Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Professora Mestre Ana Carolina Ciriaco Padilha INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS Conhecer adequadamente o subsolo é um fator essencial para se executar e elaborar projetos geotécnicos, colaborando para obtenção de soluções tecnicamente mais seguras e economicamente viáveis. Para identificar e classificar as diversas camadas componentes do substrato e avaliar suas propriedades de engenharia deve-se realizar um programa de investigação. Somente serão abordados os métodos mais comuns de investigação geotécnica, destacando-se os métodos de sondagem de simples reconhecimento (poços, escavações a trado ou por circulação d’água e as sondagens rotativas), e os ensaios de campo (SPT, Cone e o ensaio de Palheta) necessários para a previsão das propriedades geotécnicas dos maciços de solo. Portanto é a investigação do subsolo é realizada para: 1. Reconhecimento do subsolo 2. Identificação 3. Avaliação de seu estado 4. Amostragem visando ensaios de laboratórios e análises visual tátil 5. Descrição do perfil de subsolo 6. Parâmetros para projetos O conhecimento destas características permitirá definir o tipo de fundação e a cota de implantação da mesma. Em projetos de estradas, a investigação destas características é tão importante, que pode determinar um traçado mais longo pela análise custo/benefício. Assim, é preciso lembrar, ainda, que o custo de uma obra poderá ser efetivamente minimizado, se bem programado e bem estudada a prospecção do terreno. Informações fornecidas pelo programa de investigação: Espessura e caracterização das camadas do solo através de ensaios de campo e de laboratório. Profundidade do topo da camada rochosa (tipo e condições da rocha) ou material impermeável ao amostrador. Nível d’água. Professora Mestre Ana Carolina Ciriaco Padilha Propriedades geotécnicas do solo das camadas e da rocha, tais como: permeabilidade, compressibilidade e resistência ao cisalhamento. CLASSIFICAÇÃO DOS ENSAIOS Os ensaios podem ser classificados em indiretos, semi-indiretos e diretos. Dos ensaios indiretos (geofísicos): Não há coleta de amostras Não se mede os comportamentos do solo Obtém-se correlações. Em grandes áreas são indicados somente os parâmetros iniciais. Exemplo de dado obtido – a localização da rocha Dos ensaios semi-indiretos: Não há coleta de amostras Medem-se os parâmetros de comportamentos do solo Obtém-se correlações. Exemplos de ensaios: CPT, CPTU (fundações),DMT, Vane Test (para argila saturada), Pressiomêtro (obras de contensão), Penetrometro (fundações). Dos Ensaios diretos: Ocorre coleta de amostras Medem-se os parâmetros de comportamentos do solo Obtém-se correlações. Exemplos de ensaios: poços de inspeção (coleta de amostras indeformadas e deformadas), SPT-T (o mais utilizado). PROGRAMA DE INVESTIGAÇÃO A execução do programa de investigação é feito em etapas sucessivas definidas como: Reconhecimento: Obtenção de informações preliminares, que são necessárias ao desenvolvimento de estudos iniciais de obras que Professora Mestre Ana Carolina Ciriaco Padilha ocupam grandes áreas. Consiste em: consulta a mapas geológicos, aerofotos, trabalhos já executados no local, coleta de dados com os moradores da região, além da vistoria na região de um engenheiro de solos (geotécnico)… Prospecção: Obtenção de informações sobre a caracterização do subsolo, através de ensaios de campo e laboratório, de acordo com a necessidade do projeto ou estagio que a obra se encontra. Preliminar: Obtenção de dados que informem a localização das estruturas principais do projeto com as estimativas de seus custos, bem como a viabilidade técnica-econômica da obra, através da determinação da espessura da camada do solo, da determinação das propriedades do solo através de ensaios de laboratório, elaboração de mapas geológicos da região e de outras atividades convenientes. Complementar: Realizar investigações adicionais, finalizando o programa anterior abrindo assim o edital de concorrência e elaboração a especificação da construção. Acompanhamento: Começa durante o início da construção e continua após o término da obra, de modo a comparar o comportamento previsto do solo e o realizado pelo mesmo, além de avaliar as hipóteses de projeto. ENSAIOS DE INVESTIGAÇÃO: SPT (STANDARD PENETRATION TEST – ENSAIO DE PENETRAÇÃO PADRÃO) Ensaio executado seguindo as orientações da NBR 6484/97, considerado um ensaio direto, pois permite a retirada de amostras deformadas. Trata-se de um método que foi desenvolvido pelo engenheiro geotécnico KARL TERZAGHI, durante a Segunda Guerra Mundial para a Força Aérea Americana e tinha como objetivo avaliar as condições do subsolo para fins de construção de pista de pouso de aeronaves. O SPT é uma sondagem a percussão (Standard Penetration Test). Este ensaio tem baixo custo, pode ser realizado em locais de difícil acesso, pode-se Professora Mestre Ana Carolina Ciriaco Padilha coletar amostras, é determinado um índice que permite que se estime a resistência e também é determinado o nível de d’água. O equipamento é simples conforme ilustra a figura abaixo, composto de tripé com sarrilho, roldana, cabo, hastes, trado, trépano, martelo (65kg), amostrador padrão, bomba d’água. Este ensaio é recomendado quando se deseja conhecer: O tipo de solo atravessado (a partir da retirada de amostras deformada a cada metro perfurado). A resistência (N) oferecida pelo solo à cravação do amostrador padrão também a cada metro perfurado. A posição do nível d’água (que pode ser encontrado durante a perfuração). Determinação do número de furos a ser realizado durante o ensaio: Distantes 15 a 30 metros, salvo especificações. Procura-se posiciona-los próximos das áreas de maior concentração de carga. Número de furos conforme a Norma prevê (NBR 8036/83) Em áreas muito extensas a distância pode variar de 50 a 100 metros. Professora Mestre Ana Carolina Ciriaco Padilha Evitar a execução de somente um ponto de sondagem, bem como pontos alinhados. Deve-se locar os pontos e nivela-los devidamente segundo o nível de referência fixo e anteriormente determinado. Processo Executivo Para se iniciar o ensaio primeiramente se limpa o terreno e depois monta- se o tripé que deve ser devidamente nivelado com um prumo. O SPT tem duas etapas básicas, a perfuração e o ensaio propriamente dito. Após a limpeza do terreno e locação do furo, a perfuração da sondagem é realizada com trado. Quando o avanço for impenetrável ao trado ou se atingir o nível d’água a sondagem é continuada por percussão. Crava-se o revestimento para evitar fechamento do furo. O solo é escavado pela percussão (queda e torção sucessiva) do trépano e os detritos formados são retirados por circulação de água. A sondagem termina ao atingir a profundidade desejada ou quando atingir a condição de impenetrável a percussão. O registro do nível d’água deve ser feito no dia seguinte ao ensaio para evitar a influência da circulação de água. Inicia-se a abertura do furo com um trado concha até 1 (um) metro de profundidade (:100mm), quando se deve colocar o primeiro seguimento de revestimento (:100mm) que possui na ponta uma espécie de sapata cortante que permite a cravação dos seguimentos posteriores. Após isto se tem as amostras iniciais obtidas do trado concha. O ensaio é executado a cada metro e a partir de 1m de profundidade. Portanto, a perfuração é interrompida para execução do ensaio. O ensaio consiste em cravar o amostrador padrão por golpes do martelo (65kg) caindo de 75cm. Para se obter o NSPT (resistência a penetração vertical) coloca-se o amostrador padrão que se localiza na extremidade da haste apoiando-se no fundo do furo. Fixa-se a cabeça de bater no topo da haste e apoia-se o martelosobre a cabeça de bater. Registra-se após esta fixação o seguimento em 3 partes iguais de 15 centímetros na haste com um giz. Levanta-se o martelo até uma altura de 75 centímetros e deixa o cair em queda livre aplicando-se golpes Professora Mestre Ana Carolina Ciriaco Padilha através desta queda com o martelo na cabeça de bater. Determina-se o número de golpes necessários para a cravação dos 30 centímetros finais do amostrador padrão. Para se coletar as amostras representativas abre-se o amostrador padrão e coleta-se a amostra deformada existente nele, faz-se uma caracterização visual tátil (NBR 7250/82) in loco, armazenando as amostras em recipiente fechado e devidamente identificado. Deve ser coletada, para exame posterior, uma parte representativa do solo colhido pelo trado-concha durante a perfuração, até́ 1 m de profundidade. O avanço do furo é realizado da mesma forma que ocorre no início do ensaio para solos coesivos usa-se um trado helicoidal e para solos não coesivos usa-se o trado concha (:100mm). A cada metro de perfuração, a partir de 1 m de profundidade, devem ser colhidas amostras dos solos por meio do amostrador padrão, com execução de SPT. O amostrador padrão, conectado à composição de cravação, deve descer livremente no furo de sondagem até́ ser apoiado suavemente no fundo, devendo-se cotejar a profundidade correspondente com a que foi medida na operação anterior. Caso haja discrepância entre as duas medidas supra referidas (ficando o amostrador mais de 2 cm acima da cota de fundo, atingida no estágio precedente), a composição deve ser retirada, repetindo-se a operação de limpeza do furo. Após o posicionamento do amostrador padrão conectado à composição de cravação, coloca-se a cabeça de bater e, utilizando-se o tubo de revestimento como referência, marca-se na haste, com giz, um segmento de 45 cm dividido em três trechos iguais de 15 cm. Em solo muito mole a resistência pode ser tão baixa que não resista nem um golpe. Neste caso, encosta-se o martelo na composição das hastes e anota- se até que profundidade a haste e o martelo penetram somente com o peso estático do conjunto. As amostras são coletadas a cada metro e caracterizadas. O número e a locação dos furos de sondagem é definido pelo projetista. A norma NBR 8036/83 estabelece um número mínimo de sondagem para Professora Mestre Ana Carolina Ciriaco Padilha fundações de edifícios. A distância entre as sondagens não deve ultrapassar 30m e os furos devem cobrir toda a área. O NSPT é muito utilizado em projetos de fundações, tais como escolha do tipo de fundações e estimativa da tensão admissível do solo. O NSPT também é usado em correlações para obtenção das propriedades do solo. A norma NBR6484/2001 apresenta tabelas que correlacionam a compacidade das areias e a consistência das argilas com os valores de NSPT. Professora Mestre Ana Carolina Ciriaco Padilha Quando interromper a sondagem? Alguns dos critérios de parada (DIRETRIZES PARA EXECUÇÃO DE SONDAGENS – ABGE – Associação Brasileira de Geologia de Engenharia): Quando encontrarmos o topo rochoso ou matacão de natureza rochosa. Quando por 3 trechos consecutivos forem necessários mais de 45 golpes para a cravação de 5,0 cm do barrilete amostrador padrão. Quando por 30 minutos com o auxílio do trépano ou broca de lavagem, este penetrar somente 5,0 cm. Os resultados devem ser apresentados em forma de relatório que deverá fornecer dados gerais sobre o local e o tipo da obra, bem como uma descrição sumária sobre os equipamentos, além de uma planta de localização dos furos. Em cada perfil deve constar: O número do furo da sondagem. Cota da boca do furo. Datas de início de termino da sondagem. Posição das amostras colidas e das não recuperadas. Profundidades das diversas transições entre as camadas e do fim do furo. NSPT a cada metro, Identificação, classificação e a convenção gráfica das amostras segundo a NBR 6502/80. Posição do nível d’água e a data da observação. Processo de perfuração empregado e profundidades atingidas: TH – trado helicoidal, TC –trado concha. Cota da boca do tubo de revestimento. Professora Mestre Ana Carolina Ciriaco Padilha Uma das variações do ensaio de SPT é o SPT-T onde se inclui o torque durante a execução do ensaio. O torque é medido após a execução do SPT e o equipamento é constituído de um torquímetro, chave soquete, disco centralizador e pino adaptador, retira-se a cabeça de bater e coloca-se o disco centralizador até apoiar no tubo de revestimento. O pino adaptador é rosqueado, logo após, na luva onde estava acoplada a cabeça de bater. A chave soquete é encaixada no pino e nessa chave acopla-se o torquímetro. O torque é realizado a cada metro, e é feito antes de sacar o amostrador a 1,45 metros coloca-se o torquímetro e faz-se então o giro da haste do SPT-T (obtém-se a resistência do solo no plano XY) quando rompe o relógio vai até o Tmáx (pico) e volta no Tres (pois o solo é elastoplástico). Tmax≥Tres. A relação entre o valor do torque pelo NSPT (T/N) é conhecido como índice de torque (TR) que consta de uma correlação a qual leva em conta a estrutura dos solos. ENSAIOS DE INVESTIGAÇÃO: ENSAIOS DE INVESTIGAÇÃO: SONDAGEM ROTATIVA É realizado em rochas, solos de alta resistência (impenetráveis ao amostrador do SPT), matacões ou blocos de natureza rochosa. Sondagem rotativa é um método de investigação que consiste no uso de um conjunto moto-mecanizado, projetado para a obtenção de amostras de materiais rochosos, contínuas e com formato cilíndrico, através de ação perfurante dada basicamente por forças de penetração e rotação que, conjugadas, atuam com poder cortante A haste é oca e por injeção de água no seu interior, consegue-se atingir o fundo da escavação, por meio de furos existentes no amostrador. Esta água tem a função de refrigerar a coroa e carregar os detritos da perfuração no seu movimento ascensional. Quando o furo é instável e as camadas são permeáveis ou bastante fraturadas usa-se revestimento. Estas sondagens são as mais frequentes na engenharia e usualmente executadas para: A profundidade em que se encontra o embasamento rochoso; Professora Mestre Ana Carolina Ciriaco Padilha O tipo ou os tipos de rocha e seu estado de sanidade e fraturas; Para indicar a presença de matacões diferenciando-os do embasamento rochoso; Para implantação de uma fundação ou de tirantes; Para obtenção de poços para captação de águas; Para possibilitar injeção de cimento ou de outros materiais em fraturas que podem ocorrer nos maciços rochosos em profundidade. Professora Mestre Ana Carolina Ciriaco Padilha ENSAIOS DE INVESTIGAÇÃO: SONDAGEM MISTA São aquelas executadas por sondagem à percussão, em todos os tipos de terreno, penetráveis por este processo e por meio de sondagem rotativa, onde for inoperante o sistema à percussão, face a impenetrabilidade no terreno prospectado. Os dois métodos são utilizados alternadamente, de acordo com a natureza do terreno atravessado, até ser atingida a cota do estudo e/ou critérios estabelecidos em especificação para sua paralisação. Sua execução é recomendada, dentre outras em: Terrenos com presença de blocos de rocha e de matacões; Área de tálus (matacões erráticos em maciços terrosos); Área de concreções lateríticas; Área de rejeito de pedreira; Área de bota fora,... ENSAIOS DE INVESTIGAÇÃO: POÇO DE INSPEÇÃO E AMOSTRAGEM São executados manualmente quando o material a ser escavado é estável (coesivo) e se encontra acima do nível d’água, ou quando na presença de água esta pode ser esgotada para a retirada de amostras indeformadas. Os poços de inspeção devem diâmetro mínimo de 80 centímetros para permitir a entrada de umapessoa para a inspeção do perfil e retirada de amostras indeformadas. As amostras indeformadas devem ser representativas do solo quanto a composição granulométrica e mineral, teor de umidade e estrutura. Os poços são perfurações feitas com pás e picaretas, em solos coesivos, acima do nível d’água, permitindo o exame visual das paredes da escavação, com o obtenção de amostras deformadas e indeformadas. A NBR 9604/86 especifica os procedimentos de execução de poços e trincheiras de inspeção em solos para a retirada das amostras deformadas e indeformadas. Para que se possa iniciar o processo de amostragem a abertura do poço deve ser interrompida 10 centímetros acima da cota do topo do bloco. Depois se Professora Mestre Ana Carolina Ciriaco Padilha crava um molde, que deve revestir a amostra e protege-la, no momento da cravação deve-se atentar que a mesma deve estar bem justa. Logo após a cravação total, deve-se cortar os 10 centímetros de excesso e parafinar o topo etiquetando-o. Depois a base é recortada e parafinada, depois disto é removido o molde e parafina-se as laterais. A primeira camada de parafina preserva o teor de umidade do solo e não a sua estrutura, sendo assim se faz necessário revestir o bloco com um tecido poroso, tela ou estopa e aplicar uma segunda camada de parafina. É transportado em caixas com serragem e lavado ao laboratório, neste local é armazenado em câmara úmida, fora da caixa, mantando-se uma umidade relativa do ar próximo a 100%. As amostras também podem ser retiradas por talhagem caso são se tenha o molde para a cravação, a única diferença é que antes de se recortar a base se passa a parafina na lateral da amostra. ENSAIOS DE INVESTIGAÇÃO: PENETROMETROS DE CONE Estes ensaios medem a resistência a penetração do solo em função da energia de cravação dinâmica e estática, possui a ponta fechada, portanto, não há coleta de amostra, ou seja é um ensaio indireto. PENETRAÇÃO DE CONE DINÂMICO Os penetrometro dinâmicos são cravados no solo pelo auxílio da queda livre de um martelo, conforme a energia de cravação (h) e massa do martelo são classificados em leves (DPL), médios (DPM), pesados (DPH) e super pesados (DPSH). Os ensaios são realizados com velocidades constante de cravação definida para cada tipo de ensaio que é proporcional a resistência. Para realizar este ensaio se tem que antes saber a resistência do solo, portanto este ensaio é uma complementação do SPT que tem que ser realizado antes deste. A resistência à penetração dinâmica é definida como o número de golpes (Nx) necessários a cravação de uma certa profundidade do solo (Xcm – 10 cm Professora Mestre Ana Carolina Ciriaco Padilha em 10 cm no DPL, DPM, DPH e de 20 cm em 20 cm no DPSH) definida para cada tipo de ensaio. A haste é demarcada de 10 em 10 cm (os menos robustos) e de 20 em 20 cm (mais robustos). O resultado é obtido em um gráfico cotas X número de golpes ou resistência à penetração (Rd). DLP – muito utilizado em obras de estradas, pois se precisa saber a resistência em solos superficiais. PENETROMETROS ESTÁTICOS São mais conhecidos como cones, podem ter um sistema de leitura mecânico ou elétrico, capazes de determinar Rp e Rl. Os penetrometros estáticos conhecidos como piezocones também são capazes de medir a pressão neutra. PENETRAÇÃO DE CONE (CPT) – HOLÂNDES OU MECÂNICO Objetivo inicial de coletar dados para o projeto de fundações em estacas. Existem dois tipos que diferem somente no tipo de cravação, consistem ambos de um conjunto de hastes, que atuam internamente a tubos de revestimento, tendo na extremidade um cone com ângulo de vértice de 60º e uma base de 10 cm². A penetração é realizada com velocidade constante com um macaco hidráulico (óleo viscoso). O método de execução do ensaio CPTU inicia-se com a cravação a uma velocidade de 1 cm/s, de forma alternada. As cargas necessárias para a cravação são registradas a cada 20 cm de avanço da ponteira, em um dos equipamentos apenas a Rp e no outro Ru (Rp+Rl). As vantagens deste ensaio são a rapidez, confiabilidade, baixo custo, numerosos resultados ao longo da profundidade ensaiada. Porem os valores de Rl não são muito confiáveis à medida que mais hastes vão passando pelo mesmo local. Professora Mestre Ana Carolina Ciriaco Padilha PENETRAÇÃO DE CONE (CPT) – ELÉTRICO São geralmente das mesmas dimensões do mecânico. Possui uma luva cilíndrica com o mesmo diâmetro da ponta cônica acima da base eliminando a forma de tronco, impedindo a passagem de solo no espaço. Existem cones elétricos que só medem Rp e os que também medem Rl (cones elétricos de atrito). Rp medida através da célula de carga, trabalhando a compressão. Rl obtido através de uma célula de carga, convencionalmente trabalhando tração, fixada a luva de atrito. Rp e Rl trabalham independente. PIEZOCONE É um tipo de cone elétrico o qual é associado a uma sonda piezométrica. É possível obter a pressão neutra durante o ensaio permitindo corrigir a resistência de ponta que foi dissipada pela água. ENSAIOS DE INVESTIGAÇÃO: ENSAIO DE PALHETA (VANE TEST) O ensaio de palheta (vane test) é tradicionalmente empregado na determinação da resistência ao cisalhamento de argilas moles saturadas, submetidas à condição de carregamento não drenado (SU). O equipamento consta de uma palheta colocada na extremidade inferior das hastes e uma mesa situada na boca do furo, contendo um dispositivo de aplicação do momento torção e acessórios para medidas dos momentos e deformações. A ponteira é cravada, utiliza o sistema duplo de hastes, visa eliminar qualquer atrito da haste da palheta de teste com o solo e elimina interferências nas medidas de resistência. Está abaixo do nível d’água e não há camada drenante e a ruptura será através da coesão não drenada (resistência não drenada) rompe ao cisalhamento. Uma vez posicionada, aplica torque à ponteira por meio de unidade de medição, com velocidade de 6 graus / minuto. O torque máximo permite a Professora Mestre Ana Carolina Ciriaco Padilha obtenção do valor de resistência não drenada do terreno, nas condições de solo natural indeformado. Posteriormente, para obtenção da resistência não-drenada, representativa de uma condição pós-amolgamento da argila, gira-se a palheta rapidamente por 10 voltas consecutivas, obtendo-se a resistência não drenada do terreno nas condições de solo “amolgado”, permitindo avaliar a sensibilidade da estrutura de formação natural do depósito argiloso. ENSAIOS DE INVESTIGAÇÃO: PRESSIÔMETRO Não é utilizado para dimensionar as fundações, mas para obter o módulo de elasticidade do solo. O equipamento utilizado é constituído por 3 partes: a sonda, a unidade de controle e as tubulações. A sonda: são 3 células capazes de se dilatarem quando solicitadas, porém somente a do centro determina a característica do solo, os outros servem de proteção. Unidade de controle: fica à superfície e contém um deposito de CO2 e manômetros para medir a pressão aplicada nas 3 células individualmente. Tubulação: encontra-se entre as duas anteriores podem ser coaxiais ou separas, dependem do tipo de pressiômetro. Abre-se um furo no solo até a cota que se deseja fazer o ensaio, importante em qualquer tipo de solo, coloca-se o pressiômetro com cuidado. Aplica-se uma pressão, em estágio, e mantida constante por 2 minutos em cada estágio. Provocando deformação radical e é obtida diretamente pelo volume de água introduzido na célula e as leituras devem ser realizadas em tempos de 30, 60 e 120 segundos, corrigidos em função da rigidez do próprio sistema. ENSAIOS DE INVESTIGAÇÃO: DILATÔMETRO DE MARCHETTI É utilizado para obras de contenção e a obtenção do modulo de elasticidade. Previsão de recalques e estimativa do módulo de elasticidade (e) dascamadas prospectadas. Consiste na cavação de uma placa de aço inoxidável (a Professora Mestre Ana Carolina Ciriaco Padilha uma velocidade constante de 2 cm/s) com um comprimento de 220mm, largura de 95mm, espessura de 14mm, e a ponta forma uma ângulo de 20º. O teste consiste na cravação de ponteira metálica, com interrupções desta cravação a cada 20 cm, por 15 segundos para que o solo se acomode. Nestas interrupções, é introduzido gás nitrogênio que expande a membrana metálica da ponteira contra o terreno. Dessa expansão, registram-se em manômetro de precisão duas leituras: a primeira quando a dilatação da membrana “vence” o esforço de compressão do terreno, e a segunda quando esta deforma o solo de 1,1mm. ENSAIOS DE INVESTIGAÇÃO: GEOFÍSICOS É feito em áreas extensas, são rápidos. Neste ensaio não são retirados amostras, mas pode-se determinar a profundidade da camada rochosa, localizar irregularidades no subsolo devido a diferentes tipos de materiais e a existência e localização do nível d’água. É possível obter o topo da rocha (“topografia da rocha”, forma da superfície do topo da rocha). ELETRORESISTIVIDADE Consiste na aplicação de uma corrente elétrica no solo, mede-se então a dificuldade do fluxo da corrente (i). SISMICO Consiste na propagação de ondas acústicas no solo, através de um sismógrafo, com uma certa velocidade, a onda vai ser refletida ou refratada, mede-se a velocidade com que ela vai ser refletida ou refratada, observa se os contrastes marcantes () e quando a mesma muda de direção, tendo-se o tempo é possível obter a altura da camada de solo. Este tipo de ensaio é pedido para se ter uma visão geral do subsolo e se ir lapidando o tipo de fundação. Professora Mestre Ana Carolina Ciriaco Padilha VÍDEOS SPT https://www.youtube.com/watch?v=VC31gan82u8 https://www.youtube.com/watch?v=1FhkN4VINkQ https://www.youtube.com/watch?v=1bzSNeUaa3Y PENETRAÇÃO DE CONE DINÂMICO https://www.youtube.com/watch?v=-lpeOHx0AsM PENETROMETROS ESTÁTICOS https://www.youtube.com/watch?v=pVLmCK3KSYQ PIEZOCONE https://www.youtube.com/watch?v=WWlOoIEAU8A https://www.youtube.com/watch?v=SPyZvY4OZAE ENSAIO DE PALHETA (VANE TEST) https://www.youtube.com/watch?v=uYeWU0OinRA ENSAIO DMT https://www.youtube.com/watch?v=ssGbQIJnQi4 https://www.youtube.com/watch?v=E8hq-dLN1Fo ENSAIO GEOFÍSICO https://www.youtube.com/watch?v=e5ww8qw28R0 https://www.youtube.com/watch?v=50qmEQtBRSE https://www.youtube.com/watch?v=VC31gan82u8 https://www.youtube.com/watch?v=1FhkN4VINkQ https://www.youtube.com/watch?v=1bzSNeUaa3Y https://www.youtube.com/watch?v=-lpeOHx0AsM https://www.youtube.com/watch?v=pVLmCK3KSYQ https://www.youtube.com/watch?v=WWlOoIEAU8A https://www.youtube.com/watch?v=SPyZvY4OZAE https://www.youtube.com/watch?v=uYeWU0OinRA https://www.youtube.com/watch?v=ssGbQIJnQi4 https://www.youtube.com/watch?v=E8hq-dLN1Fo https://www.youtube.com/watch?v=e5ww8qw28R0 https://www.youtube.com/watch?v=50qmEQtBRSE
Compartilhar