoria preventiva geral positiva considera que a pena tem a função de inibir comportamentos antissociais e moldar comportamentos socialmente aceitos. A prevenção especial se dirige ao indivíduo/delinquente, após a prática do delito, com o fim de ressocializá-lo, ou, ao menos, impedir a dissocialização. As teorias correcionalistas estão vinculadas às Escolas Positivistas que defendem que os criminosos seriam um ser atávico, inferior, portador de uma patologia. Portanto, para essas teorias, a pena teoria a função de corrigir o criminoso, com base na sua periculosidade social. O instituto da prescrição atinge a pretensão de punir ou de executar a pena SÚMULA 493 STJ É inadmissível a fixação de pena substitutiva (art. 44 do CP) como condição especial ao regime aberto. REGRAS PARA PROGRESSÃO DE REGIME: Requisito OBJETIVO: Mínimo para progredir - 8 hipóteses: 16% - Primário + sem violência; 20% - Reincidente + sem violência; 25% - Primário + COM violência; 30% - Reincidente + COM violência; 40% - Primário + Hediondo; 50% - Primário + Hediondo + morte OU organização criminosa, mil privada; 60% - Reincidente + Hediondo; 70% - Reincidente + Hediondo + morte. Requisito SUBJETIVO: Bom comportamento atestado pelo diretor do presídio. Segundo o STJ, a análise do comportamento do condenado não está sujeita a lapsos temporais, ou seja, pode abarcar todo o período da execução penal até o momento em que pleiteado o benefício: Art. 87 - O juiz poderá, também, revogar o livramento, se o liberado deixar de cumprir qualquer das obrigações constantes da sentença, ou for irrecorrivelmente condenado, por crime ou contravenção, a pena que não seja privativa de liberdade. Segundo as leis de regência, a prática de contravenção penal durante o período de livramento constitui motivo idôneo para a suspensão do benefício até a decisão final do processo em que se apura aquela infração, podendo o juiz decretar a prisão do beneficiário após oitiva do conselho penitenciário e do Ministério Público. O crime de associação para o tráfico de drogas, previsto no art. 35 da Lei 11.343/2006, não é hediondo nem equiparado. No entanto, mesmo assim, o prazo para se obter o livramento condicional é de 2/3 porque este requisito é exigido pelo parágrafo único do art. 44 da Lei de Drogas. A simples prática de crime durante a vigência do livramento condicional não é causa de revogação, mas poderá o juiz decretar a prisão do liberado e suspender o curso do livramento. Ressalte-se que a suspensão não é automática, dependendo de decisão judicial. Súmula 535 do STJ: "A prática de falta grave não interrompe o prazo para fim de comutação de pena ou indulto." Súmula 534 - A prática de falta grave interrompe a contagem do prazo para a progressão de regime de cumprimento de pena, o qual se reinicia a partir do cometimento dessa infração. O prazo de cinco anos do art. 64, I, do Código Penal, afasta os efeitos da reincidência, mas não impede o reconhecimento de maus antecedentes. Segundo o STJ, ainda que a reincidência não tenha sido reconhecida expressamente na sentença penal condenatória transitada em julgado, o juízo da execução pode promover a retificação do atestado de pena para nele constar a reincidência, com todos os consectários daí decorrentes, sem haver violação da coisa julgada ou implicar reformatio in pejus. INFO 597: A manutenção de monitoramento por meio de tornozeleira eletrônica sem fundamentação concreta evidencia constrangimento ilegal ao apenado. Súmula 716-STF: Admite-se a progressão de regime de cumprimento da pena ou a aplicação imediata de regime menos severo nela determinada, antes do trânsito em julgado da sentença condenatória. Segundo o art. 33 da LEP, a jornada diária de trabalho do apenado deve ser de, no mínimo, 6 horas e, no máximo, 8 horas. Apesar disso, se um condenado, por determinação da direção do presídio, trabalha 4 horas diárias (menos do que prevê a Lei), este período deverá ser computado para fins de remição de pena, sob pena de ofensa aos princípios da segurança jurídica e da proteção da confiança. Crimes Contra a Vida Pacto de morte / o ambicídio ou suicídio a dois a) se o sobrevivente praticou atos de execução da morte do outro (exemplo: ministrar veneno), a ele será imputado o crime de homicídio; b) se o sobrevivente somente auxiliou o outro a suicidar-se, responderá pelo crime de participação em suicídio; se ambos praticaram atos de execução, um contra o outro, e ambos sobreviveram, responderão os dois por tentativa de homicídio; c) se ambos se auxiliaram mutuamente e ambos sobreviveram, a eles será atribuído o crime de participação em suicídio d) se um deles praticou atos de execução da morte de ambos, mas ambos sobreviveram, aquele responderá por tentativa de homicídio, e este por participação em suicídio Em discussão acerca da possibilidade de aborto no primeiro trimestre de gravidez, ministro do STF proferiu voto defendendo a inexistência de aborto criminoso nesse período, invocando para tanto, entre outros argumentos, o critérioda proporcionalidade. Com base na decisão do Supremo Tribunal Federal decidiu, a interrupção da gravidez de feto anencéfalo não pode sequer ser chamada de aborto. O Aborto, segundo o entendimento majoritário da doutrina, somente é punível em sua modalidade dolosa. Art. 121, § 7º A pena do feminicídio é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado: I - durante a gestação ou nos 3 (três) meses posteriores ao parto; II - contra pessoa menor de 14 (catorze) anos, maior de 60 (sessenta) anos, com deficiência ou portadora de doenças degenerativas que acarretem condição limitante ou de vulnerabilidade física ou mental; III - na presença física ou virtual de descendente ou de ascendente da vítima; IV - em descumprimento das medidas protetivas de urgência. Art. 122, CP - Induzimento, instigação ou auxílio a suicídio ou a automutilação *Crime formal ----- > não é necessário o suicídio ou a automutilação para consumar o crime. *Qualificadora ------ > Se resultar lesão grave ou morte *Pena duplicada ----- > Motivo torpe/fútil/egoístico ou vítima menor/capacidade reduzida *Pena até o dobro ------- > conduta realizada pela internet *Pena aumenta em metade ------ > agente é líder ou coordenador de grupo ou de rede virtual. *Responde por lesão corporal ------- > se resultar em lesão gravíssima + vítima menor de 14 anos ou não tenha necessário discernimento do ato *Reponde por homicídio ----------- > se resultar em morte + vítima menor de 14 anos ou não tenha necessário discernimento do ato *rede de computadores, de rede social ou transmitida em tempo real = até o DOBRO (Lep Top DELL) *se o agente é líder ou coordenador de grupo ou de rede virtual = em METADE (Manager/Gerente) Consentimento para o aborto Art. 124, CP - Provocar aborto em si mesma ou consentir que outrem lho provoque: Pena - detenção, de um a três anos. 1) Não se admite coautoria (crime de mão própria); mas a participação é possível. O terceiro que pratica o aborto nessa situação responde pelo crime do art. 126 (aborto com consentimento da gestante). 2) Tratando-se de crime de resultado, exige-se, para a consumação, a ocorrência de morte do produto da concepção. É possível a tentativa (ex.: feto nasce com vida). Não caracteriza bis in idem o reconhecimento das qualificadoras de motivo torpe e de feminicídio no crime de homicídio praticado contra mulher em situação de violência doméstica e familiar. Isso se dá porque o feminicídio é uma qualificadora de ordem OBJETIVA - vai incidir sempre que o crime estiver atrelado à violência doméstica e familiar propriamente dita, enquanto que a torpeza é de cunho subjetivo, ou seja, continuará adstrita aos motivos (razões) que levaram um indivíduo a praticar o delito. 1 - Premeditação – não é qualificadora por si só. 2 - Homicídio premeditado é considerado qualificado? R: Premeditação não constitui circunstância qualificadora do homicídio (deve ser considerada pelo juiz na fixação da pena base). 3 - Comentário do nobre colega Orion da questão anterior: "A premeditação não seria causa de aumento de pena, mas uma qualificadora, caso o agente tenha praticado o crime por traição, emboscada, dissimulação, ou outro recurso que dificulte ou impossibilite a defesa do ofendido." "Se Francisco atacar Paulo utilizando-se de uma emboscada..." Logo, estamos diante de premeditação. Art. 121§ 2° Se o homicídio é cometido: QUALIFICADORAS III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum; IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido; Causas de aumento de pena do homicídio são: 1. inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício; 2. deixar de prestar imediato socorro à vítima, não procurar diminuir as consequências do ato, fugir para evitar prisão em flagrante; 3. vítima menor de 14 ou maior de 60 anos (no homicídio doloso); e 4. crime praticado por milícia privada, sob o pretexto de prestação de serviço de segurança, ou por grupo de extermínio. O infanticídio representa hipótese de homicídio privilegiado, contendo o tipo penal um elemento subjetivo personalíssimo, qual seja, a influência do estado puerperal. ESQUEMA RELATIVO À CONSUMAÇÃO/TENTATIVA DO DELITO DE LATROCÍNIO: a) MORTE CONSUMADA + ROUBO CONSUMADO = LATROCÍNIO CONSUMADO; b) MORTE CONSUMADA + ROUBO TENTADO = LATROCÍNIO CONSUMADO; c) MORTE TENTADA + ROUBO TENTADO = LATROCÍNIO TENTADO; d) MORTE TENTADA + ROUBO CONSUMADO = LATROCÍNIO TENTADO; STF Súmula nº 610 - Há crime de latrocínio, quando o homicídio se consuma, ainda que não se realize o agente a subtração de bens da vítima. Lesões Corporais Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem: Pena - detenção, de três meses a um ano. Lesão corporal de natureza grave § 1º Se resulta: I - Incapacidade para as ocupações habituais, por mais de trinta dias; II - perigo de vida; III - debilidade permanente de membro, sentido ou função; IV - aceleração de parto: Pena - reclusão, de um a cinco anos. § 2° Se resulta: LESÃO CORPORAL GRAVÍSSIMA I - Incapacidade permanente para o trabalho; II - enfermidade incuravel; III perda ou inutilização do membro, sentido ou função; IV - deformidade permanente; V - aborto: Pena - reclusão, de dois a oito anos. Animus laedendi : lesionar Animus necandi: matar Animus furandi: Furtar Violência Doméstica § 9 Se a lesão for praticada contra ascendente, descendente, irmão, cônjuge ou companheiro, ou com quem conviva ou tenha convivido, ou, ainda, prevalecendo-se o agente das relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade: Pena - detenção, de 3 (três) meses a 3 (três) anos. Lesão corporal seguida de morte § 3° Se resulta morte e as circunstâncias evidenciam que o agente não quis o resultado, nem assumiu o risco de produzí-lo Òrgãos duplos: Se há perda de um dos orgãos duplos e o outro permanece normal, a lesão é grave. Periclitação da Vida e da Saúde O crime de maus-tratos é um crime próprio (só pode ser praticado por quem detenha a guarda ou vigilância da vítima). Rixa Os participantes de uma rixa são simultaneamente sujeitos ativos e passivos uns em relação aos outros, pois o crime de rixa é plurissubjetivo, devendo ter, pelo menos, três contendores para ser caracterizado. Tipo subjetivo: dolo específico. Não há forma culposa. Há concurso formal de crimes com lesões corporais ou homicídio. A figura qualificada ocorre se houver lesão grave ou morte O delito de rixa é um crime de concurso necessário, uma vez que exige a participação de três ou mais pessoas. No crime de rixa, a coautoria é obrigatória, pois a norma incriminadora reclama como condição obrigatória do tipo a existência de pelo menos três autores, sendo irrelevante que um deles seja inimputável. Crimes Contra a Honra Calúnia = fato definido como Crime Denunciação Caluniosa = Dar Causa à instauração de investigação policial... Imputa falso crime a pessoa determinada, que a sabe inocente. Auto-acusação falsa = somente de CRIME. A pessoa procura a autoridade policial e assume ter cometido crime que na verdade foi cometido por outra pessoa, ou assume crime que não existiu Falso Testemunho: Fazer afirmação falsa ou negar a verdade em investigação, processo judicial ou administrativo. Crime de mão própria, praticado por testemunha, perito ou intérprete. Comunicação Falsa de Crime: Ocorre quando o agente provoca a ação de autoridade comunicando a ocorrência de infração que sabe não ter ocorrido, sem imputar autoria a alguém específico. O querelante que, ANTES DA SENTENÇA, se retrata cabalmente da CALÚNIA ou da DIFAMAÇÃO, fica isento de pena Nos casos em que o querelado tenha praticado a calúnia ou a difamação utilizando-se de meios de comunicação, a retratação dar-se-á, se assim desejar o ofendido, pelos mesmos meios em que se praticou a ofensa. NÃO CABE RETRATAÇÃO NO CRIME DE INJÚRIA No crime de CALÚNIA, Protege-se a honra objetiva da vítima,isto é, sua reputação perante terceiros. O elemento subjetivo é o dolo, consistente na intenção de denegrir a imagem da vítima. Não se pune a modalidade culposa. CALÚNIA - IMPUTAÇÃO FALSA DE UM FATO CRIMINOSO A ALGUÉM INJÚRIA - QUALQUER OFENSA À DIGNIDADE DE ALGUÉM (sem ser na presença da autoridade) DIFAMAÇÃO - IMPUTAÇÃO DE FATO OFENSIVO À REPUTAÇÃO DE ALGUÉM O STJ decidiu que a retratação da calúnia, feita antes da sentença, acarreta a extinção da punibilidade do agente independente de aceitação do ofendido. Art. 139, parágrafo único, do CP. A exceção da verdade somente se admite se o ofendido é funcionário público e a ofensa é relativa ao exercício de suas funções. A injúria racial é um delito inserido no panorama constitucional do crime de racismo, sendo considerado imprescritível, inafiançável e sujeito à pena de reclusão. Consuma-se o crime de calúnia (assim como o de difamação) com o conhecimento de terceiro, independente do conhecimento da vítima. Ao contrário do que acontece com a injúria, que, por atingir a honra subjetiva, consuma-se com o conhecimento da vítima. A lei penal prevê a impossibilidade de arguição da exceção da verdade no crime de calúnia se o fato imputado for crime de ação privada e o ofendido não tiver sido condenado por sentença irrecorrível. No crime de constrangimento ilegal, admite-se a autoria mediata caso a violência ou grave ameaça sejam exercidas contra pessoa diversa da que se pretenda constranger, sendo o agente responsabilizado, em concurso material, pelo constrangimento ilegal e por outra infração que o executor venha a praticar. Crimes Contra a Liberdade Pessoal O crime de ameaça é de ação penal condicionada a representação do ofendido, ainda que no contexto de violência doméstica. Lesão corporal leve na Maria da Penha é incondicionada Lesão corporal grave e gravíssima é incondicionada em qualquer circunstância No crime de ameaça o mal injusto e grave contra a vítima visa apenas amedrontá-la, intimidá-la. No constrangimento ilegal o sujeito ativo deseja uma conduta positiva ou negativa do sujeito passivo. Art. 149. Reduzir alguém a condição análoga à de escravo, quer submetendo-o a trabalhos forçados ou a jornada exaustiva, quer sujeitando-o a condições degradantes de trabalho, quer restringindo, por qualquer meio, sua locomoção em razão de dívida contraída com o empregador ou preposto: Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa, além da pena correspondente à violência. § 1 Nas mesmas penas incorre quem: I – cerceia o uso de qualquer meio de transporte por parte do trabalhador, com o fim de retê-lo no local de trabalho; II – mantém vigilância ostensiva no local de trabalho ou se apodera de documentos ou objetos pessoais do trabalhador, com o fim de retê-lo no local de trabalho. § 2 A pena é aumentada de metade, se o crime é cometido: I – contra criança ou adolescente; II – por motivo de preconceito de raça, cor, etnia, religião ou origem. Informativo 543 do STJ: Para configurar o delito do art. 149 do Código Penal (redução a condição análoga à de escravo) não é imprescindível a restrição à liberdade de locomoção dos trabalhadores. O delito pode ser praticado por meio de outras condutas como no caso em que os trabalhadores são sujeitados a condições degradantes, subumanas. Crimes Contra o Patrimônio Estelionato Art. 171 - Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento: Peculato mediante erro de outrem Art. 313 - Apropriar-se de dinheiro ou qualquer utilidade que, no exercício do cargo, recebeu por erro de outrem: No peculato mediante erro de outrem, também chamado pela doutrina de peculato estelionato, o erro deve ser ESPONTÂNEO, não induzido pelo funcionário público. Caso haja a indução, mesmo que presente a condição de funcionário, a conduta será de ESTELIONATO! Aquele que desvia a corrente elétrica antes que ela passe pelo registro comete o delito de FURTO QUALIFICADO. É o que ocorre, normalmente, naquelas hipóteses em que o agente traz a energia para sua casa diretamente do poste, fazendo aquilo que popularmente é chamado de “gato”. Ao contrário, se a ação do agente consiste, como adverte Noronha, em modificar o medidor, para acusar um resultado menor do que o consumido, há fraude, e o crime é ESTELIONATO Um homem apossou-se de veículo alheio para passear e, após ter percorrido alguns quilômetros, retornou com o veículo ao local de onde o havia subtraído, sem tê-lo danificado. Assertiva: A referida conduta consiste em furto de uso, não sendo típica por falta do animus furandi. De acordo com o informativo 539 do STJ Furto de Uso: não é crime (fato atípico) Roubo de Uso: é crime (configura o art. 157 do CP) Requisitos para a caracterização do furto de uso: Subtração de coisa alheia móvel infungível; Intenção de utilizar momentaneamente a coisa subtraída; Restituição da coisa depois do uso momentâneo, imediatamente, ao seu dono originário. Com violência/grave ameaça → EXTORSÃO; SEM violência/grave ameaça → CONCUSSÃO. Estelionato Regra: Condicionada à representação. Idoso: Majorado 1/3 ao dobro A.P. Incondicionada: ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA; CRIANÇA OU ADOLESCENTE; DEFICIÊNCIA MENTAL; MAIOR DE 70 ANOS OU INCAPAZ. Inaplicável o princípio da insignificância aos casos de furto qualificado, que demonstra o alto grau de reprovabilidade do comportamento. Art. 181 - É isento de pena quem comete qualquer dos crimes previstos neste título, em prejuízo: I - do cônjuge, na constância da sociedade conjugal; II - de ascendente ou descendente, seja o parentesco legítimo ou ilegítimo, seja civil ou natural. Art. 182 - Somente se procede mediante representação, se o crime previsto neste título é cometido em prejuízo: (Imunidade penal relativa) I - do cônjuge desquitado ou judicialmente separado; II - de irmão, legítimo ou ilegítimo; III - de tio ou sobrinho, com quem o agente coabita. Art. 183 - Não se aplica o disposto nos dois artigos anteriores: (Exclusão das imunidades) I - se o crime é de roubo ou de extorsão, ou, em geral, quando haja emprego de grave ameaça ou violência à pessoa; II - ao estranho que participa do crime. III – se o crime é praticado contra pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos. Extorsão ---> obter vantagem indevida mediante violência ou grave ameaça. Estelionato ---> obter vantagem indevida induzindo ou mantendo alguém em erro. Art. 180, § 4º - A receptação é punível, ainda que desconhecido ou isento de pena o autor do crime de que proveio a coisa. Aprofundando... A receptação é um crime parasitário ou acessório, também conhecido como delito de fusão, pois depende de crime anterior. Se a infração anterior for contravenção não haverá receptação. Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa (ROUBO PRÓPRIO DE VIOLÊNCIA PRÓPRIA) ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência (ROUBO PRÓPRIO DE VIOLÊNCIA IMPRÓPRIA) § 2º - A pena aumenta-se de um terço até metade: I - se a violência ou ameaça é exercida com emprego de arma; II - se há o concurso de duas ou mais pessoas; III - se a vítima está em serviço de transporte de valores e o agente conhece tal circunstância. IV - se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado ou para o exterior; V - se o agente mantém a vítima em seu poder, restringindo sua liberdade. Art. 168-A. Deixar de repassar à previdência social as contribuições recolhidas dos contribuintes, no prazo e forma legal ou convencional: § 2o É extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente, declara, confessa e efetua o pagamento das contribuições, importâncias ou valores e presta as informações devidas à previdência social, na forma definida em lei ou regulamento, antes do início da ação fiscal. Entretanto, o STF e o STJ entendem que o pagamento, a qualquer tempo (antes do trânsitoem julgado) extingue a punibilidade. § 3o É facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar somente a de multa se o agente for primário e de bons antecedentes, desde que: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) I – tenha promovido, após o início da ação fiscal e antes de oferecida a denúncia, o pagamento da contribuição social previdenciária, inclusive acessórios; ou II – o valor das contribuições devidas, inclusive acessórios, seja igual ou inferior àquele estabelecido pela previdência social, administrativamente, como sendo o mínimo para o ajuizamento de suas execuções fiscais. Roubo em interior de ônibus e subtração de Patrimônios distintos: Concurso Formal Próprio Furto só tem uma causa de aumento, repouso noturno. Todo resto é qualificadora. Roubo só tem duas qualificadoras, Roubo + lesão grave, visto que a lesão leve incorre no caput, já que é intrínseca à violência. E roubo + morte (latrocínio), todo o resto é causa de aumento. Furto qualificado § 4º - A pena é de reclusão de dois a oito anos, e multa, se o crime é cometido: I - com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa; II - com abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada ou destreza; III - com emprego de chave falsa; IV - mediante concurso de duas ou mais pessoas. Entende o STJ que a falsificação de assinatura e o uso do cheque corresponde o crime de estelionato. Extorsão mediante sequestro qualificada: Art. 159, § 1º Se o sequestro dura mais de 24 (vinte e quatro) horas, se o sequestrado é menor de 18 (dezoito) ou maior de 60 (sessenta) anos, ou se o crime é cometido por bando ou quadrilha. Para a configuração do delito de apropriação indébita previdenciária não é necessário que haja o dolo específico de ter para si coisa alheia; é bastante para tal a vontade livre e consciente de não recolher as importâncias descontadas dos salários dos empregados da empresa pela qual responde o agente. No Furto mediante fraude por dispositivo eletrônico ou informático (art. 155, § 4º-B): NÃO HÁ O FORNECIMENTO DE INFORMAÇÕES POR PARTE DA VÍTIMA. Na Fraude eletrônica: O agente obtém vantagem ilícita com a utilização de informações fornecidas pela vítima ou por terceiro induzido a erro por meio de redes sociais, contatos telefônicos ou e-mail fraudulento, ou por qualquer outro meio fraudulento análogo. Regra: o 171 é condicionado à representação! Se for contra alguém de idade igual ou maior de 60 : Ainda continua sendo, mas na forma Majorada, porque envolve idoso! Estelionato contra idoso ou vulnerável 171 , § 4º A pena aumenta-se de 1/3 (um terço) ao dobro, se o crime é cometido contra idoso ou vulnerável, considerada a relevância do resultado gravoso. Se for contra maior de 70 - Incondicionada. Repouso noturno é majoradora e não qualificadora Para o STF o furto de sinal de TV a cabo é ATÍPICO. Para o STJ o furto de sinal de TV é equiparado à energia elétrica (FATO TÍPICO) 1/3 até metade ➜ arma branca 2/3 ➜ arma de fogo permitido DOBRO➜ arma de fogo de uso restrito ou proibido Info. 672/STJ DIREITO PENAL. NÃO se admite a incidência do princípio da insignificância na prática de estelionato “qualificado” (art. 171, §3º, CP) por médico que, no desempenho de cargo público, registra o ponto e se retira do hospital. Crimes Contra a Patrimônio Imaterial Súmula 574 do STJ: Para a configuração do delito de violação de direito autoral e a comprovação de sua materialidade, é suficiente a perícia realizada por amostragem do produto apreendido, nos aspectos externos do material, e é desnecessária a identificação dos titulares dos direitos autorais violados ou daqueles que os representem. Súmula 502- STJ: presentes a materialidade e a autoria, afigura-se típica, em relação ao crime previsto no artigo 184, parágrafo 2º, do Código Penal, a conduta de expor à venda CDs e DVDs piratas. Crimes Contra a Dignidade Sexual Satisfação de lascívia mediante presença de criança ou adolescente Art. 218-A. Praticar, na presença de alguém menor de 14 (catorze) anos, ou induzi-lo a presenciar, conjunção carnal ou outro ato libidinoso, a fim de satisfazer lascívia própria ou de outrem: Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos. caso a vítima, criança (menor de 12 anos), seja convencida a se expor, de forma pornográfica (ex.: strip-tease), diante da webcam, desde que presente a finalidade especial (intenção de praticar ato libidinoso), o crime será o do art. 241-D, II do ECA No crime de corrupção de menores, o agente induz (convence, cria a ideia) a vítima a praticar algum ato que vise satisfazer a lascívia de outra pessoa. O ato deve ser meramente contemplativo (ex.: uso de uma fantasia), sem que exista contato físico entre o terceiro beneficiado e a vítima. Se vier a ocorrer conjunção carnal ou outro ato libidinoso diverso, ambos, quem induziu e beneficiado, serão responsabilizados por estupro de vulnerável, desde que, é claro, tenha existido dolo do aliciador nesse sentido. Ademais, a conduta deve ter como destinatária pessoa determinada (beneficiário certo). Caso contrário, caso o agente convença a vítima a satisfazer a lascívia de um número indeterminado de pessoas, o crime poderá ser o do art. 218-B: favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual de vulnerável. A contemplação lasciva configura ato libidinoso constitutivo de estupro e de estupro de vulnerável, sendo irrelevante, para a consumação dos delitos, que haja contato físico entre ofensor e vítima. STJ: Não é possível desclassificar crime de estupro de vulnerável para o delito de importunação sexual. Informativo 658-STJ: O crime de assédio sexual (art. 216-A do CP) é geralmente associado à superioridade hierárquica em relações de emprego, no entanto pode também ser caracterizado no caso de constrangimento cometido por professores contra alunos. No crime de estupro em que a vulnerabilidade é decorrente de enfermidade ou deficiência mental (art. 217-A, § 1º, do CP), o magistrado não está vinculado à existência de laudo pericial para aferir a existência de discernimento ou a possibilidade de oferecer resistência à prática sexual, desde que a decisão esteja devidamente fundamentada, em virtude do princípio do livre convencimento motivado. A irmã de vítima do crime de estupro de vulnerável responde por conduta omissiva imprópria se assume o papel de garantidora. Crimes Contra a Fé Pública CONTRABANDO: transportar mercadoria ilícita ou não autorizada. DESCAMINHO: transportar sem autorização, sem pagamento dos devidos impostos, mercadoria lícita. Incide o princípio da insignificância aos crimes tributários federais e de descaminho quando o débito tributário verificado não ultrapassar o limite de R$ 20.000,00 A configuração do delito de descaminho dispensa a constituição definitiva do crédito tributário, por se tratar de crime formal. Falsidade ideológica: o documento é materialmente verdadeiro, mas o conteúdo é falso. Ex: Adulterar cheque Falsa identidade: não está se valendo de documento; atribui identidade falsa para si ou para outrem. Ex: numa abordagem policial, dizer ser outra pessoa. Uso de documento falso: obrigatoriamente vai se utilizar de um documento falso. Ex: na abordagem policial entrega identidade falsa. Informativo 554 do STJ: Não se aplica o instituto do arrependimento posterior ao crime de moeda falsa. No crime de moeda falsa — cuja consumação se dá com a falsificação da moeda, sendo irrelevante eventual dano patrimonial imposto a terceiros —, a vítima é a coletividade como um todo, e o bem jurídico tutelado é a fé pública, que não é passível de reparação. Crimes contra a fé pública não admitem: Arrependimento posterior; Princípio da Insignificância; Modalidade culposa. Documentos equiparados ao documento público, nos crimes de falsificação de documento público Livros mercantis; Ações de sociedade comercial; Testamento particular; Título ao portador ou transmissível por endosso; Emanado de entidade paraestatal. O agente que faz uso indevido de marcas, logotipos, siglas ousímbolos identificadores de órgãos da administração pública comete crime de falsificação de selo ou sinal público. Crimes Contra a Administração Pública ADVOCACIA ADMINISTRATIVA ⇒ Patrocina interesse privado em detrimento do interesse público CONCUSSÃO ⇒ Exigir Vantagem indevida em Razão da Função CONDESCENDÊNCIA CRIMINOSA ⇒ Não pune subordinado por Indulgência CONTRABANDO ⇒ Importa/Exporta Mercadoria Proibida CORRUPÇÃO ATIVA ⇒ Oferece/Promete vantagem indevida CORRUPÇÃO PASSIVA ⇒ Solicitar/Receber/Aceitar vantagem OU promessa de vantagem CORRUPÇÃO PASSIVA PRIVILEGIADA ⇒ Deixar de praticar ato de ofício cedendo a pedido de 3° CRIME CONTRA ORDEM TRIBUTÁRIA ⇒ Exigir vantagem indevida para não lançar OU cobrar tributo OU cobrá-lo parcialmente DENUNCIAÇÃO CALUNIOSA ⇒ Imputa Falso a quem sabe ser Inocente DESCAMINHO ⇒ Não paga o Imposto devido EXCESSO DE EXAÇÃO ⇒ Exigir tributo indevido de forma vexatória EXPLORAÇÃO DE PRESTÍGIO ⇒ Influir em decisão de judicial OU de quem tem a Competência FAVORECIMENTO PESSOAL ⇒ Guarda a Pessoa que cometeu o crime FAVORECIMENTO REAL ⇒ Guarda o produto do crime por ter relação (afeto, parentesco, amizade) com o autor do fato. FAVORECIMENTO REAL IMPROPRIO ⇒ Particular que entra com Aparelho Telefônico em Presídio FRAUDE PROCESSUAL ⇒ Cria Provas Falsas para induzir o Juiz a erro PECULATO APROPRIAÇÃO ⇒ Apropriar-se de algo que tenha a posse em razão do cargo PECULATO DESVIO ⇒ Desviar em proveito próprio ou de 3° PECULATO FURTO ⇒ Subtrair ou Concorrer valendo-se do cargo PECULATO CULPOSO ⇒ Concorre Culposamente PECULATO ESTELIONATO ou MEDIANTE ERRO DE OUTREM ⇒ Recebeu por erro de 3° PECULATO ELETRÔNICO ⇒ Insere/Facilita a inserção de dado falso OU Altera/Exclui dado verdadeiro PREVARICAÇÃO ⇒ Retardar OU Não Praticar ato de oficio por Interesse Pessoal PREVARICAÇÃO IMPRÓPRIA ⇒ Diretor de penitenciária OU Agente dolosamente não impede o acesso a celulares e rádios TRÁFICO DE INFLUÊNCIA ⇒ Solicitar vantagem para Influir em ato de funcionário público no exercício da função. No mesmo contexto fático, são incompatíveis o crime de corrupção ativa praticado por particular e o crime de concussão praticado por funcionário público O crime de corrupção passiva é formal e se consuma sem a produção do resultado naturalístico, consistente no efetivo recebimento da vantagem indevida, na modalidade "solicitar") Jurisprudência em teses do STJ: 8) A prática de crime contra a Administração Pública por ocupantes de cargos de elevada responsabilidade ou por membros de poder, justifica a majoração da pena-base. A facilitação de contrabando e descaminho é crime funcional próprio. A configuração do delito de descaminho dispensa a constituição definitiva do crédito tributário, por se tratar de crime formal A conduta do advogado que instrui a testemunha a mentir seria, então, de participação no crime de falso testemunho, segundo a doutrina e a jurisprudência majoritárias. STJ: Consoante jurisprudência pacífica desta Corte, por se tratar de crime formal, é irrelevante o parcelamento e pagamento do tributo, não se aplicando ao descaminho a extinção da punibilidade prevista na Lei Federal n. 10.684/2003. PECULATO CULPOSO (APENAS): Reparação do dano antes da sentença IRRECORRÍVEL >>>>> Extingue a punibilidade Reparação do dano após a sentença >>>>> Reduz pela metade a pena. 1/2 Tanto descaminho quanto contrabando possuem apenas uma majorante, que é a conduta praticada em transporte aéreo, marítimo ou fluvial. Neste caso, para ambos os crimes, a pena se aplica em dobro. Então, é só lembrar: contrabandobro. Na Apropriação previdenciária tem que pagar antes da ação fiscal!!! - Apagar - Na Sonegação previdenciária NÃO precisa pagar antes da ação fiscal!!!
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