Baixe o app para aproveitar ainda mais
Leia os materiais offline, sem usar a internet. Além de vários outros recursos!
Prévia do material em texto
Ana Adélia Meiroz - 6°D Dermatologia Micoses e dermatozoonoses Micoses cutâneas: São infecções causadas por fungos que infestam a pele. ● Superficiais: - São fungos que se proliferam na camada córnea ou nas hastes livres dos pelos ou unhas degradando-as e liberando antígenos que desencadeiam resposta inflamatória superficial Ex. Tíneas, pitiríase versicolor, candidíase e piedras ● Profundas: 1) Subcutânea: - São fungos que afetam as camadas mais profundas da pele, tecido subcutâneo e até músculos e ossos - As infecções podem ser transmitidas através de traumas na pele (fungos que vivem no solo, em vegetações, madeira) - Comum em pacientes de predomínio rural Ex. Esporotricose 2) Sistêmicas: - Infecções fúngicas que tem envolvimento de órgãos Ex. Paracoccidioidomicose Dermatozoonoses: São infecções transmitidas por parasitas (ácaros, insetos) ou contato com animais que infestam a pele. ● Escabiose ● Pediculose 1 Ana Adé�i� Me�r�� - 6° pe�í��� (A�L� P�O�. AL��) Escabi�� (Sarn�) ● Dermatose contagiosa causada pelo ácaro Sarcoptes scabbing var. hominis ● Caráter universal e sem predileção por idade, sexo e etnia Locais de acometimento: ● Acomete espaços intersticiais, punhos, pilares axiais, região inframamária, periumbilical e genital, poupando o rosto Etiologia: ● Após copular, ácaro macho morre e fêmea penetra na epiderme. Ela se locomove criando túneis na camada córnea nos quais eliminam seus ovos e fezes (sibalas) formando sulcos. Origina os ácaros adultos e a infestação se dissemina. ● Ciclo totalmente terminado no hospedeiro ● Ciclo demora de 3-4 dias! Manifestações clínicas: ● Prurido intenso à noite⇒ Hipersensibilidade tipo IV decorrente da interação entre as células de langerhans com o ácaro ● Lesões papulosas eritematosas eventualmente lineares ou serpinginosas (túneis escabióticos) muitas vezes recoberta por crostículas hemáticas decorrentes das escoriações ● Túnel escabiótico mede de 5-15mm com coloração acinzentada clara ou cor da pele ● Vesículas do tamanho da cabeça de alfinete ⇒ No 1o episódio de escabiose, demora 4-8 semanas para ter sintomas. Mas quando você já teve escabiose, antes de 24h já ocorrem os sintomas (paciente já está se coçando pela memória imunológica) ⇒ Pacientes sem hipersensibilidade tipo IV não apresentam prurido mesmo com escabiose intensa Forma mais grave: Sarna Norueguesa ● Comum em imunossuprimidos 2 Ana Adé�i� Me�r�� - 6° pe�í��� (A�L� P�O�. AL��) Formas diagnósticas: ● Raspagem da lesão ● Teste da tinta de touca/teste da fita adesiva⇒ coloca tinta na pele e depois limpa, essa tinta entra nos túneis escabióticos e fica “risquinhos” que vão delimitar os túneis ● Uso da tetraciclina⇒ fluorescência com o uso da lâmpada de wood Tratamento: ● Ivermectina: 200-400mg mg/kg/peso⇒ tomar novamente após 1 semana para atingir ovos ● Permetrina creme/local a 5% (1a linha)⇒ Aplicar em todo o corpo e retirar pela manhã seguinte no banho, usar por 2 noites seguidas ● Anti-histamínico (2a geração) para prurido ● Lavar roupas e lençóis ● Tratar todos os contactantes 3 Ana Adé�i� Me�r�� - 6° pe�í��� (A�L� P�O�. AL��) Pedicul�� (piolh�) Agente etiológico: Pediculus humanis ● Capitis (cabelos) ● Corporis (corpo) ● Púbis (área genital)⇒ Conhecido como “Chato” e considerado uma IST Transmissão: ● Contato direto ● Uso de objetos compartilhados (pentes, chapéus) ● Alguns livros consideram também como uma forma de IST Ciclo de vida: 1. Ovo (Lêndeas): O ciclo começa quando uma fêmea adulta do piolho da cabeça deposita seus ovos, conhecidos como lêndeas, perto da base dos fios de cabelo humano. As lêndeas são ovais e geralmente brancas ou amareladas e têm cerca de 1 mm de comprimento. Elas são firmemente aderidas ao cabelo. 2. Ninfa: Após cerca de uma semana, as lêndeas eclodem e liberam ninfas, que são estágios jovens do piolho. As ninfas se assemelham aos piolhos adultos, mas são menores e não estão sexualmente maduras. 3. Piolho Adulto: As ninfas passam por vários estágios de crescimento, mudando de forma à medida que se desenvolvem. Após cerca de 9 a 12 dias, uma ninfa se torna um piolho adulto. Os piolhos adultos são pequenos, medindo cerca de 2 a 3 mm de comprimento, e têm uma cor que varia de cinza claro a marrom. 4. Reprodução: Os piolhos adultos se acasalam e a fêmea adulta põe ovos, reiniciando o ciclo. Manifestações clínicas: ● Prurido em couro cabeludo e região cervical posterior ● Lesões: Pápulas eritematosas com crostículas hemáticas por vezes escoriadas ● Lêndeas aderidas às hastes do cabelo 4 Ana Adé�i� Me�r�� - 6° pe�í��� (A�L� P�O�. AL��) Tratamento: ● Remoção manual com pente fino ● Permetrina em formato de shampoo ou loção⇒ Aplicar em couro cabeludo e deixar agir por 10min, usar 3-5x por semana ● Ivermectina: 200 mg/kg, repetir a dose após 7-10 dias ● Monossulfiram ● Corte de cabelo ● Uso de cabelos presos ● Tratar contactantes 5 Ana Adé�i� Me�r�� - 6° pe�í��� (A�L� P�O�. AL��) Mic�e� superficiai� Micoses superficiais devem-se aos fungos que acometem apenas tecidos totalmente queratinizados (estrato córneo, cabelos, unhas) ● Podem ter inflamação mínima ou ausente - Ceratofitoses ● Podem ter resposta inflamatória comum preservando a mucosa (Dermatófilos) ou afetando a mucosa sendo passível de uma infecção sistêmica (Candida) Ceratofitoses ● Sem poder queratolítico⇒ Não se alimenta da queratina (ex. Tinea) ● Alimentam-se de restos epiteliais ou produtos da excreção (comensais) ● Não possuem reação inflamatória Pitiríase versicolor ● Conhecida como “Pano branco” ou “Micose de praia” ● Ocorrência universal. ● Acomete adultos de ambos os sexos Agente etiológico: Malassezia furfur, M. Globosa ● Vive comumente na nossa pele, mas quando encontra condições favoráveis se prolifera ● Saprófito em formato de levedura ● É uma levedura lipofílica - Gosta de áreas com mais concentração de glândula sebácea (couro cabeludo, tronco em região anterior e posterior interescapular, face, braços, mandíbula) ● Região palmoplantar nunca é atingida Fatores de predisposição: ● Imunodeprimido ● Vive em ambientes quentes e úmidos ● Hiperidrose ● Umidade ● Altas temperaturas ● Idoso ● Oclusão da pele por cosméticos ou roupas Forma clínica: ● A pitiríase pode ter diversas cores, não obrigatoriamente ser branca, pode ser alaranjada, avermelhada, acastanhada ● Lesões quase sempre assintomáticas 6 Ana Adé�i� Me�r�� - 6° pe�í��� (A�L� P�O�. AL��) ● Caracterizadas por manchas/máculas, múltiplas, confluentes, hipercromicas ou eritematosas ● Lesão hipopigmentada devido aos efeitos inibitório do ácido dicarboxilico pelo metabolismo do fungo que inibe a tirosinase nos melanócitos OU diminuição do bronzeamento pela habilidade dos fungos em filtrar a luz UV ● Sinal de Zileri (+): Descamação fina (furfurácea) após a distensão da pele ● Sinal de Besnier (+): Descamação fina após raspar lesão com unha Diagnóstico: Clínico + exames complementares ● Exame micológico direto (KOH): Lisa a queratina e aparece a levedura⇒ Escamas da lesão, blastoconídios em cachos de uva com filamentos micelianos curtos e largos (pseudohifas) - Sinal “Almôndegas em espaguete) ● Lâmpada de Wood: Fluorescência rósea-dourada Tratamento: 1. Tópico: ● Esfoliação com bucha ● Sulfeto de selênio a 2,5% em shampoo: Passar no couro cabeludo e lesões, enxaguar após 15min, usar durante 4 semanas ● Soluções de Miconazol, Cetoconazol, clotrimazol: aplicar nas lesões 1x/dia por 4 semanas associado com tratamento com shampoo de Cetoconazol 2. Oral: ● Somente em casos mais extensos ou resistentes - Cetoconazol 200mg/dia por 10 dias - Itraconazol 200mg/dia por 5 dias - Fluconazol 150mg/semana por 3 semanas ⇒ Solicitar função hepática antes de iniciar Cetoconazol, Fluconazol e etc Tinea negra Agente etiológico: Hortaea werneckii ● Fungo geofílico - Presente na área, mato 7 Ana Adé�i� Me�r�� - 6° pe�í��� (A�L� P�O�. AL��) ● Acomete somente a camada córnea - Fungo superficial ● Demáceo (pigmentado) Local de acometimento: ● Acomete usualmente o extratocórneo palmar, mas pode atingir a região ventral dos dedos e região plantar Manifestação clínica: ● Geralmente assintomática e benigna ● Mácula acastanhada mais engrossada na camada superficial da pele ● Pcts chegam relatando que estão com “sujeira na mão” ● Frequente em crianças e mulheres ● Não é transmissível pessoa-pessoa ● Sem prurido Diagnóstico: ● Dermatoscopia: Diferenciar de melanoma ● Exame micológico direto (KOH): Hifas escuras septadas Tratamento: ● Ceratolíticos + antifúngicos tópicos Piedras Piedra branca: ● Ag. etiológico: Trichosporan sp ● Nódulos que variam do branco ao castanho claro, de consistência cremosa que pode ser facilmente removível ● Locais: Barba, axilas, região genital e eventualmente couro cabeludo ● Exame com KOH: Pseudohifas hialinas com blastoconídios e artroconídeos ● TTO: imidazólico tópico ou sistêmico Piedra negra: ● Ag. etiológico: Piedrai hortae ● Nódulos pretos aderentes à haste do couro cabeludo e barba com consistência firme sem fraturar o pêlo ● Encontrado em áreas tropicais como a Amazônia ● Exame com KOH: Hifas demáceas com ascos e ascósporos ● TTO: imidazólico tópico 8 Ana Adé�i� Me�r�� - 6° pe�í��� (A�L� P�O�. AL��) ⇒ São diagnóstico diferencial de pediculose e tricomicose 9 Ana Adé�i� Me�r�� - 6° pe�í��� (A�L� P�O�. AL��) Dermatofitoses ● Queratinofílicos → Se alimentam da queratina ● Reação inflamatória presente → Antígenos reconhecidos pelas cél. de langerhans estimulam hipersensibilidade que atinge epiderme e derme superficial ● Distribuição varia por influência de fatores populacionais: ○ Idade: Tineas no couro cabeludo são comuns em crianças e nos pés em adultos ○ Imunidade: Maior em imunodeprimidos ○ Hábitos socioeconómicos, religiosos e culturais ○ Populações fechadas (creches, tripulações de navios) ○ Sexo: Mais comum no masculino ● Contágio: ○ Contato direto com animais, pessoas, solo contaminado ○ Contato indireto com fômites contaminados ou banheiros públicos ● Transmissão: ○ Esporos assexuados dos fungos são liberados de hifas que ao se aderirem aos queratinócitos vão germinar e formar um micélio Tinea (impingem) ● Cada local encontrado leva seu nome a lesão: ○ Tinea capitis (couro cabeludo) ○ Tinea pedis (pé) ○ Tinea corporis (corpo) ○ Tinea cruris (virilha e região inguinal) ○ Tinea manum (mãos) ○ Tinea ungium (unhas) Agente etiológico: ● Microsporum sp → Acomete pelo e pele (+ zoofílico: cães) ● Trichophyton sp → Acomete pelo, pele e unhas (+ antropofílico) ● Epidermophyton sp → Acomete pelo e unha ⇒ Habitat natural: Zoofílico, antropofílico (transmissão por seres humanos) e geofílico (solo) ⇒ Fungos filamentosos e hifas hialinas septadas ⇒ KOH: Hifas hialinas septadas e ramificadas Lesões: ● Placas de crescimento centrífugo com borda um pouco mais elevada e centro hipocrômico 10 Ana Adé�i� Me�r�� - 6° pe�í��� (A�L� P�O�. AL��) ● Borda circinada com centro mais claro ● Lesões mais antigas possuem coloração mais escura ● Podem crescer se não houver tratamento adequado ● Podem apresentar vesículas na periferia DD: Hanseníase em forma indeterminada Tinea capitis Infecção dermatofítica comum no couro cabeludo de crianças enquanto a infecção em adultos é pouco comum Patógenos mais causais são os Microsporum e o Trichophyton Os principais agentes etiológicos no Brasil são o M. Canis (ectotrix) e o T. Tonsurans (endotrix) Na tinea pelo Trichophyton temos múltiplas placas com pouca reação inflamatória Formação de placas de alopecia foca, descamativas, associadas ou não com eritema. Cabelos são fraturados próximo à pele formando áreas de tonsura caracterizadas por pequenos cotos ainda implantandos. Acometimento pode ser por parasitismo ectotrix (afeta a parte externa), endotrix (afeta a parte interna) ou em fava (afeta ambas as partes) 11 Ana Adé�i� Me�r�� - 6° pe�í��� (A�L� P�O�. AL��) Existem 2 tipos: 1) Tinea tonsurante: - Placa de tonsura (placas sem cabelo) - Período de incubação: 10-14 dias - Única - Inflamatória - Causada pelo Microsporum canis (mais comum) - Alopecia focal, descamativa, associado ou não ao eritema com áreas sem cabelo Quérion: (Kerion celsi) - Formação de placa elevada, bem delimitada, dolorosa, com eritema e formação de pústulas e microabcessos que drenam pus à expressão manual - Alguns pacientes podem apresentar linfadenopatia generalizada - As áreas de alopecia podem voltar ao normal porém se a infecção persistir podem formar uma alopecia cicatricial - Se o quérion for diagnosticado erroneamente como abcesso bacteriano e tratado com ATB, a infecção pode aumentar e gerar a alopecia cicatricial 2) Tinea favosa: - Rara - Forma grave - Costuma ser causado pelo T. Schoenlenii 12 Ana Adé�i� Me�r�� - 6° pe�í��� (A�L� P�O�. AL��) - Pequenas lesões crostosas crateriforme em torno de um óstio folicular (Godet) com descamação e supuração - Acometimento do bulbo capilar pelo dermatófito A dermatoscopia possibilita o achado de “Cabelos em vírgula” e também, nos descritos melanodérmicos, pelos em “saca-rolhas” Diagnóstico: 1. Exame micológico direto: Hifas septadas e artrosporadas 2. Biópsia 3. Lâmpada de wood Tratamento: Questão de prova: Não se usa tratamento tópico, o tratamento da tinea capitis é sistêmico (VO) ● Griseofulvina: 15-20mg/kg/dia, após as refeições, por 6-12 semanas ● Terbinafina: 3-6mg/kg/dia por 4-8 semanas Tinea ungueal Caracteriza-se por lesões destrutivas e esfarinhastes das unhas, iniciando-se pela borda livre, de cor branco-amarelada (como um marfim). Geralmente, há ceratose de leito ungeal. Onicomicose: - É qualquer infecção fúngica de unhas tanto fungos dermatófitos quanto pelos que não são. 13 Ana Adé�i� Me�r�� - 6° pe�í��� (A�L� P�O�. AL��) - Pode gerar complicações sérias como a celulite a partir da onicomicose principalmente em imunocomprometidos e diabéticos É prevalente em idosos e afeta mais homens que mulheres. A infecção é mais comum nas unhas dos pés que das mãos e geralmente acometem mais unhas. A unha apresenta opacificação, aspecto grosseiro, frágil com sulcos e irregularidades Tratamento: Antifúngico sistemico + terapia tópica 1) TÓPICO: ● Amorolfina 5% em esmalte -> Aplicar 1x/semana até melhora completa da lesão ● Ciclopirox olamina 8% em esmalte ● Tioconazol 28% em esmalte 2) SISTÊMICO: ● Duração deve ser de 6 semanas (unhas das mãos) e 3-4 meses (unhas dos pés) 14 Ana Adé�i� Me�r�� - 6° pe�í��� (A�L� P�O�. AL��) ● Terbinafina: 25mg/dia ● Itraconazol: 200mg/dia Tinea incógnita Falta das características das dermatofitoses, causada por histórico de uso de corticoides Tinea granulomatosa Lesões eritematoescamosas com nódulos eritematosas e tendência a fistulização, tubérculos e até acometimento sistêmico como lesões óssea, lesões tumorais e adenopatias 15 Ana Adé�i� Me�r�� - 6° pe�í��� (A�L� P�O�. AL��) Candidías� Agente etiológico: Candida sp ● Albicans (80%) ● Sinonimia: Candidose, sapinho, monilíase ● Levedura: São fungos ovalados que se reproduzem por brotamento ● Saprófito ● Habita a microbiota normal⇒ Quando a imunidade é suprimida, a candidíase aparece ⇒ Aspectos que devem estar presentes: 1. Encontro de pseudo-hifas 2. Quantificação do número de colônias na cultura 3. Aspectos clínicos e reação inflamatória local Fatores preciptadores: 1) Intrínsecos - Idade - Endocrinopatias - Gravidez - Doenças imunológicas - Neutropenia 2) Extrínsecos: - Uso de dentaduras - Antibióticos - Antineoplásicos - Corticoides - Procedimentos cirúrgicos - Anticoncepcionais 3) Fatores menores: - Umidade - Traumatismo - Sudorese Manifestações clínicas: ● Quelite angular/oral ● Intertriginosa ● Ungueal/periungueal ● Candidíase de fraldas ● Vulvovaginal/balanite ● Muco-cutânea crônica 16 Ana Adé�i� Me�r�� - 6° pe�í��� (A�L� P�O�. AL��) Aspecto clínico: Manchas e placas eritematosas, maceradas e presença de pústulas satélites, área descamativa na periferia Candidíase intertriginosa ● Acometimento de dobras naturais (interdigitais, inframamária, inguinais e axilares) ● Comum em obesos, diabéticos e pessoasdesprovidas de higiene ● Lesões erosivas, fissuras úmidas com induto esbranquiçado e pruriginoso ● Pequenas lesões em satélite arredondadas, eritematoescamosas e, até mesmo, por pústulas Candidíase ungueal/periungueal ● Acometimento das dobras da cutícula, da lâmina ungueal ● Destruição completa do leito ungueal ● Erosão do corpo ungueal distal e lateral dos quirodáctilos ● Comum em diabético, desnutridos, pessoas que têm contato contínuo com água ● Paroníquia: Eritema e edema periungueal com distrofia ungueal, caráter crônico # Mais de 50% da matriz comprometida usa-se tto oral Candidíase oral ● Forma mais comum é a pseudomembranosa aguda (sapinho) ● Comum em RN e imunossuprimidos ● Pode ser contraída durante o parto, por uso de chupetas, mamadeiras, má higiene bucal, uso de corticoide ● Placas pseudomembranosas branco-cremosas podendo assumir aspecto eritematoso ou enegrecido. ● As lesões podem ser facilmente removidas com uma espátula ● Outras associações: Estomatite de dentadura, queilite angular (pérleche), vulvovaginite e balanopostite Queilite angular ● Angulos da boca estão fissurados com a presença de eritema e descamação ● Pode estar relacionado ao uso de próteses, chupetas, aparelhos, pacientes que dorme com a boca aberta, idosos sem dentes 17 Ana Adé�i� Me�r�� - 6° pe�í��� (A�L� P�O�. AL��) ● Deve-se identificar o problema de base Candidíase em área de fralda ● Área intertriginosa artificial criada sobre fralda molhada ● Maceração da pele devido a retenção de urina e fezes formando um eritema macerado esbranquiçado com lesões em satélites ● Tem pico entre o 3o e 4o mês de vida Candidíase genital ● Frequente em mulheres e rara em homens ● Vulvovaginite: Leucorreia, placas eritematosas esbranquiçadas e cremosas na vulva e mucosa, são pruriginosas ● Balonopostite: Lesões eritematoerosivas na glande recobertas ou não por indulto esbranquiçado, escroto costuma ser poupado Candidíase muco-cutânea crônica ● Acomete pele, unhas e região da orofaringe ● Lesões ceratósicas com tendência a formação de cornos cutâneos ou granulomas ● Presentes no couro cabeludo, face e extremidades Tratamento: 18 Ana Adé�i� Me�r�� - 6° pe�í��� (A�L� P�O�. AL��) MICOSES PROFUNDAS Esporotric�� ● Conhecida como a “doença do gato” ⇒ É uma micose subcutânea que penetra na pele por algum traumatismo Etiologia: Sporothrischenenckit ● Fungo sapróbio encontrado na natureza, no solo, madeiras apodrecidas e palha ● Tem distribuição universal ● Prefere clima tropical e é comum em zonas rurais ● Afeta jardineiros, fazendeiros, agricultores, empalhadores, pessoas que têm contato direto com gatos ● Inoculação na derme após evento traumático ● Período de incubação: 3-12 semanas Manifestação cutânea-linfática: ● Forma mais comum (70-80%) ● Ocorre a formação de um nódulo no local de inoculação seguido da disseminação linfática deixando um ‘cordão’ ascendente de nódulos ao longo de vasos linfaticos ● Pode haver ulcerações com eliminação de material purulento ● Comum em MMSS, MMII e face (crianças) Manifestação cutâneo-localizada: ● Lesão papulosa ou nodulosa que frequentemente evolui com ulceração e eliminação de exsudato purulento ● Ocorre mais na face, podendo acometer a mucosa orofaríngea ● Não tem linfangite, permanecendo uma lesão localizada e de crescimento centrífugo Manifestação disseminada: ● Rara ● Afeta imunocomprometidos ● Disseminação hematogênica levando a lesões nodulares e gomosas por toda a pele Manifestação extracutanea: ● Paciente imunocomprometidos inala ou ingere o fungo ● Disseminação hematogênica ● Mono ou oligoartrite destrutiva envolvendo joelhos, tornozelos, cotovelos e punhos ● Apresente osteolite e periostite 19 Ana Adé�i� Me�r�� - 6° pe�í��� (A�L� P�O�. AL��) ● Pode ter a agressão de vários órgãos como pulmões, rins, meningite, fígado, baço , testículos Diagnóstico diferencial: ● Leishmaniose ● Tuberculose ● Cromomicose Diagnóstico: ● Exame histopatologico: Formação de granulomas na derme ● Cultura (padrão ouro): Cerca de 4 semanas o fungo se desenvolve Tratamento: ● Itraconazol: 100-200mg/dia ● Anfotericina B de 3-5mg/kg/dia (casos de internação) ● Em crianças, usa-se a Terbinafina 20
Compartilhar