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MATERIAL ESTRUTURADO - PRÉ IFI

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Prévia do material em texto

1
2
APRESENTAÇÃO...................................................................3
ORIENTAÇÕES GERAIS PARA OS
PROFESSORES(AS) DE PRÉ-IF...................................4
CONHEÇA O MATERIAL: ELEMENTOS
DE CADA ENCONTRO.......................................................7
SUPORTE PEDAGÓGICO PARA O
PLANEJAMENTO DA PARTE DIVERSIFICADA: 
PRÉ-IFI EM FOCO.................................................................8
MÓDULO 1 
INTRODUÇÃO GERAL AO PRÉ-ITINERÁRIO 
FORMATIVO............................................................................12
ENCONTRO 1 - ACOLHIMENTO.................................13
ENCONTRO 2 - APRESENTAÇÃO DA UNIDADE 
PRÉ- ITINERÁRIO FORMATIVO............................................................................................................................14
ENCONTRO 3 – A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO CIENTÍFICO......................................20
ENCONTRO 4 – A CIÊNCIA E O MÉTODO CIENTÍFICO.......................................................................22
ENCONTRO 5 – FORMAS DE INGRESSO NO NÍVEL SUPERIOR...................................................26
ENCONTRO 6 – POSSIBILIDADES DE ESTUDOS E CARREIRAS
DE NÍVEL SUPERIOR..................................................................................................................................................33
ENCONTRO 7 – SENTIDOS DO TRABALHO (PARTE 1)........................................................................35
ENCONTRO 8 – SENTIDOS DO TRABALHO (PARTE 2).......................................................................37
ENCONTRO 9 – RESPONSABILIDADE SOCIAL E CIDADANIA......................................................37
ENCONTRO 10 – A ÉTICA E A RESPONSABILIDADE SOCIAL NO MUNDO
PROFISSIONAL..............................................................................................................................................................42
MÓDULO 2
IFI CIÊNCIAS DA SAÚDE........................................................................................................................................47
ENCONTRO 01 – APRESENTANDO O ITINERÁRIO FORMATIVO DE CIÊNCIAS DA
SAÚDE (IFCS)..................................................................................................................................................................48
ENCONTRO 02 – APRESENTANDO O ITINERÁRIO FORMATIVO DE CIÊNCIAS DA
SAÚDE (IFCS)...................................................................................................................................................................52
ENCONTRO 03 – O SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE....................................................................................53
ENCONTRO 04 – CONCEITO DE SAÚDE......................................................................................................59
ENCONTRO 05 – CARACTERÍSTICAS DAS PROFISSÕES DA ÁREA DE SAÚDE.................64
MÓDULO 2
IFI CIÊNCIAS HUMANAS E DA LINGUAGEM..........................................................................................69
ENCONTRO 01 – APRESENTANDO O ITINERÁRIO FORMATIVO DE CIÊNCIAS
HUMANAS E LINGUAGENS....................................................................................................................................70
ENCONTRO 02 – APRESENTANDO O ITINERÁRIO FORMATIVO DE CIÊNCIAS
HUMANAS E LINGUAGENS....................................................................................................................................72
ENCONTRO 03 – MULTICULTURALISMO E DIVERSIDADE CULTURAL...................................74
ENCONTRO 04 – MULTICULTURALISMO E DIVERSIDADE CULTURAL..................................75
5ENCONTRO 05 – CARACTERÍSTICAS DAS PROFISSÕES DAS ÁREAS DE HUMANAS E 
LINGUAGENS...................................................................................................................................................................77
3
 Prezados (as) Professores (as) de Pré-Itinerários Formativos Integrados,
 É com imensa satisfação que compartilhamos o Material Estruturado para o 
Pré-Itinerário Formativo Integrado (Pré-IFI). A proposta deste material é apresentar 
um conjunto de orientações para a organização do trabalho pedagógico na referida 
unidade curricular, contemplando exclusivamente a 1ª série.
 O material estruturado de Pré-IFI é fruto de um processo de escuta e diálogo, 
evidenciado por meio dos relatórios do Ciclo de Acompanhamento Formativo (CAF) 
do ano de 2022 e tem por objetivo fornecer subsídios e referenciais que possam 
apoiar suas atividades como professor(a) por meio de sugestões de planejamento de 
encontros a serem desenvolvidas ao longo do ano letivo. Para tanto, dispomos neste 
material, de aulas estruturadas a partir dos seguintes elementos: temáticas, objeti-
vos, sugestão de recursos e procedimentos metodológicos.
 Ademais, acrescentamos às aulas sugestões de atividades e dinâmicas, bem 
como indicações de materiais de apoio como dicas de filmes, documentários e refe-
rências para consulta.
 Optou-se pela nomenclatura “ENCONTRO” para as aulas de Pré-IFI por se tra-
tarem de momentos pedagógicos que requerem estudos, pesquisas e práticas com 
abordagens diferenciadas, a fim de contextualizar os campos de estudo e trabalho 
correspondentes aos itinerários formativos a serem escolhidos conforme o projeto de 
vida dos estudantes e a sua realidade. 
 Este material está organizado para uma jornada de 20h/aulas, referentes ao 1º 
período letivo de 2023, com temáticas diferenciadas e complementares entre si, di-
vididas em módulos correspondentes à Introdução Geral ao Pré-Itinerário Formativo 
Integrado e aos Itinerários Formativos da rede pública estadual do Maranhão.
 
 Convém ressaltar que o material de Pré-IFI terá a sua divulgação a cada 
período letivo por meio de drive compartilhado com os(as) gestores(as)
escolares. 
 
 Dito isso, desejamos a todos e todas um excelente trabalho!
4
ORGANIZAÇÃO
PEDAGÓGICA
 A unidade curricular Pré-IFI deve ser ministrada por até 2 (dois) professores de 
diferentes áreas, os quais deverão trabalhar de forma articulada, a fim de contemplar a 
realização das atividades previstas e a apresentação de todos os itinerários formativos 
no decorrer do ano letivo.
 Planejamento articulado: alinhamento semanal (presencial/ online via grupo 
de Whatsapp)
 Neste sentido, a apresentação dos itinerários formativos seguirá a seguinte
dinâmica:
 1º SEMESTRE: APRESENTAÇÃO DOS IFI’S
- Apresentação da Unidade Pré-Itinerário Formativo Integrado - 10h/aula;
- Apresentação do Itinerário Formativo de Ciências da Saúde (CS) com previsão de 15h/
aula; 
- Apresentação do Itinerário Formativo de Ciências Humanas e Linguagem (CHL) com 
previsão de 15h/aula.
 2º SEMESTRE: APRESENTAÇÃO DOS IFI’S
- Apresentação do Itinerário Formativo de Ciências Exatas, Tecnológicas e da Terra 
(CETT) com 15h/aula;
- Apresentação do Itinerário Formativo de Ciências Sociais, Econômicas e Administra-
tivas (SEA) com 15h/aula;
- Um mundo de possibilidades;
- Mostra de Profissões.
 AVALIAÇÃO NO PRÉ-IFI
 O Pré-Itinerário Formativo Integrado é um componente curricular que requer 
o registro de conteúdos e frequência, porém não possui notas a serem lançadas no 
SIAEP.
 A avaliação desta unidade curricular será realizada mediante a observação do 
desenvolvimento das habilidades específicas do Eixo Estruturante em ação na Unida-
5
de/Módulo/ ENCONTRO conforme demonstrado no quadro a seguir.
 No link abaixo é possível os docentes consultarem as principais habilidades re-
lacionadas a cada Eixo Estruturante.
Para aprofundar…
Youtube
Webinários - Canal Seduc Maranhão
 - Formação da Parte Diversificada do Currículo:
Pré Itinerário Formativo (Ciências da Saúde/ Ciências Exatas, Tecnológicas e da 
Terra)
Link de acesso: https://www.youtube.com/watch?v=FsIKi86brwY 
 - Formação da Parte Diversificada do Currículo:
Pré Itinerário Formativo (Ciências Humanas e Linguagem/ Ciências Sociais, Econô-
micas e Administrativas)
Link de acesso: https://www.youtube.com/watch?v=SHXMMQeQzWsm6
Drive “Gestores Escolares”
 - Slides Webinários - (Ciências da Saúde/ Ciências Exatas, Tecnológicas e 
da Terra):
Link de acesso: https://drive.google.com/file/d/1wRacsXjDCurLXBjB_oMIswOpKEyT-
jYKu/view?usp=share_link 
 - Slides Webinários - (Ciências Humanas e Linguagem/ Ciências Sociais, 
Econômicas e Administrativas):
Link de acesso: https://drive.google.com/file/d/1xc5Pl5Vdxztd7Fdrxk0IFFr3s-
8NBaWAD/view?usp=share_link
 - Detalhamento Curricular Pré-IFI:
Link de acesso: https://drive.google.com/file/d/18pIPM-ZHxGkEeKRcgnoc6gVcK99W-
-zyT/view?usp=share_link 
 - Proposta Plano de Atividade Docente - Pré-IFI:
Link de acesso: https://docs.google.com/document/d/1RzHbiVP-5o5BYHTHvWu7p-
v7L9J9z6Pc2/edit?usp=share_link&ouid=111486753862239551806&rtpof=true&sd=true
7
Duração Prevista
Objetivos
Objetos Correlatos
Sugestão de Recursos
Material de Apoio
Procedimentos Metodológicos
Eixo estruturante em ação
Previsão de duração de uma (1) hora/aula. Elemento essencial para o alinhamento e 
planejamento das ações pedagógicas relativas à unidade curricular Pré-IFI.
Correspondem aos objetivos a serem alcançados ao final de cada ENCONTRO.
Neste material, trata-se de objetos de conhecimento relacionados à temática aborda-
da no ENCONTRO, não necessariamente estão vinculados aos itinerários formativos. 
Contudo estão relacionados às competências específicas das áreas de conhecimento 
da Base Nacional Comum Curricular.
Sugestão de materiais que podem ser utilizados pelos(as) docentes durante os encon-
tros. Importante alertar que os mesmos têm liberdade de utilizar outros recursos que 
estiverem à sua disposição no espaço escolar.
Este item traz informações sucintas sobre materiais que dialogam com o tema do EN-
CONTRO, inclusive de livros didáticos do PNLD 2021/2023 da Editora FTD disponíveis 
nas escolas da rede estadual de educação.
Este item traz informações sucintas sobre materiais que dialogam com o tema do EN-
CONTRO, inclusive de livros didáticos do PNLD 2021/2023 da Editora FTD disponíveis 
nas escolas da rede estadual de educação.
Indicação do eixo estruturante acionado durante a 
atividade acompanhada por uma breve descrição 
da mesma.
8
I - CORRESPONDÊNCIAS COM O LIVRO DIDÁTICO PNLD - EDITORA FTD
 Caro Professor(a) de Pré-IFI, como sugestão para o desenvolvimento do traba-
lho para essa unidade curricular tem-se a opção de trabalhar com os títulos abaixo:
 Projeto de vida (volume único) 
Título: Pensar, Sentir e Agir
Autores: Leonardo de Perwin e Fraiman
Ano de Publicação: 2020
Nº de páginas: 256
 O livro de Projeto de Vida “Pensar, Agir e Sentir” oferece importantes subsídios 
didático-pedagógicos para o desenvolvimento de atividades relacionadas ao Mundo 
do Trabalho. Poderá ser utilizado integralmente o módulo 3 denominado “Meu Fu-
turo: um caminho de possibilidades”, dos capítulos 1 a 5, a critério do professor, nos 
ENCONTROS sobre os sentidos do trabalho.
II - PROPOSTA DE PLANEJAMENTO ANUAL 
 Para elaborar um planejamento pedagógico de quaisquer unidades curricu-
lares da Parte Diversificada, seja de curto, médio ou longo prazo, é preciso ter em 
vista quais são os objetivos a serem alcançados pelas mesmas. Neste caso, a unidade 
curricular de Pré-IFI cumpre 2 (dois) objetivos essenciais:
 1. Apresentar os campos de estudo e de atuação profissional que integram a 
Área dos Itinerários Formativos Integrados ofertados pela Rede Pública Estadual de 
Ensino do Maranhão.
 2. Mostrar como os componentes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) 
estão relacionados com os campos de estudo, acionando os eixos estruturantes 
(Investigação Científica; Processos Criativos; Mediação e Intervenção Sociocultural; e 
Empreendedorismo) por meio das Macroáreas e Temas Contemporâneos Transver-
sais (TCTs).
 A seguir, apresenta-se o Plano de Apoio ao Pré-Itinerário Formativo Integrado, 
um instrumento que poderá nortear melhor o planejamento e execução das aulas 
da unidade curricular no decorrer do ano letivo.
9
PLANO DE APOIO DO PRÉ-ITINERÁRIO FORMATIVO INTEGRADO
10
III - SUGESTÃO DE DISTRIBUIÇÃO DE CARGA HORÁRIA DO PRÉ-IFI 
 Como dito acima, a unidade curricular Pré-IFI deve ser ministrada por até 2 
(dois) professores, os quais deverão trabalhar de forma articulada, a fim de contem-
plar a realização das atividades previstas e a apresentação de todos os itinerários 
formativos no decorrer do ano letivo.
 Nesse sentido, para melhor distribuição das aulas e da carga horária da unida-
de curricular, individualmente ou em dupla de professores, apresentam-se os se-
guintes quadros.
 a) Quando há somente um(a) professor(a) mapeado(a) para o componente 
curricular Pré-IFI, após os 10 primeiros encontros, devem ser ministrados, alternada-
mente, uma aula de cada Pré-IFI. Observar o Quadro A:
Quadro A - Distribuição das Aulas de Pré-IFI para ministração individual
11
 b) Quando há dois professores(as) mapeados(as) para o componente curricular 
Pré-IFI, cada um ficará responsável por 10 aulas, que devem seguir a ordem apresen-
tada no Quadro B:
Quadro B - Distribuição das Aulas de Pré-IFI em dupla de Professores
12
INTRODUÇÃO GERAL
AO PRÉ-ITINERÁRIO
FORMATIVO INTEGRADO1
13
ENCONTRO 1 - ACOLHIMENTO
1º Momento: Apresentando-se
 Caro(a) Professor(a) de Pré-IFI,
 O acolhimento é um momento muito importante, pois permite a 
abertura ao diálogo entre educandos e educadores favorecendo 
o estabelecimento de vínculos e despertando naqueles o sen-
timento de pertencimento ao espaço escolar. Trata-se 
do primeiro momento de ambientação dos estudantes 
com a unidade curricular e de interação com seus cole-
gas de turma. É uma ocasião propícia para conhecê-los 
um pouco, saber como são, estão, verbalizar suas emo-
ções, expectativas para o ano letivo que se inicia, seus 
anseios e seus projetos de vida.
 Breve apresentação dos professores e estudantes
 Ex.: Olá, turma! Sejam bem-vindos (as) a essa nova etapa de ensino 
chamada ensino médio. Eu me chamo Allisson. Sou professor de Língua 
Inglesa da 1ª série do ensino médio e, juntamente com o professor Nordson, 
que é o Professor de Matemática, iremos ministrar para vocês, durante este 
ano, o componente curricular chamado Pré-Itinerário Formativo Integrado 
ou Pré-IFI, em seguida, o professor abre espaço para que cada um dos estu-
dantes se apresentem.
14
2º Momento: Dinâmica de acolhimento
 Sugestão de dinâmica de acolhimento: Caixa Surpresa
Sugestão de dinâmica de
acolhimento: Caixa Surpresa
Fonte: Photogrid.
 Apresente aos estudantes uma caixa preta contendo objetos (ou imagens de 
objetos) que correspondam a diferentes profissões. A caixa deverá permanecer lacra-
da durante toda a atividade. O ideal é que ela tenha apenas uma pequena abertura 
que possibilite ao estudante retirar o objeto (ou a imagem do objeto) da caixa. 
 Solicite que o estudante apresente o objeto (ou a imagem do objeto) retirado e 
associe à profissão ou ao contexto profissional correspondente. Em seguida, peça que 
o mesmo construa uma narrativa a partir do objeto ou imagem.
 Dando continuidade à dinâmica, os demais estudantes procederão da mesma 
forma dando sequência à narrativa construída pelo primeiro estudante até que todos 
tenham participado.
 Oriente os estudantes de que a história construída deve fazer sentido.
 Cada estudante terá 30 (trinta) segundos para desenvolver a sua narrativa.
ENCONTRO 2 - APRESENTAÇÃO DA UNIDADE 
PRÉ-ITINERÁRIO FORMATIVO INTEGRADO
15
Sugestão de Vídeo
1º Momento: Apresentando o componente
curricular Pré-IFI
 Para iniciar o momento, sugere-se que se reproduza o vídeo “O Novo 
Ensino Médio” do Canal Movimento pela Base para abrir as discussões sobre 
as novidades dessa etapa de ensino.
Youtube
O NOVO ENSINO MÉDIO
 - Link de acesso: https://www.youtube.com/watch?v=WjT-YrMo_aI
 Em seguida, faça uma breve exposição sobre o que é o Pré-IFI
 Ex.:O Pré-Itinerário Formativo Integrado é um componente curricular 
do ensino médio em que iremos desenvolver estudos, pesquisas e práticas 
relacionandoas áreas de conhecimento com as oportunidades de estudo e 
trabalho correspondentes aos itinerários formativos que vocês poderão cur-
sar a partir da 2ª série.
 De acordo com o Caderno de Orientações Curriculares para o 
Ensino Médio da Rede Estadual do Maranhão.
 Os pré-itinerários formativos integrados (Pré-IFIs) apresentam os 
campos de estudo relacionados a cada itinerário formativo integrado. 
Como inovação curricular e estratégica da rede de ensino estadual do Maranhão, têm 
por objetivo apresentar as possibilidades de aprofundamentos de estudos correlacio-
nados aos cursos superiores ofertados no território maranhense, que integram cada 
itinerário formativo integrado.
 A partir dos Pré-IFIs, será possível o estudante identificar a relação dos campos 
de estudo com os componentes curriculares da BNCC, novas áreas e tendências pro-
fissionais e suas relevantes contribuições para o contexto local, regional e nacional. As-
sim, cada Pré-IFI, a partir dos eixos estruturantes – Investigação Científica, Processos 
Criativos, Mediação e Intervenção Sociocultural e Empreendedorismo –, possibilitará 
ao estudante maior clareza e segurança, por meio da experimentação das diversas 
áreas, para decidir o itinerário formativo integrado a percorrer nas 2ª e 3ª séries.
 O Pré-IFI, portanto, tem como objetivo apresentar para os estudantes da 1ª série 
do Ensino Médio os campos produtivos de atuação profissional que integram cada Iti-
nerário Formativo, a fim de proporcionar a discussão e contextualização dos mesmos, 
16
facilitando o processo de escolha para as séries seguintes.
 Após a exposição a respeito da unidade Pré-Itinerário Formativo Integrados, 
apresente aos estudantes o percurso que eles deverão trilhar a fim de conhecer todos 
os itinerários formativos e como será a distribuição da apresentação dos itinerários 
formativos ao longo dos dois semestres.
 CRONOGRAMA ANUAL DO PRÉ-IFI
 Apresente aos estudantes a proposta de apresentação dos itinerários formati-
vos no decorrer do ano letivo a fim de que os mesmos consigam se situar e compre-
ender o fluxo das informações a respeito dos campos de estudo e trabalho disponibi-
lizados em cada itinerário.
 Este instrumento expõe a proposta do Cronograma de Anual do Pré-IFI. Abaixo 
mostramos um exemplo de cronograma envolvendo 2 (dois) professores de Pré-IFI 
pertencentes a áreas de conhecimento distintas.
Ex.:
17
2º Momento: Mas o que são mesmo os
Itinerários Formativos?
 Nesse momento, fale sobre os Itinerários Formativos no contexto da 
Reformulação do Ensino Médio.
 De acordo com o Ministério da Educação, os itinerários formativos 
são caracterizados como um conjunto de disciplinas, projetos, oficinas, 
núcleos de estudo, entre outras situações de trabalho, que os estudantes poderão 
escolher no ensino médio (PORTAL DO MEC, 2022). Eles configuram trilhas que possi-
bilitam ao estudante aprofundar seus conhecimentos e se preparar para o prossegui-
mento de estudos ou para o mundo do trabalho, de forma a contribuir para a constru-
ção de soluções de problemas específicos da sociedade.
 Os itinerários formativos, segundo o Ministério de Educação, são divididos em 
cinco áreas e estruturados com foco em uma área do conhecimento, nas formações 
técnica e profissional ou no desenvolvimento de competências e habilidades de dife-
rentes áreas, compondo itinerários integrados.
 O Estado do Maranhão optou pelo trabalho com os itinerários integrados, ou 
seja, caracterizados como itinerários que reúnem diferentes áreas de conhecimento 
visando, sobretudo, mas não exclusivamente, a contemplar os diversos campos de 
estudo e trabalho existentes no estado. Nessa perspectiva de itinerários integrados, 
os aprofundamentos perpassam por todas as áreas de conhecimentos, com enfoque 
globalizador, em uma perspectiva interdisciplinar e transdisciplinar, visto que os estu-
dantes do ensino médio, em geral, concluem essa etapa visando seguir para o ensino 
superior.
 
 Quais são os Itinerários Formativos Integrados do Maranhão?
 1. Ciências Exatas, Tecnológicas e da Terra.
 2. Ciências da Saúde.
 3. Ciências Humanas e Linguagem.
 4. Ciências Sociais, Econômicas e Administrativas.
 
 Professor, apresente o Quadro “Campo de estudo e trabalho dos itinerários for-
mativos – cursos superiores ofertados no estado do Maranhão” para que os(as) es-
tudantes possam visualizar as possibilidades de estudo e trabalho eles(as) poderão 
ingressar caso optarem pela escolha de determinado itinerário formativo.
18
CAMPO DE ESTUDO E TRABALHO DOS ITINERÁRIOS FORMATIVOS:
CURSOS SUPERIORES OFERTADOS NO ESTADO DO MARANHÃO
 As diferenças entre os itinerários formativos integrados 
consistem no enfoque dos componentes curriculares que abordam, 
possibilitando diferentes trilhas de aprendizagem e aprofundamentos 
conforme as áreas de conhecimento que compreendem.
 Para maiores esclarecimentos, consulte o Caderno de Orientações 
Curriculares da Rede Estadual de Educação do Maranhão.
19
 Como e quando devo escolher qual itinerário formativo cursar?
 Caso surja essa dúvida, é importante ressaltar a importância que cumpre o pré- 
itinerário formativo na apresentação sistemática do teor de cada um dos itinerários 
formativos proporcionando ao estudante o conhecimento e a instrumentalização do 
mesmo para uma escolha consciente do seu percurso formativo.
20
EXERCENDO O 
PROTAGONISMO ESTUDANTIL
Eixo estruturante em ação:
SUGESTÃO DE ATIVIDADE
 Pesquisar:
 - Quais são as faculdades/universidades mais próximas da sua região?
 - Quais as formas de ingresso nas faculdades/universidades identificadas?
 - Quais os cursos superiores ofertados por essas instituições de ensino?
 - Verifique se, dentre os cursos ofertados por essas instituições, você sente 
interesse por algum deles, qual? Em caso negativo, pesquise outra(s) faculdades/
universidades que pode ter um curso que você se identifique. 
 A pesquisa poderá ser exposta por escrito, oralmente ou em forma de painel, a 
critério do professor.
ENCONTRO 3 - A CONSTRUÇÃO DO
CONHECIMENTO CIENTÍFICO
21
PROCEDIMENTOS
METODOLÓGICOS: 
1º Momento:
2º Momento:
3º Momento:
 Inicie a aula com uma sondagem dos conhecimentos prévios dos estu-
dantes sobre o que é ciência e, em seguida, desafie-os (em duplas ou trios) a 
construírem a sua própria definição de conhecimento científico respondendo 
a três perguntas essenciais (O que é? Como é construído? Para que serve?).
 Realizada a atividade, explique sobre o conhecimento científico, abor-
dando tópicos relativos às suas características essenciais, a sua importância 
para o desenvolvimento tecnológico e social. Além disso, apresentar aos estu-
dantes o método científico, explicando cada uma de suas etapas.
 Solicitar que os estudantes realizem uma pesquisa de campo.
EXEMPLO DE QUADRO PREENCHIDO
22
EXERCENDO O 
PROTAGONISMO ESTUDANTIL
Eixo estruturante em ação:
ENCONTRO 4 - A CIÊNCIA E O
MÉTODO CIENTÍFICO
PROCEDIMENTOS
METODOLÓGICOS: 
1º Momento:
 Iniciar a aula retomando com a turma a proposta de pesquisa da aula 
anterior. Pedir que alguns estudantes socializem o que observaram e discutam 
com a turma as suas impressões.
23
EXERCENDO O 
PROTAGONISMO ESTUDANTIL
2º Momento:
 Aproveite a oportunidade e discuta com os estudantes questões, tais 
como: 
 1. Essa profissão que você observou é oficialmente reconhecida e/ou re-
gulamentada pelo Ministério do Trabalho e Emprego?
 2. Essa função é exercida, na maioria das vezes, por homens ou mulhe-
res? Por quê? (Discuta as hipóteses que expliquem esta realidade)
 3. Essa profissão é tipicamente urbana ou rural? 
 O propósito dessa discussão é despertar a criticidade na análise dos da-
dos coletados pela observação dos estudantes.
Você tem a liberdade de levantar outros questionamentos 
conforme o contexto da realidade dos estudantes.
Youtube
Exibir o vídeo “A Ciência e o conhecimento científico”.
 - Link de acesso: https://www.youtube.com/watch?v=j3t3blMch6Y
 Após a exibição do vídeo, organizar uma roda de conversacom os estudantes, 
e realizar uma discussão-síntese avaliando o que aprenderam de novo acerca da pro-
dução do conhecimento científico e seus impactos na realidade da vida social.
 Na impossibilidade de reprodução do vídeo, utilize o texto sobre conhecimento 
científico: 
 Conhecimento científico
 O conhecimento científico surge com Galileu Galilei (1564-1642). Os gregos já 
distinguiam no século VII a. C. a diferença entre o conhecimento racional (científico, 
mediado pela razão) e o conhecimento mítico, este inspirado pelos deuses e do qual 
se fala sem nenhuma preocupação em relação à prova dos acontecimentos.
 O conhecimento científico surge a partir:
 1. Da determinação de um objeto específico de investigação; e
 2. Da explicitação de um método para essa investigação.
 3. A Ciência caracteriza-se como uma forma de conhecimento objetivo, racio-
nal, sistemático, geral, verificável e falível.
 4. As áreas da Ciência podem ser classificadas em duas grandes dimensões:
 5. Puras (o desenvolvimento de teorias) e aplicadas (a aplicação de teorias às 
necessidades humanas); ou
 6. naturais (o estudo do mundo natural) e sociais (o estudo do comportamento 
humano e da sociedade).
 7. As Ciências Sociais têm peculiaridades que as distinguem das ciências
naturais.
 8. Os fenômenos humanos não ocorrem de forma semelhante à do mundo 
físico, impossibilitando a previsibilidade.
24
 9. A quantificação dos resultados é falha e limitada.
 10. Os pesquisadores têm crenças que podem prejudicar os resultados de suas 
pesquisas.
 11. O método por si só não pode explicar um fenômeno social (TARTUCE, 2006, 
p. 8).
 Essa distinção entre as ciências naturais e as ciências sociais é objeto, ainda 
hoje, de inúmeras controvérsias e de disputas de poder entre os diferentes campos 
de estudo na academia. A postura mais comum é a atribuição de status científico ao 
que pode ser quantificado e uma pequena tolerância para estudos qualitativos como 
ferramentas para a exploração de variáveis a serem testadas estatisticamente.
 Minayo & Minayo-Gómez (2003, p.118) nos fazem a esse respeito três considera-
ções importantes:
 1) Não há nenhum método melhor do que o outro, o método, “caminho do 
pensamento”, ou seja, o bom método será sempre aquele capaz de conduzir o in-
vestigador a alcançar as respostas para suas perguntas, ou dizendo de outra forma, a 
desenvolver seu objeto, explicá-lo ou compreendê-lo, dependendo de sua proposta 
(adequação do método ao problema de pesquisa); 
 2) Os números (uma das formas explicativas da realidade) são uma linguagem, 
assim como as categorias empíricas na abordagem qualitativa o são e cada aborda-
gem pode ter seu espaço específico e adequado; 
 3) Entendendo que a questão central da cientificidade de cada uma delas é de 
outra ordem [...] a qualidade, tanto quantitativa quanto qualitativa depende da perti-
nência, relevância e uso adequado de todos os instrumentos.
 Retomando a definição de conhecimento científico, de acordo com Tartuce 
(2006, p. 8), temos que
 (...) o conhecimento científico exige demonstrações, submete-se à compro-
vação, ao teste. O senso comum representa a pedra fundamental do conhecimento 
humano e estrutura a captação do mundo empírico imediato, para se transformar 
posteriormente em um conteúdo elaborado que, por intermédio do bom senso, po-
derá conduzir às soluções de problemas mais complexos e comuns até as formas de 
solução metodicamente elaboradas e que compõe o proceder científico.
 
 Suas características são:
 1. É real (factual), porque lida com ocorrências ou fatos.
 2. Constitui um conhecimento contingente, pois suas proposições ou hipóteses 
têm sua veracidade ou falsidade conhecida por intermédio da experiência e não ape-
nas razão, como ocorre no conhecimento filosófico.
 3. É sistemático.
 4. Possui características de verificabilidade.
 5. É falível, em virtude de não ser definitivo, absoluto ou final e, por este motivo, 
é aproximadamente exato.
 Vemos que o conhecimento científico se dá à medida que se investiga o que 
se pode fazer sobre a formulação de problemas, que exigem estudos minuciosos para 
seu equacionamento.
 Utiliza-se o conhecimento científico para se conseguir, por intermédio da pes-
quisa, constatar variáveis. As variáveis são a presença e/ou ausência de um determina-
do fenômeno inserido em dada realidade. Essa constatação se dá para que o estudio-
so possa dissertar ou agir adequadamente sobre as características do fenômeno que 
o fato apresenta.
25
 Representativamente, o estudioso pode estar interessado em investigar a si-
tuação do menor abandonado e delinquente, com o objetivo de descrever as suas 
características, como também, procurar conhecer os fenômenos que encerram este 
fato para sobre eles (fenômenos) agir.
 Quer aconteça o procedimento mantido para um ou outro objetivo, conclui-se 
que o procedimento estará presente, desde que obedeça a um PROJETO determi-
nado, cuja preocupação se estende às generalizações que possam até atender casos 
particulares.
 A atividade desempenhada pelo cientista tem em vista definir as situações fe-
nomenais, pois somente definindo-as ele é capaz de tornar conhecidos os conceitos 
elaborados.
 Dessa maneira, o estudioso consegue atingir em termos de conhecimento as 
qualidades e quantidades próprias e próximas à verdade ou, às vezes, quase próximas, 
como também, a certeza que o fato encerra. Pretende-se, assim, atingir o melhor índi-
ce de validade e fidelidade do conhecimento de um fenômeno.
 Para atingir tal resultado, é necessário que a busca do conhecimento de um 
fenômeno seja guiada por perguntas básicas que encaminharão o encontro de res-
postas concernentes e, portanto, coerentes entre si.
 
 Essas perguntas podem ser sintetizadas em:
 . O que conhecer?
 . Por que conhecer?
 . Para que conhecer?
 . Como conhecer?
 . Com que conhecer?
 . Em que local conhecer?
 
 Observa-se que tais procedimentos acabam por caracterizar uma ação meto-
dológica que direciona o conhecimento do pesquisador, que se dirige a qualquer uma 
das propostas de formação profissional, seja ela própria ao advogado, ao psicólogo, ao 
contador, ao administrador, entre outros.
 Assim sendo, a realidade científica é uma realidade construída e que tem signi-
ficado à medida que oferece características objetivas, quantitativamente mensuráveis 
e/ou qualitativamente observáveis e controladas.
 Concluindo, é possível destacar que:
 O conhecimento científico surgiu a partir das preocupações humanas cotidia-
nas e esse procedimento é consequência do bom senso organizado e sistemático.
 O conhecimento científico, considerado como um conhecimento superior, exi-
ge a utilização de métodos, processos, técnicas especiais para análise, compreensão e 
intervenção na realidade.
 A abstração e a prática terão que ser dominadas por quem pretende trabalhar 
cientificamente.
 São inegáveis as contribuições que a Ciência tem em nossas vidas, e é difícil 
imaginar como seria nossa vida hoje sem os inúmeros avanços que a pesquisa cien-
tífica nos proporcionou. Entretanto, toda aplicação prática, por meio de tecnologias, 
tem um impacto nem sempre positivo, como a clonagem e a manipulação genética, 
que levantam inúmeras questões éticas importantes e que merecem reflexão.
 
 Referência
 Texto adaptado de ENGEL, Tatiana; TOLFO, Denise (Orgs.). Métodos de pesqui-
sa. Porto Alegre: UFRGS, 2009, p. 22-25.
26
EXERCENDO O 
PROTAGONISMO ESTUDANTIL
Eixo estruturante em ação:
ENCONTRO 5 - FORMAS DE
INGRESSO NO NÍVEL SUPERIOR
27
EXERCENDO O 
PROTAGONISMO ESTUDANTIL
Eixo estruturante em ação:
 Para que serve o Enem?
 A primeira edição do Enem foi aplicada em 1998, com o objetivo de medir os co-
nhecimentos adquiridos durante o Ensino Médio. A partir de 2004, o exame começou 
a ser utilizado como método de ingresso em faculdades e, em 2010, com a implemen-
tação do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), o Enem passou a ser mais importante 
que vestibulares tradicionais.
 Ele também ganhou uma nova versão a partir de 2020. OEnem Digital, como 
foi anunciado pelo Ministério da Educação (MEC), é um modelo em que as provas ob-
jetivas são realizadas virtualmente, por meio de computador. O formato impresso é 
mantido apenas na prova de redação.
 Desta forma, o Enem 2022 já não serve apenas como um vestibular moderno, 
mas também é parte do processo seletivo para a aquisição de financiamento estu-
dantil pelo Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies) e para o 
ingresso em faculdades públicas pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Além disso, 
oferece a possibilidade de bolsas de estudo parciais e integrais em instituições par-
ticulares de ensino superior pelo Programa Universidade para Todos (Prouni) e em 
cursos técnicos pelo Sisutec.
 Quem pode participar do Enem?
 O Enem 2022 é principalmente voltado para as pessoas que já concluíram o en-
sino médio ou estão prestes a concluir. Assim, eles podem utilizar o exame para entrar 
no ensino superior por meio do Sisu e do Prouni.
Entretanto, diversos outros estudantes realizaram a prova do Enem em anos anterio-
28
res como forma de treinamento, para irem se acostumando com a prova, chamando-
-se de treineiros.
 Resultados do Enem
 Onde usar a nota do Enem?
 Com a nota do Enem, é possível ingressar em universidades e faculdades pú-
blicas e privadas; conseguir bolsas de estudo para cursos de nível superior e técnico; 
fazer financiamento estudantil para cursos superiores de instituição privada; e, até 
mesmo, ingressar em uma universidade em Portugal.
 Como usar a nota do Enem 2022 no Sisu?
 Por meio do Sisu, é possível concorrer a vagas de cursos de graduação em uni-
versidades públicas de todo o país. A inscrição ocorre todos os anos, no início de cada 
semestre.
 Para participar, é necessário ter participado da edição do Enem 2022 e ter obti-
do nota superior a zero na redação. Além disso, também é necessário atingir a nota de 
corte do curso desejado.
 Confira as Notas de Corte do Sisu nas edições anteriores. Para obter mais infor-
mações sobre o Sisu, acesse nosso Guia do Sisu.
 Como usar a nota do Enem 2022 no Prouni?
 Por meio do Prouni, o estudante pode concorrer a bolsas integrais ou parciais 
em diversas instituições privadas no país. Para isso, o candidato deve realizar sua ins-
crição dentro do prazo estabelecido pelo MEC e seguir as normas requisitadas.
 Diferente dos demais programas, no Prouni o candidato deve estar adequado a 
um perfil socioeconômico, o que envolve o padrão de até um salário mínimo por resi-
dente para bolsas integrais, ou três salários mínimos para bolsas parciais.
 Confira as Notas de Corte do Prouni nas edições anteriores. Para obter mais in-
formações sobre o Prouni, acesse nosso Guia do Prouni
 Como usar a nota do Enem 2022 no Fies?
 Com o Fies, é possível conseguir financiamento estudantil para cursar o ensino 
superior, de forma facilitada, utilizando apenas a sua nota do Enem.
 Para isso, é necessário ter realizado alguma edição do Enem desde 2010, com-
provar renda familiar inferior a 3 salários mínimos per capita, estar matriculado em 
uma instituição de ensino superior cadastrada no programa, ter obtido nota superior 
a zero na redação e totaliza 450 pontos na média das provas do Enem 2022.
 Confira as Notas de Corte do Fies nas edições anteriores. Para obter mais infor-
mações sobre o Fies, acesse nosso Guia do Fies.
 Como usar a nota do Enem no site Quero Bolsa?
 Adicione sua nota do Enem no nosso site e descubra na hora sua Nota Quero. 
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 A Nota é aceita em mais de 100 faculdades
 (Fonte: https://querobolsa.com.br/programas-do-governo)
 Processo Seletivo de Acesso à Educação Superior (PAES)
 A Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) oferece apenas uma forma de 
ingresso em seus cursos de graduação presenciais: o Processo Seletivo de Acesso à 
Educação Superior (Paes). O Paes é um dos maiores vestibulares da região Nordeste 
em número de participantes, reunindo mais de 50 mil concorrentes por ano.
Além do Paes, o UEMA só realiza outro processo seletivo para os cursos da modalidade 
ensino a distância (EaD).
 As inscrições do Paes são realizadas entre julho e agosto, na página do SigCon-
cursos da UEMA. A taxa é de R$ 85, mas a instituição oferece a oportunidade de isen-
29
ção para alguns candidatos que não podem pagar o valor.
 O período para solicitar a isenção é aberto e encerrado antes do início das ins-
crições. Geralmente, as solicitações são feitas em maio e recebem o benefício os es-
tudantes de escolas públicas do Maranhão, pessoas de baixa renda ou servidores da 
UEMA e da UEMASUL* e/ou seus dependentes legais.
 A UEMA aplica o Paes em duas etapas. A primeira fase de provas é realizada em 
outubro e os classificados fazem a segunda fase em novembro. As provas são aplica-
das aos domingos e os candidatos têm 5 horas, entre as 13h e 18h, para responder as 
questões. 
 Primeira Fase: São 60 questões objetivas comuns a todos os candidatos. A distri-
buição é de 20 questões para Língua Portuguesa, Literatura, Língua Inglesa e Língua 
Espanhola; 20 questões para História, Geografia, Filosofia e Sociologia; 20 questões 
para Matemática, Física, Biologia e Química.
 Segunda Fase: São 12 questões discursivas com conteúdo de disciplinas especí-
ficas ao curso escolhido pelo candidato e a produção de uma redação.
 As provas são aplicadas em São Luís, Caxias, Bacabal, Balsas, Santa Inês, Ti-
mon, Grajaú, Lago da Pedra, Zé Doca, Itapecuru-Mirim, Colinas, São João dos Patos, 
Barra do Corda, Codó, Coelho Neto, Pinheiro, Presidente Dutra, Pedreiras, Coroatá, 
São Bento, Imperatriz, Açailândia e Estreito.
 . Obras Literárias
 A UEMA cobra a leitura de algumas obras literárias para a resolução das suas 
provas. A relação de livros para o vestibular é divulgada antes da abertura das inscri-
ções. Geralmente, são cobradas três obras literárias na seletiva.
 . Habilidades Específicas
 Para o curso de Música é necessário que os candidatos realizem o Teste de Ha-
bilidades Específicas (THE). A avaliação é feita em setembro, antes das provas da pri-
meira fase. A lista de classificados também é divulgada antes das provas do Paes e os 
aprovados realizam as demais etapas.
 . Cursos de Formação de Oficiais (CFO)
 O Paes da UEMA também é utilizado como processo seletivo para os cursos de 
Formação de Oficiais (Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Maranhão e Polícia 
Militar do Estado do Maranhão).
 Os candidatos desses cursos devem fazer as provas da UEMA e, se classificados, 
passam por novas etapas como testes físicos e psicológicos de responsabilidade das 
corporações. Para se inscrever nesta modalidade a taxa é menor, de R$ 60, e há exi-
gências específicas que devem ser conferidas em edital.
 
 UEMASUL
 A Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão (UEMASUL) foi fun-
dada em 2017 e, desde então, as vagas para os cursos de graduação da instituição 
passaram a ser oferecidas no Paes da UEMA.
 Vagas e cotas
 Anualmente, a UEMA oferece cerca de 4 mil vagas para o ingresso nos cursos 
de graduação presencial. As vagas são distribuídas para os dois semestres do ano, mas 
a maioria dos cursos oferece oportunidades somente no primeiro semestre. Para a 
UEMASUL a oferta é de cerca de 900 vagas, também oferecidas para os dois
semestres.
 As vagas do Paes são divididas pelo Sistema Universal (ampla concorrência) e o 
Sistema Especial de Reserva de Vagas. As vagas desse sistema especial são divididas 
30
em três categorias, da seguinte forma:
 Especial 1: 10% das vagas dos cursos de graduação para candidatos negros e 
oriundos de comunidades indígenas, tendo cursado o Ensino Médio em escolas pú-
blicas;
 Especial 2: 5% das vagas dos cursos de graduação para pessoas com deficiência;
 Especial 3: 20% das vagas exclusivas dos cursos de CFO (PMMA e CBMMA) para 
candidatos negros.
 As demais vagas são oferecidas para os candidatos da ampla concorrênciae, 
em caso de vagas remanescentes do sistema especial, elas são destinadas ao sistema 
universal. 
 
 Cursos a distância
A UEMA oferece mais de 3 mil vagas por ano para os cursos de educação a distância. 
As inscrições são feitas em novembro e a taxa é de R$ 50. As provas são formadas por 
44 questões objetivas com conteúdo do Ensino Médio.
 Os cursos a distância oferecidos são Filosofia, Física, Geografia, Música, Pedago-
gia, Administração Pública, Tecnologia em Alimentos, Tecnologia em Gestão Comer-
cial e Tecnologia em Segurança do Trabalho.
(Fonte: https://vestibular.mundoeducacao.uol.com.br/vestibulares/vestibular-da-uema.htm)
31
MODELO DE QUESTIONÁRIO
PREENCHIDO
32
APÊNDICE - PROPOSTA DE QUESTIONÁRIO SIMPLES DE 
PESQUISA NA COMUNIDADE
33
ENCONTRO 6 - POSSIBILIDADES DE
ESTUDOS E CARREIRAS DE NÍVEL SUPERIOR
PROCEDIMENTOS
METODOLÓGICOS: 
1º Momento:
2º Momento:
 Retomar a atividade de pesquisa sobre o grau de instrução das pessoas que 
convivem com o estudante.
 Dividir os estudantes em grupos
 Discutir em grupo: contagem dos entrevistados conforme o grau de instrução.
 Realizar tabulação de dados da pesquisa
 Construir gráficos com os resultados da tabulação.
 Inicie o momento reproduzindo o vídeo “Vida Maria” 
 Link de acesso: https://www.youtube.com/watch?v=yFpoG_htum4 
 Em seguida, retome a discussão para explicar as diferenças entre os graus de 
instrução (incluindo as de nível superior) fazendo um link com o sonho dos
estudantes.
 Texto 01 - Ensino Superior: Saiba como funcionam os graus acadêmicos
 (Fonte: Blog Plataforma ENEM - Disponível em: https://blog.enem.com.br/ensi-
no-superior-saiba-como-funcionam-os-graus-academicos/). Acesso em: 15 dez. 2022.
 Muitos estudantes antes de ingressarem na faculdade e começarem a viver 
a vida acadêmica não entendem exatamente como funcionam as fases do ensino 
superior e as diferenças entre os graus acadêmicos. Por isso, hoje o Blog do QG traz 
34
uma matéria especial que irá tirar todas as suas dúvidas sobre graduação, mestrado, 
doutorado e te fazer entender, de uma vez por todas, cada um desses nomes. Confira 
abaixo:
 GRADUAÇÃO
 Os cursos de graduação constituem a primeira etapa da formação no ensino 
superior. Através dele, você pode obter os títulos de bacharel, licenciado ou tecnólogo.
 
 BACHARELADO
 O bacharelado, tradicionalmente, prepara o profissional para os setores indus-
trial, comercial e de serviços, onde ele irá aplicar o conhecimento obtido no curso em 
atividades específicas. Se tornando um Bacharel, você estará apto a atuar no mercado 
de trabalho. Praticamente em todas as áreas – Exatas e Tecnológicas, Humanas, Artes 
e Biológicas – pode-se obter o título de bacharel.
 LICENCIATURA
 A licenciatura, diferente do bacharelado, irá formar docentes aptos a atuarem 
no ensino fundamental (a partir da 5ª série) e no ensino médio. Os professores que 
você teve ou tem na escola, provavelmente, tiveram que passar por um curso de licen-
ciatura em suas respectivas áreas para seguirem esta profissão.
 Para lecionar da 1ª a 4ª série do ensino fundamental, a formação em nível supe-
rior ocorre no curso de Pedagogia
 
 TECNÓLOGO
 O curso tecnólogo, ou curso superior de tecnologia, é um tipo de graduação 
voltada para quem deseja ingressar rapidamente no mercado de trabalho - por isso, 
também é conhecido como graduação tecnológica, e o tempo de duração do curso 
é normalmente inferior a 03 anos. Esta modalidade prepara os estudantes para uma 
área específica de uma determinada profissão.
 Obs: Cursos Técnicos não são considerados tecnólogos. Cursos técnicos são 
programas de nível médio com o propósito de capacitar o aluno proporcionando co-
nhecimentos teóricos e práticos nas diversas atividades do setor produtivo.
 
 PÓS-GRADUAÇÃO
 São dois tipos de pós-graduação: a stricto e lato sensu. Stricto sensu significa 
“em sentido limitado” e compreendem programas de mestrado e doutorado abertos 
a candidatos diplomados em cursos superiores de graduação. Já o lato sensu significa 
“em sentido amplo” e compreende os cursos de graduação voltado para alguma es-
pecialização. Um exemplo de pós-graduação lato sensu é o Master Business Adminis-
tration (MBA), que mesmo sendo considerado mestrado no exterior, é classificado no 
Brasil como uma especialização na área de Administração.
 
 MESTRADO
 Após concluir a graduação, o formado tem a oportunidade de continuar seus 
estudos nos cursos de pós-graduação para desenvolver e aprofundar a formação
adquirida.
 O Mestrado pode ser a opção inicial de quem deseja se dedicar a carreira aca-
dêmica, mas também é procurado para melhorar a qualificação profissional. É exigido 
do aluno que deseja entrar em um mestrado a proficiência em outra língua, geral-
mente em Inglês. Os cursos de mestrado podem durar até 3 anos e para concluir, o 
aluno precisa desenvolver uma dissertação sobre um tema escolhido.
35
 DOUTORADO
 O Doutorado está tradicionalmente voltado à carreira acadêmica. O curso pre-
para alunos para atuar no campo de pesquisa, tornando o conhecimento em deter-
minado assunto mais aprofundado. O título de doutor é obtido após a elaboração, 
defesa e aprovação de uma tese desenvolvida pelo próprio aluno. Esta defesa é mais 
aprofundada do que a defesa do mestrado, geralmente é proposto um tema novo, um 
estudo de algo ainda não abordado. O curso de doutorado pode durar até 5 anos.
ENCONTRO 7 - SENTIDOS DO TRABALHO 
(PARTE 1)
PROCEDIMENTOS
METODOLÓGICOS: 
1º Momento:
 Exibir o vídeo “O trabalho como princípio educativo no ensino médio”, como 
forma de contextualizar e situar a turma para refletir sobre a noção de trabalho, en-
quanto categoria fundante do ser social e da sociedade. Após a discussão fomentada 
a partir do vídeo, cada estudante deve refletir sobre o que entende por trabalho.
Youtube
 - Link de acesso: https://www.youtube.com/watch?v=YIgGbazhirg (exibir até 4 
minutos e 48 segundos).
 Na impossibilidade de reproduzir o vídeo, utilize o texto “Os jovens e o mundo 
do trabalho”, do livro Multiversos Ciências Humanas, volume 4 (FTD).
36
2º Momento:
 Cada estudante deve receber uma folha de papel em branco e responder às 
questões: “Quando você pensa em trabalho, qual a primeira ideia ou palavra que lhe 
vem à cabeça?” ou “Trabalho para mim é...”. Cada um deve redigir em seu papel ape-
nas uma palavra ou ideia. Caso deseje expressar mais de um posicionamento, o/a es-
tudante deverá solicitar uma nova folha de sulfite.
 Ao final da aula, o/a professor/a deverá guardar as folhas de sulfite 
para que seja montado o mural de brainstorming na próxima aula.
 1 brainstorming: técnica de discussão em grupo que se vale da contribui-
ção espontânea de ideias por parte de todos os participantes, no intuito de resolver 
algum problema ou de conceber um trabalho criativo.
37
ENCONTRO 8 - SENTIDOS DO TRABALHO 
(PARTE 2)
1º Momento:
2º Momento:
 Redistribua as folhas de sulfite com as respos-
tas dos estudantes para que eles constru-
am o mural. Após alguns minutos, peça 
que cada jovem apresente sua resposta 
e, após a apresentação de cada um, com 
o apoio e sugestões do grupo, construa 
um mural de brainstorm com as respostas, utilizando a fita crepe para anexar as res-
postas na lousa ou na parede, por semelhanças e aproximações nas respostas.
 Depois que todos tiverem realizado a sua apresentação, inicie uma discussão 
com o grupo sobre o mural construído. Algumas questões podem mobilizar a discus-
são: quais são as respostas mais comuns ou predominantes entre os/as estudantes da 
turma? As respostas mapeadas mostram uma visão mais positiva ou negativa sobre 
o mundo do trabalho? Essas percepções estão associadas a experiências efetivas ou 
a expectativas que possuímos sobre o futuro profissional? Quando responderam, os/
as jovens estavam pensando em qualquer trabalho existente e acessível aos jovens ou 
em um trabalho em especial?
 Importante salientar que a problematização dessas expectativas, sem que isso 
invalide as expectativas dos adolescentes ejovens sobre suas experiências profissio-
nais, é um caminho educativo bastante profícuo. A dinâmica abre espaço para a in-
trodução de leituras e discussões sobre o trabalho no mundo contemporâneo, sobre 
a situação do trabalhador, particularmente do trabalhador jovem, e para a luta pelo 
direito ao trabalho decente.
38
 Para a próxima aula, solicitar aos estudantes que tragam o celular 
para que possam consultar a Constituição Federal Brasileira de 1988 
(caso a internet esteja disponível na escola).
 Texto de Apoio | Os jovens e o mundo do trabalho
 O mundo do trabalho tem intensa presença na vida juvenil. Desde muito cedo, 
moças e rapazes deparam-se com perguntas sobre suas escolhas profissionais ou 
com a necessidade de trabalhar. Em 2013, uma pesquisa de opinião realizada pela 
Secretaria Nacional de Juventude (SNJ)13 perguntou a jovens sobre o que gostariam 
que acontecesse em suas vidas para que se sentissem realizados. O emprego/trabalho 
representou 48% das respostas de moças e rapazes brasileiros de diferentes regiões 
do país. O mesmo estudo solicitou que eles indicassem os problemas que mais os 
preocupavam pessoalmente e, mais uma vez, o trabalho apareceu com destaque: 34% 
declararam que as questões relacionadas ao emprego ou à profissão eram aquelas 
que mais os preocupavam. A temática ficou atrás apenas da violência, que foi indicada 
por 43% dos entrevistados. Esses resultados não surpreendem. Afinal, no mundo con-
temporâneo, para milhões de jovens (e também de adultos), ter ou não ter trabalho, 
especialmente sob a forma de emprego assalariado, é um fator determinante para 
suas condições de vida e possibilidades de futuro. Daí que ter ou não um trabalho, 
bem como a qualidade desses postos se constituam tanto numa resposta aos an-
seios de realização pessoal dos jovens quanto em temas que mobilizem suas preocu-
pações. Além disso, o cotidiano dos jovens brasileiros, inclusive dos estudantes, não 
deixa dúvidas sobre a forte presença da juventude no mundo do trabalho. Embora os 
indicadores nacionais demonstram uma crescente diminuição do número de moças 
e rapazes com idade entre 15 e 17 anos que conciliam estudo e trabalho em suas vi-
das, o trabalho, em suas diferentes formas, ainda persiste como realidade para parcela 
considerável dos estudantes de Ensino Médio do país: em 2011, 6,3 milhões de jovens 
dessa faixa etária apenas estudavam; 2,4 milhões conciliam estudo e trabalho ou a 
busca por trabalho; e 550 mil realizavam atividades domésticas (Sposito e Souza, 2013). 
É evidente que os jovens oriundos de famílias da classe trabalhadora ingressam mais 
As informações sobre essa temática es-
tão disponíveis no Texto de Apoio “Jovens 
e mundo do trabalho”. O material contém uma série de 
dados e informações que ajudam a compreender os sen-
tidos do trabalho, ou de sua ausência, na vida de moças 
e rapazes.
39
cedo no mercado de trabalho, bem como se ocupam mais do trabalho doméstico (es-
pecialmente as mulheres jovens). Essas experiências podem se iniciar inclusive antes 
mesmo da idade legal para o exercício de atividades profissionais ou sem concluir a 
escolaridade básica. Os motivos desse ingresso mais precoce estão fortemente rela-
cionados às suas condições socioeconômicas e à necessidade de desde cedo “ajudar” 
no orçamento e prover a subsistência de suas famílias. No entanto, a busca e o interes-
se de moças e rapazes pelo trabalho também estão associados àquilo que ele possi-
bilita: oportunidades de aprendizado e de conhecer novas pessoas, maior autonomia 
econômica, acesso ao lazer e à cultura, consumo de novas tecnologias (especialmente 
celulares e computadores), mobilidade e circulação pela cidade etc.
 SOUZA, Raquel. Guia Tô no Rumo: Jovens e escolha profissional – Subsídios 
para educadores. São Paulo, Ação Educativa, 2014.
ENCONTRO 9 - RESPONSABILIDADE
SOCIAL E CIDADANIA
1º Momento:
 Contextualização dos conceitos relativos à cidadania e responsabilidade social 
(Consultar material de apoio sugerido).
40
2º Momento:
3º Momento:
Eixo estruturante em ação:
Cordel “Cidadania” - Marlene Ramos
 Distribua a turma em grupos de 3 ou 4 alunos e peça que identifiquem dois di-
reitos contidos na Constituição Federal de 1988 que considerem indispensáveis à sua 
realidade;
 Com base nas garantias sociais contidas na Constituição Federal de 1988, peça 
que os estudantes discutirem atitudes e ações que eles mesmos possam desenvolver 
na sua comunidade para garantir a efetivação desses direitos (Ex.: o que eu posso fazer 
para que esse direito seja alcançado pelos membros da minha comunidade?).
ATIVIDADE COMPLEMENTAR
 Interdisciplinaridade com a área de Linguagens e suas Tecnologias Realize a 
contextualização da literatura de cordel, seguido da leitura do cordel “Cidadania” de 
Marlene Ramos.
 Após discutir os direitos fundamentais encontrados na Constituição Federal 
de 1988 também conhecida como “Constituição Cidadã”, solicite que os estudantes 
leiam o Cordel “Cidadania” de Marlene Ramos e produzam uma estrofe para um cor-
del coletivo da turma.
Peço licença a todos
Que estão aqui presentes,
O que vou falar agora
Vai deixar todos contentes.
O assunto aqui tratado
É da cidadania, minha gente.
É conservar intactos
Os bens públicos da cidade
É tratar bem as pessoas,
Não importando a idade.
Se agirmos desse modo
Seremos cidadãos de verdade.
41
SAIBA MAIS:
 Videoaula sobre Cidadania - Brasil Escola 
https://www.youtube.com/watch?time_continue=1&v=c3mjvCfwRxc&feature=emb_
logo
 
 Constituição Federal 1988
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm
 MORAIS, Regina Aparecida. O cordel e suas possibilidades no ensi-
no da linguagem: formação humana, diversidade e cultura. 
http://periodicos.pucminas.br/index.php/cadernoscespuc/article/view/P2358-
3231.2016n29p126.
As informações sobre essa temática estão 
disponíveis no Texto de Apoio “Jovens e 
mundo do trabalho”. O material contém uma série de da-
dos e informações que ajudam a compreender os senti-
dos do trabalho, ou de sua ausência, na vida de moças e 
rapazes.
Cidadania é uma palavra,
Falada por muita gente,
Mas, que muitos não sabem
Seu sentido verdadeiramente.
Cidadania é o direito
De viver decentemente.
Cidadania é direito de ter
Ideia e poder expressá-la
Poder votar em alguém
Sem ninguém ameaçá-la
É ser negro ou homossexual
Sem ninguém discriminá-la
É praticar uma religião
Sem ser perseguido
É poder devolver um produto,
Estragado ou vencido
É poder desfrutar dos direitos
Que por nós foram conseguidos.
Ser cidadão é ter
Maior participação
É está ciente de tudo
Que acontece na Nação,
Se nós agirmos assim,
Seremos de fato cidadão.
Ter cidadania é ter
Saúde e boa educação,
Ter emprego e também,
Ter uma habitação,
Usufruir dos direitos
Que estão na constituição.
Um cidadão deve ter
Direito à segurança
Menor deve ter lazer
E ser tratado como criança,
Mas, para muito brincar…
Fica só na esperança.
Cidadania é a pessoa,
Ter liberdade de se expressar,
Mas que a fala não venha
Outra pessoa magoar
É ser respeitado pelos outros
E também os respeitar.
Mas não é bem assim,
A realidade é diferente.
Respeito quase não existe,
Leitura é insuficiente.
Enquanto isso não mudar,
Nunca poderemos falar:
Eu sou cidadão verdadeiramente
42
ENCONTRO 10 - A ÉTICA E A RESPONSABI-
LIDADE SOCIAL NO MUNDO PROFISSIONAL
1º Momento:
 Ler em voz alta o “Juramento de Hipócrates”, que é um juramento solene efetu-
ado pelos médicos, tradicionalmente por ocasião de sua formatura, que fundamenta 
o Código de Ética da Medicina. Ler também os Juramentos dos Cursos de Ciências 
Sociais e Psicologia. Em seguida, pedir para os estudantes responderem:
 a) Qual a necessidade/importância de um profissional realizar um juramento?
 b) Quais as características de uma relação ética entre sujeitos no exercício da 
profissão?
 Juramento de Hipócrates
“Eu juro, por Apolo médico, por Esculápio, Hígia e Panacea, e tomo por testemunhas 
todos os deuses e todas as deusas, cumprir, segundo meupoder e minha razão, a pro-
messa que se segue:
 Estimar, tanto quanto a meus pais, aquele que me ensinou esta arte; fazer vida 
comum e, se necessário for, com ele partilhar meus bens; ter seus filhos por meus pró-
prios irmãos; ensinar-lhes esta arte, se eles tiverem necessidade de aprendê-la, sem 
remuneração e nem compromisso escrito; fazer participar dos preceitos, das lições e 
de todo o resto do ensino, meus filhos, os de meu mestre e os discípulos inscritos se-
gundo os regulamentos da profissão, porém, só a estes.
 Aplicarei os regimes para o bem do doente segundo o meu poder e entendi-
mento, nunca para causar dano ou mal a alguém.
 A ninguém darei por comprazer, nem remédio mortal nem um conselho que 
43
induza a perda. Do mesmo modo não darei a nenhuma mulher uma substância
abortiva. 
 Conservarei imaculada minha vida e minha arte.
 Não praticarei a talha, mesmo sobre um calculoso confirmado; deixarei essa 
operação aos práticos que disso cuidam.
 Em toda casa, aí entrarei para o bem dos doentes, mantendo-me longe de todo 
o dano voluntário e de toda a sedução, sobretudo dos prazeres do amor, com as mu-
lheres ou com os homens livres ou escravizados.
 Àquilo que no exercício ou fora do exercício da profissão e no convívio da so-
ciedade, eu tiver visto ou ouvido, que não seja preciso divulgar, eu conservarei inteira-
mente secreto.
 Se eu cumprir este juramento com fidelidade, que me seja dado gozar feliz-
mente da vida e da minha profissão, honrado para sempre entre os homens; se eu 
dele me afastar ou infringir, o contrário aconteça.”
 Juramento do Curso de Ciências Sociais
 Prometo exercer minha profissão fiel a preceitos éticos, com dedicação e ho-
nestidade de propósitos, com o objetivo de participar na produção e difusão de co-
nhecimentos, respeitando diferenças e os valores maiores da justiça, da paz e da
liberdade.
 Juramento do Curso de Psicologia
 “Como psicólogo, eu me comprometo a colocar minha profissão a serviço da 
sociedade brasileira, pautando meu trabalho nos princípios da qualidade técnica e do 
rigor ético. Por meio do meu exercício profissional, contribuirei para o desenvolvimen-
to da Psicologia como ciência e profissão, na direção das demandas da sociedade, 
promovendo saúde e qualidade de vida a cada sujeito e a todos os cidadãos e
instituições”.
2º Momento:
 Dividir os estudantes em 5 (cinco) grupos, e distribuir uma situação-problema 
envolvendo um dilema ético para que cada grupo possa ler, discutir e apresentar para 
a turma as decisões tomadas e as implicações éticas, políticas, sociais e profissionais 
da escolha.
 . Situação 1 do dilema ético - Imagine que você é um médico experiente que 
acompanha um paciente à beira da morte. Você pensa em recorrer a um tratamento 
inédito para salvar o paciente – você está bem confiante –, porém o tratamento não 
é autorizado no Brasil. O que você faria? Violaria o Código de Ética Médica e tentaria 
salvar o paciente, ou deixaria o paciente com um tratamento convencional?
 
 . Situação 2 do dilema ético - Imagine que você é um psicólogo e durante as 
sessões de terapia, sua paciente relata ter sido vítima de um caso de estupro por um 
parente próximo ou conhecido. Diante de tal situação, você se depara com o dilema 
de preservar o sigilo profissional, mesmo que isso implique em ser conivente com a 
continuidade das violações, ou você denuncia o agressor?
 
 . Situação 3 do dilema ético - Imagine que você é líder em uma empresa 
de mineração que mantém uma barragem para armazenamento de resíduos tóxicos 
próxima a uma cidade de 10 mil habitantes. O rompimento dessa barragem poderá 
44
causar impacto humano e ambiental imenso. Você está ciente de uma investigação 
interna que aponta alto risco de rompimento, mas a empresa não toma providências 
porque isso poderia implicar em altos custos com obras de segurança. O que você 
faria? Denunciaria a empresa em benefício da segurança da comunidade, ainda que 
em detrimento do seu próprio futuro (arruinando sua carreira no setor de mineração)? 
Ou seguiria o código de conduta ética da empresa, que impõe sigilo máximo a toda e 
qualquer informação sensível sobre o negócio, ainda que em detrimento da seguran-
ça da comunidade na cidade vizinha?
 
 . Situação 4 do dilema ético - imagine que você é um jornalista que trabalha 
no editorial de uma revista, e está buscando uma promoção para melhorar na carreira. 
Você ficou responsável por fazer a cobertura e escrever uma reportagem sobre um 
fato político. E você teve acesso de forma ilegal e não autorizada de imagens e áudios 
dos principais envolvidos no acontecimento político. Você sabe que se divulgar essas 
informações exclusivas, a reportagem terá muita repercussão, e consequentemente 
haverá aumento nas vendas desta edição da revista, além de possivelmente receber 
uma promoção em sua carreira, mas tem consciência que, pelo código de ética, o 
jornalista não pode divulgar informações visando o interesse pessoal ou buscando 
vantagem econômica, nem informações obtidas de maneira inadequada. O que você 
faria? Divulgaria as informações obtidas de forma ilegal para subir na carreira ou res-
peitaria o código de ética e não divulgaria as informações, perdendo a oportunidade 
de fazer talvez a maior reportagem de sua vida profissional?
 . Situação 5 do dilema ético - Imagine que você é um defensor público e foi 
designado para defender uma pessoa responsável pela morte de uma família inteira, 
inclusive de crianças, com requintes de crueldade. Nas conversas com o acusado, ele 
declara para você que realmente matou essas pessoas sem ter uma razão específica, 
apenas pelo prazer de ver os outros sofrerem. Você sabe que precisa manter o sigilo 
das conversas com o indiciado e que deverá provar que o mesmo é inocente apesar da 
confissão feita para você.O que você faria? Defenderia o acusado pela morte da família 
sabendo que o mesmo é um sujeito frio e cruel e que poderá repetir esse ato outras 
vezes? Ou não faria nenhum esforço para defender o acusado mesmo sendo seu de-
fensor público?
EXERCENDO O 
PROTAGONISMO ESTUDANTIL
Eixo estruturante em ação:
45
 A palavra juramento tem origem do termo latino 
juramentu, é uma confirmação de uma promessa 
ou um fato, normalmente realizado sobre ou perante algo ou 
alguém que quem o faz, acredita ser sagrado, como prova da 
natureza vinculativa desse importante ato ou a fidedignidade 
deste fato ou declaração.
 Sobretudo, jurar é realizar um juramento, fazer uma pro-
messa solene em um momento como a cerimônia de
formatura.
 Todos os formandos de cursos universitários realizam 
um juramento diante da sua profissão, nas cerimônias de for-
matura ou colação de grau,. Geralmente, se compromete em 
respeitar o seu código de ética e atuar conforme as responsa-
bilidades e normas sociais que o seu conselho de classe impõe.
 Hipócrates, que nasceu na Grécia, em Cós, ilha grega do 
Dodecaneso, em torno de 460 a.C. é, ainda hoje, considerado o 
“Pai da Medicina”. Sua obra, que inclui os famosos Aforismos; 
os Quatro Princípios Fundamentais (jamais prejudicar o enfer-
mo/não buscar aquilo que não é possível oferecer ao paciente, 
os famosos milagres/lutar contra o que está provocando a en-
fermidade/ acreditar no poder de cura da Natureza); e o Jura-
mento que leva o seu nome, permanece atual.
 A ÉTICA E A RESPONSABILIDADE SOCIAL NO MUNDO
PROFISSIONAL 
 
 A Ética e a Responsabilidade Social são temas que não podem deixar de 
existir no currículo escolar; dada a relevância e pertinência na formação social 
e moral dos indivíduos. A responsabilidade social pode ser definida como um 
conjunto de ações que geram impacto social positivo, seja através de medidas 
pautadas na sustentabilidade, educação da comunidade local, incentivo à prá-
tica esportiva ou mesmo pequenos gestos generosos e solidários no dia a dia. 
A ética é uma doutrina filosófica que se baseia em normas, valores e preceitos 
que orientam a conduta humana, com vistas a um melhor convívio social. Essa 
discussão no espaçoescolar é muito importante, uma vez que a Constituição 
Federal preconiza como objetivos da educação o pleno desenvolvimento da 
pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o tra-
balho. Neste sentido, é necessário educar em prol de uma prática social trans-
formadora, com vistas à promoção da justiça social, e uma conduta fundamen-
tada em valores éticos e humanos. Essa prática é resultado do entendimento 
que a ética e a responsabilidade social estão atreladas ao exercício pleno da 
cidadania, de cidadãos conscientes do seu papel e lugar no mundo, e profissio-
nais que vinculam suas aspirações pessoais e profissionais com os interesses 
da coletividade social.
 Os profissionais não são apenas considerados pela especialidade que 
possuem, mas, também, por seu compromisso em prestar serviços de qualida-
46
de àqueles que o procuram. No processo de escolha da profissão, é importante 
conhecer qual é o papel de determinada profissão no contexto social e mergu-
lhar em um processo de autoconhecimento, em que possa avaliar se os valores 
de determinada atuação estão alinhados aos seus, o que pode garantir maior 
dedicação à renovação dos conhecimentos ao longo da carreira e, desta forma, 
cumprir com ética e responsabilidade o seu papel profissional para contribuir 
com a sociedade.
47
IFI CIÊNCIAS
DA SAÚDE2
48
ENCONTRO 1 - APRESENTANDO O ITINERÁRIO 
FORMATIVO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE (IFCS)
 IF CIÊNCIAS DA SAÚDE
ÁREAS INTEGRADAS
NATUREZA E MATEMÁTICA
COMPONENTES CURRICULARES ENFOQUES DO ITINERÁRIO
BIOLOGIA, QUÍMICA, FÍSICA, EDUCAÇÃO FÍSICA E MATEMÁTICA
 A predominância do itinerário formativo Ciências da Saúde é o estudo da vida 
em diversas escalas e universos, desde o microscópico até o meio ambiente. O funcio-
namento dos organismos e dos seres vivos e suas relações com o meio em que estão 
inseridos, a preocupação com o meio ambiente e com a saúde, a qualidade de vida e 
o bem-estar fazem parte deste campo de interesse. (DCTMA, 2021).
 Medicina, ciências biomédicas, odontologia, psicologia, farmácia, terapia ocu-
pacional, fisioterapia e educação física são alguns cursos e carreiras presentes na traje-
tória desse itinerário, que não demanda apenas conhecimentos em biologia ou quími-
ca, mas também nas demais áreas de conhecimento, tendo em vista que a realização 
de cálculos e a compreensão de estruturas sociais também fazem parte do trabalho 
de profissionais como médicos e psicólogos, para citar alguns. É um campo com mui-
tas perspectivas, ao se considerar o aumento da longevidade humana e a crescente 
preocupação com a qualidade de vida. Particularmente, alguns campos, como a fisio-
49
terapia e a fonoaudiologia, foram por muito tempo considerados no âmbito curativo, 
mas, em vista da recorrente busca por melhor qualidade de vida, hoje esses campos 
são notadamente reconhecidos na dimensão da prevenção, e não apenas da cura.
(DCTMA, 2021).
 O Itinerário de Ciências da Saúde dedica-se à pesquisa e à produção de conhe-
cimento no campo da saúde com ênfase na interdisciplinaridade dos processos de 
intervenção em saúde coletiva, estendendo-se para ações de promoção, prevenção e 
educação em saúde.
 Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), no seu Objetivo 3 – Saúde e 
Bem-Estar, o Brasil, como membro, deve “assegurar uma vida saudável e promover o 
bem-estar para todas e todos, em todas as idades”.
 Nesse contexto, a saúde, definitivamente, é um assunto que deve ser presente 
no ambiente escolar, visto que o funcionamento do organismo da comunidade esco-
lar e de toda a sociedade depende de processos biológicos, químicos e físicos decor-
rentes da falta ou do excesso de nutrientes e do estilo de vida adotado, acarretando 
danos à saúde física e mental. Além disso, a desinformação tem colocado em risco a 
saúde de muitas pessoas, dessa forma as informações a serem discutidas devem con-
duzir à reflexão crítica e ao exercício do protagonismo estudantil nas comunidades 
em que estiver inserido.
CONTRIBUIÇÕES DOS COMPONENTES ENFOQUE NO ITINERÁRIO FORMATIVO 
DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
 O aprofundamento da área de matemática poderá contribuir no estudo e com-
preensão dos efeitos das atividades humanas sobre os ecossistemas e a análise do 
meio ambiente e seus fatores físicos, químicos, biológicos, econômicos, sociais e cul-
turais. A matemática está presente em vários procedimentos ligados à saúde huma-
na, como cálculo na produção e administração de medicamentos, leitura e diagnósti-
cos de exames, estatísticas relacionadas a vários tipos de doenças e tratamentos etc. 
O componente curricular física contribui de maneira significativa para o itinerário das 
ciências da saúde, visto que toda a evolução nos tratamentos da saúde dos seres vivos, 
como a realização de exames e alguns procedimentos médicos, possuem conceitos 
físicos fundamentais, desde o conhecimento simples da leitura de temperatura corpo-
ral até as mais sofisticadas máquinas de imagem e ressonância magnética, e necessi-
tam de uma base sólida de conhecimentos físicos. 
 A química é ciência fundamental na busca de soluções para prevenção e trata-
mento de doenças, nos processos de fabricação de medicamentos, alimentos e pro-
dutos de higiene pessoal. Sendo assim, o componente curricular química é um impor-
tante aliado na construção do conhecimento dos nossos estudantes, principalmente 
aqueles que se interessam pelo itinerário de ciências da saúde, para se tornarem jo-
vens autônomos que podem trilhar uma carreira profissional técnica ou uma gradu-
ação. Assim, aprofundando os conhecimentos adquiridos na formação geral básica, o 
estudante será conduzido à vivência das práticas experimentais, fazendo a interlocu-
ção entre a teoria e prática, assim como sua inserção à iniciação científica, na busca 
da solução dos problemas no entorno da sua comunidade e da sociedade em geral, 
estimulando a cuidar da saúde física e emocional. 
 No itinerário das ciências da saúde, a biologia contribui fortalecendo todas as 
competências, na medida em que oportuniza a realização de previsões sobre o funcio-
namento dos seres vivos e analisa fenômenos naturais e processos tecnológicos, com 
base nas interações e relações entre matéria e energia, que culminam em melhoria 
nas condições de vida em várias escalas, e avalia aplicações do conhecimento cientí-
fico. Todas essas competências servem a este itinerário quando verificamos que, aqui, 
50
o estudante é munido de um complemento que lhe garantirá compreender desde a 
nutrição, como a relação dos compostos orgânicos e inorgânicos com o metabolismo 
humano, passando pelos sistemas mais relevantes que compõem a máquina huma-
na e mecanismos de transmissão da herança genética até as principais categorias de 
doenças que afetam a saúde humana. 
 O componente curricular educação física contribuirá para debater as questões 
referentes às práticas corporais, preservando os valores, identidades e culturas, em 
suas diversidades, buscando sempre a inclusão de todos e refutando todo tipo de pre-
conceito. 
Fonte: DCTMA, 2021.
MACROÁREAS ABORDADAS
Macroárea de Saúde 
 Desde o decreto nº 6.286/2007, quando instituído o programa Saúde na Escola, 
compreende-se que a formação integral dos estudantes da rede pública de educação 
básica envolve ações de conscientização, prevenção, promoção e atenção à saúde. 
Essa visão fortalece a abrangência da saúde para o pleno desenvolvimento escolar. 
Destaca-se, assim, que as questões relacionadas com a saúde e bem estar eviden-
ciam, na sociedade contemporânea, uma necessidade que permeia a condição in-
tegral do indivíduo e adentra à vivência educacional como temática a ser trabalhada 
relacionada ao cotidiano e à vida dos estudantes (Caderno de Orientações Curricular 
2023).
 A Macroárea de Saúde é constituída pelos TCTs Saúde e Educação alimentar e 
nutricional, que concebem estratégias para integração e articulação permanente en-
tre as políticas e ações de educação e saúde. Nessa perspectiva, essa macroárea carac-
teriza-secomo fomentadora, no espaço escolar, de debates transdisciplinares sobre os 
hábitos alimentares, a saúde mental e o autocuidado com o corpo, que impactam na 
saúde pessoal e da coletividade.(Caderno de Orientações Curricular 2023).
 Esses dois relevantes temas da macroárea Saúde amparam-se e complemen-
tam-se na integração entre as áreas do conhecimento no desenvolvimento da saúde 
física, emocional e na qualidade de vida. É válido destacar, ainda, a importância de, 
no trabalho com a macroárea Saúde, realizar nas escolas uma abordagem sobre a 
educação sexual, as várias dimensões da sexualidade, prevenção de doenças sexual-
mente transmissíveis, gravidez precoce e abuso sexual, considerando que a escola é 
um ambiente plural e diverso e, portanto, não deve acolher o preconceito.(Caderno de 
Orientações Curriculares, 2023).
51
52
ENCONTRO 2 -APRESENTANDO O ITINERÁRIO 
FORMATIVO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE (IFCS)
 . Transmissão do vídeo da Fiocruz: História da Saúde no Brasil (duração: 17 
minutos) – Durante esse momento o professor deve orientar os estudantes a anota-
rem em seus cadernos pelo menos 10 informações desconhecidas, pelo estudante, e 
que tenham chamado sua atenção a partir da visualização do vídeo;
 Link de acesso: https://www.youtube.com/watch?v=7ouSg6oNMe8 (13 min)
53
 . (15min) Iniciar a partilha de informações da pesquisa com os pais/avós (EN-
CONTRO 02), sobre o SUS e a comunidade escolar. No intuito de saber como a comu-
nidade se relaciona com o SUS e sua importância local;
 . O professor deve realizar questionamentos para discutir a Saúde em nosso 
país, como: 
 - Quais os principais desafios que nosso país enfrentou para melhoria da
 Saúde?
 - Quais problemas antigos ainda são uma realidade nos dias atuais?
 . Após os diálogos o professor ainda pode solicitar que os estudantes compar-
tilhem as informações que chamaram mais sua atenção no vídeo reproduzido;
EXERCENDO O 
PROTAGONISMO ESTUDANTIL
Registrar no caderno uma entrevista com familiares ou co-
nhecidos mais velhos (mais de 50 anos) no intuito de indagar:
 . Como era o acesso a serviços de saúde quando eles eram jovens, antes do 
SUS?
 . Após o surgimento do SUS (1992), quais as principais críticas e elogios aos 
serviços hospitalares públicos?
 . Já utilizou serviços hospitalares públicos? Em caso afirmativo, o atendimento 
que lhe foi destinado atendeu suas necessidades?
ENCONTRO 3 - O SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
Eixo Estruturante em Ação:
Investigação Científica
54
 . Transmissão do vídeo sobre o SUS, através de Datashow ou TV (https://www.
youtube.com/watch?v=YDgFd6FF9yA) - duração: 18 minutos.
 . Explicar resumidamente o desenvolvimento histórico da oferta de atendi-
mento à saúde a população brasileira; 
 . Apresentar o marco legal de universalização do acesso a saúde no Brasil: A 
Contituição de 1988 - Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido 
mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de 
outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promo-
ção, proteção e recuperação.
 . Apresentar as diferentes atuações do SUS;
EXERCENDO O 
PROTAGONISMO ESTUDANTIL
Eixo Estruturante em Ação:
Investigação Científica
Saiba mais sobre a história da saúde no Brasil:
Relatar a um familiar algumas informações sobre a história da Saúde e 
do SUS que você não conhecia antes das aulas.
https://www.scielosp.org/article/ssm/content/raw/?resource_ssm_path=/media/as-
sets/csc/v5n2/7095.pdf
Youtube
Sistema Único de Saúde (SUS) - Brasil.
 Filme| Saúde tem cura (Esse vídeo, por ser mais extenso, pode ser apresenta-
do de forma complementar em momentos oportunos na escola);
 Link de acesso: https://www.youtube.com/watch?v=b-kZMfwvKsM.
 Link de acesso: http://each.uspnet.usp.br/flamori/images/TCC_Cinthia_2012.
pdf
55
 Na fase da colonização do país, não havia amparo à saúde da população. Os 
primeiros colégios que lecionavam medicina foram instituídos somente a partir da 
chegada da família real ao Brasil. Não havia acesso à população quanto a informações 
de saúde e os governos que se alternavam pouco esforço faziam para mudar esse pa-
norama. A falta de estrutura ficou evidente durante a Revolta da Vacina, em 1904, mo-
mento no qual a população revoltou-se contra a obrigatoriedade da vacinação contra 
varíola (ESCOREL; TEIXEIRA; 2008). 
 Durante a era Vargas, disseminou-se a proposta de instituição da previdência 
social e dos direitos trabalhistas, assim, houve contribuição à criação e aperfeiçoamen-
to de hospitais e escolas de medicina. A partir de então, algumas iniciativas de expan-
são da infraestrutura do sistema de saúde foram implementadas pelo setor público 
brasileiro.
 A partir da crise do Estado intervencionista no Brasil, buscou-se reposicionar o 
sistema de saúde nacional, a partir de ideais de democracia, justiça social e cultura de 
bem estar social, iniciando-se o debate sobre a possibilidade de um sistema de saúde 
universal e gratuito ao final da década de 1970 (ESCOREL; TEIXEIRA; 2008). 
 Outro fato marcante na história do sistema de saúde brasileiro ocorreu em 1986, 
a partir da convocação da VIII Conferência Nacional da Saúde pelo Ministério da Saú-
de, cujo destaque foi o tema “direito à saúde”, assunto bastante complexo e marcado 
por divergências. Na conferência, foi sugerida a criação do Sistema Único de Saúde 
(SUS), sendo o modelo inserido na Constituição Federal em 1988 e posto em prática 
anos mais tarde, em agosto de 1992, logo após a IX Conferência Nacional da Saúde 
(FALEIROS et al; 2006). 
 A delonga se deve a questões políticas, que foram resolvidas previamente a IX 
Conferência com leis aprovadas anteriormente que viabilizaram a implementação do 
SUS, que foi posto em prática apenas com a Constituição Federal, em 1988 (FALEI-
ROS et al; 2006). A CF/88 trás em seu Título VIII, Capítulo II e Seção II – Da Saúde, que 
abrangem os artigos 196 até o 200. O artigo mais utilizado e comentado é o primeiro 
desta seção: 10 “Art 196. A saúde é um direito de todos e dever do Estado, garantido 
mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de 
outros agravos e ao acesso universal igualitário às ações e serviços para sua promoção, 
proteção e recuperação.” (BRASIL; 1988). 
 O artigo 199 da CF/88 da Seção Da Saúde esclarece que “A assistência à saúde é 
livre à iniciativa privada”, o que explica o aparecimento dos planos e seguros de saúde 
privados no Brasil a partir de 1988, eles começam tímidos na década de 90 e atual-
mente já conquistaram cerca de 30% (34 bilhões de pessoas) dos cidadãos brasileiros 
devido principalmente ao insulamento atual do SUS, há ainda grande disparidade no 
gasto, que no setor público é de cerca de 25 bilhões de reais e no setor privado é de 
mais de 34 bilhões de reais (KILSZTAJN et al; 2001). 
 O Brasil obteve um sistema de saúde universal, ou seja, que visa atender com 
equidade a todos os cidadãos, mas como já discutido no artigo 196 da CF/88, a saúde 
de boa qualidade deve ser implementada através de Políticas Públicas bem funda-
mentadas e pensadas para o modelo da cultura brasileira e por Gestores Competentes 
que apliquem da maneira mais acertada estes recursos (FALEIROS et al; 2006). 
 A partir de então o Sistema Único de Saúde começou a ser estruturado e, com 
a alta demanda e a pouca organização, o sistema ficou insulado e os planos de saúde 
começam a surgir discretamente (KILSZTAJN et al; 2001). 
 O grande problema atual enfrentado pelo SUS é que com os preços proibitivos 
cobrados por planos privados de saúde aos possíveis usuários ou clientes que ganham 
salários baixos ou estão desempregados a única saída é recorrer ao Sistema Único 
de Saúde, que acaba ficando sobrecarregado, sem contar com o encarecimento da 
56
assistência médica, devido às novas tecnologias que são frequentemente lançadas 
ao mercado e aos novos métodos, remédios e tratamentos, fato que demanda maior 
tempo de espera para chegar ao SUS do que

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