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Artigo perspectivas Ovinos

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III Simpósio Nacional de Melhoramento Animal 
 266
O MELHORAMENTO GENÉTICO DOS OVINOS NO BRASIL: SITUAÇÃO ATUAL 
E PERSPECTIVAS PARA O FUTURO 
 
Octávio R. Morais 
 
Faculdades Integradas do Planalto Central – FIPLAC 
Escola de Veterinária 
Caixa Postal 6120 
70749 – 970 - Brasília, DF 
E-mail: moraisov@yahoo.com 
 
 
INTRODUÇÃO: “CAI A LÃ ” 
 
Para se entender a situação do melhoramento genético de ovinos no Brasil e visualizar as 
perspectivas futuras, é preciso conhecer um pouco da trajetória das produções ovinas dentro e 
fora do país. Fronteira de países grandes produtores de lã, o Rio Grande do Sul concentrou, 
durante décadas, o maior contingente ovino brasileiro, formado principalmente pelas raças 
laneiras Merino e Ideal, e especialmente pela raça Corriedale, de produção mista carne/lã. A 
região Nordeste apresentava o segundo grande agrupamento de ovinos, porém com propósito 
diferente: uma pecuária de corte de subsistência e alicerçada em raças nacionais e animais 
mestiços. 
 
No ano de 1942 é fundada a ARCO, Associação Riograndense de Criadores de Ovinos, que 
depois viria a se tornar a Associação Brasileira de Criadores de Ovinos, sem modificar a 
antiga sigla. Segundo Ojeda (1997), os trabalhos de seleção, aliados a esclarecimentos sobre 
nutrição e sanidade realizados pela ARCO, elevaram a produção média de lã dos ovinos no 
Brasil, de 1,5 kg nos anos 40, a 2,5 kg nos anos 70, e daí para 3,0 kg na década de 90. Na 
realidade as primeiras avaliações objetivas para seleção de ovinos se iniciaram entre o final da 
década de 70 e o início da de 90, tendo em vista a melhoria da produtividade e da qualidade 
da lã (Ojeda, 1999). Por isso os trabalhos se concentravam somente em propriedades do Rio 
Grande do Sul e assim o primeiro programa nacional de melhoramento de ovinos teve alcance 
simplesmente regional: o PROMOVI (Programa de Melhoramento Genético dos Ovinos), 
avaliou dentro de fazendas, mais de trinta mil reprodutores para a produção de lã e carne entre 
os anos de 1977 e 1995, mas somente em propriedades riograndenses. 
 
O início dos anos noventa, no entanto, foi marcado por mais uma crise mundial no mercado 
da lã e talvez tenha trazido o golpe de misericórdia para a já combalida produção laneira 
nacional. Num primeiro momento, os ovinocultores gaúchos tentaram se prevenir mantendo 
os rebanhos da raça Corriedale como um meio caminho entre a volta à produção de lã e a 
mudança para a carne. A crise, entretanto, foi seguida de uma ligeira recuperação e logo 
depois por um profundo agravamento, com fechamento de grandes e tradicionais cooperativas 
de produtores de lã. 
 
Nesse cenário a ovinocultura de corte no brasileira iniciou sua ascenção. Muitos criadores de 
Corriedale começaram a importar reprodutores das raças Hampshire Down, Suffolk, Ile de 
France e Texel, especializadas em produção de carne, e a produzir cordeiros “meio sangue” 
para o abate. Outros iniciaram cruzamentos absorventes com essas raças, na intenção de 
III Simpósio Nacional de Melhoramento Animal 
 267
atender ao mercado já ávido por animais para corte. No período de 1991 a 1996, 2267 animais 
de raças especializadas na produção de carne foram importados, correspondendo a 96,55% do 
total de ovinos importados no período (Ojeda & Oliveira, 1998). Esta tendência fez com que a 
ARCO alterasse o PROMOVI em 1991 com a inclusão do TVC (Teste de Velocidade de 
Crescimento), específico para essas raças e atendendo a propriedades nos Estados do Rio 
Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo. A alteração veio também pelo fato de que 
o efetivo ovino riograndense estava diminuindo, ao passo que crescia nesses outros estados. 
 
Os gráficos 1 e 2, construídos com o número de ventres colocados em cobertura a cada ano, 
ajudam a visualizar a mudança no objetivo de produção da ovinocultura nacional na última 
década. Os dados foram fornecidos pela ARCO. 
Gráfico 1. Ventres (PO) colocados em cobertura. Raças agrupadas por aptidão* 
Gráfico 2. Ventres (PC) colocados em cobertura. Raças agrupadas por aptidão* 
 
*Nos gráficos 1 e 2 as raças “tipo lã” incluem Merino e Ideal; raças “mistas” Corriedale e Romney Marsh, e as 
raças “tipo carne” somam Texel, Ile de France, Hampshire Down, Suffolk e Santa Inês. 
 
É fácil notar a mudança no equilíbrio “carne x lã” ao longo da década de noventa, 
especialmente pelas comunicações de cobertura de animais “Puros por Cruza”. O número de 
comunicações de cobertura (número de ventres), além de proporcionar uma amostra pouco 
viciada, foi escolhido por propiciar uma boa visualização de tendências. O produtor que está 
saindo de uma atividade certamente diminuirá o número de reprodutrizes. O pecuarista que 
ingressa, pode, por exemplo, lançar mão de rebanhos base quaisquer fazendo cruzamentos 
absorventes com as raças desejadas. Os gráficos 1 e 2, respectivamente, representam bem 
estas tendências. 
III Simpósio Nacional de Melhoramento Animal 
 268
CARNE X CARNE : O CRESCIMENTO DA RAÇA SANTA INÊS 
 
Apesar de ter sido deixada de fora do teste de velocidade de crescimento do PROMOVI , a 
raça deslanada nacional Santa Inês já apresentava, no início dos anos 90, grande crescimento 
populacional no Nordeste. Os gráficos 3 e 4 mostram a evolução numérica da Santa Inês 
frente às outras raças “tipo carne”: 
 
É interessante notar que o processo de crescimento do Santa Inês, como aconteceu para as 
raças “tipo carne” quando analisadas em conjunto, é muito mais evidente na categoria de PC 
(puros por cruza), o que, neste caso, denota o aumento do interesse específico por esta raça. 
Nos anos 90, criadores das regiões Sudeste e Centro Oeste também voltaram sua atenção para 
o Santa Inês. Diante deste cenário, era de se esperar que houvesse grande interesse no 
melhoramento da raça. Entretanto, o que ocorreu e ainda vem ocorrendo, é um simples 
aumento numérico. Sousa (1998) alerta para o fato de que a seleção dentro da raça Santa Inês 
vem sendo feita principalmente visando características de importância estética, em detrimento 
de outras de relevância para a produção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gráfico 3. Comparativo do crescimento das raças ovinas “tipo carne” (Puros de Origem) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gráfico 4: comparativo do crescimento das raças ovinas "tipo carne" (Puros por Cruza) 
 
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O primeiro trabalho efetivo de melhoramento da raça Santa Inês, dentre outras raças ovinas 
nacionais, teve início em 1990 e foi coordenado pela então Embrapa-CNPC. O projeto 
intitulado “Seleção de ovinos deslanados para o melhoramento genético dos rebanhos 
experimentais e privados no Nordeste do Brasil” precisou encerrado apenas cinco anos após 
ter se iniciado por falta de adesão de criadores e associações. 
 
Ojeda & Oliveira (1998) também identificaram o problema da avaliação visual nas demais 
raças ovinas criadas no Brasil. Carneiros campeões de exposições continuam sendo mais 
valorizados que os testados e de alto valor genético, mesmo em regiões onde já se realizam 
avaliações objetivas há algum tempo. 
 
 
A SITUAÇÃO ATUAL 
 
Respostas a questionários que foram passados para as associações estaduais e também para 
produtores associados vêm mostrando que a maior parte dessas associações têm a ARCO 
como única responsável pelas avaliações genéticas. Poucas participam de programas de 
melhoramento junto a universidades e órgãos de pesquisa, e a adesão dos produtores, quando 
estes programas existem, é mínima. Boa parte dos criadores de ovinos tem demonstrado 
desconhecer o que vem a ser exatamente o melhoramentoanimal, o que talvez justifique o 
desinteresse. 
 
Apesar de todas as dificuldades têm-se conduzido alguns trabalhos visando o melhoramento 
dos ovinos no Brasil. No início deste ano ARCO e a EMBRAPA encerraram, em Bagé, o 
quinto Teste Centralizado de Ovinos Tipo Carne, onde foram avaliados dentro de raças, 
animais Texel, Suffolk, Hampshire Down e Ille de France. Desde abril de 1999 está em 
andamento um projeto de avaliações genéticas comparativas envolvendo Brasil e Estados 
Unidos. O projeto de conexão internacional de carneiros envolve criatórios da raça Suffolk do 
Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina, em iniciativa da ARCO, USSSA (United States 
Sheep Seedstock Aliance), USSA ( United States Suffolk Association) e ABCOS (Associação 
Brasileira de Criadores de Ovinos Suffolk). Segundo Ojeda (1999) é o primeiro trabalho deste 
tipo, no mundo, envolvendo ovinos “tipo carne”. A intenção é avaliar comparativamente 
carneiros norte-americanos no Brasil e nos Estados Unidos pelo desempenho de suas 
progênies. Apesar do pioneirismo o projeto parece estar enfrentado algumas dificuldades de 
ordem burocrática. 
 
No outro lado do mapa a EMEPA (Empresa Estadual de Pesquisa Agropecuária da Paraíba), 
se prepara para iniciar, este ano, a primeira prova de ganho de peso de ovinos da raça Santa 
Inês. A entidade firmou parceria com a APACCO (Associação Paraibana de Criadores de 
Caprinos e Ovinos), criando o Programa de Avaliação de Desempenho de Ovinos Santa Inês. 
Nesta primeira edição a prova contará com a participação de 7 criadores de três estados do 
Nordeste. O número de participantes é pequeno, mas a iniciativa é de extrema importância 
como forma de incentivar novas participações. 
 
 
LEVANTANDO ALGUNS PROBLEMAS 
 
Antes de mais nada, é preciso compreender que a organização dos elos da cadeia produtiva 
que existia na produção de lã, ainda não acontece na produção de carne ovina. Em recente 
III Simpósio Nacional de Melhoramento Animal 
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reunião promovida pela CAPRIOVINO (Associação Goiana de Criadores de Caprinos e 
Ovinos) este quadro ficou patente. Os donos de frigoríficos alegaram trabalhar com apenas 
30% de sua capacidade, ao passo que os produtores desconheciam a existência ou a 
localização daqueles estabelecimentos. Os donos de curtumes afirmaram estar importando 
peles de ovinos deslanados de países da África por falta de matéria prima, enquanto os 
frigoríficos e produtores que realizam abate clandestino, afirmaram estar jogando pele fora ou 
vendendo a preços irrisórios a atravessadores. Desta forma será primeiro necessário organizar 
a cadeia produtiva. O mercado tem se apresentado promissor em todas as pesquisas 
realizadas, mas nem mesmo o produtor sabe o que deve realmente ser produzido e menos 
ainda o que deve ser melhorado. 
 
No Sul do Brasil, apesar da grande diminuição do efetivo ovino, parece haver a tendência de 
estabilização das raças lanadas de corte e o trabalho de melhoramento, embora tímido está em 
andamento. É preciso incentivar o processo de avaliações de carneiros nacionais, na tentativa 
de reduzir a importação de animais testados em outras condições de ambiente. 
 
No Nordeste, assim como no Centro Oeste, no Sudeste e mesmo no Norte, existe forte 
tendência de crescimento da raça Santa Inês. O trabalho será muito maior que no Sul, visto 
que nestas regiões, com algumas exceções, os rebanhos são muitos, porém pequenos. Será 
necessário um grande esforço para integração, e também para que os produtores comecem 
pelo menos a fazer anotações zootécnicas, prática pouco comum nesses criatórios. Por outro 
lado as associações terão que assumir sua responsabilidade e, trabalhando em conjunto com as 
universidades e órgãos de pesquisa, realizar as avaliações dos dados colhidos pelos criadores 
e a apresentação dos resultados. Será preciso, também, incentivar a valorização dos animais 
avaliados geneticamente. 
 
Não se pode esquecer, no entanto, que mesmo com a realização avaliações objetivas e com a 
participação dos criadores, outros entraves concorrem hoje para a lentidão do processo de 
melhoramento dos ovinos. As técnicas de inseminação artificial são ainda trabalhosas e pouco 
eficientes quando se trata de sêmen congelado (Moraes et al., 1998). Outro problema pode ser 
ainda mais grave: a “pirâmide” de estrutura de raças ovinas no Brasil tem na verdade a forma 
uma “moringa”. 
 
Como ilustra a Figura 1, a passagem do progresso genético dos rebanhos de elite para os 
rebanhos comerciais fica estrangulada nos rebanhos multiplicadores. Animais de alto padrão, 
independentemente do tipo de avaliação, têm custo muito elevado e tendem a circular 
somente entre os criadores de rebanhos de elite. Alguns programas de governo acabam por 
agravar esta situação, como ocorre atualmente com a raça Santa Inês. Os preços dos animais 
desta raça no Nordeste, devido a incentivos à criação, chegam a duas vezes e meia os preços 
do Centro Oeste e a três vezes os do Sudeste, mesmo para animais sem registro. Carneiros 
registrados têm sido vendidos em leilões no Nordeste por valores que jamais poderão cobrir 
com suas produções... Por outro lado, os rebanhos comerciais são muitos, porém pequenos, 
muitas vezes sem recursos para qualquer investimento em tecnologia. 
 
De qualquer forma, é interessante que se note que o processo de crescimento do Santa Inês é 
algo totalmente novo no tocante às chamadas “raças nativas”. Não há registro de um 
crescimento tão expressivo nem mesmo em outras espécies. Desta forma é preciso tomar um 
cuidado especial, visando o progresso real desta raça e a manutenção de seu potencial 
III Simpósio Nacional de Melhoramento Animal 
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genético. Os cruzamentos com raças lanadas especializadas em produção de carne, na 
tentativa de melhorar rapidamente a produção do Santa Inês, vêm sendo conduzidos sem a 
devida cautela e de forma desordenada, o que poderá trazer prejuízos à qualidade da pele 
destes animais, bastante valorizada no mercado e o que é bem pior, poderá comprometer o 
patrimônio genético da raça. Também a decisão de “fechamento do livro” de registros de 
machos, marcada para dezembro deste ano, precisa ser reestudada. É preciso conhecer 
primeiro a estrutura da raça e seu tamanho efetivo para que não se forme um gargalo genético 
muito estreito, diminuindo a variação e comprometendo os trabalhos futuros de 
melhoramento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1- A “moringa” da estrutura das raças ovinas no Brasil 
 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Quando tudo parece ainda estar por ser feito há dois prognósticos possíveis: 
1- Bom, se conseguirmos identificar os problemas e acudirmos a tempo de evitar que eles se 
tornem crônicos ou irreversíveis; 
2- Ruim, se tentarmos avançar sem o conhecimento do terreno e ignorando os reais obstáculos 
a serem vencidos. 
 
Assim, temos que avaliar com bastante cuidado os projetos governamentais de fomento à 
criação de ovinos. O simples crescimento do número de criatórios não resolverá a maior parte 
dos problemas existentes. De fato tende a agravá-los. 
 
A entrada de novos criadores no mercado, vindos de áreas mais afeitas à administração 
empresarial, pode trazer benefícios do ponto de vista da adoção de tecnologia, mas também 
pode significar a rápida saída de investimentos nesse setor caso os resultados econômicos não 
sejam interessantes. Isto provocaria uma ruptura na frágil estrutura da ovinocultura e por 
conseqüência, mais uma vez o produtor tradicional teria que arcar com o ônus do “ôba-ôba”. 
Quanto ao melhoramento genético dos ovinos, haverá de refletir a capacidade de organização 
e de integração de criadores, indústria e órgãos de pesquisa. A julgar por tudo que 
conhecemos até hoje, não devemos ter grandes esperanças de que os avanços fluam de forma 
suave e contínua. 
 
Rebanhos de Elite 
(retroalimentação)
Rebanhos Multiplicadores
( número reduzido, falta de recursos 
falta de recursos técnicos para a reprodução )
financeiros
Rebanhos Comerciais
(Grande número de rebanhos pequenos,
falta de recursos técnicos, falta de material animal melhorado)
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AGRADECIMENTOS 
 
Agradeço à SBMA, pelo convite à apresentação desta palestra, e também: aos amigos Dr. 
Daniel B. Ojeda e Dr. Wandrick H. Sousa pela atenção e pelas informações prestadas; ao Sr. 
Flávio Hamilton Guê, da ARCO, pela atenção, dedicação e pelo levantamento de dados; ao 
acadêmico de Veterinária da FIPLAC, Laurício Monteiro Cruz, pela execução das entrevistas 
com produtores e técnicos; às Faculdades Integradas do Planalto Central- FIPLAC- pelo 
financiamento deste trabalho, e aos criadores e técnicos que vêm respondendo nossos 
questionários. 
 
 
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 
 
MORAES, J.C.F., SOUZA, C.J.H., COLLARES, R.S. Situação atual e perspectivas da 
inseminação artificial em ovinos. Rev. Bras. Reprod. Anim.,v.22, n2,p.87-91, 1998 
OJEDA, D.B. & OLIVEIRA, N.M. Serviço de Avaliação Genética de Reprodutores Ovinos. 
S.A.G.R.O.: Resultados de 1998. Bagé, Embrapa Pecuária Sul, 31p.,1998. 
OJEDA, D.B. 1977 - 1997 Vinte anos de avaliações genéticas de ovinos lanados realizadas no 
Brasil. In: Reunião do SGT 8 do Melhoramento Animal do Mercosul, Buenos Aires, 1997 
OJEDA, D.B. Participação do melhoramento genético na produção ovina. Rev. Bras. Reprod. 
Anim.,v.23, n2,p.146-149, 1999 
SOUSA, W.H. Ovinos Santa Inês: potencialidades e limitações. In: Simpósio Nacional de 
Melhoramento Animal, 2º, 1998, Uberaba. Anais... Viçosa: Sociedade Brasileira de 
Melhoramento Animal, 1998, p.233-237

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