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PROF. ME. RAFAEL DA COSTA 9/15/2022 RAPS CONTEXTUALIZAÇÃO DO MANICÔMIO AO CUIDADO EM REDE A história da Loucura A medicina e o Hospital Psiquiátrico Tratamento manicomial Loucura como doença mental Aos loucos, o hospício 15/09/2022 O tratamento manicomial Medicalização e tratamentos violentos Isolamento, disciplina e exclusão social Violação aos direitos humanos Fonte: Iconografia da História A tortura para a “cura” 15/09/2022 Críticas à estrutura manicomial “O território da loucura posto em questão...” (Paulo Amarante) Surgimento dos movimentos reformistas de combate e reformulação a esse modelo SUS - Política de Saúde Mental no Brasil Lei 10.216 de 2001 Define direitos do portador - transtorno mental Define uma política assistencial Regulamenta a internação involuntária Política Nacional de Saúde Mental Consolidar um modelo de atenção aberto e de base comunitária Projeto legislativo e formação de uma rede substitutiva e estratégias de desinstitucionalização Portarias 336/2 e a 189/2 que reestruturam os CAPS, refletindo no rápido crescimento do número desses serviços em todo território nacional. 336 reclassifica CAPS. Portaria 106/2000 - Serviços residenciais terapêuticos. Lei n 10.708/2003 – Programa “De volta para casa”. Esse programa consiste em auxílio financeiro para a reabilitação psicossocial para pessoas egressas de internações. MARCO LEGAL: 10.216/2001 PORTARIA 3.088 DE 23 DE DEZEMBRO DE 2011 Institui a Rede de Atenção Psicossocial para pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, no âmbito do Sistema Único de Saúde. RAPS – OBJETIVOS Ampliar o acesso à atenção psicossocial da população em geral; Promover a vinculação das pessoas em sofrimento/transtornos mentais e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas e suas famílias aos pontos de atenção; Garantir a articulação e integração dos pontos de atenção das redes de saúde no território, qualificando o cuidado por meio do acolhimento, do acompanhamento contínuo e da atenção às urgências. OBJETIVOS ESPECÍFICOS Promover cuidados em saúde especialmente a grupos mais vulneráveis (crianças, adolescentes, jovens, pessoas em situação de rua e populações indígenas); Prevenir o consumo e a dependência de álcool e outras drogas e reduzir os danos provocados pelo consumo; Promover a reabilitação e a reinserção das pessoas com transtorno mentais e com necessidades decorrentes do uso de álcool e outras drogas por meio do acesso ao trabalho, à renda e à moradia solidária; Produzir e ofertar informações sobre os direitos das pessoas, as medidas de prevenção e cuidado e os serviços disponíveis na rede; Regular e organizar as demandas e os fluxos assistenciais da Rede de Atenção Psicossocial; e Monitorar e avaliar a qualidade dos serviços mediante indicadores de efetividade e resolutividade da atenção. C O M P O N E N T E S I. Atenção Básica em Saúde II. Atenção Psicossocial Especializada III. Atenção de Urgência e Emergência IV. Atenção Residencial de Caráter Transitório V. Atenção Hospitalar VI. Estratégias de Desinstitucionalização VII. Reabilitação Psicossocial COMPONENTE I Atenção Básica em Saúde Unidade Básica de Saúde Equipes de Atenção Básica para populações em situações específicas Núcleo de Apoio à Saúde da Família Centro de Convivência Ações: Promoção de SM, prevenção, e cuidado de TM, redução de danos e cuidados compartilhados. Equipe de consultório de Rua, itinerante, vinculado à uma USF, cuidados da população de rua. Equipe de apoio aos serviços do componente Atenção Residencial de Caráter Transitório Espaços de socialização, produção e intervenção na cultura e na cidade. Equipes de Consultório de Rua: equipe itinerante, ofertando ações e cuidados de saúde para a população em situação de rua, considerando suas diferentes necessidades de saúde: 1. pessoas em situação de rua em geral; 2. pessoas com transtornos mentais; 3. usuários de crack, álcool e outras drogas, incluindo ações de redução de danos, em parceria com equipes de outros pontos de atenção da rede de saúde, como Unidades Básicas de Saúde, Centros de Atenção Psicossocial, Prontos Socorros, entre outros; COMPONENTE I ... populações em situações específicas Equipe de apoio aos serviços do componente Atenção Residencial de Caráter Transitório: oferece suporte clínico e apoio a esses pontos de atenção, coordenando o cuidado e prestando serviços de atenção à saúde de forma longitudinal e articulada com os outros pontos de atenção da rede; COMPONENTE I ... populações em situações específicas COMPONENTE II Atenção Psicossocial Especializada CAPS I CAPS II CAPS III CAPS ad CAPS ad III CAPS i Municípios ou regiões com pop. acima de 15 mil hab. Municípios ou regiões com pop. acima de 70 mil hab. Municípios ou regiões com pop. acima de 200 mil hab. Municípios ou regiões com pop. acima de 70 mil hab Municípios ou regiões com pop. acima de 150 mil hab. Municípios ou regiões com pop. acima de 70 mil hab • Atende pessoas com transtornos mentais graves e persistentes e também com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas de todas as faixas etárias;CAPS I e II • Proporciona serviços de atenção contínua, funcionamento 24 horas, incluindo feriados e finais de semana;CAPS III • Atende adultos ou crianças e adolescentes, com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas;CAPS AD • Serviço com no máximo doze leitos para observação e monitoramento, de funcionamento 24 horas, incluindo feriados e finais de semana;CAPS AD III • Atende crianças e adolescentes com transtornos mentais graves e persistentes e os que fazem uso de crack, álcool e outras drogas.CAPS i • Equipe mínima: 01 médico com formação em saúde mental; 01 enfermeiro; 03 profissionais de nível superior, 04 (06 – II)profissionais de nível médio.CAPS I e II • Equipe mínima: 02 médicos psiquiatras; enfermeiro com formação em saúde mental, 05 profissionais de nível universitário, 08 profissionais de nível médio. Para o período de acolhimento noturno, a equipe deve ser composta por: 03 técnico/auxiliares de enfermagem, sob supervisão do enfermeiro do serviço, 01 profissional de nível médio da área de apoio. ; CAPS III • Equipe mínima: 01 médico psiquiatra; 01 enfermeiro com formação em saúde mental; 01 médico clínico, responsável pela triagem, avaliação e acompanhamento das intercorrências clínicas; 04 profissionais de nível superior, 06 profissionais de nível médio. CAPS AD • Equipe mínima: 01 médico clínico; 01 médico psiquiatra; 01 enfermeiro com experiência e/ou formação na área de saúde mental; 05 profissionais de nível superior, 04 técnicos de enfermagem; 04 profissionais de nível médio; 01 profissional de nível médio para a realização de atividades de natureza administrativa. CAPS AD III • Equipe mínima: 01 médico psiquiatra, ou neurologista ou pediatra com formação em saúde mental; 01 enfermeiro, 04 profissionais de nível superior, 05 (cinco) profissionais de nível médio. CAPSi CAPS e a Desinstitucionalização Instrumentos de articulação da rede de atenção em saúde mental. Oferecem atenção diária a pessoas em sofrimento psíquico na perspectiva de inclusão social e reabilitação psicossocial. CAPS E A DESINSTITUCIONALIZAÇÃO Assumem uma função de assistência e na regulamentação da rede, buscando desenvolver estratégias de promoção da vida diária, desenvolvimento da autonomia dos usuários e buscando articulação com outros recursos da rede social como associações comunitárias, igrejas, escolas dentre outros. CAPS e a Desinstitucionalização São serviços municipais e estaduais, públicos, abertos. Buscam evitar internações, fortalecendoa reinserção social dos usuários na sua comunidade, promovendo a articulação com os demais serviços da rede, regulando a porta de entrada na assistência em saúde mental, dando suporte à atenção em saúde mental na rede básica, dentre outras ações fundamentais que dão significância à RP no Brasil. FONTE|: Panorama e Diagnóstico da Política Nacional de Saúde Mental Coordenação de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas/DAPES Secretaria de Atenção à Saúde Brasília, Agosto de 2017 COMPONENTE III Atenção de Urgência e Emergência SAMU UPA Portas hospitalares de atendimento à urgência e emergência. COMPONENTE IV Atenção Residencial de Caráter Transitório UA adulto e Infantil Comunidades Terapêuticas Acompanhamento terapêutico e protetivo transitório, 24h, voltado para usuários de alta vulnerabilidade social/familiar, duração máxima de 06 meses. COMPONENTE IV Comunidades Terapêuticas: ❑Instituições filantrópicas (ordens religiosas, organizações não governamentais ou iniciativas pessoais); ❑Regime de Internação; ❑As CT nasceram na Inglaterra como uma tentativa de salvar o colapso dos manicômios; em geral seguem os mesmos fundamentos: isolamento, tratamento moral e ‘assistência religiosa’, exatamente como fizeram os grandes manicômios administrados pelas Santas Casas de Misericórdia. COMPONENTE V Atenção Hospitalar LEITOS ENFERMARIA ESPECIALIZADA 1 leito para cada 23 mil habitantes Portaria nº 1.101/02 COMPONENTE VI Estratégias de Desinstitucionalização Serviços de Residências Terapêuticas (SRT) Programa “Volta para Casa” (PVC) A depender do nº de munícipes longamente internados COMPONENTE VI Residências Terapêuticas - São moradias inseridas na comunidade, destinadas a acolher pessoas egressas de internação de longa permanência (dois anos ou mais ininterruptos), egressas de hospitais psiquiátricos e hospitais de custódia, entre outros. Programa de “Volta para Casa” - é uma política pública de inclusão social que visa contribuir e fortalecer o processo de desinstitucionalização, instituída pela Lei nº 10.708, de 31 de julho de 2003, que provê auxílio reabilitação para pessoas com transtorno mental egressas de internação de longa permanência. COMPONENTE VII Reabilitação Psicossocial Cooperativas Iniciativas de geração de trabalho e renda/empreendimentos solidários/cooperativas sociais. http://cidadao.saude.al.gov.br/unidades/caps/ http://cidadao.saude.al.gov.br/unidades/caps/ DEZEMBRO 2017 – MUDANÇAS NA POLÍTICA DE SAÚDE MENTAL Financiamento às Comunidades Terapêuticas; Criação de ambulatório de saúde mental – Assistência Multidisciplinar de Média Complexidade em Saúde Mental - AMENT; Criação de CAPS AD-IV – para cenas de uso de drogas p/municípios com +500 mil habitantes; Fim do fechamento, manutenção e reabertura de leitos em Hospitais Psiquiátricos; NOVA ORGANIZAÇÃO POR NÍVEL DE COMPLEXIDADE SERVIÇOS COM FINS À SAÚDE TERCIÁRIO SECUNDÁRIO PRIMÁRIO ATENÇÃO BÁSICA AMENT HOSPITAIS GERAIS HOSPITAIS PSIQUIÁTRICOS UA SRT CT CAPS URGÊNCIA AMEAÇAS CONSTANTES À RAPS Portaria 596/2022 que susta o Programa e o Incentivo Financeiro de Custeio Mensal para o Programa de Desinstitucionalização Integrante do Componente Estratégias de Desinstitucionalização da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS). Investimento e altos recursos financeiros que estão sendo repassados para ampliação de leitos e construção de hospitais psiquiátricos. Edital 03/2022 Compras de vagas em CT 15/09/2022 15/09/2022 SÉRIE HISTÓRICA DE IMPLANTAÇÃO DOS AMBULATÓRIOS 15/09/2022 15/09/2022 •https://drive.google.com/file/d/1Kwva947Hv1IPFM80IZONFcoydB6ibHSy/view RAPS - DISTRIBUIÇÃO NA PARAÍBA A Rede tinha em 2018.2: 68 CAPS I (serviço para 15 mil habitantes); 09 CAPS II (70 mil habitantes); 05 CAPS III 24 horas (150 mil); 06 CAPS AD para 70 mil habitantes; 09 CAPS AD III 24h (150 mil); 12 CAPS Infantojuvenis (70 mil); 14 Residências Terapêuticas; 05 Consultórios na Rua; 04 Unidades de Acolhimento; 20 leitos de Saúde Mental em Hospital Geral e 65 beneficiários do Programa de Volta Pra Casa (PVC). Dos 110 CAPS do estado, apenas 001 é de responsabilidade da SES, localizado em João Pessoa. Os outros são gerenciados pelos próprios municípi os. OBRIGADO!
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