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Tema 3 - Sistema Nervoso Periférico

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DESCRIÇÃO
Conceitos neuroanatomofisiológicos e funcionais das estruturas do Sistema Nervoso Periférico.
PROPÓSITO
Compreender as bases neurofisiológicas do Sistema Nervoso Periférico e suas funcionalidades no corpo
humano contribuirá para o diagnóstico e prescrição terapêutica em futuras intervenções de profissionais
da saúde.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Identificar os nervos espinhais, suas funções e correlações clínicas
MÓDULO 2
Identificar os nervos encefálicos, suas funções e lesões
MÓDULO 3
Reconhecer as funções do Sistema Nervoso Autônomo
INTRODUÇÃO
Neste conteúdo, vamos estudar as estruturas que fazem parte do Sistema Nervoso Periférico, que é
composto por:
Nervos espinhais, que se originam a partir da medula espinhal e inervam nossa musculatura do tronco
e membros

Nervos encefálicos, que são responsáveis principalmente pela inervação das estruturas da cabeça e
pescoço

Além dos gânglios e terminações nervosas
Esse sistema apresenta como principal função realizar a conexão entre o Sistema Nervoso Central, a
nossa “central de comando”, e todas as estruturas corporais, e assim enviar e receber os estímulos do
meio tanto interno quanto externo.
Além disso, vamos compreender as principais funções e divisões do Sistema Nervoso Autônomo,
também conhecido como sistema neurovegetativo, que podemos separar em simpático e
parassimpático, intimamente relacionados com o controle da nossa musculatura lisa (órgãos internos),
cardíaca e das nossas glândulas, de maneira inconsciente e involuntária, além de apresentar bastante
ligação com nosso sistema emocional.
MÓDULO 1
 Identificar os nervos espinhais, suas funções e correlações clínicas
ESTRUTURA DOS NERVOS ESPINHAIS
Os nervos são cordões esbranquiçados compostos por vários feixes de fibras nervosas, envoltos por
tecido conjuntivo, com a função de conduzir impulsos aferentes e eferentes a partir do Sistema Nervoso
Central a estruturas periféricas, em ambos os sentidos. Além disso, apresentam três bainhas
conjuntivas: epineuro, perineuro e endoneuro, que conferem grande resistência ao nervo.
 ATENÇÃO
São considerados importante conduto tubular organizado, o que fornece orientação do fluxo dos nutrientes
(MACHADO, 1993).
 
Imagem: Shutterstock.com
O que determina que o nervo seja chamado de espinhal é a sua união com a medula espinhal.
 COMENTÁRIO
Vale lembrar que os nervos também podem ser considerados encefálicos, pois sua união se faz com o
encéfalo, assunto que estudaremos no próximo módulo.
Os nervos espinhais são responsáveis pela inervação do tronco, dos membros e partes da cabeça. São
31 pares, que correspondem aos segmentos medulares existentes:
8 pares de nervos cervicais
12 pares torácicos
5 pares lombares
5 sacrais
1 coccígeo
Cada nervo que emerge da medula é formado pela união da raiz dorsal e raiz ventral.
RAIZ DORSAL
É responsável pelo recebimento da informação sensitiva, vinda da periferia.

RAIZ VENTRAL
É responsável pela saída da informação motora.
Além disso, a união dessas duas raízes forma o tronco do nervo espinhal, sendo assim, podemos
afirmar que o nervo espinhal é considerado um nervo misto, por apresentar esses dois componentes
(motor e sensitivo).
 
Imagem: Shutterstock.com
 Secção transversal da medula espinhal.
Ainda sobre a estrutura do nervo espinhal, em sua raiz dorsal, está localizado o gânglio espinhal, onde
estão os corpos dos neurônios sensitivos, cujos prolongamentos central e periférico formam a raiz. Já a
raiz ventral é formada por axônios que são originados a partir dos neurônios motores situados nas
colunas anterior e lateral da medula e, por esse motivo, não apresentam gânglios.
 
Imagem: Shutterstock.com
 Secção transversal da medula espinhal.
É importante chamarmos a atenção para os componentes funcionais das fibras dos nervos espinhais.
Como já mencionado, existem os componentes aferente e eferente dessas fibras nervosas.
COMPONENTES AFERENTES
As fibras responsáveis pela condução da informação sensitiva, ou seja, aferentes, podem ser
consideradas somáticas, e as estruturas receptoras, ou terminações nervosas, são conhecidas como
exteroceptores, que a nível consciente levam informações de temperatura, dor, pressão e tato, e
também conhecidas como proprioceptores, localizados nos músculos e articulações, que a nível
consciente e inconsciente levam informações sobre o tônus muscular, movimento e posição da
articulação.
Essas fibras aferentes também podem ser consideradas viscerais, que por meio dos interoceptores
conduzem informações sensoriais dos nossos órgãos internos.
COMPONENTES EFERENTES
Já as fibras responsáveis pela condução da informação motora, ou seja, eferentes, também podem ser
consideradas somáticas, quando o impulso se direciona aos músculos estriados esqueléticos, e
considerados viscerais, uma vez que a informação se destina a musculatura lisa, cardíaca e glândulas.
TRAJETO DOS NERVOS ESPINHAIS
O tronco do nervo espinhal sai do canal vertebral pelo forame intervertebral e logo se divide em um ramo
dorsal e um ramo ventral que constituem a raiz nervosa, que, por sua vez, pode dar origem ao nervo
espinhal, como no caso da região torácica, ou, então, a união de várias raízes nervosas pode constituir
os conhecidos plexos, que estão presentes na região cervical, braquial e lombossacra.
 
Imagem: Shutterstock.com
Os nervos originados dos plexos são plurissegmentares, ou seja, contêm fibras originadas em mais
de um segmento medular.

Os nervos intercostais são unissegmentares, pois suas fibras se originam em apenas um segmento
medular.
Uma informação de grande relevância clínica é o entendimento sobre os territórios cutâneos de
inervação radicular, os conhecidos dermátomos. Trata-se do território situado na pele, inervado por
fibras de uma única raiz dorsal, e recebe o nome da raiz que o inerva. As fibras radiculares podem
chegar aos dermátomos por meio dos nervos unissegmentares, como os intercostais, ou por meio dos
plurissegmentares, como o mediano, ulnar, radial, entre outros, que veremos com detalhes adiante.
 
Imagem: Shutterstock.com
 COMENTÁRIO
Conhecendo o território cutâneo de distribuição dos nervos periféricos e o mapa dos dermátomos, pode-se,
diante de um quadro de perda de sensibilidade, determinar se a lesão foi em um nervo periférico, na medula
ou nas raízes espinhais.
Também é importante entendermos a relação entre as raízes ventrais e os territórios de inervação
motora, conhecido como miótomo, que se refere ao território inervado por uma única raiz ventral, ou
seja, raiz motora. Os músculos podem ser unirradiculares e plurirradiculares (maioria deles), conforme
recebem inervação de uma ou mais raízes. E assim como por meio dos dermátomos é possível
identificarmos o local da lesão, frente a uma alteração sensitiva, por meio dos miótomos identificamos se
a alteração motora é decorrente de uma lesão no Sistema Nervoso Periférico ou na medula espinhal,
bem como descobrir em que nível essa possível lesão tenha ocorrido.
PLEXOS NERVOSOS
A palavra plexo significa trançado, e é a união das raízes nervosas para a então formação dos nervos
terminais. Existem cinco plexos nervosos:
Cervical
Braquial
Lombar
Sacral
Coccígeo
Encontram-se na medula espinhal a intumescência cervical, que origina o plexo braquial, e a
intumescência lombar, que originam os plexos lombar e sacral, aos quais daremos mais destaque.
 ATENÇÃO
Vale ressaltar que, na região torácica, não há a formação de plexos.
O plexo cervical é formado pelas quatro primeiras raízes cervicais, responsável pela inervação da pele
e dos músculos da cabeça, pescoço, cintura escapular e músculo diafragma.
 
Imagem: Shutterstock.com
 O plexo cervical.
Seu nervo principal e terminal é o nervo frênico, que inerva o músculo diafragma, o qual exerce
importante função no processo de respiração.
SABENDO DISSO, JÁ PODEMOS COMEÇAR A
COMPREENDER A GRAVIDADE DO QUADRO
CLÍNICO QUANDO OCORREM LESÕES EM
ESTRUTURASALTAS COMO NA REGIÃO CERVICAL.
 
Imagem: Shutterstock.com
 Nervos do plexo braquial.
O plexo braquial é formado pelas quatro últimas raízes cervicais e pela primeira raiz torácica.
Eventualmente, pode ter contribuição da quarta raiz cervical ou segunda raiz torácica. É responsável
pela inervação da pele e dos músculos da cintura escapular e membro superior. Pode ser dividido em
algumas partes (tronco, divisão, fascículo e nervos terminais), que veremos a partir de agora.

O tronco superior é formado pela união dos ramos de C5 e C6, o tronco médio é a continuação do ramo
de C7 e o tronco inferior é formado pela união dos ramos de C8 e T1.
Cada tronco possui uma divisão anterior e uma posterior e se localiza posteriormente no terço médio da
clavícula até a primeira costela.


O fascículo posterior é formado pela união das divisões posteriores dos troncos superior, médio e
inferior. O fascículo lateral é formado pela união das divisões anteriores dos troncos superior e médio. O
fascículo medial é formado pela divisão anterior do tronco inferior. Essas designações dos fascículos em
posterior, medial e lateral referem-se às suas relações anatômicas com a artéria axilar.
Os nervos periféricos originam-se dos diversos segmentos do plexo braquial, e os nervos escapular
dorsal e torácico longo se originam diretamente das raízes.

Nervo peitoral lateral
Nervo musculocutâneo
Nervo subclávio
Nervo supraescapular
Nervo dorsal da escápula
Nervo axilar
Nervo mediano
Nervo ulnar
Nervo cutâneo medial do antebraço
Nervo cutâneo medial do braço
Nervo radial
Nervo subescapular inferior
Nervo toracodorsal
Nervo peitoral medial
Nervo subescapular superior
Nervo torácico longo
C5
C6
C7
C8
T1
Fascículos Divisões Troncos Raízes
Fa
scí
cu
lo
Fas
cíc
ulo
Fasc
ículo
late
ral
pos
teri
or
med
ial
 Plexo Braquial.
1
Do tronco superior, originam-se os nervos supraescapular e subclávio; do fascículo lateral, os nervos
peitorais lateral e musculocutâneo; e do fascículo medial, os nervos peitoral medial e ulnar.
2
A partir dos fascículos medial e lateral, origina-se o nervo mediano; do fascículo posterior, originam-se
os nervos subescapular superior, toracodorsal, subescapular inferior, axilar e radial.
No quadro a seguir, é possível observar os territórios musculares de inervação dos nervos que
compõem o plexo braquial.
NERVO MÚSCULOS INERVADOS
Dorsal da escápula Levantador da escápula e romboide
Torácico longo Serrátil anterior
Supraescapular Supraespinhal e infraespinhal
Subclávio Subclávio
Peitoral lateral Peitoral maior
Musculocutâneo Músculos do compartimento anterior do braço
Peitoral medial Peitoral menor e maior
Ulnar Alguns músculos do antebraço e a maioria da mão
Mediano A maioria dos músculos do antebraço e alguns da mão
Subescapular superior Subescapular
Toracodorsal Latíssimo do dorso
Subescapular inferior Subescapular e redondo maior
Axilar Deltoide e redondo menor
Radial Músculos do compartimento posterior do braço e antebraço
Quadro: Os nervos do plexo braquial e suas inervações. 
Elaborado por Isabela Andrelino de Almeida Shigaki.
TAMBÉM É MUITO IMPORTANTE CONHECERMOS O
TERRITÓRIO DE INERVAÇÃO CUTÂNEA DOS
NERVOS DO PLEXO BRAQUIAL.
 
Imagem: Shutterstock.com
Esse entendimento é fundamental para a prática clínica, pois o profissional consegue, a partir de uma
avaliação minuciosa de força muscular e sensibilidade, por exemplo, identificar o local da lesão nervosa
(raiz, tronco, divisão, fascículo ou ramo terminal) e assim oferecer o melhor tratamento de acordo com o
quadro clínico do indivíduo.
O quadro seguinte aponta as principais dificuldades após a lesão de alguns nervos que se originam do
plexo braquial.
NERVO DIFICULDADE APÓS LESÃO
Musculocutâneo Flexão de ombro e cotovelo
Axilar Abdução de ombro
Radial Extensão de cotovelo, punho e dedos
Mediano Pronação, flexão de punho, desvio radial, flexão dos dedos
Ulnar Flexão do punho e dedos, desvio ulnar, pinça
Quadro: Principais dificuldades após lesão de alguns nervos do plexo braquial. 
Elaborado por Isabela Andrelino de Almeida Shigaki.
Os plexos lombar e sacral podem ser estudados como um só, o plexo lombossacro.
 COMENTÁRIO
O padrão anatômico do plexo lombossacro é mais simples que o plexo braquial, uma vez que os nervos
periféricos dele originados são derivados diretamente das divisões anteriores ou posteriores das raízes dos
nervos espinhais de T12 a S4, não havendo formações de troncos, divisões e fascículos.
O plexo lombar é formado pela união das raízes de L1, L2 e L3, podendo haver contribuições eventuais
de T12 e L4.

O plexo sacral é formado pela união das raízes de L4, L5, S1, S2 e S4, além de parte de S4.
 
Imagem: Shutterstock.com
O plexo lombar e sacral inerva pele e músculos do abdome, órgãos genitais, cintura pélvica e membro
inferior. O maior nervo do plexo lombar é o femoral, que se distribui para os músculos flexores de quadril
e extensores do joelho e para a pele sobre a face medial e anterior da coxa e lado medial da perna e do
pé. Outro nervo importante desse plexo é o obturatório, responsável pela inervação dos músculos
adutores do quadril e da pele sobre a face medial da coxa.
O principal e maior nervo do plexo sacral é o ciático, que inerva a musculatura da região posterior da
coxa, como os isquiotibiais e o piriforme, por exemplo. No trajeto do nervo ciático, na altura da fossa
poplítea, divide-se em nervo fibular comum, responsável pela musculatura da região anterior da perna e
do pé, e em nervo tibial, que inerva a musculatura da região posterior da perna e do pé.
 
Imagem: Shutterstock.com
 Nervo ciático.
No quadro, é possível observar os territórios musculares de inervação dos principais nervos que
compõem o plexo lombossacro.
NERVO MÚSCULOS INERVADOS
Femoral Flexores de quadril e extensores de joelho
Obturatório Adutores de quadril
Glúteo
superior
Glúteo médio, mínimo e tensor da fáscia lata
Glúteo
inferior
Glúteo máximo
Ciático
Isquiotibiais, piriforme, quadrado da coxa, obturatório interno, adutor magno,
gêmeo superior e inferior
Fibular
profundo
Dorsiflexores e extensores dos dedos
Fibular
superficial
Extensor curto do hálux, fibular longo e curto
Tibial Poplíteo, plantar, gastrocnêmio, sóleo, tibial posterior, flexores dos dedos
Plantar
lateral
Quadrado plantar, abdutor do dedo mínimo, flexores dos dedos e adutor do
hálux
Plantar
medial
Abdutor do hálux e flexores dos dedos
Quadro: Os principais nervos do plexo lombossacro e suas inervações. 
Elaborado por Isabela Andrelino de Almeida Shigaki.
ASSIM COMO ESTUDAMOS SOBRE O PLEXO
BRAQUIAL, ALÉM DE CONHECERMOS O
TERRITÓRIO MUSCULAR, TAMBÉM É IMPORTANTE
CONHECERMOS O TERRITÓRIO DE INERVAÇÃO
CUTÂNEA DESSES NERVOS.
 
Imagem: Shutterstock.com
O próximo quadro aponta as principais dificuldades após a lesão de alguns nervos que se originam do
plexo lombossacro.
NERVO DIFICULDADE APÓS LESÃO
Femoral Flexão de quadril e extensão de joelho
Ciático Flexão de joelho
Fibular Dorsiflexão e eversão de tornozelo
Tibial Plantiflexão, inversão de tornozelo
Quadro: Principais dificuldades após lesão de alguns nervos do plexo lombossacro. 
Elaborado por Isabela Andrelino de Almeida Shigaki.
Quando estudamos o Sistema Nervoso Periférico, é importante também compreendermos sobre os
possíveis mecanismos de lesão, além dos principais tipos de lesão. Essas lesões podem ocorrer devido
a mecanismos traumáticos, podendo gerar tração, contusão ou laceração dessas estruturas, além de
quadros compressivos, de toxicidade e decorrente de algum quadro que gere isquemia nervosa.
Existem três tipos de lesões nervosas periféricas:
1
A neuropraxia é uma delas, sendo o tipo de lesão mais leve, pois a estrutura do nervo permanece
intacta e apenas a condução axonal é interrompida, ocorrendo uma perda temporária da função,
portanto apresentando bom prognóstico.
2
O segundo tipo de lesão é conhecido como axonotmese, onde já ocorre a lesãodo axônio, porém ainda
apresenta bom prognóstico, pois as bainhas conectivas permanecem intactas e o endoneuro está
mantido, o que representa um curso anatômico perfeito para o processo de regeneração (DORETTO,
2001).
3
Por fim, o tipo de lesão mais grave é chamado de neurotmese, e ocorre quando o nervo é totalmente
seccionado e, sendo assim, ocorre a lesão tanto do axônio como do endoneuro, fazendo com que a
distância entre esses cotos nervosos seja bastante variável, não favorecendo assim o processo de
regeneração, que fica muito difícil. Portanto, esse tipo de lesão apresenta um prognóstico ruim.
 
Imagem: Shutterstock.com
AVALIAÇÃO DO PACIENTE COM LESÃO
NERVOSA PERIFÉRICA
A especialista Isabela Andrelino de Almeida Shigaki destaca a importância do entendimento teórico do
conteúdo para a realização da avaliação de um paciente pós lesão nesse sistema, exemplificando sobre
os tipos de lesões e quadro clínico:
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. EM RELAÇÃO AO PLEXO BRAQUIAL, ASSINALE A OPÇÃO QUE COMPLETA
CORRETAMENTE AS LACUNAS DA SENTENÇA ABAIXO. 
 
AS RAÍZES DE C8 E T1 FORMAM O __________, E SUA DIVISÃO __________ DÁ
ORIGEM AO FASCÍCULO __________, QUE POR SUA VEZ ORIGINA O NERVO
_________.
A) Tronco inferior, posterior, medial, radial
B) Tronco inferior, anterior, posterior, mediano
C) Tronco médio, anterior, lateral, axilar
D) Tronco inferior, anterior, medial, ulnar
E) Tronco médio, posterior, posterior, axilar
2. DENTRE AS LESÕES DO SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO, AQUELA COM
MELHOR PROGNÓSTICO, EM VIRTUDE DE APRESENTAR MENOR
COMPROMETIMENTO FUNCIONAL E DE CARÁTER TEMPORÁRIO, DENOMINA-
SE:
A) Dispraxia
B) Neurotmese
C) Axonotmese
D) Neuropraxia
E) Apraxia
GABARITO
1. Em relação ao plexo braquial, assinale a opção que completa corretamente as lacunas da
sentença abaixo. 
 
As raízes de C8 e T1 formam o __________, e sua divisão __________ dá origem ao fascículo
__________, que por sua vez origina o nervo _________.
A alternativa "D " está correta.
 
As últimas raízes do plexo braquial constituem o tronco inferior, e sua divisão anterior origina o fascículo
medial que dá origem ao nervo ulnar e peitoral medial. O fascículo posterior se dá a partir das divisões
posteriores dos três troncos e origina os nervos subescapular superior e inferior, toracodorsal, axilar e
radial. Já o fascículo lateral se dá a partir das divisões anteriores dos troncos superior e médio,
originando os nervos peitoral lateral e musculocutâneo.
2. Dentre as lesões do Sistema Nervoso Periférico, aquela com melhor prognóstico, em virtude
de apresentar menor comprometimento funcional e de caráter temporário, denomina-se:
A alternativa "D " está correta.
 
A neuropraxia é o tipo de lesão com melhor prognóstico, pois mantém a estrutura do nervo intacta,
ocorrendo apenas a interrupção do impulso nervoso, seguido da axonotmese, que ainda apresenta bom
prognóstico, pois, embora possa haver lesão em algumas fibras nervosas, o conduto tubular permanece
intacto, favorecendo a regeneração. Já a neurotmese é o tipo mais grave, pois ocorre a secção total da
estrutura nervosa.
MÓDULO 2
 Identificar os nervos encefálicos, suas funções e lesões
ASPECTOS GERAIS
Os nervos encefálicos surgem do encéfalo como 12 pares. Eles são numerados de I a XII (números
romanos) aproximadamente na ordem de cima (rostral) para baixo (caudal).
 ATENÇÃO
Os nervos encefálicos são responsáveis pela inervação aferente e eferente (sensorial, motora e autonômica)
das estruturas da cabeça e do pescoço, como processos de alimentação, fala e expressão facial, além de
contribuírem para inervação das vísceras torácicas e abdominais.
Ao contrário dos nervos espinhais, cujas raízes são fibras neurais da substância cinzenta espinhal, os
nervos encefálicos são compostos de processos neurais associados a núcleos distintos no tronco
encefálico e estruturas corticais.
Enquanto a substância cinzenta espinhal é organizada em um corno sensorial posterior, autônomo e
interneurônio intermediário, e um corno anterior motor.

Os núcleos de nervos encefálicos são funcionalmente organizados em núcleos distintos dentro do tronco
encefálico.
Normalmente, os núcleos mais posteriores e laterais tendem a ser sensoriais; e os mais anteriores,
motores. Os nervos encefálicos I olfatório, II óptico e VIII vestibulococlear são considerados apenas
aferentes (sensoriais). Os nervos encefálicos III oculomotor, IV troclear, VI abducente, XI acessório e XII
hipoglosso são apenas eferentes (motores). Os demais nervos encefálicos, V trigêmeo, VII facial, IX
glossofaríngeo e X vago, são funcionalmente mistos (sensoriais e motores) (MONKHOUSE, 2005).
 
Imagem: Shutterstock.com
Resumo Resumo Resumo
I Olfatório Sensorial
II Óptico Sensorial
III Oculomotor Motor
IV Troclear Motor
V Trigêmeo Sensorial e motor
VI Abducente Motor
VII Facial Sensorial e motor
VIII Vestibulococlear Sensorial
IX Glossofaríngeo Sensorial e motor
X Vago Sensorial e motor
XI Acessório Motor
XII Hipoglosso Motor
Quadro: Funções dos nervos encefálicos. 
Elaborado por Isabela Andrelino de Almeida Shigaki.
Os nervos encefálicos podem ser classificados em grupos funcionais:
Mastigação e sensação facial
Inervação da faringe e laringe, deglutição e fonação
Inervação autonômica, paladar e olfato
Visão e movimentos dos olhos
Audição e equilíbrio
 
Imagem: Shutterstock.com
DANOS AOS NERVOS CRANIANOS, SEUS TRATOS
OU NÚCLEOS RESULTAM EM DISFUNÇÕES
ESTEREOTIPADAS, AS QUAIS SERÃO DISCUTIDAS
COM MAIS DETALHES NA DESCRIÇÃO DOS NERVOS
ENCEFÁLICOS.
NERVOS ENCEFÁLICOS
A maioria dos nervos encefálicos surge do tronco encefálico, com exceção do I olfatório e II óptico, que
estão localizados no telencéfalo e ao diencéfalo, respectivamente.
I NERVO OLFATÓRIO
O nervo olfatório transmite impulsos olfativos do epitélio olfatório do nariz para o cérebro, é um nervo
apenas sensitivo. Apresenta vários feixes nervosos, localizados na região olfatória da fossa nasal,
atravessam a lâmina crivosa do osso etmoide e terminam no bulbo olfatório.
 
Imagem: Shutterstock.com
 SAIBA MAIS
As lesões na cabeça que fraturam a placa cribriforme podem romper os nervos olfatórios, resultando em
anosmia (perda do olfato) pós-traumática. Anosmia pode também ser causada pelo bloqueio das cavidades
nasais, por exemplo, um pólipo nasal.
 
Imagem: Shutterstock.com
II NERVO ÓPTICO
O nervo óptico transmite impulsos visuais da retina para o cérebro, também é um nervo exclusivamente
sensitivo. As suas fibras têm origem na retina, sendo esse nervo constituído por um grosso feixe de
fibras nervosas que emergem próximo ao polo posterior de cada bulbo ocular, penetrando no crânio pelo
canal óptico. Cada nervo óptico une-se com o do lado oposto, formando o quiasma óptico, onde há
cruzamento parcial de suas fibras, as quais continuam no tracto óptico até o corpo geniculado lateral.
 SAIBA MAIS
A secção de um nervo óptico causa amaurose (cegueira) em um dos olhos. A destruição de fibras cruzadas
no quiasma óptico (por exemplo, tumor hipofisário) pode causar amaurose de ambos os olhos.
III NERVO OCULOMOTOR, IV NERVO TROCLEAR E VI
NERVO ABDUCENTE
Os nervos III, IV e VI inervam os músculos extrínsecos dos olhos e são nervos motores, que entram na
órbita por meio da fissura orbital superior e, assim, distribui-se aos músculos extrínsecos do bulbo
ocular.
O nervo oculomotor (III par) possui fibras responsáveis pela inervação pré-ganglionar da musculatura
intrínseca do bulbo ocular, que são: o músculo ciliar, que regula a convergência do cristalino e o músculo
esfíncter da pupila.
 Nervo oculomotor.
O nervo oculomotor inerva os seguintes músculos: elevador da pálpebra superior, reto superior, reto
inferior, reto medial, reto lateral, oblíquo superior e oblíquo inferior.
 Nervos troclear e abducente.
O nervo IV troclear inerva o músculo oblíquo superior. O nervo VI abducente inerva o músculo reto
lateral.
O CONHECIMENTO DOS SINTOMAS QUE RESULTAM
DAS LESÕESDOS NERVOS ABDUCENTE E
OCULOMOTOR, ALÉM DE AJUDAR A ENTENDER
SUAS FUNÇÕES, REVESTE-SE DE GRANDE
IMPORTÂNCIA CLÍNICA.
A lesão do nervo oculomotor leva à ptose (paralisia parcial do músculo elevador da pálpebra superior),
ao estrabismo lateral (ação sem oposição do oblíquo superior e reto lateral), à dilatação pupilar
(atividade simpática sem oposição), à perda de acomodação e reflexos à luz.
 
Imagem: Shutterstock.com
V NERVO TRIGÊMEO
O nervo trigêmeo é constituído por três ramos: nervo oftálmico, nervo maxilar e nervo mandibular, que
são responsáveis pela sensibilidade somática geral de grande parte da cabeça.
 
Imagem: Shutterstock.com
 Nervo trigêmeo (V).
É considerado um nervo misto, pois possui uma raiz sensitiva e outra motora, sendo o componente
sensitivo consideravelmente maior, através de fibras que conduzem impulsos exteroceptivos e
proprioceptivos.
IMPULSOS EXTEROCEPTIVOS
Os impulsos exteroceptivos (temperatura, dor, pressão e tato) estão localizados na pele da face e da
fronte, na conjuntiva ocular, na parte ectodérmica da mucosa da cavidade bucal, no nariz e nos seios
paranasais, nos dentes, nos 2/3 anteriores da língua e na maior parte da dura-máter craniana.
IMPULSOS PROPRIOCEPTIVOS
Os impulsos proprioceptivos estão em receptores localizados nos músculos da mastigação e na
articulação temporomandibular. O nervo mandibular tem a função motora do nervo trigêmeo, inervando
os seguintes músculos mastigadores: temporal, masseter, pterigoide lateral, pterigoide medial, milo-
hióideo e o ventre anterior do músculo digástrico.
 SAIBA MAIS
A nevralgia do nervo trigêmeo é a disfunção mais comum do V par encefálico, é caracterizado por crises
dolorosas muito intensas no território de um dos ramos do nervo. São quadros clínicos que causam grande
sofrimento ao paciente, e o tratamento em muitos casos é cirúrgico.
VII NERVO FACIAL
O nervo facial emerge do sulco bulbo-pontino através de uma raiz motora, o nervo facial, e uma raiz
sensitiva e visceral, chamada de nervo intermédio.
A raiz motora inerva os músculos mímicos da face, o músculo estilo-hióideo e o ventre posterior do
músculo digástrico.
O nervo intermédio possui fibras eferentes viscerais gerais que são responsáveis pela inervação pré-
ganglionar das glândulas lacrimal, submandibular e sublingual.
 
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Já as fibras aferentes viscerais especiais recebem impulsos gustativos originados nos 2/3 anteriores da
língua.
As lesões do nervo facial causam paralisia facial, sendo comuns e de grande relevância. A lesão do
neurônio motor inferior do nervo facial é denominada de paralisia facial periférica e tem sintomas
diferentes das paralisias faciais centrais ou supranucleares por lesão do neurônio motor superior.
A paralisia periférica é homolateral (ocorrem do mesmo lado da lesão) e acomete toda hemiface
(paralisia total da metade dos músculos da face).

No entanto, a paralisia central é contralateral (ocorre do lado oposto ao da lesão), manifesta-se apenas
nos músculos da metade inferior da face, poupando os músculos da metade superior, como o orbicular
do olho.
Esse fato é explicado porque as fibras córtico-nucleares, que vão para os neurônios motores do núcleo
do nervo facial que inervam os músculos da metade superior da face, serem homo e heterolaterais, ou
seja, terminam no núcleo do seu próprio lado e no do lado oposto. De modo diferente, as fibras que
controlam os neurônios motores que inervam a metade inferior da face são todas heterolaterais, o que
gera alterações motoras nos músculos da mímica facial da metade inferior da face do lado oposto;
porém, na metade superior, os movimentos são mantidos pelas fibras homolaterais que permanecem
intactas.
VIII NERVO VESTÍBULO-COCLEAR
O nervo vestíbulo-coclear é somente sensitivo, sendo composto pela parte vestibular, formada por fibras
que se originam dos neurônios sensitivos do gânglio vestibular, que conduzem impulsos nervosos
relacionados com o equilíbrio, e pela parte coclear, constituída de fibras que se originam nos neurônios
sensitivos do gânglio espiral e que conduzem impulsos nervosos relacionados com a audição.
 
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 SAIBA MAIS
As lesões do par VIII podem causar perda da audição, no caso da parte coclear. Os sintomas causados pela
lesão da parte vestibular são vertigem, alterações do equilíbrio. Outro sintoma frequente é um movimento
oscilatório dos olhos chamado de nistagmo.
IX NERVO GLOSSOFARÍNGEO
Esse nervo é classificado como misto e emerge do sulco lateral posterior do bulbo.
Na saída do crânio, apresenta trajeto descendente, ramificando-se na raiz da língua e da faringe.

Suas fibras eferentes parassimpáticas do Sistema Nervoso Autônomo terminam no gânglio ótico,
assunto que veremos no próximo módulo.

A partir desse gânglio, originam-se as fibras nervosas do nervo auriculotemporal que vão levar os
impulsos para a glândula parótida.
Já as fibras aferentes são responsáveis pela sensibilidade do terço posterior da língua, da faringe, da
úvula, da tonsila, da tuba auditiva, além do seio carotídeo.
 
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 SAIBA MAIS
Das lesões do nervo glossofaríngeo, a nevralgia tem maior destaque, sendo caracterizada por crises
dolorosas semelhantes às que foram descritas para o nervo trigêmeo. A nevralgia se manifesta na faringe e
no 1/3 posterior da língua, podendo irradiar para o ouvido.
X NERVO VAGO
O maior dos nervos encefálicos é o nervo vago, que tem função mista e exclusivamente visceral.
Origina-se no sulco lateral posterior do bulbo, como filamentos radiculares que juntos formam o nervo
vago, que por sua vez emerge do crânio pelo forame jugular, percorrendo a extensão do pescoço e o
tórax, terminando no abdome.
 
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 Nervo Vago (X)
O nervo vago é responsável pela inervação da laringe e da faringe e faz parte da formação dos plexos
viscerais que compõem a inervação autônoma das vísceras torácicas e abdominais.
 ATENÇÃO
O nervo motor mais importante da laringe é o nervo laríngeo, originado a partir do nervo vago, os quais suas
fibras são em grande parte originadas no ramo interno do nervo acessório.
O nervo vago possui dois gânglios sensitivos (gânglio superior e inferior), e entre os quais reúne-se o
ramo interno do nervo acessório, que estudaremos a seguir.
Suas fibras aferentes viscerais gerais conduzem impulsos provenientes da faringe, laringe, traqueia,
do esôfago, das vísceras do tórax e do abdome.

Já as fibras eferentes viscerais gerais são responsáveis pela inervação parassimpática das vísceras
torácicas e abdominais.
XI NERVO ACESSÓRIO
Esse nervo apresenta duas raízes, uma chamada de raiz encefálica e outra de raiz espinhal.
RAIZ ESPINHAL
É formada por filamentos radiculares que emergem lateralmente dos cinco ou seis primeiros segmentos
cervicais da medula espinhal, que juntos formam um tronco comum que entra no crânio por meio do
forame magno. Esse tronco é formado por filamentos da raiz encefálica que emergem a partir do sulco
lateral posterior do bulbo.
O tronco comum atravessa o forame jugular juntamente com os nervos glossofaríngeo e vago, e se
divide em um ramo interno e externo.
RAMO INTERNO
Possui as fibras da raiz craniana, une-se ao nervo vago e se distribui com ele.
RAMO EXTERNO
Possui as fibras da raiz espinhal e inerva os músculos trapézio e esternocleidomastóideo.
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 ATENÇÃO
Funcionalmente, as fibras oriundas da raiz craniana que se unem ao vago, as fibras eferentes viscerais
especiais, inervam os músculos da laringe através do nervo laríngeo. Já as fibras eferentes viscerais gerais
inervam vísceras torácicas juntamente com fibras vagais.
XII NERVO HIPOGLOSSO
O nervo hipoglosso é puramente motor, emerge do sulco lateral anterior do bulbo sob a forma de
filamentos radiculares que se unem para formar o tronco do nervo, que emerge do crânio por meio do
canal dohipoglosso, e então se distribui para os músculos da língua (intrínsecos e extrínsecos).
 
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AS FIBRAS DO HIPOGLOSSO SÃO CONSIDERADAS
EFERENTES SOMÁTICAS.
 SAIBA MAIS
Na lesão do nervo hipoglosso, ocorre a paralisia dos músculos de uma das metades da língua. Dessa
maneira, quando o paciente faz a protrusão da língua, ela se desvia para o lado da lesão, por ação da
musculatura do lado normal, não contrabalançada pelos músculos da metade paralisada.
PARALISIA FACIAL PERIFÉRICA
A especialista Isabela Andrelino de Almeida Shigaki apresenta a etiologia, quadro clínico e principais
estratégias de tratamento de um paciente que tenha paralisia facial do tipo periférica, contextualizando
com o que foi discutido no subtópico do VII par encefálico:
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. DENTRE AS DIVERSAS FUNÇÕES DE UM OU MAIS DOS 12 PARES DE
NERVOS ENCEFÁLICOS, PODEMOS CITAR AQUELAS QUE SE ENCONTRAM
NAS OPÇÕES A SEGUIR, EXCETO:
A) Transmitir informações sensoriais especiais relacionadas com sensações visuais, auditivas,
vestibulares, gustativas, olfativas e viscerais.
B) Transmitir informações somatossensoriais da pele e dos músculos da face e da articulação
temporomandibular.
C) Suprir a inervação motora voluntária dos músculos do esqueleto apendicular e transmitir informações
somatossensoriais do tronco, membros superiores e inferiores.
D) Suprir a inervação motora dos músculos da face, dos olhos, da língua, do maxilar e dos músculos
cervicais.
E) Proporcionar a regulação parassimpática do tamanho da pupila, da curvatura do cristalino do olho, da
frequência cardíaca, da pressão arterial, da respiração e da digestão.
2. EM RELAÇÃO À PARALISIA FACIAL PERIFÉRICA, ASSINALE A OPÇÃO
CORRETA:
A) A paralisia dos músculos acomete o quadrante inferior da hemiface contralateral à lesão.
B) É definida como um quadro progressivo de perda de motricidade da face, com lesão acima do núcleo
do nervo facial.
C) Pode ser acompanhada de dificuldade na mímica facial da hemiface homolateral à lesão.
D) Está relacionada a alterações de sensibilidade em toda hemiface homolateral à lesão.
E) Nesse tipo de lesão, os músculos mastigatórios podem ser comprometidos.
GABARITO
1. Dentre as diversas funções de um ou mais dos 12 pares de nervos encefálicos, podemos citar
aquelas que se encontram nas opções a seguir, EXCETO:
A alternativa "C " está correta.
 
Os nervos encefálicos estão relacionados à inervação motora e sensitiva das estruturas da cabeça e
pescoço, não apresentando relação com a transmissão de informações somatossensoriais do tronco e
membros.
2. Em relação à paralisia facial periférica, assinale a opção correta:
A alternativa "C " está correta.
 
Na paralisia facial periférica, há o comprometimento de toda a musculatura da hemiface homolateral à
lesão, e ocorre quando a lesão é no núcleo do nervo ou abaixo do núcleo. Além disso, não ocorre
alteração sensitiva da face e comprometimento dos músculos mastigatórios (função do V par de nervo
encefálico).
MÓDULO 3
 Reconhecer as funções do Sistema Nervoso Autônomo
CONCEITOS GERAIS SOBRE O SISTEMA
NERVOSO AUTÔNOMO
Conforme já estudado em outro tema, o sistema nervoso pode ser dividido em somático e visceral.
 
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O Sistema Nervoso Somático é conhecido como o sistema nervoso da vida de relação, que faz com que
nosso organismo se relacione com o meio ambiente em que está inserido.
PODEMOS DETERMINAR UMA “COMPARAÇÃO”
DESSES DOIS SISTEMAS.
 RESUMINDO
Conforme já visto, as projeções do Sistema Nervoso Somático, ou seja, sua parte eferente, partem de
estruturas superiores e levam informações motoras para os músculos esqueléticos, e sua porção aferente
conduz aos centros superiores impulsos originados nos receptores periféricos, levando informações
somestésicas.
Do mesmo modo, o Sistema Nervoso Visceral relaciona-se com a inervação das estruturas viscerais e
apresenta uma parte aferente e outra eferente.
O componente aferente conduz os impulsos nervosos originados nos receptores viscerais
(visceroceptores) a áreas específicas do Sistema Nervoso Central..

Já a porção eferente leva impulsos até as estruturas viscerais, terminando nas glândulas, na
musculatura lisa ou cardíaca.
Essa última é a porção do Sistema Nervoso Visceral denominada Sistema Nervoso Autônomo (SNA),
que, por sua vez, divide-se em simpático e parassimpático, que estudaremos no decorrer deste
módulo.
 
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Enquanto a via periférica do Sistema Nervoso Somático é constituída por apenas um neurônio, a do
Sistema Nervoso Autônomo é formada por dois neurônios, essa é uma diferença importante entre os
dois sistemas. O primeiro neurônio possui seu corpo celular situado no Sistema Nervoso Central e o
segundo neurônio tem seu corpo situado fora. Já os corpos celulares do segundo neurônio constituem
os gânglios, conhecidos como gânglios autônomos.
 
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Sobre o Sistema Nervoso Autônomo, o primeiro neurônio é designado como pré-ganglionar, e o
segundo como pós-ganglionar, sendo esses elementos fundamentais da organização periférica desse
sistema. Podemos dizer, portanto, que esse sistema possui uma porção central e uma porção periférica,
assim como o Sistema Nervoso Somático.
NEURÔNIOS PRÉ-GANGLIONARES
Os corpos dos neurônios pré-ganglionares localizam-se na medula e no tronco encefálico onde se
agrupam, formando os núcleos de origem de alguns nervos encefálicos, como o nervo vago, que vimos
no módulo anterior. Sua localização na medula é entre o primeiro e décimo segundo segmento torácico,
nos dois primeiros segmentos lombares e no segundo, terceiro e quarto segmento da medula sacral.
NEURÔNIOS PÓS-GANGLIONARES
Já os corpos dos neurônios pós-ganglionares estão situados nos gânglios do Sistema Nervoso
Autônomo, que terminam nas vísceras em contato com glândulas, músculos liso ou cardíaco.
Vale a pena compreendermos que existem áreas no telencéfalo e no diencéfalo que regulam as funções
viscerais, como o hipotálamo e o sistema límbico. Essas áreas estão ligadas a certos tipos de
comportamento, principalmente, o emocional, e os impulsos nervosos terminam fazendo sinapse com os
neurônios pré-ganglionares do tronco encefálico e da medula, sendo esse o mecanismo pelo qual o
Sistema Nervoso Central influencia o funcionamento das vísceras. Essa informação facilita a
compreensão das alterações do funcionamento visceral, que, frequentemente, acompanham os graves
distúrbios emocionais.
DIVISÕES DO SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO
Conforme mencionado anteriormente, o SNA compreende duas divisões, simpático e parassimpático,
que se diferenciam anatômica, funcional e quimicamente em relação aos neurotransmissores liberados.
1
As diferenças anatômicas são ligadas à origem e à localização do neurônio pré-ganglionar e pós-
ganglionar, conforme descrito no final do tópico anterior.
2
Em relação às diferenças funcionais, podemos destacar que o tecido muscular liso e glandular de
qualquer víscera recebe inervação de ambos os sistemas, porém, com respostas opostas. Em outras
palavras, quando um dos sistemas atua como ativador, o outro sistema atua como inibidor, conforme
será exemplificado mais adiante.
 ATENÇÃO
É importante destacar que os dois sistemas, embora na maioria das situações apresentem ações
antagônicas, atuam de maneira harmônica na coordenação da atividade visceral, adequando o
funcionamento de cada órgão às diversas situações.
Ainda sobre as diferenças, as ações do sistema parassimpático (gânglios situados próximos das
vísceras) são localizadas em um órgão ou setor do organismo, e as ações do sistema simpático
(gânglios situados longe das vísceras), embora possam ser também localizadas, tendem a ser
difundidas, atingindo vários órgãos.
O quadro a seguir apresenta as principais funções do SNA simpático e parassimpático em alguns
órgãos.
Órgão Simpático Parassimpático
Glândula lacrimal Vasoconstrição Grande secreção
Glândula salivarVasoconstrição Vasodilatação
Coração Taquicardia Bradicardia
Brônquios Dilatação Constrição
Tubo digestivo
Diminuição do
peristaltismo
Aumento do peristaltismo
Bexiga Pouca ação
Contração da parede, promovendo o
esvaziamento
Glândula suprarrenal
Secreção de
adrenalina
Nenhuma ação
Vasos sanguíneos das
extremidades
Vasoconstrição Nenhuma ação
Quadro: Principais funções do SNA simpático e parassimpático. 
Elaborado por Isabela Andrelino de Almeida Shigaki.
O SISTEMA SIMPÁTICO
Antes do estudo do sistema simpático, vale lembrarmos alguns pontos importantes sobre a musculatura
cardíaca, que se difere do músculo esquelético e do músculo liso.
O coração possui um grupo de células conhecido como “células musculares especiais”, que são dotadas
de uma autoprodução dos potenciais de ação. Devido a isso, a contração cardíaca se dá
independentemente do SNA, que atua de maneira reguladora do ritmo cardíaco, adaptando-o às
situações que ocorrem.
 
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Conforme já vimos, o neurônio pré-ganglionar localiza-se na medula torácica e nos segmentos
lombares. A partir de um corte transversal da medula torácica, é possível observar a presença da coluna
cinzenta lateral, conhecida como coluna intermediolateral. Os axônios dessas células deixam a medula
por meio da raiz anterior e alcançam o gânglio simpático.
 
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O tronco simpático é uma estrutura formada pelos gânglios vertebrais, situados ao lado da coluna
vertebral, acompanhando toda sua extensão. Esses gânglios frequentemente fundem-se com os outros
e, por isso, não há um número exato. Podemos estabelecer que há:
UM GÂNGLIO CERVICAL GRANDE
Conhecido como gânglio cervical superior, localizado nas primeiras vértebras cervicais.
UM GÂNGLIO CERVICAL INFERIOR
Funde-se com o gânglio torácico, constituindo o gânglio estrelado.
TAMBÉM HÁ DEZ GÂNGLIOS TORÁCICOS, QUATRO
LOMBARES E UM COCCÍGEO.
Os gânglios pré-vertebrais localizam-se em uma posição anterior em relação à coluna vertebral e
compreendem os seguintes gânglios:
Celíacos direito e esquerdo
Aórtico-renais direito e esquerdo
Mesentérico superior e mesentérico inferior
As fibras pré-ganglionares simpáticas alcançam os gânglios vertebrais através dos ramos comunicantes
brancos, que estabelecem conexão com os corpos celulares dos neurônios pós-ganglionares.
 ATENÇÃO
Vale chamar a atenção que todos os nervos espinhais possuem fibras simpáticas pós-ganglionares, que é a
forma pela qual o sistema simpático atinge alguns de seus alvos, como os vasos cutâneos, as glândulas
sudoríparas e os músculos eretores dos pelos.
DEVIDO À SUA IMPORTÂNCIA PRÁTICA, A
INERVAÇÃO SIMPÁTICA DA PUPILA MERECE
DESTAQUE!
As fibras pré-ganglionares originam-se nos neurônios situados na coluna lateral da medula torácica, que
saem pelas raízes ventrais e ganham os nervos espinhais correspondentes e passam ao tronco
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simpático por meio dos ramos comunicantes brancos.

Sobem, portanto, no tronco simpático e terminam estabelecendo sinapse com os neurônios pós-
ganglionares do gânglio cervical superior, que penetram no crânio com a artéria carótida interna e
através dos nervos ciliares curtos ganham o bulbo ocular, onde terminam formando um rico plexo no
músculo dilatador da pupila.
 
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 Acomodação visual.
 SAIBA MAIS
O alvo das fibras pós-ganglionares são o tecido muscular liso, cardíaco ou o tecido glandular, que assumem
seu trajeto através do nervo espinhal ou de um nervo independente, como os nervos cardíacos oriundos dos
gânglios cervicais, ou ainda podem se alocar a uma artéria, ficando superpostos à sua parede.
O SISTEMA PARASSIMPÁTICO
Conforme já mencionado, em relação ao SNA parassimpático, os corpos celulares do neurônio pré-
ganglionar encontram-se no tronco cerebral e nos segmentos medulares sacrais (S2, S3 e S4), sendo,
então, o motivo para o sistema parassimpático ser também chamado de sistema craniossacral e o
sistema simpático de toracolombar.
VAMOS ESTUDAR DE MANEIRA SEPARADA OS
NEURÔNIOS PRÉ E PÓS-GANGLIONARES, DE
ACORDO COM AS SUAS LOCALIZAÇÕES NO
TRONCO CEREBRAL E NA MEDULA ESPINHAL.
A porção craniana do sistema parassimpático, ou seja, localizada no tronco encefálico, apresenta
relação com alguns nervos encefálicos, estudados no módulo anterior.
Nos núcleos, localizam-se os corpos dos neurônios pré-ganglionares, cujas fibras atingem os gânglios
através dos pares de nervos encefálicos III (trigêmeo), VII (facial), IX (glossofaríngeo) e X (vago).

A partir dos gânglios, saem as fibras pós-ganglionares para as glândulas, músculo liso e cardíaco.
 EXEMPLO
1. A nível do mesencéfalo, no núcleo Edinger-Westphal, os neurônios pré-ganglionares alcançam o gânglio
ciliar e os pós-ganglionares, através dos nervos ciliares curtos que inervam o músculo esfíncter da pupila e o
músculo ciliar.
2. Já na ponte, situam-se os núcleos salivatório cranial e o núcleo lacrimal. As fibras pré-ganglionares do
salivatório atingem o gânglio submandibular; as pós-ganglionares atingem as glândulas salivares
submandibular e sublingual; as pré-ganglionares do núcleo lacrimal se destinam ao gânglio pterigopalatino; e
as pós-ganglionares dirigem-se à glândula lacrimal.
Para encerrar a porção craniana do sistema parassimpático, no bulbo situa-se o núcleo salivatório
caudal, onde as fibras pré-ganglionares atingem o gânglio ótico e as pós-ganglionares, a glândula
parótida. Também está situado o núcleo motor dorsal do vago, bastante conhecido, cujas fibras pré-
ganglionares compõem o maior contingente do nervo vago, e de todo sistema parassimpático,
estabelecendo sinapses com vários gânglios, ou em células nervosas localizadas em plexos na parede
de muitos órgãos. As pós-ganglionares, por sua vez, estão distribuídas por todos os órgãos torácicos e
na maioria dos abdominais.
Porção craniana do sistema parassimpático
Local do neurônio
pré-ganglionar
Fibra pré-
ganglionar
Local do neurônio pós-
ganglionar
Estrutura inervada
Núcleo Edinger-
Westphal
III par
encefálico
Gânglio ciliar
Músculos esfíncter da
pupila e ciliar
Núcleo salivatório
cranial
VII par
encefálico
Gânglio submandibular
Glândulas
submandibular e
sublingual
Núcleo salivatório
caudal
IX par
encefálico
Gânglio ótico Glândula parótida
Núcleo lacrimal
VII par
encefálico
Gânglio pterigopalatino Glândula lacrimal
Núcleo motor dorsal
do vago
X par
encefálico
Gânglios das vísceras
do tórax e abdome
Vísceras torácicas e
abdominais
Quadro: Porção craniana do sistema parassimpático. 
Elaborado por Isabela Andrelino de Almeida Shigaki
Por fim, vamos entender de maneira sucinta a porção sacral do sistema parassimpático, no qual os
corpos celulares dos neurônios pré-ganglionares localizam-se nos segmentos medulares sacrais, e
deixam a medula por meio das raízes ventrais, constituindo os nervos pélvicos, que estabelecem
sinapses com as células ganglionares localizadas na parede do cólon descendente, cólon sigmoide,
bexiga e genitais.
 
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 COMENTÁRIO
Este módulo é de grande importância clínica, tendo em vista que muitos pacientes apresentam quadros que
são característicos de reações psicossomáticas, destituídos de causas orgânicas, decorrentes de ações
nesse sistema. Portanto, a sua compreensão, embora seja complexa, é bastante relevante para a atuação do
profissional.
DIFERENÇAS ENTRE SNA SIMPÁTICO E
PARASSIMPÁTICO
A especialista Isabela Andrelino de Almeida Shigaki destaca as principais diferenças entre o sistema
simpático e o parassimpático, com exemplos voltados às funções opostas dessas duas divisões:
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. ASSIM COMO O SISTEMA NERVOSO SOMÁTICO, O SISTEMA NERVOSO
VISCERAL TAMBÉM APRESENTA COMPONENTES AFERENTES E EFERENTES.
ACERCA DESSE TEMA, ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA:
A) A porção conhecida como Sistema Nervoso Autônomo representa o componente aferente do Sistema
Nervoso Visceral.
B) Os visceroceptores correspondemà porção eferente do Sistema Nervoso Visceral.
C) A porção eferente do Sistema Nervoso Visceral leva impulso para glândulas, musculatura lisa e
cardíaca.
D) A porção simpática do Sistema Nervoso Autônomo representa a porção aferente desse sistema.
E) A porção parassimpática do Sistema Nervoso Autônomo representa a porção aferente desse sistema.
2. SABE-SE QUE O SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO APRESENTA UMA
PORÇÃO CONHECIDA COMO SISTEMA SIMPÁTICO. DE ACORDO COM SUA
LOCALIZAÇÃO E ESTRUTURAS, ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA.
A) Sua localização está no tronco encefálico e nos segmentos sacrais da medula espinhal.
B) Apresenta apenas os neurônios pré-ganglionares, localizados na medula sacral, e os neurônios pós-
ganglionares compõem o sistema parassimpático.
C) O tronco simpático é formado pelos gânglios vertebrais, e o maior deles é o gânglio cervical superior.
D) Apenas alguns nervos espinhais possuem fibras simpáticas pós-ganglionares, que é a forma pela
qual o sistema simpático atinge alguns de seus alvos, como o músculo esquelético.
E) A inervação simpática da pupila estabelece sinapse com os neurônios pós-ganglionares e atua
realizando a contração da pupila, conhecida como miose.
GABARITO
1. Assim como o Sistema Nervoso Somático, o Sistema Nervoso Visceral também apresenta
componentes aferentes e eferentes. Acerca desse tema, assinale a alternativa correta:
A alternativa "C " está correta.
 
O componente aferente conduz os impulsos nervosos originados nos receptores viscerais
(visceroceptores) a áreas específicas do Sistema Nervoso Central. Já a porção eferente leva impulsos
até as estruturas viscerais, terminando nas glândulas, musculatura lisa ou cardíaca. A porção eferente
do Sistema Nervoso Visceral é denominada de Sistema Nervoso Autônomo (SNA), que, por sua
vez, divide-se em simpático e parassimpático.
2. Sabe-se que o Sistema Nervoso Autônomo apresenta uma porção conhecida como sistema
simpático. De acordo com sua localização e estruturas, assinale a alternativa correta.
A alternativa "C " está correta.
 
A localização do sistema simpático é no segmento medular torácico, apresentando neurônios, tanto pré
como pós-ganglionares, além de estarem dispostos em todos os nervos espinhais. A inervação da pupila
apresenta como resposta a sua dilatação, chamada de midríase.
CONCLUSÃO
FINALIZAMOS MAIS UMA AULA DE ESTUDO MUITO
IMPORTANTE PARA SUA VIDA PROFISSIONAL.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Você conheceu quais as estruturas que fazem parte do Sistema Nervoso Periférico e compreendeu
principalmente sobre como ocorre a relação com as estruturas centrais e seus locais de ligação, como
as ligações entre os nervos espinhais por meio das raízes nervosas, e entre os nervos encefálicos, o
telencéfalo e o tronco encefálico.
Você também aprendeu sobre os tipos de lesão que podem ocorrer nesse sistema, o seu prognóstico e
o quadro clínico que o paciente pode apresentar se acometido por esses nervos (espinhais e
encefálicos).
Terminamos nosso conteúdo conhecendo nosso Sistema Nervoso Neurovegetativo, o famoso Sistema
Nervoso Autônomo, que controla de modo involuntário nossas funções orgânicas, como o controle da
nossa musculatura lisa, cardíaca e nossas glândulas. Por fim, entendemos as diferenças entre a porção
simpática e parassimpática desse sistema.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
DORETTO, D. Fisiopatologia clínica do sistema nervoso: fundamentos semiologia. 3 ed. São Paulo:
Atheneu, 2001.
MACHADO, A. B. M. Neuroanatomia funcional. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 1993.
MONKHOUSE, S. Cranial nerves functional anatomy. Paperback, 2005.
EXPLORE+
A neurobiologia das emoções é uma área muito estudada na neurociência e apresenta relação com o
nosso controle vegetativo. Por exemplo, quando estamos apaixonados, podemos sentir o famoso “frio na
barriga”, ou até mesmo perdermos a fome, não é mesmo? Isso tudo ocorre devido à relação entre
nossos sentimentos e o Sistema Nervoso Autônomo. Para saber mais a respeito dessas ligações,
recomendamos a revisão de literatura Neurobiologia das emoções, de Esperidião-Antonio, V. et al,
publicado em 2008 na Revista de Psiquiatria Clínica.
CONTEUDISTA
Isabela Andrelino de Almeida Shigaki
 CURRÍCULO LATTES
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