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QUÍMICA ORGÂNICA III – QUI 232 UNIDADE 2: REAÇÕES DE ADIÇÃO NUCLEOFÍLICA EM COMPOSTOS CARBONILADOS (REAÇÔES ENVOLVENDO ALDEÍDOS E CETONAS) Patrícia Fontes Pinheiro Síntese de Aldeídos Oxidação branda de álcoois Síntese de Aldeídos Oxidação branda de álcoois Síntese de Aldeídos Heptan-1-ol Aldeídos por Ozonólise de Alquenos Aldeídos por Redução de Cloretos de Acila, Ésteres e Nitrilas ➢ Dois derivados do hidreto de alumínio que são menos reativos do que o HAL, em parte porque eles são muito mais estericamente impedidos, são o hidreto de tritert-butoxialumínio e lítio e o hidreto de diisobutilalumínio (DIBALH): Aldeídos por Redução de Cloretos de Acila, Ésteres e Nitrilas Aldeídos por Redução de Cloretos de Acila Exercício de revisão 1. Forneça os reagentes para as transformações (1), (2) e (3). Em (1), temos que oxidar o metilbenzeno a ácido benzoico. Para fazer isso usamos KMnO 4 a quente em solução básica seguido de tratamento ácido. Para (2), temos que converter um ácido carboxílico em um cloreto de ácido. Para essa transformação usamos cloreto de tionila ou pentacloreto de fósforo (veja a Seção 15.6B). Para (3), temos que reduzir um cloreto de ácido a um aldeído. Para isso usamos hidreto de tritert-butoxialumínio e lítio. Aldeídos a Partir de Ésteres e Nitrilas: RCO2 R′→ RCHO e RC ≡ N → RCHO ➢ Tanto os ésteres quanto as nitrilas podem ser reduzidos a aldeídos pela utilização de DIBALH: Aldeídos a Partir de Ésteres e Nitrilas: RCO2 R′→ RCHO e RC ≡ N → RCHO Exercício resolvido 2. Qual é o produto da seguinte reação? Exercício resolvido 3. Partindo do álcool benzílico, proponha uma síntese para o feniletanal. Exercício de revisão. Mostre como você sintetizaria o propanal a partir de cada um dos seguintes compostos: (a) propano-1-ol e (b) ácido propanoico. Oxidação Branda (PCC ou Swern) SÍNTESE DE CETONAS 1. Cetonas (e aldeídos) através da ozonólise de alquenos 2. Cetonas a partir de arenos através das acilações de Friedel–Crafts Exemplo: SÍNTESE DE CETONAS 3. Cetonas a partir de álcoois secundários pela oxidação de Swern e outros métodos SÍNTESE DE CETONAS O tratamento de uma nitrila (R — C ≡ N ) ou com um reagente de Grignard ou um reagente de organolítio, seguido por hidrólise, produz uma cetona. Exemplo: SÍNTESE DE CETONAS O tratamento de uma nitrila (R — C ≡ N ) ou com um reagente de Grignard ou um reagente de organolítio, seguido por hidrólise, produz uma cetona. Exemplo: Exercício de revisão. Com o butan-1-ol como seu único composto orgânico de partida, projete uma síntese da nonan-5-ona. Comece escrevendo uma análise retrossintética. Butan-1-ol Exercício de Fixação. Forneça os reagentes e indique os intermediários para cada uma das seguintes sínteses. Respostas: Reatividades relativas de substâncias carboniladas ➢A carga parcial positiva do carbono da carbonila favorece os ataques nucleofílicos às substâncias carboniladas. A deficiência de elétrons do carbono da carbonila está indicada pelas áreas em azul nos esquemas de potenciais eletrostáticos. ✓ Um aldeído apresenta maior carga parcial positiva em seu carbono carbonílico do que a cetona porque um hidrogênio é um retirador de elétrons se com parado com um grupo alquila. Um aldeído, portanto, é menos estável do que uma cetona, o que o tom a mais reativo perante ataques nucleofílicos. 2424 Adição Nucleofílica ao Grupo Carbonila ➢ Adição do nucleófilo ao CARBONO CARBONÍLICO ocorre devido a carga parcial positiva (+) neste carbono: Reação Geral: Aldeído ou Cetona (R ou R’ pode ser H) O nucleófilo pode atacar por cima ou por baixo ➢ Um nucleófilo forte ataca o carbono da carbonila, formando um íon alcóxido que é então protonado. ➢ Um fraco nucleófilo atacará a carbonila quando protonada, pois a catálise ácida aumenta a sua reatividade. Adição Nucleofílica ao Grupo Carbonila Reatividade Relativa: Aldeídos versus Cetonas 2727 Reatividade Relativa: Aldeídos versus Cetonas ❖ ALDEÍDOS geralmente são MAIS REATIVOS que CETONAS. ❖ Carbono tetraédrico resultante da adição à um aldeído é ESTERICAMENTE MENOS IMPEDIDO que um carbono tetraédrico resultante da adição à uma cetona. ❖ Grupos carbonílicos de aldeídos são MAIS ELETRODEFICIENTES porque eles possuem apenas um grupo doador de elétrons ligado ao carbono carbonílico CetonaAldeído Carbono da carbonila mais positivo. Carbono da carbonila menos positivo. ➢Aldeídos e cetonas são menos reativos que cloretos de acila e anidridos de ácido, mais são mais reativos do que ésteres e amidas. ➢Reatividades relativas de substâncias carboniladas diante de nucleófilos: haleto de acila > anidrido de ácido > aldeído > cetona > éster ácido carboxílico > amida > íon carboxilato mais reativo menos reativo ▪ não são tão reativos quanto as substâncias carboniladas cujo Y- é uma base mais fraca (haletos de acila e anidridos de ácido). ▪ são mais reativos do que as substâncias carboniladas nas quais Y- é uma base relativamente forte (ácidos carboxílicos, ésteres e amidas). Reatividade Relativa: compostos carbonilados ➢Ácidos carboxílicos e Derivados: Produto de Substituição Nucleofílica: Substituição Nucleofílica Adição Nucleofílica ➢Aldeídos e Cetonas: Produto de adição nucleofílica (nucleófilos forte) : Aldeídos e cetonas sofrem adição nucleofílica irreversível reações com nucleófilos que são bases fortes. ➢Aldeídos e Cetonas: Produto de adição-eliminação (nucleófilos com oxigênio e nitrogênio) : Aldeídos e cetonas sofrem adição nucleofílica – eliminação reações com nucleófilos que têm um par de elétrons não ligantes. Produto de adição nucleofílica Nucleófilo com par de elétrons não-ligantes Eliminação de água Produto de adição nucleofílcia-eliminação Orbitais moleculares explicam a reatividade do grupo carbonila Orbitais moleculares explicam a reatividade do grupo carbonila O ângulo de ataque nucleofílico em aldeídos e cetonas ➢Não apenas os nucleófilos sempre atacam os grupos carbonilas, mas também sempre se aproximam do carbono em um ângulo particular. ➢ Os nucleófilos não atacam de uma direção perpendicular ao plano do grupo carbonila, mas a cerca de 107 ° da ligação C=O. ➢Esta rota de aproximação é conhecida como a trajetória Bürgi – Dunitz em homenagem aos autores dos elegantes métodos cristalográficos que a revelaram. O ângulo de ataque nucleofílico em aldeídos e cetonas ✓ Você pode pensar no ângulo de ataque como o resultado de um compromisso entre a sobreposição orbital máxima do HOMO com π * e a repulsão mínima do HOMO pela densidade de elétrons na ligação π da carbonila. ➢ Qualquer outra porção da molécula que atrapalhe (ou, em outras palavras, que cause impedimento estérico) a trajetória de Bürgi-Dunitz reduzirá muito a taxa de adição e esta é outra razão pela qual os aldeídos são mais reativos do que as cetonas. O ângulo de ataque nucleofílico em aldeídos e cetonas Reações de substâncias carboniladas com carbonos nudeofílicos ➢A adição de nucleófilos às substâncias carboniladas é um exemplo de uma reação que forma uma nova ligação C — C. Reações com reagentes de Grignard Preparação de Reagentes de Grignard: As reações de aldeídos e cetonas com reagentes de Grignard Pentan-1-ol Mecanismo Geral propanal brometo de propilmagnésio Hexan-3-ol álcool secundário Pentan-2-ona brometo de etilmagnésio 3-metilexan-3-ol álcool terciário Adição de Reagentes Organometálicos ❖Álcool Primário: formaldeído + RMgX ❖Álcool Secundário: aldeído + RMgX ❖Álcool Terciário: cetona + RMgX Método geral para a síntese de álcoois: Pentan-3-ona 3-Metilpentan-3-ol Butanal 1-fenilbutan-1-ol Um reagente de Grignard também pode reagir com dióxido de carbono. O produto da reação será um ácido carboxílico com um átomo de carbono a mais do que o reagente deGrignard. ➢Qual o produto da reação de um reagente de Grignard com CO2? As substâncias carboniladas da classe I sofrem duas reações sucessivas com o reagente de Grignard. o álcool terciário é formado como resultado de duas reações sucessivas com o reagente de Grignard, o álcool tem dois grupos idênticos ligados ao carbono terciário. ➢Qual o produto da reação de um reagente de Grignard a um éster? ➢Qual o produto da reação de um reagente de Grignard a cloreto de acila? Os alcoóis terciários também são formados pela reação de dois equivalentes de reagente de Grignard com um haleto de acila. 3-etilpentan-3-ol Reações de Grignard Reagentes de organolítio na preparação de alcoóis: Mecanismo? Reações com íons acetileto ✓Alcino terminal pode ser convertido em íon acetileto por uma base forte: ✓Um íon acetileto é outro exemplo de um carbono nucleofílico que reage com substâncias carboniladas. Quando a reação é finalizada, um ácido fraco (que não reagiria com a ligação tripla, como o íon piridinium) é adicionado ao meio reacional para protonar o íon alcóxido Reação com cianeto de hidrogênio ➢O cianeto de hidrogênio se adiciona aos aldeídos e às cetonas para formar cianoidrinas. ➢ Como o cianeto de hidrogênio é um gás tóxico, a melhor maneira de realizar essa reação é gerar o cianeto de hidrogênio durante a reação pela adição de HCI à mistura de aldeído ou cetona e excesso de cianeto de sódio. O excesso de cianeto de sódio é usado para garantir que algum íon cianeto formado reaja como um nucleófilo. ➢em soluções básicas, uma cianoidrina é convertida novamente à substância carbonilada ➢O íon cianeto não reage com ésteres porque o íon cianeto é uma base mais fraca que um íon alcóxido, portanto o íon cianeto seria eliminado do intermediário tetraédrico. ➢ A adição de um cianeto de hidrogênio a aldeídos e cetonas é uma reação sinteticamente útil em virtude das reações posteriores que podem ser realizadas na cianoidrina. Por exemplo, as hidrólises catalisadas por ácido da cianidrina formam um ácido α-hidroxicarboxílico. ➢A adição catalítica de hidrogênio a uma cianoidrina produz uma amina primária com um grupo OH no carbono β: Reação de substâncias carboniladas com o íon hidreto ➢ A adição de hidrogênio a uma substância carbonilada é uma reação de redução. ➢ Cálculo do NOX do carbono: ➢Os aldeídos e as cetonas são geralmente reduzidos usando-se boro-hidreto de sódio (NaBH4) como fonte de íons hidreto. Butanal Um aldeído Butan-1-ol Um álcool primário pentan-2-ona Uma cetona Pentan-2-ol Um álcool secundário Reação de substâncias carboniladas com o íon hidreto ➢ os elétrons (incluindo aquele representado pela carga negativa) estão em orbitais B-H, é a partir de uma ligação B-H que devemos iniciar qualquer seta para indicar a reação de BH4 - como um nucleófilo. Ao transferir esse par de elétrons, tornamos o átomo de boro neutro - agora ele é trivalente com apenas seis elétrons. ➢ A razão de H– nunca atuar como nucleófilo é que seu orbital 1s é muito pequeno. ❖ Os orbitais envolvidos nas reduções de borohidreto são o π * do grupo C = O como o LUMO e um σ orbital B – H como o HOMO, portanto, há uma correspondência orbital muito melhor. ➢ O oxiânion produzido na primeira etapa pode ajudar a estabilizar a molécula BH3 com deficiência de elétrons adicionando ao seu orbital p vazio. Agora temos novamente um ânion de boro tetravalente, que poderia transferir um segundo átomo de hidrogênio (com seu par de elétrons) para outra molécula de aldeído. Esse processo pode continuar para que, em princípio, todos os quatro átomos de hidrogênio possam ser transferidos para moléculas de aldeído. ➢ Na prática, a reação raramente é tão eficiente assim, mas os aldeídos e as cetonas são geralmente reduzidos com bom rendimento no álcool correspondente pelo borohidreto de sódio em água ou solução alcoólica. A água ou solvente de álcool fornece o próton necessário para formar o álcool do alcóxido. ➢ QUIMIOSSELETIVIDADE: uma reação quimiosseletiva é uma reação na qual um reagente reage com um funcional grupo em preferência a outro. ➢ Redução por adição de dois átomos de hidrogênio But-1-eno Butano Pent-1-ino Pentano N-metilpropanamina Butilamina ➢ Redução por adição de dois átomos de hidrogênio O grupo C=O de cetonas e aldeídos também pode ser reduzido por hidrogenação catalítica Paládio não é muito eficaz na redução destes grupos carbonilos grupos. No entanto, eles são facilmente reduzidos em um catalisador de níquel. (Níquel Raney é níquel finamente disperso com hidrogênio adsorvido, portanto, uma fonte externa de H2 não é necessária). Os aldeídos são reduzidos a álcoois primários e as cetonas são reduzidas a álcoois secundários. 62 ➢ Redução com hidretos: produz álcool 1º e 2º B H H H H Al H H H HNa Li Boroidreto de sódioHidreto de alumínio e lítio Menos reativo, pode ser usado em água, etanol… Não reduz ácido carboxílicos e ésteres NaBH4 pode ser usado para reduzir seletivamente um aldeído ou cetona de uma substância. Reação de substâncias carboniladas com o íon hidreto Mais reativo, reage violentamente com água, precisa de meio anidro. Reduz ácido carboxílicos e ésteres a álcool. 63 ➢ Redução com hidretos: produz álcool 1º e 2º B H H H H Al H H H HNa Li Boroidreto de sódioHidreto de alumínio e lítio Menos reativo, pode ser usado em água, etanol… Não reduz ácido carboxílicos e ésteres NaBH4 pode ser usado para reduzir seletivamente um aldeído ou cetona de uma substância. Reação de substâncias carboniladas com o íon hidreto Mais reativo, reage violentamente com água, precisa de meio anidro. Reduz ácido carboxílicos e ésteres a álcool. ➢ Redução de éster com LiAlH4 Propanoato de metila (um éster) Propan-1-ol Metanol ➢ (DIBALH) for usado como um doador de hidretos a baixa temperatura, a reação pode ser interrompida depois da adição de um equivalente de hidreto. Esse reagente, portanto, torna possível a conversão de ésteres em aldeídos, o que é uma surpresa inicialmente, uma vez que aldeídos são mais reativos do que ésteres diante de íons hidreto. 66 ➢Redução de ester a aldeído pode ser feita a baixa temperatura com DIBAL-H: carbonila é regenerada e o grupo alcóxido é o abandonador 67 ➢ Aldeídos por Redução Cloretos de acila, Esteres e Nitrilas: Redução de ácido carboxílico não para em aldeído, os adeídos são reduzidos mais facilmente que os ácidos. Ácido carboxílico Aldeídos Álcool Primário ➢Os cloretos de acila, assim como os ésteres e ácidos carboxílicos, sofrem duas adições sucessivas de íon hidreto quando tratados com LiAlH4. Butan-1-ol ➢As amidas também sofrem duas adições sucessivas de íon hidreto quando reagem com LiAlH4. O produto de reação é uma amina. ➢O mecanismo para a reação de LiAlH4 com aminas não substituídas e aminas N,N-dissubstituídas é um pouco diferente, mas leva ao mesmo resultado: a conversão de um grupo carbonila em um grupo metileno. Reações de aldeídos e cetonas com nitrogênio nucleofílico ➢A reação de aminas com aldeídos ou cetonas permite a preparação de iminas (bases de Schiff), oximas, hidrazonas, semicarbazonas e enaminas. C O R'' R' H+ C N R'' R' R + H2ONH2R+ Imina Base de Schiff + H2NNHCNH2 O Semicarbazida Semicarbazona + H3C C H3C O Oxima Hidrazona NHNH2 NO2 NO2 H3C C H3C O H3C C H3C N N C NH2 O H H+ + H2O 2,4-dinitrofenilidrazona N NO2 O2N H NC H3C H3C + NH2NH2 H3C C H3C O H3C C H3C N NH2 H+ + H2O H+ + H2O + NH2OH H3C C H3C O H3C C H3C N OH H+ + H2O O teste de Brady é um teste qualitativo que é usado para a detecção de grupos funcionais carbonilo de aldeídos e cetonas. Neste teste utiliza-se a 2,4-dinitrofenil- hidrazina (DNPH, ou reagente de Brady) como reagente. 7474 Oxidação de Aldeídos e Cetonas ➢ Aldeídos reagem facilmentecom agentes oxidantes brandos como o reagente de Tollens. ➢ Cetonas não sofrem oxidação com estes oxidantes, mas podem ser convertidas a ésteres se tratadas com um perácido. Espelho de prata Não reage+ Ag(NH3)2OH + Ag + H2O COONH4 Ag(NH3)2OH + CHO C O ➢Aldeídos reagem facilmente com agentes oxidantes brandos como o reagente de Tollens. -Aldeídos = + -Cetonas = - Adição de aminas primárias ➢Aldeídos e cetonas reagem com aminas primárias para formar iminas. A reação requer uma quantidade (pequena) de catalisador ácido — veremos que o pH do meio reacional deve ser cuidadosamente controlado. ➢ Observe que um catalisador ácido é normalmente adicionado para a formação de imina. Sem um catalisador ácido, a reação é muito lenta, embora em alguns casos ainda possa ocorrer (oximas, por exemplo, se formarão sem catálise ácida, mas se formarão muito mais rápido com ela). ➢ É importante notar que o ácido não é necessário para a etapa de adição no mecanismo (de fato, a protonação da amina significa que esta etapa é muito lenta em ácido forte), mas é necessário para a eliminação de água posteriormente na reação. ➢ A formação de imina é de fato mais rápida em cerca de pH 4-6: em pH mais baixo, muita amina é protonada e a taxa da primeira etapa é lenta; acima desse pH, a concentração de prótons é muito baixa para permitir a protonação do grupo de saída OH na etapa de desidratação. A formação de iminas é como uma reação biológica: é mais rápida perto da neutralidade. ➢ Variação da taxa de formação de imina com o pH ➢ Como a acidez aumenta sob pH 4,5, a velocidade de reação diminui porque cada vez mais a amina se torna protonada. Como resultado, cada vez menos amina está presente na forma nudeofílica não protonada. Como a acidez decresce acima do pH 4,5, a velocidade de reação diminui porque cada vez menos intermediário tetraédrico está presente na forma reativa protonada. ➢A formação da imina é reversível: em soluções aquosas, as iminas são hidrolisadas e retornam à substância carbonilada e à amina. ➢Em solução ácida, a amina é protonada e, portanto, incapaz de reagir com a substância carbonilada para formar a imina. ✓ A formação da imina e a hidrólise são reações importantes em sistemas biológicos. A hidrólise da imina é a razão para o DNA conter nucleotídeos A, G, C e T, enquanto o RNA contém nucleotídeos A, G, C e U. 8080 A Adição de Aminas Primárias e Secundárias ➢ ALDEÍDOS/CETONAS reagem com AMINAS PRIMÁRIAS (e AMÔNIA): IMINAS. ➢ ALDEÍDOS/CETONAS reagem com AMINAS SECUNDÁRIAS: ENAMINAS. Imina Enamina 8181 ⚫ Enaminas ➢ Aminas secundárias não formam imina neutra pela perda de um segundo próton no nitrogênio; ➢ Assim, há a formação de uma ENAMINA; 1) Aduto tetrahedral Aldeído/Cetona Amina secundária Aminoálcool intermediário 8282 2) Aminoálcool intermediário Íon imínio intermediário Relembrando mecanismo de formação da Imina... 8383 3) Enamina Relembrando mecanismo de formação da Imina... Adição de aminas secundárias ➢ Os aldeídos e as cetonas reagem com aminas secundárias para formar enaminas. Assim como a formação de iminas, a reação requer traços de um catalisador ácido. O mecanismo para a formação de enamina é exatamente o mesmo para a formação de iminas até a última etapa de reação. Quando uma amina primária reage com um aldeído ou uma cetona, a imina protonada perde um próton do nitrogênio na última etapa de reação, formando uma imina neutra. No entanto, quando uma amina é secundária, o nitrogênio carregado positivamente não está ligado a um hidrogênio. Uma molécula neutra é obtida pela remoção de um próton no carbono a da substância derivada do substrato carbonilado. O resultado é uma enamina. Em soluções aquosas ácidas, uma enamina é hidrolisada de volta à substância carbonilada e à amina secundária, uma reação sim ilar à hidrólise catalisada por ácido de uma imina de volta à substância carbonilada e a uma amina primária A redução de Wolff-Kishner ➢ ao se aquecer uma cetona ou um aldeído em uma solução básica de hidrazina, o grupo carbonila é convertido em um grupo metileno. Esse processo é denominado desoxigenaçao porque um oxigênio é removido do reagente. A reação é conhecida como redução de Wolff-Kishn Meio básico, ocorre via hidrazona que decompõe liberando N2 O NH2NH2, NaOH DMSO, 100 ºC Intermediário: Hidrazona NH2 N + N2 (50-60%) Mecanismo da Reação de Wolff-Kishner (85%)HCl, Zn/Hg O Redução de Clemmensen Não pode ser usada para substrato sensível a ácido Reações de aldeídos e cetonas com oxigênios nucleofílicos Adição de água Dissolução do ALDEÍDO/CETONA em ÁGUA promove a formação de um equilíbrio entre o COMPOSTO CARBONÍLICO e seu HIDRATO; Hidrato → também chamado gem-diol (gem = geminal, indica presença de 2 hidroxilas (ou 2 grupos idênticos) no mesmo carbono); acetaldeído hidrato (gem-diol) 9191 A constante de equilíbrio para a reação depende da estabilidade relativa de reagentes e produtos. A constante de equilíbrio para a formação do hidrato, portanto, depende das estabilidades relativas da substância carbonilada e do hidrato. Vimos que um grupo alquil doador de elétron torna uma substância carbonilada mais estável (menos reativa) Ao contrário, grupos alquílicos tomam o hidrato menos estável devido às interações estéricas entre os grupos alquila. Este espectro 13C NMR foi obtido dissolvendo formaldeído, H2C = O, em água. Então, onde está o pico de carbonil do formaldeído? a água foi adicionada ao grupo carbonila para dar um composto conhecido como hidrato ou 1,1-diol. Adição de álcool 9494 ⧫A Adição de Álcoois: Hemiacetais e Acetais 1) Hemiacetais: ALDEÍDO ou CETONA dissolvido em ÁLCOOL forma uma mistura em equilíbrio contendo o HEMIACETAL correspondente: Hemiacetal possui os grupos HIDROXILA E ALCOXILA no mesmo carbono; aldeído/ cetona álcool hemiacetal 9595 ⧫A Adição de Álcoois: Hemiacetais e Acetais 1) Hemiacetais: Hemiacetais acíclicos geralmente não são estáveis; Porém, hemiacetais com anéis de 5 e 6 membros são bem estáveis 9696 Formação de Hemiacetal é catalisada por ácido ou base: (R’’ pode ser H) O álcool em excesso torna-se protonado devido à presença de um ácido catalisador (HCl) cátion oxônio hemiacetal 9797 Formação de Hemiacetal é catalisada por ácido ou base: (R’’ pode ser H) Ânion alcóxido Ânion alcóxido hemiacetal 9898 2) Acetais: ALDEÍDO/CETONA com EXCESSO DE ÁLCOOL e CATALISADOR ÁCIDO forma o ACETAL; Formação do acetal se dá via o hemiacetal correspondente; ACETAL→ possui 2 grupos alcóxi ligados no mesmo carbono; 1) Formação do hemiacetal 2) Em excesso 9999 3) 4) cátion oxônio altamente reativo Formação do acetal (produto isolado e estável) 100 ( I ) Transformação desejada ( II ) Produto desejado ( III ) CH2OH OH CH2OH O COOCH3 O i) LiAlH4 ii) H3O + ( I ) ( II )( IV ) CH3OH/H + i) LiAlH4 H3O+ ( V ) COOCH3 O CH2OH O COOCH3 OCH3H3CO CH2OH H3COOCH3 ii) H2O Acetais: Grupos protetores para aldeídos e cetonas ALDEÍDOS E CETONAS: REAÇÕES Não forma o produto desejado Protegendo a carbonila, a reação leva ao produto desejado 101101 ⧫A Adição de Ilídeos: A Reação de Wittig Aldeídos e Cetonas reagem com ilídeos de fósforo para produzir ALQUENOS; Ilídeo (fosforano) → molécula neutra contendo um carbono negativo adjacente a um heteroátomo positivo; Aldeído/Cetona Ilídeo de Fósforo Alqueno (isômeros E ou Z) Óxido de trifenilfosfina 102102 Preparação do Ilídeo de Fósforo: Reação da trifenilfosfina com um haleto de alquila primário ou secundário → sal de fosfônio; O sal de fosfônio é desprotonado por uma base forte para formar o ILÍDEO; Reação Geral: Etapa 1 trifenilfosfina haleto de alquiltrifenilfosfônio Se dois conjuntos de reagentes estiverem disponíveis para a síntese do alceno, é melhor usar aquele que requer o HALETO DE ALQUILA com MENOR INTERAÇÃO ESTÉRICA103103 Etapa 2 Ilídeo de fósforo Reação Específica: Brometo de metiltrifenilfosfônio (89%) fenillítio Na reação seguinte, o aldeído reage com o diol porque os aldeídos são mais reativos que as cetonas. O reagente de Grignard reagiria agora somente com o grupo ceto. O grupo protetor pode ser removido pela hidrólise catalisada por ácidos Uma das melhores maneiras de proteger um grupo OH de um álcool é convertê-lo em um trimetilsililéter (TMS) pelo tratamento de um álcool com clorotrimetilsilano e uma amina terciária. O éter é formado pela reação SN2. Apesar de o haleto de alquila terciário não sofrer reação de SN2, uma substância com um silil terciário reage porque as ligações Si— C são maiores que as ligações C — C, reduzindo as interações estéricas no sítio de ataque nucleofílico. A amina previne que a solução se tome ácida ao reagir com HCI gerado na reação. O éter TMS, que é estável em soluções neutras e básicas, pode ser removido com solução aquosa ácida sob condições brandas O grupo OH de um ácido carboxílico pode ser protegido pela conversão de um ácido carboxílico em um éster. Um grupo amino pode ser protegido se for convertido em uma amida (Seção 17.8). O grupo acetil pode subseqüentemente ser removido por uma hidrólise catalisada por ácido Adição de enxofre nucleofílico Aldeídos e cetonas reagem com tióis para formar tioacetais e tiocetais. O mecanismo para a adição de um tiol é o mesmo usado para a adição de alcoóis. Lembre-se de que tióis são análogos ao enxofre dos alcoóis A formação de tioacetal (ou tiocetal) é uma reação sinteticamente útil porque um tioacetal (ou tiocetal) é dessulfurado quando reage com H2 e com níquel de Raney. A dessulfuração substitui as ligações C — S pelas ligações C — H. A formação de tioacetal seguida pela dessulfuração nos apresenta um terceiro método que pode ser usado para converter um grupo carbonila de uma cetona em um grupo metileno. Já vimos outros dois métodos — a redução de Clemmcnsen e a redução de W olff-Kishne 110110 ADIÇÃO DO ILÍDEO À CARBONILA → formação de um anel de 4 membros (OXAFOSFETANO); O oxafosfetano rearranja-se para um alqueno; Há a formação também do óxido de trifenilfosfina A força que rege a etapa da reação é a formação de uma ligação dupla muito forte entre OXIGÊNIO-FÓSFORO no óxido de trifenilfosfina Betaína (pode não ser formado) Oxafosfetano Óxido de trifenilfosfinaAlqueno 111111 • Ilidas estabilizadas formam principalmente isômeros E; • Ilidas não estabilizadas formam principalmente isômeros Z. • Ilidas estabilizadas tem um grupo (C=O) que pode compartilhar a carga negativa do carbono. 112 Sintetize o 2-Metil-1-fenilprop-1-eno pela reação de Wittig Exercício As formas da ressonância em uma substância carbonilada a,/3-insaturada mostram que as moléculas têm dois sítios ele- trofílicos: o carbono da carbonila e o carbono /3. Adição nudeofílica a aldeídos e cetonas a,/3-insaturadas Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25 Slide 26 Slide 27 Slide 28 Slide 29 Slide 30 Slide 31 Slide 32 Slide 33 Slide 34 Slide 35 Slide 36 Slide 37 Slide 38 Slide 39 Slide 40 Slide 41 Slide 42 Slide 43 Slide 44 Slide 45 Slide 46 Slide 47 Slide 48 Slide 49 Slide 50 Slide 51 Slide 52 Slide 53 Slide 54 Slide 55 Slide 56 Slide 57 Slide 58 Slide 59 Slide 60 Slide 61 Slide 62 Slide 63 Slide 64 Slide 65 Slide 66 Slide 67 Slide 68 Slide 69 Slide 70 Slide 71 Slide 72 Slide 73 Slide 74 Slide 75 Slide 76 Slide 77 Slide 78 Slide 79 Slide 80 Slide 81 Slide 82 Slide 83 Slide 84 Slide 85 Slide 86 Slide 87 Slide 88 Slide 89 Slide 90 Slide 91 Slide 92 Slide 93 Slide 94 Slide 95 Slide 96 Slide 97 Slide 98 Slide 99 Slide 100 Slide 101 Slide 102 Slide 103 Slide 104 Slide 105 Slide 106 Slide 107 Slide 108 Slide 109 Slide 110 Slide 111 Slide 112 Slide 113
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