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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS ESCOLA DE CIÊNCIAS MÉDICAS E DA VIDA CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO OBRIGATÓRIO CLÍNICA E CIRURGIA DE PEQUENOS ANIMAIS Acadêmica: Emily Karoliny Lima Silva Orientador: Prof. MSc. Eduardo de Paula Nascente GOIÂNIA- GOIÁS 2022 ii Emily Karoliny Lima Silva RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO OBRIGATÓRIO EM CLÍNICA E CIRURGIA DE PEQUENOS ANIMAIS Relatório de estágio obrigatório supervisionado apresentado como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Medicina Veterinária, junto ao curso de Medicina Veterinária, da Escola de Ciências Médicas e da Vida, da Pontifícia Universidade Católica de Goiás. Orientador: Prof. MSc. Eduardo de Paula Nascente GOIÂNIA - GOIÁS 2022 iii Dedico este trabalho à minha família... iv AGRADECIMENTOS Primeiramente, agradeço a Deus pela minha vida, saúde e pela oportunidade de estar realizando meu sonho. Aos meus pais, Fernanda Souza Lima Garcia e Gilmar José Garcia, que fizeram o possível e o impossível para me manter na faculdade, além de me apoiarem e estarem ao meu lado em todas as minhas decisões. Aos meus irmãos, Michele Cruz Garcia e Wallyson Cruz Garcia que estiveram ao meu lado, me incentivando a ir em busca de dos meus sonhos. A minha vó, por acreditar no meu potencial, pela delicadeza de sempre orar por mim, e pelo amor que tem me dado. A Pontifícia Universidade Católica de Goiás, por proporcionar um ensino de qualidade e estrutura com todos os recursos necessários para o meu aprendizado. Agradeço ainda a todos os colaboradores e docentes pelo amparo e ensinamentos que tanto contribuíram para meu desenvolvimento acadêmico. Aos meus amigos e colegas da faculdade que fizeram esses anos serem mais leves e descontraídos mesmo com todos os momentos de fraquezas e dificuldades. A Clínica Veterinária Saúde animal, pela oportunidade de realização de estágio e por todo ensinamento obtido. Agradeço a minha supervisora M.V. Laryssa Ribeiro Martins pelo acolhimento, paciência, conselhos durante esse período. Sou grata também aos tutores e aos animais que interagi no decorrer da minha formação. Ao meu orientador, Prof. MSc. Eduardo Nascente, por transmitir seus conhecimentos, por sanar minhas dúvidas, pela dedicação e excelente orientação. v “Mas, sejam fortes e não desanimem, pois o trabalho de vocês será recompensado.” (2 Crônicas 15:7) vi SUMÁRIO LISTA DE FIGURAS.............................................................................................................vii LISTA DE QUADROS.......................................................................................................... viii LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS .............................................................................ix 1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 1 2. CARACTERIZAÇÃO E APRESENTAÇÃO DO LOCAL DO ESTÁGIO .................. 2 2.1. Local de estágio .............................................................................................................. 2 2.2. Justificativa para a escolha da área e local de estágio ....................................................... 2 2.3. Descrição do local do estágio................................................................................................2 2.4. Descrição da rotina do estágio ......................................................................................... 8 3. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS E DISCUSSÃO TÉCNICA CIENTÍFICA............11 3.1. Resumo quantitativo das atividades....................................................................................11 3.2. Descrição e discussão do relato de caso acompanhado......................................................13 3.2.1. Intoxicação por dimesilato de lisdexanfetamina (LXD) em canino.................................13 3.2.2 Discussão..........................................................................................................................14 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................................17 5. REFERÊNCIAS ..................................................................................................................18 vii LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Fachada da Clínica Saúde Animal, Parque Amazônia, Goiânia, Goiás, Brasil........3 Figura 2 - Clínica Saúde Animal, Goiânia, Goiás, brasil. Recepção e sala de espera de atendimentos veterinários (A); Pet Shop, recepção, atendimento do banho e tosa e farmácia veterinária (B); Consultórios destinados aos atendimentos veterinários (C); Sala de vacinação (D).................................................. ...................................4 Figura 3 - Clínica Saúde Animal, Goiânia, Goiás, Brasil. Internação de gatos (A); Quarentena (B); Internação de cães (C); Estoque (D)...............................................................5 Figura 4 - Clínica Saúde Animal, Goiânia, Goiás, Brasil. Consultório de Imagem (A); Sala de Radiografia (B); Isolamento de gatos (C); Isolamento de cães (D)..........................6 Figura 5 - Clínica Saúde Animal, Goiânia, Goiás, Brasil. Sala de Esterilização (A); Expurgo (B); Sala de Preparo (C); Sala de paramentação (D)................................................7 Figura 6 - Clínica Saúde Animal, Goiânia, Goiás, Brasil. Centro Cirúrgico 1 (A); Centro Cirúrgico 2 (B)..........................................................................................................8 viii LISTA DE QUADROS Quadro 1 – Diagnósticos conclusivos/presuntivos dos casos clínicos atendidos no período de 15 de agosto a 15 de novembro de 2022 na Clínica Veterinária Saúde Animal, Goiânia, Goiás, Brasil..........................................................................................11 Quadro 2 – Casos cirúrgicos acompanhados no período de 15 de agosto a 15 de novembro de 2022 na Clínica Veterinária Saúde Animal, Goiânia, Goiás, Brasil......................12 Quadro 3 - Valores relativos e absolutos de exames realizados/acompanhados no período de 15 de agosto a 15 de novembro de 2022 na Clínica Veterinária Saúde Animal, Goiânia, Goiás, Brasil..........................................................................................13 ix LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS ALT – Alanina aminotransferase DML – Depósito de material de limpeza FA – Fosfatase alcalina FC – Frequência cardíaca FR – Frequência respiratória LXD – Dimesilato de lisdexanfetamina MPA – Medicamento pré-anestésica PA – Pressão arterial TR – Temperatura retal 1. INTRODUÇÃO O estágio supervisionado obrigatório é um período de suma importância para crescimento profissional, com o objetivo de ampliar os conhecimentos que foram aplicados durante a graduação. Assim, a prática diária pode transmitir entendimento nas mais diversas situações como agir em casos de emergência, como conversar e explicar ao tutor sobre seus pacientes, além de lidar com o ambiente de trabalho. O estágio supervisionado obrigatório (ESO) foi realizado no período de 15 de agosto à 15 de novembro de 2022, com duração de 375 horas, na Clínica Veterinária Saúde Animal, localizada no Parque Amazônia, Goiânia, Goiás. As atividades desenvolvidas na clínica compreenderam o acompanhamentode consultas, acompanhamento de exames e procedimentos cirúrgicos, sendo possível sempre debater sobre diagnósticos diferenciais e tratamento dos pacientes internados. O presente trabalho tem o objetivo de descrever sobre o local de estágio, de acordo com sua infraestrutura, seus serviços oferecidos e as atividades desenvolvidas no período de estágio. Ao fim, será relatado um caso clínico sobre os aspectos clínicos e abordagem terapêutica em um quadro de intoxicação por dimesilato de lisdexanfetamina em paciente canino. Composto derivado das anfetaminas, o dimesilato de lisdexanfetamina é uma droga psicoestimulante relativamente utilizada no tratamento de pacientes humanos com transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (MATTOS, 2014; WOLRAICH et al., 2019). Atua promovendo o bloqueio da recaptação da dopamina e da noradrenalina, sendo relatados escassos casos na literatura no que concerne a intoxicação de caninos e felinos (HARRIS, 2022). Diante disso, o caso aqui apresentado e discutido, auxiliará outro médicos veterinários na identificação dos sinais clínicos e abordagem terapêutica de pacientes que ingeriram esta droga. 2 2. CARACTERIZAÇÃO E APRESENTAÇÃO DO LOCAL DO ESTÁGIO 2.1. Local de estágio O Estágio Supervisionado foi realizado na Clínica Veterinária Saúde Animal, que se encontra localizada na Rua Montes Claros, quadra 109 - lote 10 - Parque Amazônia, CEP 74840-650, no município de Goiânia, Goiás, Brasil. Coordenadas: -16.73608367541563, - 49.28376477822864. 2.2. Justificativa para a escolha da área e local de estágio Com o passar dos anos, a ligação do homem com os animais tem se tornado cada vez mais forte, sendo marcada por grandes transformações em que o pets tem exercido na sociedade e na rotina das pessoas. Neste sentido, a interação de fundo emocional fez com que esses animais passassem para o status de membro da família ao invés de apenas um simples companheiro de estimação. Com isso, o mercado pet tem ganhado marcante visibilidade em razão do afeto entre o animal e ser humano, de modo que os desses animais buscam cada vez mais o bem estar de seus pets (MARICHALAR (2006); ELIZEIRE, 2013). Além dos aspectos socioeconômicos associados ao mercado pet, que se encontra em crescente evolução, a escolha da área de clínica e cirurgia de pequenos animais se deu, principalmente, por se ter uma afinidade maior com cães e gatos. Tornou-se essencial alcançar conhecimentos teóricos e práticos dessa área, sempre buscando atualizações. A Clínica Veterinária Saúde Animal foi escolhida por ser um centro de excelência nesta área, com uma considerável rotina clínica e cirúrgica de pequenos animais. Além disso, possui uma excelente infraestrutura e conta com uma equipe de profissionais especializados nas áreas de oncologia, nefropatia, anestesiologia, endocrinologia, dermatologista e dentre outros. 2.3. Descrição do local do estágio A Clínica Veterinária Saúde Animal (Figura 1) está localizada na Rua Montes Claros, Parque Amazônia, no município de Goiânia, Goiás. A clínica presta serviços relacionados as cirurgias, consultas, internação, vacinas, diagnóstico laboratorial, pet shop, farmácia veterinária, banho e tosa. Conta com atendimento 24 horas, três médicos veterinários cirurgiões, um anestesista, dois intensivistas e dois clínicos gerais. Adicionalmente, quando necessário, eram solicitados o atendimento de especialistas das diversas áreas, incluindo oncologia, nefrologia, cardiologia, neurologia, endocrinologia e dentre outros. 3 Figura 1 - Fachada da Clínica Saúde Animal, Parque Amazônia, Goiânia, Goiás, Brasil. Fonte: Arquivo pessoal, 2022. A empresa é dividida em duas subáreas sendo a clínica veterinária (Figura 2A) e pet shop (Figura 2B), no qual ambas dispõem de entrada própria. A clínica possui dois andares, onde o térreo é composto pela recepção e pet shop. No primeiro andar encontram-se os consultórios, sala da vacinação, sala de raio-x, consultório de imagem, estoque, área de quarentena e alas de internação de cães e gatos. No segundo andar encontra-se o isolamento de cães, isolamento de gatos, sala de esterilização, expurgo, sala de preparo, sala de paramentação e dois centros cirúrgicos. O piso térreo conta com um funcionário responsável pela recepção e atendimento relacionados a clínica e cirurgia, em que é realizado o cadastro e a pesagem dos animais (Figura 2A). Para deslocar-se ao primeiro e segundo andar, a clínica possui elevador e escadas. No primeiro piso encontram-se três consultórios (Figura 2C) no qual possuem ar-condicionado, uma mesa inox utilizada para avaliação física dos animais e coleta de amostras para exames e procedimentos ambulatoriais. Possui um armário com estetoscópio, termômetro, tubos de coleta, luvas, gazes, álcool, éter, água oxigenada, alguns fármacos que são utilizados na rotina (a exemplo de tramadol, diazepam e dipirona) e objetos para auxílio do médico veterinário nas suas respectivas atividades (tesoura Spencer, cabos e lâminas de bisturi, agulhas, seringas e garrote látex). 4 Em seguida, a sala de vacinação (Figura 2D) também aporta uma mesa de inox para manipulação do animal, contando com ambiente climatizado, uma geladeira em que são armazenadas as vacinas, e um armário para seringas, agulhas, álcool, água oxigenada, éter, gases e luvas de procedimento. Figura 2 - Clínica Saúde Animal, Goiânia, Goiás, brasil. Recepção e sala de espera de atendimentos veterinários (A); Pet Shop, recepção, atendimento do banho e tosa e farmácia veterinária (B); Consultórios destinados aos atendimentos veterinários (C); Sala de vacinação (D). Fonte: Arquivo pessoal, 2022. 5 Ainda no primeiro andar, haviam duas alas de internações destinada a felinos (Figura 3A) e de cães (Figura 3C), exclusivamente para àqueles que não tinham doenças infecciosas. Situava-se também as baias de quarentena, em que eram encaminhados os pacientes suspeitos ou expostos a alguma doença infecciosa ou agente infeccioso (Figura 3B). Cada um desses locais possuía baias, ar-condicionado, uma mesa de inox, colchões térmicos e um armário com diversos objetos (seringas, agulhas, algodão, lâmina de bisturi e dentre outros), além de bombas de infusão. No mesmo andar, encontrava-se ainda a sala de estoque, local onde eram armazenados utensílios destinados as atividades de uso ambulatorial. Apenas os médicos veterinários eram permitidos de retirar e repor o estoque (Figura 3D). Figura 3 - Clínica Saúde Animal, Goiânia, Goiás, Brasil. Internação de gatos (A); Quarentena (B); Internação de cães (C); Estoque (D). Fonte: Arquivo pessoal, 2022. 6 Na última parte do primeiro andar, encontrava-se o consultório de imagem (Figura 4A) que continha aparelho de ultrassonografia, ar-condicionado, uma mesa de inox, calhas para colocar os animais e alguns materiais como álcool, água oxigenada, éter e papel toalha. Possuía também o aparelho destinado à leitura de placas de raio-x. Ao lado do consultório de imagem, encontra-se a sala de radiografia (Figura 4B), um ambiente climatizado, que continha avental plumbífero de proteção radiológica, placas fotográficas de radiografia, calhas, uma mesa Bucky e um aparelho emissor de radiação destinado a fazer o diagnóstico radiográfico. Figura 4 - Clínica Saúde Animal, Goiânia, Goiás, Brasil. Consultório de Imagem (A); Sala de Radiografia (B); Isolamento de gatos (C); Isolamento de cães (D). Fonte: Arquivo pessoal, 2022. 7 O segundo andar, contava com outras internações além das mencionadas no primeiro andar, destinada ao isolamento de gatos (Figura 4C) e de cães (Figura 4D), ambos para aqueles diagnosticados com doenças que ofereçam riscos de infecções para outros da mesma espécie, isolando-o em um ambiente próprio. Em cada um desses locais possuíam os mesmo utensílios e objetosde uso ambulatório relatados anteriormente. A sala de esterilização (Figura 5A) era uma área destinada à esterilização de kits cirúrgicos, capotes, panos de campo e compressas. A sala possuía autoclave, seladora manual e armários para armazenamento dos materiais já esterilizados. Ao lado, tinha o expurgo (Figura 5B), no qual era realizado a limpeza dos materiais utilizados nos procedimentos cirúrgicos. Ainda no mesmo ambiente, encontrava-se a sala de preparo (Figura 5C) e a sala de paramentação (Figura 5D), que contêm armários com luvas cirúrgicas esterilizadas, capotes, toucas, máscaras, além de uma pia para lavagem correta das mãos. Figura 5 - Clínica Saúde Animal, Goiânia, Goiás, Brasil. Sala de Esterilização (A); Expurgo (B); Sala de Preparo (C); Sala de paramentação (D). Fonte: Arquivo pessoal, 2022. 8 Ainda no segundo andar, no mesmo corredor, haviam dois centros cirúrgicos (Figura 6). Ambos os centros cirúrgicos possuíam uma mesa cirúrgica, uma mesa de inox, aparelho de anestesia inalatória, cilindro de oxigênio, monitor multiparamétrico, um armário com fármacos e outros instrumentos de auxílio cirúrgico, como bisturi, seringa, agulha, álcool, água oxigenada, clorexidina e iodo. Figura 6 - Clínica Saúde Animal, Goiânia, Goiás, Brasil. Centro Cirúrgico 1 (A); Centro Cirúrgico 2 (B). Fonte: Arquivo pessoal, 2022. 2.4. Descrição da rotina do estágio O período de estágio curricular supervisionado iniciou-se no dia 15 de agosto de 2022 e foi finalizado dia 15 de novembro 2022, totalizando 46 dias de atividades. A carga horária diária era de seis horas, perfazendo 30 horas semanais, com um total de 375 horas. A clínica desfruta de atendimento 24 horas, sendo o horário comercial das 8 até as 18:00 horas durante a semana e, aos sábados, das 8 às 15 horas. Os atendimentos eram realizados tanto por agendamento ou por ordem de chegada. Os horários de plantão ocorriam entre as 20:00 e 8:00 horas, de modo que das 18:00 às 20:00, até a chegada do plantonista, o médico veterinário intensivista encontrava-se na clínica. 9 Os pacientes passavam pelo atendimento na recepção em que era realizado o cadastro, pesagem e, em casos de agendamentos, eram realizados apenas exames solicitados. Os tutores poderiam escolher um médico veterinário especialista ou clínico geral. Nas consultas, inicialmente realizava-se a anamnese, seguida pelo exame físico geral (palpação de linfonodos, auscultação cardíaca e pulmonar, mensuração da temperatura retal, aferição da pressão arterial), ou colheita de material biológico (sangue, fezes, urina, raspado de pele) para exames laboratoriais. Dependendo da queixa do paciente, era realizado exame físico específico. Além das consultas acompanhadas, auxiliava-se também na pesagem dos animais, contenção para coleta de exames laboratoriais, tanto durante a consulta quanto na internação, e auxiliando-se também no exame físico. Na ausência de consultas, as atividades eram realizadas na internação, em que duas vezes durante o dia (às 10:00 horas e às 15:00 horas) eram aferidos os parâmetros vitais dos pacientes, como frequência cardíaca, frequência respiratória, temperatura retal, pressão arterial e glicemia em todos os animais internados. Todos os procedimentos sempre eram monitorados pelo veterinário intensivista ou pelo supervisor de estágio. Além disso, foi possível acompanhar a elaboração e implementação dos protocolos terapêuticos dos pacientes, principalmente daqueles internados, pois se podia observar a evolução de cada um. Ademais, realizava-se a administração de medicações dos pacientes presentes na clínica, canulação e verificação do acesso venoso, troca de curativos e limpeza de feridas, colocação de sondas uretrais e nasogástricas, administração de fluído para controlar o volume de solução fisiológica dos animais, e calculava-se a taxa de infusão respectiva para cada paciente. Era realizado também, a preparação das baias, fornecimento de alimento e água, passeio com os pacientes, preenchimentos de prontuários, e elaboração conjunta de receitas médicas, permitindo a discussão sobre os protocolos terapêuticos com os mesmos, tudo isso com a supervisão de um médico veterinário. Durante o estágio foi possível auxiliar e acompanhar os veterinários nos procedimentos de diagnóstico de imagem. Sempre portando o avental plumbífero, auxiliava-se na contenção e posicionamento do animal junto a placa de raio-x na posição correta. Na ultrassonografia, também se auxiliava na contenção e posição do paciente. Com tal participação, era possível a discussão sobre o laudo dos exames realizados. No centro cirúrgico, auxiliava no preparo pré-cirúrgico colocando o animal na posição ideal, realização da antissepsia da área, auxílio na paramentação do cirurgião, acompanhamento das cirurgias e, em alguns casos, era permitido auxiliar o cirurgião. Adicionalmente, também 10 era possível acompanhar o anestesista no preparo antes de adentrar ao centro cirúrgico, realizando a tricotomia, colocação do acesso venoso, e na administração de medicação pré anestésica (MPA). Verificavam-se os parâmetros fisiológicos dos animais durante a anestesia, no pós-operatório, e na recuperação do paciente. Todos os animais antes de passarem por qualquer procedimento cirúrgico dentro da clínica, eram submetidos aos exames pré- operatórios (hemograma, perfil bioquímico hepático e renal, além de eletrocardiograma). 11 3. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS E DISCUSSÃO TÉCNICA CIENTÍFICA 3.1. Resumo quantitativo das atividades Durante o período de estágio curricular obrigatório na clínica Veterinária Saúde Animal, foi possível realizar o levamento dos casos cirúrgicos, clínicos e exames complementares assistidos do início ao fim, por meio da colaboração dos dirigentes da empresa. Durante 15 de agosto a 15 de novembro, foram acompanhados 83 casos clínicos, em diferentes especialidades (Quadro 1). Destes, foram atendidos 54 cães (65,05%) e 29 felinos (34,95%). A maior rotina foi relacionada a ocorrência de enfermidade infecciosas e/ou parasitárias (30,48%), seguido por gastroenterologia/hepatologia (15,85%) e nefrologia/urologia (12,2%). Quadro 2 – Diagnósticos conclusivos/presuntivos dos casos clínicos atendidos no período de 15 de agosto a 15 de novembro de 2022 na Clínica Veterinária Saúde Animal, Goiânia, Goiás, Brasil. Especialidade/Diagnósticos N° de Casos Frequência (%) Enfermidades infecciosas e/ou parasitárias 25 30,48% Hemoparasitoses 10 12,2% Parvovirose 7 8,53% Giardíase 3 3,65% Fiv – Imunodeficiência Felina 2 2,44% FeLv – Leucemia Felina 2 2,44% Cinomose 1 1,2% Gastroenterologia/Hepatologia 13 15,85% Gastroenterite de causa desconhecida 5 6,1% Cálculo dentário 4 4,87% Lipidose hepática 3 3,65% Corpo estranho gástrico 1 1,2% Nefrologia/Urologia 10 12,2% Insuficiência renal 4 4,87% Cistite 3 3,65% Obstrução uretral 3 3,65% Toxicologia 1 1,2% Intoxicação por organofosforados 1 1,2% Intoxicação por Dimesilato de Lisdexanfetamina 1 1,2% Cardiologia 1 1,2% Cardiomiopatia dilatada 1 1,2% Pneumologia 4 4,87% Pneumonia bacteriana 2 2,44% Pneumonia fúngica 1 1,2% Colapso de Traqueia 1 1,2% 12 Quadro 3 – Continuação. Diagnósticos conclusivos/presuntivos dos casos clínicos atendidos no período de 15 de agosto a 15 de novembro de 2022 na Clínica Veterinária Saúde Animal, Goiânia, Goiás, Brasil. Especialidade/Diagnósticos N° de Casos Frequência (%) Endocrinologia 1 1,2% Diabetes mellitus 1 1,2% Oncologia 5 6,1% Tumor Venéreo Transmissível 3 3,65% Neoplasias Mamárias 2 2,44% Traumatologia 7 8,53% Lesões cutâneas por ataque de cão 3 3,65% Fratura de pelve 2 2,44% Fratura deTarso 1 1,2% Fratura de mandíbula 1 1,2% Obstetrícia 6 7,31% Distocia 4 4,87% Pseudociese 2 2,44% Dermatologia 9 11% Otite 4 4,87% Sarna demodécica 2 2,44% Malasseziose 2 2,44% Abscesso cutâneo 1 1,2% Total 83 100,00% Durante o período de estágio, foi possível acompanhar 45 procedimentos cirúrgicos (Quadro 2), de modo que todos foram realizados em pacientes caninos. Dentre os realizados, cirurgias do aparelho reprodutor foram as mais frequentes, como orquiectomia (31,11%), OSH eletiva (24,44%) e cesariana (13,33%). Quanto aos exames realizados/acompanhados (Quadro 3), hemograma (26,36%), bioquímicas séricas (21%), ultrassonografia (18,18%) e radiografia (11,81%) foram os mais frequentes. Quadro 2 – Casos cirúrgicos acompanhados no período de 15 de agosto a 15 de novembro de 2022 na Clínica Veterinária Saúde Animal, Goiânia, Goiás, Brasil Cirurgias N° de Casos Frequência (%) Orquiectomia 14 31,11% Ovariosalpingohisterectomia eletiva 11 24,44% Remoção de cálculo dentário 9 20,00% Cesariana 6 13,33% Mastectomia bilateral total 2 4,44% Ovariosalpingohisterectomia - piometra 2 4,44% Drenagem de líquido abdominal 1 2,22% Total 45 100,00% 13 Quadro 3 – Valores relativos e absolutos de exames realizados/acompanhados no período de 15 de agosto a 15 de novembro de 2022 na Clínica Veterinária Saúde Animal, Goiânia, Goiás, Brasil. Exames N° de exames Frequência (%) Hemograma 29 26,36% Bioquímicas séricas 23 21% Ultrassonografia 20 18,18% Radiografia 13 11,81% Teste rápido de parvovirose 9 8,18% Teste rápido de hemoparasitose 9 8,18% Coleta de urina 5 4,54% Teste de fluoresceína 4 3,63% Citologia – raspado cutâneo 4 3,63% Teste rápido de cinomose 2 1,81% Total 110 100,00% 3.2. Descrição e discussão de relato de caso acompanhado 3.2.1. Intoxicação por dimesilato de lisdexanfetamina (LXD) em canino No dia 05 de setembro de 2022 foi atendido um animal da espécie canina, fêmea, sem raça definida, de 11 anos de idade, com bom escore corporal. Durante a anamnese foi relatado pela tutora que o animal havia ingerido um comprimido (50mg) de medicação para tratamento de transtorno de déficit atenção/hiperatividade (TDAH), comercialmente denominado Vyvanse® (50mg, comprimido, Takeda Pharmaceuticals, EUA, 2017), contendo como princípio ativo o dimesilato de lisdexanfetamina. O protocolo vacinal do animal estava atualizado, assim como, vermífugo e anticarrapaticida. Além disso, ingeria somente ração comercial, sem histórico de comorbidades. A tutora relatou que o mesmo apresentava tremores, hiporexia e hiperatividade. Ao exame físico, constatou-se hiperexcitação, hiperfoco, midríase sem resposta fotodinâmica, fotofobia, misofonia, hipoglicemia (66mg/dl), aumento da pressão arterial (160mmHg) e frequência respiratória (82mpm). Diante do histórico e aspectos clínicos, foi recomendado pela médica veterinária responsável a internação da paciente para monitoração. A cadela foi colocada em uma baia separada com a luz apagada e cobertas para cobrir toda a baia, proporcionando um ambiente escuro e calmo ao animal. Foi realizada fluidoterapia na bomba de fluído com ringer lactato de 500mL, cujo volume total era de 806,4mL/ 24 horas com taxa de infusão intensa, para estimular a diurese. Os fármacos utilizados durante a internação incluíram a Vitamina B12 (Hipovita B12®, 1 mL a cada 24 horas, durante 1 dia, via 14 intravenosa), protetor hepático (Heptrat®, 0,05 gramas a cada 24 horas, durante 1 dia, via oral) e glicose (2,8mL a cada 24 horas, durante 1 dia, via intravenosa). De acordo com a melhora clínica do paciente, o volume total de manutenção com ringer lactato foi adequado à 537,6mL/24 horas. Durante a internação da paciente, no período noturno do dia 05 de setembro de 2022, a mesma ainda apresentava sinais como midríase e hiperatividade, com frequência respiratória de 72mpm e a pressão arterial oscilava entre 160-170 mmHg, ainda elevadas. Porém, exibia normorexia, normoúria e ingestão adequada de água. Na manhã seguinte, no dia 06 de setembro de 2022, exibiu melhora significativa no quadro clínico, com todos os parâmetros fisiológicos dentro da normalidade, recebendo alta no mesmo dia. 3.2.2 Discussão O dimesilato de lisdexamfetamina (LDX) é um fármaco que recentemente foi aceito no mercado para tratamento de transtorno de défice de atenção/hiperatividade (TDAH). Atua como psicoestimulante, e seu mecanismo de ação e efeitos se assemelham ao das anfetaminas e ao metilfenidato. É um pró-fármaco inativo no qual a sua porção ativa é a (d-anfetamina), substância metabolizada no fígado por meio de hidrólise de taxa restrita, sendo excretada pelo rim (MATTOS, 2014). O mecanismo de ação da LXD é associado ao bloqueio de recaptação de dopamina e norepinefrina do neurônio pré-sináptico, ampliando a liberação dos mesmos no espaço extraneural (Vyvanse®, 2017). Seu metabólito ativo, a d-anfetamina, atua como substância simpaticomimética eficaz, devido a sua habilidade de atuar tanto no sistema de norepinefrina como no sistema dopaminérgico (ANDRAD, 2002; PAPICH, 2009). Como consequência da atuação dessas catecolaminas, ocorrem predominantemente sinais clínicos como hiperatividade e hiperexcitação (Vyvanse®, 2017). Adicionalmente, é reconhecido que LXD causa desequilíbrio oxidativo devido ao aumento na peroxidação lipídica, oxidação de proteínas e alterações nas atividades de enzimas antioxidantes em áreas cerebrais (EGER et al., 2016). A maioria dos estudos na literatura científica são concentrados na investigação dos efeitos da droga em seres humanos, principalmente para o tratamento de TDAH (CHILDRESS et al., 2012) e no controle de distúrbios alimentares (SCHNEIDER et al., 2021). Em muitos desses estudos, pequenos roedores são utilizados como modelo experimental para os processos investigativos (EGER et al., 2016). Adicionalmente, quadros de intoxicação por esta droga, bem como, de outras anfetaminas e metanfetaminas, não são comumente relatados e/ou 15 diagnosticados na rotina médico-veterinária, principalmente na clínica de pequenos animais. Escassos relatos descreveram tais condições na espécie canina (BISCHOFF, et al., 1998; PEI & ZHANG et al., 2014; HARRIS, 2022) e em felinos (NORKUS et al., 2017; CRECRAFT et al., 2022), evidenciando assim, a importância de descrição de novos casos, como o apresentado neste trabalho. No presente relato, além da hiperatividade e hiperexcitação, a paciente atendida exibia outros sinais clínicos que corroboram os descritos na literatura, sejam advindos de relatos em humanos ou animais, como tremores musculares (DERLET et al., 1990), hiporexia (BIEDERMAN, 2007), midríase (NORKUS et al., 2017), aumento da frequência respiratória e pressão arterial (HARRIS, 2022). Adicionalmente, outros sinais os quais poderiam ser evidenciados nos quadros de toxicoses, incluem convulsão, hipertermia (KIELY et al., 2009), rabdomiólise (CRECRAFT et al., 2022), agressividade (NORKUS et al., 2017) e distúrbios gastrintestinais como vômito, dor abdominal e diarreia de aspecto sanguinolento, os quais são frequentemente relatados em seres humanos (LAREIRO, 2012). Por se tratar de um animal hígido, sem histórico de comorbidades pré-existentes, os sinais clínicos observados em associação ao relato da tutora na identificação do violamento do frasco do medicamento em questão, foram suficientes para atribuição de diagnóstico presuntivo e, consequentemente, condução clínica. Além do exame clínico, foi realizada a dosagem de glicose, o qual evidenciou-se quadro de hipoglicemia, achado semelhante ao descrito por Crecraft et al. (2022) ao relatarem quadros de intoxicação por LXD em três felinos. Entretanto, com a realização de exames adicionais, outros achados também podem ser evidenciados nessas intoxicações, como coagulação intravascular disseminada (CID), aumentode enzimas séricas como alanina-aminotransferase (ALT), fosfatase alcalina (FA) e creatinina quinase (PEI & ZHANG, 2014). Tais alterações podem ser justificadas pela maior concentração do metabólito ativo do LXD em órgãos como fígado, coração e rins (BUCHWEITZ et al., 2022). Como os sinais clínicos apresentados pelo paciente foram considerados leves, optou- se somente pela observação e administração de fluidoterapia com glicose e complexo vitamínico. A intensidade dos sinais clínicos deste caso, foram semelhantes aos descritas por Harris et al. (2022) ao relatarem quadro de toxicose aguda por Adderall® (dextroanfetamina+levanfetamina) em uma cadela, e por Norkus et al. (2017), ao descreverem intoxicação por LXD em uma gata. Em ambos os casos, as doses ingeridas pelos animais, encontravam-se em um intervalo entre 10,3mg/kg a 12,3mg/kg. Em cães, é relatado que a dose letal mediana oral para anfetaminas pode variar entre 10 mg/kg a 27 mg/kg (Harris et al. (2022). 16 Com isso, pressupõem-se que o animal deste relato tenha ingerido dose semelhante aos desses relatos, de aproximadamente 8,9mg/kg, considerando que a apresentação comercial da droga era de 50mg/comprimido. A realização de fluidoterapia com glicose foi adotada com o objetivo de correção da hipoglicemia. Partindo-se do pressuposto de que as anfetaminas são potencialmente metabolizadas no tecido hepático, desencadeiam aumento das concentrações séricas de enzimas hepáticas e promovem estresse oxidativo (PEI & ZHANG, 2014), a administração do Heptrat® constitui como interessante abordagem adicional. O medicamento possui em sua composição uma série de compostos vitamínicos, principalmente vitamina B12, de aminoácidos, minerais e extratos de alcachofra e mariano. Sabe-se vitamina B12 possui efeito modulador do metabolismo proteico e potencial protetor sobre o trato gastrintestinal e sistema nervoso central, principais sistemas orgânicos sensíveis à ação do LXD (SPINOSA et al., 2012). Além disso, os extratos das plantas supracitadas possuem reconhecida ação hepatoprotetora por serem ricas em antioxidantes naturais (BERSCHNEIDER, 2002; ASSUMPÇÃO, 2016). Entretanto, naqueles pacientes com sinais neurológicos graves, como quadros convulsivos, a administração de drogas como fenobarbital e benzodiazepínicos deve ser realizada (DERLET et al., 1990, TEITLER, 2009). Recentemente, Harris et al. (2022) evidenciaram ainda o uso de terapia intravenosa de emulsão lipídica (TIEL) em casos de toxicoses por anfetaminas em cães, sendo observadas reduções significativas dos níveis séricos e plasmáticos do composto logo após a administração, com rápida recuperação do paciente. Entretanto, anteriormente, Norkus et al. (2017) descreveram que o uso da TIEL em conjunto com a acepromazina, não foram suficientes para a melhora clínica de uma gata jovem intoxicada com LXD, sendo necessário a administração de dexmedetomidina. Portanto, como as alterações clínicas da paciente não foram graves, o cenário permitiu que um prognóstico favorável, porém, não se deve descartar possíveis complicações à longo prazo. Desse modo, é importante pontuar que a anamnese bem detalhada e o reconhecimento dos sinais clínicos foram essenciais para a definição do diagnóstico, permitindo a adoção de uma abordagem terapêutica adequada ao paciente. Porém, deve-se levar também em consideração outras formas de diagnóstico, utilizando ferramentas como a cromatografia de camada delgada (CCF) e cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC), que apesar de não realizadas aqui neste caso, são fundamentais para confirmação do quadro tóxico. 17 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS A realização do estágio curricular supervisionado foi primordial para o desenvolvimento e crescimento profissional, sendo um meio necessário para o contato com a realidade do que realmente é o dia a dia do médico veterinário. Esse período foi essencial para aprender a lidar com tutores e com os outros profissionais do mesmo ambiente de trabalho. Além de aprender e melhorar as técnicas já vivenciadas, ganhar confiança na conduta ocupacional e principalmente superar os desafios são pontos a serem evidenciados. Também foi possível perceber que, a área de clínica e cirurgia está em constante mudança de acordo com as condutas, tanto em cirurgias como em tratamentos clínicos, de modo que os profissionais devem sempre se atualizar. 18 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANDRADE, S.F. Drogas que atuam no sistema nervoso periférico. Manual de terapêutica veterinária. 2 ed. São Paulo: Roca, 2002. p.401-416. ASSUMPÇÃO, A.E. Desenvolvimento de formulação fitoterápica com extrato de alcachofra (Cynara scolymus) e batata yacon (Smallanthus sonchifolius) e atividade lipêmica em cães obesos. Dissertação de Mestrado. Programa de pós-graduação em ciências da saúde mestrado e doutorado – UNISUL, 2016. BERSCHNEIDER, H.M. Complementary and alternative veterinary medicine and gastrointestinal disease. Clin. Tech. Small Anim. 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