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UNIDADE 2 – TUTELA PROVISÓRIA 
 
 
 
Arts. 294 a 311 do Código de Processo Civil – usadas tanto no processo de conhecimento, quanto no processo de 
execução. 
 
 
 Diferença entre Cognição Sumária e Cognição Exauriente: 
- Cognição exauriente: procedimento comum em um processo de conhecimento, ou seja, intentar uma ação, 
forma-se um processo, vários atos processuais são realizados durante o trâmite processual para chegar em uma 
sentença final de mérito. 
- Cognição sumária: o que temos nas tutelas provisórias, pois é provisória, os atos estão sujeitos a modificação 
após o aprofundamento da cognição. Então, ela vai acontecer porque há dois requisitos importantes que devem 
ser analisados para que haja, ou não, a concessão de um tutela provisória. 
 
 Requisitos que devem estar presentes na tutela provisória: Eles são analisados na cognição sumária. 
- Fumus boni iuris (fumaça do bom direito) 
- Periculum in mora (perigo na demora) 
 
 TUTELAS DE URGÊNCIA: Antecipada ou cautelar 
A tutela provisória de urgência é voltada para afastar o periculum in mora , porque serve para evitar um 
prejuízo grave ou irreparável. 
 
 TUTELA DE EVIDÊNCIA: 
A tutela provisória de evidência é voltada para o fumus boni iuris, porque tem um alto grau de 
probabilidade do direito invocado, ou seja, concede desde já o que provavelmente virá ao final (após 
toda cognição exauriente). 
 
 TUTELA DE URGÊNCIA ANTECIPADA: Neste caso, há a possibilidade de termos, desde já, a fruição de algo que 
muito provavelmente virá a ser reconhecido no final. Irá satisfazer para proteger. 
Ou seja, quando o juiz analisa já o pedido de tutela de urgência antecipada, ele acaba analisando efeitos da 
própria sentença. Então quando há, por exemplo, o pedido de tirada do nome do autor do SPC: quando o juiz 
analisa esse pedido de tutela antecipada, ele vai ter que ver se eu devo ou não, mesmo com o fumus boni iuris, 
isso vai gerar uma análise dos efeitos da sentença; embora provisória e podendo ser reformada na sentença 
final, ele precisa então analisar e por isso que dizemos que: a tutela antecipada satisfaz para proteger. 
 
 TUTELA DE URGÊNCIA CAUTELAR: Essa tutela evita que o processo trilhe um caminho satisfatório que conduzirá 
a uma inutilidade. Então, ela vai proteger para satisfazer. 
Tutelas Provisórias 
Exemplo: um devedor que está se desfazendo de todos os seus bens, e tem uma dívida alta comigo. Com medo 
que venda todos seus bens e suma, peço uma tutela provisória de urgência cautelar, ou seja, vou proteger essa 
dívida para satisfazer futuramente, vou pegar arrestar os bens do devendo para que quando eu precise, haja 
bens possíveis para satisfazer a dívida. 
 
 Disposições gerais sobre as Tutelas Provisórias – arts. 295 a 299 
- Pedido incidental: Art. 295. A tutela provisória requerida em caráter incidental independe do pagamento de 
custas. 
Tanto a tutela de urgência, como a tutela de evidência, requeridas incidentalmente, não demandam ação 
autônoma. Acontece durante o trâmite processual. São requeridas no bojo do processo por simples petição. 
Ou seja, já intentei a ação, formei o processo e agora é necessário naquele processo um pedido de tutela 
provisória. 
 
- A decisão que concede a tutela provisória: Art. 296. A tutela provisória conserva sua eficácia na pendência do 
processo, mas pode, a qualquer tempo, ser revogada ou modificada. Parágrafo único. Salvo decisão judicial em 
contrário, a tutela provisória conservará a eficácia durante o período de suspensão do processo. 
A decisão que concede a tutela provisória é uma decisão interlocutória, logo, o recurso cabível é o agravo de 
instrumento (art. 1515, inc. I, CPC). Agravo de instrumento não tem efeito suspensivo, PORÉM, a tutela 
provisória pode ser concedida, confirmada ou revogada na sentença e o recurso da sentença é a Apelação, que 
possui efeito suspensivo. Nesse caso da tutela provisória, a apelação NÃO TERÁ efeito suspensivo (exceção do 
recurso de apelação) 
 
- Cumprimento da tutela provisória: Art. 297. O juiz poderá determinar as medidas que considerar adequadas 
para efetivação da tutela provisória. Parágrafo único. A efetivação da tutela provisória observará as normas 
referentes ao cumprimento provisório da sentença, no que couber. 
A execução provisória da tutela é igual a execução provisória de sentença. Assim, são levados em consideração 
três premissas que compreende a execução da tutela provisória: 
1. O título que embasa a tutela provisória é provisório, por isso ele está sujeito a reforma após submissão mais 
aprofundada exauriente; 
2. O instrumental a ser utilizado depende da natureza da obrigação que se pretende efetivar. Então, vai usar 
ou o art. 520 a 522, ou do 536 a 538 que são os dispositivos usados para execução provisória de sentença. 
3. Eventualmente, mercê da aplicação do princípio da proporcionalidade, podem ser relativizadas as premissas 
anteriores, utilizando-se meios atípicos na busca da efetividade da tutela provisória. Então, haverá uma 
fungibilidade dos meios executivos (art. 139, inc. IV). Por exemplo, ele pode dispensar caução, reduzir o 
prazo (art. 523). Utilizando-se do princípio da proporcionalidade, princípio da tipicidade, princípio da 
adequação da execução, ele pode tornar mais branda essas normas que estão nos artigos mencionados na 
segunda premissa. 
 
- Art. 298 c/c 489, §1º: Art. 298. Na decisão que conceder, negar, modificar ou revogar a tutela provisória, o 
juiz motivará seu convencimento de modo claro e preciso. 
Art. 489. São elementos essenciais da sentença: § 1º Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, 
seja ela interlocutória, sentença ou acórdão, que: I - se limitar à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato 
normativo, sem explicar sua relação com a causa ou a questão decidida; II - empregar conceitos jurídicos 
indeterminados, sem explicar o motivo concreto de sua incidência no caso; III - invocar motivos que se 
prestariam a justificar qualquer outra decisão; IV - não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo 
capazes de, em tese, infirmar a conclusão adotada pelo julgador; V - se limitar a invocar precedente ou 
enunciado de súmula, sem identificar seus fundamentos determinantes nem demonstrar que o caso sob 
julgamento se ajusta àqueles fundamentos; VI - deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou 
precedente invocado pela parte, sem demonstrar a existência de distinção no caso em julgamento ou a 
superação do entendimento. 
 
- Competência para processar e julgar a tutela provisória: Art. 299. A tutela provisória será requerida ao juízo 
da causa e, quando antecedente, ao juízo competente para conhecer do pedido principal. Parágrafo único. 
Ressalvada disposição especial, na ação de competência originária de tribunal e nos recursos a tutela provisória 
será requerida ao órgão jurisdicional competente para apreciar o mérito. 
Tutela provisória incidentais: quando há processo pendente; 
Tutela provisória de evidência: precisa de processo pendente. 
 
 TUTELA DE URGÊNCIA 
Voltada para evitar um dano irreparável ou de difícil reparação (Periculum in mora). A urgência caracterizada 
por uma situação de perigo que reside no direito material que ela visa proteger (Fumus bonis iuris). 
 
 Disposições gerais das tutelas de urgência: arts. 300 a 302 
(Tanto cautelar, quanto antecipada) 
 
- Art. 300 – regra da gangorra 
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito 
e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. 
§ 1 o Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real ou fidejussória idônea 
para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, podendo a caução ser dispensada se a parte 
economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la. 
§ 2º A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia*. 
§ 3º A tutela de urgência de natureza antecipadanão será concedida quando houver perigo de irreversibilidade 
dos efeitos da decisão. 
 
Regra da gangorra: quanto maior for o periculum in mora, menor pode ser o fumus bonis iuris e vice-
versa. Basta um ser maior que o outro para que haja a concessão. 
*A justificação prévia acontece quando o juiz não se convencer dos requisitos. Ele pode permitir que a 
parte, em audiência de justificação prévia, traga mais elementos de prova quanto a esses dois requisitos. 
Pode ser audiência mesmo ou somente uma complementação de material probatório. 
 
- Art. 301 - cautelares (nominadas, como eram chamadas no código de 1973) 
Art. 301. A tutela de urgência de natureza cautelar pode ser efetivada mediante arresto, sequestro, arrolamento 
de bens, registro de protesto contra alienação de bem e qualquer outra medida idônea para asseguração do 
direito. 
 
Aqui trata-se de cautelares com um rol exemplificativo. Não há definição das cautelares nominadas 
elencadas no artigo em nenhum dispositivo legal em vigor, temos que buscar a definição no Código de 
1973: 
Arresto – apreensão judicial de bens para garantir uma futura execução por quantia certa; 
Sequestro – apreensão de coisa determinada individualizada sobre a qual pende um litígio visa segurar 
sua entrega ao vendedor ou garante a execução para entrega de coisa; 
Arrolamento – consiste na descrição/indicação de bens visando evitar sua dissipação durante o 
processo; 
Protesto contra alienação de bem – visa tornar inequívoco que o autor está em desacordo com alienação 
de bens de outrem alegando ter algum tipo de direito de preferência. 
 
- Art. 302 – responsabilidade objetiva + responsabilidade por dano processual 
Art. 302. Independentemente da reparação por dano processual, a parte responde pelo prejuízo que a efetivação 
da tutela de urgência causar à parte adversa, se: 
I - a sentença lhe for desfavorável; 
II - obtida liminarmente a tutela em caráter antecedente, não fornecer os meios necessários para a citação do 
requerido no prazo de 5 (cinco) dias; 
III - ocorrer a cessação da eficácia da medida em qualquer hipótese legal; 
IV - o juiz acolher a alegação de decadência ou prescrição da pretensão do autor. 
Parágrafo único. A indenização será liquidada nos autos em que a medida tiver sido concedida, sempre que 
possível. 
 
Trata da responsabilidade objetiva diante de uma tutela de urgência caçada sem a exclusão da 
responsabilidade por dano processo do art. 79 a 81 do CPC. Elenca nos incisos casos em que isso pode 
ocorrer. 
 
 PROCEDIMENTO DA TUTELA ANTECIPADA ANTECEDENTE – art. 303 
 
Sendo a tutela de urgência antecipada ou cautelar, ela pode ser antes da propositura da ação ou durante 
(durante ou incidentalmente). 
Quando for incidental é por petição simples. 
 
PROCEDIMENTO EM QUE A TUTELA ANTECIPADA É PEDIDA ANTES MESMO DA PROPOSITURA DA AÇÃO: 
 
- Nesta petição, é essencial demonstrar o periculum in mora e o fumus bonis iuris; devo identificar com 
exatidão o contorno do pedido principal que será confirmado no aditamento. A tutela adianta os efeitos do 
futuro provimento de mérito, então para não deixar dúvidas, o autor tem que indicar que pretende valer-
se desse benefício, de que vai fazer um pedido de tutela antecipada antes da propositura da ação; 
mencionar que estou me valendo deste procedimento antecedente. 
- Aditamento: Complementação para que esse procedimento antecedente se torne um procedimento 
comum. 
 
POSSIBILIDADE DE ESTABILIZAÇÃO DA TUTELA ANTECIPADA – art. 304 
Estabilização SÓ ACONTECE EM TUTELA ANTECIPADA!! 
O que se pretende: que a decisão proferida, em sede de tutela antecipada, no âmbito desse 
procedimento antecedente, produz e mantenha seus efeitos independentemente da continuidade do 
processo de cognição plena quando as partes se conformarem com tal decisão. 
Acontece quando não há qualquer manifestação do réu. Basta qualquer resistência por parte do réu que 
não vai haver estabilização. 
 PROCEDIMENTO DA TUTELA CAUTELAR ANTECEDENTE – art. 305 a 310 
 
 
- Na petição, mesmo esquema da Tutela Antecipada Antecedente. 
Recebido o pedido, o juiz pode entender que o pedido não é de tutela cautelar e, sim, de tutela 
antecipada, então ele recebe como tutela antecipada e vice-versa. 
- Nesse procedimento, o réu é citado e pode contestar o pedido de tutela, inclusive produzir prova. 
(duas contestações então) 
 
 TUTELA DE EVIDÊNCIA: 
Permite ao autor, diante da demonstração da evidência do seu direito, a antecipação dos efeitos da 
tutela final, com mesmo uma tutela conservativa. 
Casos e situações que vão ensejar uma tutela de evidência: 
Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo de 
dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando: 
I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da parte; 
II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese 
firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante; 
III - se tratar de pedido reipersecutório* fundado em prova documental adequada do contrato de 
depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação de 
multa; 
IV - a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do direito 
do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável. 
Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá decidir liminarmente. 
*ação em que o autor reclama o que lhe pertence ou é devido, e que se acha fora de seu 
patrimônio este bem. 
- Em tutela de evidência, a decisão se pauta em: 1º cognição sumária / 2º revogado / 3º provisório

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