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APS - CLÍNICA DE PEQUENOS III MARINA DE CASTRO PRADO ALMOSNINO -RA 6668772 PADROES DE SUTURAS ATIVIDADE 1 1) Pesquisar em ambientes virtuais ou presenciais, o que são suturas aposicionais, invaginantes e evaginantes. - As suturas aposicionais são suturas ondes as bordas se encostam no mesmo plano e são mais usadas quando a pele requer tensão moderada, ela resulta um bom confrontamento tanto das partes superficiais da pele como nas partes profundas. Pode-se aplicar esse tipo de sutura em procedimentos cirúrgicos como: enterorrafia e órgãos parenquimatosos (fígado e baço). - As suturas invaginantes são suturas que deslocam as bordas para o interior do órgão, geralmente aplicada em vísceras ocas com a finalidade de justapor as paredes pela sua face externa para isolar a parte interna que geralmente é séptica. É uma sutura usada como uma segunda sutura de oclusão para vísceras ocas. Pode-se aplicar esse tipo de sutura em procedimentos cirúrgicos como: cistorrafia, gastrorrafia e histerorrafia. - As suturas evaginantes são quando as bordas da incisão ficam voltadas para fora. Fácil de ser confeccionada e indicada para tecidos parenquimatosos, ex. fígado e baço. Apresenta a vantagem de não passar o fio sobre a ferida, entretanto não promove a perfeita coaptação dos lábios da ferida. Pode-se aplicar esse tipo de sutura em procedimentos cirúrgicos como: suturas vasculares ou de tensão 2) Quais padrões de sutura são empregados nos procedimentos abaixo, justifique sua resposta • Dermorrafia: Podemos utilizar a sutura de pele realizada com mononáilon 3-0 em padrão simples separado; Porem também podemos utilizar o fio farpado, que apresenta maior segurança nessa sutura e é de fácil manipulação na dermorrafia de cães. • Síntese da musculatura abdominal – Ultilizamos o padra de sutura interrompida , sultan (padra de aposição), com fio absorvível vicryl. Em pacientes desnutridos ou com problemas de cicatrização podemos usar o fio de nylon. • Gastrotomia – Durante a cirurgia ultilizamos suturas de apoio. Colocar pontos de fixação para auxiliar na manipulação do estômago e ajudar a evitar o derramamento do conteúdo gástrico. Na síntese, ultilizamos o padrão de sutura invaginante em 2 planos (Cushing ou Lambert), não transfixante. 1 camada: ultilizamos ponto continuo, simples ou cushing (serosa + muscular + submucosa). 2 camada: ultilizamos Cushing ou Lambert (serosa + muscular). Como alternativa, fechar a mucosa com uma sutura de padrão simples contínuo em uma camada separada para reduzir o sangramento pós operatório. • Correção de otohematoma - Ultilizamos a sutura capitonada com fio de nylon, pois a ideia aqui eh que cada ponto diminua o espaço o morto. • Uretrostomia – Suturar a extremidade com seis a oito suturas interrompidas absorvíveis sobre um cateter transuretral (preferivelmente um cateter de Foley ou outro cateter macio). Deixar o cateter no local por sete a 10 dias. Indica-se o reparo tardio se o tecido uretral não sustentar a sutura por causa de extravasamento urinário prolongado e subsequente necrose tecidual. Uretrostomia escrotal: Após amputar o pênis, aproximamos a túnica albugínea para fechar a extremidade do pênis com fio de sutura absorvível monofilamento 3-0 ou 4-0 (i.e., polidioxanona [PDS], poliglecaprona 25 [Monocryl ® ], glicômero 631 [Biosyn ® ] ou poligliconato [Maxon ® ]). Sobrepomos a mucosa uretral à pele no local da uretrostomia com sutura simples descontínua com fio absorvível ou não absorvível monofilamento 4-0 a 6-0 (p. ex., polidioxanona [PDS], poliglecaprona 25 [Maxon ® ], poliglecaprona [Monocryl ® ], glicômero 631 [Biosyn ® ], polibutester [Novafil ® ], polipropileno [Proleno ® ] ou náilon) (Fig. 27-41, D). Fechamos o tecido subcutâneo e a pele cranial e caudal à uretrostomia em duas camadas. ATIVIDADE 2 1. Construir um inventário dos principais fios sintéticos e naturais, destacando suas vantagens e desvantagens. Fios inabsorvíveis sintéticos: Multifilamentados (Poliamida/Náilon/Poliester), Monofilamentados (Poliamida/Náilon/ Polipropileno), Fio de Poliamida (náilon): Pode ser mono/multifilamentado. Vantagens: Causa reação tecidual mínima, Não capilar, Pode ser usado em tecidos contaminados, Possui nó deslizante. Desvantagens: Possui memória, Alta elasticidade, Difícil manuseio, Perda de resistência. Poliester: É um polímero sintético, multifilamentado e trançado, nas formas simples e revestido (lubrifica o fio). Vantagens: Mais forte dos não metálicos, Tem pouca perda da força tênsil. Desvantagens: Maior reação tecidual entre os sintéticos (não usar em feridas contaminadas), Pobre segurança dos nós (mínimo 5 laçadas), Elevado coeficiente de fricção. Polipropileno: É um polímero monofilamentado de propileno, derivado do gás propano. Pode ser azul ou rosa. Vantagens: Força tênsil inferior ao náilon, Maior segurança do nó que o náilon, Confere a sutura menos trombogênica, Inerte, Boa retenção da força, resistência à contaminação bacteriana. Desvantagens: Alto custo, Manuseio escorregadio, Dificuldade na realização do nó. Fios inabsorvíveis orgânicos: Multifilamentados (Seda/Algodão/Aço), Monofiulamentados (Aço), Origem vegetal (Algodão), Origem animal (Seda). Seda: É um fio obtido da seda natural, com resistência à tração e boa capacidade de aplicação do nó cirúrgico. Apresenta-se de forma multifilamentada, torcido ou trançado. Pode ser tratado com óleo, cera ou silicone para diminuir a capilar idade natural. Embora classificado como não absorvível, perde gradativamente sua força tênsil e é absorvido em dois anos. Tem poucas indicações na cirurgia de pequenos animais. Vantagens: Baixo custo, fácil aquisição, Bom manejo. Desvantagens: Alta capilaridade, Produz ulceração gastrintestinal, No trato urinário pode dar origem a litíases, Deve ser evitada em mucosa de vísceras ocas e feridas contaminadas, Elevada reação tecidual. Algodão: Este fio foi usado inicialmente em 1939, durante a Segunda Guerra, frente as suas vantagens para a época. Trata-se de um fio resistente à tração, e boa capacidade de aplicação do nó cirúrgico, apresentando-se de forma multifilamentado torcido ou trançado. Vantagens: Baixo custo, fácil aquisição, Bom manejo, facilidade no nó, Reesterilização (autoclavado). Desvantagens: Alta capilaridade, Alto índice de fricção, Reação tecidual (fístulas e granulomas). Aço: Empregado na redução de fraturas. Vantagens: Resistentes, Inertes, Fácil esterilização, Baixo coeficiente de fricção, Não capilares, Cicatriz mínima. Desvantagens: Manejo delicado, Permanente, Nós de difícil aplicação, Tendência a cortar os tecidos, Extremidades dos fios – ponto de irritação, Instrumentos especiais para o corte. Fios absorvíveis sintéticos: São fios degradados por hidrólise, causam mínima reação tecidual, não sofrem ação de enzimas digestivas, não são utilizados em tecidos contaminados, tem a perda da força tênsil em 14, 21, 180 dias, a sua absorção ocorre em 60, 90, 180 dias e o seu custo é elevado. Ácido poliglicólico (Dexon): É um polímero do ácido glicólico, nas cores branco e verde. Há uma variação, o Dexon Plus, que é recoberto por lubrificante. Vantagens: Bom manuseio, Absorção de 120 dias, ampla aplicação, Suturas bem toleradas em feridas infectadas. Desvantagens: Custo Poliglactinca 910 (Vicryl): Trata-se de um polímero contendo ácido glicólico e ácido lático na proporção de 9 por 1, prensado na forma de filamentos e na cor violeta. É mais hidrofóbico e mais resistente à hidrólise do que o ácido poliglicólico. Ambos perdem sua força tênsil ao redor de 21 dias. Tem indicação em suturas internas. Vantagens: Baixa reação tecidual, ampla aplicação, é estável em feridas contaminadas. Desvantagens: Custo Polidioxanona (PDS): É um polímero monofilamentado com maior flexibilidade que o ácido poliglicólico, poliglactina 910 e o polipropilene. Sofre degradação por hidrólise, mas em maior tempo. Vantagens: Perde 86% de sua força tênsil após 56 dias, Absorção ocorre em 180 dias, Resistência tênsil maior que Dexon e Vicryl, Maior flexibilidadeque os anteriores. Desvantagens: Em suturas contínuas, realizar 7 nós, Custo. Poligliconato (Maxon): É um copolímero monofilamentado de ácido glicólico e carbonato de trimetilene, com características (vantagens e desvantagens) semelhantes às do PDS. Entretanto, possui excelente segurança no nó. Apresenta-se nas cores branco ou verde. Vantagens: Boa força tênsil com pouca ou nenhuma absorção durante o período crítico de cicatrização, Absorção ocorre pela ação de macrófagos entre 6 e 7 meses após sua implantação. Desvantagens: Custo. Fios absorvíveis orgânicos: Os fios absorvíveis perdem 100% da sua força tênsil em 60 dias, sua absorção completa ocorre em 60/90/120/180 dias, essa absorção ocorre por fagocitose, este fio de colágeno é oriundo do intestino de ruminantes, no qual se tem uma absorção que acelerada por infecção, enzimas digestivas e catabolismo aumentado. Categute simples: Absorção entre 9 e 14 dias (variável conforme o local), Alta reação tecidual. Categute cromado - Vantagens: Fácil de manusear, absorvível pelos tecidos, relativamente forte. Desvantagens: Impróprio para suturas externas, Capilaridade, Perda da força tênsil, quando úmido se dilata, enfraquece e diminui a segurança do nó, Reação inflamatória e ocasional reação de sensibilidade. 2. Analisar as características ideias dos fios de sutura. Aspectos gerais sobre os fios de sutura cada fio de sutura possui características peculiares que marcam o seu grupo, que devem ser consideradas durante a escolha. Acrescenta- se as particularidades das feridas, tipo de tecido, preferência do cirurgião e espécie animal. Ainda sobre aspectos gerais é preciso considerar a força tênsil do fio. Essa característica representa a força contínua, linear, necessária para a ruptura. ESCOLHA DO FIO: O fio de sutura ideal é aquele que seja adequado a todas as situações possíveis e com baixo custo. Este fio deveria ter um calibre fino e regular, causando pouco dano tecidual, mas, no entanto, apresentar uma grande resistência à torção e à tração. Deve ainda apresentar boa pliabilidade, ser flexível, mas não ser elástico, apresentar uma baixa taxa de indução de reação tecidual e ser fácil de esterilizar. Outras características, como baixa memória e capilaridade, também são importantes. • Absorção de fluidos: é a capacidade de um fio de absorver fluido quando estiver totalmente imerso neste meio. O ideal é que o fio tenha uma baixa absorção de fluido. • Capilaridade: é a capacidade de um fio absorver fluido quando apenas uma de suas extremidades estiver imersa em um meio líquido. • Configuração física: é relacionada com a configuração física do fio, que pode ser composto por um ou mais filamentos. • Aderência bacteriana: é a capacidade do fio de promover a aderência de bactérias a sua superfície, favorecendo a instalação do processo infeccioso. • Diâmetro: é o calibre do fio determinado em milímetros. Comercialmente isto é expresso com uma numeração específica utilizando-se o número de zeros. • Quanto maior o número de zeros, menor é o fio. Esta característica também se relaciona com a resistência do material, portanto nem todo fio com a mesma numeração apresenta o mesmo calibre. Existe uma faixa de calibre do fio de acordo com a sua numeração. Por exemplo, um fio 2-0 absorvível apresenta uma faixa de calibre de 0,35 a 0,40 mm, enquanto um fio 2-0 inabsorvível apresenta uma faixa de calibre entre 0,30 a 0,34. A numeração dos fios varia de 12-0 (de 0,001 a 0,01 mm) a 3 (de 0,60 a 0,80 mm). • Força tênsil: pode ser definida como a relação entre a somatória das forças necessárias para romper o fio e o seu diâmetro. • Força do nó: é a força necessária para que um nó escorregue, estando relacionada com o coeficiente de atrito do fio. • Elasticidade: é a capacidade de distensão de um fio e seu retorno à forma Original. • Plasticidade: a capacidade do fio de se moldar à nova forma após ser tracionado. Este fio se adapta melhor à sutura confeccionada, diminuindo a possibilidade de seccionar as bordas da ferida. • Memória: pode ser definida como a capacidade do fio de retornar a sua forma original. Fios com alta memória têm um manuseio mais difícil e maior possibilidade de desfazer o nó. • Pliabilidade: representa a facilidade do cirurgião em manusear o fio. • Coeficiente de atrito: é a capacidade do fio em deslizar pelos tecidos. Quanto menor o coeficiente de atrito, maior a facilidade de deslizar pelos tecidos, entretanto também é maior a possibilidade de desfazer o nó. • Reação tecidual: é a capacidade de um fio em induzir uma reação tecidual, ocasionada pelo tipo de material utilizado no fio, pelo trauma da passagem da agulha e pela isquemia provocada pela confecção do fio. • Antigenicidade e alerginicidade: são características inerentes ao tipo de material que compõe o fio, bem como a reação orgânica do paciente. CLASSIFICAÇÃO: Os fios podem ser classificados de acordo com a origem (orgânica e sintética), absorção (absorvível ou inabsorvível) e quantidade de filamentos (mono e multifilamentares) (SILVERSTEIN & KURTZMAN, 2005). Quanto a origem, podem ainda ser divididos em animal (categute e seda), vegetal (algodão e linho) ou mineral (aço). Os fios multifilamentares podem ser torcidos (categute, algodão), trançados (seda, poliglactina, poliglicólico e poliamida) ou encapados em paralelo (aço). Nas últimas décadas desenvolveu-se, comercialmente, os fios farpados, circunstância que permite incluir uma nova classificação quanto a aparência do fio (liso ou farpado) (GREENBERG & CLARK, 2009). Não se pode ignorar que as diversas características de um fio se correlacionam e influenciam à força de tensão, taxa de absorção, capacidade de manipulação, reatividade tecidual e segurança do nó. Classificações dos fios de sutura quanto a origem, absorção e quantidade de filamentos. ABSORVIVEIS MULTIFILAMENTARES Categute - O categute é um fio orgânico de origem animal, produzido da submucosa do intestino de ovinos ou da serosa intestinal dos bovinos, constituído de colágeno e tratados com formaldeído. Ácido poliglicólico - É um fio sintético, composto por polímeros trançados do ácido glicólico (hidroxiacético). E bastante resistente e induz discreta reação tecidual, sendo comparado à outros fios sintéticos como o náilon e a poliglactina 910. Ocorre perda de 33% da força tênsil até sete dias e cerca de 80% até 14 dias, tendo absorção completa estimada em 120 dias (POSTLETHWAIT, 1970). Poliglactina 910 - É um fio sintético, formado pela associação com 90% ácido glicólico e 10% de ácido lático, absorvido por hidrólise. Por conter molécula mais hidrofóbica, quando comparado ao ácido poliglicólico, é mais resistente à absorção, notando-se maior força de tensão até 21 dias após implantação. Classificações dos fios de sutura quanto a origem, absorção e quantidade de filamentos. ABSORVIVEIS MULTIFILAMENTARES Categute - O categute é um fio orgânico de origem animal, produzido da submucosa do intestino de ovinos ou da serosa intestinal dos bovinos, constituído de colágeno e tratados com formaldeído. Ácido poliglicólico - É um fio sintético, composto por polímeros trançados do ácido glicólico (hidroxiacético). E bastante resistente e induz discreta reação tecidual, sendo comparado à outros fios sintéticos como o náilon e a poliglactina 910. Ocorre perda de 33% da força tênsil até sete dias e cerca de 80% até 14 dias, tendo absorção completa estimada em 120 dias (POSTLETHWAIT, 1970). Poliglactina 910 - É um fio sintético, formado pela associação com 90% ácido glicólico e 10% de ácido lático, absorvido por hidrólise. Por conter molécula mais hidrofóbica, quando comparado ao ácido poliglicólico, é mais resistente à absorção, notando-se maior força de tensão até 21 dias após implantação. ABSORVIVEIS MONOFILAMENTARES Poliglecaprone 25 Poliglecaprone 25 (Monocryl® , Caprofyl® ) é sintético, altamente flexível, composto por 75% de glicolida e 25% de coprolactona. Tem uma excelente força tênsil inicial, porém apresenta rápida degradação. Polidioxanona- É um fio sintético, de alto custo, encontrado no mercado com o nome PDS® . É produzido pelo polímero de paradioxanona com flexibilidade superior aos fios de poliglicólico, poliglactina 910 e polipropileno. Quitosana - A quitosana é um homopolissacarídeo estrutural, o que garante menor indução de reação tecidual quando comparado aos fios de origem protéica, como a seda (fibroina) (CHU et al., 1996). INABSORVIVEIS MULTIFILAMENTARES Seda - Fio de origem orgânica (animal), obtido do casulo do bicho-da-seda, pode ser encontrado na forma torcido ou trançado, com os nomes Seda® ou Tech-lin ® Possui alta capilaridade a qual pode ser amenizada por imersão em solução de óleo, cera ou silicone. Algodão - Fio de origem orgânica (vegetal), que perde lentamente a força tênsil com decaimento de 50% em seis meses e 70% em dois anos, porém diferentemente da seda não é absorvido completamente (RUGI & ADAMSON, 1972). Disponível comercialmente com os nomes Algodão® e Tech- cott®. Aço - O aço inoxidável é o único fio metálico atualmente utilizado. É inerte e pode ser esterilizado facilmente por autoclave. Pode ser encontrado na forma mono ou multifilamentar torcido, com os nomes Aciflex® ou Monicron® . Possui extrema força de tensão, a qual não sofre redução e maior segurança de no entre todos os tipos de fio (STASHAK & YTURRASPE, 1978). Náilon - É um fio sintético derivado das poliamidas, mais precisamente do ácido hexametilenodiamina e ácido adípico (BELLENGER, 1982). Possui força de tensão moderada, sendo similar ao polipropileno (HERMANN, 1971). Reduz apenas 30% da força tênsil em aproximadamente dois anos, devido a degradação química (STASHAK & YTURRASPE, 1978). Polipropileno - É um fio sintético, inerte, formado por um polímero de polipropileno, derivado do gás propano. Conhecido comercialmente por Prolene® Propilene® Supralene® e Premilene® FIOS FARPADOS - O processo de fabricação consiste em cortes em sentido único ou oposto e incompletos no diâmetro dos fios lisos como, polipropileno, poligliconato, polidioxanona e poliglecaprone formando assim várias "flechas" ao longo do comprimento. 3. Estabelecer uma relação conceitual entre as possíveis reações teciduais ao fio, frente a escolha da técnica e material de sutura utilizado. A escolha do fio de acordo com a técnica e o material utilizado, deve ser levada em consideração, pelas possíveis reações teciduais que ele pode causar, por isso devemos saber as principais características do fio para que se utilize um que atenda todos os objetivos incluindo o que causa mínima reação tecidual. Os fios monofilamentados são fios que causam menos trauma aos tecidos, não tendo ou tendo baixa capilaridade, o que já causa menos reação tecidual, já os multifilamentados são mais traumáticos e tem uma maior capilaridade permitindo que o fluido e bactérias sejam carregados para o interior de suas fibras, no qual macrófagos e neutrófilos não penetram, assim causando maior reação tecidual piorando e retardando a cicatrização. O diâmetro também interfere na reação tecidual na qual um fio mais grosso irá causar uma reação tecidual maior do que um fio de menor diâmetro. Os fios de origem animal causam mais reação tecidual do que os fios sintéticos. Dentro dos tipos de fios absorvíveis ou inabsorvíveis, existem fios que levam a uma maior ou menor reação tecidual, então isso deve ser levado em consideração, assim como o tipo de sutura também vai interferir na reação tecidual visto que as suturas continuas causam menor reação tecidual quando comparada comum a sutura separada, pois vai ser utilizada uma menor quantidade de fio assim reduzindo o trauma causado no tecido. Por isso a escolha do fio ideal é de extrema importância quando pensamos na síntese para que esse cause a mínima reação tecidual, assim consequentemente tendo uma cicatrização melhor do tecido. Referências: COSTA NETO, João Moreira da et al. Ensino de padrões de sutura na síntese dos tecidos. 1º ed. 2009. Disponível em: http://www.cirurgia.vet.ufba.br/arquivos/docs/aulas/sutura_livro 2009.pdf. Acesso em: 17 set. 2023. COSTA NETO, João Moreira da et al. Ensino de padrões de sutura na síntese dos tecidos. 19 ed. 2009. Disponível em: http://www.cirurgia.vet.ufba.br/arquivos/docs/aulas/sutura_livro 2009.pdf. Acesso em: 17 set. 2023. GALERA, Paula Diniz. Apostila de técnica cirúrgica. Brasília: Universidade de Brasilia-UnB, 2005 Disponível em http://www.ufrgs.br/blocodeensinofavet/documentos/apostilad apaula.pdf2.pdf. Acesso em: 18 set. 2023. QUITZAN, Juliany Gomes. Técnica Cirúrgica Veterinária. Botucatu: Universidade Estadual Paulista, 2013. Disponivel em: http://www.ufrgs.br/blocodeensinofavet/documentos/ApostilaF MVZBOTUCATUfinal.p df. Acesso em: 18 set. 2023. SILVA, Luciano Schneider da. Aplicabilidade e Reação tecidual dos fios de sutura. 2009. Seminário (Doutorado em Medicina Veterinária) - Escola de Veterinária, Universidade Federal de Goiás. Goiânia, 2009. Disponível em http://www.cirurgia.vet.ufba.br/arquivos/docs/aulas/fios_aplicab ilidade.pdf Acesso em: 19 set. 2023
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