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PROJETO INTEGRADOR III

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20
UNISA – UNIVERSIDADE SANTO AMARO
Engenharia de Produção
Adriano do Carmo Rodrigues
PROJETO INTEGRADOR III:
EMBUTIDOS DONA CÉLIA
CAETÉ/MG
2023
Adriano do Carmo Rodrigues
PROJETO INTEGRADOR III:
EMBUTIDOS DONA CÉLIA
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Engenharia de Produção da Universidade Santo Amaro – UNISA, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Engenharia de Produção.
Orientador: Prof. Dr. Cláudio Mônico
CAETÉ/MG
2023
RESUMO
A aceleração do ritmo do desenvolvimento tecnológico e socioeconômico das últimas décadas transformou significativamente as formas organizacionais e produtivas de vários tipos de empresas pelo mundo afora. O mercado alimentício também se transformou, adaptando-se não só aos novos estilos de vida e ao refinamento dos paladares, mas também a capacidade financeira das famílias. A cada ano surge uma infinidade de novos produtos, destinados a satisfazerem as novas necessidades de consumidores cada vez mais exigentes, em geral, produtos com um ciclo de vida cada vez mais curto. Assim como outros setores industriais, o ramo de embutidos no Brasil também teve que se adequar a esta nova realidade. Grandes fabricantes se instalaram no Brasil e impuseram novos padrões de qualidade e produtividade aos fabricantes locais. Apesar de se tratar de uma atividade antiga, a produção de embutidos é precária em termos de estudos em organização do trabalho.
ABSTRACT
The acceleration of the pace of technological and socioeconomic development in recent decades has significantly transformed the organizational and productive forms of various types of companies around the world. The food market has also been transformed, adapting not only to new lifestyles and the refinement of tastes, but also to the financial capacity of families. Every year, a multitude of new products appear, designed to satisfy the new needs of increasingly demanding consumers, in general, products with an increasingly shorter life cycle. Like other industrial sectors, the sausage industry in Brazil also had to adapt to this new reality. Large manufacturers settled in Brazil and imposed new quality and productivity standards on local manufacturers. Despite being an old activity, the production of sausages is precarious in terms of work organization studies.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	5
1.	INFRAESTRUTURA DA PRODUÇÃO	6
2.	GESTÃO DE PESSOAS NA PRODUÇÃO	7
2.1 O ORGANOGRAMA PRODUTIVO	8
2.2 POLÍTICA DE RECRUTAMENTO E SELEÇÃO	8
2.3 CARGOS E SALÁRIOS	9
2.4 DESCRIÇÃO DE CARGOS E FUNÇÕES	10
2.5 TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO DE FUNÇÕES PRODUTIVAS	11
3.	PRODUTIVIDADE	11
4.	GESTÃO DA MANUTENÇÃO	12
4.1 MANUTENÇÃO CORRETIVA	13
4.2	MANUTENÇÃO PREVENTIVA	13
4.3	EQUIPAMENTOS PARA MANUTENÇÃO PREVENTIVA E PREDITIVA	14
4.4	PLANO DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA E PREDITIVA DA CÂMARA FRIGORÍFICA	15
4.6 PLANO MANUTENÇÃO PREVENTIVA	16
4.7 PLANO MANUTENÇÃO PREDITIVA	16
5.	CUSTOS OPERACIONAIS	16
5.1 CUSTOS	17
5.2 INVESTIMENTOS	17
5.3 DESPESAS	18
5.4 CUSTOS FIXOS	19
5.5 CUSTOS VARIÁVEIS	19
6.	NOVAS TECNOLOGIAS NA PRODUÇÃO	19
6.1 APLICAÇÃO DA TECNOLOGIA	21
6.1.1 CRESCIMENTO DO AUTOATENDIMENTO — APPS DE DELIVERY E OTIMIZAÇÃO DE PROCESSOS LOGÍSTICOS	21
6.1.2 ATMOSFERA MODIFICADA — QUALIDADE, FRESCOR E SABOR SEM ADIÇÃO DE CONSERVANTES OU ADITIVOS QUÍMICOS	21
6.1.3 RESFRIAMENTO CRIOGÊNICO — MAIOR QUALIDADE E MANUTENÇÃO ESTÉTICA DO ALIMENTO	22
7.	OPERAÇÕES LOGÍSTICAS	22
REFERÊNCIAS	24
INTRODUÇÃO
Com a imigração de famílias europeias, alemãs e italianas, para o Brasil, vários costumes foram trazidos e incorporados aos hábitos nacionais. No novo país, devido às condições climáticas e ao paladar nacional, os alimentos trazidos com as colônias de imigrantes sofreram algumas adaptações. 
Na época, os artesãos foram, aos poucos, transformando sua arte em pequenas fábricas, enquanto os donos de açougues começaram a ousar no processamento industrial de carnes a partir da elaboração do embutido mais simples, a linguiça, que dispensa a preparação de emulsões e equipamentos mais sofisticados.
Desde aquela época, muitas foram às modificações sofridas, da produção artesanal às pequenas fábricas e, então, à escala industrial – acompanhando o crescimento da indústria, as mudanças na economia, a integração de mercados. Mais tarde vieram para o Brasil os grandes frigoríficos multinacionais aumentando o volume de carne fresca processada. 
O processo da fabricação de embutidos é composto basicamente por quatro etapas senda elas moagem, mistura ou homogeneização, ensacamento ou embutimento e defumação. Este estudo será direcionado a relacionar a mão de obra utilizada no processo. 
1. INFRAESTRUTURA DA PRODUÇÃO
O local para produção deve ter acesso a infraestruturas como saneamento básico, água e energia elétrica. Em relação à estrutura, é necessário escolher um local que seja adequado para esse tipo de negócio, avaliando as questões internas e escolhendo o local de acordo com o espaço necessário para sua produção, considerando áreas para câmaras frias, estoque, produção de produtos, área de armazenamento para produtos já prontos e áreas de uso comum, como banheiros, refeitório e também área administrativa.
Com relação ao maquinário e mão de obra a tabela abaixo mostra a quantidade necessária para cada área da produção.
	Picador de carne
	1
	Misturador de carne
	2
	Enchedora
	1
	Câmara fria
	3
	Câmara de congelamento
	1
	Embaladora à vácuo
	2
	Balança
	1
	Colaboradores
	10
Fonte: o autor
Para um arranjo físico eficiente é necessário encontrar os focos de desperdícios e eliminá-los. Um poderoso antídoto ao desperdício é o pensamento enxuto. O termo enxuto é usado no sentindo de produzir mais com menos, isto é, utilizar menos recursos, menos tempo, menos movimentação, menos defeitos e ao mesmo tempo agregar valor aos produtos (WOMACK; JONES, 2004).
Para Slack et al. (2009), no layout celular, os recursos transformados que entram na operação, são pré-selecionados para movimentar-se para uma parte específica da operação, na qual todos os recursos transformadores necessários a atender às suas necessidades imediatas de processamento se encontram. 
 
Fonte: o autor
Esse tipo layout busca unir as vantagens do layout por processo, com as vantagens do layout por produto. Portanto, a célula em si pode ser organizada segundo o layout por processo ou por produto. Os equipamentos serão distribuídos de acordo com a planta de produção abaixo.
Para fabricação do embutido a indústria utiliza os seguintes ingredientes: carne suína, toucinho suíno, água, sal, temperos entre outros condimentos, além de envoltórios naturais. O fluxograma desde processo pode ser visto abaixo.
Fonte: o autor
	
2. GESTÃO DE PESSOAS NA PRODUÇÃO
2.1 O ORGANOGRAMA PRODUTIVO
2.2 POLÍTICA DE RECRUTAMENTO E SELEÇÃO
Partindo do princípio de que toda e qualquer empresa precisa estar bem preparada para enfrentar os desafios da competitividade, com toda a sua dinâmica e sua complexidade na busca pela sustentabilidade do negócio, isso certamente passa pela capacidade dela em atrair e reter os talentos necessários para alcançar seus objetivos estratégicos de longo-prazo. A busca constante por recrutar e selecionar as pessoas certas para as posições certas pode ser considerado o principal paradigma da moderna gestão com pessoas.
De acordo com Drucker (2010), “não existem decisões mais importantes dentro de uma organização do que as que envolvem pessoas: preencher vagas para um cargo, colocar pessoas em cargos e atribuições, promovê-las, despedi-las e assim por diante”. E continua: “não importa com que cuidado as organizações contratem pessoas, elas não se sairão bem se forem colocadas em cargos que não são adequadas a elas. Não importa o quanto sejam brilhantes e inteligentes as decisões da alta administração sobre os negócios da companhia, a estratégia, os produtos ou os serviços, elas não produzirão resultados se as decisões da companhia a respeito de pessoas não funcionam”.
Isso explica de maneira integral a importância de umapolítica de recrutamento e seleção que esteja alinhada ao conjunto de valores culturais da empresa e dos potenciais candidatos. Para tanto, se faz necessário, de acordo com Jones e George (2008), um adequado planejamento de recursos humanos, o que “inclui todas as atividades empreendidas pelos gerentes para prever suas necessidades atuais e futuras de recursos humanos. Os recursos humanos atuais são os funcionários de que uma organização precisa no momento para oferecer bens e serviços de alta qualidade aos clientes. As necessidades futuras de recursos humanos dizem respeito aos funcionários de que a organização precisará em alguma data posterior para atingir suas metas de longo-prazo”.
Juntando tudo isso, para que uma política de recrutamento e seleção tenha êxito, ela precisa estar alinhada aos valores individuais (do colaborador) e coletivos (empresa) para que a estratégia alcance, também, o êxito através de um processo constante de avaliação reavaliação. Isso inclui uma adequada análise de cargo, recrutamento interno e externo, entrevistas, testes diversos, constante treinamento e desenvolvimento, feedback e avaliação de desempenho permanentes, uma estrutura adequada de pagamentos (salários) e de benefícios, além de uma relação de trabalho saudável com sindicatos, legislação vigente e sociedade.
2.3 CARGOS E SALÁRIOS
Os cargos são definidos e baseados na estrutura e nos objetivos organizacionais. O salário de cada cargo será baseado nos conhecimentos exigidos pela função, complexidade das atividades desenvolvidas, responsabilidades pela execução de tarefas ou apresentação de resultados específicos esperados do cargo. Serão estabelecidos de forma a serem competitivos quando comparados com os padrões de mercado. 
A política salarial levará em conta o desempenho econômico-financeiro da empresa e suas perspectivas de crescimento e desenvolvimento. A evolução dos salários será prevista no orçamento, da mesma forma que todas as despesas, receitas e investimentos planejados. Como todos os itens do orçamento, a evolução dos salários será acompanhada regularmente pelos sistemas de informações gerenciais.
	Cargo
	Salário
	Produção
	R$ 1.400,00
	Gerência
	R$ 2.000,00
	Administrativo
	R$ 2.400,00
2.4 DESCRIÇÃO DE CARGOS E FUNÇÕES
1. O gerente de produção controla toda a produção, garantindo que sejam cumpridos:
· metas;
· padrão de qualidade;
· quantidades;
· prazos;
· custos;
· materiais no chão de fábrica;
· mão de obra no chão de fábrica;
· manutenção dos equipamentos.
A partir destas demandas, ele gerencia todos os profissionais ligados à produção, emprega estratégias de Gestão de Qualidade, coordena o Departamento de Materiais, antevê as demandas de produção como mão-de-obra e matéria-prima e supervisiona a manutenção preventiva das máquinas, otimizando todo o processo da produção.
Espera-se que um bom gerente de produção desenvolva liderança, organização, disciplina, pro atividade, bom relacionamento, perfil analítico e gestão de projetos.
2. O operador de máquina é o responsável por manejar as diversas máquinas do setor industrial. Como principais tarefas a realizar estão:
· configurar a máquina;
· baixar o software na máquina;
· alternar as funções da máquina de acordo com a linha de produção;
· corrigir problemas de desempenho;
· reportar falhas;
· manter o alto desempenho das máquinas.
Ainda como uma das atribuições, pode estar incluída a capacidade de ler e interpretar dados e desenhos técnicos ligados ao equipamento que será operado.
Espera-se de um operador de máquina capacidade de decisão, concentração e prudência.
2.5 TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO DE FUNÇÕES PRODUTIVAS
O moedor é uma máquina que utiliza rosca sem fim para moer carne. Os movimentos da rosca sem fim e de seus mecanismos devem ser enclausurados por proteções fixas ou proteções móveis inter travadas, e o bocal de alimentação ou a bandeja devem impedir o ingresso dos membros na zona da rosca sem fim, atuando como proteção. A abertura da zona de descarga deve impedir o alcance dos membros na zona perigosa da rosca sem fim. 
A NBR 13767, determina que o moedor de carne deve conter uma etiqueta informativa de segurança, a ser fixada em local visível, para orientação do operador. Para empurrar o produto a ser processado para o interior da boca utilize apenas o soquete, nunca utilize qualquer outro instrumento para auxiliar a colocação de carne no bocal, muito menos as mãos. E nunca utilize a máquina para qualquer outra função que não seja a de moer carnes. 
O operador deverá estar sempre atento a situações que possam causar riscos de acidentes e tomar ações que evitem esses riscos. Por exemplo, não trabalhar com mangas de uniformes folgadas, pois elas poderão trancar nas partes móveis, causando acidentes.
3. PRODUTIVIDADE
Para a definição do valor do Kg da matéria prima, foram consideradas as quebras que ocorreram durante transporte, abate e classificação de carne, bem como taxa de abate e frete. Além disso, para a produção das linguiças toscanas, são utilizados dois tipos de carne do suíno. Sabe-se que, economicamente, cada corte tem um valor definido pelo mercado consumidor. 
Dessa forma, para chegar ao valor de cada corte, foi realizada uma pesquisa de mercado com empresas do ramo, a fim de identificar o preço de cada corte do suíno com base no preço do suíno vivo. Também, foram levantados os custos dos condimentos e temperos adicionados no processo de produção. Assim, somente após a definição individualizada do preço de cada corte e dos demais ingredientes que são adicionados no processo produtivo, é que foi possível chegar ao custo da matéria prima. Para o estabelecimento do custo de produção, também foram incluídos os custos referentes aos impostos e taxas, bem como os custos de manutenção da indústria, como, por exemplo, o de higienização. Estes custos foram levantados e rateados pela quantidade média de Kg de produtos produzidos pela empresa.
Mensalmente espera-se abater uma média de 40 suínos, gerando uma produção mensal é de 7.000 kg de produtos. A empresa operará em um único turno de 8 horas diárias, de segunda a sexta-feira, e 4 horas aos sábados, totalizando 44 horas semanais de trabalho, podendo ser aumentada para mais turnos a medida que a empresa cresça.
4. GESTÃO DA MANUTENÇÃO
Conforme Souza (2009), manutenção é a combinação de ações técnicas, administrativas e de supervisão, destinadas a manter ou recolocar um equipamento em condições de desempenhar, eficazmente, as funções para as quais foi projetado. De acordo com a obra de Harris (1987), “a manutenção tem como função manter uma disponibilidade adequada a um custo adequado”. 
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT, 1994) define manutenção como sendo a “combinação de todas as questões técnicas e administrativas, incluindo as de supervisão, destinadas a manter ou recolocar um item em um estado no qual possa desempenhar uma função requerida”. Cumpre avaliar, agora, o impacto financeiro da manutenção nas organizações industriais, ou seja, o custo que surge para a produção.
O atual cenário econômico faz com que as empresas tenham, cada vez mais, a necessidade de criar novos meios de reduzir custos, e a manutenção preventiva seria uma das formas de trabalhar com os insumos, fortalecendo a sua implementação dentro do ambiente e minimizando os problemas com falhas, impactos nos equipamentos maquinários sem afetar a produção.
4.1 MANUTENÇÃO CORRETIVA
Conforme Souza (2009), quando um equipamento falha, esta falha pode causar uma perda total ou parcial da capacidade operacional do equipamento. Ocorrendo esta falha, a mesma deverá ser corrigida de alguma forma, e este tipo de correção é chamada de Manutenção Corretiva. 
A Manutenção Corretiva é aquela que mantém em operação o equipamento ou a unidade produtiva, e quando ocorre uma falha ela se preocupa com o fato de que os serviços sejam prestados no melhor prazo possível, a fim de permitir a imediata retomada das operações, dentro dos níveis de qualidade e segurança exigidos. 
Para Viana (2008), manutençãocorretiva é a intervenção necessária imediata para evitar graves consequências aos instrumentos de produção, à segurança do trabalhador ou ao meio ambiente. 
4.2 MANUTENÇÃO PREVENTIVA
A manutenção preventiva, de acordo com Schoeps (1994), é uma técnica que mantém controle contínuo sobre os equipamentos, executando as operações julgadas adequadas para manter o bom funcionamento dos mesmos. 
Segundo Souza (2009), é aquela que auxilia a corretiva, através de aplicação de uma técnica que envolve o conhecimento dos equipamentos e suas instalações e é, ainda, responsável pela intervenção no processo que poderá interromper ou não a produção de forma planejada e programada.
A correta e eficaz intervenção preventiva baseia-se em planos previamente definidos entre a manutenção e a produção, oriundos de um arquivo técnico, cuja formação iniciou-se durante a fase de projeto até o acompanhamento do histórico, (Souza, 2009). Este arquivo deverá ser enriquecido com informações de montagem e, posteriormente, das manutenções corretivas e realimentações. 
Normalmente, a avaliação da vida útil dos componentes é baseada em dados estatísticos ou em informações do fabricante. Mesmo assim os equipamentos não são revisados no momento correto, sacrificando-se componentes que poderiam estar em boas condições caso fosse feita a troca no tempo certo.
4.3 MANUTENÇÃO PREDITIVA
A manutenção preditiva é o tipo de manutenção que tem por finalidade acompanhar os parâmetros de funcionamento dos equipamentos e prever suas falhas, para intervenção no momento adequado, tudo isso de acordo com Souza (2009). Pode também ser considerada como uma evolução da preventiva. 
Para Viana (2008), manutenção preditiva são tarefas de manutenção preventiva que visam acompanhar a máquina ou as peças, por monitoramento, por medições ou por controles estatísticos a fim de tentar predizer a proximidade da ocorrência da falha.
De acordo com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT, 1994) Manutenção Preditiva é definida como manutenção que permite garantir uma qualidade de serviço desejada, com base na aplicação sistemática de técnicas de análise, utilizando-se de meios de supervisão centralizados ou de amostragem.
4.3 EQUIPAMENTOS PARA MANUTENÇÃO PREVENTIVA E PREDITIVA
	Equipamento
	Observações
	
BALCÃO FRIO
	Avaliação do termostato. Manutenção e limpeza do condensador (radiador), hélice do micromotor. Fios, conexões e isolações. Verificação de pressão do gás, trinco, tomada. Limpeza
	
CÂMARA FRIGORÍFICA
	Manutenção no sistema de drenagem e de gelo. Painel digital e controle de temperatura. Assistência técnica especializada para regulagem de compressor, micro ventilador, válvula pressostática, micromotor 1/25, verificação de carga de gás, trinco, tomada. Manutenção nos níveis de óleo do compressor. Limpeza.
	BALANÇA DE MESA
	Assistência técnica especializada, placa e rede elétrica. Calibragem. Limpeza.
	BALANÇA PLATAFORMA DIGITAL MÓVEL CAPACIDADE 500 KG E 200 KG
	Assistência técnica especializada, placa e rede elétrica. Calibragem. Limpeza.
	
MOEDOR/PICADOR DE CARNE
	Verificação nos níveis de óleo do motor. Verificar tensão das correias e engrenagens. Regulagem dos pés de sustentação. Verificar fiação elétrica, sensor, caixa redutora, lâmina, disco perfurado. Limpeza
	
PROCESSADOR DE ALIMENTOS
	Verificar tensão da correia. Motor e partes deslizantes quanto a ruídos anormais. Verificar níveis dos fluídos e correias de transmissão, placa eletrônica, sistema de segurança. Avaliar sensor de segurança do equipamento. Limpeza
	
CARROS DE COZINHA INDUSTRIAL 
	Verificação das soldas, verificação dos freios dos rodízios, calibragem de ar das rodas pneumáticas, limpeza e lubrificação dos rodízios e das rodas pneumáticas
4.4 PLANO DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA E PREDITIVA DA CÂMARA FRIGORÍFICA
	Equipamento
	Descrição
	Responsável
	Quando
	
Câmara Frigorífica
	Painel digital e controle de temperatura. Assistência técnica especializada para regulagem de compressor, micro ventilador, válvula pressostática, micromotor 1/25, verificação de carga de gás, trinco, tomada. 
	
Assistência Técnica Especializada
	
60 dias
	
	Manutenção nos níveis de óleo do compressor. Limpeza.
	
Operador Responsável 
	
A cada 15 dias
4.6 PLANO MANUTENÇÃO PREVENTIVA
4.7 PLANO MANUTENÇÃO PREDITIVA
5. CUSTOS OPERACIONAIS
	Investimentos fazem parte da natureza de qualquer negócio e sabemos que, para ter uma boa administração do fluxo de caixa e gerar lucro, é fundamental fazer o controle de todos os custos e despesas da companhia. Mas, para que o controle do capital seja efetivo é primordial, primeiramente, saber diferenciar as despesas dos custos de uma empresa.
Além de permitir uma maior precisão no controle das contas do cotidiano, conhecer todos os gastos do negócio também facilita a elaboração de um planejamento orçamentário capaz de projetar os custos e despesas futuras, ajudando a otimizar a divisão de valores entre cada setor da empresa.
5.1 CUSTOS
Os custos são gastos diretamente relacionados à aquisição ou produção de mercadorias. Mais especificamente todos os pagamentos realizados para obter o produto final, seja ele um serviço prestado, um produto fabricado ou mercadoria para revenda. 
São considerados custos:
· gastos gerais de fabricação;
· embalagens;
· manutenção;
· contas de água, luz e internet;
· mão de obra; 
· aquisição de mercadoria para a venda e serviços e demais matérias-primas;
· salários e encargos de colaboradores que prestam serviços;
· depreciação de máquinas e equipamentos.
5.2 INVESTIMENTOS
A finalidade primordial dos investimentos numa empresa é ampliar a lucratividade, por meio da aquisição de bens ou de uma melhora no serviço como um todo. Ou seja, o objetivo é obter retorno financeiro.
São exemplos de investimentos:
· empréstimo para capital de giro;
· compra de veículos para frota;
· mobiliário;
· ferramentas e maquinários.
No entanto, é importante ressaltar que todo investimento deve necessariamente estar condicionado a estudos prévios sobre riscos, projeção do tempo médio de retorno financeiro, lucros decorrentes, etc.
Dessa forma, por exemplo, a quantia investida para a aquisição de maquinários maiores e mais potentes enquadra-se nessa modalidade.
5.3 DESPESAS
Os gastos que estiverem excluídos da participação direta no processo de produção, e que não sejam considerados investimentos, são as despesas da empresa. A saída desses valores refere-se à necessidade de aquisição de bens e serviços em setores que vão além da linha de produção.
Dessa forma, despesas são todos os gastos que não visam retorno financeiro, porém de forma diferente dos custos, que estão associados ao desempenho das atividades fins do negócio. Apesar disso, as despesas também contribuem para o funcionamento da empresa.
Gastos com publicidade, impostos, salários e comissões, são exemplos de despesas, que, assim como os custos, são divididas entre variáveis e fixas.
· despesas fixas são aquelas que não dependem do volume das vendas, como aluguel, telefonia e segurança.
· despesas variáveis são aquelas que oscilam conforme o volume das vendas, como as comissões, fretes e os impostos.
Outros exemplos de despesa:
· aluguel do imóvel onde está instalada a empresa;
· gastos com publicidade e marketing;
· manutenção de computadores e impressoras;
· materiais para limpeza, escritório, higiene;
· Impostos (fixos e variáveis).
5.4 CUSTOS FIXOS
Os custos fixos são aqueles que como o nome indica, mantêm-se fixos independentemente do volume de produção. Dessa forma, por mais que o ritmo de produção e vendas oscile, esses valores são mais estáticos.
Enquadram-se nos custos fixos despesas como aluguel, planos de telefonia, salário dos funcionários, etc.
É claro que existe uma margem de variação desses custos, como um reajuste no aluguel. No entanto, a variação dessas despesas é mínima ou só ocorre de tempos em tempos.
5.5 CUSTOS VARIÁVEIS
Ao contrário dos custos fixos, custos variáveis são aqueles que acompanham o ritmo de produção da empresa,sofrendo alterações conforme o tempo. O custo variável é aquele que vai mudar de acordo com o volume de produção, vendas ou a prestação de serviços.
Quando sua empresa gasta com matéria-prima para produzir, as despesas com essa matéria-prima vão subir ou baixar, conforme a demanda e a sazonalidade do produto.
Além do gasto com matéria-prima, as despesas com energia elétrica e água, gás e manutenção de equipamentos também se encaixam nesses gastos.
Os custos de mão-de-obra podem ser fixos, uma vez que você sabe o valor dos salários. Porém, esses custos também podem ser categorizados como variáveis, caso se tenha que gastar com horas extras, ou caso você precise de mais ou menos funcionários para realizar as atividades.
6. NOVAS TECNOLOGIAS NA PRODUÇÃO
Sem dúvidas, as foodtechs estão trazendo cada vez mais inovação para o setor alimentício.A começar pelo modelo de negócio mais ágil que, além da qualidade, preza pela agilidade e pela produtividade. Algumas foodtechs conseguem até ser mais rápidas do que grandes e médias indústrias, justamente por causa de suas estruturas mais enxutas e processos otimizados.
Além disso, as foodtechs estão trazendo para o mercado a pegada sustentável, procurando soluções que sejam mais “green” se comparadas aos alimentos industrializados comuns.
Outro benefício é a possibilidade de “sintetizar” alimentos. Carnes sintéticas e leites e massas são alterados geneticamente para a retirada de lactose e glúten. Esses pontos são importantes para o avanço da sociedade, uma vez que inclui consumidores com dietas restritivas.
Um dos principais pontos sobre as foodtechs é a valorização da sustentabilidade — fundamental para a manutenção do meio ambiente e já cobrada por muitos consumidores.Alguns dados sobre a produção de carne animal, por exemplo, vêm deixando a população em alerta, já que é necessário um grande volume de água para produzir carne.
Outro fator é o consumo de plástico. Muitas foodtechs pensam em alternativas sustentáveis a esse uso, como embalagens feitas com produtos biodegradáveis a partir da fécula de mandioca. Sendo assim, as foodtechs chegam para tentar mudar esse cenário, com uma produção cada vez mais sustentável e apostando em novas tecnologias para encontrar novas soluções e aumentar a produtividade.
Além de modernizar o processo produtivo e o oferecimento de produtos com mais qualidade, existem outros benefícios que a tecnologia confere ao setor. Conheça as principais vantagens:
· redução de desperdício;
· maior qualidade dos alimentos;
· alimentos conservados por mais tempo;
· mais sabor e frescor para os produtos;
· mais competitividade para o negócio;
· mais inovação nos processos produtivos;
· maior produtividade na indústria e mais agilidade;
· otimização da performance na indústria;
· melhoria de processos de logística;
· possibilidade de geração e análise de dados para melhores tomadas de decisão.
6.1 APLICAÇÃO DA TECNOLOGIA
6.1.1 CRESCIMENTO DO AUTOATENDIMENTO — APPS DE DELIVERY E OTIMIZAÇÃO DE PROCESSOS LOGÍSTICOS
Os apps de autoatendimento podem ser tanto voltados para o consumidor final quanto para a produção na comercialização de insumos para os processos produtivos.
Nesse caso, eles permitem a melhor integração entre indústria, distribuidores e lojas, possibilitando maior variedade de produtos oferecidos e melhores margens de negociação.
O consumidor que compra diretamente do produtor consegue alimentos mais frescos e saudáveis, além de melhor custo-benefício.
6.1.2 ATMOSFERA MODIFICADA — QUALIDADE, FRESCOR E SABOR SEM ADIÇÃO DE CONSERVANTES OU ADITIVOS QUÍMICOS
A atmosfera modificada em alimentos é uma técnica utilizada para evitar a proliferação de microrganismos e prolongar o tempo de prateleira dos produtos.
Essa tecnologia pode ser aplicada em lanches rápidos, embutidos, cafés, castanhas, saladas e até perecíveis, como carnes, aves, peixes, frutos do mar, lácteos e vegetais.
A modificação da atmosfera acontece pela introdução de gases dentro da embalagem. Os gases escolhidos para o processo bloqueiam a proliferação dos microrganismos responsáveis pela degradação dos alimentos, aumentando, assim, o seu tempo de conservação e preservando o frescor por mais tempo.
6.1.3 RESFRIAMENTO CRIOGÊNICO — MAIOR QUALIDADE E MANUTENÇÃO ESTÉTICA DO ALIMENTO
O congelamento e o resfriamento criogênicos são processos realizados rapidamente, o que preserva a qualidade final do produto.
No congelamento tradicional, a água livre em torno do alimento é a primeira a ser cristalizada e, por isso, a água do interior começa a romper essas células, destruindo as suas paredes.
Já no congelamento criogênico a destruição de células é evitada, pois faz com que todas elas, internas e externas, congelem ao mesmo tempo, assegurando que não haja rompimentos.
Quanto mais lento for o congelamento, maior a destruição de células, o que prejudica a qualidade do alimento, deixando-o mais seco, menos saboroso e “mole” quando o consumidor final descongela.
7. OPERAÇÕES LOGÍSTICAS 
	LEGENDA
	
	Movimentação da Matéria Prima
	
	
Carrinho para movimentação da Matéria Prima
REFERÊNCIAS
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ARAUJO, L. C. G. Organização, Sistemas e Métodos. São Paulo: Atlas, 2001. 
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