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SO� V/ IS����LA AF���� DE SO��� Laboratório de Farmacologia Semana 1: Farmacologia da dor DOR NOCICEPTIVA x NEUROPÁTICA • Nociceptiva: -ativação fisiológica de receptores de dor - lesão de tecidos ósseos, musculares ou ligamentares (osteoartrose, artrite reumatoide, fratura e rigidez muscular na dor lombar inespecífica, etc.); -intensa, aguda ou latejante, mas pode ser leve -responde bem a analgésicos ou AINES; • Neuropática: -lesão ou disfunção do sistema nervoso central ou periférico, -resultado da ativação anormal da via da dor ou nociceptiva (hiperexcitabilidade neuronal em áreas lesadas) -não responde aos analgésicos usuais (paracetamol, dipirona, AINES, opioides fracos). • Dor mista: -dor crônica mais frequente. -Apresenta lesão tecidual e do sistema nervoso ao mesmo tempo. - Ex: radiculopatia ou dor oncológica: compressão de nervos e raízes (neuropática) + ossos, articulações, ligamentos (estruturas musculoesqueléticas) gerando dor nociceptiva. Reação Inflamatória • Está presente em quase todas as lesões produzidas no organismo humano: – Traumas; Lesões térmicas; – Isquemia; Infecções; – Reações imunitárias a agentes externos e processos auto-imunes • Caracteriza-se: produção de mediadores inflamatórios e movimentação de líquido e leucócitos do sangue para os tecidos extravasculares. • O hospedeiro tenta localizar e eliminar células com alterações metabólicas, partículas estranhas, microorganismos ou antígenos. • A Reação inflamatória que vai promover a chegada de células e líquidos ao local da inflamação – gerada por células e mediadores químicos. SO� V/ IS����LA AF���� DE SO��� AÇÃO DAS PROSTAGLANDINAS : ESCALA ANALGÉSICA DA OMS • Degraus do Tratamento da Dor Nociceptiva e Mista (OMS, 2009) ● AINES •Os corticoides agem na Fosfolipase A2 e os AINES agem nas COX ou seja na Ciclooxigenase; Ação antipirética -Regulação térmica via hipotalâmica; -AINES reajustam o “termostato” hipotalâmico; -Inibição das prostaglandinas de ação hipotalâmica(PGE2 – produz aumento da temperatura. -Durante a reação inflamatória, endotoxinas (ex:bacterianas) causam a liberação de pirógeno pelos macrófagos: • IL-1: induz a COX-2 no endotélio dos vasos sanguíneos no hipotálamo; • estimulam a produção de PGE2 no hipotálamo; • PGE2 é responsável pela elevação do ponto de ajuste hipotalâmico da temperatura. • Inibição indireta da PG no hipotálamo (PGE2 AÇÃO ANALGESICA -Eficazes contra a dor; • Diminuição da produção de PG: – menor sensibilização das terminações nervosas nociceptivas a mediadores inflamatórios; • São eficazes na artrite, bursite, dor de origem muscular e vascular, dor de dente, dor de estados pós-parto e na dor de metástases de câncer para o osso – todas associadas ao aumento na síntese de PG. • O alívio da cefaléia: menor vasodilatação cerebral mediada pela inibição das prostaglandinas. Ação anti inflamatória – Inibição da síntese de prostaglandinas (PGE2 e PGI2 -prostaciclina), mediante a inativação das ciclooxigenases –redução da dor; – Diminuição do edema: menor vasodilatação por inibição das PG vasodilatadoras (PGE2 e PGI2); SO� V/ IS����LA AF���� DE SO��� – AINEs impedem a saída do exsudato (enzimas, células de defesa, citocinas, proteínas do complemento). Ciclooxigenase - Enzima; • COX-1(constitutiva): -Expressa no estômago, Rim,Plaquetas, Útero, SNC – independe de estímulo -protetora da mucosa gastrica pois inibe PGE2/PGI2 -nas plaquetar, Tromboxano A2, ação trombótica -via fisiológica, responsável por proteger a mucosa gástrica através das prostaglandinas, além de favorecer a agregação plaquetária e contribuir para homeostase da função renal • COX-2 (induzida): surge nos locais de inflamação; produzida nos macrófagos, linfócitos, endotélio • COX-2 (constitutiva): -Rim- PGI 2-mácula densa nos processos de filtração glomerular e excreção de sódio -PGI2: endotélio- ação antiagregante plaquetária- SNC- PGE2 ● Classificação dos AINES 1. Inibidor Seletivo da COX-1 - Inibem efetivamente a COX1: ASPIRINA; - Em doses baixas possui ação na seleção de plaquetas; - Em doses altas age de forma sistêmica e pode haver maior no toxicidade no trato gastrintestinal (TGI); 2. Inibidores não seletivos COX - Maior atividade sobre COX-1 mas com pequena ação em COX-2 também; - Alteram agregação plaquetária e causam efeitos tóxicos renais e no TGI; - Também inibem a migração de leucócitos polimorfonucleares, função dos linfócitos e reduzem a migração de neutrófilos; - Ex: Diclofenaco, Ibuprofeno, Piroxicam, etc 3. Inibidores preferencialmente seletivos da COX-2 - Apresentam um grau de seletividade para a COX-2; - Menor efeito no TGI, renal e pulmonar; - Seguros em pacientes cirúrgicos e em uso de anticoagulantes ou distúrbios de sangramento; - Ex: Meloxicam e Nimesulida; 4. Inibidores altamente seletivos da COX2 - Bloqueiam mais eficientemente a COX-2; SO� V/ IS����LA AF���� DE SO��� - Não possui efeitos no TGF e em doses habituais não interferem na agregação plaquetária; - Relacionados a maior risco de efeitos trombóticos cardiovasculares; - Ex: Celebra (celecoxib) e Arcóxia (etoricoxibe); Contraindicações -Hipertensos e Insuficiência cardíaca que pode ser descompensada; - Pacientes que relatam reação alérgica à aspirina (asma); - Gestantes que pode fechar antecipadamente o ducto arterioso; - Problemas gastrointestinais (histórico de úlcera gástrica); -Uso concomitante de anticoagulantes; -Insuficiência Renal (pode causar disúria, edema, etc.) e hepatotoxicidade; - Contraindicação para Idosos, -Gestantes e Crianças; - NÃO DAR AAS PARA CRIANÇAS COM DOENÇAS VIRAIS!! Opióides -Causa dependência e deve ser prescrito por no máximo 30 dias; Tomar cuidado com superdosagem; - Ópio: Extrato da seiva da papoula Papaver somniferum. - Opiáceos: termo restrito aos fármacos derivados do ópio, como a morfina, e aos semissintéticos, como a codeína. - Opióides: drogas naturais, endógenas ou sintéticas que produzem efeitos semelhantes à morfina, que são bloqueados pela naloxona. - Opióide fraco: codeína e opióide forte: morfina Mecanismo de ação - Redução da excitabilidade neuronal e da liberação do neurotransmissor responsáveis pela dor; - Opióides endógenos: Encefalinas, Endorfinas e Dinorfinas/Nociceptina; - 3 tipos de receptores: μ (mu), κ (kappa) e δ (delta); - Hiperpolariza o neurônio e inibe potencial de ação em neurônios da dor; ▪Efeitos adversos: Analgesia, Sonolência, Depressão do centro respiratório, Euforia, Constrição pupilar/ miose, Estimulação do centro do vômito, Retenção urinária SO� V/ IS����LA AF���� DE SO��� Supressão do reflexo da tosse, Constipação, Sedativa - Contraindicação e não pode ser utilizado no trabalho de parto pois ele pode atravessar a placenta e causar depressão respiratória no bebê; - Efeitos farmacológicos: Liberação de histamina dos mastócitos (reação pseudoanafilática), vasodilatação periférica e efeitos imunossupressivos; Classificação 1) FORTE Morfin� - Agonista forte; Via oral e endovenosa; - Dor intensa, sedativo potente; Pode causar dependência; - Efeitos Adversos: depressão respiratória, hipotensão constipação intestinal e retenção urinária, náuseas, vômitos, prurido; - Contra indicação: asma grave, íleo paralítico, depressão respiratória, obstrução das vias respiratórias superiores; Metadon� -Analgesia: dor crônica e dor neuropática; Forte; -Tratamento da abstinência à morfina e heroína. Na presença de Metadona, a morfina não promove intensa euforia; Meperidin� -Eficácia analgésica semelhante à morfina; Causa agitação e não sedação; -Efeito de boca seca e é contra indicado na taquicardia; Fentanil� -100x mais potente que a morfina; Ação de duração rápida e curta; -Via intravenosa, epidural e adesivo transdérmico em caso de dores crônicas; -Indicações: analgesia e sedação, sendo adjuvante de anestesia local e sedação; 2) FRACOS Codeín� -Tratar dores leves a moderadas; 12 a 13 vezes menos potente que a morfina; -Ação antitussígena e antidiarreica; -Causa pouca ou nenhuma euforia; - Associação à antiinflamatórios; Tramado� -Analgésico de açãocentral e é uma agonista parcial; fraco e possui a mesma potência que a codeína, porém é uma droga cara; -Efeitos cardiovasculares e respiratórios mínimos e baixo potencial de induzir dependência; -Contra-indicado: pacientes com epilepsia ou em associações com anticonvulsivantes; 3) ANTAGONISTAS OPIÓIDES Nal�on� -Antagonista puro e que tem afinidade pelos três receptores; -Administrado por via endovenosa; -Uso clínico para tratamento de depressão respiratória por superdosagem de opiáceos; SO� V/ IS����LA AF���� DE SO��� -Reverter o efeito analgésico dos opiáceos usados no parto sobre recém-nascido; Naltr�on� -Duração de ação mais longa e administrado por via endovenosa e via oral; -Uso clínico para manutenção de tratamento de dependentes; Casos clínicos A) Qual é a vantagem da associação analgésica? -Sinergismo; a associação se mostrou melhor do que ambos administrados separadamente. Codeina: uma substância química com ação central,analgésico narcótico e antitussígeno. - paracetamol, com uma ação predominantemente periférica; analgésico não opioide e antipirético; -Apresentação: comprimido nas concentrações de 500+30mg (dores de moderada a intensa) ou 500 +7,5mg (dores de intensidade leve). B) Por que a codeína foi o representante opioide escolhido? Meia vida semelhante, farmacocinética semelhantes C) Quais os potenciais efeitos adversos com o uso da associação por curtos períodos? ● Mais comuns: Tontura, sedação, náusea e vômito ● Raro: euforia (alegria, prazer, tranquilidade e calma), disforia (tristeza, ansiedade, dor e angústia), constipação, prurido; -Codeína pode induzir dependência do tipo morfínico e portanto,apresenta potencial de provocar o hábito D) Quais as outras classes de medicamentos podem ser utilizadas na analgesia? Outro analgésico não opioide, como dipirona; dexmedetomidina (Precedex® - sedativo), Cetamina (anestésico) A) Qual é a vantagem de ibuprofeno em relação aos demais AINE e o paracetamol? • Não existem diferenças significativas nas principais ações farmacológicas entre os AINES; -Ibuprofeno: menor incidência de RAM; baixo custo, acessível no SUS; • Paracetamol (pouca ou nenhuma ação anti-inflamatória). • O ibuprofeno funciona um pouco mais rápido e tem efeito mais duradouro, além de reduzir inflamações. O paracetamol é comparável em alguns aspectos, mas não tem as mesmas propriedades anti-inflamatórias. No entanto, tem menos efeitos colaterais, como problemas estomacais. B) Quais os potenciais riscos deste medicamento? IRA: indivíduos sadios: pouca ameaça; Pacientes susceptíveis: IRA reversível com a suspensão da droga; PGE2 e PGD2 no rim vasodilatadoras na a. aferente, aumentam a perfusão renal (vasodilatação compensatória que ocorre em resposta à ação da noradrenalina ou da angiotensina II). AINES inibe vasoconstrição aguda e isquemia medular IRA SO� V/ IS����LA AF���� DE SO��� C) Por que ocorrem manifestações digestivas, quais são elas e como podem ser contornadas? Ao inibir a COX-1 (constitutiva)》 a síntese da prostaglandina também estará inibida 》 Protetora da mucosa gástrica ao reduzir a liberação do ácido clorídrico e estimular a produção do muco. -Dispepsia, diarreia, náuseas e vômitos e em alguns casos, sangramento gástrico, ulceração e perfuração gástrica; IBP; usar após as refeições AINES seletivos Cox-2 Resumindo… Semana 2 TRATAMENTO DA GOTA Inflamação = interação dos cristais + neutrófilos > mediadores inflamatórios Diagnóstico: aspiração do líquido sinovial + identificação dos respectivos cristais no micřoscópio sob 'luz polarizada (além da 'exclusão då artrite séptica). ▪Presença de cristais de urato monossódico nos leucócitos do líquido sinovial das articulações acometidas; ▪Depósitos confluentes de urato monossódico (tofos) nas articulações, tecidos periarticulares -> deformidades e incapacidade física; ▪Fatores de risco: maior longevidade, aumento da frequência de síndrome metabólica, obesidade, IRC, tratamento de HAS com tiazídico, dieta rica emcarnes, frutos do mar e cerveja. Fator genético (20% dos casos são familiares); ▪Fator protetor: laticínios com baixos teores de gordura. 》Excesso na produção ou falha na eliminação do ácido úrico ( via Renal ou do intestino)ou ambos; 》》EXCREÇÃO RENAL 1. Filtração: quase todo urato é filtrado pelo glomérulo; 2. Reabsorção pré-secretória: quase todo urato filtrado é reabsorvido na porção inicial do TCP pela proteína de membrana URAT1 (inibida pelo estrogênio – daí o efeito uricosúrico desse hormônio); 3. Secreção tubular: após ser reabsorvido, cerca de 50% do total é secretado pelo carreador de ânions orgânicos do TCP; 4. Reabsorção pós secretória: boa parte do urato secretado é mais uma vez reabsorvido. Resultado do balanço dessas 4 etapas é a eliminação em média de 10% do urato filtrado no glomérulo. Objetivos do tto • Interromper a crise aguda o mais rápido possível; • Prevenir as recidivas da artrite gotosa aguda; prevenir as complicações do depósito de cristais de urato monossódico (tofos)nas articulações, rins e outros órgãos; • Prevenir a formação de cálculos renais; • Combater fatores associados, como obesidade, hipertrigliceridemia e HAS. SO� V/ IS����LA AF���� DE SO��� • 2 ETAPAS: manejo da crise aguda e terapia e longo prazo FASE AGUDA ▪a primeira crise se localiza na primeira articulação metatarsofalangiana, e chega a 90% o número de pacientes que referem alguma crise aguda localizada no grande artelho (podagra) ▪Ordem descrescente de acometimento: grande artelho, metatarsos,tornozelos, calcanhares, joelhos, punhos, dedos e cotovelos. • Ombro, quadril, coluna, sacroilíaca, esternoclavicular e mandíbula 》gravidade e cronicidade. ¤ AINES (primeira linha): indometacina, ibuprofeno, diclofenaco, etc. Indometacina: 75mg VO (dose inicial), seguidas de 50mg 6/6h por 2dias ou até alívio da dor. Reduzir para 3x/dia e por fim, reduzir p/25mg 3x/dia , mantida por até 2 dias após a remissão completa da inflamação melhora sintomática dentro das primeiras 2h. ¤ Colchicina (segunda linha): para casos de contra-indicação aos AINEs. Rebaixada para 2ª linha por seus efeitos adversos mais frequentes; ¤ Corticoides intra-articulares (terceira linha): opção para artrite gotosa monoarticular quando não se pode usar AINE ou colchicina; (ex: triamcinolona 20-40mg) – na contra- indicação aos AINE e à colchicina (IR ou hepática) e o paciente apresenta monoartrite. ¤ Corticoide sistêmico. ▪prednisona 40-60mg/dia com desmame em 7-14 dias. Metilprednisolona IV em dose única ou durante poucos dias. • Medidas não farmacológicas: repouso articular e compressas geladas. 》AAS está contraindicado (em qualquer dose),por variar abruptamente os níveis de urato sérico e articular, podendo exacerbar a crise. Enquanto o AAS em altas doses (anti-inflamatórias) aumenta a excreção renal de ácido úrico, baixando agudamente seus níveis, o AAS em baixas doses (anti-plaquetárias) tem efeito contrário: retenção de ácido úrico FASE CRÔNICA •Manter os níveis de ácido úrico abaixo do limiar de saturação sérica,ou seja, abaixo de 7mg/dl (meta ideal: <5-6mg/dl). • Redução pode ser por 2 mecanismos: -Redução na sua síntese (alopurinol) OU -Estímulo a sua excreção renal (uricosúricos); 1. URICOSÚRICOS:Indicados para hiperuricemia comprovadamente provocada SO� V/ IS����LA AF���� DE SO��� pela redução da excreção renal de urato (90% dos casos). • Probenecida ▪(inibe competitivamente a reabsorção tubular de ácido úrico), sulfimpirazona e a benzbromarona. • Administrar em doses baixas no início do tratamento, aumentar gradativamente e sempre com aumento da ingestão hídrica (1,5L/dia) Farmácia de manipulação: • Probenecida 250mg 12/12h (inicial) e 2-3g/dia (máxima); • Sulfimpirazona 100-200mg 12/12h (inicial) e 800mg/dia (máxima); • Benzbromarona (Narcaricina®): 100mg/dia • Candidato ideal: <60a, rins com função normal eliminação diária de ácido úrico <600mg e sem antecedentes de nefrolitíase. ▪Alopurinol (Zyloric®): inibe a xantina oxidase diminui a síntese doácido úrico. • Meia vida curta (1-3h), porém seu metabólitooxipurinol: t1/2: 18-30h e também inibe a XO; • Dose inicial: 100mg/dia em 1 ou 2 tomadas; aumentar até atingir níveis de ácido úrico ≤7mg/dl ou a dose máxima de 1000mg/dia (a dose média de manutenção é de 300mg 1x/dia); • RAM: febre, exantemas, necrólise tóxica da epiderme, aplasia de medula, vasculite e síndrome de hipersensibilidade ao alopurinol (nefrite intersticial aguda + hepatite granulomatosa) 》》Indicações específicas para preferência de alopurinol em relação aos uricosúricos: • Eliminação urinária ácido úrico >800mg/dia (ou 600mg naqueles pacientes que estiverem fazendo dieta pobre em purinas); • Comprometimento da capacidade funcional dos rins; • Presença de calculose renal por ácido úrico; • Intolerância ou ineficácia dos uricosúricos. Semana 4: Tratamento da osteoporose PARA QUEM INDICAR O TRATAMENTO? De acordo com a National Osteoporosis Foundation: 1. Presença de fratura vertebral ou femoral por fragilidade (trauma mínimo); 2. Densitometria óssea com T-score ≤ - 2,5, isto é, osteoporose; 3. Pacientes com T-score entre -1,1 e -2,4 (osteopenia), e com Fracture Risk Assesment Tool (FRAX, na sigla em inglês) positivo (avalia o risco de fratura em 10 anos); 1)Suplementação com cálcio ● Adultos > 50 anos: 1200mg diários (cálcio da dieta + suplementos se ingesta alimentar deficiente); ● No Brasil a recomendação é 400mg (ingestão dietética diária) ● Carbonato de cálcio e fosfato tribásico de cálcio: Possuem SO� V/ IS����LA AF���� DE SO��� maior biodisponibilidade (40%); Desejável for 500mg de cálcio – 1250 mg de carbonato; CaCO3: mais problemas gastrointestinais (constipação) e é melhor absorvido quando administrado com as refeições; ● Citrato de cálcio ou trifosfato de cálcio: Biodisponibilidade menor (21%); ingerido com ou ● sem refeições; Mais bem absorvido na ausência do ácido gástrico; (usuários de IBPs); Necessários mais comprimidos para atingir a dose desejada; Opção para pacientes com nefrolitíase (alcaliniza o pH e minimiza o risco), gastrectomizados ou pós bariátrica 2) Vitamina D ● Vitamina D ativa a absorção do cálcio intestinal. ● transformações químicas: forma ativa: calcitriol 》 importantes funções na fisiologia ósseo-mineral》 na absorção do cálcio intestinal》maior reabsorção tubular nos túbulos renais e na homeostase do cálcio; ● Inibidor da secreção de PTH atuando como feedback negativo do possível aumento da calcemia. ● A deficiência de vitamina D é comum em pacientes com osteoporose e fraturas de quadril; ● Dosagem: hidroxivitamina D (25[OH] D) – forma circulante; ● Valor normal: 30ng/mL ● • Deficiência de vitamina D (25[OH]D < 20 ng/ml) – Dose de ataque: 7000UI/dia ou de 50.000UI/semana por 8 semanas, seguida de dose de manutenção entre 1000 e 2000UI/dia. ● Dosar os níveis de vitamina D no seguimento clínico após 4 meses; • Antirreabsortivos (anti-catabólicos): -inibem osteoclastos (responsáveis por iniciar a remodelação óssea – reabsorvem áreas de microfraturas ou de osso frágil, levando à formação das lacunas de Howship. -Os antireabsortivos são subdivididos em: 1) Hormonais: terapia de reposição hormonal (TRH) (estrógenos etestosterona); calcitonina (hormônio tiroidiano); raloxifeno (inibidor seletivo dos receptores de estrógeno [SERMS]); •Indicada devido aos transtornos sintomáticos da menopausa; • Estrogênio contribui para fixação do cálcio nos ossos; • Tratamento preventivo da osteoporose – prevenção de fraturas (se osriscos superam os benefícios) e para tratar distúrbios vasomotores da menopausa; • Reposição hormonal masculina com testosterona pode ser indicada com avaliação do urologista, na existência de osteoporose por hipogonadismo. SO� V/ IS����LA AF���� DE SO��� 2) bisfosfonatos: não nitrogenados ou nitrogenados; alquil ou heterocíclicos; - mais usados em todo o mundo para tratamento de osteoporose; - São análogos sintéticos do pirofosfato que se ligam a hidroxiapatita no osso, inibindo a ação reabsortiva do osteoclasto; • Pirofosfato não pode ser utilizada como agente terapêutico no tratamento de doenças ósseas, pois sofre uma rápida hidrólise enzimática; 》》ÁCIDO ZOLEDRÔNICO • Para o tratamento da osteoporose na pós-menopausa, prevenção e fraturas clínicas após fratura de quadril, osteoporose em homens, tratamento e prevenção de osteoporose induzida por glicocorticoides: -dose recomendada: é uma única aplicação intravenosa de 5 mg do Ácido Zoledrônico (5mg/mL) administrada uma vez ao ano. • Para a prevenção de osteoporose em mulheres com osteopenia na pós-menopausa: - dose recomendada é uma única aplicação intravenosa de 5 mg do Ácido Zoledrônico (5mg/mL). -Uma avaliação anual do risco de fratura da paciente e a resposta clínica ao tratamento deverão guiar a decisão de quando o retratamento deverá ocorrer. 3) biológicos: Denosumabe (ligante do receptor ativador do fator nuclear kappa B [RANKL, na sigla em inglês]). • Estimuladores da formação óssea (anabólicos); estimulam os osteoblastos a produzirem massa óssea, preenchendo as lacunas com matriz osteóide renovada será posteriormente mineralizada, melhorando as propriedades físicas e biológicas do osso para evitar fraturas. ANTI-TROMBÓTICOS, HIPOLIPEMIANTES TROMBOLÍTICOS 1. ANTICOAGULANTES E ANTIAGREGANTES》 PREVENÇÃO DA FORMAÇÃO DO TROMBO 2. FIBRINOLÍTICOS》 INTERVENÇÃO DE TRATAMENTO DOS TROMBOS JÁ FORMADOS ● TROMBOLÍTICO/ FIBRINOLÍTICOS ♡ são responsáveis pela transformação do plasminogênio em plasmina, que tem capacidade de degradar a fibrina, o maior componente do trombo, componente-chave na fisiopatologia de SCA. ♡Os trombolíticos avaliados são divididos em fibrino‐específicos (alteplase; tenecteplase) e não fibrino‐específicos (estreptoquinase). ♡ risco de hemorragias SO� V/ IS����LA AF���� DE SO��� 1. Estreptoquinase: se combina ao plasminogênio 》 induz 》formação de plasminogênio 》em plasmina 》 degradar a rede de fibrina 2. Urocinase: Converte plasminogênio 》 plasmina 》pela quebra da ligação arginina-valina . Degrada diretamente fibrina e fibrinogênio . Vantagem - por se tratar de uma proteína humana, causa menos respostas antigênica que a estreptocinase 3. Anisteplase :uma estreptoquinase modificada; converte plasminogênio em plasmina para degradar fibrina 4. Alteplase ( rtpA): A presença de fibrina, atua somente ao plasminogênio que está ligado à fibrina. Vantagem: reduz o risco de hemorragia grave (so hage onde está o trombo); usa apenas plasminogênio tecidual ♡o rtPA (ativador do plasminogênio tissular recombinante) reduz as sequelas do AVE (mas não a mortalidade) quando aplicado em até 3h do início dos sintomas, respeitando-se os critérios: • AVE-i em qualquer território vascular cerebral; • Precisão do horário do início dos sintomas; • Iniciar a infusão de rtPA dentro de 4,5h do início dos sintomas; • TC de crânio sem evidência de hemorragia e ausência de edema em 1/3 do território da artéria cerebral média (alto risco de transformação hemorrágica) • Idade > 18 anos • Paciente ou familiar responsável capacitado a assinar o termo de consentimento informado. A) Justifique a indicação dos trombolíticos na fase aguda. Trombolíticos na fase aguda são indicados para todos os pacientes que não tenham nenhuma contra-indicação e que cheguem até o serviço de saúde dentro de 4,5h após o início dos sintomas. B) Escolha o trombolítico indicado deste paciente, comparando-o com as alternativas quanto à efetividade. Alteplase (menor antigenicidade, maior especificidade e eficácia, menor risco). ● ANTIAGREGANTES PLAQUETÁRIOS ♡Indicado após evento agudo por tempo indefinido; ♡Contra-indicação:hipersensibilidade conhecida (urticária,broncoespasmo ou anafilaxia); úlcera péptica ativa; discrasia sanguínea ou hepatopatia grave ● AAS • O TXA2 é derivado da COX-1 (plaquetaria) e altamente sensível à ação do AAS》 ácido araquidonico não se transformar 》 prostaglandinas 》 não produza tromboxano ( ativa a agregação plaquetária) SO� V/ IS����LA AF���� DE SO��� A PGI2 advém tanto da COX-1, como da COX-2 ( por isso, os efeitos colaterais gastrointestinais); • Inibição irreversívelo tempo de ação do AAS = tempo de vida média de uma plaqueta: 7-10 dias; • Horário de administração: após o almoço. Diminuição da irritação gástrica. ▪ Clopidogrel : Inibidor do receptores de ADP》 plaquetas não se agregam . Proibido o uso de clopidrogel até 48h do início do AVEi ● ESTATINAS • O uso de estatina está indicado em terapias de prevenção primária e secundária como primeira opção ▪ inibe HMG-CoA para impedir a produção de Colesterol celular; isso estimula a produção de receptores de LDL e a absorção de LDL do sangue (diminui o LDL sanguíneos). ▪ o baixo colesterol diminui a secreção de VLDL. Efeitos colaterais insuficiência hepática, miopatia , contraindicado na gestação Na hiperlipidemia mista: (LDL-c ≥160mg/dL e dos TG>150), a taxa sérica de TG orienta: •hipertrigliceridemia leve ou moderada (150-399): o alvo terapêutico principal permanece sendo o LDL-c, e as estatinas são as medicações de primeira escolha》 atorvastatina, rosuvastatina • TG>500mg/dL fibrato ± ácido nicotínico e/ou ômega 3 Meta prioritária é a redução do risco de pancreatite; • TG<500mg/dL estatina isolada e S/N associar ezetimiba, priorizando-se a meta de LDL-c (conforme o risco do paciente) ou não HDL-c (IDL+LDL+VLDL); ● ESTATINA + EZETIMIBA • A ezetimiba inibe 》 absorção de colesterol》 na borda em escova do intestino delgado》 atuando seletivamente nos receptores NPC1-L1 》inibindo o transporte intestinal de colesterol. • A inibição da absorção de colesterol 》 diminuição dos níveis de colesterol hepático e ao estímulo à síntese de LDLR》redução do nível plasmático de LDL-c de 10 a 25%; MENINGITE Que tratamento antimicrobiano está indicado para este paciente? Justifique. • Ceftriaxona IV de 12/12h • Se criança até 40kg: 100mg/kg/dia • Se criança > 40kg e adulto: 4g/dia B) Há necessidade da administração de corticóides (Dexametasona)? SO� V/ IS����LA AF���� DE SO��� • Corticoide é indicado se sinais de irritação meníngea: • Dexametasona de 6/6h (0,15mg/kg/dose). C) Qual o período de antibioticoterapia? A antibioticoterapia é ministrada por via IV por um período de 7-14 dias, ou até mais, dependendo da evolução clínica e da etiologia. D) Quais as medidas para tratamento de meningite fúngica e viral? 1. Viral: medidas de suporte, com reposição hidroeletrolítica e controle das convulsões, quando presentes. Isolamento respiratório deve ser feito em casos de meningite pelo vírus da caxumba enquanto durar o aumento das parótidas, ou até 9 dias a partir do início da doença.Aciclovir 10mg/kg de 8/8h por 14 dias (IV) 2. Fúngica: Anfotericina B, fluconazol, flucitosina ou itraconazol intra hospitalar + medicamentos de suporte. DROGAS ANTIPARKINSONIANAS E ANTIDEMÊNCIAS Quais os mecanismos fisiopatológicos da doença de Parkinson? E os neurotransmissores envolvidos? Doença degenerativa alterações motoras morte de neurônios dopaminérgicos da substância negra que apresentam inclusões intracitoplasmáticas conhecidas como corpúsculos de Lewy. NT: dopamina Qual é o medicamento de escolha para tratamento sintomático inicial deste paciente? • Levodopa é o medicamento mais efetivo no controle dos sintomas da DP, especialmente rigidez e bradicinesia Convertida em dopamina pela dopa-descarboxilase, e ativa receptores dopaminérgicos pós-sinápticos no SNC. Descreva seu esquema de administração, justificando farmacocineticamente Esquema: carbidopa-levodopa – Dose inicial: 25mg+250mg/dia, dividida em: iniciando com 1/2cp 2-3x;dia; – Dose máxima recomendada: 8 cps/dia (200mg de carbidopa e 2g de levodopa), o que equivale a cerca de 3mg/kg de carbidopa e 30mg/kg de levodopa (paciente com 70kg). As doses vão sendo ajustadas subsequentemente de acordo com a resposta clínica. A dose média eficaz para a maioria dos pacientes é de 600-750 mg/dia de levodopa. • Carbidopa: inibe a dopa descarboxilase extracerebral (não penetra a BHC) da levodopa, liberando mais levodopa para transporte ao cérebro e subsequente conversão em dopamina; • impede conversão periférica de levodopa em dopamina previne efeitos colaterais como náusea, vômito e hipotensão postural, além de permitir uso de doses reduzidas. Quais seus efeitos adversos usuais? Por que usar antidepressivo tricíclico nesse paciente? • Efeitos adversos usuais: movimentos anormais (contrações ou espasmos), SO� V/ IS����LA AF���� DE SO��� náuseas, vômitos, alterações mentais, anormalidades nos sonhos, perda de cabelo, descoloração da urina, suor e/ou saliva, diarreia, atividade sexual aumentada, movimento lento, perda de apetite. • Uso do antidepressivo tricíclico: – Depressão é o transtorno psiquiátrico mais frequente na DP – pode acometer até 68,1% dos pacientes; – ADT – inibe receptação de norepinefrina e serotonina no SNC; Adverso: auxilia no controle da insônia (bloqueio de receptor H1) DOENÇA DE ALZHEIMER Qual o objetivo terapêutico de instituir tratamento medicamentoso nesta paciente? Atrasar a progressão da doença e controle dos sintomas. Quais são os medicamentos mais utilizados? Qual é a base farmacodinâmica para seu uso? 1. Donepezil® (donepezila) Inibidores da acetilcolinesterase: amplificam a resposta da acetilcolina remanescente, inibindo a enzima que promove sua clivagem na fenda sináptica: acetilcolinesterase(AChE). • Dose: 5mg antes de dormir. Efeito alcançado após 2 semanas. Pode aumentar dose para 10mg após 4-6 semanas • inibidor seletivo reversível da acetilcolinesterase; • Reduz em 38% o declínio cognitivo; • Principais efeitos adversos: náuseas, vômitos, diarreia – ação colinérgica periférica. 2. Exelon® (v.o e adesivo) (rivastigmina) ▪inibidor seletivo da butirilcolinesterase (BChE) e AChE; benefício adicional já que a butiril pode estar aumentada nas fases mais avançadas da doença (aumento de reações adversas periféricas). – Dose inicial: 3mg/dia VO após 2 semanas: 6mg/dia – Dose máx: 12mg/dia – Adesivo transdérmico: mesma dosagem; – Reações adversas: gastrointestinais, agitação, confusão,ansiedade, dor de cabeça, sonolência, fadiga, perda de peso e tremor. – Único fármaco que não é metabolizado pela via CYP450 menor interação com outros fá 3. Razadyne® (bromidrato de galantamina),Memantina®. -é um inibidor seletivo, competitivo e reversível da AChE. -a galantamina aumenta a ação intrínseca da acetilcolina sobre os receptores nicotínicos, provavelmente através de ligação a um sítio alostérico do receptor; – Indicado para casos leves a moderados; – Dose inicial: 8mg/dia VO pela manhã e após 4 semanas pode-se aumentar a dose para 16mg/dia e após 12 meses: 24mg/dia (máxima); – Se IR ou Insuf. Hepática: dose máxima: 16mg/dia; – Reações adversas: gastrointestinais, perda de peso, tontura, dor de cabeça e cansaço. Quais são os grupos farmacológicos que se mostraram ineficazes no tratamento da DA? – ginkgo biloba, selegilina, vitamina E, Ômega 3,redutores da homocisteína, estrogênio, antiinflamatórios e estatina Quais são as intervenções não farmacológicas preconizadas em pacientes com demência? SO� V/ IS����LA AF���� DE SO��� – Há evidências científicas que indicam que atividades de estimulação cognitiva, social e física beneficiam a manutenção de habilidades preservadas e favorecem a funcionalidade. – Treinamento de funções como memória, atenção, linguagem e orientação e utilização de estratégias compensatórias úteis para estimulação cognitiva; CRIPTOCOCOSE -criptococose pulmonar 》 resolver》 o tratamento 》fluconazol (200-400mg/dia, por 3-6 meses》mesmo nas formas oligossintomáticas e em pacientes imunocompetentes; • O mesmo tratamento é recomendado nas formas extrapulmonares não meníngeas. • Nos casos graves ou meníngeos》tratamento 》iniciado 》 anfotericina B venosa. ▪O Fluconazol atua inibindo a enzima fúngica lanosterol 14-demetilase no complexo citocromo P-450 (CYP450), o que impede a conversão do lanosterol a ergosterol. • Impede a síntese de ergosterol ▪ náuseas, diarreia, dor de estômago, dor de cabeça, tontura e alteração do paladar; ANFOTERICINA B • Se liga ao ergosterol das membranas celulares dos fungos levando a abertura de canais e consequentementevazamento de íons. -calafrios, febre, anorexia, náuseas, vômitos, cefaleia, mialgia, artralgia, taquipneia e hipotensão 1 a 3 horas após o início da infusão intravenosa; Nefrotoxicidade. NEUROCISTICERCOSE Praziquantel 50mg/kg/dia + dexametasona durante 21 dias. -Associar anticonvulsivantes. •1ª opção: Praziquantel 50-60mg/kg/dia durante 21 dias; • 2ª opção: Albendazol 15mg/kg/dia, durante 21 dias; • Devem-se associar corticoide (dexametasona – 6mg/dia) para diminuir a reação inflamatória gerada pela morte dos parasitas. -Anticonvulsivantes também devem ser utilizados 1. Praziquantel: -Permeadores da membrana de cálcio: aumenta a permeabilidade da membrana do parasita ao cálcio, resultando em contração da musculatura e paralisia dos vermes; 2. Albendazol: -liga-se a beta tubulina – impede a formação de microtúbulos (essenciais para a divisão celular); -reduz a captação de glicose – impede o uso dessa fonte energética no seu metabolismo, movimento e contrações musculares. SO� V/ IS����LA AF���� DE SO��� 3. DEXAMETASONA • Glicocorticóides penetram nas células e ligam-se a receptores específicos GRα e GRβ no citoplasma, formam dímeros (altamente lipossolúveis) e estes migram até o núcleo da célula e ligam-se ao DNA. • Efeito: repressão (impede transcrição) ou indução (inicia a transcrição) de certos genes. • Induz a transcrição de anexina-1(lipocortina-1): Responsável por bloquear a fosfolipase A2 Com isso reduz tanto a produção de PGE pela via das ciclooxigenases, quanto de leucotrienos (LT), pelas lipooxigenases
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