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Unidade I

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Planejamento Tributário
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Me. Jose Carlos Pereira Almeida
Revisão Técnica:
Prof.ª Me. Graziela de Faria Santos Soares
Revisão Textual:
Prof.ª Me. Rosemary Toffoli
Noções Preliminares I
• Sistema Tributário Brasileiro;
• Fontes do Direito;
• Tributos;
• Planejamento Tributário;
• Tipos de Planejamento;
• Limites do Planejamento Tributário.
• Desenvolver os principais conceitos sobre o Sistema Tributário Nacional e seus Princípios 
Tributários Constitucionais. Abordaremos também, sobre os tributos brasileiros e suas 
divisões e após essa introdução, iniciaremos o conceito de planejamento tributário.
OBJETIVOS DE APRENDIZADO
Noções Preliminares I
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos 
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua 
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o 
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de 
aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e de se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Noções Preliminares I
Contextualização
A utilização do planejamento tributário como ferramenta da gestão tributária 
eficaz e eficiente
Autor: Leonardo José Ricardo
Graduado em Ciências Contábeis pela PUC Minas e estudante de Direito. Contador e 
consultor de empresas, com experiência em auditoria, consultoria e contabilidade geral.
Por planejamento tributário entende-se a escolha da melhor alternativa de tributação 
para a empresa, com vistas a minimizar o impacto dos tributos sobre sua situação finan-
ceira, econômica e patrimonial. Importante ressaltar que o planejamento tributário não 
se limita a optar por esta ou aquela opção de tributação existente na legislação tributá-
ria, e sim em elaborar estudos e estratégias, de forma legal, que proporcionem menor 
desembolso com o gasto tributário.
Não há dúvida que o Brasil tem uma das cargas tributárias mais altas do mundo. Tanto 
é que ocupa a terceira posição dos países com carga tributária elevada, ficando atrás só 
de países como a Suécia e a Alemanha, conforme estudo elaborado pelo IBPT (Instituto 
Brasileiro de Planejamento Tributário). A diferença é que nos países com carga tributária 
equivalentes à do Brasil, os contribuintes têm retorno do gasto com o desembolso tribu-
tário, enquanto por aqui há dúvidas em relação à administração dos tributos arrecada-
dos. Um dos maiores consumidores de tributos em nosso país é a corrupção.
Diante dessa situação, uma alternativa importante inclusive para a sobrevivência das 
empresas e garantia da competitividade num mercado cada vez mais globalizado, é a uti-
lização do planejamento tributário como ferramenta de gestão estratégica empresarial. 
Entretanto, quando se fala em planejamento tributário, nos deparamos com um universo 
de normas e conceitos de várias naturezas, de modo que fica confuso ao contribuinte 
optar por esta ou aquela forma de tributação. É neste ponto que entra o papel do pro-
fissional contábil, orientando-o a escolher legalmente a opção que for menos onerosa à 
sua capacidade contributiva.
Planejamento tributário é sem dúvida uma prática lícita. Tanto é que a distinção entre 
planejamento tributário e sonegação consiste em que este reside na legalidade, enquanto 
aquela reside na ilicitude. Por licitude do planejamento tributário entende-se a existência 
de previsão legal para fazê-lo. E tal previsão está contida na própria Constituição Fe-
deral no artigo 5.º, inciso II que diz: “[...] ninguém é obrigado a fazer ou deixar de fazer 
alguma coisa senão em virtude de lei”. Todo contribuinte tem o direito de organizar sua 
vida, de modo que o imposto incidente de acordo com previsões legais seja menor do 
que seria de outra forma, ou seja, se não planejasse seus negócios.
O primeiro ponto a ser observado na elaboração do planejamento tributário é a ocor-
rência do fato gerador da obrigação tributária. Para ser considerado legítimo, todo ato 
de planejamento tributário deve ser praticado antes do fato gerador, caracterizando as-
sim elisão fiscal no intuito de reduzir a carga tributária, caso contrário temos um ato de 
evasão fiscal, ou seja, um ato ilícito que tem como único objetivo a sonegação tributária 
mediante práticas alheias à legislação.
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Uma importante estratégia de planejamento tributário a nível federal é a comparação 
entre os regimes de tributação do IRPJ e da CSLL, quais sejam o Lucro Real, Lucro 
Presumido, Lucro Arbitrado e SIMPLES (este último destinado a Microempresas e Em-
presas de Pequeno Porte). O Lucro Arbitrado não é considerado uma alternativa de 
planejamento tributário e ocorre quando não se conhece a receita bruta do contribuinte 
ou que tenha escrituração contábil considerada imprestável. Pelas modalidades do Lucro 
Presumido e Lucro Real é possível elaborar estudos comparativos, como por exemplo, 
comparar a margem de lucro com o percentual aplicável sobre a receita bruta do lucro 
presumido. Se a lucratividade for superior ao percentual aplicável, é conveniente ofere-
cer esse montante à tributação.
Outra importante observação a ser feita no momento da opção pelo lucro real ou pre-
sumido é a vinculação com o sistema de tributação do PIS/COFINS. A diferença é que 
pelo presumido o sistema é cumulativo, ou seja, aplica-se a alíquota estabelecida direta-
mente ao faturamento, enquanto pelo lucro real o sistema é não-cumulativo, a alíquota 
é superior e aproveita-se créditos na mesma proporção conforme determina a legislação 
do PIS/COFINS.
Em tempos de Economia globalizada, com mercados cada vez mais competitivos e com 
grupos econômicos cada vez mais reduzidos, outra forma de planejamento tributário é a 
reorganização societária como instrumento de planejamento tributário.
As opções previstas na atual legislação brasileira são a fusão, a cisão, a incorporação e a 
transformação. Porém é importante destacar que qualquer reorganização deve ser feita 
de forma legal, ou seja, não poderá ocorrer a simulação. Ainda prevalece o mecanismo 
da elisão fiscal para casos de reorganização societária, o que se não for observado, dei-
xará de ser legal, caracterizando então sonegação e evasão fiscal.
Diante de qualquer forma de reorganização societária é importante que se faça uma 
análise dos impactos tributários antes e após a concretização da operação. Tal análise 
deve contemplar os reflexos fiscais não só do ponto de vista da empresa, como também 
dos sócios ou acionistas e abranger o Imposto de Renda, a ContribuiçãoSocial e demais 
tributos tais como IPI, ICMS, ISS, etc., e encargos relacionados ao quadro de funcioná-
rios bem como legislação previdenciária e trabalhista.
* adaptado de minha monografia apresentada para conclusão do curso de Ciências Con-
tábeis do Instituto de Ciências Econômicas e Gerenciais da PUC Minas.
Disponível: http://www.classecontabil.com.br/artigos/ver/1455
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UNIDADE Noções Preliminares I
Sistema Tributário Brasileiro
Um sistema tributário ideal é aquele que prima por eficiência, simplicidade, 
flexibilidade, transparência e equidade (BARBOSA e BARBOSA, 2004), onde:
Características Conceito
Eficiência Quando a receita arrecadada é alocada corretamente.
Simplicidade Toda a sistemática envolvida (cálculo, cobrança e fiscalização) deve ser simples e o valor arrecadado deve ser superior ao gasto com essa rotina.
Flexibilidade O sistema tributário deve evoluir com as mudanças nas condições econômicas, de forma rápida e simples.
Transparência Conhecimento de quanto está se pagando e onde está sendo aplicado o recurso arrecadado.
Equidade Contribuir com uma quantia “justa”.
Fonte: Barbosa e Barbosa, 2004
Infelizmente, comparando essas qualidades ao sistema tributário brasileiro, ve-
rificamos que estamos bem distante de um modelo ideal. Tal afirmativa é feita 
porque nosso sistema tributário é complexo, nem sempre é eficiente, muito menos 
transparente. Ademais o custo Brasil com toda essa complexibilidade tributária é 
expressamente alto.
Por outro lado, o Estado necessita de recursos financeiros para cumprir suas 
atividades. Essas receitas são obtidas de duas formas: receitas ordinárias e receitas 
derivativas, vejamos:
Fonte: Alexandre, 2010
O foco da nossa disciplina são as receitas derivativas e o que podemos planejar 
para diminuir esse custo financeiro, mas antes vamos discorrer um pouco mais 
sobre o nosso sistema tributário.
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Fontes do Direito
As fontes do direito, ou seja, o nascimento da norma jurídica pode ocorrer de 
duas formas, através de (i) fontes reais ou materiais ou (ii) fontes formais.
As fontes reais são os fatores e elementos que determinam o conteúdo das nor-
mas jurídicas, ou seja, são os fatores políticos, sociais e econômicos que contribuem 
para a formação da lei. Já as fontes formais são as normas que compõem o ramo 
do direito tributário.
Sendo assim, esse conjunto de normas, que visam o bem comum, forma um 
conjunto único e harmônico. Este conjunto é estruturado, mais de uma hierarquia 
se estabelece o grau de importância para cada norma.
A seguir apresentamos a hierarquia das normas, bem como seus conceitos:
Hierarquia Conceito
1ª Constituição (principal fonte do direito)
Na Constituição encontra-se a matriz de todas as competências; nela se demarcam os 
limites de tributar e se estruturam os princípios, inclusive os de natureza especificamente 
tributária, que constituem as pilastras de sustentação de todo o sistema tributário.
2ª Emendas à Constituição
As emendas constitucionais, uma vez observado o processo previsto para sua elaboração 
e promulgação, incorporam-se à Constituição, com igual hierarquia. A CF não cria 
tributos, define competências para fazê-lo, assim como suas emendas
3ª Leis Complementares Tem a função de estabelecer as normas gerais em matéria tributária, podendo ainda, criar tributos.
4ª Leis Ordinárias É o veículo legislativo que cria o tributo. A lei ordinária é aprovada no Congresso Nacional por maioria simples (maioria dos presentes na votação).
5ª Leis Delegadas São elaboradas pelo Presidente da república sobre matérias específicas. Dentro da hierarquia das normas, a lei delegada se equipara à lei ordinária.
6ª Medidas Provisórias É um ato normativo, com força de lei, de que o executivo poderá lançar mãos em caso excepcionais, isto é, em caso de urgência e relevância,e que terão força de lei.
7ª Decretos Legislativos Servem para regular matéria de competência do Congresso Nacional com efeitos externos. Independem de sanção e veto do Presidente da República.
8ª Resoluções Estabelecem alíquotas de ICMS, alíquotas máximas de Imposto de transmissão de Causa mortis e doação.
9ª Tratados Internacionais Serão os tratados internacionais fontes de Direito Tributário quando forem aprovados por decreto legislativo e promulgados por decreto do Presidente da República.
A Constituição Federal (CF) impôs limites ao poder de tributar e regras através 
dos Princípios Constitucionais Tributários que estão delineados nos artigo 145 e da 
sequência dos artigos 150 a 153, vejamos:
a) Legalidade – Artigo, 150, Inciso I;
Todo tributo deve ser instituído ou aumentado através de legislação pertinente.
b) Anterioridade - Artigo, 150, Inciso II, Alínea “b”;
O Princípio da Anterioridade permite aos contribuintes o conhecimento an-
tecipado da criação ou majoração de um tributo. Isto porque, na instituição 
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UNIDADE Noções Preliminares I
desse novo tributo, o mesmo só produzirá efeitos a partir do exercício finan-
ceiro posterior ao da sua criação.
c) Irretroatividade - Artigo, 150, Inciso III, Alínea “a”;
Este princípio conjuga com os princípios de anterioridade e da legalidade, onde 
somente através de dispositivos legais que pode ocorrer a instituição ou o au-
mento de tributos e, sua cobrança se dará a partir daquela data, sem retroagir.
d) Isonomia ou Igualdade - Artigo, 150, Inciso II;
A lei não deve dar tratamento desigual a contribuintes que se encontrem em 
situação equivalente.
e) Capacidade Contributiva- Artigo, 145, Parágrafo 1º;
O princípio da capacidade contributiva é comparado ao princípio da iso-
nomia, isto porque ressalta que se deve tratar os desiguais de modo de-
sigual, logo os tributos devem levar em consideração as possibilidades 
econômicas de seus contribuintes no momento da cobrança dos impostos.
f) Proibição de Confisco - Artigo, 150, Inciso IV;
Para que o tributo não tenha a característica de confisco, o mesmo deve ser 
razoável sem que extraia do contribuinte grande parte do valor de seus bens 
e renda. Assim, esse princípio tem como função limitar o poder de tributação 
e prover proteção aos contribuintes.
g) Generalidade, Universalidade e Progressividade – 
Artigo 153, § 2º, Inciso I
Esses princípios estão relacionados ao Imposto de Renda, o princípio da ge-
neralidade, generaliza os rendimentos e o aumento patrimonial do contribuin-
te, requer que toda renda deve ser tratada igual na incidência do imposto. Já 
o princípio da universalidade, tem o escopo atingir o universo de todos os 
ganhos ou lucros obtidos; e por último, o princípio da progressividade que 
determina tratamento igual à cobrança do imposto ao aumento da renda do 
contribuinte, logo será exigido uma carga maior de quem ganha mais
h) Seletividade 
Conforme o nome sugere, o princípio da seletividade é de selecionar a tributa-
ção com alíquotas superiores para produtos supérfluos e alíquotas mais acessí-
veis, desonerando assim, o preço final de produtos elencados como essenciais.
O princípio de seletividade é aplicado com a redução ou majoração das alí-
quotas de Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI e do Imposto sobre 
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Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Ser-
viços de Transporte Interestadual, Intermunicipal e de Comunicação – ICMS, 
através do artigo 153, § 3º, Inciso I para o IPI e artigo 155, § 2º, Inciso III 
para o ICMS.
i) Liberdade de Tráfego - Artigo, 150, Inciso V;
Não pode a lei tributária limitar o tráfego interestadual ou intermunicipal de 
pessoas e bens, salvo o pedágio de via conservada pelo Poder Público.
j) Uniformidade Geográfica
O objetivo fundamental deste princípio é uniformizar os tributos de compe-
tência da União, ou seja, o tributo é uniforme sem distinção para todo terri-
tório nacional.
k) não-discriminação tributária em razão da procedência ou destino
O artigo 152 da Constituição de 1988 estabelece:
Art. 152. É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabele-
cer diferença tributáriaentre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão 
de sua procedência ou destino.
l) Princípio da Transparência
O artigo 150, § 5º determina que o consumidor tenha ciência dos tributos que 
incidem sobre as mercadorias e serviços.
m) Tipologia Tributária
A hipótese de incidência e a base de cálculo dos tributos é que diferenciarão 
as várias espécies tributárias, logo, com a aplicação deste princípio é possível 
desmembrar o que é imposto, taxa ou contribuição de melhoria.
n) Não cumulatividade – Artigo 153 § 3º, Inciso II e 155 § 2º, Inciso I
A não cumulatividade é entendida como o tributo que deve incidir somente 
sobre o valor em cada operação, evitando assim, o efeito “cascata” do tributo. 
Como exemplo temos o ICMS, IPI e as contribuições sociais PIS e COFINS.
Após o entendimento quanto ao financiamento do Estado, bem como os limites 
delineados nos Princípios que servem de direcionadores a elaboração de leis e a 
cobrança de tributos, passamos a seguir ao entendimento quanto aos tributos e 
suas classificações.
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UNIDADE Noções Preliminares I
Tributos
A Lei nº 5.172 de outubro de 1966, denominado Código Tributário Nacional – 
CTN, em seu artigo 3º define o entendimento de tributo, vejamos:
Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou 
cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, 
instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente 
vinculada. (BRASIL, 1966)
Assim, o tributo é considerado uma receita derivada que objetiva a consecução 
do bem comum pelo Estado. Desse modo, os tributos são listados em espécies que 
seguem o princípio da estruturalidade orgânica do tributo, isto quer dizer que a es-
pécie tributária será definida pelo seu fato gerador, logo, são divididas em:
Tributo Conceito
Imposto
É um tributo que custeia parte das despesas da administração e deve ser utilizado como investimento em 
obras de estrutura e serviços essenciais a população. Pode ser direto ou indireto e é pago tanto por pessoas 
físicas quanto jurídicas, além disso, tem caráter pessoal e a capacidade contributiva é considerada para 
o seu pagamento. Imposto é de competência privativa e exclusiva de um determinado ente federativo 
(União, Estados, Distrito Federal e Municípios).
Taxa
Seu fato gerador é a contraprestação de um serviço público, ou seja, é o valor dispensado em troca de 
algum serviço prestado. Diferente do imposto, na taxa há um destino certo para a aplicação do dinheiro 
arrecadado. Assim, o ente público que presta o serviço é quem institui essa cobrança. Podemos dividir 
o tributo taxa de duas maneiras: (i) taxa de polícia, que conforme Alexandre (2010, p. 60) conceitua “é o 
exercício regular do poder de polícia, que legitima a cobrança” e a taxa de serviço propriamente dita, onde 
segundo o mesmo autor (2010, p. 60) é “a utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e 
divisíveis prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição”.
Contribuições 
As contribuições são subdivididas em: contribuições de melhoria, quando são cobradas em uma situação 
que represente melhora aos contribuintes. Já as contribuições especiais, são instituídas em três grupos: 
(i) as contribuições sociais, (ii) as contribuições de intervenção no domínio econômico (CIDE); e, (iii) 
as contribuições de interesse de categorias profissionais ou econômicas (corporativas) que possuem 
destinação específica para um determinado grupo.
Empréstimos 
Compulsórios
 São empréstimos forçados, mas restituíveis. Isto porque, em uma situação de guerra, calamidade pública 
ou conjuntura que exija a absorção temporária de poder aquisitivo, o contribuinte é obrigado a recolher 
uma determinada quantia a título de empréstimo para depois resgatá-lo
Fonte: Alexandre, 2010 e LOPES, 2011
Interessante colocar em foco, que temos tributos diretos e tributos indire- 
tos, onde:
Tributos Diretos: recaem sobre a pessoa (física e jurídica), incidem sobre o patrimônio e a renda e são 
de responsabilidade pessoal.
Ex.: IRPJ, IRPF, IPTU, ITR, IPVA etc.
Tributos Indiretos: Recaem sobre a produção e circulação de bens e serviços, são repassados para os 
preços dos produtos e serviços, o consumidor é o contribuinte de fato, o produtor, vendedor ou presta-
dor do serviço é o contribuinte de direito responsável pelo recolhimento do tributo.
Ex.: IPI, ICMS, ISS, COFINS etc
14
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Nesse sentido, a nossa carga tributária que é composta pelos tributos citados 
acima, assim o montante arrecadado é comparado ao Produto Interno Bruto (PIB) 
para descobrir seu impacto.
Por este motivo dizemos que a carga tributária atingiu em 2017, 32,43% do PIB, 
apresentado aumento pelo terceiro ano consecutivo. Em 2014 estava em 31,84%, 
passou para 32,10% em 2015, no ano de 2016 foi para 32,29%, e em 2017 totali-
zou o percentual de 32,43%, conforme dados disponibilizados pela Receita Federal 
do Brasil.
O gráfico a seguir apresenta a evolução da carga tributária brasileira em percen-
tual do PIB do período de 2002 a 2017.
RFB – carga tributária do Brasil 2017
O Brasil tem uma das cargas tributárias mais pesadas entre os países emergen-
tes e um dos piores em retorno ao contribuinte. Neste cenário surge a necessidade 
do estudo do planejamento tributário que visa, de forma lícita e correta, reduzir os 
custos financeiros tributários.
Planejamento Tributário
Segundo Zanluca (2012, p.1) “planejamento tributário é a metodologia para 
se obter um menor ônus fiscal sobre operações ou produtos, utilizando-se meios 
legais”. Ou ainda:
Importante!
Planejamento tributário é a busca, dentro das regras legais, que tem como finalidade a 
redução tributária.
Podemos também pontuar, como a escolha dentre as diversas opções legais buscando a 
redução ou anulação dos valores a recolher ao fisco.
Importante!
15
UNIDADE Noções Preliminares I
É relevante ao presente estudo, compreender que planejamento tributário pri-
ma exclusivamente pela ELISÃO FISCAL e nunca pela EVASÃO. Vamos compre-
ender melhor sobre isso?
A elisão é um procedimento lícito, que busca a supressão do pagamento tributário, podendo anular, 
reduzir ou adiar o ônus fiscal.
Já a evasão é considerada um ato fraudulento que através de procedimentos ilegais fere o regulamen-
to fiscal. Ademais é considerado um ato voluntário de omissão tributária, podendo inclusive sofrer 
sanções penais.
Importante!
Que a contabilidade é a ciência que auxilia e que fornece as informações necessárias para 
um bom planejamento tributário.
Isso mesmo! A contabilidade através de seus controles permite um estudo detalhado 
sobre ações futuras buscando a anulação, redução ou adiamento do ônus tributário.
Você Sabia?
Tipos de Planejamento
O planejamento tributário pode ocorrer de 3 maneiras: (i) preventivo, (ii) correti-
vo ou (iii) especial, vejamos suas características:
Características Conceito
Preventivo Sua aplicação é continua isso porque trabalha de modo preventivo evitando pagamentos indevidos ou a maior, organizando também as rotinas fiscais.
Corretivo O fato já ocorreu, mas por algum motivo foi verificado um erro de procedimento. Assim, busca-se a correção evitando o menor desembolso possível.
Especial Seu estudo é elaborado para uma determinada ação, para um caso específico, por exemplo, a abertura de uma filial, reestruturação societária, etc. 
Limites do Planejamento Tributário
Podemos delinear um limite para o que é considerado planejamento tributário. 
Lembrando, que esse planejamento tributário lícito é aquele que se beneficia das 
leis para uma redução tributária.
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17
Qualquer ato fora desse contexto é considerado uma sonegação fiscal. Nessa 
esteira, pode-se elencar:
• Simulação: onde cria-se uma aparente situação para alcançar vantagens 
tributárias;
• Fraude: procedimentos intencionais violando a legislação pertinente, inclusive 
sendo caracterizado como ato voluntário, consciente.
• Abuso de personalidade jurídica: são criadas empresas com os mesmos só-
cios ou com“laranjas” buscando benefícios fiscais caracterizado pelo desvio de 
finalidade ou confusão patrimonial, realizando transações comerciais duvidosas.
Agora que já sabemos o que é planejamento tributário e compreendemos clara-
mente a questão de elisão e evasão fiscal, em nossa 2ª unidade vamos conhecer as 
formas de tributação, suas vantagens e desvantagem.
Mas antes, vamos realizar alguns exercícios para aplicar o conhecimento adqui-
rido nessa unidade.
17
UNIDADE Noções Preliminares I
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Sites
IBPT – Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário
Você sabia que o “IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário) atua desde 
1992 para diminuir o impacto dos impostos sobre as empresas e racionalizar a 
arrecadação de tributos nos níveis municipais, estaduais e federal. O objetivo é o 
aumento da lucratividade empresarial o crescimento da economia e da sociedade como 
um todo, além de contribuir para uma governança tributária mais eficiente e inteligente 
para as empresas, governos e organizações.” João Eloi Olenike – presidente do IBPT.
Acesse o site do IBPT é veja a quantidade de informações que esse instituto elabora, 
é muito interessante!
http://www.ibpt.com.br/
18
19
Referências
ALEXANDRE, Ricardo. Direito Tributário Esquematizado. 4. ed. Rio de Janeiro: 
Forense, São Paulo: Método, 2010.
AMARAL, Gilberto Luiz do. OLENIKE, João Eloi. AMARAL, Letícia Mary Fer-
nandes do. Carga Tributária Brasileira 2012 – Instituto Brasileiro de Planeja-
mento Tributário (IBPT). 4 març. 2013. Disponível em: < http://www.ibpt.com.
br/img/uploads/novelty/estudo/559/CargaTributaria2012IBPT.pdf> Acesso em: 
01 mai. 2013.
BARBOSA. Fernando de Holanda. BARBOSA. Ana Luiza Neves de Holanda. 
Economia do Setor Público no Brasil. In: BIDERMAN, Ciro. ARVATE, Paulo (Co-
ord.). O sistema tributário no Brasil: reformas e mudanças. Rio de Janeiro: 
Elsevier, 2004. p. 290-317.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível 
em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.
htm> Acesso em: 19 jan. 2013.
________.Lei nº 5.712, de 25 de outubro de 1966. Dispõe sobre o Sistema 
Tributário Nacional e institui normas gerais de direito tributário aplicáveis à União, 
Estados e Municípios. Disponível em:< http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/
L5172.htm>. Acesso em: 26 de jan. 2013.
LOPES, Andréia Lemos. Temas Relevantes de Direito Tributário e de Contabilida-
de. In: ZOUAIN, Renato Sorroce (Coord.). Crimes contra a ordem tributária. São 
Paulo: Ônixjur, 2011. p. 18-52. 
ZANLUCA, Júlio César. O contabilista e o planejamento tributário. [2013]. Dis-
ponível em:< http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/planejamento-
fiscal.htm>. Acesso em: 23 de jun. 2013
19

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