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Equipamentos odontológicos

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17/05/23, 18:09 Equipamentos odontológicos
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03107/index.html# 1/38
Equipamentos odontológicos
Prof. Giovanni Cerrone Júnior
Descrição
Os equipamentos odontológicos utilizados para a formação das imagens radiográficas intra e extraorais.
Propósito
Conhecer a estrutura e o funcionamento dos equipamentos de radiologia odontológica é indispensável para a aplicação das diversas técnicas
radiográficas, essenciais nas fases de diagnóstico, tratamento e acompanhamento dos casos clínicos.
Objetivos
Módulo 1
Aparelhos de radiogra�a intraoral
Reconhecer o funcionamento e as aplicações dos aparelhos de radiografia intraoral.
Módulo 2
Aparelho e técnicas radiográ�cas extraorais
Conhecer o aparelho e os empregos das técnicas radiográficas extraorais.
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Módulo 3
Tipos de receptores de imagens odontológicas
Comparar os tipos de receptores de imagens odontológicas.
Orientação sobre unidade de medida
Em nosso material, unidades de medida e números são escritos juntos (ex.: 25km) por questões de tecnologia e didáticas. No entanto, o Inmetro
estabelece que deve existir um espaço entre o número e a unidade (ex.: 25 km). Logo, os relatórios técnicos e demais materiais escritos por você
devem seguir o padrão internacional de separação dos números e das unidades.
1 - Aparelhos de radiogra�a intraoral
Ao �nal deste módulo, você será capaz de reconhecer o funcionamento e as aplicações dos aparelhos de radiogra�a intraoral.
Os raios X e as imagens radiográ�cas
A Odontologia é uma ciência que evolui com o avanço tecnológico dos equipamentos usados em sua prática diária, em todas as suas
especialidades. Assim, todos aqueles que trabalham na área, direta e indiretamente, precisam conhecer e se manter atualizados sobre a
engenharia e o funcionamento desses equipamentos.
Dessa forma, neste conteúdo, será exposto como são realizados os diferentes tipos de imagens radiográficas odontológicas, intra e extraorais,
desde a operação dos aparelhos até a compreensão dos tipos de receptores de imagens utilizados, bem como suas vantagens e
desvantagens.
Introdução
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O físico alemão Wilhelm Conrad Roentgen.
Desde que Wilhelm Conrad Röentgen descobriu, em 1895, os raios X, diversas aplicações para esse tipo de radiação eletromagnética têm sido
sugeridas. Duas das principais características desses raios são a de atravessar alguns corpos opacos à luz e a de impressionar filmes radiográficos
e produzir uma imagem latente (que pode ser revelada posteriormente). A capacidade dos raios X de atravessar a matéria depende do material que a
compõe e da densidade do objeto.
Ilustração com dez átomos com número de partículas diferente.
Materiais compostos de elementos químicos com baixo número atômico (formados por átomos com poucas partículas) facilitam a passagem dos
raios X, e aqueles formados por elementos com alto número atômico, tais como os metais, dificultam a passagem da radiação. Quando dois objetos
são compostos do mesmo elemento químico, quanto maior sua densidade e sua espessura, maior será a dificuldade para a passagem dos raios X.
O corpo humano é formado por tecidos de diferentes composições químicas, como dentes e ossos, que são mineralizados (têm elementos de alto
número atômico), e tecidos moles, não mineralizados, como pele e mucosa. Além disso, mesmo tecidos compostos de elementos iguais podem
apresentar diferentes densidades e espessuras, dependendo do órgão ou da região do corpo. Devido a essas nuances e variações, é possível obter
imagens radiográficas do nosso corpo, as quais permitem interpretar sua anatomia e a presença de alterações.
Equipamentos radiográ�cos intraorais
Na odontologia, os equipamentos radiográficos são divididos em duas categorias, de acordo com a localização do receptor de imagem no momento
da tomada:
Intraorais
Receptor dentro da cavidade oral.
Extraorais
Receptor fora da cavidade oral.
O aparelho radiográfico intraoral tem pequeno porte, custo reduzido, facilidade de operação e rapidez na obtenção da radiografia quando comparado
aos aparelhos extraorais. Por isso, normalmente é o aparelho eleito para ser instalado nos consultórios odontológicos. Veja na imagem a seguir.
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Realização de uma radiografia intraoral em consultório odontológico.
De acordo com a função, podemos dividir o aparelho intraoral em três partes: componentes estruturais, componentes funcionais e componentes
operacionais. Veja a seguir um pouco mais sobre eles.
Componentes estruturais
Dão forma, sustentação e mobilidade, são eles: base, corpo e braço do aparelho.
Componentes funcionais
São aqueles contidos no cabeçote, responsáveis pela geração e qualidade dos raios X.
Componentes operacionais
Estes são os componentes que formam o painel de comando.
Componentes estruturais do aparelho radiográ�co intraoral
Como visto, os componentes estruturais são a base, o corpo e o braço do aparelho. Em conjunto, têm como função sustentar o cabeçote e o painel
de comando, além de proporcionarem mobilidade ao cabeçote. Veja os detalhes de cada componente a seguir.
Base do aparelho
É responsável pela manutenção do aparelho na posição desejada. Os dispositivos intraorais são fabricados em duas versões: base fixa ou móvel.
Os de base fixa, também conhecidos como aparelhos de parede, têm uma chapa metálica fixada diretamente na parede. Esse modelo é mais
utilizado em clínicas ou consultórios que têm uma sala exclusiva para a realização de exames radiográficos intraorais.
Aparelho intraoral de base fixa.
Por sua vez, os aparelhos de base móvel têm um corpo alongado e uma base de metal com rodas afixada em sua porção mais inferior. Isso permite
o deslocamento do dispositivo dentro da sala na qual precisa ser utilizado e a condução do aparelho a outras salas, permitindo que seja
compartilhado em diferentes ambientes de uma clínica. Esse modelo é mais comum em consultórios individuais e clínicas que não têm local
privativo para exames intraorais.
Atenção!
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A base dos aparelhos móveis tem seu peso reforçado propositalmente, a fim de funcionar como um lastro. Precisa ter um peso superior ao de todos
os outros componentes do dispositivo somados, pois, caso contrário, o aparelho pode tombar e cair no chão ao ser puxado durante a locomoção.
Corpo do aparelho
É a haste metálica que conecta o painel de comando à base. Presente apenas nos aparelhos móveis, uma vez que os de base fixa têm seu painel de
comando fixado diretamente na parede.
Braço do aparelho
Independentemente do modelo, fixo ou móvel, o braço se articula com o painel de comando em uma ponta e ao cabeçote na outra. Tem duas
funções: sustentação com mobilidade do cabeçote e conexão do mesmo ao painel de comando. O braço articulado apresenta um sistema de molas
em seu interior, que permite ao operador mover o cabeçote com facilidade, além de o sustentar imóvel na posição escolhida.
O interior do braço também abriga um “chicote”, que é um conjunto de cabos que servem para levar energia elétrica
até o cabeçote, permitindo que as configurações escolhidas no painel de comando cheguem ao cabeçote, e efetuar
o disparo dos raios X.
Existem dois tipos de braços articulados. Veja a seguir.
Com dois segmentos
Neste caso, o braço é mais curto e tem apenas dois segmentos, e uma articulação entre eles, que torna o valor do aparelho mais acessível,
porém limita os movimentos e a distância alcançada pelo cabeçote.
Com três segmentos
Neste caso, o braço tem três segmentos, com duas articulações entre cada um, o que elevao custo do aparelho, mas proporciona maior
versatilidade a seu manuseio.
Componentes funcionais do aparelho radiográ�co intraoral
São todos os componentes que integram o cabeçote. Veja a imagem a seguir.
Esquema do cabeçote do aparelho de raio X.
Externamente, o cabeçote é revestido de um envoltório de plástico que tem apenas função estética. Internamente, encontramos o envoltório metálico
do cabeçote, que serve para proteger os mecanismos internos de quedas e pancadas, além de ser revestido de chumbo para impedir a passagem de
radiação que não esteja direcionada para sua abertura.
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O cabeçote é vedado e preenchido com um óleo, que funciona como isolante elétrico e auxilia no resfriamento da ampola. Imersos nesse óleo,
encontram-se a ampola e os transformadores de baixa e alta tensão. Para compreender a função desses dois transformadores, antes precisamos
revisar a forma de geração dos raios X na ampola. Veja a imagem a seguir.
Esquema da ampola de raios X.
A ampola é um invólucro de vidro plumbífero selado a vácuo e que tem apenas uma janela de vidro sem chumbo para a saída dos raios X. Em seu
interior, há dois eletrodos responsáveis pela formação da radiação: um de carga negativa (cátodo) e um de carga positiva (ânodo).
A produção de uma grande diferença de potencial elétrico entre os dois eletrodos, gerada pelo transformador de alta tensão, propicia a atração de
elétrons livres do eletrodo negativo em direção ao eletrodo positivo. Ao se chocar contra o alvo de tungstênio do eletrodo de carga positiva, os
elétrons sofrem uma brusca desaceleração e, nesse processo, geram raios X e calor. Utiliza-se o tungstênio na região de choque dos elétrons devido à
capacidade desse elemento de suportar altas temperaturas, uma vez que seu ponto de fusão é 3.422oC e, alto número atômico (74), o que aumenta a
desaceleração dos elétrons e, consequentemente, a eficiência da produção de raios X.
lumbífero
Com alta carga de chumbo e que atenua a passagem dos raios X.
Curiosidade
Os aparelhos de raio X estão entre as máquinas de menor eficiência comercializadas, pois cerca de 1% da energia elétrica empregada em seu
acionamento se transforma em raios X. O restante, aproximadamente 99% da energia elétrica, transforma-se em energia térmica (calor).
O transformador de baixa tensão tem a função de aquecer um filamento de tungstênio presente na ponta do eletrodo negativo, que é o doador de
elétrons. O aquecimento do material permite uma maior agitação dos átomos, produzindo uma nuvem de elétrons livres ao redor do filamento,
facilitando, dessa forma, o “desprendimento” dos elétrons em direção ao ânodo (eletrodo positivo).
Operador manipulando o cabeçote.
A tensão utilizada no aparelho, aferida como quilovoltagem (kV), é transferida para o transformador de alta tensão e determina a diferença de
potencial elétrico entre os eletrodos. Portanto, quanto maior o kV utilizado, maior a energia com a qual os elétrons migrarão entre os eletrodos e maior
o poder de penetração do feixe de radiação gerado.
Logo, o kV afeta a qualidade da radiografia, uma vez que é necessário um poder de penetração compatível com a
estrutura a ser radiografada.
Se for utilizado um valor de kV maior do que o necessário, o receptor de imagem será superexposto, gerando uma radiografia escura. Em contraste, a
utilização de um valor de kV inferior ao mínimo necessário, gera uma radiografia clara. Para os exames intraorais, a quilovoltagem preconizada gira
em torno de 60 e 70kV (ou seja, entre 60.000 e 70.000 Volts). Escolher corretamente o kV melhora o contraste, ou seja, a diferença entre os tons de
cinza, da radiografia.
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A corrente utilizada regula a corrente no transformador de baixa tensão e é aferida em miliamperes (mA). Quanto maior o valor de mA, maior o
aquecimento do filamento de tungstênio, maior o número de elétrons disponíveis na nuvem e maior o número de elétrons se chocando contra o
eletrodo positivo. Assim, a miliamperagem determina a quantidade de radiação gerada, permitindo o controle da densidade óptica (DO) da imagem.
Quanto maior a DO, maior a qualidade da imagem radiográfica.
Por fim, na saída do cabeçote, temos os dispositivos que filtram e direcionam o feixe de raios X principal: filtro de alumínio, colimador e cone
localizador. Veja a seguir.
Para compreender a função do filtro de alumínio, precisamos analisar o comportamento das ondas eletromagnéticas. Ondas de rádio, celular,
aparelhos de micro-ondas, raios X, raios Gama e até a luz visível são exemplos de radiação eletromagnética; contudo, apenas algumas dessas
radiações têm a propriedade de atravessar matéria. O que diferencia os tipos de radiação eletromagnética são os diferentes comprimentos de
onda de cada radiação. Apenas algumas com os menores comprimentos de onda podem passar através de corpos sólidos, como os raios X e
raios Gama.
O filtro consiste em uma placa fina de alumínio na saída do cabeçote. Sua função é melhorar a qualidade do feixe. Como toda radiação
eletromagnética, os raios X apresentam, dentro de um mesmo feixe, raios com comprimentos de onda ligeiramente diferentes. Todavia,
apenas os raios com menor comprimento de onda apresentam bom poder de penetração na matéria.
Esquema representativo do filtro de alumínio.
Como os raios de maior comprimento de onda não conseguem atravessar o filtro, o feixe principal é constituído apenas de radiação mais
eficiente. Os raios com pouco poder de penetração, além de não contribuírem para a qualidade da imagem, aumentam a dose de radiação
absorvida pelo paciente.
A dose de radiação recebida pelo paciente também depende diretamente do tamanho da área de seu corpo que foi irradiada. Quanto maior a
área, maior a dose de radiação absorvida. Os aparelhos modernos produzem feixes de radiação que irradiam apenas a área radiografada.
Para isso, na saída do cabeçote, é preciso restringir o diâmetro do feixe; essa é a função do colimador.
O colimador é uma peça de chumbo que impede a passagem do feixe em suas bordas, por meio de um tubo central, também de chumbo, que
permite que apenas a parte central do feixe útil deixe o cabeçote.
Esquema ilustrando a colimação: raios X em vermelho e colimador em preto.
Filtro de alumínio 
Colimador 
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O bloqueio dos raios muito divergentes faz com que o feixe útil tenha raios mais paralelos entre si. Isso diminui o grau de ampliação da
imagem radiográfica, ou seja, a colimação diminui a dose de radiação e aumenta a qualidade do exame.
Porção externa do cabeçote que facilita seu manuseio. É o aparato que permite ao operador ajustar a posição do cabeçote de acordo com a
região a ser radiografada.
Operador manuseando o cilindro localizador do cabeçote.
Componentes operacionais do aparelho radiográ�co intraoral
Os componentes operacionais são aqueles que formam o painel de comando, permitindo que o operador faça os ajustes necessários para a
realização de uma boa radiografia.
Durante a execução de um exame radiográfico, existem três parâmetros que devem ser levados em consideração. Três variáveis reguladas no painel
de comando do aparelho determinam a qualidade final de radiografia: quilovoltagem, miliamperagem e tempo de exposição. Todavia, em
equipamentos intraorais, apenas o tempo é ajustado, pois o kV e o mA são fixos.
Quilovoltagem (kV)
Ajusta os tons de cinza da imagem, definindo seu contraste — quanto maior o kV, menor o contraste; quanto menor o kV, maior o contraste.
Miliamperagem (mA)
Regula a quantidade de radiação incidente no receptor de imagem e define sua densidade. Contudo, existe uma particularidade nos aparelhos
radiográficos intraorais odontológicos:a miliamperagem (mA) é fixa, sendo determinada pelo fabricante de cada aparelho, não podendo ser alterada
manualmente, e varia entre 7 e 10 mA. O que justifica essa particularidade dos aparelhos odontológicos é:
Fator 1
A região de interesse (maxila e mandíbula) é relativamente fina, em relação a outras regiões do corpo humano, e precisa de baixos índices de
radiação para produzir uma imagem de qualidade.
Fator 2
Nos exames intraorais, não existe interesse em se observar tecidos moles na radiografia, apenas tecidos mineralizados (osso medular, osso
Cilindro localizador 

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cortical, esmalte, dentina). Dessa forma, em radiologia odontológica não se realiza exames de baixo contraste (com baixo mA).
Tempo de exposição
O tempo de exposição, aferido em segundos, é o tempo que dura o disparo dos raios X durante o exame. Vai determinar a quantidade de tempo à
qual a região será submetida ao kV e mA escolhidos, regulando assim a nitidez da imagem (se os contornos estão borrados ou bem definidos).
Ademais, o uso de um tempo de exposição errado pode também interferir no contraste das imagens.
Tempo de exposição excessivo gera imagens escuras e vice-versa. O tempo de exposição para técnicas intraorais
gira em torno de 0,1 a 1,5 segundos, dependendo da técnica, da região e do paciente.
Quanto ao painel de comando, existem dois tipos de aparelhos: com painel de comando integrado e disparador remoto, com painel de comando
totalmente remoto. Veja a seguir.
Aparelhos com painel integrado ao corpo do aparelho
O disparador se conecta ao dispositivo por meio de um longo fio tipo mola, para que o operador possa selecionar o tempo de exposição e kV
adequados no painel e posteriormente efetuar o disparo a uma distância segura, de outro cômodo ou de trás de um biombo de chumbo, mas
sempre visualizando o paciente.
Com painel de comando totalmente remoto
Este se conecta ao aparelho por um cabo que deve ser embutido nas paredes, permitindo que o painel seja afixado na parede de outro cômodo
contíguo ou junto à porta. Dessa forma, a seleção de kV e tempo de exposição e o disparo da radiação são efetuados a distância.
Painel de comando com sistema de atalhos.
Normalmente, os fabricantes adicionam ao painel de comando um sistema de atalhos para facilitar a tomada de decisão quanto ao tempo de
exposição, bastando selecionar quatro parâmetros para que o tempo seja definido automaticamente pelo aparelho:
• porte físico do paciente (pequeno, médio ou grande);
• faixa etária (criança ou adulto);
• dente a ser radiografado;
• tipo de receptor de imagem (película analógica ou sensor digital).
Como é possível notar, são justamente essas as variáveis que o operador precisa ponderar antes de ajustar o painel de comando, pois:
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1
O porte físico da pessoa a ser radiografada influencia no poder de penetração necessário. Pacientes de grande porte, com maior
volume ósseo e de tecidos moles, demandam mais tempo para a obtenção de uma imagem radiográfica boa.
2
A densidade dos ossos humanos varia com a idade. Nossos ossos vão se tornando mais compactos desde o nascimento até a terceira
década de vida, quando atingimos o pico de densidade óssea. A seguir, os ossos vão se tornando progressivamente mais porosos. Nas
mulheres, após a menopausa, o ritmo da perda de densidade acelera. O operador precisa considerar reduzir o tempo.
3
A anatomia dental varia de acordo com o grupo dentário. Molares são mais robustos do que incisivos. Assim, deve-se aumentar o
tempo de exposição gradualmente ao se avançar no sentido posterior das arcadas. A sequência correta de elevação do tempo de
disparo é: incisivos, caninos, pré-molares e molares.
4
Existe uma grande diferença entre a sensibilidade dos receptores de imagem do tipo película analógica (que precisa de processamento
químico) e a dos sensores do tipo digital. Os filmes radiográficos analógicos sempre demandam o uso de maiores tempos de
exposição em relação aos sensores digitais diretos ou indiretos.
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Saiba mais
Atualmente, existem no mercado internacional aparelhos radiográficos intraorais totalmente portáteis com funcionamento a bateria, mas que ainda
não têm regularização para comercialização no mercado brasileiro.
Técnicas radiográ�cas intraorais
As técnicas intraorais são um conjunto de técnicas com indicações específicas que têm em comum o fato de serem realizadas com o aparelho
intraoral e de o receptor permanecer dentro da boca durante o exame. As técnicas intraorais são:
• técnica periapical;
• técnica interproximal;
• técnica oclusal;
• técnicas de localização.
Agora, vamos falar de cada uma!
Técnica periapical
O nome deriva da área radiografada: além do dente, a região óssea que o circunda, especialmente a região em torno do ápice radicular (região
periapical). Existem duas técnicas periapicais: a técnica da bissetriz e a do paralelismo. A técnica da bissetriz foi proposta em 1907, apenas 12 anos
após a descoberta dos raios X, sendo suplantada pela técnica do paralelismo, que surgiu em 1920, mas ainda é utilizada.
Técnica da bissetriz
O princípio físico que norteia essa técnica baseia-se na lei isométrica de Ciezinski: “a imagem projetada tem o mesmo comprimento e as mesmas
proporções do objeto, desde que o feixe de raios X central seja perpendicular à bissetriz do ângulo formado pelo filme e o objeto”.
Comentário
Talvez você ache complicado o trecho apresentado, que é uma explicação clássica da técnica, mas, a seguir, explicaremos de outra forma.
O ideal seria que o receptor de imagem e o eixo central do dente radiografado estivessem alinhados, paralelos entre si. Assim, não haveria distorção
na formação da imagem radiográfica. Contudo, como na técnica da bissetriz o paciente mantém o receptor na boca com um dos dedos, empurrando
o mesmo contra a coroa do dente, receptor e dente acabam se tocando em uma das extremidades e não na outra, formando um ângulo entre si. Veja
na imagem a seguir.
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Representação da técnica da bissetriz.
Se uma bissetriz (plano bissetor imaginário) for traçada dividindo esse ângulo ao meio, basta incidir o feixe de radiação de frente para essa bissetriz
(perpendicularmente) para obter uma imagem radiográfica final com o mesmo tamanho do dente radiografado. Como não é possível, e nem seria
prático realizar o cálculo para determinar a bissetriz toda vez que uma radiografia fosse executada, existe uma tabela que fornece os ângulos médios
ideais para cada grupo de dentes. Veja a seguir.
Projeção Maxila Mandíbula
Incisivos + 40 graus - 15 graus
Caninos + 45 graus - 20 graus
Pré-molares + 30 graus - 10 graus
Molares + 20 graus - 5 graus
Tabela com ângulos médios para a técnica da bissetriz.
Extraída de: White; Pharoah, 2015, p. 257.
Todos os equipamentos intraorais têm um marcador do ângulo do cabeçote na articulação deste com o braço do dispositivo. Ângulos positivos
indicam cabeçote apontando para baixo, ângulos negativos significam cabeçote inclinado para cima.
Para que a tabela funcione, é importante que o paciente seja posicionado de forma padronizada no momento do exame. O plano sagital mediano
sempre deve estar perpendicular ao solo; além disso, o plano de Camper (trago–asa do nariz) deve estar paralelo ao solo para o exame dos dentes
superiores e a linha trago–comissura labial deve estar paralela ao solo durante as radiografias dos dentes inferiores. Veja as imagens a seguir.
Plano sagital mediano perpendicular ao solo.
Plano de Camper paralelo ao solo.
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Linha trago–comissura labial paralela ao solo.
O receptor é posicionado atrás do dente que será radiografado; como os receptores são retangulares, medindo aproximadamente 3 x 4 cm, nos casos
dos dentes anteriores (incisivos e caninos), o receptor é colocado verticalmente. Nos exames dos dentes posteriores (pré-molares e molares) o
receptor é colocado horizontalmente.
A manutenção do receptor na boca é feita utilizando o dedo polegar ou indicador da mão oposta ao lado a ser radiografado. Isso é um dos maiores
inconvenientes da técnica, pois a mão do paciente deve ser higienizada antes do exame; além disso, é comum o paciente deixar o receptor sair da
posição ou até mesmo cair acidentalmente, o que pode danificar sensores digitais. Veja as imagens a seguir.
Técnica da bissetriz para molares da maxila.
Radiografia de molares da maxila obtida pela técnica da bissetriz.
A região de incidência na face do paciente é determinada visualmente, a fim de irradiar toda a superfície do receptor. Todavia, na técnica da bissetriz,
a irradiação parcial do receptor (colimação da película/sensor) é um erro recorrente. Veja, como exemplo, a radiografia de molares da maxila obtida
pela técnica da bissetriz.
Técnica do paralelismo
Nessa técnica, utiliza-se dispositivos (posicionadores radiográficos) esterilizáveis, que têm a função de realizar a manutenção do filme na boca,
posicionar o receptor de imagem paralelamente ao eixo central do dente e definir para o operador o local a ser irradiado, eliminando os erros de
colimação. O posicionador tem uma área para a inserção do receptor de imagem, uma região para o paciente morder e um aro, que indica onde
irradiar. Veja as imagens a seguir.
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Representação do posicionador (cinza) portando o receptor de imagem (azul).
Tipos de posicionadores radiográficos.
No paralelismo, não é necessário usar a tabela de ângulos médios; basta ajustar o cilindro localizador do cabeçote ao posicionador radiográfico. O
índice de erros nessa técnica é significativamente menor e a qualidade final da imagem é superior.
Técnica do paralelismo para a região de canino da maxila.
Radiografia de canino da maxila obtida pela técnica do paralelismo.
Para radiografar todos os dentes de um paciente pela técnica periapical, são necessárias 14 radiografias: sete da arcada superior e sete da arcada
inferior. As radiografias são realizadas por grupos: molares, pré-molares, canino e incisivo lateral, incisivos centrais.
Técnica interproximal
A técnica interproximal tem como função visualizar as interfaces entre os dentes posteriores. Esse método tem grande aplicação clínica, pois tais
áreas são muito suscetíveis à incidência de cáries.
A radiografia é realizada com o paciente com os dentes em oclusão, com o receptor atrás dos dentes posteriores. Assim, dessa forma, a imagem
gerada contém tanto a coroa dos dentes superiores como a dos inferiores. São realizadas quatro tomadas de cada paciente, duas de cada lado, para
abranger todas as faces proximais dos dentes posteriores. Veja a seguir o esquema da técnica e as radiografias.
Esquema da técnica interproximal.
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Radiografias interproximais.
Também é utilizado um posicionador específico com características semelhantes às do paralelismo. Veja!
Técnica interproximal com posicionador e radiografia obtida.
O ângulo de incidência do feixe de raios X é crucial; o operador deve ajustá-lo visualmente, de forma que a radiação passe paralela às faces
proximais dos dentes posteriores, pois, caso contrário, haverá sobreposição das imagens das faces na radiografia.
Ângulo de incidência dos raios X na técnica interproximal.
Técnica oclusal
A técnica oclusal tem como particularidade utilizar um receptor maior para receber a imagem (5,7 x 7,5 cm), permitindo a visualização de ampla
porção da arcada superior ou inferior.
Comparação do tamanho da película oclusal (esquerda) com a periapical (direita).
Para executar a técnica, utiliza-se metodologia parecida com a da técnica da bissetriz. Para a radiografia oclusal da maxila, as diretrizes são: plano
sagital mediano (PSM) perpendicular ao solo; plano oclusal paralelo ao solo; o paciente mantém o receptor em posição mordendo com pouca força;
por fim, o cabeçote deve ser orientado com uma inclinação de + 45 graus, incidindo frontalmente na região do ápice do nariz. Veja a seguir.
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Técnica oclusal superior com película e a radiografia obtida.
Para a mandíbula, as diretrizes são: plano sagital mediano (PSM) perpendicular ao solo; inclina-se a cadeira, para que seja possível posicionar o
plano trago–comissura labial perpendicular ao solo; o paciente mantém o receptor em posição, mordendo com pouca força; o cabeçote deve ser
orientado com uma inclinação de 0 grau, o feixe central incide na região do assoalho da boca.
Técnica oclusal inferior com película e a radiografia obtida.
Curiosidade
Alguns pacientes podem apresentar a formação de cálculos mineralizados que obstruem o ducto da glândula submandibular (sialolitíase). Para a
confirmação diagnóstica, pode ser feita uma radiografia oclusal inferior com baixo tempo de exposição.
álculos mineralizados
Cálculo no ducto da glândula submandibular direita.
Técnicas de localização
Algumas condições clínicas podem requerer a localização, no sentido vestíbulo-lingual, de um dente não erupcionado ou de um corpo estranho, por
exemplo. Normalmente esses casos demandam tratamento cirúrgico e é preciso saber a localização exata para se determinar o melhor acesso
cirúrgico. Para tal tarefa, existem as técnicas de Miller-Winter, Donovan e Clark. Conheça cada uma dessas técnicas:
Técnica de Miller-Winter
É uma variação da técnica oclusal que utiliza receptor do tipo periapical. Vamos avaliar um caso clínico para compreender a indicação e a aplicação
da técnica:
Ao se observar um dente não erupcionado na arcada inferior em uma radiografia periapical, sabemos sua localização nos sentidos superior-inferior e
anterior-posterior. Porém, é impossível determinar se o dente se encontra em uma posição mais vestibular (em direção ao lado da bochecha) ou
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lingual (em direção ao lado da língua). A técnica de Miller-Winter permite constatar que a coroa do dente incluso está voltada para a face lingual da
mandíbula (seta amarela na imagem ao lado).
Radiografia periapical (superior) e radiografia pela técnica de Miller-Winter (inferior).
O posicionamento, a manutenção do receptor e a incidência do feixe de raios X são como na técnica oclusal, porém centralizando-se o feixe apenas
no receptor periapical (3 x 4 cm).
Técnica de Miller-Winter.
Técnica de Donovan
É uma variação da técnica de Miller-Winter para a região de terceiros molares inferiores. Quando os sisos inferiores não erupcionam, podem se
encontrar em posição horizontal abaixo do ramo mandibular. Uma pequena variação no posicionamento do receptor e na angulação do cabeçote
permite visualizar essa área:
Posicionamento do receptor na técnica de Donovan.
O receptor não é colocado sobre os dentes, mas sim apoiado na borda anterior do ramo mandibular e mantido em posição com o dedo indicador do
lado oposto a ser radiografado. Como o ponto de referência para a incidência dos raios X é o ângulo da mandíbula, pede-se ao paciente que gire a
cabeça na direção oposta a ser radiografada e direciona-se o feixe central de forma que incida perpendicularmente ao receptor.
Posicionamento do paciente e do cabeçote na técnica de Donovan.
Veja a seguir, na imagem apresentada, o ganho de área radiografada no sentido posterior,permitindo a completa visualização do siso inferior (seta
amarela).
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Radiografia pela técnica de Miller-Winter (esquerda) e pela técnica de Donovan (direita).
Técnica de Clark
Esse método, usado na maxila e mandíbula, é realizado por meio da combinação de duas tomadas periapicais com angulações diferentes. A técnica
usa o princípio físico da paralaxe:
• quando dois objetos estão alinhados, o mais próximo do observador encobre o mais distante;
• se os objetos permanecem imóveis, mas o observador se desloca para a direita ou esquerda, os objetos deixam de estar alinhados com a sua visão;
• quando o observador se move, tem a impressão de que o objeto mais distante se moveu na mesma direção que ele.
Saiba mais
Faça uma experiência agora mesmo para compreender o princípio da paralaxe! Alinhe o dedo indicador e médio na frente de um dos olhos
(mantenha o outro fechado). O dedo médio, que está atrás, fica encoberto pelo indicador. Desloque a cabeça para a direita e depois para a esquerda.
Note que, apesar de não mover os dedos, ao deslocar a cabeça, temos a sensação de que o dedo médio se desloca no mesmo sentido e que o dedo
indicador se move no sentido contrário da cabeça. Veja a imagem a seguir.
Experiência para compreender o princípio da paralaxe.
A realização de duas radiografias consegue reproduzir isso. Veja a seguir.
Ortorradial
É necessária uma tomada alinhada, com a angulação de incidência normal.
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Mesiorradial
E uma tomada com deslocamento de 15 graus do ângulo de incidência em direção à linha média.
Distorradial
Ou uma tomada com deslocamento de 15 graus em direção posterior.
Nas radiografias finais, nota-se que duas estruturas que estejam sobrepostas na radiografia ortorradial vão se deslocar, nas tomadas mesiorradial e
distorradial, no mesmo padrão observado com os dedos. As estruturas que acompanharem a direção de deslocamento do cabeçote estão mais
distantes, ou seja, inclusas em posição mais lingual. As estruturas que se deslocarem no sentido contrário ao cabeçote estão em posição vestibular.
Projeção distorradial (esquerda) e projeção ortorradial (direita).
Na imagem, podem ser vistas duas projeções de uma técnica de Clark para a localização de corpo estranho metálico incluso na maxila. Nota-se que,
na projeção ortorradial (à direita), o objeto está sobreposto ao dente 11 (incisivo central superior direito). Na projeção distorradial (à esquerda), vemos
que o objeto se desloca em direção à linha média, ou seja, no sentido contrário. Logo, podemos afirmar que o objeto está incluso na face vestibular
da maxila, e não no palato.
Exames intraorais
Neste vídeo, o especialista simula alguns exames intraorais: bissetriz e paralelismo. Ele também explica a regra do Z de Mataldi e o posicionamento
dos dentes em função das estruturas externas da face.

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Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Qual a função do filtro de alumínio localizado na saída do cabeçote do aparelho radiográfico intraoral?
A
Colimar o feixe central de raios X, com intuito de diminuir seu diâmetro e, assim, reduzir a dose de radiação absorvida pelo
paciente em um exame intraoral.
B Colimar o feixe central de raios X, com intuito de aumentar a qualidade do exame radiográfico intraoral.
C Impedir que raios X formados com grande comprimento de onda incidam no paciente, melhorando assim a qualidade do exame.
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Parabéns! A alternativa E está correta.
O colimador, não o filtro de alumínio, tem a função de diminuir o diâmetro do feixe de raios X e reduzir a dose de radiação. O intuito da colocação
do filtro de alumínio na saída do cabeçote é realmente impedir que raios X formados com grande comprimento de onda incidam no paciente,
uma vez que têm menor poder de penetração e não conseguem ultrapassar o filtro. Dessa forma, apenas os raios com bom potencial de
penetração incidem sobre paciente, melhorando a qualidade do exame e diminuindo a dose de radiação absorvida por ele.
Questão 2
Qual a técnica intraoral ideal para saber se um dente incluso na maxila está em posição vestibular ou palatina (lingual)?
Parabéns! A alternativa B está correta.
As técnicas oclusal e periapical até podem ser utilizadas na maxila para a visualização do dente incluso, mas não permitem determinar sua
localização no sentido vestíbulo-lingual. As técnicas de Donovan e Miller-Winter apenas se aplicam à mandíbula, onde não existem
sobreposições com demais estruturas do crânio. A técnica de Clark é o único método radiográfico que permite a localização no sentido vestíbulo-
lingual de estruturas da maxila.
D
Impedir que raios X formados com grande comprimento de onda incidam no paciente, diminuindo assim a dose de radiação
absorvida pelo paciente em um exame intraoral.
E
Impedir que raios X formados com grande comprimento de onda incidam no paciente, melhorando assim a qualidade do exame e
diminuindo a dose de radiação absorvida pelo paciente em um exame intraoral.
A Técnica oclusal.
B Técnica de Clark.
C Técnica de Donovan.
D Técnica periapical.
E Técnica de Miller-Winter.
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2 - Aparelho e técnicas radiográ�cas extraorais
Ao �nal deste módulo, você será capaz de conhecer o aparelho e os empregos das técnicas radiográ�cas extraorais.
Equipamentos radiográ�cos extraorais
Neste módulo, vamos estudar as características dos aparelhos radiográficos odontológicos extraorais. Como fator em comum entre esses aparelhos,
temos que todas as tomadas são realizadas com o receptor de imagem fora da cavidade oral e que as imagens obtidas abrangem grandes áreas.
Como a fonte de raios X e o receptor de imagem estão em lados opostos do crânio, nas técnicas extraorais, é preciso que o feixe de radiação
ultrapasse toda a cabeça do paciente. Por isso, nestes aparelhos são aplicados maiores valores de quilovoltagem, usualmente entre 80 e 100 kV, a
miliamperagem é ajustável, variando entre 10 e 20 mA.
Em contraste com os aparelhos intraorais, os aparelhos extraorais têm dimensões significativamente maiores, alto
custo de aquisição e manutenção e maior complexidade de operação. São aparelhos raramente encontrados em
consultórios odontológicos no Brasil, sendo praticamente exclusivos de clínicas de grande porte, serviços de
radiologia odontológica e faculdades de Odontologia.
Os aparelhos extraorais são multifuncionais, tendo duas estações distintas, integradas no mesmo corpo, mas desenhadas para executar diferentes
tipos de técnicas radiográficas. Podemos separar então, em relação ao modo de funcionamento, as estações do aparelho extraoral em estação
estática e estação dinâmica.
Equipamento radiográfico extraoral.
Na imagem, podemos ver a paciente posicionada na estação dinâmica, que fica junto ao corpo do aparelho, e o braço horizontal sustentando a
estação estática à esquerda. Além dos componentes citados, o aparelho também tem um painel de controle e um disparador externo.
O aparelho extraoral apresenta apenas uma ampola, localizada na estação dinâmica, porém ela serve às duas estações. Quando se opta pelo uso da
estação estática no painel de comando, o aparelho, automaticamente, posiciona a fonte de raios X direcionada para ela. Atualmente, são produzidos
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apenas equipamentos extraorais com receptores de imagem digitais.
Estação estática
É a parte do aparelhousada para realizar as técnicas radiográficas sem o emprego de movimento. Duas características são importantes, a distância
focal e a posição da cabeça. Veja!
Distância focal
É a distância entre a fonte de raios X e o centro da área irradiada. É padronizada em 5 pés (1,524 m) na estação estática. O braço horizontal do
aparelho, que sustenta a estação estática, é o responsável por manter essa distância.
A posição da cabeça
Para o ajuste e a fixação da cabeça, todos os aparelhos extraorais são providos de uma ferramenta chamada cefalostato que é um conjunto de três
hastes móveis que permite apoio da cabeça enquanto promove o alinhamento do crânio ao feixe de raios X.
As olivas do cefalostato (pontas das hastes laterais) são introduzidas bilateralmente no ouvido, colocando-o no mesmo plano e, posteriormente, a
haste frontal é ajustada na glabela (concavidade entre a testa e o nariz) para que o plano de Camper seja ajustado paralelo ao solo. O cefalostato
tem duas configurações: pode posicionar o paciente de frente para o receptor de imagem ou, após um giro de 90 graus, colocar o paciente de lado
para o receptor.
Ajuste do cefalostato.
As principais técnicas obtidas nessa estação, sempre com o uso do cefalostato, são a telerradiografia lateral e a telerradiografia frontal, as quais
veremos a seguir.
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Cefalometria
O uso mais comum das telerradiografias laterais e frontais é servir de base para a análise cefalométrica radiográfica (cefalometria). As séries de
medidas lineares e angulares, usando pontos de referência em estruturas cranianas, nas arcadas dentárias e nos tecidos moles da face, têm papel de
diagnóstico na ortodontia. Essas aferições podem ser computadorizadas ou ser feitas manualmente sobre a radiografia.
Análise cefalométrica lateral computadorizada.
As telerradiografias frontais têm papel crucial na detecção, na mensuração e no tratamento de assimetrias faciais.
Análise cefalométrica frontal.
Estação dinâmica
Nas radiografias obtidas na estação estática dos aparelhos extraorais, o feixe de radiação atravessa todo o crânio, fazendo com que todas as
estruturas anatômicas pelas quais passou apareçam de forma sobreposta na imagem final, o que dificulta a interpretação e a visualização de alguns
reparos. Entretanto, no segmento dinâmico do aparelho, são realizadas radiografias do tipo tomografia linear não computadorizada (técnica que
combina o movimento da fonte de raios X e do receptor), permitindo, assim, a formação da imagem de apenas uma camada específica do crânio.
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A rotação dessa estação em torno cabeça do paciente cria um campo focal que segue a curvatura do rosto, uma
área na qual os objetos inclusos são claramente mostrados. Objetos que estejam diante ou atrás desse campo focal
ficam turvos e, na maioria das vezes, não são vistos.
O tipo de radiografia realizada na estação dinâmica é determinado pela região escolhida para ser o campo focal, sendo a radiografia panorâmica e a
radiografia da articulação temporomandibular (A.T.M.).
Radiogra�a panorâmica
Quando a opção para radiografia panorâmica é selecionada no painel de comando, o aparelho trabalha de forma que a zona focal compreenda as
arcadas dentárias e o osso de suporte maxilar e mandibular.
Radiografia panorâmica.
O papel do operador é posicionar corretamente o paciente de acordo com o indicado por cada fabricante e solicitar que ele fique imóvel. Usualmente,
isso consiste em um processo parecido com o do ajuste do cefalostato. Na tomada panorâmica, o paciente morde, com os dentes anteriores, uma
haste, para que o aparelho tenha a referência da posição das arcadas e, posteriormente, duas hastes laterais fazem a estabilidade da cabeça.
Posicionamento para a realização da radiografia panorâmica.
Para auxiliar o correto alinhamento do paciente no momento do posicionamento, o aparelho projeta sobre a face duas linhas luminosas de laser para
o ajuste do plano sagital mediano (que deve ficar perpendicular ao solo) e do plano de Camper (que deve ficar paralelo ao solo). Por fim, o operador
ajusta os parâmetros de irradiação no painel de comando.
Ajuste dos parâmetros de irradiação.
Assim como os aparelhos intraorais, os aparelhos extraorais também têm ferramentas de atalho para auxiliar na escolha dos parâmetros de
irradiação.
Atenção!
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Nas radiografias panorâmicas, o tempo de exposição não pode ser alterado, pois a velocidade de rotação da estação dinâmica é um dos principais
fatores que determinam a localização do campo focal.
Radiogra�a da articulação temporomandibular
Quando a opção para radiografia da A.T.M é selecionada no painel de comando, o aparelho ajusta seu movimento em torno do paciente para que a
zona focal compreenda as duas articulações temporomandibulares, ou seja, bilateralmente. Como é clinicamente relevante avaliar as articulações
em posição de boca fechada e de boca aberta, pois as relações ósseas são diferentes nas duas condições, o aparelho descreve dois giros com
irradiação em torno do paciente.
O operador deve posicionar o paciente como na tomada panorâmica e realizar o primeiro disparo com o paciente em oclusão dentária; depois, deve
solicitar que o paciente realize a abertura da boca (o máximo que puder), verificar se o paciente não saiu da posição correta e realizar o segundo
disparo. O equipamento ajusta a série de quatro imagens na radiografia final automaticamente.
Radiografia da A.T.M.
O tempo de exposição também é fixo, como na panorâmica, mas como os raios X precisam penetrar áreas ósseas densas da base do crânio para
produzir a imagem das articulações, os parâmetros de irradiação variáveis (kV e mA) precisam ser elevados em relação à técnica panorâmica.
Patologias investigadas com as técnicas extraorais.
Neste vídeo, o especialista irá apontar as principais patologias diagnosticadas com os métodos extraorais e as respectivas justificativas pelo uso do
método.

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Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Dentre as afirmações a seguir, quais são aquelas que dizem respeito ao que acontece APENAS quando a distância focal é aumentada?
I - Ocorre aumento do tamanho da imagem do objeto radiografado.
II - Ocorre diminuição do tamanho da imagem do objeto radiografado.
III - É preciso aumentar a dose de radiação para se obter boa qualidade de imagem.
IV - É preciso diminuir a dose de radiação para se obter boa qualidade de imagem.
V - Não é preciso alterar a dose de radiação quando se varia a distância focal.
A I e III.
B II e III.
C I e IV.
D II e IV.
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Parabéns! A alternativa B está correta.
Aqui, precisamos avaliar dois conceitos diferentes: a formação física da imagem e a atenuação dos raios X pela distância. A imagem
radiográfica se comporta fisicamente como uma sombra, portanto sempre que a fonte de radiação se aproximar do objeto, sua imagem será
ampliada. Ao afastarmos a fonte do objeto, a imagem diminui. Todavia, ao aumentar a distância do aparelho ao objeto, é preciso aumentar os
parâmetros de irradiação (tempo de exposição, kV e mA), pois quanto maior a distância a ser percorrida pelos raios X, mais eles perdem poder de
penetração. Como esses parâmetros são os mesmos que determinam a dose de radiação final absorvida pelo paciente, ao aumentá-los,
aumentamos também a dose.
Questão 2
É papel do operador, ao executar uma radiografia pela técnica extraoral panorâmica:
Parabéns! A alternativaC está correta.
Os planos de referência para todas as radiografias extraorais são o plano sagital mediano e o plano de Camper. A técnica panorâmica utiliza
movimento para a aquisição de imagem apenas no campo focal, região de interesse. Porém, o movimento ocorre apenas na fonte de raios X e
no receptor de imagem. Para que a imagem não fique borrada, o paciente deve permanecer imóvel durante todo o exame. O tempo de disparo
está diretamente relacionado à velocidade do movimento da estação dinâmica, que, por sua vez, determina a localização do campo focal. Dessa
forma, na técnica panorâmica, o tempo de exposição é fixo, o operador apenas seleciona o kV e mA.
E II e V.
A
Permitir que o paciente se posicione e ajuste o plano sagital mediano e o plano trago–comissura labial utilizando as referências
luminosas do aparelho; estabilizar a cabeça do paciente com as hastes móveis; escolher kV e mA para a irradiação; solicitar que
o paciente não se mova; efetuar o disparo.
B
Posicionar o paciente; ajustar o plano sagital mediano e o plano trago–comissura labial utilizando as referências luminosas do
aparelho; estabilizar a cabeça do paciente com as hastes móveis; escolher tempo de exposição e kV para a irradiação; solicitar
que o paciente não se mova; efetuar o disparo.
C
Posicionar o paciente; ajustar o plano sagital mediano e o plano de Camper utilizando as referências luminosas do aparelho;
estabilizar a cabeça do paciente com as hastes móveis; escolher kV e mA para a irradiação; solicitar que o paciente não se mova;
efetuar o disparo.
D
Posicionar o paciente; ajustar o plano sagital mediano e o plano de Camper utilizando as referências luminosas do aparelho;
estabilizar a cabeça do paciente com as hastes móveis; escolher kV e mA para a irradiação; solicitar que o paciente se mova
lentamente durante o exame; efetuar o disparo.
E
Posicionar o paciente; ajustar o plano sagital mediano e o plano de Camper utilizando as referências luminosas do aparelho;
estabilizar a cabeça do paciente com as hastes móveis; escolher tempo de exposição e kV para a irradiação; solicitar que o
paciente não se mova; efetuar o disparo.
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3 - Tipos de receptores de imagens odontológicas
Ao �nal dete módulo, você será capaz de comparar os tipos de receptores de imagens odontológicas.
Tipos de receptores de imagem
Neste módulo, acompanharemos a evolução do receptor de imagem e evidenciaremos as vantagens e desvantagens de cada tipo. Também vamos
debater como se dá a formação da imagem radiográfica e os fatores que interferem no processo.
Existe dois grupos de receptores, o filme radiográfico intraoral e os receptores digitais. Veja a seguir.
Filme radiográ�co
Foi o primeiro receptor desenvolvido, mas ainda permanece no mercado, principalmente pela simplicidade de uso e pelo baixo custo do sistema;
contudo, atualmente, está restrito às técnicas intraorais.
Receptores digitais
Estes permanecem em evolução e vêm se tornando mais acessíveis. Como todas as ciências, a Odontologia tem absorvido cada vez mais as
ferramentas digitais e está abandonando o uso de prontuários físicos.
No cenário atual, o domínio dos diferentes tipos de sensores radiográficos digitais nos consultórios, frente ao filme analógico, é uma questão de
tempo.
Filme radiográ�co intraoral
Ainda muito utilizado no Brasil, o filme radiográfico exige pouco investimento e produz uma imagem radiográfica totalmente satisfatória para
diagnóstico, que pode ser arquivada por longos períodos, se processada e mantida corretamente.

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As principais desvantagens do método são:
• requer a compra constante dos líquidos de processamento;
• é preciso existir uma área no consultório/clínica destinada apenas à revelação;
• o arquivamento das imagens toma espaço físico;
• as películas internas não suportam altas temperaturas e umidade;
• o tempo total para a obtenção da radiografia é consideravelmente maior do que nos métodos digitais (impactando no tempo de atendimento do
paciente);
• as imagens apresentam qualidade inferior às digitais.
Além de todos esses fatores, ainda existe uma questão ética: como os sensores digitais são mais sensíveis e exigem menor irradiação, a dose de
radiação absorvida pelo paciente é maior durante o uso dos filmes intraorais.
Composição do �lme radiográ�co intraoral
A película radiográfica tem quatro componentes básicos, sendo um invólucro de proteção, uma base, duas camadas de emulsão que revestem uma
película plástica e uma lâmina de chumbo. Veja a seguir mais detalhes de cada componente.
Invólucro de proteção
A película formadora de imagem interna ao filme deve ser protegida da luz e da saliva, que podem interagir com a emulsão e a arruinar. Logo, o
invólucro deve ser opaco à luz visível, impedindo totalmente sua passagem, e impermeável. Para obter todas essas propriedades, o invólucro é
formado por duas camadas, cada uma com sua finalidade.
Composição do filme radiográfico intraoral.
A camada mais externa é um envoltório de vinil, selado em sua abertura, que impede a entrada de umidade. A segunda camada é formada por um
papel de cor preta, que envolve toda a película, ajudando para que não entre luz por reflexo. Entre o papel e o envoltório de vinil, é colocada a lâmina
de chumbo.
Emulsão
É a parte sensível aos raios X e à luz visível, portanto é a camada responsável por formar a imagem radiográfica.
A emulsão é uma espécie de gelatina endurecida rica em cristais halogenados de prata.
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Quando a película é exposta aos raios X, os cristais se modificam quimicamente devido à interação com os fótons de radiação. Posteriormente,
quando o filme é imerso nas soluções processadoras, a emulsão se hidrata e volta à forma gelatinosa, permitindo a absorção dos líquidos. Mais uma
vez, os cristais de prata sofrerão a ação externa, mas dessa vez do revelador e do fixador, permitindo a formação da imagem radiográfica, processo
que veremos com detalhes a seguir.
Base
Formada por um tipo de poliéster sólido, a base deve ter quatro características:
Composição da película formadora de imagem.
• ser firme o suficiente para conferir suporte à emulsão, que amolece durante o processamento, e permitir o manuseio do filme;
• ser flexível para se moldar a algumas regiões da cavidade oral e não ferir o paciente;
• resistir à exposição às substâncias químicas componentes dos líquidos processadores sem sofrer alterações;
• apresentar alto nível de transparência (tom azulado), a fim de não interferir na visualização da imagem radiográfica final.
Saiba mais
A base tem um tom azulado, pois imagens de fundo azul apresentam maior resolução espacial para o cérebro humano. Resolução espacial é a
capacidade de diferenciação de dois pontos adjacentes em uma imagem.
Lâmina de chumbo
A folha de chumbo é colocada na região traseira do filme, entre a película e a face posterior, que não é irradiada, e tem duas funções: diminuir a dose
de radiação recebida pelo paciente e melhorar a qualidade da imagem, pois absorve a radiação secundária.
Após os raios X incidirem na película e provocarem a formação da imagem latente, estão atenuados, devido à passagem pelos tecidos e pela
película, mas ainda têm poder de penetração para continuarem seu trajeto. Todavia, a radiação que ultrapassa a película aumenta inutilmente a dose
final e ainda gera radiação secundária ao se chocar com as estruturas presentes.
Saiba mais
A lâmina de chumbo impede a progressão de grande parte dessa radiação, diminuindo a dose absorvida total e impedindo que a radiação secundária
retorne à película, criando o fenômeno conhecido como fog, que reduz o contraste da imagem e, logo, a resoluçãoespacial.
Processamento
O processamento manual é realizado na seguinte ordem:
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Após a exposição, cada cristal de brometo de prata na emulsão que foi exposto aos raios X tem átomos neutros de prata, que são sensíveis à
revelação e formam a imagem. O revelador converte os cristais irradiados em cristais metálicos de prata negra, formando as áreas escuras da
radiografia. Áreas ósseas menos densas e tecidos moles permitem a passagem de grande parte da radiação, formando imagens escuras
(radiolúcidas).
O fixador remove os cristais de brometo de prata não processados e não expostos, deixando o filme transparente em áreas não expostas, formando,
assim, as áreas claras da radiografia. Estruturas densas ou com materiais de alto número atômico, como esmalte e restaurações metálicas,
dificultam a passagem dos raios X, gerando imagens claras (radiopacas).
Métodos de processamento na prática odontológica
Podem ser divididos em método manual e automático. Vejamos a seguir.
Método manual
Em consultórios amplos, pode ser montada uma câmara escura do tipo quarto em um cômodo independente. Nessa área, completamente vedada à
entrada de luz, são colocados frascos com as soluções processadoras e água, além de uma lâmpada de segurança, que permite a visualização do
ambiente sem velar (escurecer por entrada de luz visível) as películas.
Câmara escura portátil
Todavia, o mais comum em odontologia é o uso das câmaras escuras portáteis. São pequenos dispositivos com entrada para as mãos, protegidas
por mangas, para que a luz não entre. Elas alojam quatro frascos com, respectivamente, revelador, água, fixador e água. Sendo feita do lado de fora
apenas a etapa de secagem. Na parte superior, existe uma tampa acrílica transparente, que filtra o espectro de luz que pode danificar a emulsão, e
permite que o operador visualize todo o procedimento. Essa tampa acrílica funciona como a luz de segurança da câmara escura.
Saiba mais
A tampa acrílica da câmara escura portátil, assim como o filtro da luz de segurança da câmara escura convencional, não é vermelha. O espectro de
luz vermelho tem alto poder de sensibilização do filme, o que comprometeria a qualidade final da imagem e, por isso, a cor é âmbar.
Método automático
Podem ser utilizadas máquinas para a realização automática de todas as etapas do processamento. O filme é aberto em uma câmara escura do tipo
quarto (convencional) e a película é inserida na entrada da processadora. Após alguns minutos, reaparece na saída, revelada, fixada, lavada e seca.
1
Mergulhar a película irradiada
no revelador.
2
Lavar a película no banho de
água intermediário.
3
Mergulhar a película no
fixador.
4
Lavar a película no banho de
água final.
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Esse método é mais simples e rápido, pois utiliza soluções com maiores concentrações e aquecidas; contudo, é mais caro, já que é preciso construir
uma câmara escura e adquirir o equipamento automático.
Processadora automática de películas intraorais.
Curiosidade
Este método está em vias de extinção, pois, em vez de investir em equipamentos analógicos, que demandam a compra contínua de solução de
processamento para sua alimentação, os profissionais preferem optar pela compra de sistemas digitais modernos.
Receptores digitais
Nos sensores digitais, o receptor é formado por um número fixo de pixels, capazes de captar o sinal radiográfico. Cada pixel capta a radiação que
chega a ele e a converte em uma corrente elétrica. Uma maior quantidade de raios X gera uma corrente mais alta e vice-versa. O valor de corrente
atribuída a um pixel representa a densidade óptica (grau de enegrecimento) da imagem.
Formação da imagem digital.
Atenção!
Devido à sua tecnologia, os receptores digitais, independentemente do modelo, são mais sensíveis que qualquer filme analógico. Assim, o operador
sempre deve reduzir o tempo de exposição nas tomadas intraorais quando trocar a película por um sensor digital.
Existem, basicamente, duas tecnologias para a captação digital da imagem radiográfica: os detectores diretos e os detectores indiretos. Vejamos a
seguir!
Detectores diretos (sistema DR)
Sistema de radiografia panorâmica com DR.
Também conhecidos como detectores de estado sólido, pois armazenam a carga gerada pelos raios X em elementos semicondutores sólidos. São
utilizados nos aparelhos odontológicos extraorais (são os receptores da estação estática e dinâmica), nos quais ficam embutidos, e não podem ser
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vistos externamente. Também existem modelos para exames intraorais.
É o sistema mais rápido que existe, disponibilizando a imagem gerada de forma praticamente imediata na tela do
computador.
Sistema com receptor (detector) direto.
São conectados diretamente ao computador que controla o sistema. No caso dos receptores intraorais, existe um cabo ligando o sensor ao
computador, além de um invólucro plástico para protegê-los na boca.
Apesar de terem uma área útil similar à da película (3 x 4 cm), têm um volume bem maior, devido à estrutura interna, ao tamanho do invólucro e à
área de fixação do cabo. Como esses sensores também não são flexíveis, o tamanho e a rigidez são desvantagens desse sistema. Outro
inconveniente é a fragilidade, uma vez que o sensor pode ser danificado por quedas ou mordidas acidentais e o cabo pode sofrer avarias.
Detectores indiretos (sistema CR)
São detectores de elementos fosfóricos, combinados com fluoreto de bário e európio. Utilizados apenas para técnicas intraorais na odontologia, são
placas finas e flexíveis, sem cabos atrelados, que armazenam a energia da radiação e posteriormente liberam essa energia em forma de
fosforescência, quando varridas por uma luz com comprimento de onda específico.
A placa tem uma base de poliéster, como a das películas analógicas, com uma camada externa impregnada com os princípios ativos do sistema.
Durante a tomada intraoral, é colocada dentro de um invólucro plástico descartável e irradiada. Posteriormente, a placa é inserida em um aparelho
leitor, que emana luz com comprimentos de onda apropriados e capta a imagem radiográfica. Após a captura da imagem, a placa é exposta pelo
próprio leitor a outro espectro de luz, que apaga a imagem latente e a deixa pronta para a próxima radiografia.
Atenção!
O sistema indireto é mais confortável para o paciente e permite melhor manipulação por parte do operador. Além disso, as placas não se danificam
com quedas. É um sistema mais caro devido à necessidade de aquisição do leitor. As placas têm vida útil e precisam ser trocadas eventualmente.
Além disso, o tempo para a aquisição da imagem é maior do que no sistema direto.
Revelação
Neste vídeo, o especialista irá realizar o processo de revelação.

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Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Analise as afirmativas a respeito da composição do filme radiográfico intraoral:
I. A camada externa de vinil impede a entrada de saliva, que pode danificar a emulsão, comprometendo a qualidade final do exame.
II. A função do papel negro que envolve a película é protegê-la da luz.
III. A base da película é rígida, o que pode incomodar o paciente, dependendo da região radiografada.
IV. A lâmina de chumbo tem dupla função, diminuir a dose de radiação absorvida e melhorar a qualidade da imagem.
Qual a alternativa representa a ordem correta?
A V– V – V – F
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Parabéns! A alternativa D está correta.
A camada externa deve ser impermeável,pois qualquer umidade pode gelificar a emulsão e atrapalhar a formação da imagem latente. A camada
de papel escuro tem como única função impedir a passagem de luz, enquanto a lâmina de chumbo exerce duas funções: segurar os raios X para
que não penetrem as estruturas atrás do filme, o que aumenta a dose de radiação e piora a qualidade do exame. Porém, a base de poliéster é
flexível, permitindo bom ajuste à cavidade oral.
Questão 2
Assinale a alternativa correta:
Parabéns! A alternativa B está correta.
O sistema digital direto tem como características: pouco tempo de cadeira, pois a imagem aparece quase imediatamente na tela, valor mais
acessível, sensor com maior volume, mais rígido e mais vulnerável a quedas. Já no sistema indireto, as placas de fósforo, que não são
descartáveis e têm uma vida útil proporcional ao quanto são usadas, precisam ser embaladas em invólucro descartável para não terem contato
com a saliva.
B F – V – V – V
C V – F – V – V
D V – V – F – V
E V – V – F – F
A O sistema digital direto demanda grande tempo de cadeira, já que a imagem demora a ser processada e a aparecer na tela.
B
O sistema digital direto tem valor mais acessível, porém é de manuseio mais difícil na cavidade oral e pode se danificar com
mais facilidade.
C No sistema digital indireto, as placas de fósforo são descartáveis.
D A placa de fósforo do sistema indireto pode ter contato com a saliva.
E A placa de fósforo do sistema indireto jamais precisa ser trocada.
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Considerações �nais
Como você pôde ver, existem muitas particularidades na aplicação da radiologia na odontologia, desde as técnicas para obtenção de imagens
intraorais até aparelhos desenhados especificamente para produzir imagens da região maxilofacial.
Além do conhecimento sobre os aparelhos e métodos existentes, é de extrema importância que todos aqueles que se preparam para a atuação na
área compreendam a fundo os parâmetros operacionais. Dominar os fundamentos teóricos e as implicações da variação de tempo de exposição,
quilovoltagem e miliamperagem é o primeiro passo para construir um bom desempenho prático.
Podcast
Neste podcast, você irá ouvir sobre as características do exame periapical nos mais variados públicos.

Referências
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JAEGER, F. et al. Sialolito gigante no ducto da glândula submandibular. Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia
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MORAES, A. F.; JARDIM, V. Manual de física radiológica. São Caetano do Sul: Yendis Editora, 2010.
OMRAN A., WERTHEIM D., SMITH K., LIU C.Y.J., NAINI F.B. Mandibular shape prediction using cephalometric analysis: applications in craniofacial
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WHITE, S. C.; PHAROAH, M. J. Radiologia odontológica: princípios e interpretação. 7. ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara, 2015.
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conhecimento, e pode ser uma interessante complementação para o conteúdo.

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