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Identidade Visual
Apresentação da Unidade
Nesta Unidade, trabalharemos os seguintes tópicos:
Percepção da Página Impressa;•
Identidade Visual;•
Formas, Massas Visuais e Formatos;•
Elementos Gráficos;•
Tipografia;•
A Cor na Identidade do Jornal;•
Logotipo da Publicação.•
Objetivos
Compreender a importância da identidade visual para uma publicação;•
Entender a influência que cada elemento visual gráfico tem sobre o todo da 
página impressa;
•
Desenvolver uma visão crítica e criativa nos projetos gráficos dos veículos 
impressos.
•
Videoaula
Assista, a seguir, à videoaula desta Unidade.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://cdnapisec.kaltura.com/p/1756931/sp/175693100/embedIframeJs/uiconf_id/36458511/partner_id/1756931?iframeembed=true&playerId=kaltura_player_1548866333&entry_id=1_eua5w5ji
Material Teórico
Conteudista: Prof. Me. Antonio Lucio Rodrigues Assiz
 Revisão Textual: Prof.ª Dra. Selma Aparecida Cesarin
 
Percepção da Página Impressa
É bom ter contato com um jornal e perceber que ele foi preparado para trazer uma boa experiência 
de leitura, não é verdade?
Às vezes, a gente não tem essa consciência, mas, diariamente, em cada edição, houve uma 
preocupação de vários profissionais para montar um jornal que nos seja útil, atraente, enfim, que 
nos cause uma boa avaliação.
Isso tem a ver com os assuntos escolhidos (conteúdo) e o uso de cor, imagens, tamanho de textos, 
formato e papel (forma) que precisam estar integrados.
Nesta Unidade, o foco é a “Identidade do Jornal”; é entender que cada jornal tem características 
muito específicas que no conjunto o tornam diferente de outros.
Considera-se que a identidade de uma determinada publicação está consolidada quando é possível 
identificar o Jornal apenas por seus aspectos visuais, sem ler o seu nome.
Quando isso ocorre, é porque os esforços da equipe de designers atingiram o resultado esperado. 
Às vezes, um veículo usa uma tipologia (tipo de letra) muito semelhante a outro e mesmo assim não 
é confundido com o outro, pois utiliza determinada cor, tem formato ou largura de colunas 
distintos, enfim, características particulares que formam a identidade da Publicação.
Ter sucesso na construção da identidade do jornal é conseguir utilizar os recursos gráficos 
disponíveis para formar e fortalecer um conceito, como observou Hurlburt em seu clássico estudo 
sobre o layout da página impressa: “O conceito ou ideia ocupa a posição central da síntese do design 
(...) Um design só pode ter resultado feliz se constituir a síntese de todos os dados úteis, traduzidos 
em palavras, imagens e projetados de forma dinâmica” (HULBURT, 1986).
Para conhecer um pouco mais sobre como construir a identidade do jornal é preciso entender um 
aspecto importante do universo da criação do design da página impressa, ou seja, como as pessoas 
reagem aos desenhos das páginas, a resposta do leitor.
Quando o designer, artista gráfico ou diagramador está pensando o desenho do jornal, ele está 
focado em buscar opções criativas para distribuir a informação jornalística e isso requer 
conhecimento do conteúdo (notícia), das tecnologias disponíveis (recursos) e do público, 
especialmente as regras (gramática) conhecidas pelo leitor para que ele decifre as mensagens do 
jornal.
Nesse esforço concentrado, o designer apresenta um desenho para cada página do jornal. A questão 
é que o designer deve pensar um pouco além, ou seja, na “resposta” do leitor à sua criação. Isso 
quer dizer pensar em como o leitor vai reagir ao desenho da página impressa, pois com essa 
reflexão no momento criativo, ele poderá acertar ainda mais e evitar equívocos simplesmente por 
excesso de confiança num trabalho que sempre deve estar a serviço do público.
Como podemos entender a “resposta do público” ao layout da página impressa, ou seja, como o 
público vai reagir ao desenho, à composição do conteúdo na página?
Alguns testes foram experimentados como o do “sedimento de leitura”, quando o leitor deve relatar 
sua lembrança após alguns minutos de observação dos conteúdos de uma página impressa.
O resultado dessa experiência indicava que alguns conteúdos eram mais lembrados de acordo com 
a forma como estavam distribuídos na página, mas eram estudos não conclusivos.
Outras ferramentas foram desenvolvidas como a técnica atualmente conhecida como Eye Track, em 
que um aparelho com câmera acoplada registra o movimento dos olhos durante a leitura de uma 
página, para descobrir a relação do movimento com o layout da página.
Essa técnica revelou um comportamento quase constante de observação inicial de uma área um 
pouco acima do centro geométrico da página, e ficou chamado de “centro ótico”. Também foram 
reflexões úteis, permitiram a identificação das chamadas “Zonas de Visualização” da página, foram 
muito utilizadas, mas atualmente essa teoria perdeu muita importância.
Como no passado as “Zonas de Visualização” foram muito utilizadas, é importante explicá-la, ainda 
que brevemente.
As “Zonas de Visualização” eram áreas caracterizadas como com maior capacidade de atrair a 
atenção do leitor; por isso, serviam de referência para a produção de cartazes e páginas impressas.
Elas demarcavam o layout conforme a figura a seguir:
Figura 1
 
 
 De acordo com as “Zonas de Visualização”, a área com maior capacidade de atrair a atenção do 
leitor seria o “Centro Ótico”, seguido pelo pela área marcada como “1”, chamada de “Primária”, a 
“2”, chamada de Secundária, a “3”, intermediária e a “4”, chamada de zona morta.
Essa reflexão orientou muitos layouts e ainda é uma referência, embora bastante questionada. A 
tradição de colocar a assinatura do anunciante em peças impressas, como cartazes, na área “2”, 
permanece até os dias atuais.
Veja, a seguir, o cartaz elaborado pelo Ministério Público de Minas Gerais, que explora a zona 
Secundária para inserir a assinatura do anunciante.
Figura 2 – Campanha impressa 
produzida pela Diretoria de 
Publicidade Institucional do 
Ministério Público de Minas Gerais
Fonte: Divulgação 
 
 
 
A explicação baseada nas zonas de visualização é questionada por muitos aspectos, por exemplo, a 
visualização da página dupla do jornal (página espelhada) tinha como primeira observação do leitor 
a área chamada de Intermediária, que era visualizada primeiramente, devido ao movimento de abrir 
a página do jornal.
Outros estudos se fortaleceram ao destacar o percurso do olhar a partir de elementos aplicados na 
página pelo designer, ou seja, as fotos, títulos e início de parágrafos, considerados por muitos 
estudos áreas priorizadas pelos leitores para o início da leitura.
Nesse caso, o movimento de salto pela página interagindo com certos elementos colocados no 
layout seria mais forte e preponderante.
A busca por compreender como o leitor percebe o layout avançou muito no início do século XX, 
quando, na primeira década (1910), o psicólogo Max Wertheimer, estimulado por todo o avanço 
que ocorria nas Artes e no Design, publicou um ensaio sobre percepção, que foi considerado o 
início da Psicologia Gestalt.
Gestalt é uma palavra alemã que tem um sentido relacionado à imagem, a formas, e ao estudo que 
analisa como percebemos as formas, o design das coisas.
A principal formulação da Psicologia Gestalt é que a visão humana tende a perceber as formas 
agrupando e relacionando intuitivamente elementos de uma paisagem.
Isso explica a percepção de imagens novas, “imaginárias”, a partir de tons formados por letras 
maiores ou menores numa área impressa. Explica, também, o relacionamento de elementos uns 
com os outros, gerando compreensões de contrastes ou composições novas, como, por exemplo, 
quando olhamos as nuvens e percebemos formas de animais ou objetos conhecidos.
A Gestalt explica que a percepção visual humana vê, primeiramente, um todo da página harmônico, 
um todo resultado das inter-relações das partes, ou seja, não é pelas partes individualmente que se 
constroem as percepções,mas o todo; porém esse todo é resultado de harmonias, contrastes, 
relações de cada aspecto dos elementos que compõem a página impressa.
A Teoria da Psicologia Gestalt continua sendo uma referência importante para a compreensão da 
resposta do público a um determinado design.
Ela indica ao artista gráfico, designer ou diagramador que é preciso encontrar a harmonia entre os 
elementos escolhidos, uma relação entre as composições no layout para que a página possa ser 
decifrada e aceita, “aprovada” como harmônica pelo leitor.
 
Identidade Visual
Baseados ainda na Psicologia da Gestalt, estudiosos procuraram desenvolver
layouts atraentes para os jornais e que tivessem o tal “todo harmônico”.
Isso não quer dizer algum tipo de simplificação da página como uso de uma única cor, único tipo de 
letra – embora o mais comum seja não utilizar fontes de famílias diferentes no mesmo layout – ao 
contrário, ao utilizar os vários recursos visuais, deve-se seguir um sentido, um conceito que o leitor 
possa compreender, às vezes pelas subjetividades, o conteúdo.
Se o desafio de construir uma identidade visual coerente, clara e atraente é uma tarefa nada fácil, 
pois passa por utilizar as partes com critérios que construam o “todo harmônico”, imaginem que o 
papel de decifrar, de reagir ao layout passa pela compreensão objetiva e subjetiva de cada leitor, o 
que torna o desafio exponencialmente maior.
Entender quem é o público é muito importante para propor uma identidade visual para o veículo, 
mas é preciso também compreender o objetivo da publicação, sua missão como produto 
jornalístico, visão e valores defendidos pelo jornal. É preciso ter em mãos informações claras do 
jornal para, num esforço de criação, encontrar um conceito e soluções, possibilidades e variações 
no uso dos elementos com coerência e sentido de harmonia, o “todo harmônico”.
Se por um lado a tarefa é difícil, por outro, a boa formação em Planejamento Visual Gráfico e o 
acompanhamento das inovações e do Mercado permitem que o profissional construa um Projeto 
coerente, em primeiro lugar, para si próprio e, depois, uma reflexão sobre como o leitor reagirá ao 
projeto, permitirá que se chegue muito perto do sucesso.
Além do mais, o projeto pode sofrer alterações e ajustes durante sua execução, desde que não 
sejam mudanças constantes e sem um estudo do impacto que causará na identidade da publicação.
Ao construir uma identidade visual atraente e agradável para a publicação, consegue-se um passo 
importante na relação com o leitor que poderá identificar rapidamente o jornal que deseja ler.
Além da diferenciação dos jornais concorrentes, quando o leitor escolhe o pro- duto preferido, ele 
navega pelo conteúdo, beneficiando-se de uma estrutura conhecida e aprovada por ele.
Quer dizer que ele encontra os assuntos preferidos e compreende as sinalizações, seja por cores, 
seja pelos elementos de paginação, selos, enfim, os indicadores necessários para o uso da 
publicação e isso faz parte do sucesso de um projeto gráfico e de uma identidade visual clara da 
publicação.
 
Formas, Massas Visuais e Formatos
Ao colocar notícias, prestação de serviços, informações ou qualquer mensagem no jornal, o 
profissional vai compondo um desenho.
É preciso saber que quando os elementos são colocados na página, eles passam a ter novos 
sentidos, normalmente, enriquecendo a informação jornalística. Uma foto próxima a um título, 
legenda e texto passa a narrar um acontecimento de forma mais completa e objetiva do que apenas 
a foto num espaço em branco. Da mesma forma, quando o espaço recebe um segundo conteúdo, 
inevitavelmente, eles passam a gerar novos sentidos a partir das relações de comparação, assim 
como a página ao lado, o verso, enfim, o “todo” da publicação.
A composição dos conteúdos na página leva à constituição de formas visuais específicas. Textos 
aproximados compõem retângulos com tons cinza, enquanto títulos, por terem letras maiores e 
normalmente mais espessas, resultam em retângulos bastante horizontais em tons mais escuros.
Olhando para a página do jornal a certa distância, é possível perceber formas resultantes dos 
elementos aplicados na área. Até espaços em branco, sem composição de texto ou foto geram 
blocos, retângulos claros que entram na percepção das formas.
Assim, é preciso prestar bastante atenção às formas geradas a partir de simples e ingênuas 
composições nas páginas do veículo.
Veja a seguir a capa do jornal Código, produzido pelos estudantes da Universidade Cruzeiro do Sul, 
publicado em novembro de 2018.
Figura 3 – Jornal-laboratório dos estudantes de Jornalismo da 
Universidade Cruzeiro do Sul. Edição nov/2018
Fonte: Divulgação 
 
 
 
Ocupar o espaço de forma criativa, publicar a notícia com um layout mais adequado ao conteúdo é 
o dever do profissional, e para que esse trabalho tenha o resultado esperado, é bom observar as 
formas visuais geradas a partir da inter-relação dos elementos, para que sejam formas agradáveis e 
que facilitem a leitura e a compreensão da informação.
Ainda em relação às formas visuais, entende-se que, quando as formas utilizadas no jornal são 
figuras conhecidas, a informação terá mais facilidade de compreensão, diferente das formas 
estranhas ao leitor.
Nesse sentido, quando os artistas, no início do século XX, apresentaram o conceito de simplicidade 
no layout, do uso de formas simples – quadrado, retângulo, círculo e triângulo – nas composições, 
eles já indicavam que seria melhor fugir de figuras com contornos descontínuos e difíceis de serem 
identificados.
Quando o Jornal do Brasil fez sua grande e importante reforma gráfica, na passagem dos anos 1950 
para 1960, inaugurou uma transformação no desenho de suas páginas, entregando um conteúdo 
mais organizado e bonito.
Com a reforma, as notícias passaram a ser projetadas para ocupar os módulos do jornal e a 
publicação passou a ser diagramada em blocos. A ideia da diagramação em blocos persiste até a 
atualidade por ser simples, fácil de produzir e de consumir.
 
Elementos Gráficos
Cada elemento inserido na página carrega uma função informativa, muitas vezes ligada ao símbolo 
que traduz ao ser lido, mas passa, também, a compor um aspecto gráfico, ou seja, gera referências 
na página que também podem trazer leveza, cor, movimento e ritmo, valorizando o layout.
Alguns elementos utilizados na composição do jornal são:
Título: É chamativo e traduz certo “resumo” da matéria;•
Linha fina (Linha de apoio): A função é complementar o título;•
Textos: Compostos em colunas, com uma estrutura de parágrafos, os textos são o conteúdo 
da notícia. O Lide é o parágrafo que lidera a matéria. Junto com a linha fina e o título, 
compõem as informações essenciais da notícia;
•
Editoria ou Cadernos: Publicações podem ser divididas em temas produzidos em Editorias e 
editados em cadernos. As editorias são sinalizadas com selos, ilustrações, gráficos e símbolos 
associados ao conteúdo;
•
Olho ou Janela: Elemento que tem a função de criar destaques com o uso do contraste visual;•
Cartola, Chapéu ou Antetítulo: Elemento como uma introdução, referência ao grande tema;•
Assinatura: Assinatura do autor(es) da matéria. Pode ser “Redação”;•
Capitulares: Uso comum no início de reportagens, são letras ou palavras em destaque;•
Entretítulos, Subtítulos, Intertítulos: Recurso para manter a atenção do leitor, quebrando a 
matéria em partes e destacando um conteúdo mais específico;
•
Fotos e Legendas: Fotos representam elementos altamente atrativos, mas elas sempre 
precisarão de legenda para não ter sentido dúbio;
•
Título Corrente ou Fio Data: Servem para identificar a edição (data de circulação);•
Box: Contornam conteúdos complementares e específicos. Pode ter relação ou não com 
outros conteúdos na página;
•
Bonecos: Pequenos retratos de personagens apresentados na matéria;•
Gráficos: São elementos que ajudam o leitor a visualizar os números da matéria;•
Infográficos: Mais completos que os gráficos, são elementos que apresentam umainformação 
de forma didática;
•
Fios e Vinhetas: São elementos que servem para estacar determinados conteúdos como 
notícias
•
 
Tipografia
O termo tipografia se refere aos tipos, letras e seus desenhos. É inegável que a escolha dos tipos 
adequados influencia no sucesso da identidade do jornal. Se a tipografia escolhida for clássica, 
moderna ou futurista, certamente a identidade da publicação estará aproximada aos valores 
histórico-culturais que os tipos (fontes) carregam.
Essa é uma matéria que precisa ser analisada com cuidado no planejamento da publicação, pois ela 
certamente terá um peso muito importante na identidade do jornal.
Muitas pessoas não dão a devida atenção a essa escolha por não saber dimensionar a importância 
do tema, mas não se esqueça de que os olhos do leitor percorrem cada contorno da letra escolhida, 
uma a uma, decifrando o significado do texto, mas, certamente, influenciando-se pelos desenhos 
dos tipos.
Um grande estudioso do tema, autor de Elementos do Estilo tipográfico (2011), Robert Bringhurst, 
enunciou uma sentença bastante respeitada de que o papel da tipografia é honrar o conteúdo. Com 
essa afirmação, é possível entender que a escolha dos tipos é muito importante para a publicação e 
ela deve estar em harmonia com o conteúdo e valorizá-lo.
É claro que a estética da publicação depende completamente da escolha do desenho do tipo, ou 
tipos (fontes) do jornal, mas é preciso considerar, também, aspectos técnicos e funcionais durante a 
escolha.
Em outras palavras, não adianta escolher um tipo que compõe um texto com ares de modernidade, 
se tem legibilidade – facilidade de leitura – reduzida, ou se a família escolhida
Nesse caso, o aspecto funcional (baixa legibilidade) e o aspecto técnico (não ter todos os símbolos 
esperados) devem orientar o projeto para a escolha de outro tipo, ainda que esteticamente 
representasse uma boa solução.
Ao estudar as famílias de fontes, é preciso percorrer com atenção cada letra, símbolo ou numeral 
para ter segurança de que a família escolhida é bem completa, incluindo variações de tons nos 
 tipos (Light, Medium e Bold), estilos (Italic, Redondo) e largura (Condensado, Expandido, 
Normal).
A observação minuciosa dos desenhos das letras pode identificar imperfeições ou detalhes 
inadequados ao seu projeto. Uma dica: dê atenção especial a letras como o “a” e “g” que, às vezes, 
têm acabamentos estranhos e são letras bastante utilizadas no texto.
A busca pela melhor fonte deve considerar, também, se o projeto é longo, por exemplo, um jornal 
periódico que terá muitas edições ou específico, como um cartaz. 
Se o desafio é criar uma peça única para uma campanha, a busca pelo melhor desenho de letra se 
resume às necessidades do texto definido; no entanto, se a publicação terá várias edições, é 
provável que existam casos em que a fonte escolhida necessite ter uma variação de largura, estilo, 
pontuação, uso de números e símbolos bem específicos, por isso, nesses casos, é preciso considerar 
se a família escolhida oferece várias opções.
Qual o tamanho da fonte que será utilizada e qual a quantidade de texto, se serão textos curtos, 
como títulos ou destaques, ou mais longos como textos em parágrafos, e até se serão muitos ou 
poucos parágrafos são questões que precisam estar claras para o designer na escolha da fonte ideal.
Com textos mais longos, é muito comum usar fonte serifada, pois se acredita que as serifas, em 
tamanho (corpo) pequeno, torna menos cansativa a leitura.
Figura 4 – Capa
Fonte: Divulgação 
 
 
 
Em textos curtos e que muitas vezes precisam de mais destaque como títulos, é mais comum o uso 
de uma fonte bastonada, sem serifa, mas não há uma regra exata e alguns projetos de jornais 
utilizam também fontes serifadas em textos destacados. Veja a seguir o exemplo de dois jornais, o 
“Hoje em Dia (Belo Horizonte – MG 15/07/2016) e o Folha de S. Paulo (São Paulo – SP 
5/08/2016):
Figura 5
Fonte: Divulgação 
 
 
 
Figura 6
Fonte: Divulgação
 
 
O jornal Folha de S. Paulo, há anos, optou por desenvolver um tipo próprio, para seu uso exclusivo.
Em 2018, o veículo divulga uma reforma gráfica iniciada no portal na Internet e que alcançou o 
jornal impresso. Conforme notícia a seguir, eles reduziram a quantidade de tipos utilizados em todo 
o grupo.
Veja a matéria publicada no site do jornal Folha de S. Paulo, em fevereiro de 2018:
 
Reforma Visual da Folha Implanta Tipografia Exclusiva
 
Figura 7 – Tipografia exclusiva, 
desenhada para a Folha e tratada para 
usos em telas
Fonte: Divulgação
 
[…]
A pedido da Folha, o tipógrafo catalão Jordi Embodas personalizou tipos gráficos, que são de uso 
exclusivo do jornal, com versões para telas e papel o novo projeto do jornal impresso está em 
desenvolvimento.
A paleta tipográfica será padronizada: de nove fontes usadas hoje pela Folha em diferentes 
plataformas, serão adotadas apenas três.
A Folha II, desenvolvida em 1996, e até hoje usada em títulos, recebeu ajustes. Além dela, foram 
criadas a Folha Texto — serifada (pequenos traços), para textos – e a Folha Gráfico — sem serifa, 
para infográficos e textos de apoio.
A ideia é que o leitor reconheça a marca da Folha, independentemente da plataforma em que esteja 
lendo, diz Marcio Freitas, consultor da reforma gráfica.
Ao ganhar organização e legibilidade, o jornal reforça sua identidade e o valor da informação, tão 
importantes em um momento de reafirmação do papel do Jornalismo profissional, completa Thea 
Severino, editora do Núcleo de Imagem.
Leitura
Reforma visual da Folha implanta tipografia exclusiva
Acesse
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Conforme anuncia o jornal, com apenas 3 famílias de fontes, o jornal se pro- pôs a atender a todas 
as necessidades nas plataformas impresso e online. A família Folha Texto é utilizada em todos os 
textos dos veículos do grupo. A família Folha II é utilizada em títulos e a Folha Gráfico em infografia 
e textos de apoio.
Quando uma publicação precisa criar um destaque em algum texto ela pode uti- lizar dentro da 
família as variações criadas pelos desenvolvedores. Veja a seguir 2 famílias de fontes, a Helvética 
Neue (sem serifa) e a Times New Romam (com serifa).
https://goo.gl/BAZy55
https://goo.gl/BAZy55
Figura 8 – Helvética Neue (sem serifa)
Fonte: Divulgação
 
 
Figura 9 – Times New Romam (com serifa)
Fonte: Divulgação
 
 
A escolha dos tipos que comporão as notícias do jornal é um esforço que pode ser muito 
gratificante, à medida que o estudo cuidadoso das possibilidades e adequações leve a um resultado 
preciso e criativo na seleção das fontes.
Esse processo é bastante subjetivo, mas olhando com atenção, é possível perceber que certas 
fontes transmitem sentidos que podem não se adequar ao conteúdo do jornal. Por exemplo, 
determinados tipos podem transmitir uma alegria, uma infantilidade que não caberá a certa notícia.
Veja os títulos a seguir:
Figura 10
Fonte: Acervo do conteudista
 
 
É fácil perceber que, entre as três opções de tipos para título, apenas a terceira é adequada. Isso 
não quer dizer que o jornal nunca poderá utilizar uma fonte alegre; ele deve ter um projeto 
definindo o tipo padrão para títulos, textos, legendas, destaques e, excepcionalmente, quando o 
tema pedir, poderá criar uma exceção.
Um exemplo pode ser para uma matéria de comportamento ou cultura, quando da chegada da 
primavera:
Figura 11
Fonte: Acervo do conteudista
 
No caso acima, a “perigosa” mistura de fontes não causou nenhum estrago à identidade do jornal.
O leitor compreenderá que o tipo “Helvetica Neue Condensed Black” é o padrão dos títulos e que o 
veículo quis “brincar” com o tema utilizando a fonte artística “Curlz Regular” para provocar 
sentimentos alegres no leitor.
Claro que essa combinação do exemplo acima é adequada apenas para ocasiões especiais e em 
editorias (assuntos) adequadas. O uso em todas as notícias transformaria a exceção numa regraconflitante em que parte do título é séria e parte brincalhona. Difícil imaginar que isso daria certo.
Você deve estar pensando: como conseguir lindos tipos (fontes) para produzir publicações 
atraentes e funcionais, não é verdade?
A primeira busca que muitos fazem é no próprio computador, mas, atualmente, muitos outros 
serviços surgiram e deixaram no chinelo as fontes instaladas nos computadores.
Navegue na Internet a partir das referências no final deste conteúdo e você descobrirá parte de um 
universo fantástico, moderno e de qualidade, com fontes para todos os gostos.
Site
Serviços como o Google Fonts, oferecem uma interface muito boa para escolher e 
usar tipos que deixarão sua publicação com um ar de profissionalismo e competência. 
Acesse
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Existem, também, sites que localizam os nomes de fontes a partir de fotos e até os que transformam 
suas fontes instaladas no computador num catálogo, que facilita sua vida na hora de escolher a 
mais adequada para o seu trabalho.
 
A Cor na Identidade do Jornal
Utilizar a cor como elemento de construção e fortalecimento da identidade do veículo significa 
escolher uma paleta, ou seja, um conjunto de cores, para manter presentes nas páginas dos jornais.
Entre os conteúdos do jornal, as cores escolhidas passam a indicar tipos de conteúdos e a 
abordagem das matérias. Com isso, o leitor vai aprendendo a navegar no jornal, interpretando o 
significado da cor no conteúdo.
Muitos veículos utilizam o conceito de “cores sinalizadoras”. Assim, por exemplo, sempre que uma 
notícia polêmica necessitar de um box ao lado com a opinião da pessoa acusada, usa-se no fundo 
do quadro uma cor específica, como o amarelo, por exemplo.
O leitor passa a entender que sempre que o quadro amarelo aparecer, é porque se trata da opinião 
de quem está sofrendo a acusação na matéria ao lado.
Alguns jornais utilizam cores específicas para sinalizar a editoria (assunto). Por exemplo, vermelho 
para Cultura, verde para editoria de Saúde e Meio Ambiente, azul para Cidade etc.
https://goo.gl/yQ3oQs
https://goo.gl/yQ3oQs
O uso de cores também precisa de planejamento, desde o estudo da cor usada no logotipo do 
jornal, que passa a ter um sentido especial no veículo, até pelo cuidado de utilizar cores em 
harmonia.
A história dos jornais no Brasil e nos Estados Unidos teve uma fase bem complicada logo no início 
do uso das cores, nos anos de 1980. Naquela época, os jornais começaram a imprimir com 
Tecnologia de quadricromia e, portanto, sentiram-se à vontade para usar qualquer cor em suas 
páginas.
O entusiasmo foi tamanho que logo se percebeu que o excesso de cores estava gerando um 
problema, um ruído e contaminando a mensagem jornalística. A essas edições deu-se o nome de 
“edições araras” e logo se iniciou um movimento para conter esse abuso.
Voltando à história da paleta de cores do jornal, alguns veículos desenvolvem sua paleta, ou seja, as 
cores permitidas para utilização em qualquer elemento gráfico que não seja fotografia do jornal, a 
partir das cores utilizadas no seu logotipo; outros usam as cores do símbolo da cidade (brasão); 
enfim existem muitas possibilidades de criação de paleta de cores para o jornal.
Para ter uma ideia dessa questão, saiba que o jornal Folha de S.Paulo tem reduzido sua paleta de 
cores nas últimas três reformas gráficas que realizou no jornal nos últimos 20 anos.
Segundo a Folha de S.Paulo, ao reduzir a paleta de cores, o leitor acha que o Jornal ficou mais 
colorido, porque passa a perceber melhor o uso e o significado das cores nas matérias. Pense nisso 
na hora de construir uma bela paleta de cores para o jornal.
 
Logotipo da Publicação
Pensar no logo do jornal deve começar entre os criadores do veículo e em algum momento receber 
a contribuição de um artista gráfico, que sempre poderá dar uma solução bem profissional para a 
ideia.
Como ponto de partida, o logo (ou logotipo) do jornal deve traduzir o conceito mais representativo 
do veículo. É como se o logo resumisse a missão, a visão e os valores da Organização que ele 
representa.
Normalmente, os logos seguem uma das três grandes vertentes da criação: a partir de texto, a partir 
de imagens ou figuras abstratas. É bastante comum, no dia a dia, encontrar logos produzidas apenas 
com textos, com a logo da empresa Google, Disney, Sony ou Netflix. O app Whatsapp utiliza uma 
imagem – um telefone antigo dentro de um pequeno balão - na composição de sua logo. Já a Nike, 
a Mitsubishi Motors (fabricante japonesa de automóveis) utilizam figuras abstratas. Em muitos 
destes casos é comum o logotipo da empresa ser composto, ou seja, usar um símbolo associado ao 
texto correspondente ao nome.
Como foi dito, o logo do jornal precisa ser uma síntese do veículo, deve ser pensado por quem 
conhece bem o projeto e precisa sempre de um bom designer para finalizar a ideia.
Além da capacidade de expressar a essência da Empresa, é preciso observar algumas características 
importantes para os logos.
O logo deve ter um princípio minimalista, ou seja, o mínimo significante. Deve ser uma boa solução 
que fique adequada em espaços grandes e também muito pequenos, como um cartão de visitas ou 
brindes, como uma caneta.
O logo pode ser colorido, pode usar apenas duas cores gerando um contraste criativo entre elas ou 
ter apenas uma cor, deve funcionar bem apenas em preto, ainda que em escala, e se for o caso, em 
negativo (branco sobre preto), pois, muitas vezes, o logo será aplicado em layouts que obriguem 
essas condições. 
Uma vez criado o logo, ele deve permanecer preservado e visível nas edições do jornal. Isso quer 
dizer que elementos do logo como cor, fonte e não podem ser alterados sem cuidado.
Reduções e ampliações do logo no jornal podem ser realizadas sempre com atenção para não 
descaracterizá-lo. Também não é permitido comprimir ou expandir o logo e nem aplicá-lo com 
inclinação na página.
Alguns jornais permitem que o logo na capa se movimente de acordo com cada edição, como o 
jornal Código, dos estudantes de Jornalismo de Cruzeiro do Sul
Veja na imagem a seguir.
Figura 12 – Jornal-laboratório dos estudantes de 
Jornalismo da Universidade Cruzeiro do Sul. Nov./2018
 
 
 
Figura 13 – Páginas internas do Jornal-laboratório 
Código
 
 
No projeto do Jornal Código, o logo é uma composição com texto e figura abstrata (esfera azul). Ele 
é aplicado com destaque na capa (pode mudar a posição, mas não o tamanho) e no topo de todas as 
páginas internas, nas páginas pares à esquerda e nas ímpares, à direita.
A forma como aplicar o logo, as permissões ou proibições no uso do logotipo, normalmente, são 
descritas no “Manual de Identidade Visual”, um pequeno Caderno ilustrado com exemplos do que é 
permitido no uso do logo.
Material Complementar
Sites
Google fontes
Plataforma com muitas opções de fontes online.
Acesse
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
 
Adobe Typekit
Opções de fontes que podem ser utilizadas gratuitamente em softwares da Adobe.
Acesse
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
 
Font Squirrel
Banco de fontes bem organizado.
Acesse
https://goo.gl/TLQYrw
https://goo.gl/TLQYrw
https://goo.gl/ybZ39p
https://goo.gl/ybZ39p
https://goo.gl/gqo9kd
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Font Fabric
Ambiente com fontes modernas.
Acesse
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Da Font
Banco conhecido por receber fontes enviadas pelos usuários.
Acesse
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
 
Wordmark.it – Helps you choose fonts
Site que transforma as fontes instaladas em seu computador em um catálogo
Acesse
https://goo.gl/gqo9kd
https://goo.gl/ctve7r
https://goo.gl/ctve7r
https://goo.gl/Hp9uvQhttps://goo.gl/Hp9uvQ
https://goo.gl/xmrGYj
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Leitura
Folha de S.Paulo – Reforma Gráfica
Acesse
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https://goo.gl/xmrGYj
https://goo.gl/BAZy55
https://goo.gl/BAZy55
Referências
BRINGHURST, R. Elementos do estilo tipográfico: versão 3.2. 2.ed. São Paulo: Cosac Naify, 2011. 
423p.
CLAIR, K; BUSIC-SNYDER, C. Manual de Tipografia, a história, a técnica e a arte. Tradução de 
Joaquim da Fonseca. 2.ed. Porto Alegre: Bookman, 2009. (E-Book)
COLLARO, A. C. Produção Gráfica: arte e técnica da mídia impressa. São Paulo: Pearson Prentice 
Hall. 2007. (E-Book)
FONSECA, J. Tipografia & Design Gráfico: design e produção gráfica de impressos e livros. Porto 
Alegre: Bookman, 2008. (E-Book)
MORAES, A. Design de Notícias. São Paulo: Blucher, 2015. (E-Book)
NOORDZIJ, G. O traço: teoria da escrita. Tradução de Luciano Cardinali e de Andrea Branco. São 
Paulo: Blucher, 2013. E-Book)
PERUYERA, M. Diagramação e layout. Curitiba: Intersaberes, 2018. (E-Book)
WHEELER, A. Designer de Identidade da Marca: guia essencial para toda a equipe de gestão de 
marcas. 3.ed. Porto Alegre: Bookman, 2012 (E-Book)

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