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CAPITAL SOCIAL E O DTO EMPRESARIAL

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Direito Empresarial
Unidade 2
Capital social e o direito empresarial
Diretor Executivo 
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Gerente Editorial 
CRISTIANE SILVEIRA CESAR DE OLIVEIRA
Projeto Gráfico 
TIAGO DA ROCHA
Autoria 
LIVIA REGINA DE FIGUEIREDO
AUTORIA
Livia Regina de Figueiredo
Sou formada em Direito, pós-graduada em Magistério Superior em 
Direito, cursei o mestrado em Direito e Desenvolvimento e, atualmente, 
curso o Doutorado em Direito Privado na Universidade de Salamanca, 
Espanha. Advogo, desde 1989, e há alguns anos presto serviços para 
grandes grupos econômicos na área de medicamentos e alimentos. 
Amo advogar e sou apaixonada pela docência. Também gosto muito de 
compartilhar minha experiência com aqueles que estão iniciando suas 
vidas profissionais. Em razão da minha experiência e qualificação, fui 
convidada pela Editora TeleSapiens para integrar o seu elenco de autores 
independentes e me sinto muito honrada com esse convite. Estou feliz 
por ajudá-lo nessa fase de estudo e trabalho. Tenho certeza que o seu 
esforço e empenho nos estudos lhe trará muito sucesso.
ICONOGRÁFICOS
Olá. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez 
que:
OBJETIVO:
para o início do 
desenvolvimento de 
uma nova compe-
tência;
DEFINIÇÃO:
houver necessidade 
de se apresentar um 
novo conceito;
NOTA:
quando forem 
necessários obser-
vações ou comple-
mentações para o 
seu conhecimento;
IMPORTANTE:
as observações 
escritas tiveram que 
ser priorizadas para 
você;
EXPLICANDO 
MELHOR: 
algo precisa ser 
melhor explicado ou 
detalhado;
VOCÊ SABIA?
curiosidades e 
indagações lúdicas 
sobre o tema em 
estudo, se forem 
necessárias;
SAIBA MAIS: 
textos, referências 
bibliográficas e links 
para aprofundamen-
to do seu conheci-
mento;
REFLITA:
se houver a neces-
sidade de chamar a 
atenção sobre algo 
a ser refletido ou dis-
cutido sobre;
ACESSE: 
se for preciso aces-
sar um ou mais sites 
para fazer download, 
assistir vídeos, ler 
textos, ouvir podcast;
RESUMINDO:
quando for preciso 
se fazer um resumo 
acumulativo das últi-
mas abordagens;
ATIVIDADES: 
quando alguma 
atividade de au-
toaprendizagem for 
aplicada;
TESTANDO:
quando o desen-
volvimento de uma 
competência for 
concluído e questões 
forem explicadas;
SUMÁRIO
Teoria geral do direito empresarial ..................................................... 10
Sociedades Empresárias ........................................................................................................... 10
Classificação quanto à sua natureza .............................................................. 10
Sociedade unipessoal .............................................................................................. 15
Sociedade limitada entre cônjuges ................................................................ 18
Capacidade jurídica empresarial .........................................................20
Capacidade civil empresarial ................................................................................................ 20
O Capital social e a sua integralização ..............................................27
Contextualizando o conceito de capital social ..........................................................27
O capital social na perspectiva dos negócios ............................................................27
O capital social na perspectiva jurídica .........................................................................32
Alterações Contratuais e o Registro das Modificações ......................................35
Administração e representação social............................................... 37
O significado da administração .............................................................................................37
Lucros e perdas ............................................................................................................................... 39
Direitos e obrigações dos sócios ........................................................................................ 39
Relações jurídicas e sociais ..................................................................................................... 41
7
UNIDADE
02
Direito Empresarial
8
INTRODUÇÃO
A Teoria Geral do Direito Empresarial é de extrema importância 
para a compreensão dos aspectos jurídicos que abrangem sócios, 
empresários individuais e sociedades empresariais, sua estrutura 
jurídica, direitos e deveres, impedimentos e proibições para o exercício 
da atividade empresarial, etc. Da mesma forma, a compreensão do 
capital social, sua integralização para a viabilização dos objetivos 
sociais e as regras legais para administração social são conhecimentos 
imprescindíveis para o estudante do Direito Empresarial e para o 
advogado. Esse conjunto de previsões legais é a base de toda a 
construção jurídica empresarial. E então, vamos estudar e refletir sobre 
estes conceitos e prescrições legais que se inserem na Teoria Geral 
do Direito Empresarial? Acho que irá gostar muito deste estudo e terá 
muito sucesso nesse aprendizado. Bom estudo!
Direito Empresarial
9
OBJETIVOS
Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 2. Nosso objetivo é auxiliar 
você no desenvolvimento das seguintes competências profissionais até 
o término desta etapa de estudos:
1. Interpretar a Teoria Geral do Direito Empresarial e sua importância.
2. Identificar as regras jurídicas que norteiam o sócio, a sociedade 
empresária e o empresário individual, proibições e impedimentos 
para o exercício da atividade empresária.
3. Identificar e compreender o capital social e a sua integralização, a 
administração e a representação social.
4. Identificar e compreender os direitos e deveres dos sócios.
Então, preparado para uma viagem sem volta rumo ao 
conhecimento? Ao trabalho!
Direito Empresarial
10
Teoria geral do direito empresarial
OBJETIVO:
Ao término deste capítulo você será capaz de identificar 
quais são as regras jurídicas que regem as relações 
sociais em geral. E então? Motivado para desenvolver esta 
competência? Então vamos lá. Avante!
Sociedades Empresárias
Classificação quanto à sua natureza
As sociedades empresárias, quanto à sua natureza, se subdividem 
em sociedade de pessoas e de capital.
Em que pese inexistir uma definição na letra da lei, essa distinção 
tem reflexos importantes na prática, especialmente quanto à alienação 
da participação societária, ações ou quotas, à dissolução das relações 
societárias por morte, e a penhora da participação empresarial por dívida 
particular do sócio.
IMPORTANTE:
As sociedades são constituídas por quotas ou por ações, 
prevalecendo umas ou outras na constituição de sociedade 
por pessoas ou sociedades por capital. Por isso, atenção: 
não existem sociedades constituídas por quotas e por 
ações a um só tempo. 
A sociedade de pessoas é lastreada na affectio societatis, 
na confiança mútua entre os sócios na administração 
do negócio e no nível de contribuição individual que 
empenham para o sucesso do objeto social. Ou seja, o 
investimento pessoal dos sócios é imprescindível para o 
sucesso do negócio e, por isso, a saída de um deles da 
sociedade assume aspecto de extrema relevância para 
sócios remanescentes.
Direito Empresarial
11
Figura 1 - Confiança e empenho mútuo
Fonte: Freepik (2021).
É fácil identificar a sociedade de pessoas pelas “cláusulas de 
controle”, as quais dizem respeito às cláusulas contratuais rígidas que 
regulam a extinção da sociedade em caso de morte, retirada ou exclusão 
de algum sócio. São as Sociedades Simples puras, cujas regras de 
controle estão na lei, as Sociedades em Nome Coletivo, as Sociedades 
em Comandita Simples e as Cooperativas.
As Sociedades em Conta de Participação, em razão do seu perfil 
jurídico, não se enquadram na classificação de Sociedade de Pessoas.
Na Sociedade de Capital, por sua vez, inexiste a affectio societatis. 
O norte é o sucesso na concretização do fimsocial com boa lucratividade 
para a empresa e os investidores. Desse modo, o que importa é o dinheiro, 
o aporte financeiro. O envolvimento pessoal dos sócios é dispensável, pois 
as atividades administrativas ficam a cargo de diretores e administradores 
altamente especializados. Por isso, se algum acionista quiser se retirar 
da sociedade pode vender, doar ou transferir suas ações sem problema 
algum e sem necessidade de consulta aos demais acionistas, já que as 
características pessoais, culturais e/ou econômicas do adquirente são 
irrelevantes para a administração societária.
Direito Empresarial
12
Quanto à penhorabilidade, é preciso atenção ao tratamento jurídico 
diferente que a lei dá aos bens móveis, imóveis e semoventes que 
integram o patrimônio dos sócios e são garantia de obrigações, daquela 
dada às quotas de sociedade limitada, classificadas como direitos e não 
como bens.
Aliado a isso, para diminuir custos operacionais, administrativos 
e tributários, bem como facilitar a transferência de patrimônio familiar 
ou sucessório, os brasileiros estão investindo mais em sociedades 
de participação ou holdings familiares, sem atividades produtivas ou 
comerciais, cujo fim social é apenas controlar outras sociedades ou 
administrar bens (Lei 6.404/1976, art. 2°, parágrafo 3°, c/c o parágrafo 
único do art. 1.053 do CC). Esse tipo de investimento altera a constituição 
patrimonial privada dos investidores, podendo impedir a garantia de 
dívidas através das quotas de capital e ser usado facilmente para blindar 
bens em divórcios, execuções cíveis, trabalhistas, fiscais e ambientais, 
criar dificuldades em disputas societárias, ocultar bens ilicitamente 
adquiridos etc.
O primeiro aspecto a considerar é a mudança da relação jurídica 
dos sócios com os seus bens. Uma vez integralizados, os bens deixam o 
patrimônio do sócio e passam a integrar a totalidade do capital social da 
empresa limitada que, por sua vez, tem autonomia patrimonial. 
Há uma clara alteração de status protetivo civil, do Direito das 
Coisas, que resguardava o bem individualmente considerado do sócio, 
para o Direito Societário que, por sua vez, integra o Direito das Obrigações 
e separa direitos e obrigações dos sócios da titularidade das quotas 
empresariais.
Isto é, o direito à titularidade das quotas garante aos sócios o direito 
sobre uma fração do patrimônio total da empresa, protegido pelo Direito 
Societário, sem distinção do que cada sócio individualmente aportou à 
sociedade, no exercício da livre disposição dos seus bens, sob a égide do 
Direito das Coisas.
Essa mudança de natureza patrimonial cria basicamente três efeitos 
sobre a titularidade das quotas: 
Direito Empresarial
13
a. A administração do patrimônio da empresa passa a ser decisão 
dos sócios, nos termos do contrato social. 
b. É vedado ao Estado obstar o exercício desse direito dos sócios, 
que tem natureza personalíssima, por meio de constrição judicial, 
ou seja, por meio da penhora das quotas.
c. O direito do sócio à fração das suas quotas tem natureza de crédito 
subordinado, ou seja, ele é credor da sociedade na porcentagem 
das suas quotas. Porém, a dívida da sociedade não pode ser 
paga em prejuízo dos demais sócios-credores e nem da própria 
sociedade. Um sócio não pode exigir o valor das suas quotas em 
prejuízo dos demais, exceto quando a empresa possuir recursos 
em caixa para pagar o valor da titularidade de todos os sócios 
sobre as suas respectivas quotas. Contabilmente, as dívidas dos 
sócios para com as empresas que não podem ser reclamadas são 
denominadas “passivo não exigível”.
Quando extinta a sociedade, após pagamento dos terceiros 
credores, a universalidade dos bens da empresa é destinada a ressarcir 
todos os sócios-credores, na proporção da titularidade das quotas que 
cada um possui, independentemente do valor que integralizaram. 
Exemplo: Se um sócio integraliza R$500,00, outro R$300,00 e outro 
R$100,00, totalizando 900 cotas no valor de R$1,00 cada, e no contrato 
social elas são divididas igualmente em 300 cotas integralizadas para cada 
sócio, o ressarcimento será correspondente às 300 cotas integralizadas e 
não ao valor que cada um investiu na empresa.
Ficam claros, então, os vínculos obrigacionais e de garantia que 
afetam as relações entre sócios e sua titularidade sobre as quotas.
Na prática, essa transferência patrimonial e de status de proteção 
jurídica dificulta a investida do credor sobre o patrimônio integralizado 
pelos sócios a uma sociedade limitada.
O Código Civil limita a possibilidade da penhora e autoriza a 
liquidação das quotas se o credor provar a “insuficiência de outros bens 
do devedor”:
Direito Empresarial
14
Art. 1.026. O credor particular de sócio pode, na insuficiência 
de outros bens do devedor, fazer recair a execução sobre 
o que a este couber nos lucros da sociedade, ou na parte 
que lhe tocar em liquidação.
Parágrafo único. Se a sociedade não estiver dissolvida, 
pode o credor requerer a liquidação da quota do devedor, 
cujo valor, apurado na forma do art. 1.031, será depositado 
em dinheiro, no juízo da execução, até noventa dias após 
aquela liquidação. (BRASIL, 2002)
Há uma impropriedade no caput do artigo, pois o legislador 
chamou lucro ao que deveria ter denominado dividendos. Lucro é o 
bem resultante do exercício das atividades da empresa, a ela pertence 
e, não necessariamente, traduz disponibilidade de caixa. Não pode ser 
penhorado para pagar dívida particular dos sócios, sob pena de prejudicar 
as relações negociais da empresa com os seus próprios credores e quiçá 
a sua existência. O que o art. 1.026 autoriza, na realidade, é a penhora dos 
dividendos, a parte do lucro que caberá a cada sócio, ao final de cada 
exercício financeiro, e que ainda não foi distribuído.
Essa é a ordem procedimental prevista no Código Civil para cobrir 
dívidas particulares dos sócios: primeiro, penhora-se os bens dos sócios, 
excetos as quotas; se não houver bens pessoais, pode-se penhorar os 
dividendos que ainda não foram pagos; se também não houver dividendos, 
penhora-se a quota para fins de liquidação e posterior pagamento do 
credor. A quota penhorada não pode ser incorporada ao patrimônio do 
credor, sob pena de ferir a affectio societatis.
O objetivo do legislador, ao proteger a empresa dos encargos 
advindos das dívidas particulares dos sócios, tem um objetivo social e visa 
proteger os empregos e a geração de riquezas, salvaguardar a tributação, 
etc. O Código de Processo Civil, por sua vez, estabelece regras que 
possibilitam a manutenção da sociedade pelos demais sócios do devedor 
quando parte das quotas são penhoradas (art. 861). O objetivo, reitere-se, 
é sempre preservar as atividades da empresa e sua função social.
A exceção se aplica às sociedades anônimas. Como nelas inexiste 
a affectio societatis, as ações podem ser adjudicadas ao exequente ou 
alienadas em bolsa de valores (art. 861, parágrafo 2°).
Direito Empresarial
15
Após os investigadores da Lava Jato descobrirem que fraudadores 
do dinheiro público investiram em holding familiares para proteger 
patrimônio ilicitamente adquirido, as autoridades públicas passaram a ficar 
mais atentas a esse tipo de investimento. O STJ, no Resp 1.098.712, pacificou 
a desconsideração da pessoa jurídica sempre que for constatado “desvio 
da finalidade empresarial ou confusão patrimonial entre a sociedade e seus 
sócios”, ou seja, constatada a fraude na constituição ou abuso na finalidade 
das holding familiares, seja para favorecer alguns herdeiros em detrimento 
de outros, prejudicar cônjuges em partilha de bens, recuperar bens e 
valores ilicitamente adquiridos etc, aplica-se o art. 50 do Código Civil para 
afastar a personalidade jurídica para atingir bens particulares dos sócios. 
(art. 7°, Lei 13.874/2019, alterou o CC). Conforme assevera o artigo:
Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica,caracterizado pelo desvio de finalidade ou pela confusão 
patrimonial, pode o juiz, a requerimento da parte, ou 
do Ministério Público quando lhe couber intervir no 
processo, desconsiderá-la para que os efeitos de certas 
e determinadas relações de obrigações sejam estendidos 
aos bens particulares de administradores ou de sócios da 
pessoa jurídica beneficiados direta ou indiretamente pelo 
abuso. (BRASIL, 2019)
Sociedade unipessoal
Como o próprio nome revela, a sociedade unipessoal é a constituída 
por um único sócio e pode ser de dois tipos: a Sociedade Subsidiária 
Integral e a Empresa Individual de Responsabilidade Limitada - EIRELI.
a. A Sociedade Subsidiária Integral está regulamentada na Lei 
6.404/1976. Ela é uma forma de sociedade anônima permitida 
apenas para empresas brasileiras, constituída por escritura 
pública, por meio da aquisição de 100% das ações de outra 
empresa, ou pela incorporação de todas as ações do capital social 
ao patrimônio de outra companhia brasileira, para convertê-la em 
subsidiária integral.
São cinco os requisitos legais, para a constituição de uma Sociedade 
Subsidiária Integral (art. 251, Lei 6.404):
Direito Empresarial
16
1) Só uma única pessoa jurídica 100% brasileira (constituída 
de acordo com as leis brasileiras, com sede e administração 
no Brasil), de qualquer tipo societário, pode constituir uma 
Subsidiária Integral ou controlá-la;
2) Pessoas físicas, associações e fundações não podem 
ser sócio único de uma Subsidiária Integral. Empresa 
estrangeira só pode participar na sua constituição de 
forma indireta, como um dos sócios da empresa brasileira 
constituidora.
3) A criação da Sociedade Subsidiária Integral é complexa 
e deve ser feita, obrigatoriamente, por meio de escritura 
pública, lavrada por tabelião do cartório de registro de 
notas, e registrada na Junta Comercial do Estado da sua 
sede. No caso da aquisição de ações de uma Subsidiária 
Integral não é preciso escritura pública. Basta a alteração 
do estatuto e o registro na Junta Comercial.
4) A forma societária deve ser a sociedade anônima por 
imposição legal.
5) A incorporação da totalidade das ações de uma 
Sociedade Subsidiária Integral (incorporada) só pode 
ser feita por outra Sociedade Anônima (incorporadora), 
após submissão e deliberação favorável da assembleia-
geral das duas companhias (art. 252, Lei 6.404). Em que 
pese mantenha a sua independência administrativa, a 
incorporada passa a ser subsidiária da incorporadora. 
(BRASIL, 1976)
Se uma sociedade anônima passa a ter apenas um sócio até a data 
da assembleia geral ordinária do ano seguinte, ela deve ser dissolvida (art. 
206, I, “d”, Lei 6.404). As opções para evitar a dissolução são: a incorporação 
de outro sócio antes da data da assembleia geral, transformá-la numa 
Sociedade Subsidiária Integral se o sócio for empresa brasileira, ou 
ainda numa Empresa Individual de Responsabilidade Limitada - EIRELI. 
No caso das demais sociedades, o prazo de dissolução é de 180 dias 
corridos (art. 1.033, IV, CC); b) A Empresa Individual de Responsabilidade 
Limitada - EIRELI foi criada pela Lei 12.441/2011, no art. 980-A, que alterou 
o Código Civil com o objetivo de limitar a responsabilidade do empresário 
ao montante do capital da empresa e corrigir duas distorções antigas: 
uma ficção de Sociedade Ltda., no jargão jurídico a “sociedade faz de 
conta”, na qual o real empresário e administrador tinha a titularidade da 
Direito Empresarial
17
quase totalidade das cotas integralizadas, não raro 99%, e o outro sócio, 
meramente figurativo, ficava com 1% das cotas; e a confusão na titularidade 
do capital integralizado quando a sociedade era formada por dois sócios 
casados sob o regime da comunhão de bens. Hoje, o Código Civil, no art. 
977, proíbe a sociedade marital quando o regime de casamento for o de 
comunhão universal de bens ou de separação obrigatória de bens por 
exigência legal.
Nos termos do parágrafo 7°, do art. 980-A: 
Somente o patrimônio social da empresa responderá 
pelas dívidas da empresa individual de responsabilidade 
limitada, hipótese em que não se confundirá, em qualquer 
situação, com o patrimônio do titular que a constitui, 
ressalvados os casos de fraude. (BRASIL, 2002)
No caso de morte do único sócio, o prazo para a substituição é de 
seis meses. Se outro sócio não assumir a empresa neste prazo ela deve 
ser dissolvida e os bens liquidados para partilha sucessória.
A criação da EIRELI atendeu a um fim econômico-social ao permitir 
a legalização de empresas unipessoais e também a um fim administrativo-
judicial, por meio da diminuição de ações judiciais, envolvendo conflitos 
entre sócios de sociedades “faz de conta” e/ou brigas entre cônjuges, que 
se arrastavam por anos com prejuízo para os negócios empresariais, para 
a geração de empregos e renda.
A EIRILI se assemelha muito ao Empresário Individual, mas são 
constituições empresariais diferentes. São três a principais diferenças:
1. Tributária: o empresário individual responde por uma carga 
tributária de 27,5% retida na fonte, enquanto a EIRELI tem um 
encargo tributário de 6,15% para pagar o Imposto de Renda e as 
contribuições sociais;
2. Autonomia Patrimonial: o empresário individual responde com os 
seus bens por prejuízos advindos das suas atividades. No caso da 
EIRELI o patrimônio da empresa é autônomo e limitado ao capital 
social máximo de cem vezes o salário mínimo, não responde pelas 
dívidas pessoais do sócio, não se comunica e nem se confunde 
com o patrimônio pessoal dele.
Direito Empresarial
18
3. Responsabilidade Previdenciária: ao contratar um empresário 
individual, a empresa contratante responde pela contribuição 
previdenciária, o que não ocorre na contratação de uma EIRILI.
Sociedade limitada entre cônjuges
Na vigência do Código Civil de 1916, havia muita discussão 
doutrinária e divergência jurisprudencial sobre a legalidade na constituição 
de sociedade limitada tendo cônjuges como sócios, sob o argumento de 
fraude contra normas do direito de família, que foi pacificada por decisão 
do Supremo Tribunal Federal, em 1989.
Figura 2 - Aliança entre cônjuges
Fonte: Freedpik(2020).
O Código Civil, no art. 977, num retrocesso à conquista jurisprudencial, 
proibiu a sociedade limitada aos casados sob o regime da comunhão total 
de bens ou sob o regime obrigatório de separação de bens. Porém, não 
há óbice legal para que conviventes em união estável, independente 
do regime que porventura tenham acordado no pacto de convivência 
- comunhão total, parcial ou separação de bens -, e aos casados pelo 
regime parcial de bens e pela separação de bens por livre escolha dos 
nubentes, independente do acordado em pacto antenupcial sejam sócios 
em sociedade limitada.
Na prática, porém, mesmo com a proibição legal de cônjuges, 
casados sob o regime da comunhão total ou separação total impositiva, 
registrarem sociedade limitada na qual são sócios, ambos respondem 
ilimitadamente pelas obrigações sociais.
Direito Empresarial
19
Algumas obras fazem referência apenas a marido e mulher, mas 
essa qualificação, com lastro no sexo feminino e masculino, tal qual 
prevista no CC foi superada por decisão do Supremo Tribunal Federal 
que reconheceu a existência de vários tipos de família e a possibilidade 
do casamento civil homossexual. Sendo assim, a proibição do art. 977 
se estende também aos relacionamentos homoafetivos e plúrimos 
civilmente casados. Isso porque a proteção jurídica tem por foco não o 
sexo ou o número dos indivíduos casados, mas as consequências jurídicas 
advindas da confusão entre patrimônio empresarial e patrimônio pessoal 
na comunhão total e na separação total obrigatória de bens.
Por outro lado, a contrário sensu, o art. 977 deixa claro o direito 
personalíssimo, a legalidade e a liberdade de qualquer pessoa casada 
contratar sociedade com terceiros, adquirir ou alienar quotasou ações 
independentes da outorga marital, respeitada a ressalva da integralização 
do capital por meio de transferência de bem imóvel (art. 1.647, I, CC).
A sociedade bifronte se assenta em relações jurídicas diferentes, 
familiar e negocial, que gozam de proteção jurídica distinta. Somente no 
caso de contratação societária por motivo ilícito, comum a ambos sócios 
casados, ou para fraude à lei as relações jurídicas familiar e negocial 
podem se interconecta (art. 166, III, c/c 106, VI, CC).
RESUMINDO:
E então, gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você 
realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, 
vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido 
quais são as regras jurídicas que regem as relações sociais 
em geral, como também aprendeu sobre a sociedade 
limitada entre cônjuges.
Direito Empresarial
20
Capacidade jurídica empresarial
OBJETIVO:
Ao término deste capítulo você será capaz de entender 
como funciona a capacidade jurídica empresarial. Isto será 
fundamental para o exercício de sua profissão. E então, 
motivado para desenvolver esta competência? Vamos lá, 
avante!
Capacidade civil empresarial
Capacidade civil empresarial é a qualidade daquele que reúne 
capacidade civil e inexistência de impedimentos legais para o exercício 
da atividade empresarial. Ou seja, são os indivíduos que, de acordo com 
a lei, não estão impedidos, temporária ou permanentemente, de exercer 
a atividade empresarial.
A primeira delimitação para o exercício da atividade empresária está 
na restrição contida no art. 5°, inciso XIII, da Constituição Federal, sobre 
a qualificação profissional: “Art. 5°. XIII – é livre o exercício de qualquer 
trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a 
lei estabelecer” (BRASIL, 1988).
A regra é o livre exercício de atividades laborais, mas algumas 
atividades empresariais exigem que seus sócios administradores tenham 
conhecimentos técnicos específicos, a exemplo da medicina, engenharia, 
veterinária, etc.
A Constituição, o Código Civil e as várias leis especiais esparsas 
contêm normas que proíbem ou impedem, no todo ou em parte, o 
exercício de atividade de empresário com o objetivo de proteção da 
coletividade, do bem público, da moralidade pública ou da segurança 
nacional.
Direito Empresarial
21
Assim, afirma o Código Civil: “Art. 972. Podem exercer a atividade de 
empresário os que estiverem em pleno gozo da capacidade civil e não 
forem legalmente impedidos” (BRASIL, 2002).
IMPORTANTE:
A vedação legal prevista no Código Civil, como regra 
geral, atinge o exercício da atividade de empresário e não 
a participação das pessoas em empresas como sócios 
ou acionistas sem poderes para gestão e representação, 
exceto por vedação expressa na CF ou em lei especial.
Pela regra geral civil, podem ser empresários os maiores de 18 anos, 
no gozo dos seus direitos civis, e os maiores de 16 e menores de 18 anos 
emancipados e não legalmente impedidos. Menores e incapazes, mesmo 
em caso de incapacidade civil absoluta (art. 3°, CC) ou relativa (art. 4°, CC) 
podem ser sócios de sociedades simples ou empresárias, pois não estão 
impedidos de titular direitos e deveres. Eles são apenas portadores de 
incapacidade para exercê-los por si, necessitando do auxílio de terceiros.
Enquanto detentores de direitos e deveres, inexiste óbice legal para 
que menores e incapazes sejam titulares de cotas ou ações, desde que 
tenham o patrimônio pessoal preservado de riscos. Ou seja, eles podem 
herdar quotas ou ações, recebê-las por meio de doação, comprá-las ou 
participar da criação de uma sociedade, obviamente representados ou 
assistidos por apoiadores, tutores ou curadores, com a concordância dos 
demais sócios, mas não podem ter responsabilidade subsidiária pelas 
obrigações sociais, já que o patrimônio que possuem deve ser totalmente 
preservado.
Nesse diapasão, a lei estabelece que o menor ou o incapaz, 
representado ou assistido por tutores ou curadores, pode continuar na 
empresa da qual era sócio quando capaz, por seus pais ou pelo autor 
de herança, mediante autorização judicial. Se estes forem legalmente 
impedidos de exercer a atividade de empresário, o juiz nomeará um ou 
mais gerentes, conforme a necessidade, o que, entretanto, não os exime 
do dever de proteger o patrimônio dos curatelados e tutelados e vigiar os 
atos dos gerentes, sob pena de responsabilidade (art. 974 e seguintes, CC).
Direito Empresarial
22
A emancipação e a concessão ou revogação de autorização devem 
ser inscritas ou averbadas na Junta Comercial. (Art. 976, CC).
Figura 3 - Pessoas com deficiência
Fonte: Freepik
O Estatuto da Pessoa com Deficiência, por sua vez, espelha um 
grande avanço social ao reconhecer e estipular a inserção e a participação 
dos deficientes físicos e mentais na sociedade com acesso ao mercado de 
trabalho, inclusive ao empreendedorismo, respeitadas as suas limitações. 
Cabe ao SUS proporcionar meios para que os deficientes físicos e mentais 
possam empreender, por si ou com o auxílio dos seus apoiadores, tutores 
ou curadores. 
Menores e incapazes podem ser quotistas comanditários nas 
sociedades em comandita simples e quotistas nas sociedades limitadas, 
acionistas nas sociedades anônimas e acionista não dirigente nas 
sociedades em comandita por ações.
As Juntas Comerciais vetavam a inscrição de menores e incapazes 
como empresários EIRELI, com base no art. 972-A do Código Civil, inserido 
em 2011, que exige o pleno gozo da capacidade civil para o exercício de 
atividades empresariais.
Essa distorção administrativa ilegal foi sanada, em março de 2019, 
pelo Departamento de Registro Empresarial e Integração – DREI, órgão 
do Sistema Nacional de Registro de Empresas Mercantis do Comércio – 
SIREM, a quem cabe supervisionar, coordenar e orientar tecnicamente os 
órgãos responsáveis pelo registro de empresas mercantis e atividades 
afins, através da Instrução Normativa 55, ou IN DREI 55.
Direito Empresarial
23
SAIBA MAIS:
A IN DREI 55 em especial, dentre outras que regulamentam 
administrativamente as sociedades, deve ser conhecida por 
aqueles que estudam o Direito Empresarial, pelo impacto 
direto que tem em outras áreas do Direito (Sucessório, 
Família, etc.). Ela pode ser encontrada aqui.
Quanto aos indígenas e descendentes, a maioria está integrada à 
comunhão nacional e tem capacidade civil. Eles são sujeitos de direitos 
e obrigações, como brasileiros natos, e podem exercer a atividade 
empresária amplamente, em todas as sociedades, com as restrições que 
se aplicam a quaisquer outros cidadãos.
Somente aos indígenas não integrados à comunhão nacional, com 
exceção parcial para aqueles que tenham consciência e conhecimento 
dos atos praticados e da extensão dos seus efeitos, desde que não lhes 
sejam prejudiciais, são aplicadas as normas de proteção estatal previstas 
no Estatuto do Indígena e demais normas assistenciais (art. 231, CF, Lei 
6.001/1973, Decreto 5.051/2004 - promulga a Convenção 169 da OIT).
Os índios também podem requerer judicialmente a sua liberação do 
regime tutelar estatal e serem investidos na plenitude da capacidade civil 
ao completarem 21 anos, se conhecerem a língua portuguesa, possuírem 
habilitação para o exercício de atividade útil e razoável compreensão dos 
usos e costumes da comunhão nacional (art. 9°, Lei 6.001/1973).
Mas, inexiste impedimento legal, a exemplo do que se aplica aos 
menores e incapazes, para que sejam sócios ou acionistas em quaisquer 
sociedades, com eventuais restrições para as atividades de administração.
Há indivíduos, porém, independente de possuírem capacidade 
civil, que são proibidos ou impedidos por lei de exercerem a atividade de 
empresário.
São legalmente proibidos de exercer a atividade de empresário:
a. O Presidente da República, ministros, governadores, prefeitos e 
ocupantes de cargos comissionados(art. 17, inciso X, Lei 8.112/90).
Direito Empresarial
http://www.mdic.gov.br/index.php/micro-e-pequenas-empresa/drei/legislacao-2-drei/2-uncategorised/3166-instrucoes-normativas-em-vigor-drei
24
b. Magistrados federais e estaduais (art. 33, inciso I, Lei Complementar 
n° 35/1979).
c. Membros do Ministério Público da União (Federal, do Trabalho, 
Militar, do Distrito Federal e Territórios) e dos estados (art. 44, inciso 
III, Lei n° 8.625/1993).
d. O falido enquanto não for reabilitado legalmente (art. 102, Lei n° 
11.101/2005).
e. O leiloeiro (art. 36, a, 1°, 2° e 3°, Decreto 21.981/1932).
f. O médico, para o exercício simultâneo da farmácia e vice-versa. 
(Art. 16, h, Decreto 20.931/1932).
g. O português com autorização de residência, com relação às 
empresas de telecomunicações. (Art. 222, CF).
h. Brasileiros naturalizados há menos de dez anos e empresas 
com sede no estrangeiro não podem ser proprietários, principais 
acionistas e empresas jornalística e de radiodifusão de sons e/ou 
de sons e imagens e pessoas (art. 222, CF).
São, legalmente, impedidos de exercer a administração de 
sociedade limitada, as pessoas indicadas expressamente parágrafo 
primeiro, do art.1.011, do Código Civil:
§ 1. Não podem ser administradores, além das pessoas 
impedidas por lei especial, os condenados à pena que 
vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos 
públicos; ou por crime falimentar, de prevaricação, peita 
ou suborno, concussão, peculato; ou contra a economia 
popular, contra o sistema financeiro nacional, contra as 
normas de defesa da concorrência, contra as relações 
de consumo, a fé pública ou a propriedade, enquanto 
perdurarem os efeitos da condenação. (BRASIL, 2002)
São também impedidos de gerir ou administrar as sociedades 
limitadas, por leis especiais:
a. O brasileiro naturalizado há menos de 10 anos em empresa 
jornalística e de radiodifusão sonora e radiodifusão de sons e 
imagens (art. 222, CF).
Direito Empresarial
25
b. O estrangeiro sem autorização de residência que permita o 
exercício de atividade remunerada no país. (Parágrafo 1°, art. 13, 
c/c art. 30, Lei 13.445/2017).
c. O residente fronteiriço sem autorização legal para o exercício de 
atividades da vida civil. (Art. 23, Lei 13.445/2017). 
d. Os estrangeiros na faixa de fronteira (150 Km de largura). Somente 
pessoas físicas ou empresa individual brasileira podem explorar 
estabelecimento ou indústria que interesse à Segurança Nacional 
e que se dedique à pesquisa, lavra e exploração de recursos 
minerais, exceto os usados na construção civil, e colonização e 
loteamento rurais (art. 3°, inciso III, da Lei 6.634/1979).
e. Os funcionários públicos quanto ao comércio e exercício de 
gerência ou administração de sociedades privadas, exceto quando 
a participação se der em conselhos administrativos e fiscais de 
empresas e entidades nas quais a União tenha participação no 
capital social e em sociedade cooperativa constituída para prestar 
serviços a seus membros. Inexiste impedimento legal para que 
sejam acionistas, cotistas ou comanditários. (Lei 8.112, Art. 117 e 
parágrafo único, inciso I).
f. Os militares da ativa (Art. 29, Lei 6.880/1980).
g. Senadores, deputados e vereadores, a partir da posse, possuem 
impedimento parcial. Não podem exercer atividade remunerada, 
nem serem proprietários, controladores ou diretores de empresa 
que mantenha contrato com pessoa de direito público. (Art. 54, 
inciso II, a, CF).
Finalmente, no caso de incapacidade superveniente, nas 
sociedades de pessoas, nas quais estão presentes a affectio societatis 
e o intuitu personae ou princípio da pessoalidade, é possível a exclusão 
do sócio interdito ou curatelado, por decisão da maioria dos demais 
sócios, decretada por sentença judicial, em processo no qual intervenha 
obrigatoriamente o Ministério Público, sob pena de nulidade, para garantia 
de proteção integral dos direitos do interdito ou curatelado. (Art. 130, CC).
Direito Empresarial
26
Deferido o pedido de exclusão, dá-se a liquidação das quotas (art. 
1.031, CC). Essa regra, porém, não se aplica às sociedades intuitu pecuniae 
nas quais a importância do capital se sobrepõe, como as sociedades 
anônimas, em razão da livre cambiariedade dos títulos.
RESUMINDO:
E então, gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você 
realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, 
vamos ver o que vimos. Você deve ter aprendido sobre a 
capacidade jurídica empresarial e a sua importância.
Direito Empresarial
27
O Capital social e a sua integralização
OBJETIVO:
Ao término deste capítulo, você será capaz de entender 
como funciona o capital social e sua importância nos 
processos de criação e gestão de um negócio. Esse 
conhecimento será fundamental para o exercício da 
sua profissão. E então, motivado para desenvolver essa 
competência? Vamos lá, avante!
Contextualizando o conceito de capital social
Capital social é um termo que pode compreender vários significados. 
Na literatura, estuda-se o capital social em diferentes perspectivas, as 
quais podem ser sociológica, econômica contábil ou jurídica. No âmbito do 
Direito Empresarial, a temática do capital social toma vertentes contábeis 
e jurídicas para designar atos constitutivos das empresas. 
O capital social pode ser um ato de uma empresa com titulares 
individuais ou societários, o que pode gerar implicações jurídicas e de 
gestão. Na perspectiva sociológica, esse capital é um produto da relação 
entre os entes de uma sociedade, correspondendo à cooperação entre 
as partes. Na perspectiva do Direito Empresarial e da contabilidade, o 
capital é utilizado para designar bens, recursos ou equipamentos que 
são investidos na abertura de uma empresa ou para a expansão de suas 
atividades.
O capital social na perspectiva dos 
negócios
 A abertura de um negócio ou de uma empresa requer um 
investimento financeiro inicial, que será utilizado para a aquisição de 
recursos necessários para mantê-los funcionando, até que chegue o 
momento em que eles passem a gerar rendimentos suficientes para se 
autossustentar. Mas, você sabe como esse valor é composto? 
Direito Empresarial
28
Figura 4 - Capital social
Fonte: Freepik
O capital social é conhecido como o capital dos sócios, ou seja, é 
a quantidade de dinheiro ou o valor, em dinheiro investido na empresa, 
para que ela inicie suas atividades, ou até mesmo expanda, caso já esteja 
em funcionamento. Deve cobrir as contas que precisam ser honradas 
para manter suas atividades. Esses valores investidos podem ser somas 
monetárias ou bens como imóveis, automóveis, equipamentos, entre 
outros. A composição do capital social varia para cada caso.
No momento da abertura de uma empresa, os recursos financeiros 
são considerados de fundamental relevância, no entanto, uma das grandes 
características das empresas nascentes é a dificuldade de acessar capital 
financeiro, principalmente de procedência formal, como investidores e 
empréstimos, já que geralmente essas empresas não têm histórico das 
suas atividades. 
Muitas vezes, a quantidade de capital que uma pessoa tem não 
é suficiente para iniciar as atividades profissionais em um negócio, por 
esse motivo busca-se um sócio. No entanto, essa busca demanda alguns 
critérios, uma vez que, assim como em um casamento, duas pessoas 
diferentes irão se unir para produzir uma instituição: a empresa.
A quantia necessária para iniciar as atividades de um negócio é 
muito específica. Quando não há recursos iniciais abundantes mesmo 
com a união das partes, a realização de um planejamento estratégico 
pode ser um instrumento de forte notoriedade, inclusive para o processo 
de captação de recursos financeiros junto a capitalistas de risco.
Direito Empresarial
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Figura 5 - Planejamento estratégico
Fonte: Freepik
Para saber o valor suficiente de recursos necessário e formar o capital 
socialde uma empresa nascente, é necessário elaborar uma previsão 
detalhada das possíveis despesas variáveis ou fixas, dos equipamentos 
necessários, encargos incorrentes na atividade a ser executada, impostos 
da atividade etc. É válido lembrar que o capital social é responsável por 
constituir o fundo originário, o núcleo inicial do patrimônio da pessoa 
jurídica, do qual será viabilizado o início da vida econômica da sociedade 
empresarial (tudo o que é de sua propriedade).
VOCÊ SABIA?
O termo pessoa jurídica é utilizado na ciência do Direito 
para designar uma entidade que pode ser detentora de 
direitos e obrigações e à qual se atribui personalidade 
jurídica. No Direito brasileiro, sua regulamentação encontra 
grande parte do fundamento legal no Código Civil, entre 
outros documentos normativos.
No entanto, nem só de gastos e investimentos vive uma empresa. 
O planejamento e as previsões financeiras das receitas são uma etapa 
importante no momento da concepção do negócio. Hammes e Mallmann 
(2021 p.44) afirmam que “esta projeção tem que considerar o prazo até que 
a empresa consiga ter resultados financeiros, para começar a pagar seus 
compromissos com recursos, oriundos de suas receitas; esse recurso é 
conhecido como capital de giro”.
Direito Empresarial
30
Esses cálculos iniciais são importantes, visto que existem direitos, 
deveres, contratos e interesses de entes diferentes em jogo. Na 
perspectiva da contabilidade, o equilíbrio entre as contas é necessário 
para que a saúde financeira da empresa possibilite seu funcionamento 
por mais tempo e atenda os interesses dos seus investidores. 
Para que os sócios realizem o controle do equilíbrio entre as contas, 
utiliza-se o demonstrativo denominado Balanço Patrimonial, o qual, de 
acordo com a Lei nº 11.638/07, MP nº 449/08 e Resolução CFC nº 1.121/08, 
passa a ter a seguinte estrutura:
Quadro 1: Estrutura de Balanço Patrimonial
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO
Circulante Circulante
Disponibilidade Fornecedores
Créditos Obrigações trabalhistas
Estoques Empréstimos e financiamentos
Outros Créditos Obrigações tributárias
Provisões e encargos das provisões
Outras obrigações
Não circulante Não circulante
Realizável a longo prazo Exigível a longo prazo
Investimentos
Imobilizado Patrimônio Líquido
Intangível Capital social
Depreciação acumulada (-) Lucro/Prejuízos acumulados
Reserva de capital
Ajustes de avaliação patrimonial
TOTAL DO ATIVO TOTAL DO PASSIVO
Fonte: GITMAN (2010).
Direito Empresarial
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O equilíbrio é a palavra de ordem no balanço patrimonial. Ribeiro 
(2017 s.p) reafirma isso ao comentar: “Para que o Balanço Patrimonial reflita 
adequadamente a situação econômica e financeira da empresa, o total 
do lado do ativo tem que ser igual ao total do lado do passivo”, ou seja, 
considera-se uma situação patrimonial ideal, quando os valores das duas 
colunas se mantém equilibrados.
No lado do ativo, listam-se os bens e os direitos da empresa, do 
lado do passivo, listam-se as obrigações, e quando há uma diferença 
negativa entre eles é sinal de que a empresa está apresentando um déficit 
financeiro. O equilíbrio, apesar de ser teoricamente o ideal, nem sempre é 
o que se apresenta na realidade, ou seja, é comum que a soma dos bens 
e dos direitos não seja do mesmo tamanho das obrigações.
O resultado que se obtém, com a subtração entre o ativo e o 
passivo, é denominado de situação líquida patrimonial, e será colocada 
a seguir, como o total do gráfico no lado do passivo. Observe a ilustração 
da equação para identificar a situação líquida na figura 6.
Figura 6 - Equação da situação líquida patrimonial 
Ativo 
(Bens + Direitos)
Passivo 
(Obrigações)
Situação 
Líquida
Fonte: Elaborado pela autora (2021).
Os resultados possíveis dessa equação são os seguintes:
1. Ativo maior que passivo - situação líquida positiva ou superavitária.
2. Ativo menor que passivo - situação líquida negativa ou deficitária.
3. Ativo igual ao passivo - situação líquida nula ou inexistente.
A situação líquida patrimonial também pode ser entendida como o 
Patrimônio Líquido. É importante lembrar que no balanço patrimonial, o grupo 
do patrimônio líquido, é composto pelas contas que representam o capital 
social, as reservas de capital, as reservas de lucros, os ajustes de avaliação 
patrimonial, as ações em tesouraria, os lucros e os prejuízos acumulados. 
Direito Empresarial
32
Mesmo sendo as duas expressões usadas como tendo o mesmo 
valor significativo, o artigo 178 da Lei n° 6.404/76, estabelece que as contas, 
utilizadas para a elaboração do balanço patrimonial, sejam classificadas, 
de acordo com os elementos do patrimônio, registrando adequadamente 
o que é ativo e o que é passivo.
As relações organizadas nesse demonstrativo, irão indicar a situação 
financeira da empresa, o momento de resgate do capital investido e o 
patrimônio social, que é um item distinto de capital social. Sobre essa 
distinção, Bertoldi e Ribeiro (2015), afirmam que:
Não há que se confundir capital social com patrimônio da 
sociedade: enquanto este sofre constantes mudanças 
no decorrer da vida da sociedade, dependendo dos 
seus resultados positivos ou negativos, o capital social, a 
princípio mantem-se inalterado, a menos que se delibere 
por seu aumento ou diminuição. (BERTOLDI; RIBEIRO, 
2015, p. 257)
 Em suma, o capital social é um valor permanente, que corresponde 
à massa patrimonial que os sócios usaram para a empresa atuar. Esse 
valor estará presente no momento da constituição da empresa e, também, 
em todos os cálculos de controle, realizados no Balanço Patrimonial. Para 
a sua definição não existe uma fórmula, irá depender de cada caso, no 
entanto, diante das consequências jurídicas, o capital social poderá ter 
maior impacto, quando se tratar de uma pessoa jurídica constituída como 
EIRELI ou Sociedade Limitada, muito mais do que no caso da pessoa 
jurídica, constituída como MEI ou MPE que demanda menor participação 
de capital social. 
O capital social na perspectiva jurídica
O capital social é dividido em parcelas denominadas quotas, 
atribuídas a cada um dos sócios de acordo com valor dos bens investidos 
per se, para composição do capital social, ou em percentual livremente 
acordado entre eles, e individualizadas obrigatoriamente no contrato 
social. A divisão em quotas é importante na distribuição de lucros e 
resultados, nos termos Código Civil:
Direito Empresarial
33
Art. 1.007. Salvo a estipulação contratual, em contrário, o 
sócio participa dos lucros e das perdas, na proporção das 
respectivas quotas, mas aquele, cuja contribuição consiste 
em serviços, somente participa dos lucros na proporção 
da média do valor das quotas.
Elas também são um divisor de águas nas decisões 
negociais, uma vez que as deliberações são tomadas por 
maioria de votos, segundo o valor das quotas de cada 
sócio. (Art. 1.010, CC). (BRASIL, 2002)
Patrimônio e capital social não são sinônimos. O Código Civil define 
patrimônio no art. 91, nos seguintes termos: “constituiu uma universalidade 
de direito o complexo de relações jurídicas, de uma pessoa, dotadas de valor 
econômico”. Esse conceito aplica-se a pessoas físicas e jurídicas e abarca 
o patrimônio material, aquilo que pode ser valorado economicamente. 
Direitos personalíssimos como crença, honra, intimidade, habilidades, 
saberes, e outros não aferíveis economicamente, não são patrimônio 
empresarial.
Nessa mesma linha de pensamento, pode-se dizer que: o 
patrimônio empresarial é o conjunto de bens de uma sociedade, passíveis 
de serem valorados economicamente, e, neste universo, está contido o 
capital social (ativos e passivos), o qual ao ser integralizado é um fundo 
originário indicado e detalhado no contrato social, constituído pelos bens, 
crédito e/ou dinheiro, disponibilizados pelos sócios para possibilitar o 
desenvolvimento inicial das atividades empresariais, passível de seralterado para permitir o desenvolvimento e expansão do negócio ou 
torná-lo mais modesto (art. 968, III e 997, III, c/c 981, CC).
A distribuição do lucro pode ser feita, como bem acordarem os 
sócios, mas cláusulas que dispensem algum deles de contribuir para o 
capital social com bens, crédito e/ou dinheiro são nulas de pleno direito. 
Isso tende a mudar.
A sociedade e o mundo dos negócios estão em constante evolução, 
e o desenvolvimento tecnológico não para de trazer novas formações 
jurídicas e conflitos para o direito analisar e resolver. 
Direito Empresarial
34
Com a ampliação das startups, por exemplo, há empreendedores 
adotando práticas de bootstrapping, ou contribuição para o capital 
social com serviços. O problema é que apenas nas sociedades simples 
a contribuição para o capital social somente com serviços é legal. Nas 
sociedades empresárias os sócios precisam obrigatoriamente, por força 
de lei, aportar bens econômicos para a formação do capital social.
A tecnologia está rompendo práticas empresariais enraizadas 
no tempo sem que as normas legais as acompanhem. A prática do 
bootstrapping remete à velha ficção contratual da “sociedade faz de conta” 
nas antigas sociedades limitadas. Os sócios iniciam as startup “dividindo” 
o capital social no contrato social quando, na prática, uns aportam bens e 
aportam outros serviços. Mas, de alguma forma, a lei terá que solucionar 
isso, ou voltaremos às seculares práticas comerciais costumeiras, ainda 
hoje muito usadas no mercado internacional.
Enquanto as leis não mudam, os sócios devem indicar no contrato 
social, em moeda corrente, o valor total do capital investido na sociedade, 
o valor subscrito por cada sócio, o tempo e modo como os bens serão 
integralizados à sociedade.
A integralização pode se dar no ato da constituição da empresa ou 
posteriormente, mas o contrato deve conter cláusula especificando o valor 
de mercado de cada bem ou serviço e como se dará a incorporação, se 
em dinheiro, transferência de bens ou créditos ou prestação de serviços.
Não há impedimento legal para que terceiros disponibilizem bens 
para a integralização no nome de algum sócio, seja através de doações, 
de fomentos, de mútuo, etc. Os serviços, porém, se dão intuitu personae.
Na falta de previsão contratual sobre como se dará a integralização, 
a exequibilidade é imediata. (Art. 134 c/c 331 e 1.001, CC). Porém, a 
constituição do sócio devedor em mora só se dará após notificação. Ao 
valor a ser devolvido na integralidade se somará perdas e danos, sendo 
facultativo aos demais sócios a exclusão do sócio remisso. (Art. 1.004, CC).
Direito Empresarial
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Alterações Contratuais e o Registro das 
Modificações
Empresas são criadas para ter vida longa e gerar lucros por muitos 
anos. Como o mercado muda e as aspirações, desejos e capacidade de 
trabalho dos sócios variam no tempo, não são raras as alterações nos 
contratos sociais para adequá-los às modificações estratégicas ou ao 
quadro societário, mas que não necessariamente implicam mudanças na 
personalidade jurídica da empresa.
Todas as alterações sociais, com ou sem mudanças na personalidade 
jurídica, devem ser levadas a registro na Junta Comercial. Uma alteração 
no nome empresarial, elemento que integra os atos constitutivos das 
sociedades, por exemplo, não caracteriza alteração na personalidade 
jurídica da empresa, mas a modificação em um dos elementos essenciais 
contidos no contrato social precisa ser registrada na Junta Comercial (Art. 
1.155 c/c 997, inciso II e 1.054, CC).
Mudanças no quadro societário são necessárias quando sócios 
saem ou entram na sociedade, ou há transferência de quotas entre os 
sócios, aplicando-se, no que couber, as determinações contidas nos 
artigos 1.031 e 1.032, do Código Civil.
As mudanças mais usuais são: alterações de endereços, dentro de 
um mesmo município ou entre estados, de atividade, de quadro societário, 
mudança no capital e nas cláusulas contratuais, no enquadramento da 
empresa, migração entre tipos societários (MEI, Empresário Individual, 
Sociedade Limitada ou Eireli) ou aditamentos em razão de eventuais 
correções cadastrais na Receita Federal por equívocos nos atos de 
constituição.
Há duas formas de alteração contratual: simples, através de 
um adendo ao contrato social; e consolidada, que reúne, num único 
documento, todas as alterações feitas ao longo da atividade empresarial, 
compondo um contrato social novo, independentemente dos anteriores.
Direito Empresarial
36
RESUMINDO:
E então, gostou do que lhe mostramos? Aprendeu tudo 
mesmo? Agora, só para termos certeza de que você 
realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, 
vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido 
que o Capital Social pode ser trabalhado em quatro 
perspectivas: sociológica, econômica, contábil ou jurídica. 
No entanto, na perspectiva contábil e jurídica o capital 
social é conceituado como o capital dos sócios, necessário 
para a constituição inicial de uma empresa. Nesse sentido, 
vimos que a relação de sócios é uma relação contratual 
na qual duas ou mais pessoas se unem para produzir 
uma instituição: a empresa. Por esse motivo, a perspectiva 
jurídica atua neste âmbito. Vimos também a necessidade 
de um planejamento estratégico e de pesquisas que 
forneçam informações e tendências do potencial de gastos 
iniciais e possíveis receitas. Essa atividade é importante 
no momento da constituição do negócio para fornecer 
clareza aos investidores. No momento do funcionamento 
das atividades da empresa, o balanço patrimonial pode 
ajudar a fornecer informações sobre a saúde financeira do 
negócio, bem como sobre o patrimônio social, lembrando 
que o valor do capital social deverá constar no momento da 
constituição da empresa e, também, em todos os cálculos 
de controle, realizados no Balanço Patrimonial. Além disso, 
a perspectiva jurídica demonstra as previsões contratuais 
vigentes na legislação, além de debater o manuseio do 
contrato e suas modificações estratégicas, diante do 
interesse dos sócios ao longo do tempo.
Direito Empresarial
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Administração e representação social
OBJETIVO:
Ao término deste capítulo, você será capaz de entender 
como deve se dar a administração social, nos termos da lei, 
o lucro e as perdas, os direitos e deveres dos sócios para 
com seus pares, o Estado e stakeholders. E então, motivado 
para desenvolver essa competência? Vamos lá, avante!
O significado da administração
A administração, a cargo de um ou mais sócios, ou de terceiros 
contratados com essa finalidade, é o meio pelo qual os sócios viabilizam 
administrativamente a concretização do objetivo social.
A designação do administrador ou administradores pode ser feita no 
próprio contrato social ou em documento à parte, mas sempre na forma 
escrita, com a delimitação de deveres e responsabilidades. Se for feita à 
parte, é preciso averbar o documento à margem da inscrição da sociedade 
na Junta Comercial antes da prática de quaisquer atos de gestão, sob 
pena de responsabilidade do administrador, pessoal e solidária para com 
a sociedade (art. 1.012, CC).
É recomendável também, mas não obrigatório, que os sócios 
definam a forma de remoção e nomeação de novos administradores no 
próprio contato social, como forma de evitar conflitos no decorrer da vida 
da empresa.
Sobre a revogabilidade de poderes, assegura o Código Civil:
Art. 1.019. São irrevogáveis os poderes do sócio investido 
na administração por cláusula expressa do contrato social, 
salvo justa causa, reconhecida judicialmente, a pedido de 
qualquer dos sócios.
Parágrafo único. São revogáveis, a qualquer tempo, os 
poderes conferidos a sócio por ato separado, ou a quem 
não seja sócio. (BRASIL, 2002)
Direito Empresarial
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Nomeado, cabe ao administrador, sócio ou não, a responsabilidade 
de praticar todos os atos necessários à gestão do negócio, exceto a 
decisão de oneração e venda de imóveis,exclusiva dos sócios, com o 
mesmo cuidado e diligência que dispensaria aos seus próprios interesses, 
aplicando-lhe, no que couber, as regras do mandato e os impedimentos 
do parágrafo 1°, do art. 1.011. Em caso de uso dos bens sociais em proveito 
próprio ou de terceiros, o administrador terá que restituí-los à sociedade, 
pagar o equivalente com todos os lucros resultantes, e ressarcir todos os 
prejuízos na sua integralidade. (Art. 1.017, CC)
O poder de administrar, quando previsto em contrato, não retira 
dos sócios o direito de participação nas deliberações, com prevalência da 
maioria absoluta nas decisões – metade mais um -, segundo o valor das 
cotas individualmente consideradas. Os sócios também podem impugnar 
as decisões uns dos outros. (Art. 1.010 c/c art. 1.013, parágrafo 1°, CC)
O excesso na administração, porém, somente poderá ser oposto a 
terceiros no caso das hipóteses discriminadas nos incisos do art. 1.015, do 
Código Civil: 
I. se a limitação de poderes estiver inscrita ou averbada 
no registro próprio da sociedade; II. provando-se que 
era conhecida do terceiro; III. tratando-se de operação 
evidentemente estranha aos negócios da sociedade. 
(BRASIL, 2002)
Se o contrato social for omisso, a administração ficará separadamente 
a cargo de cada um dos sócios. E, se houver competência conjunta de 
vários administradores determinada em contrato, todos devem participar 
das decisões, exceto em caso de urgência e possibilidade de dano grave 
ou irreparável. (Art. 1.014, CC). Em caso de empate, os conflitos entre os 
sócios devem ser dirimidos judicialmente. E, se algum sócio votar em 
benefício próprio, contrariando interesses da sociedade, responderá 
também por perdas e danos.
Todos os cuidados do legislador quanto às regras de nomeação, 
remoção e administração das sociedades têm por objetivo publicar e dar 
transparência à gestão empresarial, preservando os interesses de sócios, 
administradores e stakeholders interessados em estabelecer relações 
negociais com a empresa.
Direito Empresarial
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Lucros e perdas
O contrato social deverá especificar a participação dos sócios nos 
lucros e nas perdas decorrentes da prática do objetivo social da empresa, 
na proporção das suas respectivas quotas. Qualquer estipulação em 
contrário é nula de pleno direito. (Art. 1.008, CC)
A única exceção parcial aplica-se ao sócio prestador de serviços, 
pois as perdas não podem atingir o valor da sua força laboral e os direitos 
dela decorrentes, com base no art. 6° da Constituição Federal. Apesar de 
não participar das perdas, a participação do sócio prestador de serviços, 
se convencionada em contrato, também é diferenciada, e ele lucra na 
proporção da média do valor das quotas que compõem o capital social 
(art. 1.007, CC).
Silente o contrato social, o usual na prática comercial é a distribuição 
de lucros e prejuízos na proporção das quotas sociais de cada um dos 
sócios.
Como nas relações civis é dado ao indivíduo fazer tudo o que a lei 
não proíbe, os sócios podem acordar outras formas de divisão de lucros 
e perdas, desde que as cláusulas não sejam abusivas, o que ensejaria 
nulidade (art. 187 c/c art. 166, VII, CC).
Direitos e obrigações dos sócios
Antes de se falar em direitos e obrigações, é bom relembrar a 
diferença entre sócio, sociedade empresária e empresário individual.
a. Sócio: é a pessoa física que reúne condições legais para ser 
empresário. O patrimônio não se confunde com a sociedade, em 
que pese contribua para a formação do patrimônio dela.
b. Sociedade empresária: é a pessoa jurídica que atuará no mercado 
para concretizar o objetivo social, a atividade econômica 
organizada para produção ou serviços. Tem patrimônio próprio, 
desvinculado dos sócios que a compõem. A responsabilidade 
patrimonial dos sócios é subsidiária à da sociedade, na medida 
das cotas que possuem.
Direito Empresarial
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c. Empresário Individual: é uma pessoa física que atua como titular 
único do seu próprio negócio, um empreendedor único, sem 
sócios. O patrimônio pessoal responde, em sua totalidade, pelo 
risco do empreendimento. Há responsabilidade direta.
Os direitos e obrigações dos sócios, em linhas gerais, estão 
elencados nos arts. 1.001 a 1.009 do Código Civil.
A primeira obrigação dos sócios é registrar o contrato social na Junta 
Comercial e integralizar o capital social no prazo contratual, sob pena de 
responsabilidade civil e/ou exclusão da sociedade, em até 30 dias após 
notificado. Do registro e integralização decorrem todos os direitos dos 
sócios, pessoais e patrimoniais, assim como os seus deveres para com a 
sociedade.
Os sócios têm direito ao lucro na proporção de suas quotas, não 
havendo impedimento legal para a distribuição de dividendos de forma 
diversa. No caso do sócio que contribui com serviços os dividendos, são 
pagos pela média do montante distribuído aos demais. Entretanto, lucro 
é direito eventual, dependente de fatos incertos como o desempenho da 
empresa no mercado, qualidade da produção ou dos serviços, etc.
Os sócios têm também o direito de participar na administração 
da sociedade, direta ou indiretamente, na extensão das suas quotas, e 
de fiscalizar os administradores. As obrigações iniciam com o contrato 
social, se outra data não for acordada entre os sócios, e terminam com a 
liquidação da sociedade e a extinção das responsabilidades sociais.
Os sócios também têm a obrigação de cumprir as suas funções 
na administração da sociedade, não podendo ser substituídos sem o 
consentimento dos demais.
Alterado o contrato, o sócio que cede as suas ações fica responsável 
solidariamente, por dois anos, pelas obrigações que tinha enquanto 
integrava a sociedade, a contar da averbação da modificação contratual.
O sócio pode transferir o domínio, a posse ou o uso das suas 
quotas sociais sob pena de evicção. Nas transferências de crédito, fica 
responsável pela solvência do devedor.
Direito Empresarial
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Quando a contribuição do sócio se dá em serviços, no todo ou em 
parte, exceto por acordo entre os sócios, não pode ser empregado de 
terceiros, estranhos à sociedade, sob pena de perder o seu lucro e/ou ser 
excluído da sociedade.
Finalmente, a prática de atos ilícitos, como geração de lucros fictícios, 
resulta em responsabilidade civil solidária dos sócios administradores que 
cometeram o ato e dos sócios que, conhecendo a ilicitude, dela tiraram 
proveito.
Relações jurídicas e sociais
Firmado o contrato, concretiza-se a relação jurídica entre os sócios 
na data da assinatura ou outra que tenha sido acordada, nascendo o 
direito de intervenção nas decisões societárias (1.001, CC). Intervenção 
esta que pode se dar tanto pelo princípio da decisão majoritária, quanto 
por regras acordadas entre os sócios e estabelecidas no contrato social.
Com o registro na Junta Comercial, estabelece-se a relação entre 
os sócios e o administrador, entre a sociedade e o Estado, e têm início 
relações jurídicas com stakeholders na praça de comércio na qual a 
sociedade está inserida, necessária à viabilização do seu objeto social.
Cabe ao administrador gerir a sociedade sob a fiscalização dos 
sócios que, a qualquer momento, podem opinar e votar sobre interesses 
da sociedade, ou pedir a sua exclusão, caso não atenda às regras pré-
estabelecidas entre os sócios para a gestão interna.
Os sócios insatisfeitos, minoritários ou não, poderão mover 
ação judicial contra o administrador e contra as decisões dos sócios 
majoritários, em seu próprio nome, arcando pessoalmente com os custos 
judiciais (custas, honorários de advogados e peritos, etc.), mas, se houver 
condenação, os benefícios decorrentes do pedido vestibular, como 
perdas e danos, reverterão para a sociedade.
O dissenso entre sócios, independente da proporção das suas 
quotas, também pode ser levado a exame judicial, especialmente 
considerando que o descumprimento das regras contratadas paraa 
sociedade pode impactar negativamente no patrimônio particular dos 
Direito Empresarial
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sócios. É o caso da não integralização do capital (art. 1.004 c/c 1.058, CC), 
segundo as regras e prazos acordados, que pode levar a sociedade a 
dificuldades econômicas e até mesmo inviabilizar a sua própria existência.
Da mesma forma, as obrigações decorrentes da pessoalidade não 
podem deixar de serem cumpridas pelo sócio que a ela se obrigou, sob 
pena indenização pelos prejuízos que vier a causar à sociedade.
Nas sociedades em que os sócios são investidores e não há empenho 
pessoal em serviços, a obrigação consiste em se fazerem presentes nas 
deliberações societárias, fisicamente ou através de procuradores com 
poderes para decidir e votar (art. 115 a 120 e 653 a 692, CC).
Sendo assim, a proibição de substituição do sócio – e também 
do administrador -, no exercício das suas funções humanas sem o 
consentimento dos demais, só se aplica às sociedades nas quais é 
possível a pessoalidade no desenvolvimento do objetivo social e não 
nas deliberações societárias características das sociedades por ações. O 
exercício dos direitos sociais é interna corporis, englobando assembleias e 
votações. Ou seja, a proibição do art. 1.002, do Código Civil está direcionada 
às funções sociais e não aos direitos sociais.
Na sociedade intuito personae os sócios não têm o direito de 
transferir as suas quotas para terceiros sem autorização dos demais sócios, 
sob pena da transferência não ter efeitos jurídicos (art. 1.003, CC). Mas, 
na realidade, isso seria muito difícil, já que todos - sócio retirante, sócio 
entrante e demais sócios -, precisam assinar as alterações contratuais e 
levá-las a registro.
Nas sociedades limitadas, não há necessidade de unanimidade 
para o consentimento. Qualquer sócio com mais de 25% das ações pode 
opor-se à entrada de novos sócios, inter vivos ou causa mortis, na ausência 
de regras pré-estabelecidas no contrato social, nos termos do art. 1.057 
do Código Civil que reza:
Art. 1.057. Na omissão do contrato, o sócio pode ceder 
sua quota, total ou parcialmente, a quem seja sócio, 
independentemente de audiência dos outros, ou a 
estranho, se não houver oposição de titulares de mais de 
um quarto do capital social.
Direito Empresarial
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Parágrafo único. A cessão terá eficácia quanto à sociedade 
e terceiros, inclusive para os fins do parágrafo único do 
art. 1.003, a partir da averbação do respectivo instrumento, 
subscrito pelos sócios anuentes. (BRASIL, 2002)
Por outro lado, é preciso respeitar o direito de recesso do sócio que 
quer se retirar da sociedade, o qual não pode ser obstado pelos demais 
sócios em razão do impacto que tem no patrimônio daquele que quer 
ceder as suas quotas. A exceção seria apenas a contratação da sociedade 
por certo tempo. Na ausência de consenso entre os sócios sobre a cessão 
de quotas e a retirada, a via judicial é o caminho.
Concretizado o fim do vínculo societário, persistem por dois anos 
os deveres subsidiários para com as obrigações assumidas ao tempo da 
sociedade.
As obrigações jurídicas entre os sócios terminam com a liquidação 
da sociedade (art. 1.001, CC).
A publicidade da liquidação ocorre com o registro na Junta Comercial, 
mas as obrigações subsidiárias da sociedade, fiscais, trabalhistas, 
consumeristas, de sigilo ou segredo, etc., persistem no tempo, sejam com 
o administrador, o Estado ou terceiros, até o cumprimento, a prescrição 
ou a decadência.
RESUMINDO:
E então, gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Agora, para termos certeza de que você realmente 
entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir 
tudo o que vimos. Você certamente aprendeu a classificar 
as sociedades empresárias quanto à sua natureza, a 
reconhecer as características da sociedade unipessoal, 
da sociedade entre cônjuges e as peculiaridades sobre 
a capacidade jurídica empresarial. Aprendeu sobre o 
capital social e a importância da sua integralização para a 
composição do ativo empresarial e para o desenvolvimento 
das atividades de empresa.
Direito Empresarial
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RESUMINDO:
Por fim, aprendeu sobre as alterações contratuais possíveis 
e sobre a necessidade do registro dessas modificações, 
para que gere efeitos entre os sócios e perante terceiros; 
sobre a importância de uma boa administração para uma 
longa vida empresarial, com lucratividade e boa partilha 
de dividendos; os lucros e as perdas e suas consequências 
para a pessoa jurídica, sócios e terceiros; os direitos e as 
obrigações dos sócios entre si e para com terceiros; e , 
finalmente, sobre as relações jurídicas e sociais da empresa. 
Agora, você está preparado e entende as regras gerais que 
norteiam o Direito Empresarial.
Direito Empresarial
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REFERÊNCIAS
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do Brasil de 1988. Brasília, DF: Presidência da República, [2016]. Disponível 
em: http://bit.ly/36vujoQ. Acesso em: 26 ago. 2019.
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sobre a Lei Orgânica da Magistratura Nacional. Brasília, DF: Presidência 
da República, [1979]. Disponível em: https://bit.ly/3ETS2QH. Acesso em: 
26 ago. 2019.
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Estatuto do Índio. Brasília, DF: Presidência da República, [1973]. Disponível 
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Lei nº 4.591, de 16 de dezembro de 1964, que “dispõe sobre o condomínio 
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República, [1977]. Disponível: https://bit.ly/3wui7TK. Acesso em: 26 ago. 2019.
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das fundações públicas federais. Brasília, DF: Presidência da República, 
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providências. Brasília, DF: Presidência da República, [1993]. Disponível em: 
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Presidência da República, [2002]. Disponível em: http://bit.ly/2PJj7hC. 
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Direito Empresarial
	_heading=h.26in1rg
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	Teoria geral do direito empresarial
	Sociedades Empresárias
	Classificação quanto à sua natureza
	Sociedade unipessoal
	Sociedade limitada entre cônjuges
	Capacidade jurídica empresarial
	Capacidade civil empresarial
	O Capital social e a sua integralização
	Contextualizando o conceito de capital social
	O capital social na perspectiva dos negócios
	O capital social na perspectiva jurídica
	Alterações Contratuais e o Registro das Modificações
	Administração e representação social
	O significado da administração
	Lucros e perdas
	Direitos e obrigações dos sócios
	Relações jurídicas e sociais

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