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O poder de argumentação das artes

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Sequência Didática do Professor
Ensino Médio
Campo artístico-literário
O poder de argumentação das artes
LP
Leitura e
Produção 
Habilidades
FOCO
• (EM13LP49) - Analisar relações intertex-
tuais e interdiscursivas entre obras de 
diferentes autores e gêneros literários de 
um mesmo momento histórico e de momentos 
históricos diversos, explorando os modos 
como a literatura e as artes em geral se 
constituem, dialogam e se retroalimentam.
Habilidade
RELACIONADA
• (EM13LP50) - Selecionar obras do reper-
tório artístico-literário contemporâneo à 
disposição segundo suas predileções, de 
modo a constituir um acervo pessoal e dele 
se apropriar para se inserir e intervir com 
autonomia e criticidade no meio cultural.
EM.12.LP.3.23.69.P-4021
Sequência Didática | Língua Portuguesa | Leitura e Produção de Textos | Campo artístico-literário 3
Ponto de
PARTIDA
Iniciaremos nossa conversa sobre o tema proposto para esta Sequência Didá-
tica com algumas perguntas, às quais você vai responder individualmente. Depois, 
poderá, em uma roda de conversa, socializar com a turma suas respostas.
Questões SIM NÃO
1
Você gosta de ir ao cinema? Assiste a séries e 
fi lmes?
2 E a um museu ou a uma galeria de arte, já foi?
3 Já assistiu a algum espetáculo de balé ou viu alguma manifestação de dança de rua?
4 Você costuma ver o Oscar ou Grammy?
5 Você acompanha algum músico, banda, youtuber, artista de segmentos variados nas redes sociais?
6 Já se emocionou lendo, declamando, ouvindo ou escrevendo um poema?
7 E em um livro, já se imaginou naquele cenário ou situação retratada por ele?
8 E o grafi te, você conhece, aprecia? Considera que seja arte?
9 Você acha que toda fotografi a pode ser considerada artística?
10 Você consegue ver arte ao seu redor ou no seu cotidiano?
11 E ainda, acha que a manifestação artística mais próxima dos jovens é a música?
Depois de preencher o quadro acima, você está mais para SIM ou NÃO? 
Independentemente de ser sim ou não, você relacionaria o conteúdo das 
perguntas ao seu conhecimento sobre arte? Por quê?
Produção Inicial
Sem dúvida, as artes são uma produção humana que recria o real. Assim, 
todo ser humano pode ser um apreciador, um produtor, um crítico e intérprete 
das artes.
Você, por exemplo, já deve ter feito uma playlist de músicas que revelam 
seus gostos, estilo, linguagem, opiniões e visão de mundo.
INTRODUÇÃO
Em sua trajetória escolar, pressupõe-se 
que o estudante do Ensino Médio já 
tenha construído conhecimentos sobre 
o gênero textual dissertativo-argu-
mentativo, tanto em leitura quanto em 
produção. Ainda assim, é importante 
que o assunto seja sempre retomado, 
direta ou indiretamente.
Nesta Sequência Didática, o foco é a 
construção de repertório sociocultural, 
destacando especifi camente as artes. 
É preciso, no entanto, relembrarmos 
porque a construção de repertório 
sociocultural é necessária e importante, 
principalmente nessa etapa da educação 
básica. E como, na prática, o repertório 
construído migra para a leitura e a 
produção do gênero dissertativo-
-argumentativo.
Ao trabalhar a Competência Geral 3 da 
BNCC para o Ensino Médio, deparamo-nos 
com o seguinte texto:
Valorizar e fruir as diversas manifesta-
ções artísticas e culturais, das locais 
às mundiais, e também participar de 
práticas diversifi cadas da produção 
artístico-cultural.
Além da reflexão inicial sobre a com-
petência em si, é preciso, também, 
e principalmente, pensar como ela é 
trabalhada, como chega à ponta do 
iceberg, ou seja, aos estudantes. Dada a 
heterogeneidade de turmas, as espe-
cifi cidades locais, dentre outros, vale 
refletir sobre:
a) o acesso a manifestações artísticas 
(visita a exposições, idas ao teatro 
etc.), inicialmente como fonte de 
entretenimento;
LP
Leitura e
Interpretação
Ensino Médio
Orientação ao
PROFESSOR
Campo artístico-literário | 
O poder de argumentação das artes
4
Então, agora, forme um grupo para compartilhar um pouco da sua playlist 
preferida e aproveite para conhecer novos artistas e suas artes musicais na 
socialização com os colegas.
Após essa socialização, criem juntos uma playlist para ser compartilhada 
com os outros grupos. Ao terminar, desenvolvam uma análise breve, como a 
categorização de estilo, artista, gênero, linguagem, contexto (tempo) e tema. 
Depois disso, escreva sua opinião sobre: Como o ser humano se revela e 
representa os outros humanos por meio das artes?
Ponto de
PARTIDA
Professor, para mobilizar os conhecimentos prévios dos estudantes acerca do que seria ou não arte, sugerimos uma conversa informal, 
a fi m de que eles tragam suas percepções sobre os espaços e as diversas manifestações artísticas. Você pode mediar ações e 
interagir com os estudantes, sem muita intervenção direta do que é “correto ou errado” em relação à teoria artística canônica. Lide 
com o processo inicial como uma ação investigativa, até porque o campo artístico-literário “[...] não parte de um esquema teórico 
fechado, que limite suas interpretações e impeça a descoberta de novas relações [...]”. (ANDRÉ, 2005, p.35).
Após esse “bate-papo”, você pode utilizar os recursos textuais expostos no Ponto de Partida para construir concepções básicas 
sobre conceitos de arte, suas funções e meios de produção e circulação. Para essa construção, sugerimos que você distribua 
cartazes com símbolos emoji para “sim”, quando o estudante considerar que é arte, e “não” quando ele achar que não é uma 
produção artística. Essa dinâmica é para estimular a percepção de que muitas defi nições de arte estão baseadas na fi losofi a do 
gosto e na estética do belo. Você pode imprimir a plaquinha ou utilizar o próprio celular com o emoji.
PRODUÇÃO INICIAL
Sugerimos que você divida a turma em pequenos grupos, para que eles, a partir das mobilizações dos conhecimentos prévios, com-
partilhem suas playlists musicais e, posteriormente, criem uma playlist que represente todos os integrantes do grupo. Você pode 
acompanhar o uso do celular, também, se os alunos tiverem, permitir a utilização de fones.
E, se você se sentir à vontade, compartilhe a sua playlist. Porém, caso não possa contar com esse recurso, peça que os estudantes 
utilizem a memória musical, produzam a playlist escrita e apresentem uns aos outros, justifi cando suas escolhas. É importante 
conduzir o desenvolvimento da produção inicial a partir do tema centralizador: Como o homem atua no mundo por meio das artes?
Aproveite, também, para retomar alguns questionamentos do ponto de partida, principalmente, fazendo uma ponte com a afi rma-
ção “... artes é uma produção humana...”. Não deixe de destacar que as artes são conhecimento humano que instrumentalizam 
imaginação, abstração, sonho, fugacidade, prazer, mas também denunciam e expressam de forma plurissignifi cativa males 
sociais, colocando luz nas relações humanas.
É importante ressaltar que, assim como a literatura, a música também revela os pensamentos, os costumes, as relações de um 
povo ou indivíduo diante de certa situação histórica ou social. Você pode propor, por exemplo, a análise de uma ou mais letras da 
playlist e indagar pautas como: O que essa letra quer dizer para os ouvintes no âmbito pessoal e coletivo? Há alguma crítica sendo 
feita? A que ou a quem? Se não há crítica, do que a letra fala? Qual é o assunto central? A canção poderia se relacionar a algum tema 
de redação, por exemplo? Todos esses questionamentos vão auxiliar o estudante a desenvolver e a enxergar a expressão musical 
com uma função muito maior do que a de apenas entreter.
A atividade pressupõe o desenvolvimento de aspectos da habilidade foco EM13LP49 e da relacionada EM13LP50.
b) o sentido de “arte” em todas as suas 
nuances, possibilidades, construídas 
ao longo da história da humanidade;
c) o contexto de produção, que explica, 
em parte, os caminhos mais diver-
sos escolhidos pelos artistas.
Por fi m, a proposta de construção de 
repertório sociocultural deve dialogar 
com o texto dissertativo-argumentativo, 
no sentido de o estudanteperceber que 
seu repertório é a fonte na qual vai be-
ber para construir uma argumentação 
segura e assertiva.
Orientação ao
PROFESSOR
Sequência Didática | Língua Portuguesa | Leitura e Produção de Textos | Campo artístico-literário 5
Atividade 1
Segundo Oscar D´Ambrosio, arte é a interpretação da vida. Assim, para um 
objeto ser artístico, deve ultrapassar o utilitário, o que signifi caria satisfazer os 
cinco sentidos (visão, audição, olfato, paladar e tato), o espírito (a inteligência) e 
o coração (a emoção).
 
Graduação em Jornalismo 
pela ECA-USP (1986), 
graduação em Letras (Português/Inglês) 
pela Faculdade de Letras e Educação da 
Universidade Presbiteriana Mackenzie 
(1986), especialização em Literatura 
Dramática pela ECA-USP (1989), mestrado 
em Artes Visuais pelo Instituto de Artes 
da Unesp (2004) e doutorado no Programa 
de Educação Arte e História da Cultura da Universidade Presbiteriana 
Mackenzie, (2013). Autor de diversos livros na área de arte naif e arte 
contemporânea. É Gerente de Comunicação e Marketing da Faculdade 
de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. Atua principalmente 
nos seguintes temas: arte naif e arte contemporânea.
?
Você
SABIA?
Disponível em: www.iqe.org.br/surl/?aeac14
Acessado em: 22 de março.
No sentido de compreender as artes pela visão do artista que observa e 
interpreta o mundo por meio de seus objetos artísticos, os artistas no quadro 
abaixo são exemplos dessa relação entre arte – obra – artista – mundo.
Atividade 1
A atividade 1 tem como centralida-
de abordar a concepção de vários 
artistas acerca do papel de suas 
artes neles e no mundo. Nessa pers-
pectiva, para que o aluno ultrapasse 
a concepção de arte utilitária*, não 
deixe de pontuar esse tipo de visão. 
Assim, fi cará mais fácil ele relacio-
nar arte como expressão, imitação 
e formalismo, sendo capaz de 
compreender, reconhecer e opinar 
no “quem sabe diz”.
*A arte com função utilitária é aque-
la usada para fi ns não artísticos, ou 
seja, o objeto artístico não possui 
valor em si mesmo, mas a partir de 
sua utilidade.
Confi ra um exemplo de arte utilitária 
(ou aplicada) 
Disponível em:
www.iqe.org.br/surl/?2e323e
Orientação ao
PROFESSOR
6
TEXTO 1
Obra sem título de Basquiat
Picasso
"A arte é a mentira que 
nos permite conhecer a 
verdade."
Leonardo Da Vinci “A arte diz o indizível...”
Fernando Pessoa “A arte é a auto-expressão lutando para ser absoluta.”
Adriana Varejão “Meu trabalho seduzpela repulsa”.
Vik Muniz
“Se as pessoas tivessem 
mais arte na vida delas, 
não estariam fazendo 
tanta besteira”.
Renato Russo
“Porque amar é uma arte 
e nem todo mundo é 
artista...”.
Charles Chaplin
“Num fi lme, o que
importa não é a realidade, 
mas o que dela posso 
extrair, a imaginação.”
Você consegue perceber que cada artista do quadro defi ne um pouco de si mesmo ao defi nir a sua arte?
Disponível em: www.iqe.org.br/surl/?d1103b 
Acesso em: 06 de março de 2019. 
Disponível em: www.iqe.org.br/surl/?393542 
Acesso em: 24 set. 2021.
Sequência Didática | Língua Portuguesa | Leitura e Produção de Textos | Campo artístico-literário 7
1) A obra sem título de Basquiat é uma composição de vários elementos.
a) Quais você consegue identifi car na obra?
b) Seria esse estilo uma tendência das artes contemporâneas?
2) O estilo de Basquiat é considerado por muitos críticos de arte como neo-expressionista. Em muitas obras escreveu 
a frase “Samo morreu” quando deixou a arte de rua para pintar telas para museus. Essa prática de escrever frases de 
ordem revelam que intenção? 
3) Basquiat usava suas obras para satirizar o próprio mundo das artes e sua falta de diversidade. Muitas vezes foi vítima 
de preconceito nesse mundo das artes. Com base nessa afi rmação e na composição do quadro “Sem título”, texto 1, 
pode-se afi rmar que esse artista se utiliza de opiniões e argumentos, usando a linguagem plurissignifi cativa?
TEXTO 2
Menina com balão - Banksy
Menina com balão
Disponível em: www.iqe.org.br/surl/?0062c4 
Acesso em: 06 de março de 2019. 
Documentário “Arte de Banksy: das ruas de Londres para 
mansões”. Disponível em: www.iqe.org.br/surl/?39b7c6
Acesso em: 06 de março de 2019. 
8
4) Banksy é um artista de rua que tem polemizado a noção de que as artes 
têm função social muito importante. Como a obra “Menina com balão”, 
que teve um dispositivo de autodestruição acionado assim que o leiloeiro 
bateu o martelo e concretizou a venda. No entanto, os organizadores do 
evento conseguiram impedir a total destruição do quadro. Por que, então, 
essa ação foi considerada uma performance de Bansky e não provocou 
revolta em quem a comprou? 
5) Após a performance autodestrutiva, a obra de Banksy ganhou um novo título “Amor está no lixo”. Essa mudança revela 
muito da intenção representativa que Banksy pretendia com a performance. Nesse sentido, essa autodestruição foi 
propositalmente planejada para o momento da venda da obra?
6) Os dois artistas, Basquiat e Banksy, têm origem na arte de rua e provocam catarse ao quebrarem paradigmas entre 
arte, artista e público. Com base nessa afi rmação, marque a alternativa correta quanto à recriação do mundo real no 
discurso artístico para a intervenção na atuação social:
a) a rua tornou-se um pouco secundária para esses artistas ao trazerem questões existenciais e políticas.
b) a arte dos dois artistas está na contramão do cotidiano e da lógica de mercado quando suas produções se 
tornaram valorizadas.
c) como representantes de uma arte de rua, eles subverteram materiais e técnicas para alcançar sucesso.
d) o acervo dos dois artistas ultrapassa o espaço físico, porque tem um valor ideológico numa dimensão político-social.
e) na obra dos dois artistas, há uma abstração; com traços irreconhecíveis da realidade, no que diz respeito ao 
homem e à sua relação com o mundo.
“Muitos falam em arte referindo-se à s obras consagradas que estã o em museus, à s mú sicas eruditas 
apresentadas em grandes espetá culos ou ainda aos monumentos existentes no mundo. Alguns consi-
deram arte apenas o que é feito por artistas consagrados, enquanto outros julgam ser arte també m as 
manifestaç õ es de cultura popular, como os romances de cordel, tã o comuns no Nordeste do Brasil. Para muitos, as 
manifestaç õ es de cultura de massa, como o cinema e a fotografi a, nã o sã o arte, ao passo que outros já admitem o valor 
artí stico dessas produç õ es, ou pelo menos de parte delas. Nã o sã o poucos os que, mesmo diante das obras expostas 
em eventos artí sticos famosos, sentem-se confusos a respeito do que veem”. (COSTA, 1999, p. 07)
?
Você
SABIA?
Até aqui, você pôde rever e/ou ampliar seu repertório sociocultural, falando e refl etindo sobre arte.
Mobilizar conhecimentos e/ou ampliar os já construídos permite uma refl exão inicial sobre: Como o homem atua no 
mundo por meio das artes? Registre, abaixo, suas considerações sobre a pergunta.
A Arte de Bansky
Quadro famoso 
de Banksy se 
autodestrói após ser leiloado. 
?
Você
SABIA?
Disponível em: www.iqe.org.br/surl/?26f787
Acesso em: 11 de setembro de 2021.
Sequência Didática | Língua Portuguesa | Leitura e Produção de Textos | Campo artístico-literário 9
Continuemos...
7) Provavelmente em suas aulas de Arte, você viu obras de artistas como Edward Munch e Portinari, apenas para citar 
dois nomes reconhecidos nacional e mundialmente. Mas, lembra-se deles?
 Então, pesquise sobre duas obras representativas desses dois artistas. Depois, analise-as, considerando o contexto 
de produção dessas obras, refl etindo sobre questões éticas, estéticas e políticas.
GUERRA E PAZ
Disponível em: www.iqe.org.br/surl/?7ad082
Acesso em: 11 de setembro de 2021
Comentários:
O GRITO
Disponível em: www.iqe.org.br/surl/?b76ef1
Acesso em: 11 de setembro de 2021
Comentários:
EDGARD MUNCH
“Lé guas de fogo e sangue se estendiam pelo fiorde negro-azulado. Meus amigos seguiram caminho enquanto 
eu me detive, apoiando-me num corrimã o, tremendo de medo – e senti o guincho enorme,infi nito da natureza”
PORTINARI
“O pintor social acredita ser o arauto do povo, o mensageiro de seus sentimentos. É aquele que deseja a paz, a 
justiç a e a liberdade. É aquele que acredita que os homens podem participar dos prazeres do universo.”
10
Respostas esperadas
Questão 1
a) Basquiat faz desenhos rudimentares, com fundo multicolorido, sobrepõe fases, formas científi cas, compondo uma mistura 
visual. Além disso, a alma parece ter vínculo como grafi te, uma vez que traz frases soltas para simbolizar o caos vivenciado nas 
cidades grandes.
b) Sim, a contemporaneidade traz novas formas de fazer e pensar arte para opinar, denunciar e até intervir, já que rompe com a 
padronização em relação à técnica, suporte, métodos e intenções.
Questão 2
O uso de palavras e letras em suas pinturas revela, além de sua ligação com o grafi te de rua e com a diversidade de livros que ele 
leu, coloca-se como uma manifestação de protesto, criticando contundentemente o sistema e o racismo.
Questão 3
Sim, Basquiat fez representações linguísticas e visuais, discutindo temas como violência policial, corpo humano e suas represen-
tatividades, religiosidade e capitalismo. Ou seja, utilizando suportes variados, símbolos, um alfabeto próprio, colagens e muitas 
outras ferramentas para as múltiplas faces de um mundo globalizado.
Professor, para que os estudantes cheguem a essas interpretações, é importante trabalhar a biografi a do artista e trazer o 
contexto da década de oitenta em New York e no Brasil. Para facilitar a condução, você pode também discutir com eles sobre os 
elementos composicionais de uma obra de arte visual que devem ser observados, como suporte, tema, contextualização, composi-
ção, materiais, técnicas e modos de representação (abstrato e fi gurativo).
Biografi a de Basquiat 
Disponível em: www.iqe.org.br/surl/?1ad30f
A década de 80
Disponível em: www.iqe.org.br/surl/?897f05
Questão 4
Porque foi a primeira vez na arte mundial que um novo trabalho artístico foi criado durante um leilão, transformando-se em mais 
um marco na história das artes. Isso pode até, segundo a imprensa britânica, dobrar o valor de mercado devido à relevância da sua 
destruição em tempo real.
Questão 5
Basksy é um artista que não mostra o rosto e não se identifi ca para aplausos e prêmios, já que ele pinta em muros e não quer 
perder sua liberdade criativa, por isso ele planejou internacionalmente essa performance para criticar a mercantilização da arte e a 
fetichização da arte como produto. Mas a valorizaram ainda mais por ser inovadora.
Questão 6
Professor, a alternativa correta é a C. Porém, é importante orientar os alunos sobre o que invalida as outras alternativas. Na A, a 
invalidação se dá porque a rua é o palco principal, na B, o fato de colocar que as obras estão na contramão do cotidiano. Na C, 
o que invalida é “para alcançar o sucesso”. E, na alternativa E, a invalidação se dá porque diz que há uma abstração, com traços 
irreconhecíveis da realidade.
Questão 7
Professor, para os estudantes conseguirem analisar as obras, proponha uma pesquisa acerca dos elementos composicionais de 
cada uma, como: contexto de produção; estilo do artista; estética empregada; temáticas; função predominante. Após esse processo 
de estudo, seria interessante socializar as curiosidades pesquisadas por eles sobre as obras, para que possam reconhecer o valor 
expressivo e o efeito de sentido dos recursos estéticos que as compuseram, a partir da centralidade temática e da intencionalidade.
Orientação ao
PROFESSOR
Sequência Didática | Língua Portuguesa | Leitura e Produção de Textos | Campo artístico-literário 11
Análises possíveis
O Grito: O grande pintor norueguês Edvard Munch produziu três versões de “O Grito”, a primeira foi em 1893, iniciando o expres-
sionismo. Nessa arte, é possível observar o conjunto de traços, cores, formas de um ser humano em um estado de desesperança, 
melancolia, desespero e muita angústia. Há um destaque no ser com a expressão deformada, distorcida, a qual pode revelar as 
dores, difi culdades e complexidades da existência humana, resultando no grito como representação dessa expressão caótica da 
modernidade.
Guerra e paz: Os painéis de Portinari, artista brasileiro, “Guerra e Paz” foram presenteados à ONU pelo governo brasileiro. Porti-
nari utilizou formas geométricas, sobreposição, empregou paleta de cores reduzida e pouca preocupação com a profundidade e a 
perspectiva. Na Guerra, o pintor deixa transparecer o medo, a dor, o desespero, a tristeza pelas expressões das fi guras, uso de tons 
sombrios e frios com poucos pontos de cor. Já na Paz, há um contraste do painel da Guerra, com cores alegres, vivas e avermelha-
das, numa referência à felicidade na caracterização das fi guras que estão retratadas. Isso pode ser visto nas mulheres dançando, 
homens jogando capoeira e crianças cantando com alegria e tranquilidade.
A atividade pressupõe o desenvolvimento de aspectos da habilidade foco EM13LP49 e da relacionada EM13LP50.
Orientação ao
PROFESSOR
Na leitura do Você sabia?, dê particular atenção à última parte do texto, que, direta ou indiretamente, será referência para o estudante 
realizar as análises solicitadas na Sequência Didática.
Orientação ao
PROFESSOR
?
Você
SABIA?
Técnica
Material
Suporte
Tema
Estrutura
Conteúdo
Estilo do
artista
Contexto
histórico
Linguagem
artística
A função
da arte
Interpretação catarse
Produção estética
ARTISTA
Para interpretar uma obra de arte visual, é preciso ter um olhar 
consciente da produção artística.
Compreensão estética
PÚBLICO
OBRA
12
"As funções da obra de arte sofreram mudanças da antiguidade até os dias de hoje, mas, do ponto de 
vista didático, e dependendo do tipo de interesse e do propósito com que alguém se aproxima de uma 
obra de arte, é possível separar tais funções em pragmática ou utilitária, naturalista e formalista."
(ARANHA, M.L. de A.; MARTINS, M.H.P. Filosofando: Introdução à fi losofi a. São Paulo: Moderna, 2003, p. 378).
Formada em Filosofi a pela PUC-SP, Maria Lúcia 
de Arruda Aranha lecionou no Ensino Médio até a 
aposentadoria.Em parceria com Maria Helena Pires 
Martins, é autora de "Filosofando - introdução à 
fi losofi a" e "Temas de fi losofi a" Maria escreveu 
também as obras "Filosofi a da Educação" e "História 
da Educação e da Pedagogia - Geral e Brasil".
?
Você
SABIA?
Com base nessa concepção, pode-se inferir que as funções das múltiplas artes em qualquer contexto histórico-social 
podem:
• imitar o real ou fugir da realidade;
• expressar emoções, sentimentos, opiniões;
• provocar refl exão e pensamentos;
• reafi rmar ou questionar padrões e estereótipos;
• evidenciar a história;
• representar rituais e crenças;
• homenagear o ser humano e ´´deuses´´;
• instrumentalizar a comunicação;
• entreter e provocar prazer;
• interpretar subjetivamente o mundo;
• promover o conhecimento ao autoconhecimento;
• ser arte por arte.
Nesse outro Você sabia?, novamente o estudante é levado a refletir sobre a função das artes. Mas é importante, no entanto, que ele 
não se restrinja à leitura da lista. Oriente a turma a refletir sobre o signifi cado de cada um dos itens que compõem a lista. Nesse 
momento, é possível mobilizar conhecimentos construídos ao longo da trajetória escolar, no componente curricular de Arte, que, 
em muitos aspectos, dialoga com o componente curricular de Língua Portuguesa.
Orientação ao
PROFESSOR
Sequência Didática | Língua Portuguesa | Leitura e Produção de Textos | Campo artístico-literário 13
Atividade 2
Com a atividade, espera-se que o aluno já tenha subsídios para a produção de um projeto de texto inicial, usando como suporte as 
aprendizagens realizadas com o desenvolvimento da Atividade 1 e dos conhecimentos já construídos durante sua trajetória escolar. 
Além disso, é importante estabelecer a relação entre repertório sociocultural e seu uso em textos dissertativos-argumentativos.
Para orientar o preenchimento, que pode ser realizado empequenos grupos, volte à frase “Como o homem atua no mundo por meio 
das artes?”, dada como tema centralizador para a produção inicial.
A seguir, uma possibilidade de preenchimento do quadro, lembrando que há inúmeras outras possibilidades, que dependerão da 
compreensão que os estudantes tiverem da atividade 1.
Orientação ao
PROFESSOR
Atividade 2
Duas expressões têm feito parte da sua rotina de estudos no Ensino Médio: “Construção de repertório sociocultural” e 
“texto dissertativo-argumentativo”, não é verdade?
Então, vamos à primeira “parada obrigatória”, depois de passar pela Atividade 1, na qual você pôde refl etir sobre arte.
Agora, você já está apto a produzir um projeto de texto sobre o tema a seguir. Antes, no entanto, é importante rever o 
conceito de projeto de texto.
Tema A arte como instrumento de humanização do homem
Tese
Argumento 1
Argumento 2
Proposta de 
Intervenção
Antes de preencherem o quadro, refl itam sobre as discussões realizadas até o momento. E lembrem-se de que para 
planejar um projeto de texto é necessário acionar, selecionar e usar o conhecimento construído.
14
Tema A arte como instrumento de humanização do homem
Tese
A arte permite ao homem se manter, no sentido literal da palavra, humano, pois 
possibilita, dentre outros, que ele refl ita sobre o seu papel social em uma sociedade 
em constante mudança.
Argumento 1 É preciso, primeiramente, acesso irrestrito às diferentes manifestações artísticas.
Argumento 2 O valor das artes na formação individual e coletiva do ser humano em todos os âmbitos.
Proposta de 
Intervenção
Mudança de paradigma em relação à forma como as artes são abordadas nos 
currículos ofi ciais e em sua transposição para a sala de aula.
Aproveite para retomar alguns questionamentos já realizados sobre o fato de as artes serem uma produção humana, que instru-
mentalizam imaginação, abstração, sonho, fugacidade, prazer, mas também denunciam e expressam de forma plurissignifi cativa 
males sociais, colocando luz nas relações humanas. Talvez seja necessário retomar o signifi cado de “plurissignifi cativa”, relacio-
nada às artes.
Como a escrita do projeto de texto é apenas uma atividade complementar ao tema central da SD (construção de repertório socio-
cultural), não se preocupe em desenvolver o texto a partir do projeto; apenas ofereça condições para a socialização dos projetos 
criados. Esse será um bom momento para você avaliar como a turma absorveu os conhecimentos sobre artistas/obras, no 
contexto de suas produções.
A atividade pressupõe o desenvolvimento de aspectos da habilidade foco EM13LP49 e da relacionada EM13LP50.
Orientação ao
PROFESSOR
Atividade 3
Você conhece, reconhece a obra ao lado? Sabe quem a pintou? 
E mais, sabe onde ela está exposta, o que se fala sobre ela?
Depois de conversarem sobre a obra, refletirem sobre os 
“mistérios” que a envolvem, vamos ao próximo passo.
Se a arte está em nosso dia a dia e faz parte das 
nossas vidas, por que, por vezes, não a percebemos? 
Como você acha que devemos desenvolver esse olhar crítico? Será 
que defi nimos o que é arte mais pela fi losofi a do gosto quando 
achamos uma manifestação artística bonita? Será que arte é 
sempre ligada ao belo? Você já percebeu que toda arte tem 
uma intenção e função?
No Brasil, o acesso às artes é uma realidade de todos? No seu 
contexto de vida, quais artes fazem parte da cultura de sua região? 
Elas são valorizadas como artes eruditas? Você já se perguntou sobre 
o poder das manifestações artísticas ao longo da história humana?
Quem sabe diz
A Monalisa: sua história e seus mistérios.
Disponível em: www.iqe.org.br/surl/?cc807e
Acesso em: 11 set. 2021.
Sequência Didática | Língua Portuguesa | Leitura e Produção de Textos | Campo artístico-literário 15
Atividade 4
Em todas as suas formas de manifestação, a arte é um meio para se objetivar a formação do homem e sua intervenção no 
mundo. Com base na afi rmativa e em seus conhecimentos construídos, analise as imagens a seguir.
 2. A Monalisa: sua história e seus mistérios. Disponível em: 
www.iqe.org.br/surl/?1192de Acesso em: 11 set. 2021.
SINOPSE DO FILME
Recria a atmosfera e os costumes do início da década de 1950. Conta a história de Katherine Watson, 
uma professora de história da arte que, educada na liberal Universidade de Berkeley, na Califórnia, enfrenta 
uma escola feminina, tradicionalista – Wellesley College, onde as melhores e mais brilhantes jovens mulheres 
dos Estados Unidos recebem uma dispendiosa educação para se transformarem em cultas esposas e 
responsáveis mães. No fi lme, a professora irá tentar abrir a mente de suas alunas para um pensamento 
liberal, enfrentando a administração da escola e as próprias garotas. O maior desafi o para essa professora 
será fazer com que suas alunas assumam sua identidade cultural como ser social e histórico.
1. Mona Lisa Smile (prt/bra: O Sorriso de Mona Lisa), fi lme. 
Disponível em: www.iqe.org.br/surl/?957429 Acesso em: 11 set. 2021.
16
Acesse o trecho do fi lme “O Sorriso de Monalisa”, por meio do QRcode abaixo. Depois, responda às questões 1 a 3.
Trecho do fi lme “O sorriso de Monalisa” - Parte 2. 
Disponível em: www.iqe.org.br/surl/?ee3d07 
Acesso em: 11 de setembro de 2021. 
Confi ra também...
Disponível em: www.iqe.org.br/surl/?df9a5c
Acesso em: 11 de setembro de 2021
Disponível em: www.iqe.org.br/surl/?724df8
Acesso em: 11 de setembro de 2021
Com base nas discussões abordadas na cena do fi lme “O Sorriso de Monalisa” e na análise das obras, responda:
1. O que é arte? Quem determina o que é arte? Existe arte boa ou ruim? 
2. No fi lme “O Sorriso de Monalisa”, a obra de Soutine foi analisada pela professora Katherine Watson com que objetivo 
argumentativo?
Sequência Didática | Língua Portuguesa | Leitura e Produção de Textos | Campo artístico-literário 17
3. Ao discutir acerca da pintura “Carcaça” de Soutine, como algumas alunas contra-argumentam para defender seus 
pontos de vista a respeito do valor artístico da obra na década de 50?
4. Por que, provavelmente, o fi lme traz uma força argumentativa quando o título “O Sorriso de Monalisa” faz referência 
ao quadro Monalisa de Da Vinci?
Atividade 4
1. Há no ser humano a necessidade de se expressar por meio das artes e de compreender o mundo e a si mesmo por meio do fa-
zer artístico. Assim, é possível afi rmar que as artes são uma produção humana por meio de uma produção estética, a qual utiliza 
uma perspectiva plurissignifi cativa. Essas artes têm função pedagógica, social, ritualística, política de possibilitar ao homem a 
sua humanização. Portanto, como o fi lme “O Sorriso de Monalisa” discute, não existe uma única defi nição sobre arte, nem que 
há uma arte melhor que outra, mesmo que exista um mercado, uma ciência ou grupos que a padronizem ou estabeleçam valora-
ção monetária, arte será arte por ser arte.
2. A intencionalidade argumentativa da professora Katherine Watson em utilizar uma obra que não faz parte das obras canônicas 
consideradas pela escola como obra-prima é questionar a padronização de uma única concepção estética de arte, sobretudo, 
a perspectiva e noção da arte do “Belo”. Além disso, a professora, a partir do que as alunas trazem de preconceitos e juízos de 
valor, as faz refletir sobre todo o processo do fazer arte, quem a produz, quem determina ser arte, as funções dessa arte, tornan-
do-as livres pensadoras.
3. Quando a professora questionou as alunas acerca da obra de Soutine ser arte, elas não sabiam o que responder, porque aquela 
obra não estava catalogada no livro de História da Arte, era arte moderna. Então, começam a discordar da análise da professora, 
porém Katherine contra-argumenta e convence as alunas a terem outra visão.
4. Fica evidente que a referência ao quadro renascentista de Da Vinci, é com um propósito argumentativo de fazer o espectador 
comparar as fi guras femininas e seus sorrisos enigmáticos e misteriosos, ou seja, tanto a retratação de Da Vinci quanto as 
moças que estudavam em WellesleyCollege estavam representadas por um padrão estético, comportamental e social.
Sugerimos que a atividade seja desenvolvida coletivamente, pois, embora, partindo do pressuposto de que o estudante já deveria 
ter construído conhecimentos capazes de fazê-lo “fluir”, essa pode não ser a realidade da sua turma. Analisar um tema a partir de 
uma produção cinematográfi ca, por exemplo, exige, entre outras habilidades, capacidade de abstração, que levará à compreensão e 
síntese.
A atividade pressupõe o desenvolvimento de aspectos da habilidade foco EM13LP49 e da relacionada EM13LP50.
Orientação ao
PROFESSOR
Atividade 5
Continuemos nossa caminhada, agora com uma “pitada” de poesia, que também vem acompanhando vocês desde os 
anos iniciais.
Quem não se lembra de “Se essa rua, se essa rua fosse minha...”, ou “Na minha terra tem palmeiras, onde canta o 
sabia...”, ou ainda “E agora, José? A festa acabou...”.
Mas agora, além de relembrar, você pode refl etir sobre o papel da poesia na formação da identidade, do acesso às 
manifestações artísticas, do poder da arte na formação, transformação e intervenção em questões sociais, políticas etc.
18
TEXTO 1
Por que lemos e escrevemos poesia? Sociedade dos 
poetas mortos - cena do fi lme. 
Disponível em: www.iqe.org.br/surl/?84c0e5
 Acesso em: 11 de setembro de 2021. 
TEXTO 2
“.... o entusiasta e sonhador Neil Perry, o 
romântico Knox Overstreet, o rebelde Nwanda, 
ou Charlie Dalton se preferirem, os nerds Pitts e 
Meeks, o tímido Todd Anderson e o tradicionalista 
frio e puxa-saco Richard Cameron (meio que por 
infl uência dos outros) reabrem a "Sociedade dos 
Poetas Mortos" com um trecho adaptado de um 
texto de Thoreau que fala: “Fui à fl oresta porque 
queria viver deliberadamente, queria viver profun-
damente e sugar toda a essência da vida. Deixar 
apodrecer tudo o que não é vida, para quando eu 
morrer, descobrir que não vivi.”
Disponível em: www.iqe.org.br/surl/?1d8c99
html.Acessado em: 08 de março de 2019.
TEXTO 3
“ CARPE DIEM” - "Odes" (I,, 11.8) do poeta 
romano Horácio (65 - 8 AC), onde se lê:
Tu ne quaesieris, scire nefas, quem mihi, 
quem tibi finem di dederint, Leuconoe, Nec 
Babylonios temptaris numeros. ut melius, 
quidquid erit, pati. seu pluris hiemes seu tribuit 
Iuppiter ultimam quae nunc oppositis debilitat 
pumicibus maré Tyrrhenum: sapias, vina liques 
et spatio brevi spem longam reseces. dum 
loquimur, fugerit ínvida aetas: carpe diem quam 
minimum credula postero.
Tu não procures - não é lícito saber - qual 
sorte a mim qual a ti os deuses tenham dado, 
Leuconoe, e as cabalas babiloneses não 
investigues. Quão melhor é viver aquilo que será, 
sejam muitos os invernos que Júpiter te atribuiu, 
ou seja o último este, que contra a rocha extenua 
o Tirreno: sê sábia, fi ltra o vinho e encurta a 
esperança, pois a vida é breve. Enquanto falamos, 
terá fugido ávido o tempo: Colhe o instante, sem 
confi ar no amanhã.
TEXTO 4
“...Portanto, plante seu jardim e decore sua 
alma, em vez de esperar que alguém lhe traga 
fl ores...”
Menestrel – Shakespeare
Para acessar ao encenação utilize o QR Code 
a seguir:
Disponível em: www.iqe.org.br/surl/?d75ea5
Acesso em: 11 de setembro de 2021.
Comecemos por assistir ao trecho do filme “Sociedade dos poetas mortos”. Você conhece? Depois, à leitura de 
alguns textos.
Sociedade dos poetas mortos. 
Disponível em: https://vimeo.com/486506753
Acesso em: 11 de setembro de 2021. 
Sequência Didática | Língua Portuguesa | Leitura e Produção de Textos | Campo artístico-literário 19
TEXTO 5
Disponível em: www.iqe.org.br/surl/?baef54
html. Acesso em: 11 de setembro de 2021.
Para entender um pouco mais sobre o Mito da Caverna acesse o link. O mito da caverna - Educação
Disponível em: www.iqe.org.br/surl/?4d0d99
Acesso em: 11 de setembro de 2021.
Mito da caverna – Platão
Imaginemos um muro bem alto separando o mundo externo e uma caverna. Na caverna, existe uma fresta por onde 
passa um feixe de luz exterior. No interior da caverna, permanecem seres humanos, que nasceram e cresceram ali.
Ficam de costas para a entrada, acorrentados, sem poder se locomover, forçados a olhar somente a parede do fundo da 
caverna, onde são projetadas sombras de outros homens que, além do muro, mantêm acesa uma fogueira.
Os prisioneiros julgam que essas sombras sejam a realidade.
Um dos prisioneiros decide abandonar essa condição e fabrica um instrumento com o qual quebra os grilhões. Aos 
poucos vai se movendo e avança na direção do muro e o escala. Com difi culdade, enfrenta os obstáculos que encontra e 
sai da caverna, descobrindo não apenas que as sombras eram feitas por homens como eles e, mais além, todo o mundo e 
a natureza.
Depois de assistir aos vídeos e ler os textos, leia as proposições abaixo. Em seguida, assinale SIM ou NÃO, de acordo 
com a compreensão que teve.
1. Considerando que a poesia de Thoreau, texto 2, e a sua relação com as funções da literatura, pode-se afi rmar que na 
expressão “... sugar toda a essência da vida”, Thoreau reafi rma a literatura como um elemento do conhecimento do 
mundo, tanto do passado e presente, como da mentalidade de uma sociedade ou época.
Sim Não
20
2. O carpe diem é um dos temas recorrentes nas poesias de muitos estilos de época. Por isso, no fi lme Sociedade dos 
poetas mortos, essa concepção literária e fi losófi ca é apresentada pelo prof. Keating a partir do trecho da poesia de 
Whitman “Apanha teus botões de rosa enquanto podes”. Considerando esse princípio de Horácio, texto 3, um poema 
que exemplifi ca um diálogo com esse tema é:
“A resposta é simples como um verso:
Se iludindo menos e vivendo mais!
A cada dia que vivo,
mais me convenço de que o
desperdício da vida
está no amor que não damos,
nas forças que não usamos,
na prudência egoísta que nada arrisca,
e que, esquivando-se do sofrimento,
perdemos também a felicidade.”
(Carlos Drummond de Andrade: Viver não dói)
 
Sim Não
3. No fi lme “Sociedade dos poetas mortos”, o professor interpretado por Robin Willians fala da importância de se estudar 
poesia: ao lidar com nossas emoções mais profundas, a poesia é aquilo que dá à nossa vida um sentido, uma razão 
para viver. A partir dessa percepção de poesia, da relação entre o pensamento de Thoreau, texto 3, e da Alegoria da 
Caverna de Platão, texto..., pode-se afi rmar que o fi lme metaforiza a caverna como as padronizações, o tradicionalis-
mo, os estereótipos representados na Academia Welton e dá uma boa ideia do confl ito que se estabelece quando os 
estudantes ousam desafi ar a autoridade constituída e serem livres para pensar.
 
Sim Não
Provavelmente você sabe o que são memes, não é verdade? Mas uma releitura de uma obra de arte 
poderia ser caracterizada como meme? Ou dependendo da técnica, artista, contexto, intenção, estrutura, 
a releitura seria um estilo artístico específi co?
Quem sabe diz
Sequência Didática | Língua Portuguesa | Leitura e Produção de Textos | Campo artístico-literário 21
De um texto ao outro
 A tela "O grito", de Edvard Meowza Katz (releitura de ‘O grito’)
O designer norte-americano Meowza Katz resolveu inserir em sete famosas obras de arte, algumas perso-
nagens dos Simpsons, utilizando o mesmo estilo empregado pelo cartunista Matthew Abram Groening, criador 
original das personagens.
Disponível em: www.iqe.org.br/surl/?716db3 
Acesso em: 24 de março de 2019.
 MEME 1 MEME 2 
 Meme em capa de revista
Disponível em: www.iqe.org.br/surl/?4839e3
Acesso em: 29/03/2019.
Disponível em: www.iqe.org.br/surl/?9684df
Acesso em: 29/03/2019.
“O novo caldo é o caldo da cultura humana. Precisamos de um nome para o novo replicador, um nome que 
transmita a ideia de uma unidade de transmissã o cultural, ou uma unidade de imitaç ão. “Mimeme” prové m 
de uma raiz grega adequada, mas eu procuro uma palavra mais curta que soe mais ou menos como “gene”. 
Espero que meus amigos classicistas me perdoem se abreviar mimeme para meme. Se isso servir de consolo, 
podemos pensar, alternativamente, que a palavra “meme” guarda relaç ã o com “memó ria”, ou com a palavra 
francesa mê me. Devemos pronunciá -la de forma a rimar com “creme”. “ (DAWKINS, 2007, p. 330)
22
Com base em Gombrich (1993, p. 449), “o Movimento Expressionista surgiu na Alemanha em 1910, 
aproximadamente, e seus artistas alimentavam sentimentos tã o fortes em relaç ã o ao sofrimento 
humano, à pobreza, à violê ncia e à paixã o, que eram propensos a pensar que a insistê ncia na harmonia 
e beleza em arte nascera exatamente de uma recusa em ser sincero. Nã o desejavam criar có pias idealizadas do real e sim 
uma representação dos sentimentos humanos”. A obra “O Grito” deMunch revela as angústias inerentes à complexidade 
da mente humana, rompe com o idealismo estético e com a harmoniaagradável , o grotesco , o incômodo espelho mais 
verdadeiro da sociedade moderna.
Do novo ao já 
 CONHECIDO
MANIFESTAÇÕES ARTÍSTICAS
A unidade da arte reside no fato de que, não importa se com as palavras, sons melódicos, cores, massas, o 
artista cria imagens que exprimem seu sentimento profundo do mundo.(...) certo número de atividades humanas 
– como a poesia, a pintura a arquitetura, o teatro, a música, a escultura – cria imagens que exprimem um modo de 
sentir, o qual, por sua vez, se traduz numa forma correspondente.
Pedro Manuel
Disponível em: www.iqe.org.br/surl/?2225d4
html.Acessado em: 08 de março de 2019.
Depois de rever “O grito” (E. Munch) e sua releitura por Meowza Katz, os memes 1 e 2, o De um texto ao outro e, por fi m, 
o texto Do novo ao já conhecido, refl ita sobre a seguinte afi rmação: Em contextos históricos diversos, em qualquer espaço 
social, o ser humano com ideologias, hábitos, distintos ou não, produziram arte.
Agora, responda à pergunta:
A relação interdiscursiva entre a obra de Munch, a releitura de Katz pode ser considerada mais arte que a de Katz? Por quê?
Interdiscursividade: é a relação 
entre dois discursos caracterizada 
por um citar o outro. Toda relação 
de interdiscursividade é também 
uma relação intertextual. Contudo, 
a interdiscursividade é mais ampla: 
quando um discurso cita outro, 
não há apenas uma referência ao 
texto ou partes dele, mas também 
à situação de produção (quem fez, 
em que momento histórico, com 
qual fi nalidade etc.).
Vocabulário
Sequência Didática | Língua Portuguesa | Leitura e Produção de Textos | Campo artístico-literário 23
DE UM TEXTO AO OUTRO
Uma resposta possível é:
As artes, como produção humana, recriam o real, representam ou imitam “a verdade” e, de forma verossímil, expressam emoções, 
opiniões, visão de mundo de um “eu” seja do artista ou de outros seres humanos. A obra de Munch faz parte do movimento expres-
sionista, tornou-se um ícone das artes plásticas; já de Kantz faz uma releitura por meio da PopArt ou pode ser até um meme da 
obra “O Grito”. Assim, são artes produzidas com técnicas, contexto, suporte diferentes, que podem até ser consideradas uma com 
maior ou menor valoração econômica no mercado de Artes, mas uma não pode ser vista como mais arte que a outra.
Orientação ao
PROFESSOR
Você já percebeu como o meme pode ser uma produção estética? O meme pode ser uma interface TDCI, 
mas também ser um gênero que integra linguagem artística, cultural, histórica e até política? Seria o 
meme um dos gêneros de predominância visual com maior propagação entre os usuários de redes sociais, como o Face-
book, Twitter, WhatsApp, Instagram? Você já compartilhou algum meme? Quando você recebe um meme, geralmente, isso 
provoca em você que sensações?
Quem sabe diz
Proposta de Produção Final
Agora, a partir da relação entre as playlists e o comentário opinativo acerca do tema “como o ser humano se mostra e 
mostra os outros por meio da sua arte”, escolha uma música específi ca que caracterize as ideologias machista, misógina 
e desumana quanto à persistência de violência contra a mulher no século XXI e produza um meme em quadrinho que 
dialogue com a base artística da obra “O Grito” de Munch e a letra da música escolhida, ou seja, utilize o humor, a sátira, a 
paródia, mas, sobretudo, a crítica.
Para auxiliar sua produção, assista ao vídeo “O que é meme?
“O que é meme? Origem, defi nição e um manifesto| 
mimimidias”. Disponível em: www.iqe.org.br/surl/?fc4120
Acesso em: 06 de março de 2019. 
24
PRODUÇÃO FINAL
Na produção fi nal, oriente o estudante a perceber a relação multissemiótica* entre meme e os 
gêneros textuais que podem ser moldados para se tornar um meme como fruto de uma ciber-
cultura. Retome a apresentação das manifestações artísticas, na produção inicial, que, de uma 
forma ou de outra, refletem o ser humano como artista ou como objeto retratado nas artes. 
Mas, focalize na perspectiva de como a mulher tem sido abordada nas artes ao longo da história 
humana. Como exemplo para você orientar o aluno, colocamos o meme a seguir.
*Multissemiótico: Quando falamos em gêneros discursivos multissemióticos, estamos falando 
daqueles compostos por várias linguagens (modos e semioses). Eles combinam diferentes 
modalidades, tais como as linguagens verbal (oral e escrita), visual, sonora, corporal e digital.
A atividade pressupõe o desenvolvimento de aspectos da habilidade foco EM13LP49 e da 
relacionada EM13LP50.
Orientação ao
PROFESSOR
Disponível em:
www.iqe.org.br/surl/?112617
Sistematizando
APRENDIZAGENS
Durante toda a SD, você e seus colegas foram respondendo a várias questões, a partir das propostas apresentas nas 
atividades, que não foram poucas! Vamos relembrar algumas das perguntas?
COMO AS ARTES SE MANIFESTAM?
Sequência Didática | Língua Portuguesa | Leitura e Produção de Textos | Campo artístico-literário 25
SPETO. Grafi te. Museu Afro Brasil, 2009.
Disponível em: www.iqe.org.br/surl/?14d6e1
SPETO
Paulo César Silva, mais conhecido como Speto, é um grafi teiro paulista envolvido com o skate e a música. O fortaleci-
mento de sua arte ocorreu, em 1999, pela oportunidade de ver de perto as referências que trazia há tempos, ao passar 
por diversas cidades do Norte do Brasil em uma turnê com a banda O Rappa.
Revista Zupi, n. 19, 2010.
O grafi te do artista paulista Speto, exposto no Museu Afro Brasil, revela elementos da cultura brasileira reconhecidos
A) na influência da expressão abstrata.
B) na representação de lendas nacionais.
C) na inspiração das composições musicais.
D) nos traços marcados pela xilogravura nordestina.
E) nos usos característicos de grafi smos dos skates.
#
Ligado no
 ENEM
O comportamento da personagem Pina no terceiro quadrinho sugere
A) aridade.
B) entusiasmo.
C) gratidão.
D) interesse.
E) satisfação.
#
Ligado na
 PROVA 
 BRASIL
Disponível em: www.iqe.org.br/surl/?32e9fe
Acesso em: 22 de setembro de 2021.
26
SISTEMATIZANDO APRENDIZAGENS
Todas as questões presentes no início da atividade apareceram na sequência de atividades da SD. Seria interessante você retomá-las 
com a turma, com a intenção de estabelecer relação entre o conhecimento construído e a possibilidade de utilização dele na produ-
ção de texto dissertativo-argumentativo. É importante o estudante perceber que não basta conhecer artistas/autores e citá-los em 
suas produções. É preciso que esse conhecimento seja utilizado com assertividade, de forma produtiva. 
Nos quadros “Ligado no ENEM” e “Ligado na Prova Brasil – SAEB”, é interessante primeiro deixar os estudantes tentarem resolver 
as questões. Você pode orientar como otimizar a interpretação de imagem verbal e não verbal, principalmente o que o enunciado 
solicita como comando a ser analisado. Mostre que nas duas avaliações a resposta está na relação pergunta e texto motivador.
Na questão do ENEM, o gabarito é letra “d”, o artista Speto faz uma relação interdiscursiva e intertextual com ocordel e suas 
ilustrações em xilogravuras.
Na questão SAEB, a alternativa correta é “d”, pois a tirinha tem uma sequência de ações gestuais e falas da personagem Pina que 
revelam uma ação humana de total interesse em se benefi ciar.
Orientação ao
PROFESSOR

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