Buscar

APS CLINICA DE PEQUENOS ANIMAIS III - SUTURAS

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

APS - CLÍNICA DE PEQUENOS III
MARINA DE CASTRO PRADO ALMOSNINO -RA 6668772
 PADROES DE SUTURAS
ATIVIDADE 1
1) Pesquisar em ambientes virtuais ou presenciais, o que
são suturas aposicionais, invaginantes e evaginantes.
- As suturas aposicionais são suturas ondes as bordas se
encostam no mesmo plano e são mais usadas quando a pele
requer tensão moderada, ela resulta um bom confrontamento
tanto das partes superficiais da pele como nas partes
profundas. Pode-se aplicar esse tipo de sutura em
procedimentos cirúrgicos como: enterorrafia e órgãos
parenquimatosos (fígado e baço).
- As suturas invaginantes são suturas que deslocam as
bordas para o interior do órgão, geralmente aplicada em
vísceras ocas com a finalidade de justapor as paredes pela
sua face externa para isolar a parte interna que geralmente é
séptica. É uma sutura usada como uma segunda sutura de
oclusão para vísceras ocas. Pode-se aplicar esse tipo de
sutura em procedimentos cirúrgicos como: cistorrafia,
gastrorrafia e histerorrafia. 
- As suturas evaginantes são quando as bordas da incisão
ficam voltadas para fora. Fácil de ser confeccionada e
indicada para tecidos parenquimatosos, ex. fígado e baço.
Apresenta a vantagem de não passar o fio sobre a ferida,
entretanto não promove a perfeita coaptação dos lábios da
ferida. Pode-se aplicar esse tipo de sutura em procedimentos
cirúrgicos como: suturas vasculares ou de tensão 
2) Quais padrões de sutura são empregados nos
procedimentos abaixo, justifique sua resposta 
• Dermorrafia: Podemos utilizar a sutura de pele realizada com
mononáilon 3-0 em padrão simples separado; Porem também
podemos utilizar o fio farpado, que apresenta maior segurança
nessa sutura e é de fácil manipulação na dermorrafia de cães.
• Síntese da musculatura abdominal – Ultilizamos o padra de
sutura interrompida , sultan (padra de aposição), com fio
absorvível vicryl. Em pacientes desnutridos ou com problemas
de cicatrização podemos usar o fio de nylon.
• Gastrotomia – Durante a cirurgia ultilizamos suturas de
apoio. Colocar pontos de fixação para auxiliar na manipulação
do estômago e ajudar a evitar o derramamento do conteúdo
gástrico. Na síntese, ultilizamos o padrão de sutura
invaginante em 2 planos (Cushing ou Lambert), não
transfixante. 
1 camada: ultilizamos ponto continuo, simples ou cushing
(serosa + muscular + submucosa).
2 camada: ultilizamos Cushing ou Lambert (serosa + muscular).
Como alternativa, fechar a mucosa com uma sutura de padrão
simples contínuo em uma camada separada para reduzir o
sangramento pós operatório.
• Correção de otohematoma - Ultilizamos a sutura
capitonada com fio de nylon, pois a ideia aqui eh que cada
ponto diminua o espaço o morto. 
• Uretrostomia – Suturar a extremidade com seis a oito
suturas interrompidas absorvíveis sobre um cateter
transuretral (preferivelmente um cateter de Foley ou outro
cateter macio). Deixar o cateter no local por sete a 10 dias.
Indica-se o reparo tardio se o tecido uretral não sustentar a
sutura por causa de extravasamento urinário prolongado e
subsequente necrose tecidual.
Uretrostomia escrotal: Após amputar o pênis, aproximamos a
túnica albugínea para fechar a extremidade do pênis com fio
de sutura absorvível monofilamento 3-0 ou 4-0 (i.e.,
polidioxanona [PDS], poliglecaprona 25 [Monocryl ® ],
glicômero 631 [Biosyn ® ] ou poligliconato [Maxon ® ]).
Sobrepomos a mucosa uretral à pele no local da uretrostomia
com sutura simples descontínua com fio absorvível ou não
absorvível monofilamento 4-0 a 6-0 (p. ex., polidioxanona
[PDS], poliglecaprona 25 [Maxon ® ], poliglecaprona [Monocryl
® ], glicômero 631 [Biosyn ® ], polibutester [Novafil ® ],
polipropileno [Proleno ® ] ou náilon) (Fig. 27-41, D). Fechamos o
tecido subcutâneo e a pele cranial e caudal à uretrostomia em
duas camadas.
ATIVIDADE 2
 
1. Construir um inventário dos principais fios sintéticos e
naturais, destacando suas vantagens e desvantagens.
Fios inabsorvíveis sintéticos: Multifilamentados
(Poliamida/Náilon/Poliester), Monofilamentados
(Poliamida/Náilon/ Polipropileno), Fio de Poliamida (náilon):
Pode ser mono/multifilamentado. Vantagens: Causa reação
tecidual mínima, Não capilar, Pode ser usado em tecidos
contaminados, Possui nó deslizante. Desvantagens: Possui
memória, Alta elasticidade, Difícil manuseio, Perda de
resistência.
Poliester: É um polímero sintético, multifilamentado e
trançado, nas formas simples e revestido (lubrifica o fio).
Vantagens: Mais forte dos não metálicos, Tem pouca perda
da força tênsil. Desvantagens: Maior reação tecidual entre os
sintéticos (não usar em feridas contaminadas), Pobre
segurança dos nós (mínimo 5 laçadas), Elevado coeficiente de
fricção.
Polipropileno: É um polímero monofilamentado de propileno,
derivado do gás propano. Pode ser azul ou rosa. Vantagens:
Força tênsil inferior ao náilon, Maior segurança do nó que o
náilon, Confere a sutura menos trombogênica, Inerte, Boa
retenção da força, resistência à contaminação bacteriana.
Desvantagens: Alto custo, Manuseio escorregadio,
Dificuldade na realização do nó.
Fios inabsorvíveis orgânicos: Multifilamentados
(Seda/Algodão/Aço), Monofiulamentados (Aço), Origem
vegetal (Algodão), Origem animal (Seda).
Seda: É um fio obtido da seda natural, com resistência à
tração e boa capacidade de aplicação do nó cirúrgico.
Apresenta-se de forma multifilamentada, torcido ou trançado.
Pode ser tratado com óleo, cera ou silicone para diminuir a
capilar idade natural. Embora classificado como não
absorvível, perde gradativamente sua força tênsil e é
absorvido em dois anos. Tem poucas indicações na cirurgia de
pequenos animais. Vantagens: Baixo custo, fácil aquisição,
Bom manejo. Desvantagens: Alta capilaridade, Produz
ulceração gastrintestinal, No trato urinário pode dar origem a
litíases, Deve ser evitada em mucosa de vísceras ocas e
feridas contaminadas, Elevada reação tecidual.
Algodão: Este fio foi usado inicialmente em 1939, durante a
Segunda Guerra, frente as suas vantagens para a época.
Trata-se de um fio resistente à tração, e boa capacidade de
aplicação do nó cirúrgico, apresentando-se de forma
multifilamentado torcido ou trançado. Vantagens: Baixo
custo, fácil aquisição, Bom manejo, facilidade no nó,
Reesterilização (autoclavado). Desvantagens: Alta
capilaridade, Alto índice de fricção, Reação tecidual (fístulas e
granulomas).
Aço: Empregado na redução de fraturas. Vantagens:
Resistentes, Inertes, Fácil esterilização, Baixo coeficiente de
fricção, Não capilares, Cicatriz mínima. Desvantagens: Manejo
delicado, Permanente, Nós de difícil aplicação, Tendência a
cortar os tecidos, Extremidades dos fios – ponto de irritação,
Instrumentos especiais para o corte.
Fios absorvíveis sintéticos: São fios degradados por hidrólise,
causam mínima reação tecidual, não sofrem ação de enzimas
digestivas, não são utilizados em tecidos contaminados, tem a
perda da força tênsil em 14, 21, 180 dias, a sua absorção
ocorre em 60, 90, 180 dias e o seu custo é elevado. 
Ácido poliglicólico (Dexon): É um polímero do ácido glicólico,
nas cores branco e verde. Há uma variação, o Dexon Plus, que
é recoberto por lubrificante. Vantagens: Bom manuseio,
Absorção de 120 dias, ampla aplicação, Suturas bem toleradas
em feridas infectadas. Desvantagens: Custo
Poliglactinca 910 (Vicryl): Trata-se de um polímero contendo
ácido glicólico e ácido lático na proporção de 9 por 1,
prensado na forma de filamentos e na cor violeta. É mais
hidrofóbico e mais resistente à hidrólise do que o ácido
poliglicólico. Ambos perdem sua força tênsil ao redor de 21
dias. Tem indicação em suturas internas. Vantagens: Baixa
reação tecidual, ampla aplicação, é estável em feridas
contaminadas. Desvantagens: Custo
Polidioxanona (PDS): É um polímero monofilamentado com
maior flexibilidade que o ácido poliglicólico, poliglactina 910 e o
polipropilene. Sofre degradação por hidrólise, mas em maior
tempo. Vantagens: Perde 86% de sua força tênsil após 56
dias, Absorção ocorre em 180 dias, Resistência tênsil maior
que Dexon e Vicryl, Maior flexibilidadeque os anteriores.
Desvantagens: Em suturas contínuas, realizar 7 nós, Custo.
Poligliconato (Maxon): É um copolímero monofilamentado de
ácido glicólico e carbonato de trimetilene, com características
(vantagens e desvantagens) semelhantes às do PDS.
Entretanto, possui excelente segurança no nó. Apresenta-se
nas cores branco ou verde. Vantagens: Boa força tênsil com
pouca ou nenhuma absorção durante o período crítico de
cicatrização, Absorção ocorre pela ação de macrófagos entre
6 e 7 meses após sua implantação. Desvantagens: Custo.
Fios absorvíveis orgânicos: Os fios absorvíveis perdem 100%
da sua força tênsil em 60 dias, sua absorção completa ocorre
em 60/90/120/180 dias, essa absorção ocorre por fagocitose,
este fio de colágeno é oriundo do intestino de ruminantes, no
qual se tem uma absorção que acelerada por infecção,
enzimas digestivas e catabolismo aumentado.
Categute simples: Absorção entre 9 e 14 dias (variável
conforme o local), Alta reação tecidual.
Categute cromado - Vantagens: Fácil de manusear,
absorvível pelos tecidos, relativamente forte. Desvantagens:
Impróprio para suturas externas, Capilaridade, Perda da força
tênsil, quando úmido se dilata, enfraquece e diminui a
segurança do nó, Reação inflamatória e ocasional reação de
sensibilidade.
2. Analisar as características ideias dos fios de sutura.
Aspectos gerais sobre os fios de sutura cada fio de sutura
possui características peculiares que marcam o seu grupo,
que devem ser consideradas durante a escolha. Acrescenta-
se as particularidades das feridas, tipo de tecido, preferência
do cirurgião e espécie animal.
Ainda sobre aspectos gerais é preciso considerar a força
tênsil do fio. Essa característica representa a força contínua,
linear, necessária para a ruptura. 
ESCOLHA DO FIO: O fio de sutura ideal é aquele que seja
adequado a todas as situações possíveis e com baixo custo.
Este fio deveria ter um calibre fino e regular, causando pouco
dano tecidual, mas, no entanto, apresentar uma grande
resistência à torção e à tração. Deve ainda apresentar boa
pliabilidade, ser flexível, mas não ser elástico, apresentar uma
baixa taxa de indução de reação tecidual e ser fácil de
esterilizar. Outras características, como baixa memória e
capilaridade, também são importantes. 
• Absorção de fluidos: é a capacidade de um fio de absorver
fluido quando estiver totalmente imerso neste meio. O ideal é
que o fio tenha uma baixa absorção de fluido. 
• Capilaridade: é a capacidade de um fio absorver fluido
quando apenas uma de suas extremidades estiver imersa em
um meio líquido. 
• Configuração física: é relacionada com a configuração
física do fio, que pode ser composto por um ou mais
filamentos.
• Aderência bacteriana: é a capacidade do fio de promover a
aderência de bactérias a sua superfície, favorecendo a
instalação do processo infeccioso. 
• Diâmetro: é o calibre do fio determinado em milímetros.
Comercialmente isto é expresso com uma numeração
específica utilizando-se o número de zeros. 
• Quanto maior o número de zeros, menor é o fio. Esta
característica também se relaciona com a resistência do
material, portanto nem todo fio com a mesma numeração
apresenta o mesmo calibre. Existe uma faixa de calibre do fio
de acordo com a sua numeração. Por exemplo, um fio 2-0
absorvível apresenta uma faixa de calibre de 0,35 a 0,40 mm,
enquanto um fio 2-0 inabsorvível apresenta uma faixa de
calibre entre 0,30 a 0,34. A numeração dos fios varia de 12-0
(de 0,001 a 0,01 mm) a 3 (de 0,60 a 0,80 mm). 
• Força tênsil: pode ser definida como a relação entre a
somatória das forças necessárias para romper o fio e o seu
diâmetro. 
• Força do nó: é a força necessária para que um nó
escorregue, estando relacionada com o coeficiente de atrito
do fio. 
• Elasticidade: é a capacidade de distensão de um fio e seu
retorno à forma Original. 
• Plasticidade: a capacidade do fio de se moldar à nova forma
após ser tracionado. Este fio se adapta melhor à sutura
confeccionada, diminuindo a possibilidade de seccionar as
bordas da ferida.
• Memória: pode ser definida como a capacidade do fio de
retornar a sua forma original. Fios com alta memória têm um
manuseio mais difícil e maior possibilidade de desfazer o nó. 
• Pliabilidade: representa a facilidade do cirurgião em
manusear o fio. 
• Coeficiente de atrito: é a capacidade do fio em deslizar
pelos tecidos. Quanto menor o coeficiente de atrito, maior a
facilidade de deslizar pelos tecidos, entretanto também é
maior a possibilidade de desfazer o nó.
• Reação tecidual: é a capacidade de um fio em induzir uma
reação tecidual, ocasionada pelo tipo de material utilizado no
fio, pelo trauma da passagem da agulha e pela isquemia
provocada pela confecção do fio.
• Antigenicidade e alerginicidade: são características
inerentes ao tipo de material que compõe o fio, bem como a
reação orgânica do paciente.
CLASSIFICAÇÃO: Os fios podem ser classificados de acordo
com a origem (orgânica e sintética), absorção (absorvível ou
inabsorvível) e quantidade de filamentos (mono e
multifilamentares) (SILVERSTEIN & KURTZMAN, 2005).
Quanto a origem, podem ainda ser divididos em animal
(categute e seda), vegetal (algodão e linho) ou mineral (aço).
Os fios multifilamentares podem ser torcidos (categute,
algodão), trançados (seda, poliglactina, poliglicólico e
poliamida) ou encapados em paralelo (aço). Nas últimas
décadas desenvolveu-se, comercialmente, os fios farpados,
circunstância que permite incluir uma nova classificação
quanto a aparência do fio (liso ou farpado) (GREENBERG &
CLARK, 2009). Não se pode ignorar que as diversas
características de um fio se correlacionam e influenciam à
força de tensão, taxa de absorção, capacidade de
manipulação, reatividade tecidual e segurança do nó.
Classificações dos fios de sutura quanto a origem,
absorção e quantidade de filamentos.
ABSORVIVEIS MULTIFILAMENTARES
Categute - O categute é um fio orgânico de origem animal,
produzido da submucosa do intestino de ovinos ou da serosa
intestinal dos bovinos, constituído de colágeno e tratados com
formaldeído.
Ácido poliglicólico - É um fio sintético, composto por
polímeros trançados do ácido glicólico (hidroxiacético). E
bastante resistente e induz discreta reação tecidual, sendo
comparado à outros fios sintéticos como o náilon e a
poliglactina 910. Ocorre perda de 33% da força tênsil até sete
dias e cerca de 80% até 14 dias, tendo absorção completa
estimada em 120 dias (POSTLETHWAIT, 1970).
Poliglactina 910 - É um fio sintético, formado pela associação
com 90% ácido glicólico e 10% de ácido lático, absorvido por
hidrólise. Por conter molécula mais hidrofóbica, quando
comparado ao ácido poliglicólico, é mais resistente à
absorção, notando-se maior força de tensão até 21 dias após
implantação.
Classificações dos fios de sutura quanto a origem,
absorção e quantidade de filamentos.
ABSORVIVEIS MULTIFILAMENTARES
Categute - O categute é um fio orgânico de origem animal,
produzido da submucosa do intestino de ovinos ou da serosa
intestinal dos bovinos, constituído de colágeno e tratados com
formaldeído.
Ácido poliglicólico - É um fio sintético, composto por
polímeros trançados do ácido glicólico (hidroxiacético). E
bastante resistente e induz discreta reação tecidual, sendo
comparado à outros fios sintéticos como o náilon e a
poliglactina 910. Ocorre perda de 33% da força tênsil até sete
dias e cerca de 80% até 14 dias, tendo absorção completa
estimada em 120 dias (POSTLETHWAIT, 1970).
Poliglactina 910 - É um fio sintético, formado pela associação
com 90% ácido glicólico e 10% de ácido lático, absorvido por
hidrólise. Por conter molécula mais hidrofóbica, quando
comparado ao ácido poliglicólico, é mais resistente à
absorção, notando-se maior força de tensão até 21 dias após
implantação.
ABSORVIVEIS MONOFILAMENTARES
Poliglecaprone 25 Poliglecaprone 25 (Monocryl® ,
Caprofyl® ) é sintético, altamente flexível, composto por 75%
de glicolida e 25% de coprolactona. Tem uma excelente força
tênsil inicial, porém apresenta rápida degradação.
Polidioxanona- É um fio sintético, de alto custo, encontrado
no mercado com o nome PDS® . É produzido pelo polímero de
paradioxanona com flexibilidade superior aos fios de
poliglicólico, poliglactina 910 e polipropileno.
Quitosana - A quitosana é um homopolissacarídeo estrutural,
o que garante menor indução de reação tecidual quando
comparado aos fios de origem protéica, como a seda (fibroina)
(CHU et al., 1996).
INABSORVIVEIS MULTIFILAMENTARES
Seda - Fio de origem orgânica (animal), obtido do casulo do
bicho-da-seda, pode ser encontrado na forma torcido ou
trançado, com os nomes Seda® ou Tech-lin ® Possui alta
capilaridade a qual pode ser amenizada por imersão em
solução de óleo, cera ou silicone.
Algodão - Fio de origem orgânica (vegetal), que perde
lentamente a força tênsil com decaimento de 50% em seis
meses e 70% em dois anos, porém diferentemente da seda
não é absorvido completamente (RUGI & ADAMSON, 1972).
Disponível comercialmente com os nomes Algodão® e Tech-
cott®.
Aço - O aço inoxidável é o único fio metálico atualmente
utilizado. É inerte e pode ser esterilizado facilmente por
autoclave. Pode ser encontrado na forma mono ou
multifilamentar torcido, com os nomes Aciflex® ou Monicron® .
Possui extrema força de tensão, a qual não sofre redução e
maior segurança de no entre todos os tipos de fio (STASHAK
& YTURRASPE, 1978).
Náilon - É um fio sintético derivado das poliamidas, mais
precisamente do ácido hexametilenodiamina e ácido adípico
(BELLENGER, 1982). Possui força de tensão moderada, sendo
similar ao polipropileno (HERMANN, 1971). Reduz apenas 30%
da força tênsil em aproximadamente dois anos, devido a
degradação química (STASHAK & YTURRASPE, 1978).
Polipropileno - É um fio sintético, inerte, formado por um
polímero de polipropileno, derivado do gás propano. Conhecido
comercialmente por Prolene® Propilene® Supralene® e
Premilene®
FIOS FARPADOS - O processo de fabricação consiste em
cortes em sentido único ou oposto e incompletos no diâmetro
dos fios lisos como, polipropileno, poligliconato, polidioxanona
e poliglecaprone formando assim várias "flechas" ao longo do
comprimento.
3. Estabelecer uma relação conceitual entre as possíveis
reações teciduais ao fio, frente a escolha da técnica e
material de sutura utilizado.
A escolha do fio de acordo com a técnica e o material 
utilizado, deve ser levada em consideração, pelas possíveis 
reações teciduais que ele pode causar, por isso devemos 
saber as principais características do fio para que se utilize 
um que atenda todos os objetivos incluindo o que causa
mínima reação tecidual. Os fios monofilamentados são fios
que causam menos trauma aos tecidos, não tendo ou
tendo baixa capilaridade, o que já causa menos reação 
tecidual, já os multifilamentados são mais traumáticos e tem 
uma maior capilaridade permitindo que o fluido e bactérias 
sejam carregados para o interior de suas fibras, no qual 
macrófagos e neutrófilos não penetram, assim causando
maior reação tecidual piorando e retardando a cicatrização. 
O diâmetro também interfere na reação tecidual na qual 
um fio mais grosso irá causar uma reação tecidual maior
do que um fio de menor diâmetro. Os fios de origem animal 
causam mais reação tecidual do que os fios sintéticos. 
Dentro dos tipos de fios absorvíveis ou inabsorvíveis, 
existem fios que levam a uma maior ou menor reação 
tecidual, então isso deve ser levado em consideração, 
assim como o tipo de sutura também vai interferir na 
reação tecidual visto que as suturas continuas causam 
menor reação tecidual quando comparada comum a sutura 
separada, pois vai ser utilizada uma menor quantidade de
fio assim reduzindo o trauma causado no tecido. Por isso a
escolha do fio ideal é de extrema importância quando 
pensamos na síntese para que esse cause a mínima 
reação tecidual, assim consequentemente tendo uma
cicatrização melhor do tecido.
Referências:
COSTA NETO, João Moreira da et al. Ensino de padrões de
sutura na síntese dos tecidos. 1º ed. 2009.
Disponível em:
http://www.cirurgia.vet.ufba.br/arquivos/docs/aulas/sutura_livro
2009.pdf. Acesso em:
17 set. 2023. 
COSTA NETO, João Moreira da et al. Ensino de padrões de
sutura na síntese dos tecidos. 19 ed. 2009. Disponível em:
http://www.cirurgia.vet.ufba.br/arquivos/docs/aulas/sutura_livro
2009.pdf.
Acesso em: 17 set. 2023. 
GALERA, Paula Diniz. Apostila de técnica cirúrgica. Brasília:
Universidade de Brasilia-UnB, 2005
Disponível em
http://www.ufrgs.br/blocodeensinofavet/documentos/apostilad
apaula.pdf2.pdf. Acesso
em: 18 set. 2023. 
QUITZAN, Juliany Gomes. Técnica Cirúrgica Veterinária.
Botucatu: Universidade Estadual Paulista, 2013.
Disponivel em:
http://www.ufrgs.br/blocodeensinofavet/documentos/ApostilaF
MVZBOTUCATUfinal.p
df. Acesso em: 18 set. 2023. 
SILVA, Luciano Schneider da. Aplicabilidade e Reação
tecidual dos fios de sutura. 2009. Seminário (Doutorado em
Medicina Veterinária) - Escola de Veterinária, Universidade
Federal de Goiás. Goiânia,
2009. Disponível em
http://www.cirurgia.vet.ufba.br/arquivos/docs/aulas/fios_aplicab
ilidade.pdf
Acesso em: 19 set. 2023

Outros materiais