Buscar

Tecnologias 04 Tecnologias Na Gestão Hospitalar


Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 52 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 52 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 52 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Continue navegando


Prévia do material em texto

GESTÃO DE SERVIÇOS 
DE TECNOLOGIA 
HOSPITALAR
Unidade 4
Diretor Executivo 
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Gerente Editorial 
ALESSANDRA FERREIRA
Projeto Gráfico 
TIAGO DA ROCHA
Autoria 
PROF. EDMUNDO SOUZA
4 GESTÃO DE SERVIÇOS DE TECNOLOGIA HOSPITALAR
U
ni
da
de
 4
A
U
TO
RI
A
Prof. Edmundo Souza
Olá. Sou formado em Administração Hospitalar, com uma 
experiência técnico-profissional na área de Gestão Administrativa, 
Compras e Suprimentos, mais de 25 anos. Passei por empresas 
como a Amil, Hospital São Camilo, Grupo Hemocentro São 
Lucas, Hospital e Maternidade Voluntários. Como professor de 
cursos superiores e pós-graduação, mais de 12 anos. Passei 
por empresas como Anhanguera Educacional, FMU, Laureate 
International Universites e SENAC. Atualmente trabalho no 
Departamento de Compras e Suprimentos do GNDI-Grupo 
Notre Dame Intermédica e também sou Tutor EAD da UNIP. Sou 
apaixonado pelo que faço e adoro transmitir minha experiência 
de vida àqueles que estão iniciando em suas profissões. Por isso 
fui convidado pela Editora Telesapiens a integrar seu elenco de 
autores independentes. Estou muito feliz em poder ajudar você 
nesta fase de muito estudo e trabalho. Conte comigo!
5GESTÃO DE SERVIÇOS DE TECNOLOGIA HOSPITALAR
U
ni
da
de
 4
ÍC
O
N
ES
Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez que:
OBJETIVO
Para o início do 
desenvolvimento 
de uma nova 
competência. DEFINIÇÃO
Houver necessidade 
de apresentar um 
novo conceito.
NOTA
Quando necessárias 
observações ou 
complementações 
para o seu 
conhecimento.
IMPORTANTE
As observações 
escritas tiveram que 
ser priorizadas para 
você.
EXPLICANDO 
MELHOR
Algo precisa ser 
melhor explicado ou 
detalhado.
VOCÊ SABIA?
Curiosidades e 
indagações lúdicas 
sobre o tema em 
estudo, se forem 
necessárias.
SAIBA MAIS
Textos, referências 
bibliográficas 
e links para 
aprofundamento do 
seu conhecimento.
ACESSE
Se for preciso acessar 
um ou mais sites 
para fazer download, 
assistir vídeos, ler 
textos, ouvir podcast.
REFLITA
Se houver a 
necessidade de 
chamar a atenção 
sobre algo a 
ser refletido ou 
discutido.
RESUMINDO
Quando for preciso 
fazer um resumo 
acumulativo das 
últimas abordagens.
ATIVIDADES
Quando alguma 
atividade de 
autoaprendizagem 
for aplicada. TESTANDO
Quando uma 
competência for 
concluída e questões 
forem explicadas.
6 GESTÃO DE SERVIÇOS DE TECNOLOGIA HOSPITALAR
U
ni
da
de
 4
Sistema de informação clínica: evolução do conceito de 
prontuário – prontuário eletrônico do paciente (PEP) .......... 9
Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP) ....................................................... 15
Riscos e obstáculos no desenvolvimento e implantação de 
um Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP) ........................ 19
Sistemas de apoio à decisão e Guidelines.................................................. 23
Classificação dos sistemas de decisão .................................. 27
Técnicas de implementação de Sistemas Especialistas ............................. 31
Padronização da linguagem: taxonomias (nomenclaturas): 
HL7, SNOMED, CIPE .................................................................. 36
Registro e intercâmbio de dados ....................................................................40
SU
M
Á
RI
O
7GESTÃO DE SERVIÇOS DE TECNOLOGIA HOSPITALAR
U
ni
da
de
 4
A
PR
ES
EN
TA
ÇÃ
O
Você sabia que a área Tecnologia de Gestão Hospitalar é 
atualmente uma das áreas mais importantes dentro do processo 
de reformulação no atendimento hospitalar?
As unidades hospitalares e seus gestores entendem também 
que a tecnologia aliada aos registros médicos, traz muito mais 
eficácia nos processos e deste modo, o atendimento ao paciente é 
muito mais completo. Esta ferramenta deve ser constantemente 
avaliada, pois cada vez mais, este cliente é exigente e está em 
busca de um ótimo atendimento, condições adequadas para que 
utiliza e serviço e busca a sensação de bem-estar, mesmo diante 
de um momento tão difícil como um tratamento médico.
Além disso, a tecnologia de informação permite a avaliação 
de doenças prevalentes e de medicamentos de maior demanda 
naquele local. A visão integral dos processos hospitalares 
possibilita ao gestor uma avaliação objetiva da rotina hospitalar. 
Entendeu? Ao longo desta unidade letiva você vai mergulhar 
neste universo!
8 GESTÃO DE SERVIÇOS DE TECNOLOGIA HOSPITALAR
U
ni
da
de
 4
O
BJ
ET
IV
O
S
Olá. Seja muito bem-vinda (o). Nosso propósito é 
auxiliar você no desenvolvimento das seguintes objetivos de 
aprendizagem até o término desta etapa de estudos:
1. Compreender como funcionam os prontuários médicos, 
tradicionais e eletrônicos.
2. Conhecer os sistemas de apoio às decisões.
3. Identificar as técnicas de implementação de sistemas.
4. Analisar os requisitos de segurança e certificações.
Então? Preparado para uma viagem sem volta rumo ao 
conhecimento? Ao trabalho! 
9GESTÃO DE SERVIÇOS DE TECNOLOGIA HOSPITALAR
U
ni
da
de
 4
Sistema de informação 
clínica: evolução do conceito 
de prontuário – prontuário 
eletrônico do paciente (PEP)
OBJETIVO
No século XIX, por volta de 1880, os médicos 
mantinham anotações dos pacientes por ordem 
cronológica, e hoje em dia a constituição e 
metodologia de preenchimento se adequa às 
exigências legais, condição sine qua non na 
obtenção da qualidade.
O Colégio Americano de Cirurgiões é uma associação 
educacional de cirurgiões criada em 1913, com o objetivo de 
melhorar a qualidade do cuidado para o paciente cirúrgico, 
estabelecendo altos padrões para a educação e para a prática 
cirúrgica; regulamentava padrões mínimos de assistência 
hospitalar aos hospitais que almejavam a sua aprovação; dentre 
as exigências, contava com o prontuário.
De acordo com Teixeira (2010), dentre as principais 
finalidade do prontuário, destaca-se:
 • Registro da assistência profissional disponibilizada pela 
equipe multidisciplinar de uma instituição de saúde ao 
paciente.
 • Ganho de tempo na identificação da evolução do pa-
ciente, a partir de registros claros, precisos e cronoló-
gicos.
 • Apoio diagnóstico aos profissionais que atendam 
ao paciente, ofertando-lhes maior segurança no 
estabelecimento do diagnóstico e da terapêutica a ser 
empregada.
10 GESTÃO DE SERVIÇOS DE TECNOLOGIA HOSPITALAR
U
ni
da
de
 4
 • Estatística - são extraídas as mais diversas informações 
de interesse do paciente, dos profissionais e da ciência 
da saúde.
Figura 1
Fonte: Pixabay
 • Cobrança - estão prescritas todas as medicações e 
utilização de materiais que deverão ser cobrados do 
paciente, dos convênios ou do Poder Público.
 • Defesa - quando profissionais e estabelecimentos de 
saúde forem acionados por pacientes insatisfeitos com 
o resultado do seu atendimento. Será o prontuário do 
paciente o único documento sobre o qual se debruçarão 
11GESTÃO DE SERVIÇOS DE TECNOLOGIA HOSPITALAR
U
ni
da
de
 4
os operadores do Direito (advogado, delegado, 
promotor de justiça, juízes, desembargadores etc...) e 
outros profissionais para analisar se a conduta adotada 
pelos profissionais de saúde foi (ou era) compatível 
com o quadro clínico apresentado e com o tratamento 
dispensado. Dessa análise é que se chegará à conclusão 
da ocorrência ou não de um “erro” profissional, que 
poderá ser punido administrativa, ética, penal e 
civilmente.
 • Pesquisas científicas e de ensino - é com base nas 
informações técnicas constantes do prontuário do 
paciente que se colherão subsídios que servirão de 
estudos para constituir a base do progresso científico 
e de descobertas.
 • Informações epidemiológicas - contêm dados que 
orientam a sociedade no controle de epidemias.
 • Eficiência dos profissionais - podemos constatar 
a competência, a deficiência ou a eficiência dos 
profissionais da saúde pela análise dos registros do 
prontuário do paciente.
 • Meio de comunicação - deve servir de meio de 
comunicação entre as equipes multidisciplinares queatuem em prol do paciente.
 • Elaboração de relatórios e atestados - a partir dos 
indicadores de tal documento, é possível elaborar 
relatórios e emitir atestados sobre a situação do 
paciente.
A Resolução CFM nº 1.638 (BRASIL, 2002b) define prontuário 
médico e torna obrigatória a criação da Comissão de Revisão de 
Prontuários nas instituições de saúde:
12 GESTÃO DE SERVIÇOS DE TECNOLOGIA HOSPITALAR
U
ni
da
de
 4
Art. 1º - Definir prontuário médico como o documento único 
constituído de um conjunto de informações, sinais e imagens 
registradas, geradas a partir de fatos, acontecimentos e situações 
sobre a saúde do paciente e a assistência a ele prestada, de 
caráter legal, sigiloso e científico, que possibilita a comunicação 
entre membros da equipe multiprofissional e a continuidade da 
assistência prestada ao indivíduo.
Teixeira (2010) frisa:
O prontuário deve ser composto de um conjunto de 
informações obtidas a partir da observação técnica do 
paciente e deve ser montado de maneira organizada[.] 
que permita que elas sejam utilizadas, revistas e 
revisitadas pela equipe multiprofissional sempre que 
for necessário.
A responsabilidade do prontuário cabe ao médico assistente 
e aos demais profissionais que compartilham do atendimento; 
à hierarquia médica da instituição, nas suas respectivas áreas 
de atuação, que tem como dever zelar pela qualidade da 
prática médica ali desenvolvida; bem como à hierarquia médica 
constituída pelas chefias de equipe, chefias da Clínica, do setor 
até o diretor da divisão médica e/ou diretor técnico.
Nas instituições de saúde que prestem assistência médica, 
é obrigatório a existência de uma comissão de revisão de 
prontuários. Esta comissão tem a competência de observar os 
itens obrigatórios do prontuário e assegurar a responsabilidade 
do preenchimento, guarda e manuseio desses registros.
Os itens obrigatórios do prontuário, eletrônico ou de papel, são:
 • Identificação do paciente - nome completo, data de 
nascimento (dia, mês e ano com quatro dígitos), sexo, 
nome da mãe, naturalidade (indicando o município e 
13GESTÃO DE SERVIÇOS DE TECNOLOGIA HOSPITALAR
U
ni
da
de
 4
o estado de nascimento), endereço completo (nome 
da via pública, número, complemento, bairro/distrito, 
município, estado e CEP).
 • Anamnese, exame físico, exames complementares 
solicitados e seus respectivos resultados, hipóteses 
diagnósticas, diagnóstico definitivo e tratamento 
efetuado.
 • Evolução diária do paciente, com data e hora, 
discriminação de todos os procedimentos aos quais 
foi submetido e identificação dos profissionais que 
os realizaram, assinados eletronicamente quando 
elaborados e/ou armazenados em meio eletrônico.
Nos casos emergenciais, nos quais seja impossível a colheita 
de história clínica do paciente, deverá constar relato médico 
completo de todos os procedimentos realizados e que tenham 
possibilitado o diagnóstico e/ou a remoção para outra unidade.
Além dessas informações, todas as que se relacionam 
com o paciente devem ser registradas, bem como as que se 
referem aos procedimentos no cuidado da saúde. Existe ainda 
a obrigatoriedade na legibilidade da letra do profissional, caso o 
prontuário seja em papel, a identificação dos profissionais que 
realizaram o atendimento, a assinatura do médico e número no 
Conselho Regional de Medicina (CRM) e responsabilidade quanto 
ao preenchimento, guarda e manuseio.
De acordo com o exposto, não é o profissional de saúde 
que decide o que deve ser escrito e de que forma será registrado 
no prontuário, e sim a legislação, diante da obrigatoriedade legal, 
o responsável e/ou estabelecimentos de saúde devem conhecer 
as normas, pois elas determinam quando, como e de que forma 
o serviço deve ser executado (TEIXEIRA, 2010).
14 GESTÃO DE SERVIÇOS DE TECNOLOGIA HOSPITALAR
U
ni
da
de
 4
Além disso, o artigo 6º da Resolução supracitada reza que 
a Comissão de Revisão de Prontuários deverá manter estreita 
relação com a Comissão de Ética Médica da unidade, com a qual 
deverão ser discutidos os resultados das avaliações realizadas.
Assim, à vista da ética e legalidade, são analisados, 
confrontados e fiscalizados pela autoridade competente. Esta 
pode ser o Conselho ao qual o profissional pertence, o Judiciário, 
o Executivo, entre outros.
O acesso ao prontuário é restrito ao profissional de 
saúde que esteja obrigado a manter sigilo, de acordo com a 
determinação do código de ética da categoria. Teixeira (2010) 
enfatiza que:
O paciente tem o direito de ter cópia do seu prontuário 
quando quiser, diretamente ou por meio de um parente ou 
advogado, desde que autorize por escrito tais pessoas a ter 
acesso ao documento. No caso de óbito do paciente, inexistirá a 
autorização para o acesso de terceiros à cópia do paciente. Neste 
caso, ninguém terá direito a obter a cópia do prontuário. Caso a 
autoridade necessite de informações constantes do prontuário, 
ela deverá nomear perito (profissional da saúde: médico, 
enfermeiro etc...) para colher as informações diretamente no 
documento, pois tal profissional também é obrigado a manter o 
sigilo das informações constantes do prontuário.
Segundo o Plano Diretor da Atenção Primária do Governo 
de Minas Gerais, o prontuário pertence ao profissional de saúde, 
ao paciente e à instituição de saúde. O acesso ao documento 
é permitido ao paciente ou representante legal mediante 
procuração, no caso de falecimento, o representante familiar 
será nomeado por um juiz e pelo Conselho Regional de Medicina.
15GESTÃO DE SERVIÇOS DE TECNOLOGIA HOSPITALAR
U
ni
da
de
 4
De acordo com estudo feito pela Faculdade de Medicina 
da Universidade de São Paulo (2003), a comunicação entre os 
membros da equipe de saúde utiliza o prontuário como veículo 
de disseminação de informações sobre a saúde do paciente. Os 
dados registrados darão continuidade ao processo evolutivo do 
paciente, indicarão quais procedimentos resultaram na melhora 
ou não do problema apresentado, e também possibilitarão a 
identificação de novos problemas e condutas diagnósticas e 
terapêuticas associadas e como os pacientes responderam ao 
tratamento.
Estas informações agregadas e sistematizadas são 
necessárias para caracterizar o nível de saúde populacional e 
viabilizam a construção de modelos e políticas de atendimento e 
gestão das organizações de saúde (FACULDADE DE MEDICINA DA 
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, 2003, p. 2).
NOTA
A Resolução do Conselho Federal de Medicina nº 
1.605, de 15 de setembro de 2000, normatiza a 
revelação do sigilo médico e o acesso ao prontuário 
médico, assim como o Código de Ética Médica.
Prontuário Eletrônico do Paciente 
(PEP)
A inserção dos dados que constam no prontuário pressupõe 
o envolvimento de múltiplos profissionais. As atividades de 
atendimento ocorrem em diferentes locais, logo as informações 
são provenientes de diversas fontes de dados.
De acordo com publicação da Faculdade de Medicina 
da Universidade de São Paulo (2003), tais dados precisam ser 
agregados e organizados de modo a produzir um contexto 
16 GESTÃO DE SERVIÇOS DE TECNOLOGIA HOSPITALAR
U
ni
da
de
 4
que servirá de apoio para a tomada de decisão sobre o tipo de 
tratamento ao qual o paciente deverá ser submetido, orientando 
todo o processo de atendimento à saúde de um indivíduo ou de 
uma população.
Pela característica e objetivo do prontuário, há necessidade 
de uma estrutura computacional, a qual deu-se o nome de 
Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP), pois tal modelo permite 
a união de todos os dados produzidos em vários formatos, em 
épocas distintas, feitos por diferentes profissionais da equipe 
de saúde em locais dissemelhantes. Assim, é uma estrutura 
eletrônica que mantém as informações sobre o estado de saúde 
e todo o histórico de atendimento recebido pelo paciente.
O Institute of Medicine dos EUA (apud PATRÍCIO et al., 2011, 
p. 123) define o PEP como sendo “um registro eletrônico que 
reside em um sistema especificamente projetado para apoiar osusuários fornecendo acesso a um completo conjunto de dados 
corretos, alertas, sistemas de apoio à decisão e outros recursos, 
como links para bases de conhecimento médico”.
Segundo a Faculdade de Medicina da Universidade de São 
Paulo (2003, p. 6):
O prontuário eletrônico é um meio físico, um 
repositório onde todas as informações de saúde, 
clínicas e administrativas, ao longo da vida de um 
indivíduo estão armazenadas, e muitos benefícios 
podem ser obtidos deste formato de armazenamento. 
Dentre eles, podem ser destacados: acesso rápido aos 
problemas de saúde e intervenções atuais; acesso a 
conhecimento científico atualizado com consequente 
melhoria do processo de tomada de decisão; 
melhoria de efetividade do cuidado, o que por certo 
contribuiria para obtenção de melhores resultados 
17GESTÃO DE SERVIÇOS DE TECNOLOGIA HOSPITALAR
U
ni
da
de
 4
dos tratamentos realizados e atendimento aos 
pacientes; possível redução de custos, com otimização 
dos recursos.
A tecnologia se apresenta como solução na integração 
de sistemas em geral, mas na saúde é um recurso de suma 
importância. Atualmente, o poder de processamento dos 
computadores dobra a cada ano, enquanto o custo é o mesmo, 
isso significa que, daqui a um ano, será possível comprar um 
chip com o dobro da capacidade de processamento pelo mesmo 
preço pago hoje. À frente de todos os recursos computacionais 
voltados para o desenvolvimento do prontuário eletrônico, 
está a internet, pois permite um alto poder de conectividade 
interligando instituições geograficamente distantes, permitindo 
o compartilhamento de dados clínicos, inclusive com acesso a 
essas informações a partir das casas dos pacientes.
Utilizando-se os softwares de navegação na internet, é 
possível acessar informações disponíveis na world wide web 
(www), que permitem a busca, a pesquisa e a transferência de 
informação da rede para o computador local com rapidez e 
eficiência. A www utiliza com sucesso os protocolos definidos 
para a documentação (HTML) e para a transferência (HTTP), 
demonstrando um potencial de expansão de mercado para a 
adoção de padrões.
Outros recursos úteis na construção de um prontuário são 
as interfaces gráficas, o reconhecimento de voz e escrita, recursos 
multimídias, armazenamento de imagens e a tecnologia sem fio 
(KISSINGER; BORCHARDT apud FACULDADE DE MEDICINA DA 
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, 2003).
Além dos fatores de sucesso na implantação de um 
prontuário, tais como: cooperação, disponibilização de 
18 GESTÃO DE SERVIÇOS DE TECNOLOGIA HOSPITALAR
U
ni
da
de
 4
programas de tratamento (protocolos, guias de conduta, alertas, 
avisos), a educação da equipe e a definição de normas e padrões 
tecnológicos e em relação aos dados, o sucesso de um sistema 
depende mais das pessoas do que da tecnologia.
SAIBA MAIS
Para consultar o Departamento de Informática 
em Saúde da Escola Paulista de Medicina da 
Universidade Federal de São Paulo, acesse.
http://www.dis.epm.br/
19GESTÃO DE SERVIÇOS DE TECNOLOGIA HOSPITALAR
U
ni
da
de
 4
Riscos e obstáculos 
no desenvolvimento e 
implantação de um Prontuário 
Eletrônico do Paciente (PEP)
Não há definição mais clara e objetiva do que a exposta 
pelo estudo da Faculdade de Medicina da Universidade de São 
Paulo (2003) quando se trata de apontar os riscos e obstáculos 
críticos no desenvolvimento e implantação de um PEP.
 • Falta de entendimento das capacidades e benefícios do 
PEP: é importante que todos os usuários do sistema e 
a diretoria da instituição estejam cientes de todos os 
recursos e benefícios que o PEP pode oferecer. Sem o 
devido entendimento, o usuário pode não vislumbrar 
todos os itens dos quais possam usufruir, levando 
os desenvolvedores a uma deficiente verificação dos 
requisitos do sistema. Isso acarreta a criação de um 
sistema ineficiente, incapaz de atender às necessidades 
reais dos usuários. Por isso, é fundamental que esteja 
presente na equipe de desenvolvimento um profissional 
experiente com formação em informática médica.
 • Padronização: a falta de padronização nos sistemas 
provoca a perda ou inviabiliza muitos dos recursos que 
podem ser disponibilizados, como alertas, sistemas de 
apoio à decisão, pesquisas clínicas e outros.
 • Interface com o usuário: para que os dados sejam 
armazenados de forma estruturada, o requisito 
fundamental do PEP, a entrada desses dados deve 
também ser feita de forma estruturada. Texto livre, 
embora mais aceito pelos profissionais por ser 
semelhante aos hábitos de documentação por escrita 
20 GESTÃO DE SERVIÇOS DE TECNOLOGIA HOSPITALAR
U
ni
da
de
 4
à mão no prontuário em papel, dificulta sua captura, 
quando não a inviabiliza.
 • Segurança e confidencialidade: a construção de sistemas 
que não valorizam a segurança e confidencialidade dos 
dados do paciente pode estar fadada ao fracasso e 
desencadearem processos legais contra a instituição. 
Além disso, contribuem para criar ou aumentar a falta 
de confiança dos usuários.
 • Falta de infraestrutura: para o intercâmbio de dados 
e gerenciamento de recursos, são necessários a 
adoção de padrões de comunicação, leis e regras que 
regulamentem o processo de transmissão, especialistas 
no desenvolvimento de sistemas de PEP e redes locais, 
regionais e nacionais.
 • Aceitação pelo usuário: se o usuário não for envolvido 
no processo desde o início do desenvolvimento, 
participando ativamente e colaborando, ele pode 
resistir ao uso do sistema e até mesmo desencadear 
atitudes de sabotagem.
 • Aspectos legais: a falta de legislação que regulamente 
o uso do meio eletrônico como forma de armazenar o 
prontuário sem papel e o uso de assinatura eletrônica 
são importantes fatores que bloqueiam a difusão do 
PEP.
 • Conteúdo do PEP: ainda não há consenso e muitos 
aspectos referentes ao conteúdo têm sido apresentados 
por diversos autores.
 • Mudança de comportamento: estar convencido da 
necessidade de mudar e aceitar incorporação de novos 
recursos não quer dizer comportamento alterado. 
Sistemas que interferem nos hábitos rotineiros das 
21GESTÃO DE SERVIÇOS DE TECNOLOGIA HOSPITALAR
U
ni
da
de
 4
pessoas, em geral, não são bem aceitos ou demoram 
algum tempo para serem aceitos, exigindo, portanto, 
envolvimento e constante treinamento e ensino.
A complexidade de um PEP é grande e representa ainda 
um enorme desafio. As complicações em relação à tarefa a ser 
executada, baseando-se nas informações para fins gerenciais na 
construção de um PEP, estão na dificuldade do registro, controle 
e recuperação das informações clínicas.
A tecnologia não é a barreira para tal implementação, mas 
sim a natureza organizacional e a forma de trabalho tradicional 
dos profissionais da saúde. De acordo com a Faculdade de 
Medicina da Universidade de São Paulo (2003, p. 17): “[...] sistemas 
integrados pressupõem não somente serviços e organizações 
integradas, mas [,] principalmente, profissionais integrados. 
Este aspecto caracteriza, muitas vezes, a barreira crítica no 
desenvolvimento e adoção de um PEP”.
O Instituto de Medicina da Academia de Ciências dos 
Estados Unidos, após pesquisa sobre a melhoria dos sistemas 
de registros médicos com o uso da tecnologia, também apontou 
barreiras que dificultavam o desenvolvimento do PEP. Tais 
apontamentos diziam respeito ao desenvolvimento de padrões, 
sobretudo na área médica, educação e treinamento dos usuários 
e desenvolvedores de sistemas, além de outros desafios técnicos 
e institucionais. Apesar do avanço tecnológico, reconhecimento 
de melhorias nos SIS e melhor padronização dos dados, ainda 
há discordância sobre conteúdos, fragmentação no ambiente 
organizacional dos serviços de saúde, além de questões legais 
e sociais, a exemplo da privacidade das informações sobre o 
paciente (RODRIGUES FILHO; XAVIER; ADRIANO, 2001).
22 GESTÃO DE SERVIÇOS DE TECNOLOGIA HOSPITALAR
U
ni
da
de
 4
Ainda mencionando a Faculdade de Medicina da 
Universidade de São Paulo (2003), além das barreiras citadas, 
podemosrelacionar:
 • a falta de planejamento estratégico na implantação do 
sistema;
 • pouco ou nenhum incentivo interno da organização 
para atingir a integração clínica;
 • autonomia dos hospitais e, principalmente, falta de 
planejamento do atendimento à saúde da população.
Hoje, a realidade tende para o uso da tecnologia a fim de 
consolidar o PEP. Apesar de exigir grande investimento, tanto 
financeiro, corporativo e humano, e ser um processo de longa 
duração e demandar unicidade dos profissionais envolvidos, se a 
finalidade for adquirir qualidade no atendimento à saúde, esses 
investimentos por si só serão legitimados.
Diante desses obstáculos e riscos, a adoção do PEP ainda 
se mostra vantajosa, pois permite que se controle o tempo na 
eficiência quanto à assistência, no controle de trabalho, alterando 
métodos de trabalho e conduta das pessoas envolvidas, além de 
proporcionar o acompanhamento de desempenho de pessoas 
e setores, no controle de custos e, por fim, mas não menos 
importante, no controle das informações quanto à segurança, 
ao registro e armazenamento, constituindo, assim, sistemas 
inteligentes de suporte à decisão (FARIAS; GUIMARÃES; VARGAS, 
2012).
23GESTÃO DE SERVIÇOS DE TECNOLOGIA HOSPITALAR
U
ni
da
de
 4
Figura 2
Fonte: Freepik
Sistemas de apoio à decisão e 
Guidelines
O termo guidelines nos traz o conceito de diretriz, de 
conjunto de regras a serem seguidas para determinado assunto. 
São referenciais para a elaboração de diagnósticos na tomada de 
decisão clínica.
Quanto ao processo de decisão, Silva (2013, p. 75) justifica:
Tomar uma decisão constitui um processo pelo qual se 
escolhe uma ou algumas ações dentre várias possíveis. A escolha 
é baseada em um conjunto de informações que levam ao 
intelecto a processar probabilidades de desfecho optando pela 
mais aprazível ou de maior chance de sucesso. A propedêutica 
médica está reforçada no século XXI pelos instrumentos de 
apoio às decisões informatizadas que visam reduzir a incerteza 
diagnóstica e terapêutica.
24 GESTÃO DE SERVIÇOS DE TECNOLOGIA HOSPITALAR
U
ni
da
de
 4
Nesse sentido, a informação torna-se o elemento central 
no processo de decisão e é pré-requisito na gestão da atenção 
à saúde. O acesso à informação é fundamental para um 
planejamento adequado, funcionamento aceitável, supervisão e 
controle dos programas na saúde.
Na tomada de decisão da prática clínica, o médico aplica 
seu conhecimento prático e teórico ao resolver um problema. 
O conjunto básico de estudos introdutórios é composto de 
anamnese, exame físico e exames complementares, além de 
sistemas informatizados de apoio às decisões, que têm por 
objetivo a redução do grau de incerteza em relação ao diagnóstico 
e à terapia, no intuito de aumentar a probabilidade de acerto na 
causa da afecção.
O processo comparativo entre o histórico da doença e as 
manifestações apresentadas pelo paciente permite descartar a 
maioria das causa das doenças. Contudo, esse processo é útil, 
mas também pode gerar equívocos, tendo em vista que não 
há um ser humano exatamente igual a outro. Assim, por mais 
semelhante que os sinais e sintomas sejam comparados à 
história natural de uma doença, sempre haverá algum grau de 
incerteza (SILVA, 2013).
A pesquisa para descobrir fatos pode permitir a redução 
no grau de incerteza sobre o diagnóstico principal, mas outros 
fatores podem reduzir ou aumentar a probabilidade do acerto 
diagnóstico ou terapêutico: elementos relacionados ao médico, 
ao paciente e ao ambiente da assistência.
Segundo Silva (2013), os fatores inerentes ao médico 
englobam características além de sua formação técnica e prática, 
tais como o desgaste físico e mental por rotinas extenuantes 
de trabalho, autoconfiança, desmotivações pessoais e questões 
financeiras que podem acarretar consultas apressadas. Os 
25GESTÃO DE SERVIÇOS DE TECNOLOGIA HOSPITALAR
U
ni
da
de
 4
itens inerentes ao paciente se devem em especial ao grau de 
capacidade de informar seus sintomas de modo preciso e de 
entender o tratamento e posologia propostos pelo médico. Os 
fatores inerentes ao ambiente envolvem basicamente a presença 
de recursos humanos para apoio multidisciplinar, tal como 
pareceres aos nutricionistas, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, 
especialistas clínicos e associados aos recursos tecnológicos 
de exames complementares específicos. A escassez destes 
recursos aumenta o grau de incerteza em relação ao diagnóstico 
e sobrecarrega os fatores negativos relacionados ao médico.
O processo de tomada de decisão ocorre em diversos pontos 
da atividade médica, algumas elementares, como é o caso da 
interpretação de exames laboratoriais, mas existem três outras 
importantes situações ao longo da atenção médica nas quais o 
computador – com seus sistemas – pode auxiliar as decisões: o 
diagnóstico, o planejamento terapêutico e o prognóstico.
Estes três níveis de decisão estão fortemente interligados e 
fazem parte de um ciclo repetitivo e auto modificável: avaliação 
– decisão – ação, e os programas de computador incluem esse 
ciclo.
O processo mais complexo é o diagnóstico, pois depende 
da análise de dados e informações de diversas fontes. De acordo 
com Silva (2013), existe uma falta de padronização quanto aos 
termos e definições médicas, não existem opiniões consensuais 
sobre como decidir diante de evidências conflitantes, os bancos 
de dados confiáveis são escassos e espalhados em grande 
variedade de publicações.
Sabbatini (1993) concorda com Silva (2013) e diz que a 
área mais complexa e difícil da tomada de decisão médica é o 
diagnóstico. As principais razões para isso são:
26 GESTÃO DE SERVIÇOS DE TECNOLOGIA HOSPITALAR
U
ni
da
de
 4
 • O diagnóstico médico depende da análise de dados 
e informações de diversas fontes de naturezas muito 
diferentes, incluindo a experiência prévia do médico 
em realizar diagnósticos do mesmo tipo, bem como o 
senso comum e a intuição. É bastante difícil formalizar 
esse conhecimento e representá-lo através de um 
programa de computador.
 • Os mecanismos mentais e o processo de raciocínio pelo 
qual os clínicos chegam ao diagnóstico são ainda mal 
conhecidos. Ele envolve, simultaneamente, processos 
lógicos, avaliação probabilística, encadeamento 
causal, e muitos outros processos ainda entendidos 
parcialmente. É difícil, portanto, tentar simular num 
computador um modelo incompleto de raciocínio.
 • Existe uma falta de padronização quanto aos termos e 
definições médicas. Muitas vezes não existem opiniões 
consensuais por parte dos especialistas na área de 
estudo, sobre como decidir em face de evidências 
conflitantes. São raros os bancos de dados médicos 
confiáveis, e o conhecimento está espalhado em muitas 
publicações, lugares e cabeças.
Um dos primeiros e bem-sucedidos sistemas é o Mycin, 
desenvolvido nos Estados Unidos da América em 1972. Embora 
antigo, o conceito de sistemas baseados em inferência é ainda 
considerado importante, e foi desenvolvido sob três subsistemas: 
o programa de consulta, o de explanação e o de aquisição de 
conhecimento.
Os sistemas especialistas, como diz o nome, são capazes 
de apoio à decisão apenas em áreas especializadas da medicina: 
quanto mais especializada, melhor funciona o sistema.
27GESTÃO DE SERVIÇOS DE TECNOLOGIA HOSPITALAR
U
ni
da
de
 4
Classificação dos sistemas de 
decisão
Os sistemas especialistas são programas de computador 
voltados para uma área específica do conhecimento.
Eles são uma aplicação capaz de tomar decisões, fazer 
escolhas e tem como finalidade resolver problemas e realizar 
tarefas extremamente complexas (tendo o mundo real como 
tratativa) e escolher a melhor opção entre as corretas e as 
prováveis.
Para Widman (1998), os sistemas especialistas podem ser 
úteis de dois modos diferentes:
 • Apoio à decisão – o programa ajuda o tomador de 
decisões experiente a lembrar-se de diversos tópicos 
ou opções, que se considera que ele saiba, mas que 
possa ter esquecido ou ignorado. Esse é o usomais 
comum em medicina.
 • Tomada de decisão – toma a decisão no lugar de uma 
pessoa, pois isso implicaria algo que está acima de seu 
nível de treinamento e experiência. Esse é o uso mais 
comum em muitos sistemas industriais e financeiros, 
mas também já existe em medicina.
Os sistemas especialistas são atualmente usados em muitos 
setores da atividade humana, por exemplo, por empresas de 
cartões de crédito para tomar decisões rápidas de aprovação de 
transações individuais feitas por seus clientes. Eles também estão 
embutidos em muitos outros produtos de software voltados ao 
consumidor, tais como em sistemas de reconhecimento de voz, 
jogos de xadrez, corretores gramaticais para processadores 
de texto, ajudantes de cálculo em planilhas eletrônicas e em 
softwares gráficos. Uma tecnologia relacionada, a das redes 
28 GESTÃO DE SERVIÇOS DE TECNOLOGIA HOSPITALAR
U
ni
da
de
 4
neurais artificiais, atualmente é usada em dispositivos como 
refrigeradores e condicionadores de ar e em equipamentos 
biomédicos de laboratório ou de diagnóstico.
As áreas nas quais os sistemas especialistas podem ser 
aplicados de forma satisfatória em medicina têm as seguintes 
características:
 • o conhecimento necessário para tomar decisões é 
razoavelmente bem circunscrito;
 • os peritos na área podem alcançar soluções precisas 
muito mais rapidamente do que as pessoas que não 
são;
 • atribui-se um valor considerável às soluções consegui-
das de forma precisa e muito rápida;
 • os dados necessários para tomar a decisão podem ser 
descritos objetivamente.
Os sistemas de apoio à decisão médica podem ser 
classificados da seguinte maneira:
 • sistemas com capacidade de decisão própria limitada 
ou ausente;
 • recuperação de dados sobre pacientes;
 • cálculos matemáticos assistido por computador;
 • análise e interpretação primária de dados.
Sistemas com capacidade de raciocínio automático e de 
inferência:
 • Sistemas de classificação de doenças;
 • Sistemas especialistas baseados em consulta;
 • Sistemas especialistas baseados em crítica.
29GESTÃO DE SERVIÇOS DE TECNOLOGIA HOSPITALAR
U
ni
da
de
 4
Os programas computacionais complexos são capazes 
de realizar raciocínio automático e inferências lógicas (indução 
e dedução) e eram somente executados em computadores 
de grande porte, exigindo enorme capacidade de memória 
e processamento. Utilizam, em sua maioria, recursos da 
inteligência artificial (IA). inteligência artificial é o ramo da ciência 
da computação que estuda como imitar em um computador as 
capacidades típicas do intelecto humano.
Esses sistemas têm recebido grande interesse da classe 
médica e dos cientistas da computação por terem suas bases de 
conhecimento bem mais definidas em termos de representação 
do conhecimento, regras de decisão, dados para apoiar a 
decisão, padronização de nomenclatura e concordância entre os 
especialistas produzem resultados mais úteis do ponto de vista 
prático, pois enfocam seus poderes de resolução em problemas 
diagnósticos difíceis. São geralmente considerados confiáveis 
pelos seus usuários. Contudo, tentativas têm sido feitas na 
construção de sistemas gerais de diagnóstico médico, tais como 
o Internist/Caduceus e o Quick Medical Record (QMR).
A metodologia usual aplicada no raciocínio automático em 
um computador ocorre por meio de consultas essencialmente 
interativas. Sabbatini (1993) descreve o uso desses sistemas 
especialistas:
 • o médico dispõe ao computador os dados sobre o 
paciente;
 • em resposta, o programa fornece os diagnósticos mais 
prováveis, tratamentos, etc...
 • assim, o programa de computador age como um 
médico mais experiente (especialista);
30 GESTÃO DE SERVIÇOS DE TECNOLOGIA HOSPITALAR
U
ni
da
de
 4
 • pode citar dados da literatura que respaldem as suas 
afirmações, avaliações, propostas etc. (capacidade 
explicativa).
Outra metodologia citada por Sabbatini (1993) é a dos 
chamados sistemas de crítica, em que:
 • o médico fornece sinais, sintomas e resultados de 
exames, assim como o diagnóstico, ou diagnósticos, 
presumidos;
 • o programa de computador elabora, a partir desses 
dados, uma crítica sobre o diagnóstico hipotético 
disponibilizado pelo médico;
 • promove-se orientação para determinar diagnósticos 
mais precisos, que tipo de dados adicionais deve ser 
conseguidos, etc...
Citemos alguns exemplos da área da cardiologia que 
utilizam sistemas especialistas.
 • apoio à decisão:
 • Pacientes com angina de peito: decidir se o paciente 
vai ser observado clinicamente, fazer um holter, ser 
internado na UTI.
 • Pacientes com infarto agudo do miocárdio: decidir se 
deverá ser utilizada trombólise ou PCTA.
 • Estratificação dos riscos de pacientes que sofreram 
infarto.
Outros métodos diagnósticos padronizados, como 
interpretação automática de exames laboratoriais.
 • processamento de sinais:
 • Eletrocardiogramas comuns e de alta resolução.
31GESTÃO DE SERVIÇOS DE TECNOLOGIA HOSPITALAR
U
ni
da
de
 4
 • Cintilografias cardíacas com tálio.
 • controle de qualidade:
 • Interações entre medicamentos.
 • Auditoria de atos médicos (por exemplo: justificava-
se nesse caso fazer uma cineangiocoronariografia).
 • controle de processos:
 • Gerenciamento automatizado de dispositivos de 
controle, tais como bombas de infusão de drogas.
Técnicas de implementação de 
Sistemas Especialistas
Existem cinco grandes paradigmas classificados na técnica 
de diagnóstico computadorizado: algoritmos, lógica baseada em 
regras, probabilidades, estatísticas e redes neurais artificiais.
Figura 3
Fonte: Freepik
32 GESTÃO DE SERVIÇOS DE TECNOLOGIA HOSPITALAR
U
ni
da
de
 4
Os sistemas algorítmicos se caracterizam por implementar 
decisões em forma de sequência de comandos condicionais 
embutidos no programa de computador. Esses comandos são 
do tipo de um estado apenas, conferem somente uma condição 
verdadeira, “se for verdade, então faça algo”, e utilizam a lógica 
“se...então”, e esta condição dificulta a depuração e correção de 
erros lógicos.
Os sistemas lógicos baseados em regras consegue eliminar 
a dificuldade dos sistemas algorítmicos, pois utilizam comandos 
do tipo duas condições, a verdadeira e a falsa, aplicando regras 
de sentença “se... então... senão”. Como exemplo:
Se o paciente tiver dor no tórax.
 • e a dor se iniciar rapidamente;
 • e a dor for opressiva;
 • e a dor aumentar com o tempo.
Então o diagnóstico será infarto agudo do miocárdio.
Por meio dessa técnica, é possível chegar ao diagnóstico 
computadorizado depois que os dados disponíveis e relevantes 
sobre o paciente tiverem sido submetidos a estes testes 
condicionais.
Entre os sistemas que utilizam a técnica de inteligência 
artificial, além dos Mycin e Caduceus/ Internist, citados 
anteriormente, existem outros sistemas, entre os quais:
 • DTA – consultas sobre terapias com digitais.
 • PIP – consulta e diagnose na medicina interna e 
nefrologia.
 • Casnet/Glaucoma – para o diagnóstico e aconselhamento 
terapêutico nos casos de glaucoma;
33GESTÃO DE SERVIÇOS DE TECNOLOGIA HOSPITALAR
U
ni
da
de
 4
 • Puff – diagnóstico de distúrbios respiratórios;
 • Abel – identificação de distúrbios eletrolíticos e acido 
básicos e aconselhamento terapêutico;
 • VM – interpretação e consulta sobre terapia intensiva 
em relação a pacientes em estado grave;
 • Oncocin – seleção de protocolos oncoterápicos. 
Os componentes essenciais de um sistema especialista 
abrangem:
 • a base de conhecimentos: é a estrutura de dados em 
que os fatos e as regras estão armazenadas.
 • o módulo de aquisição do conhecimento: uma parte 
do sistema que é usada para modificar e adicionar 
essa informação nova à base. Ele normalmente 
trabalha interagindo diretamente com os especialistas 
humanos, que ditam as regras e os fatos novos ao 
sistema especialista.
 • o mecanismo de inferência: este é o centro do sistema 
especialista, pois é a parte do programa que irá 
interagir com o usuário no modo de consulta e acessaráa base de registros para fazer inferências sobre o caso 
proposto pelo usuário.
 • o módulo de explicações: este programa é acionado 
cada vez que o usuário solicita uma explicação sobre 
uma decisão em particular que o sistema tomou, ou 
sobre qualquer fato ou conhecimento que ele guardou 
na base.
Nessa estrutura, a parte que mais exige raciocínio é a 
aquisição de instrução e verificação, ou seja, conferência de 
34 GESTÃO DE SERVIÇOS DE TECNOLOGIA HOSPITALAR
U
ni
da
de
 4
inconsistências, pontos cegos, erros e contradições na base 
informada pelo ser humano.
Existe uma dificuldade em criar e atualizar a base de 
conhecimento, pois as tarefas associadas às decisões são de 
difícil sistematização e não podem ser expressas por formalismos 
matemáticos, estatísticos ou lógicos. O reconhecimento de 
padrões espaciais, tais como um EEG, é um problema na medicina, 
mas esforços têm sido feitos no sentido de desenvolver sistemas 
que sejam capazes de “aprender” sozinhos estas associações 
lógicas. Esses sistemas são identificados como adaptativos e 
utilizam o paradigma das redes neurais artificiais, procuram 
imitar o funcionamento do cérebro humano, com propriedades 
de computação distribuída e coletiva, com capacidade de 
aprendizagem supervisionada ou não supervisionada. Tais 
dispositivos têm sido utilizados em tarefas de classificação de 
doenças, controle de equipamentos biomédicos inteligentes, 
processamento de imagens e sinais, entre outros.
Entretanto, seu uso é raro na prática clínica, mas quando 
aplicados, provam ser confiáveis e úteis.
Sabbatini (1993) relata que:
Um programa para o diagnóstico da etiologia de uma 
dor abdominal aguda, desenvolvido na Inglaterra, 
por exemplo, tem sido rotineiramente usado nas 
enfermarias de emergência de alguns hospitais. O seu 
uso ajudou na redução em 50% nas taxas de apendicite 
perfurada, e na redução de 36% para 14% da incidência 
de cirurgias abdominais desnecessárias. O sistema 
Mycin também foi avaliado extensamente, com bons 
resultados. Alguns poucos sistemas especialistas 
médicos têm sido oferecidos comercialmente, 
geralmente embutidos em equipamentos biomédicos, 
como é o exemplo de um sistema de avaliação 
35GESTÃO DE SERVIÇOS DE TECNOLOGIA HOSPITALAR
U
ni
da
de
 4
respiratória, e outro de interpretação automática de 
eletroforese de proteínas.
O apoio às decisões através de sistemas especialistas cada 
vez mais estão se aperfeiçoando, e o trabalho do médico deverá 
ser mais do que confrontar os dados e tomar uma decisão do que 
relembrar a teoria e protocolos decorados. O médico deve ser 
um estrategista baseado na teoria e na experiência, subsidiado 
pelos sistemas especialistas, sempre lembrando que não há 
paciente igual ao outro no mundo.
36 GESTÃO DE SERVIÇOS DE TECNOLOGIA HOSPITALAR
U
ni
da
de
 4
Padronização da linguagem: 
taxonomias (nomenclaturas): 
HL7, SNOMED, CIPE
Sendo a informação insumo principal para o gerenciamento 
e cuidado na área da saúde, requer interpretação e integração 
das informações clínicas para subsidiar a tomada de decisão, 
principalmente nos aspectos de minimizar e resolver problemas.
Os sistemas informatizados de apoio à decisão são recursos 
que organizam, aprimoram e fornecem em tempo real dados 
que o profissional de saúde necessita para o desenvolvimento de 
suas ações. O problema está em determinar quais informações 
o profissional precisa para gerir com qualidade os cuidados, 
dado que o volume de dados sobre o paciente aumenta 
crescentemente, e o registro manual se mostra ineficaz por não 
garantir o armazenamento e controle destas informações. Entre 
outras possibilidades, estes sistemas exigem o gerenciamento 
de padrões de dados sobre o paciente. Tais padrões colaboram 
para a troca, direção e integração de registros eletrônicos de 
saúde.
A International Organization for Standardization (ISO) define 
padrão como sendo um documento que fornece requisitos, 
especificações, diretrizes ou características que podem ser usadas 
de forma consistente para assegurar que os materiais, produtos, 
processos e serviços sejam adequados para os fins a que se 
destinam (ISO, 2005). Os padrões internacionais garantem um 
modelo de referência e uma linguagem tecnológica comum para 
o fornecimento e consumo de produtos e serviços, o que facilita 
a transferência de tecnologia e o acesso à informação (BARRA; 
DAL SASSO, 2012; FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE 
DE SÃO PAULO, 2003; CAVALCANTE; VASCONCELLOS, 2007).
37GESTÃO DE SERVIÇOS DE TECNOLOGIA HOSPITALAR
U
ni
da
de
 4
A padronização e a interoperabilidade estão intimamente 
ligadas ao conteúdo informacional a ser inserido nos SIS que 
possuam foco na assistência em saúde.
A diversidade de assistência médica a um paciente por 
diferentes profissionais tem como consequência a pulverização 
das informações clínicas nas diversas instituições de saúde, que, 
por sua vez, não interagem compartilhando os dados coletados. 
Essa situação acarreta retrabalho na coleta dos registros do 
paciente, repetição de procedimentos, perda de tempo do 
paciente e dos profissionais de saúde e, por fim, utilização 
imprópria dos parcos recursos financeiros disponíveis para a 
saúde (GALVÃO; RICARTE, 2013).
O fato de as informações sobre o paciente estarem 
espalhadas em vários lugares pode ocorrer também quando ele 
troca de domicílio, de plano de saúde, de profissional da saúde, 
entre outras situações.
Segundo Galvão e Ricarte (2013), outro fator que afeta a 
integração dos SIS dificulta o intercâmbio de dados e incrementa a 
dispersão informacional, é a própria dimensão do SUS brasileiro, 
que congrega:
 • 291.529 médicos;
 • 422.118 outros profissionais de saúde de nível superior;
 • 605.309 profissionais da saúde de nível médio.
 • Em 2012, nos 252.897 estabelecimentos de saúde, fo-
ram realizados:
 • 11.394.534 internações;
 • 3.914.901.689 atendimentos ambulatoriais. As unida-
des de saúde foram divididas entre:
 • 5.188 hospitais gerais;
38 GESTÃO DE SERVIÇOS DE TECNOLOGIA HOSPITALAR
U
ni
da
de
 4
 • 1.092 hospitais especializados;
 • 32.571 clínicas;
 • 126.090 consultórios isolados;
 • 33.116 unidades de atenção básica etc. (BRASIL, 2013).
Outras ações da assistência em saúde seguem diversos 
fluxos informacionais, em papel e/ou por meio eletrônico.
Entre outros aspectos que foram considerados, o Ministério 
da Saúde publicou a Portaria nº 2.073 (BRASIL, 2011d), que trata 
do uso de padrões de interoperabilidade para SIS no âmbito do 
SUS, tanto nos níveis públicos quanto nos sistemas privados de 
saúde suplementar.
A consequência desta portaria afeta a produção e 
intercâmbio da informação sobre o paciente produzida em 
território nacional que, a partir de então, devem considerar um 
amplo conjunto de padrões.
A definição desses padrões engloba apenas o nível lógico, 
que trata da regra de negócio, e não do nível físico, que trata 
do arquivamento de banco de dados. Não documentam também 
propriedades de exibição dessas informações.
As definições para os padrões, determinadas pela Portaria 
supracitada, são:
 • Para a fixação do Registro Eletrônico em Saúde (RES), 
será utilizado o modelo de referência OpenEHR.
 • Para estabelecer a interoperabilidade entre sistemas, 
com vistas à integração dos resultados e solicitações de 
exames, será aplicado o padrão HL7 – Health Level 7.
 • Para codificação de termos clínicos e mapeamento das 
terminologias nacionais e internacionais em uso no 
39GESTÃO DE SERVIÇOS DE TECNOLOGIA HOSPITALAR
U
ni
da
de
 4
país, visando suportar a interoperabilidade semântica 
entre os sistemas, será empregada a terminologia 
Snomed-CT.
 • Para a interoperabilidade com sistemas de saúde 
suplementar, serão utilizados os padrões Troca de 
Informações em Saúde Suplementar (Tiss).
 • Para a definição da arquitetura do documento clínico, 
será usado o padrão HL7 CDA.
 • Para a representação da informação relativa a exames 
de imagem, será adotado o padrão Dicom.
 • Paraa codificação de exames laboratoriais, será aplica-
do o padrão Logical Observation Identifiers Names and 
Codes (Loinc).
 • Para a codificação de dados de identificação das 
etiquetas de produtos relativos ao sangue humano, de 
células, tecidos e produtos de órgãos, será empregada 
a norma ISBT 128.
 • Para a interoperabilidade de modelos de conhecimento, 
incluindo arquétipos, templates e metodologia de 
gestão, será utilizado o padrão ISO 13606-2.
NOTA
Template é um modelo a ser seguido, com uma es-
trutura predefinida que facilita o desenvolvimento 
e criação do conteúdo a partir de algo construído 
a priori.
Portanto, somente será possível transpor as informações 
dos pacientes e profissionais para o mundo digital com garantias 
mínimas de segurança, e estas garantias são em relação ao 
sigilo, à integridade, à autenticidade, à disponibilidade e à 
auditabilidade. Dessa forma, é fundamental, no momento da 
implantação e aquisição dos sistemas, observar os controles de 
segurança fixados.
40 GESTÃO DE SERVIÇOS DE TECNOLOGIA HOSPITALAR
U
ni
da
de
 4
Registro e intercâmbio de dados
O padrão Tiss é o padrão definido pela Agência Nacional de 
Saúde Suplementar (ANS) para registro e intercâmbio de dados 
entre operadoras de planos privados de assistência à saúde e 
prestadores de serviços de saúde.
O objetivo do padrão Tiss é atingir a compatibilidade e 
interoperabilidade funcional e semântica entre os diversos 
sistemas independentes para fins de avaliação da assistência 
à saúde, de caráter clínico, epidemiológico ou administrativo, e 
seus resultados orientam o planejamento do setor.
NOTA
O padrão Tiss se divide em quatro categorias: 
conteúdo e estrutura, representação de conceitos 
em saúde, comunicação, e segurança e privacidade, 
conforme descrevem as Resoluções Normativas 
publicadas no site da ANS.
Figura 4
Fonte: Pixabay
41GESTÃO DE SERVIÇOS DE TECNOLOGIA HOSPITALAR
U
ni
da
de
 4
A ANS determinou que as normas técnicas definidas na 
Resolução nº 1.639 (BRASIL, 2002c), e os requisitos do Nível 
de Garantia de Segurança 1 (NGS1) devem obrigatoriamente 
ser observados no padrão Tiss. Para as entidades que utilizam 
webservices como padrão de comunicação, é recomendada a 
aplicação do Nível de Garantia de Segurança 2 (NGS2). Ressalta-se 
que a eliminação do papel só é possível por meio do cumprimento 
do NGS2. A certificação SBIS/CFM estabelece que qualquer S-RES 
poderá se submeter ao processo de certificação visando apenas 
validar sua aderência ao padrão Tiss.
Os requisitos de segurança da certificação SBIS/CFM 
dividem-se em dois níveis: NGS1 e NGS2.
O NGS1 é a categoria constituída por S-RES que não 
contemplam o uso de certificados digitais ICP-Brasil para 
assinatura digital das informações clínicas, consequentemente 
sem amparo para a eliminação do papel e com a necessidade de 
impressão e aposição manuscrita da assinatura. Provê condições 
mínimas para o processamento seguro de informações de saúde, 
baseado em referências internacionais como ISO/IEC 27001, ISO/
IEC 27002, HL7 e ISO 18308. É considerado um controle básico de 
segurança. Abrange 11 áreas:
 • NGS1.01 – controle de versão do software.
 • NGS1.02 – identificação e autenticação de usuário.
 • NGS1.03 – controle de sessão de usuário.
 • NGS1.04 – autorização e controle de acesso.
 • NGS1.05 – disponibilidade do RES.
 • NGS1.06 – comunicação remota.
 • NGS1.07 – segurança de dados.
 • NGS1.08 – auditoria.
42 GESTÃO DE SERVIÇOS DE TECNOLOGIA HOSPITALAR
U
ni
da
de
 4
 • NGS1.09 – documentação.
 • NGS1.10 – tempo.
 • NGS1.11 – notificação de ocorrências.
Para a eliminação do prontuário em papel, deve haver 
autorização legal e que os sistemas informatizados atendam 
integralmente os requisitos de segurança dos ditames da NGS2.
O NGS2 é a categoria constituída por S-RES que viabiliza a 
eliminação do papel nos processos de registros de saúde. Para 
isso, especifica a utilização de certificados digitais ICP-Brasil para 
os processos de assinatura e autenticação. Para atingir o NGS2, 
é necessário que o S-RES atenda aos requisitos já descritos para 
o NGS1 e apresente ainda total conformidade com os requisitos 
fixados para o nível de garantia 2 e atue em quatro áreas:
 • NGS2.01 – certificação digital.
 • NGS2.02 – assinatura digital.
 • NGS2.03 – autenticação de usuário utilizando certificado 
digital.
 • NGS2.04 – digitalização de documentos (considerar 
apenas para S-RES da categoria Gerenciamento Eletrô-
nico de Documentos – GED).
SAIBA MAIS
Consulte a ANS para obter mais informações: 
AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR 
(ANS). Padrão para troca de informação de saúde 
suplementar–Tiss. Rio de Janeiro. 
RE
FE
RÊ
N
CI
A
S
RE
FE
RÊ
N
CI
A
S
http://www.ans.gov.br/prestadores/tiss-troca-de-informacao-de-saude-suplementar
43GESTÃO DE SERVIÇOS DE TECNOLOGIA HOSPITALAR
U
ni
da
de
 4
NOTA
Segundo a Organização Internacional de Padroni-
zação (International Standards Organization – ISO), 
padrão é um documento estabelecido por consen-
so e aprovado por um grupo reconhecido que es-
tabelece, para uso geral e repetido, um conjunto 
de regras, protocolos ou características de proces-
sos com o objetivo de ordenar e organizar ativida-
des em contextos específicos para o benefício de 
todos.
O HL7 é o mais utilizado padrão para intercâmbio de dados 
na área da saúde no cenário internacional, incorpora o modelo 
de referência RIM (Reference Information Model), com conceitos 
de domínio clínico e administrativo. Foi estabelecido um grupo 
de trabalho em Registros Eletrônicos em Saúde, e definido um 
conjunto de requisitos funcionais para S-RES, intitulado EHR 
Functional Model, que cobre diferentes perfis de sistema, com 
um enfoque prático e proposta de scripts para validação dos 
requisitos.
No Brasil, existe o Instituto HL7, que respalda jurídica e 
administrativamente as atividades do HL7 no país. Tem o intuito 
de “promover e prover padrões relacionados com a troca, 
integração, compartilhamento e recuperação de informação 
eletrônica, para apoio da prática médica e administrativa, 
permitindo um maior controle dos serviços de saúde” (SBIS, 
2007, p. 14).
O prontuário é um documento que contém anotações 
médicas sobre o paciente, tais como sua identificação, anamnese, 
ocorrências sobre a saúde dele e a assistência que lhe é prestada.
Nas instituições de saúde que prestam assistência médica, 
é imperiosa a existência de uma comissão de revisão de 
prontuários, que tem a competência de observar os itens que 
44 GESTÃO DE SERVIÇOS DE TECNOLOGIA HOSPITALAR
U
ni
da
de
 4
deverão constar obrigatoriamente do prontuário e assegurar 
a responsabilidade do preenchimento, guarda e manuseio dos 
prontuários. O acesso ao prontuário é restrito ao profissional 
de saúde que esteja obrigado a manter sigilo, de acordo com a 
determinação do código de ética da categoria. Até alguns anos 
atrás, o prontuário era preenchido manualmente e, por esse 
motivo, exigia-se a legibilidade da letra do profissional.
O PEP é o prontuário que utiliza de estrutura computacional 
e que mantém informações sobre o estado de saúde e todo o 
histórico de atendimento recebido pelo paciente, e o uso em 
meio magnético permite a união de todos os dados produzidos 
em vários formatos, em épocas diversas, feitos por diferentes 
profissionais da equipe de saúde em locais distintos e com 
acesso compartilhado.
Evidentemente que há riscos e obstáculos no desenvol-
vimento e implantação de um PEP: falta de entendimento das 
possibilidades, melhorias e benefícios; falta de padronização; in-
terface com o usuário; segurança e confiabilidade; envolvimento 
do usuário e, por consequência, mudança no comportamento e 
aspectos legais.
Diante desses obstáculos e riscos, a adoção do PEP ainda 
se mostra vantajosa, pois permite que se controle o tempo na 
eficiência quanto à assistência, no controle de trabalho, alterando 
métodos de trabalho e conduta das pessoas envolvidas, além de 
proporcionar o acompanhamentode desempenho de pessoas 
e setores, no controle de custos e, por fim, mas não menos 
importante, no controle das informações quanto à segurança, 
ao registro e armazenamento, constituindo, assim, sistemas 
inteligentes de suporte à decisão (FARIAS; GUIMARÃES; VARGAS, 
2012).
45GESTÃO DE SERVIÇOS DE TECNOLOGIA HOSPITALAR
U
ni
da
de
 4
No processo de tomada de decisão da prática clínica, o 
médico aplica seu conhecimento prático e teórico ao resolver 
um problema. O conjunto básico de estudos introdutórios é 
composto de anamnese, exame físico e exames complementares, 
juntamente com sistemas informatizados de apoio às decisões e 
tem por objetivo a redução do grau de incerteza em relação ao 
diagnóstico e à terapia, no intuito de aumentar a probabilidade 
de acerto na causa da afecção.
O processo de tomada de decisão ocorre em diversos pontos 
da atividade médica, algumas elementares, como é o caso da 
interpretação de exames laboratoriais, mas existem três outras 
importantes situações ao longo da atenção médica nas quais o 
computador, com seus sistemas, podem auxiliar as decisões: o 
diagnóstico, o planejamento terapêutico e o prognóstico. Estes 
três níveis de decisão estão fortemente interligados e fazem 
parte de um ciclo repetitivo e auto modificável.
Sistemas especialistas representam uma aplicação capaz 
de tomar decisões, fazer escolhas e têm como finalidade resolver 
problemas e realizar tarefas extremamente complexas tendo o 
mundo real como tratativa e escolher a melhor opção entre as 
corretas e as prováveis. São aplicados em dois momentos: apoio 
à decisão e na tomada de decisão. Esses sistemas têm recebido 
grande interesse da classe médica e dos cientistas da computação 
por terem suas bases de conhecimento bem mais definidas em 
termos de representação do conhecimento, regras de decisão, 
dados para apoiar a decisão, padronização de nomenclatura e 
concordância entre os especialistas; e produzem resultados mais 
úteis do ponto de vista prático, pois enfocam seus poderes de 
resolução em problemas diagnósticos difíceis.
O apoio às decisões através de sistemas especialistas cada 
vez mais estão se aperfeiçoando, e o trabalho do médico deverá 
46 GESTÃO DE SERVIÇOS DE TECNOLOGIA HOSPITALAR
U
ni
da
de
 4
ser mais do que confrontar os dados e tomar uma decisão do que 
relembrar a teoria e protocolos decorados. O médico deve ser 
um estrategista baseado na teoria e na experiência, subsidiado 
pelos sistemas especialistas, sempre lembrando que não há 
paciente igual ao outro no mundo.
O problema está em determinar quais informações o 
profissional necessita para gerir com qualidade os cuidados, 
dado que o volume de informações sobre o paciente aumenta 
crescentemente, e o registro manual se mostra ineficaz por não 
garantir o armazenamento e controle destas informações.
Entre outras possibilidades, esses sistemas exigem o 
gerenciamento de padrões de dados sobre o paciente. Tais 
padrões colaboram para a troca, supervisão e integração 
de informações eletrônicas de saúde. A padronização e a 
interoperabilidade estão intimamente ligadas ao conteúdo 
informacional a ser inserido nos SIS que tenha foco na assistência 
em saúde.
As definições para esses padrões são: para a definição 
do RES, será utilizado o modelo de referência OpenEHR; para 
estabelecer a interoperabilidade entre sistemas, com vistas à 
integração dos resultados e solicitações de exames, será aplicado 
o padrão Health Level 7 – HL7; para codificação de termos clínicos 
e mapeamento das terminologias nacionais e internacionais em 
uso no País, visando suportar a interoperabilidade semântica 
entre os sistemas, será empregada a terminologia Snomed‑CT; 
para a interoperabilidade com sistemas de saúde suplementar, 
serão adotados os padrões Troca de Informações em Saúde 
Suplementar (Tiss); para a definição da arquitetura do documento 
clínico, será fixado o padrão HL7 CDA; para a representação da 
informação relativa a exames de imagem, será usado o padrão 
Dicom; para a codificação de exames laboratoriais, será utilizado 
47GESTÃO DE SERVIÇOS DE TECNOLOGIA HOSPITALAR
U
ni
da
de
 4
o padrão Logical Observation Identifiers Names and Codes 
(Loinc); para a codificação de dados de identificação das etiquetas 
de produtos relativos ao sangue humano, de células, tecidos 
e produtos de órgãos, será aplicada a norma ISBT 128; para a 
interoperabilidade de modelos de conhecimento, incluindo 
arquétipos, templates e metodologia de gestão, será utilizado o 
padrão ISO 13606-2.
48 GESTÃO DE SERVIÇOS DE TECNOLOGIA HOSPITALAR
U
ni
da
de
 4
AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR (ANS). 
Padrão para troca de informação de saúde suplementar – 
Tiss. Rio de Janeiro, [s.d]. Disponível em: <http://www.ans.gov.br/
prestadores/tiss-troca-de-informacao-de-saude-suplementar>. 
Acesso em: 12/02/2020
ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE MEDICINA. SUS: o que você 
precisa saber sobre o Sistema Único de Saúde. São Paulo: 
Atheneu, 2003. v. 1.
BARRA, D. C. C.; DAL SASSO, G. T. M. Padrões de dados, 
terminologias e sistemas de classificação para o cuidado em 
saúde e enfermagem. Revista Brasileira de Enfermagem, Brasília, 
v. 64, n. 6, p. 1141-9, 2012. Disponível em: <http://www.scielo.br/
scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-71672011000600023>. 
Acesso em: 12/02/2020
BENITO, G. A. V.; LICHESKI, A. P. Sistemas de Informação 
apoiando a gestão do trabalho em saúde.
Revista Brasileira de Enfermagem, Brasília, v. 62, n. 3, p. 
447-50, 2009. Disponível em: <http://www. scielo.br/pdf/reben/
v62n3/18.pdf>. Acesso em: 12/02/2020
BRASIL. Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). 
Resolução Normativa RN nº 305, de 9 de outubro de 2012. 
Esta Resolução estabelece o Padrão obrigatório para Troca de 
Informações na Saúde Suplementar – Padrão TISS dos dados 
de atenção à saúde dos beneficiários de Plano Privado de 
Assistência à Saúde; revoga a Resolução Normativa - RN nº 
153, de 28 de maio de 2007 e os artigos 6º e 9º da RN nº 190, 
de 30 de abril de 2009. Brasília, 2012. Disponível em: <http://
www.ans.gov.br/component/legislacao/?view=legislacao&task 
=TextoLei&format=raw&id=MjI2OA==>. Acesso em: 12/02/2020
49GESTÃO DE SERVIÇOS DE TECNOLOGIA HOSPITALAR
U
ni
da
de
 4
___________.. . CNRAC – Central Nacional de Regulação 
da Alta Complexidade. Notícias, [s.d.]a. Disponível em: <http://
cnrac.datasus.gov.br/cnrac/app/publica.jspx>. Acesso em: 
12/02/2020
___________._. Conselho Federal de Medicina. Processo-
consulta CFM nº 1.401/2002 PC/CFM/Nº 30/2002. Brasília, 2002a. 
Disponível em: <http://www.portalmedico.org.br/pareceres/
cfm/2002/30_2002.htm>. Acesso em: 12/02/2020
___________._. Ministério da Saúde. Do sanitarismo à 
municipalização. Portal da Saúde, Brasília, 2016b. Disponível 
em: <http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/
historico>. Acesso em: 12/02/2020
___________._. Ministério da Saúde. Informações de 
saúde (TABNET). Portal da Saúde Datasus, Brasília, [s.d.]d. 
Disponível em: <http://www2.datasus.gov.br/ DATASUS/index.
php?area=02>. Acesso em: 12/02/2020
___________._. Ministério da Saúde. Informações 
estratégicas. Biblioteca Virtual em Saúde, Brasília, 5 nov. 2008.
Disponível em: <http://bvsms.saude. gov.br/bvs/svs/inf_sist_
informacao.php>. Acesso em: 12/02/2020.
___________._. Ministério da Saúde. Manual de orientações 
CNRAC – Central Nacional de Regulação da Alta Complexidade. 
Brasília: Ministério da Saúde, 2006a. Disponível em: <http://
www.saude.sc.gov.br/ Eventos/encontro%20de%20regulacao/
manuais/ManualCNRAC.pdf>. Acesso em: 12/02/2020
___________._. Ministério da Saúde. Política nacional de 
promoção da saúde. 3. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2010a. 
Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/
politica_nacional_promocao_saude_3ed.pdf>.
50 GESTÃO DE SERVIÇOS DE TECNOLOGIA HOSPITALAR
U
ni
da
de
 4
___________._. Ministério da Saúde. Portaria nº 896, de 
29 de julho de 1990. Brasília, 1990c. Disponível em: <https://
www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&cad=rja&ua
BUCKLAND, M. K. Information as thing. Journal of the 
American Society for Information Science, v. 42, n. 5, p. 351-60, 
jun. 1991.
CARVALHO, A. O.; EDUARDO, M. B. P. Sistemas de 
Informação em Saúde para municípios. São Paulo: Faculdade 
de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, 1998. v. 6. (Série 
Saúde & Cidadania). Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/
bvs/publicacoes/saude_cidadania_volume06.pdf>. Acesso em: 
12/02/2020.
CAVALCANTE, M. T. L.; VASCONCELLOS, M. M. Tecnologia 
da informação para a educação na saúde: duas revisões e 
uma proposta. Revista Ciência e Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 
12, n. 3, p. 611-22. maio/jun. 2007. Disponível em: <http://www.
scielo.br/pdf/csc/v12n3/11.pdf>. Acesso em: 12/02/2020
CLASSIFICAÇÃO Internacional para a Prática de 
Enfermagem (CIPE®): uma revisão de literatura. Revista 
Eletrônica de Enfermagem, Goiânia, v. 12, n. 1, abr. 2010. 
Disponível em: <https://revistas.ufg.br/fen/article/view/9536>. 
Acesso em: 12/02/2020
COMPROMISSO COM A QUALIDADE HOSPITALAR (CQH). 
Prêmio Nacional de Gestão em Saúde – PNGS. [s.d.], 2012a. 
Disponível em: <http://www.cqh.org.br/portal/pag/doc.php?p_
ndoc=195>. Acesso em: 12/02/2020
CONFERÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE, 9, 1992, Brasília. 
Cadernos... Brasília: Ministério da Saúde, 1992. Disponível em: 
51GESTÃO DE SERVIÇOS DE TECNOLOGIA HOSPITALAR
U
ni
da
de
 4
<http://www.ccms.saude.gov.br/conferenciasnacionaisdesaude/
pdfs/9conferencia/9conf_nac_vol_1.pdf>. Acesso em: 12/02/2020
CÔRTES, P. L. Administração de sistemas de informação. 
São Paulo: Saraiva, 2008.
CUBAS, M. R.; SILVA, S. H. da; ROSSO, M. Classificação 
internacional para a prática de enfermagem (CIPE®): uma 
revisão de literatura. Revista Eletrônica de Enfermagem, Goiânia, 
v. 12, n. 1, abr. 2010. Disponível em: <https://revistas.ufg.br/fen/
article/view/9536>. Acesso em: 12/02/2020.
ÉVORA, Y. D. M. O computador à beira do leito. Revista 
Latino-Americana de Enfermagem, Ribeirão Preto, v. 7, n. 
5, dez. 1999. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.
php?script=sci_arttext&pid=S0104-11691999000500019>. 
Acesso em: 12/02/2020.
	Sistema de informação clínica: evolução do conceito de prontuário – prontuário eletrônico do paciente (PEP)
	Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP)
	Riscos e obstáculos no desenvolvimento e implantação de um Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP)
	Sistemas de apoio à decisão e Guidelines
	Classificação dos sistemas de decisão
	Técnicas de implementação de Sistemas Especialistas
	Padronização da linguagem: taxonomias (nomenclaturas): HL7, SNOMED, CIPE
	Registro e intercâmbio de dados