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1 N E U R O C IÊ N C IA E A P R E N D IZ A G E M - G R U P O P R O M IN A S 2 N E U R O C IÊ N C IA E A P R E N D IZ A G E M - G R U P O P R O M IN A S 3 N E U R O C IÊ N C IA E A P R E N D IZ A G E M - G R U P O P R O M IN A S Núcleo de Educação a Distância GRUPO PROMINAS DE EDUCAÇÃO Diagramação: Rhanya Vitória M. R. Cupertino Revisão Ortográfica: Águyda Beatriz Teles PRESIDENTE: Valdir Valério, Diretor Executivo: Dr. Willian Ferreira. O Grupo Educacional Prominas é uma referência no cenário educacional e com ações voltadas para a formação de profissionais capazes de se destacar no mercado de trabalho. O Grupo Prominas investe em tecnologia, inovação e conhecimento. Tudo isso é responsável por fomentar a expansão e consolidar a responsabilidade de promover a aprendizagem. 4 N E U R O C IÊ N C IA E A P R E N D IZ A G E M - G R U P O P R O M IN A S Prezado(a) Pós-Graduando(a), Seja muito bem-vindo(a) ao nosso Grupo Educacional! Inicialmente, gostaríamos de agradecê-lo(a) pela confiança em nós depositada. Temos a convicção absoluta que você não irá se decepcionar pela sua escolha, pois nos comprometemos a superar as suas expectativas. A educação deve ser sempre o pilar para consolidação de uma nação soberana, democrática, crítica, reflexiva, acolhedora e integra- dora. Além disso, a educação é a maneira mais nobre de promover a ascensão social e econômica da população de um país. Durante o seu curso de graduação você teve a oportunida- de de conhecer e estudar uma grande diversidade de conteúdos. Foi um momento de consolidação e amadurecimento de suas escolhas pessoais e profissionais. Agora, na Pós-Graduação, as expectativas e objetivos são outros. É o momento de você complementar a sua formação acadêmi- ca, se atualizar, incorporar novas competências e técnicas, desenvolver um novo perfil profissional, objetivando o aprimoramento para sua atu- ação no concorrido mercado do trabalho. E, certamente, será um passo importante para quem deseja ingressar como docente no ensino supe- rior e se qualificar ainda mais para o magistério nos demais níveis de ensino. E o propósito do nosso Grupo Educacional é ajudá-lo(a) nessa jornada! Conte conosco, pois nós acreditamos em seu potencial. Vamos juntos nessa maravilhosa viagem que é a construção de novos conhecimentos. Um abraço, Grupo Prominas - Educação e Tecnologia 5 N E U R O C IÊ N C IA E A P R E N D IZ A G E M - G R U P O P R O M IN A S 6 N E U R O C IÊ N C IA E A P R E N D IZ A G E M - G R U P O P R O M IN A S Olá, acadêmico(a) do ensino a distância do Grupo Prominas! É um prazer tê-lo em nossa instituição! Saiba que sua escolha é sinal de prestígio e consideração. Quero lhe parabenizar pela dispo- sição ao aprendizado e autodesenvolvimento. No ensino a distância é você quem administra o tempo de estudo. Por isso, ele exige perseve- rança, disciplina e organização. Este material, bem como as outras ferramentas do curso (como as aulas em vídeo, atividades, fóruns, etc.), foi projetado visando a sua preparação nessa jornada rumo ao sucesso profissional. Todo conteúdo foi elaborado para auxiliá-lo nessa tarefa, proporcionado um estudo de qualidade e com foco nas exigências do mercado de trabalho. Estude bastante e um grande abraço! Professora: Jeane França 7 N E U R O C IÊ N C IA E A P R E N D IZ A G E M - G R U P O P R O M IN A S O texto abaixo das tags são informações de apoio para você ao longo dos seus estudos. Cada conteúdo é preprarado focando em téc- nicas de aprendizagem que contribuem no seu processo de busca pela conhecimento. Cada uma dessas tags, é focada especificadamente em partes importantes dos materiais aqui apresentados. Lembre-se que, cada in- formação obtida atráves do seu curso, será o ponto de partida rumo ao seu sucesso profisisional. 8 N E U R O C IÊ N C IA E A P R E N D IZ A G E M - G R U P O P R O M IN A S A neurociência é um conjunto de disciplinas científicas que estudam o sistema nervoso, com o objetivo de se aproximar da com- preensão dos mecanismos que regulam o controle das reações neu- rais e do comportamento do cérebro. Existem diferentes disciplinas como neuroanatomia, neurofisiologia, neurofarmacologia, neuroquí- mica etc. É por isso que a neurociência deve ser estudada de forma integrada e complementar para entender a complexidade do cérebro. Nesta unidade veremos que aprender é basicamente a capacidade de sobreviver. O homem aprendeu a fazer fogo para aquecer e cozinhar a carne e ficou menos doente. Aprendeu a cultivar a terra para garantir o alimento, independentemente da sorte da caça, e a construir casas que resistissem à chuva e ao frio. Aprendendo, o homem criou o fu- turo e esta foi a única forma de garantir a continuidade da espécie. Veremos que, do ponto de vista da neurociência educacional, deve-se destacar que a inteligência é um conceito multidimensional e, portan- to, um mesmo ambiente de aprendizagem deve levar as crianças a ex- plorar, pensar e expressar seus pensamentos de maneiras diferentes. Neurociência. Aprendizagem. Sistema Límbico. Plasticidade Neural. 9 N E U R O C IÊ N C IA E A P R E N D IZ A G E M - G R U P O P R O M IN A S CAPÍTULO 01 NEUROCIÊNCIA VERSUS EDUCAÇÃO Apresentação do Módulo ______________________________________ 11 13 41 17 Antecedentes das Ciências Cognitivas e Neurais ________________ Aprendizagem tendo em vista a Plasticidade Neural ____________ A Adequação das Ciências Neurais à Educação ___________________ CAPÍTULO 02 CONCEITOS E APLICAÇÕES DE PLASTICIDADE NEURAL E A APREN- DIZAGEM Plasticidade Neural e suas Aplicações __________________________ 31 27Recapitulando ________________________________________________ 21As Chaves da Neurociência Educacional ________________________ Recapitulando _________________________________________________ 45 CAPÍTULO 03 SISTEMA LÍMBICO VERSUS APRENDIZAGEM Conceito de Sistema Límbico e suas Aplicações ________________ 49 Aprendizagem no Sistema Límbico _____________________________ 56 Recapitulando ________________________________________________ 63 Considerações Finais ___________________________________________ 67 10 N E U R O C IÊ N C IA E A P R E N D IZ A G E M - G R U P O P R O M IN A S Fechando a Unidade ____________________________________________ 68 Referências _____________________________________________________ 71 11 N E U R O C IÊ N C IA E A P R E N D IZ A G E M - G R U P O P R O M IN A S Quando se trata de neurociência na educação, hoje existem vários testes de como um ambiente de aprendizagem equilibrado e mo- tivador permite que as crianças aprendam melhor. É por isso que as crianças aprendem 'socialmente', criando ativamente entendimentos e significados por meio da interação e da dinâmica com os ambientes físi- cos, sociais e emocionais com os quais entram em contato. Neste módulo abordaremos questões da neuroeducação no contexto da aprendizagem, guiados por estudos e conceitos, bem como aplicações da plasticidade neural à aprendizagem, além de olharmos para o sistema límbico aplicado à aprendizagem. Veremos que a neuro- educação recomenda que a criança esteja em contato com a natureza nos primeiros anos de vida e não precise ficar muito tempo sentada. Será discutido ao longo do texto que para o cérebro amadure- cer, ou seja, criar novas redes de neurônios, ele precisa de novas expe- riências. No entanto, dos 10 aos 12 anos, o cérebro é especificamente receptivo ao aprendizado, então é hora de melhorar a compreensão do texto e aprender a raciocinar matematicamente. E na adolescência, o cérebro é completamente emocional e colide com o modelo educacional vigente, que nesta fase exige que aprendam biologia, física, química... matérias completamenteracionais. Ao falarmos dela, trataremos da plasticidade neural, conside- rada como a capacidade de regiões cerebrais ou grupos neuronais de responder funcional e neurologicamente no sentido de suprir os déficits funcionais correspondentes à lesão. É entendida como a capacidade dos neurônios de assumir o papel de outra pessoa ferida; e reorganiza- ção sináptica e a possibilidade de novas sinapses crescerem a partir de um neurônio danificado ou de vários neurônios. Veremos que o termo "plasticidade cerebral" expressa a capacidade adaptativa do sistema nervoso de minimizar os efeitos de uma lesão, de modificar sua própria organização estrutural e funcional. Assim, pensa-se que as emoções são centrais na aprendiza- gem, tanto para quem ensina como para quem aprende. As informações transmitidas pelo professor em sala de aula são captadas pelos nos- sos sentidos e percorrem o sistema límbico e a área responsável pelas emoções no cérebro antes de serem enviadas ao córtex cerebral, res- ponsável pelos processos cognitivos. A amígdala desempenha um pa- pel vital no sistema límbico: é uma das partes mais primitivas do cérebro e é ativada por eventos considerados importantes para a sobrevivência e consolida a memória de forma mais eficaz. Neste tópico veremos que outro fator a considerar é a surpresa porque ativa a amígdala. O cérebro é um órgão que gosta de processar 12 N E U R O C IÊ N C IA E A P R E N D IZ A G E M - G R U P O P R O M IN A S padrões (entenda coisas que se repetem da mesma forma). É a ma- neira como eles encaram o mundo ao seu redor. Agora, qualquer coisa que não faça parte desses padrões é armazenada mais profundamente no cérebro. Assim, utilizar em sala de aula elementos que quebrem a monotonia favorece o aprendizado. Por fim, a empatia (abordagem emocional) é a porta que abre o conhecimento e com ele a construção do ser humano. Neste estudo, veremos que, ao contrário do que há muito se acredita, o cérebro não é estático, mas há períodos críticos em que o aprendizado é mais vanta- joso do que outros. Por exemplo, para aprender a falar, o cérebro é mais receptivo desde o nascimento até os sete anos. Mas isso não significa que você não possa adquirir um idioma depois: a plasticidade do cére- bro tornará isso possível, mesmo que custe mais. Essa descoberta da existência de um período de aprendiza- gem abre novos debates sobre o sistema educacional e a necessidade de repensar um novo modelo de acordo com essa predisposição do cérebro para adquirir gradativamente novos conteúdos específicos. É alarmante o número de jovens desmotivados que não que- rem continuar os estudos ou acreditam que o que estão aprendendo é inútil. E a única maneira de combater essa ideia é por meio de profes- sores que ensinam as crianças a enfrentar novos desafios, transformar o cérebro de seus alunos e usar todas as ferramentas que a neuroedu- cação oferece para ensinar melhor. Alguns especialistas argumentam que se as aulas fossem mais experimentais, mais conhecimento poderia ser transmitido em menos tempo. Assim, o professor pode usar o que sabe sobre o funcionamento do cérebro para ensinar melhor, desde que a criança se emocione com o que está aprendendo. 13 N E U R O C IÊ N C IA E A P R E N D IZ A G E M - G R U P O P R O M IN A S ANTECEDENTES DAS CIÊNCIAS COGNITIVAS E NEURAIS As ciências disciplinares da educação há muito incorporam muitas das descobertas feitas pelas ciências cognitivas para tratar e investigar o fenômeno de aprender e ensinar em humanos, e repeti- damente verificam que a valorização da manipulação da informação e dos processos mentais tem influência direta no desempenho cognitivo. aplicação no ensino adequado da disciplina, como currículo, avaliação do ensino e aprendizagem (TONEGAWA, 2015). Além disso, pode-se esperar uma repetição dessa feliz coalizão, com educadores e pesquisadores da área educacional mantendo constan- tes e altas expectativas de credibilidade quanto ao potencial de contribui- ção que a educação pode trazer para o estudo da neurociência. Mas qual NEUROCIÊNCIA VERSUS EDUCAÇÃO N E U R O C IÊ N C IA E A P R E N D IZ A G E M - G R U P O P R O M IN A S 13 14 N E U R O C IÊ N C IA E A P R E N D IZ A G E M - G R U P O P R O M IN A S é a verdadeira extensão da contribuição da neurociência para a educação? As perguntas que a educação deve fazer às neurociências são claras, ou elas realmente existem para assumir a transcendência que as ciências cognitivas já têm hoje nas ciências da educação? Ver abaixo. Vale a pena notar aqui que esta situação não é a mesma entre as ciências cognitivas, cujo objetivo principal é derivar explicações válidas e confiáveis sobre inteligência a partir do processamento de informações. Com o surgimento do conexionismo, a neurociência aproxi- mou-se da cognição, o que contribuiu fundamentalmente para a am- pliação da importância de estudar as funções cerebrais nas pessoas em relação a como elas realizam diversos tipos de processamento de informações a partir dos modelos cognitivos que são utilizados como base. , por exemplo, teoria dos sistemas dinâmicos ou processamento paralelo de informações na memória de trabalho. Isso significa que tanto para as ciências cognitivas quanto para as neurociências, baseadas em modelos próprios, a sinergia mútua é aceita em muitos casos de colaboração, pois buscam explicações que visam conhecer a aceitação e identificação mútua; isto é, representa- ções mentais como processos emergentes e resultados do funciona- mento do cérebro que tornam isso possível. O estado emocional condiciona fortemente o funcionamen- to do cérebro. O estado mental pode modular funções cerebrais superiores (linguagem, tomada de decisão, memória, percepção, atenção...), condicionando a aquisição de novos conhecimentos. Acompanhe a aprendizagem com emoções positivas! Primeiro, faz-se uma observação que parece importante: as ci- ências cognitivas não requerem necessariamente arranjos neurais – re- des, tecidos, circuitos, núcleos ou sistemas nervosos – para desenvol- ver uma explicação de como a informação pode ser processada em um agente do tipo cognitivo. No entanto, estudos de comportamento animal e humano têm mostrado que um ou outro podem ser considerados es- sencialmente agentes cognitivos porque usam disposições neuronais para controlar os mecanismos pelos quais a informação é processada. Ou seja, são modelos cognitivos naturais, sem manipulação ou progra- mação intencional para realizar esses processos. Mas a troca de pontos de vista entre as duas ciências não co- 15 N E U R O C IÊ N C IA E A P R E N D IZ A G E M - G R U P O P R O M IN A S meçou de forma tão explícita. Desde a década de 1940 e por cerca de 30 anos, estudiosos do comportamento tentam encontrar respostas para o dilema da inteligência, abrigados pela hipótese computacional da mente ou cognitivismo simbólico. Isso se baseava na ideia de arran- jos simbólicos que, dispostos de maneira lógica e hierárquica - a partir das características ou propriedades dos próprios símbolos - pudessem abordar eventos de processamento de dados cujos resultados demons- trassem as operações simples e rápidas semelhantes aos processos analíticos que o indivíduo foi capaz de realizar. No entanto, no final dos anos 1960 e início dos anos 1970, fi- cou claro que as explicações baseadas na ideia de processamento cog- nitivo digital deixavam muito espaço para diferentes respostas e ajustes – mediações – que dificultavam o estudo dos sistemas cognitivos. seres vivos, animais e humanos. O desenvolvimento da ideia de conexionismo agiu como uma ponte neste caso. Que salte sobre dez anos após o cognitivismo representação simbólica ou fez a sua aparição dramática, connectionism postulada como a informação pode ser transformado num dispositivo de um sistema de rede (por exemplo, redes neu- rais) em que nãohá hierarquização do próprio processamento da informação, porque o que não é necessário é a informação, mas um tratamento dos próprios sinais da rede que dependem da atividade limitada dos pontos que a compõem. de rede ou componentes que executam operações recursivas de "sinais de da- dos" que podem ser operados com processos lógicos, para os quais é necessá- rio somente - dadas as propriedades dos mesmos componentes da rede - que os nós do mesmo contenham operações restritivas antes a passagem dos sinais de informação que circulam através dele, filtrando as possibilidades de operação da rede antes dos sinais de que são recebidos. (TONEGAWA, 2015, p. 102-103) Assim, sem a necessidade de incorporar as partes informacio- nais da rede, o que eles processam são seus próprios sinais, que de- vem gerar respostas lógicas derivadas do opcode que contém a mesma rede como atributo. Entre as características mais marcantes dessas redes está a propriedade que nelas aparece como resultado do próprio agente, que pode ocorrer, representando uma auto-organização que não poderia ser apresentada em projetos computacionais em exemplos da capacidade de cognição simbólica. Sistemas de rede de interconexão formados por observação adequada de sistemas neurais e seus análogos devem ser apresen- tados à rede por uma sequência de padrões com pontos de entrada (unidades de sensor), o processamento será reforçado a qualquer mo- mento antes da ativação e após a conexão em uníssono (modelo de circuito Hebb ), gerando assim o princípio da operação recursiva ou 16 N E U R O C IÊ N C IA E A P R E N D IZ A G E M - G R U P O P R O M IN A S "aprendizagem". As respostas resultantes desse processamento podem ser resolvidas definindo as restrições acima. Figura 01 – Modelo do circuito de Hebb Fonte: Elaborado pela autora (2019) Após um período de aprendizado, quando o mesmo padrão é apresentado novamente ao sistema de grade, ele o reconhece e repete a operação que pode ter "praticado" antes. A pesquisa sobre os exe- cutores centrais do cérebro é um bom exemplo dessa etapa, que tem permitido a criação de pontes muito estáveis entre a neurociência e a psicologia cognitiva. Os gerentes centrais são considerados mecanismos separados dos processos cognitivos que desempenham um papel fundamental ne- les e estão localizados em várias partes do sistema nervoso, preferen- cialmente no córtex pré-frontal. Quando essas áreas são danificadas, a capacidade do indivíduo de se adaptar às influências ambientais é bastante reduzida e ele tende a exibir um comportamento altamente estereotipado. Os neurocientistas descobriram que esses executores centrais estão distribuídos em diferentes partes do cérebro, embora a importância do córtex pré-frontal esteja estabelecida. Da mesma forma, pensar sobre o estudo da memória é outro bom exemplo de design que se afastou do foco em fluxos de dados acessíveis por algoritmos a serem internalizados para se tornar instâncias cíclicas de ações emergentes nos núcleos e centros de hipóteses em processos se- riais e hierárquicos. Distribuição, foram determinadas por diversas técnicas de registro, entre as quais se destaca a neuroimagem funcional. Isto é, o conexionismo, focando a discussão cognitiva na com- preensão das relações que são formadas entre eles, ao invés das carac- terísticas dos próprios símbolos, permite a criação de uma explicação causal de ordem superior do cognitivismo, onde as explicações emer- 17 N E U R O C IÊ N C IA E A P R E N D IZ A G E M - G R U P O P R O M IN A S gentes (isto é, explicam os resultados que não são explicadas pelas características dos componentes que fazem parte de um todo), podem ser aceitos; e foi o fundamento da explicação, juntamente com a visão dos sistemas complexos, que deu impulso ao estudo dos sistemas dinâ- micos, onde a psicologia cognitiva teve seus encontros mais decisivos com as neurociências. Este design ainda é muito pesquisado e é pos- sível reconhecer atributos que são compartilhados por redes neurais. O cérebro demonstra uma capacidade incrível de aprender e reaprender, por isso não devemos prever o sucesso ou fracasso de nenhum aluno. As mudanças pelas quais sua personalidade passará durante sua vida significam que não podemos determinar que certos comportamentos serão repetidos por muitos anos sem mudança. Neste ponto deve-se notar que também pode ser necessário apontar que a neurociência cognitiva possui várias áreas de especiali- zação já declaradas, dentre as quais podemos destacar algumas que deram contribuições significativas para a ciência cognitiva, a neuropsi- cologia, disciplina que deve ser mencionada na pesquisa de executores centrais e cujo objeto de estudo contribui positivamente para a arquitetura funcional dos processos cognitivos; e análise de neuroimagem funcional que estuda precisamente os modelos – que unificam as bases cognitivo- -neurais que possibilitam sua ocorrência no cérebro e contribuem para um refinamento ainda maior do desenho dos próprios modelos testados, como foi o caso das pesquisas de memória descritas acima. A ADEQUAÇÃO DAS CIÊNCIAS NEURAIS À EDUCAÇÃO Do que é tradicional, a neurociência, especialmente aquela que trata da cognição e do estudo das emoções e ainda experimenta mo- delos cognitivos, responde a questões como: como a memória, a per- cepção, o raciocínio e a emoção são representados no cérebro? Qual é a relação entre emoção e cognição? Como o comportamento social é regulado no cérebro? Até que ponto a cultura influencia a biologia de um indivíduo ou modifica redes e núcleos neurais? A cognição humana é um processo modular ou global? Como as mudanças no desenvolvi- mento humano afetam os processos cognitivos e emocionais? 18 N E U R O C IÊ N C IA E A P R E N D IZ A G E M - G R U P O P R O M IN A S Mas, além do apoio que deram à educação especial, a edu- cação teve um impacto maior da educação não formal como disciplina aplicada e criou consistentemente vínculos fracos entre os resultados da pesquisa, não necessariamente criados para o último, e os resulta- dos da sala de aula, muitas vezes com resultados ruins ou sem sentido. O prelúdio das disciplinas neurocognitivas tem sido muitas ve- zes irregular, ao invés de esporádico, tentando provar que é possível construir pontes interativas entre educação e neurociência, notando em particular a ajuda e apoio da educação para "servir" como um agente investigado, um agente ativo agente para participar da investigação. Figura 2 – Ciências neurais Fonte: INFOGLOBO (2014) Nos últimos vinte anos, criou-se um intenso movimento que gerou muito interesse no meio acadêmico, pois a Organização Econô- mica Européia (OCDE) promoveu sua importância e incentivou-a nos países desenvolvidos, desequilibrando assim a pesquisa em neuroci- ência cognitiva a favor do atendimento das necessidades de educação, dos requisitos para o desenvolvimento do ensino e da aprendizagem no mundo atual (OCDE, 2007) em centros de estudos renomados como a Faculdade de Educação da Universidade de Harvard e seu programa Mind, Brain and Education, o Neuroscience Center em a University of Cambridge Education University e o Max Planck Institute na Alemanha levam muito a sério o ensino e a pesquisa em neurociência, com foco na educação tradicional como uma disciplina apropriada. Diante da emergência desse foco de pesquisa, cabe perguntar: quais são as questões da educação como ciência e como disciplina re- almente interessantes para a neurociência? Para responder a essa pergunta, devemos primeiro considerar que o assunto a ser investigado pela educação não é necessariamente o mesmo que pode ser analisado a partir das neurociências; e, portanto, o método de pesquisa também pode ser diferente. 19 N E U R O C IÊ N C IA E A P R E N D IZ A G E M - G R U P O P R O M IN A S Planeje experiências multissensoriais: tente usar diferen-tes recursos para apresentar as informações de forma atraente para promover o aprendizado. Experiências que nos permitem per- ceber o mundo com todos os nossos sentidos tornam o aprendiza- do muito mais significativo. Para os pesquisadores educacionais, as neurociências aplicam um modelo próprio de pesquisa "médica", cuja abordagem do fenômeno é positivista e quantitativa, enquanto na educação são frequentemente necessários modelos de pesquisa focados na observação de perspec- tivas qualitativas e metodologias interpretativas, ou quantitativas em perguntas, análises, tratamento estatístico descritivo e no melhor dos casos, correlacional, onde se destaca uma descrição adequada, análise aprofundada e posterior interpretação do fenômeno de modo que este se enquadre em explicações que não vão demasiado longe ao objeto investigado na sua relação com o ambiente ou as circunstâncias rela- cionais que o estabeleceram. Os problemas são discutidos nas áreas de questões de pesqui- sa neurocientífica, e sua metodologia é de maior importância no que diz respeito à necessidade de retirar o objeto pesquisado de seu ambiente natural, para criar com ele um modelo analítico, que inclua as variáveis que determinaram principalmente sua ocorrência. . Então, como a neu- rociência pode ser aplicada a questões de interesse educacional? Figura 2 – Educação e neurociência Fonte: Elaborado pela autora (2019) Embora grandes avanços nas ciências cognitivas tenham sido feitos para realmente contribuir para o desempenho da profissão do- cente, confirmados ou apoiados por pesquisas, é necessário prestar 20 N E U R O C IÊ N C IA E A P R E N D IZ A G E M - G R U P O P R O M IN A S atenção a esses avanços da neurociência cognitiva em relação às sé- rias contribuições que foram feitas. tão longe daqueles campos cuja aplicação ou impacto ocorre diretamente nas áreas de educação. Muitos princípios importantes foram reconhecidos sobre os efeitos da ansiedade na aprendizagem (emoção e cognição), e os dé- ficits de atenção são provavelmente um dos principais fatores que afe- tam a qualidade do que é aprendido. Eles configuram os processos de interação comunicativa e desempenham os papéis transcendentais de entender e agir e entender os gestos, a fisicalidade e as expressões faciais, conectando essas manifestações com áreas do córtex cerebral que processam informações a partir da percepção de sua associação com as experiências das pessoas. . No entanto, para as ciências pedagógicas, assume-se que es- ses resultados encontrarão significado no futuro. Como as teorias peda- gógicas e os métodos de ensino combinam com as últimas descobertas da neurociência cognitiva? A compreensão da estrutura e função do cérebro é necessária ou útil para desenvolver a teoria educacional ou criar políticas educacionais? A neurociência pode identificar diferenças de desenvolvimento que precisam ser abordadas por meio de diferentes técnicas de instrução? As diferenças individuais na aprendizagem são observáveis através da estrutura ou função do cérebro? É possível que o design de avaliação de aprendizagem se beneficie do conhecimento da função cerebral? É benéfico para o currículo educacional conhecer as características do desenvolvimento do cérebro humano? A capacidade da neurociência aplicada na educação para res- ponder a essas e outras questões – que são demandas contínuas da educação como disciplina – determinará seu valor na aplicação da edu- cação no futuro. Da mesma forma, as preocupações dos educadores precisam ser traduzidas em possíveis questões a serem exploradas pelas disci- plinas cognitivas e neurocognitivas, o que requer, como já mencionado, a presença de especialistas e pesquisadores neurocientíficos com ca- pacidade de interpretar as demandas dos professores. No entanto, para se tornar educacionalmente relevante e respon- der às perguntas acima, a pesquisa em neurociência deve abordar as salas de aula metodologicamente e fornecer modelos de pesquisa que possam ser conduzidos em simulações educacionais práticas ou próximas a elas. Assim, é necessário se engajar na neurociência educacional para compreender e vivenciar naturalmente a ciência pedagógica e a prática disciplinar em sala de aula, como uma disciplina de neurociência e modelos de pesquisa disciplinar, ou seja, uma disciplina de educação e neurociência que deve ser estabelecida. como tal, são oficialmente incor- 21 N E U R O C IÊ N C IA E A P R E N D IZ A G E M - G R U P O P R O M IN A S porados ao currículo de formação de professores e definidos no Acordo de Perícia Pedagógica, seja como especialização, mestrado ou foco de atividade de pesquisa em propostas de doutorado em educação. AS CHAVES DA NEUROCIÊNCIA EDUCACIONAL Embora o cérebro humano permaneça um grande mistério para os humanos, os cientistas estão aumentando nossa compreensão sobre ele. Como resultado, surgiram novos campos de estudo que podem ser classificados como neurociências que buscam conectar o estudo do cé- rebro com uma maior compreensão do ser humano. Alguns desses novos campos são: neuromarketing, neuropsicologia, neuroética (para citar três exemplos que unem ciência e humanidades) e, claro, neuroeducação. Sem entrar em aspectos científicos completos, podemos dizer que a neuroeducação (ou educação cerebral) é uma nova visão de edu- cação baseada no cérebro e seu funcionamento, que busca melhorar e modificar os processos de aprendizagem graças aos aspectos combi- nados da psicologia, neurociência, , medicina ou sociologia. A neurociência é o estudo de como o sistema nervoso se desenvolve, sua estrutura e o que ele faz. Os neurocientistas se concentram no cérebro e em sua influência no comportamento e na função cognitiva (pensamento), mas também estudam o que acontece com o sistema nervoso quando as pessoas têm distúr- bios neurológicos, psiquiátricos ou de neurodesenvolvimento. A parte neuroeducacional baseia-se na premissa de que nem todos os processos de aprendizagem e todas as reações emocionais são iguais e que a plasticidade do cérebro pode adaptar o sistema edu- cacional para avaliar e melhorar a prontidão para o ensino e para au- xiliar e facilitar o aprendizado. o processo. , utilizando alguns de seus princípios e objetivos, segundo Gonçalves (2010): • Genética, ambiente (social, familiar e cultural) e experiências interagem no cérebro para moldar o indivíduo e transformar o cérebro; • Os processos cognitivos e emocionais trabalham juntos de forma que as emoções facilitam ou atrapalham a aprendizagem; • O apego e o vínculo são fundamentais para a mudança por- 22 N E U R O C IÊ N C IA E A P R E N D IZ A G E M - G R U P O P R O M IN A S que a interação social é importante para o aprendizado. Um exemplo disso é a importância da aprendizagem cooperativa. A neurociência educacional enfatiza processos cognitivos como emoção, curiosidade, atenção, consciência, memória ou sono, pois envolve processos de múltiplos circuitos e de diferentes áreas do cérebro que podem ser estimulados em um ambiente apropriado. Este conjunto de processos, que incluem a repetição, arma- zenamento, classificação ou processamento da informação, pode ser estimulado pela plasticidade do cérebro para o papel ativo do indivíduo e alguns processos cognitivos desencadeados por uma série de compe- tências e habilidades que adquirimos. Graças a esses princípios e processos, a neurociência educacio- nal conseguiu criar novas técnicas e/ou abordagens e nos permitiu con- firmar ou refutar alguns aspectos-chave que podemos levar em conta ao considerar o processo de aprendizagem, que segundo Gonçalves (2010): • O ambiente escolar afeta a aprendizagem através de vários fato- res como luz, ruído externo, temperatura ou a própria arquitetura do centro; • Várias ferramentas e processos de aprendizagem podem ser projetados para estimular o pensamento crítico ou criativo e promover a empatia;• Detectar e intervir em relação a falhas ou processos psicoló- gicos que possam interferir na aprendizagem normal, na memória ou mesmo na educação, como dificuldades na alfabetização, matemática ou detecção precoce de TDAH, ansiedade ou dislexia; • A importância do sono na aprendizagem e como a sua ausên- cia afeta a velocidade de processamento da informação; • Influência positiva da motivação no ensino; • Necessidade de repetição para consolidar o aprendizado. Não comportamentalmente, mas de várias perspectivas complementa- res (corrigir, avaliar, corrigir, etc.); • A "ciência do cérebro" também desmentiu alguns neuromitos, como o uso de 10% da capacidade do cérebro ou a ideia de hemisférios diferenciados (na verdade, ambos os hemisférios estão constantemente transmitindo informações). 23 N E U R O C IÊ N C IA E A P R E N D IZ A G E M - G R U P O P R O M IN A S Figura 3 – A ciência do cérebro Fonte: 123 RTF (2019) A neurociência também ajuda e dá ferramentas aos professo- res. Não à toa, o facto de podermos apoiar a prática pedagógica em evidências (neuro)científicas pode ser um grande passo para melhorar os conhecimentos pedagógicos em aspetos como a atenção, a memó- ria ou as emoções. Essa consciência da prática diária pode nos per- mitir avaliar nosso próprio desempenho, eliminar hábitos ineficientes e melhorar o positivo. Também podemos, é claro, introduzir ou modificar procedimentos e/ou estratégias de aprendizagem. Por fim, favorece o aprendizado contínuo e a atenção à diver- sidade tanto no nível de desenvolvimento da sala de aula quanto no escolar, enfatizando os fatores que promovem o referido aprendizado. Neste ponto, podemos criar um mundo em que utilizamos recur- sos neurodidáticos em sala de aula, mas devemos dizer que muitas das ati- vidades que você já está fazendo têm significado neurocientífico: os deba- tes promovem a flexibilidade cognitiva, o trabalho em equipe leva à tomada de decisões e o uso de pictogramas para organizar os alunos, fornecer ferramentas de planejamento e apoiar a aprendizagem pela descoberta. Figura 4 – Neurocientificidade Fonte: Elaborado pela autora (2019) Hoje sabemos que cada cérebro é único. Embora os modelos de organização do cérebro, como as pessoas aprendem e as áreas relacionadas a cada tipo de aprendizado sejam comuns a todos, cada 24 N E U R O C IÊ N C IA E A P R E N D IZ A G E M - G R U P O P R O M IN A S cérebro é único e organizado de maneira única. Mesmo os cérebros de gêmeos idênticos não são idênticos. Isso ocorre porque todo mundo tem suas próprias experiências que são diferentes dos outros. O cérebro muda através de sua neuroplasticidade. Mas essa plas- ticidade tem seus limites, que aparecem com a idade. Na década de 1990, pensava-se que os anos críticos em termos de educação eram os primei- ros anos, mas agora sabe-se que a aprendizagem ocorre ao longo da vida. Isso significa que, em condições normais, as habilidades que identificam estágios normais de desenvolvimento devem ser consideradas marcos, não obstáculos. Porque podemos aprender durante toda a nossa vida. O cérebro está em constante mudança com a experiência, cada percepção e cada sentimento ou pensamento muda sua forma física. Embora essas mudanças sejam quase sempre imperceptíveis. Com repetição e prática, essas mudanças se tornam permanentes para o bem ou para o mal. Áreas do cérebro que tendem a cooperar tendem a ser fortalecidas, enquanto as que não são estimuladas atrofiam. A maneira pela qual os neurônios se conectam é o sinal do aprendizado cere- bral. E a experiência transforma o cérebro dia a dia. As pessoas nascem com uma série de habilidades potenciais que podem desenvolver ou até perder, dependendo da presença de certos estímulos ou da ausência delas. O que os alunos trazem para o contexto da sala de aula, incluindo experiências pas- sadas e contextos adquiridos, terá impacto sobre como eles recebem esses estímulos. Compreender o contexto da sala de aula a soma de diferentes componentes, tais como: ambiente de aprendizagem, motivação e conheci- mento adquirido A chave para o ensino é o potencial. Genes, experiências anteriores e o que a criança faz com seu potencial contribuem para seu pró- prio sucesso como estudante. (GONÇALVES, 2010, p. 29-30) Em seguida, segundo Gonçalves (2010), serão dadas dicas para melhorar o desempenho nos processos educativos: Organização de Classe Em uma escola tradicional, os alunos geralmente eram posicio- nados de modo que suas carteiras ficassem niveladas e voltadas para o quadro-negro ou para o professor. Pelo contrário, as salas de aula que seguem os princípios da neuroeducação visam tornar-se gradualmente uma comunidade de aprendizagem. Somos seres sociais e aprendemos por observação e imitação. O cérebro é um órgão social que aprende com os outros. Nos humanos, os neurônios-espelho formam o substrato cerebral para as tendências de imitação automática que os caracterizam. Isso permite que o cérebro 25 N E U R O C IÊ N C IA E A P R E N D IZ A G E M - G R U P O P R O M IN A S correlacione suas próprias ações com outras, dando-lhes significado. Eles interferem no aprendizado ao imitar e processar a linguagem. A capacidade de imitar é a base da cultura humana. Portanto, representa um importante recurso educacional. O trabalho cooperativo é essencial, então o arranjo da sala de aula precisa ser mudado. Em forma de ágora, dê explicações e organi- ze-se em grupos de 4 para apoiar a cooperação. Tarefas de Sala de Aula Os alunos precisam aprender procedimentos porque esses são os processos de que o cérebro precisa para funcionar. Numa escola tra- dicional, os alunos realizam tarefas essencialmente mecânicas. Repita os mesmos tipos de exercícios de matemática ou de linguagem várias vezes. Nesta área educacional, a avaliação é baseada na capacidade de reali- zar esses procedimentos mecânicos. Isso não permite avaliar se o aluno adquiriu as habilidades básicas que o capacitarão a raciocinar e trabalhar com essa ou com informações mais complexas. Sabe-se que o nível de transferência de conhecimento com esta metodologia não ultrapassa 15%. Para Gonçalves (2010), é fundamental trabalhar com informa- ções nas quais eles devem entender e entender a mecânica. Se fôsse- mos processar a receita (biscoito) pelo método tradicional, o procedi- mento seria o seguinte: • A criança lê a receita. • Repita e lembre-se. • O armazenamento de prescrições é avaliado. O problema é que não diz se a criança sabe cozinhar. Um dos princípios básicos que o método neurodidático defende é que não se aprende sem prática! A escola deve fornecer os meios para treinar funções mentais superiores e operações mentais, funções mentais superiores chamadas gnose (permitindo captar estímulos), práxis (sistema motor), linguagem e funções executivas (permitindo autocontrole, organização de ações, andar). , resistência...). Trabalhando com Memória Como funciona atualmente o processo de memorização em sala de aula dentro do método tradicional de ensino-aprendizagem? O modelo atual funciona fornecendo informações (datas, nomes de rios, 26 N E U R O C IÊ N C IA E A P R E N D IZ A G E M - G R U P O P R O M IN A S descobertas científicas...) de forma isolada e descontextualizada, care- cendo de outras informações que a tornassem atrativa e possibilitasse o estabelecimento de uma relação afetiva. Ele funciona usando memória inútil, repetindo dados. Assim, quando mudamos a ordem, é difícil lembrá-los. Estima-se que esta me- mória dure cerca de 72 horas, pelo que após 3 dias podemos perder até 50% da informação e numa semana até 90%. É por isso que sabemos hoje que as emoções positivas têm um efeito benéfico na aprendizagem. E melhora processos como atenção, memória ou resolução criativa de problemas. A visualização de diferen- tes imagens atua como um estímulo que ativa o sistema límbico.Isso favorece o uso de memórias significativas. É necessário usar estímulos atraentes e estimular emoções positivas. 27 N E U R O C IÊ N C IA E A P R E N D IZ A G E M - G R U P O P R O M IN A S QUESTÕES DE CONCURSOS QUESTÃO1 Ano: 2020 Banca: Quadrix Órgão: CFP Prova: Especialista em Psi- cologia - Psicopedagogia De acordo com Vygotsky (apud Oliveira, 1992), a intervenção pe- dagógica provoca avanços que não ocorreriam espontaneamente. Considerando a teoria desse autor, julgue os itens que se seguem: I. A aprendizagem desperta processos internos de desenvolvimen- to que só podem ocorrer quando o indivíduo interage com outras pessoas. II. A cultura é parte essencial da constituição do ser humano, em um processo em que o biológico se transforma no sócio-histórico. III. As escolas, ao transmitirem conceitos articulados pelas diver- sas disciplinas científicas, são essenciais para a construção dos processos psicológicos nos indivíduos. a) Apenas os itens II e III estão certos. b) Apenas o item I está certo. c) Apenas os itens I e II estão certos. d) Apenas os itens I e III estão certos. e) Todos os itens estão certos. QUESTÃO 2 Ano: 2020 Banca: Quadrix Órgão: CFP Prova: Especialista em Psi- cologia - Psicopedagogia Na área da psicopedagogia institucional, o profissional atua dire- tamente dentro do ambiente escolar, como mediador na relação aluno-professor. Quanto à psicopedagogia institucional, assinale a alternativa incorreta. a) O psicopedagogo escolar substitui o psicólogo escolar, visto que tra- balha com o enfoque clínico no processo de ensino-aprendizagem. b) O psicopedagogo escolar deve realizar um levantamento das me- todologias e das práticas pedagógicas, visando a prevenir eventuais problemas, transtornos ou dificuldades de aprendizagem. c) O psicopedagogo escolar surge como uma possibilidade de auxiliar o professor no ambiente de sala de aula. d) O psicopedagogo escolar trabalha dentro de um espaço multidisci- plinar, desenvolvendo seu trabalho juntamente com toda a comunidade educativa. e) O psicopedagogo escolar valoriza o trabalho institucional dentro do processo de alfabetização, pois é no início da escolarização que muitas das dificuldades de aprendizagem aparecem entre as crianças. 28 N E U R O C IÊ N C IA E A P R E N D IZ A G E M - G R U P O P R O M IN A S QUESTÃO 3 Ano: 2020 Banca: Quadrix Órgão: CFP Prova: Especialista em Psi- cologia - Psicopedagogia No livro Escolas que aprendem: um guia para a quinta disciplina para educadores, pais e todos que se interessam por educação, Senge (2005) defende que, para o mundo melhorar, precisa-se de escolas que aprendam. As cinco disciplinas de aprendizagem para a mudança escolar propostas pelo autor são: a) domínio interpessoal; visão compartilhada; modelos mentais; apren- dizagem significativa; e pensamento sistêmico. b) domínio pessoal; visão compartilhada; modelos mentais; aprendiza- gem em equipe; e pensamento sistêmico. c) domínio de equipe; visão estratégica; modelos mentais; aprendiza- gem significativa; e pensamento linear. d) domínio pessoal; visão estratégica; modelos sistêmicos; aprendiza- gem significativa; e pensamento linear. e) domínio pessoal; visão compartilhada; modelos mentais; aprendiza- gem significativa; e pensamento linear. QUESTÃO 4 Ano: 2022 Banca: FUNDATEC – Processos Seletivos Órgão: Prefei- tura de Monte Belo do Sul Prova: Psicopedagogo A Psicopedagogia, enquanto fenômeno tipicamente social e especi- ficamente humano, visa à integração das ciências pedagógica, psi- cológica, fonoaudiológica, neuropsicológica e psicolinguística. Nos dias atuais, a Psicopedagogia pode ser conceituada, EXCETO como: a) Processo de aprendizagem humana, seus padrões evolutivos nor- mais e patológicos e a influência do meio (família, escola, sociedade) em seu desenvolvimento. b) Área de conhecimento ou de atuação interdisciplinar nos processos de aprendizagem. c) Concepção de que os comprometimentos na área escolar são prove- nientes de causas orgânicas identificando, no físico, os determinantes das dificuldades do aprendente e do fracasso escolar. d) Inserção e manutenção dos alunos com necessidades educativas especiais (NEE) no ensino regular, comumente chamada de inclusão. e) Processo que inclui questões metodológicas, relacionais e sociocul- turais, englobando o ponto de vista de quem ensina e de quem aprende, abrangendo a participação da família e da sociedade. QUESTÃO 5 Ano: 2022 Banca: FUNDATEC – Processos Seletivos Órgão: Prefei- 29 N E U R O C IÊ N C IA E A P R E N D IZ A G E M - G R U P O P R O M IN A S tura de Monte Belo do Sul Prova: Psicopedagogo No tratamento psicopedagógico, o diagnóstico de qualidade refle- te o resultado de uma análise cuidadosa e investigação meticulosa sobre o processo de aprendizagem. Nesse sentido, todo diagnósti- co deverá observar o seguinte: I. Buscar uma visão integral do sujeito nos aspectos orgânicos, cognitivos, emocionais, sociais e pedagógicos. II. Abordar a responsabilidade da família como a questão mais re- levante do diagnóstico psicopedagógico. III. Fazer uma escuta clínica que valorize a singularidade do sujeito e a autonomia de seu pensamento. IV. Compreender que a aprendizagem está relacionada às oportu- nidades sociais do aluno, incluindo a escola em que ele frequenta. Quais estão corretas? a) Apenas I. b) Apenas I e II. c) Apenas III e IV. d) Apenas I, III e IV. e) I, II, III e IV. QUESTÃO DISSERTATIVA A capacidade das neurociências aplicadas à educação para responder a essas e outras questões que são demandas permanentes da educa- ção como disciplina, determinará no futuro seu valor no exercício da educação. Nesse sentido, disserte posicionando-se acerca da possibili- dade de a aprendizagem mudar o cérebro. TREINO INÉDITO No que se refere ao modelo de investigação da ciência médica, as- sinale a alternativa correta no que tange à abordagem do fenômeno: a) Reflexiva e quantitativa. b) Apelativa e reflexiva. c) Positivista e quantitativa. d) Oposicionista e quantitativa. e) Todas as alternativas estão erradas. NA MÍDIA O QUE É PLASTICIDADE CEREBRAL E COMO TREINÁ-LA? As descobertas em torno da plasticidade cerebral abriram novos cami- nhos para o desenvolvimento de uma boa saúde mental, principalmente da terceira idade. Por muito tempo se acreditou que, quando lesionados, os neurônios não se 30 N E U R O C IÊ N C IA E A P R E N D IZ A G E M - G R U P O P R O M IN A S regeneravam, não conseguiam se restabelecer e nem formar novas cone- xões neurais. A neuroplasticidade é o novo conceito da ciência que mostra que, por meio de estímulos, nossos neurônios conseguem se regenerar. Plasticidade cerebral é a capacidade que o cérebro possui de se modificar de acordo com a necessidade, estímulo e ambiente. Ela é potencializa- da nas crianças e nos jovens, ou seja, ao receber estímulo, as conexões neurais são construídas de forma mais positiva nessa fase. À medida que envelhecemos ela vai diminuindo, mas é possível promover estímulos para desenvolver novas habilidades cognitivas no cérebro adulto. Essa capaci- dade recebe o nome de plasticidade cerebral ou neuroplasticidade. Fonte: Master Nursing Data: 23/07/2020 Leia a notícia na íntegra: https://www.masternursing.com. br/o-que-e-plasticidade-cerebral/#:~:text=Plasticidade%20cerebral%20 é%20a%20capacidade,forma%20mais%20positiva%20nessa%20fase. NA PRÁTICA O aprendizado é algo inerente ao ser humano, pois desde o momento em que nascemos somos capazes de descobrir e reter informações — condição que acontece sem filtros e escolhas. Diante disso, aprender sobre neurociência e educação é fundamental para entender melhor como funciona o nosso cérebro e, assim, fazer abordagens mais efe- tivas junto aos seus alunos. Conhecida como a parte da ciência que estuda o sistema nervoso, a neurociência traz à tona conceitos que aju- dam a aprimorar os métodos de educação, bem como a forma como oconhecimento é transmitido e compreendido. Fonte: Somos Educação Data: 07/11/2021 Leia mais sobre: https://blog.elevaplataforma.com.br/neurociencia-e-e- ducacao-como-utilizar/ PARA SABER MAIS Filme sobre o assunto: Documentário Free the mind Peça de teatro: Não Conta Para os Meus Pais- Como funciona o cére- bro de um adolescente Acesse os links: Sobre neurociência na vida escolar https://youtu.be/ M5F2S5D5CDE 31 N E U R O C IÊ N C IA E A P R E N D IZ A G E M - G R U P O P R O M IN A S PLASTICIDADE NEURAL E SUAS APLICAÇÕES A plasticidade cerebral é a adaptação funcional do sistema ner- voso central para minimizar os efeitos de alterações estruturais ou fisio- lógicas, independentemente da causa original. Isso é possível devido à capacidade do sistema nervoso de sofrer alterações estrutural-funcionais desencadeadas por influências endógenas ou exógenas, que podem ocor- rer em qualquer período da vida. A capacidade do cérebro de se adaptar e compensar as consequências da lesão, mesmo que parcialmente, é maior nos primeiros anos de vida do que na idade adulta (MOORE, 2014). Os mecanismos pelos quais os fenômenos de plasticidade são implementados são histológicos, bioquímicos e fisiológicos, após os quais o sujeito experimenta melhora clínico-funcional, observa a res- CONCEITOS E APLICAÇÕES DE PLASTICIDADE NEURAL E A APREN- DIZAGEM N E U R O C IÊ N C IA E A P R E N D IZ A G E M - G R U P O P R O M IN A S 31 32 N E U R O C IÊ N C IA E A P R E N D IZ A G E M - G R U P O P R O M IN A S tauração gradual das funções perdidas. A neuroplasticidade como uma propriedade universal do sistema nervoso (SN) é baseada em mecanis- mos comuns em espécies tão diversas quanto insetos e humanos e tem um caráter adaptativo geral que é conservado tanto ontogeneticamente quanto filogeneticamente. Eles são expressos em cada estágio do desenvolvimento de um indivíduo por meio de fenômenos geneticamente programados, como crescimento e migração neuronal; e também associado a experiências individuais como aprender ou observar a ocorrência de lesões do SN. Estudos clínicos e experimentais permitem localizar estruturas cerebrais que assumem a função que era desempenhada antes da lesão. O desejo de recuperação do paciente e o bom senso e conhecimento do neurologista e do médico reabilitador podem alcançar resultados espetacu- lares diante de lesões cerebrais não maciças e não degenerativas. Apesar da maior capacidade de plasticidade no tecido cerebral jovem, deve-se re- conhecer que a chance de recuperação existe em qualquer idade. O cérebro humano possui bilhões de neurônios conectados por múltiplas sinapses (capacidade instalada), muitas das quais se multipli- cam ou se repetem (redundância). Os neurônios são células pós-mitó- ticas, o que significa que não se reproduzem; mas é possível observar alguma regeneração dendrítica e/ou axonal após lesões, embora seu significado funcional possa ser controverso. Existem conexões neurais que aumentam sua atividade quando um grupo de neurônios que originalmente realizava uma determinada fun- ção morre (desmascaramento compensatório). Os primeiros elementos mencionados estão sempre associados a alterações no equilíbrio excita- tório-inibitório de um grupo de sinapses devido à perda de influência de grupos que poderiam ser afetados; com consequências locais e distantes. A plasticidade sináptica é uma propriedade que resulta do funcionamento dos neurônios quando eles se comunicam entre si e é o que modula a percepção dos estímulos ambientais. A eficiência da transmissão sináptica também pode ser modifi- cada pelo aumento das funções excitatórias em LTP estável ou inibitório (LTD). Lesões cerebrais causam déficits motores, sensoriais ou cog- nitivos. Estas são a causa mais comum de incapacidade e motivo de consultas em neurologia, traumatologia e reabilitação. 33 N E U R O C IÊ N C IA E A P R E N D IZ A G E M - G R U P O P R O M IN A S É por isso que muitas pesquisas nesta área se concentram no exame das funções e métodos motores para alcançar a reabilitação mais completa possível. As medidas terapêuticas tomadas desde o iní- cio e após a reabilitação dos pacientes visam apoiar o estabelecimen- to de alterações reorganizacionais favoráveis (adaptativas) e suprimir aquelas consideradas prejudiciais à recuperação dos pacientes (desa- daptativas), que incluem as alterações plásticas. Por outro lado, o conceito de plasticidade sináptica tem sido desenvolvido principalmente em estudos relacionados à memória e aprendizagem. Alterações na duração variável da função sináptica re- sultantes de estímulos externos que condicionam a aprendizagem são chamadas de plasticidade sináptica. Ambos explicam, com variações diferentes, que o aprendizado envolve mudanças plásticas funcionais nas propriedades dos neurônios ou de suas conexões. Assim, a apren- dizagem poderia ser o resultado da modificação morfológica entre co- nexões neuronais, semelhante aos fenômenos que ocorrem durante a formação de sinapses na vida embrionária. Embora os circuitos interneuronais sejam geneticamente mo- dificados, a força ou eficiência de certas conexões não é totalmente determinada; daí deduziram que os referidos circuitos são capazes de modificar suas propriedades como resultado de mudanças em sua ativi- dade. A hipótese das mudanças dinâmicas foi proposta pela Forbes em 1922, referindo-se ao fato de que o aprendizado implica na persistência da atividade em uma cadeia de neurônios interligados. Todas as regiões primárias sensoriais e motoras do cérebro relacionadas, de um ponto de vista funcional, estão conectadas por fibras de associação e comissurais. As áreas de associação cortical estão diretamente conectadas umas às outras, enquanto as áreas corticais primárias estão indiretamen- te conectadas umas às outras através das áreas de associação. As áreas homólogas de ambos os hemisférios estão conectadas através de fibras inter-hemisféricas. Essa interconectividade cerebral permite uma interação constante dentro de cada hemisfério e entre os dois hemisférios, e adapta as respostas global e dinamicamente. (MOORE, 2014, p.154) A capacidade de analisar e sintetizar múltiplas fontes de infor- mação e gerar diversas respostas ilustra a organização e função centra- lizada do cérebro. Existe uma hierarquia na organização do neuroeixo de forma que os segmentos inferiores desempenhem funções específi- cas sujeitas ao controle e modulação das camadas superiores, de forma que a complexidade do processamento da informação aumenta grada- tivamente à medida que o nível se torna mais cefálico. Da sua periferia, certos estímulos podem desencadear reações 34 N E U R O C IÊ N C IA E A P R E N D IZ A G E M - G R U P O P R O M IN A S em níveis superiores que forçam a organização ou aquisição de certas fun- ções. A lateralidade cerebral se manifesta em três aspectos: simetria ana- tômica, diferenças funcionais unilaterais (como localização da linguagem, fala e processamento analítico no hemisfério esquerdo e no espaço-tempo, habilidades musicais e repertório emocional e humorístico no hemisfério direito) e sensório-motor contralateral a o hemisfério direito. controle. Compreender a funcionalidade do cérebro nesses três aspec- tos é essencial para entender os processos que ocorrem durante a re- organização do cérebro após uma lesão. A especialização estrutural e funcional é uma característica proeminente da organização cortical. Os sistemas sensorial e motor possuem células funcionalmente especiali- zadas e distinguíveis, permitindo maior velocidade de processamento de informações e adaptação de respostas (MOORE, 2014). Funcionalmente, o SNC (sistema nervoso central) é composto por neurônios sensitivos, motores e de associação. A informação dos receptores sensoriais chega ao SNC, onde é integrada (codificação, comparação, armazenamento de decisão)por neurônios de associação ou interneurônios e envia uma resposta que chega ao órgão efetor. Des- sa forma, os movimentos voluntários são controlados por um circuito neural complexo no cérebro que conecta os sistemas sensorial e motor para formar um sistema motivacional. Figura 5 – Sistema nervoso central 35 N E U R O C IÊ N C IA E A P R E N D IZ A G E M - G R U P O P R O M IN A S Fonte: Desbravar Biologia (2015) Todo o córtex cerebral é organizado em áreas funcionais que assumem tarefas comportamentais receptivas, integrativas e motoras. É responsável por ações conscientes, pensamentos e a capacidade de responder voluntariamente à estimulação ambiental. Existe um verda- deiro mapa cortical com uma divisão precisa ao nível anatômico fun- cional que é mais ou menos constantemente ativado dependendo da atividade que o cérebro está a fazer, independentemente das constan- tes necessidades de integrar a sua informação contra o comportamen- to mais simples. As vias neuronais e suas projeções passam por uma organização topográfica de forma que cada área visual é projetada de forma diferente do córtex visual occipital através do tálamo. As fibras que transportam a informação visual da retina retêm essa informação enquanto ela viaja para o tronco encefálico, tálamo e córtex visual. A continuidade está na representação de áreas adjacentes do campo visual pelo córtex visual, que são dispostas em áreas de sensi- bilidade na mesma orientação e em forma de moedor. A mesma relação existe entre uma área definida do córtex auditivo organizada em bandas de isofrequência e as células específicas de frequência da cóclea. Da mesma forma, a informação somatossensorial é usada para distribuir mapas topográficos ou somatotópicos de várias funções na área motora primária. Finalmente, o princípio organizador subjacente à aplicação de programas de intervenção terapêutica para recuperação funcional é a plas- ticidade cerebral. É a capacidade de reorganizar e ajustar funções, de se adaptar às mudanças externas e internas. A plasticidade natural das células cerebrais permite o reparo de circuitos corticais, integra outras áreas corti- cais para realizar funções modificadas e responde a diferentes condições. A capacidade do cérebro de se adaptar às mudanças também tem impli- cações importantes para o aprendizado. As respostas desencadeadas pelo SNC são mais complexas, mais exigentes são os estímulos ambientais. O cérebro precisa de uma intrincada rede de circuitos neurais que ligam as principais áreas motoras e sensoriais, por exemplo, grandes concentrações de neurónios que pode armazenar, interpretar e proporcionam respostas efi- cientes para qualquer estímulo, também ter a capacidade em todos os mo- mentos, em correspondência com novas informações, para reajustar suas conexões sinápticas e novos aprendizados. (MOORE, 2014, p. 166) O sistema nervoso tem defesas químicas que impedem que partículas e substâncias estranhas entrem na corrente sanguínea e te- nham um efeito anormal nos neurônios. A reserva tem um número sig- 36 N E U R O C IÊ N C IA E A P R E N D IZ A G E M - G R U P O P R O M IN A S nificativo, ou seja, o número de neurônios Yea, que é muito mais do que eles precisam para o funcionamento normal, a capacidade instalada em nosso SN está muito acima do que usaremos na vida. O cérebro humano contém bilhões de conexões nervosas, chamadas sinapses, cujo padrão de atividade controla todas as nossas atividades cognitivas. Essas conexões sinápticas são mui- to dinâmicas, portanto podem ser fortalecidas ou enfraquecidas dependendo da atividade neuronal que vivenciam. Exemplo fácil de entender; quando comparamos as habilida- des de um ginasta com um homem comum, parece que o primeiro tem um SN diferente, mas em termos de características estruturais de am- bos, não encontramos nenhuma diferença na composição anatômica. A diferença, portanto, está na criação de novas relações funcionais para ampliar o uso dessa capacidade de reserva. Este é um exemplo claro de plasticidade do SN e está subjacente ao processo de aprendizagem e reabilitação da função perdida devido a lesão do SN. A partir de agora, veremos fatores de neuroplasticidade na re- cuperação de funções no SN, que segundo Moore (2014): 1. Regeneração de axônios dendríticos; 2. Sobrevivência; 3. Desmascaramento; 4. Reorganização das funções (arranjo da excitação inibitória); 5. Capacidade disponível; 6. Padrões de ativação. Em termos de regeneração, todos os neurônios são capazes de regenerar seus axônios e dendritos quando são danificados ou des- truídos. No sistema nervoso periférico completo, a recuperação ana- tômica é alcançada quando a lesão afeta a divisão axonal com certe- za distal (axônios amputados da extremidade proximal para estender o nervo periférico em contato com o órgão periférico desnervado pela lesão, servem de motor ou sensitivo ao nervo lesado). A colateralização é outro processo que ocorre no sistema ner- voso periférico que consiste em ramos emissivos e terminais axônicos intactos que inervam as fibras musculares. As lesões (agudas, crônicas, traumáticas, vasculares, infecciosas) ocorrem no sistema nervoso e po- dem ser mais ou menos destrutivas. Quando um neurônio está funcio- 37 N E U R O C IÊ N C IA E A P R E N D IZ A G E M - G R U P O P R O M IN A S nalmente isolado, sem conexão sináptica, ele atrofia e morre. Nas terminações sinápticas dos axônios, ocorrem trocas me- tabólicas e a produção de fatores protetores e de crescimento nas áre- as sinápticas afetadas, que atuam em uma interação constante entre neurônios sinapticamente relacionados e entre neurônios e efetores ou receptores, enquanto essa interação é realizada por elementos de pro- cessos químicos que se movem no fluxo axonal em ambas as direções. Assim, quando um neurônio é isolado ou interrompido, suas conexões sinápticas degeneram e morrem. Essa interação protetora diminui com o tempo e deve ser um fator importante no envelhecimento e em algumas doenças degenera- tivas em que a doença neuronal tem uma sistematização acentuada. Estudos têm mostrado que existem fatores capazes de proteger ou dei- xar os neurônios desprotegidos, expostos a efeitos favoráveis ou desfa- voráveis de outras substâncias endógenas ou exógenas sobre o SNC. O desmascaramento, por outro lado, é definido como o uso de sinapses existentes, mas com pouca ou nenhuma função ainda. Cada neurônio fornece um grande número de conexões sinápticas que estão em graus variados conectados a um grande número de outros neurô- nios, às vezes em níveis SN diferentes e distantes no campo dendrítico. Um exemplo é o neurônio motor espinhal chamado de "via fi- nal comum". Por serem neurônios com um grande campo dendrítico, eles possuem milhares de contatos sinápticos em diferentes níveis do SN, desde motoneurônios piramidais corticais diretamente ou através de neurônios intercalados com o próprio segmento da medula espinhal e neurônios reticuloespinais e neurônios vestibuloespinais do tronco en- cefálico até neurônios rubroespinais. Figura 6 – Desmascaramento: local 38 N E U R O C IÊ N C IA E A P R E N D IZ A G E M - G R U P O P R O M IN A S Fonte: UFCG (2007) O desmascaramento pode ser entendido no processo de reabili- tação como um efeito de “treinamento repetitivo”, onde o objetivo da lesão é restabelecer a organização de novas vias e, ao mesmo tempo restaurar o movimento normal. A princípio, o paciente hemiplégico tem dificuldade de realizar movimentos com o lado lesado, depois melhora com o exercício. Em relação à reorganização das funções, no processo de re- abilitação de um paciente com lesão neurológica, ocorre uma reorga- nização das funções perdidas. Um exemplo ocorre em pacientes com lesões na área de moagem com afasia motora. Esses pacientes se re- cuperam ao final do período de reabilitação ativa, essa reorganização é realizada emáreas adjacentes à área da perfuração lesada. Quanto à capacidade disponível, trata-se da capacidade ana- tômica e funcional do SN humano que supera suas próprias necessida- des, garantindo o bom funcionamento em situações de perda de função ou lesão do sistema nervoso. O sistema nervoso é organizado anato- micamente e funcionalmente por certas unidades integradas em níveis progressivos de complexidade que criam novas relações baseadas na aprendizagem, memória e experiência. Finalmente, os padrões de ativação mostram que as proprie- dades funcionais das unidades motoras (UMs) são dependentes dos padrões de ativação dos neurônios motores. Isso significa que as fibras musculares, apesar de seu alto grau de especialização, têm a capacida- de de alterar suas propriedades bioquímicas, fisiológicas e estruturais em resposta a mudanças nos padrões de disparo de seus neurônios. Essas alterações consistem no aumento da densidade dos capilares, das enzimas oxidativas e da resistência à fadiga. Segundo Moore (2014), são indicados oito fatores relaciona- dos à reorganização das funções após a lesão cerebral. a) Substrato nervoso. b) Terapia apropriada. c) Cidade. d) Tempo. e) Motivação. f) Meio Ambiente. g) Família. h) Doutor. Em relação aos tipos de plasticidade neuronal, é possível que existam vários tipos de plasticidade neuronal com fatores determinantes como a idade dos pacientes, a natureza da doença e os sistemas afetados. 39 N E U R O C IÊ N C IA E A P R E N D IZ A G E M - G R U P O P R O M IN A S De Acordo com a Idade a) Plasticidade do cérebro em desenvolvimento. b) Plasticidade cerebral durante a aprendizagem. c) Plasticidade do cérebro adulto. Para Patologia a) Plasticidade do cérebro malformado. b) Plasticidade cerebral com doença adquirida. c) Plasticidade neural em doenças metabólicas. Para Sistemas Afetados a) Plasticidade nas lesões motoras. b) Plasticidade em lesões que afetam qualquer um dos siste- mas sensoriais. c) Plasticidade na afetividade da linguagem. d) Plasticidade em lesões que alteram a inteligência. Uma explicação anatômica pode ser encontrada no que é co- nhecido como sistemas paralelos secundários do cérebro. Estas são principalmente as vias subcorticospinais, que são provavelmente as mais importantes em humanos no período neonatal. Eles complemen- tam a função dos tratos corticospinais mais longos, que também têm uma função importante no recém-nascido a termo, mas mostram uma expressão diferente no cérebro mais maduro. Essas vias adicionais, geralmente polissinápticas, são usadas em muitos casos em que as vias básicas foram interrompidas de algu- ma forma. Esses sistemas paralelos podem ser acionados por mecanis- mos internos ou externos. A plasticidade anatômica dos neurônios no sistema nervoso central é um fenômeno comum na sinapse. A estimu- lação fisiológica, assim como as condições ambientais, podem levar a alterações numéricas e morfológicas. A plasticidade do axônio, no entanto, difere da sinapse, já que é considera- da como um fenômeno específico apreciado após uma lesão parcial, tenha ocorrido no sistema nervoso central ou periférico e que, como é Obviamente, é mais pronunciado durante a primeira infância. A plasticidade axonal e si- náptica não teria utilidade prática se o ciclo funcional não fosse completado pela ação de neurotransmissores específicos. Considera-se que mudanças na eficácia e liberação delas representam um papel fundamental na plastici- 40 N E U R O C IÊ N C IA E A P R E N D IZ A G E M - G R U P O P R O M IN A S dade sináptica. (MOORE, 2014, p. 174). Embora os avanços da neurociência ofereçam uma compreen- são ainda maior da maturação cerebral e dos princípios que regem seu funcionamento e adaptação a lesões, ainda há muito que precisa ser compreendido e compreendido. A cada dia novas linhas de pesquisa estão sendo abertas, que tentam descrever e desvendar as reações que o cérebro dá a vários eventos da vida durante a vida. À medida que avança o conhecimento dos mecanismos neu- roquímicos e neuroanatômicos que regem a plasticidade cerebral e sua capacidade de recuperação funcional, é possível traçar estratégias es- pecíficas de ação precoce cada vez mais adequadas e adaptadas a crianças com alto risco de desfechos neurológicos. À luz dos estudos mais recentes, surge a possibilidade de intervir e modular a plasticidade do cérebro com diferentes estratégias: do ponto de vista físico, é possível adaptar programas de intervenção, estimulação e reabilitação ao conhecimento de vários mecanismos, que são o córtex cerebral, capacidade adaptativa, plasticidade inter-hemisférica, capaci- dade do córtex motor, córtex de plasticidade visual e auditiva cruzada, reorganização ou transferência contralateral no córtex da linguagem, etc. Figura 7 – Córtex e componentes Fonte: Anatomia do corpo (2019) Do ponto de vista farmacológico, a fisioterapia pode ser comple- mentar ou combinada com a administração de medicamentos que prolon- guem ou abram o período crítico para promover alterações neuroplásticas. Com uma abordagem cognitiva e comportamental, focando a atenção nas tarefas, você aprenderá rapidamente e recuperará mais funções. No que diz respeito à recuperação de distúrbios cognitivos e 41 N E U R O C IÊ N C IA E A P R E N D IZ A G E M - G R U P O P R O M IN A S funções mentais superiores, incluindo a linguagem, antes de projetar estratégias de reabilitação, é necessário realizar um exame neurop- sicológico completo para determinar os componentes afetados e pre- servados do sistema, que podem servir como um guia de suporte e um ponto de partida para a terapia. Além disso, se obtivermos um tom comportamentalmente mais apropriado, estudos sugerem que esse tom comportamental atuaria para facilitar a plasticidade neuronal por meio de estimulação essencialmente noradrenérgica e serotoninérgica. Por fim, o uso de técnicas físicas abre a possibilidade de au- mentar a excitabilidade do córtex de interesse, facilitando seu treina- mento e permitindo um aumento na capacidade de aprender o que é treinado nas aulas subsequentes. É possível ser capazes de provar que as armas neurociência oferece hoje para promover a recuperação funcional do motor ou córtex somatossensorial pode ser aplicado para os mecanismos que regem a cognição e patologia neuropsicológica. Isso abriria as portas para a compreensão de doenças complexas do desenvolvimento neurológico que se originam nos estágios iniciais, tais como aqueles derivados da privação de estímulos em alguns grupos de crianças: déficits neurossensoriais, a privação de experiências em crianças adotadas, crianças afeições de paralisia cerebral eles não tiveram a experiência de um esquema motor normal. (MOORE, 2014, p. 169) Assim, tanto a falta de estimulação quanto a intervenção pre- coce são capazes de modular a atividade GABAérgica basal para iniciar as alterações neuroplásticas envolvidas na recuperação funcional, per- mitindo novas oportunidades de estudo e abordagem de várias doenças e recuperação. APRENDIZAGEM COM FOCO NA PLASTICIDADE NEURAL A fenomenologia é entendida como uma teoria filosófica que é responsável pelo estudo dos fenômenos e tudo o que acontece. Ela enten- dia o fenômeno como aquilo que se manifesta no nível consciente de um indivíduo como resultado da atividade perceptiva. Assim, tudo o que vem da experiência sensorial pode ser catalogado no universo dos fenômenos. Essa capacidade de modificação é conhecida como plas- 42 N E U R O C IÊ N C IA E A P R E N D IZ A G E M - G R U P O P R O M IN A S ticidade sináptica e é essencial para o aprendizado e a memória. De fato, acredita-se que numerosas doenças cognitivas, como au- tismo, doença de Alzheimer ou várias formas de retardo mental, sejam causadas por alterações na plasticidade sináptica. Para isso, o conhecimento da função biológica dos organismos envolvidos no processode aprendizagem, mais especificamente enten- didos como neurônios cerebrais, é inestimável. Isso é talvez o que pode utilizar melhor a capacidade do cérebro de regenerar e modificar estru- turas de pensamento e sua base biológica para corrigir deficiências de aprendizagem relevantes. Essas habilidades performativas requerem uma fundamentação teórica que possibilite o desenvolvimento de uma prática hermenêutica com metodologia própria e que possa ser replica- da por alunos de outras áreas de ensino. Ver uma criança crescer é fascinante não só fisicamente, mas também intelectual e emocionalmente. A neuropediatria estuda o neuro- desenvolvimento, um processo muito complexo de maturação anatômi- ca e funcional do sistema nervoso que permite a aquisição progressiva das habilidades humanas. O sistema nervoso de diferentes espécies animais é o resulta- do de um desenvolvimento evolutivo complexo, graças ao qual cada es- pécie adquiriu habilidades que lhe permitem adaptar-se ao ambiente e, portanto, sobreviver. Vamos pensar em quão diferentes são os sentidos, a mobilidade, a comunicação e a sociabilidade das espécies individuais. O sistema nervoso humano leva muitos anos para amadurecer. Possui um patrimônio genético complexo, muito mais "flexível" na sua aprendizagem do que a maioria das espécies, o que explica a enorme riqueza do nosso património cultural. Assim, o aprendizado humano re- quer múltiplas estruturas cerebrais envolvidas em diferentes processos. Nosso cérebro não nasce com capacidades infinitas que são modifica- das por nossa experiência, nem é uma estrutura modular com certas capacidades inatas. É a interação constante entre nossa herança gené- tica e cultural que permite que o sistema nervoso amadureça e aprenda. O neurodesenvolvimento humano, por sua vez, segue um pro- grama pelo qual gradualmente, mas simultaneamente, adquirimos con- trole postural, deslocamento, manipulação, comunicação, linguagem verbal, interação social e aprendizado acadêmico. Assim como muitas outras habilidades intrinsecamente humanas, como reconhecimento fa- cial, uso da linguagem falada, música, piadas e brincadeiras simbólicas. Todos esses ensinamentos modificam a fiação do nosso cére- bro, que, embora tenha se desenvolvido espetacularmente nos primei- ros anos de vida, continua mudando até a morte. 43 N E U R O C IÊ N C IA E A P R E N D IZ A G E M - G R U P O P R O M IN A S Como visto na plasticidade cerebral, é a capacidade da estru- tura cerebral de mudar com o aprendizado e depende principalmente de dois fatores: idade e experiência vivida, e a idade, por sua vez, afeta a plasticidade cerebral. A plasticidade cerebral é maior nos primeiros anos do neurode- senvolvimento, quando são adquiridos os aprendizados básicos para a adaptação ao meio (localização, comunicação e interação social). Porém, não é infinito, pois está associado a períodos críticos durante os quais o cérebro está perfeitamente preparado para adquirir uma nova função. A maioria das crianças aprende a perceber seu ambiente, an- dar, falar e interagir espontaneamente. Eles não precisam de instrução ativa, apenas de um meio que lhes permita mover, ouvir, pensar sobre como os outros se comportam para aprender essas habilidades. Quan- do seu cérebro tem as estruturas maduras necessárias para "suportar" cada uma dessas funções, ele simplesmente as incorpora. Além disso, a experiência afeta a plasticidade do cérebro, onde aprender é uma qualidade humana presente em nossas vidas, embora nossa capacidade de aprender diminua com a idade. As habilidades ne- cessárias para nossa sobrevivência como espécie não são adquiridas espontaneamente, mas requerem aprendizado ativo. Eles podem ser aprendidos em qualquer idade, desde que as es- truturas cerebrais necessárias para realizá-los estejam maduras. Por outro lado, é claro que se não aprenderem, não aprenderão porque, além das habilidades básicas, exigem aprendizagem ativa, esforço e são aprimo- radas com a prática e a experiência. Os períodos críticos, por outro lado, referem-se ao momento em que as estruturas cerebrais estão maduras e podem adquirir função. Eles são chamados de críticos porque se você não adquirir uma determinada habilidade no momento ideal da maturidade ce- rebral, ela será muito mais difícil e às vezes impossível de aprender. A plasticidade neural, também conhecida como plastici- dade sináptica ou neuroplasticidade, é uma propriedade natural e funcional dos neurônios no estabelecimento da comunicação. Por exemplo: nascemos com a capacidade de distinguir todos os fonemas humanos, mas depois de alguns anos só distinguimos os fonemas da nossa língua materna. A detecção precoce e a atenção aos problemas do neurodesenvolvimento aumentarão, portanto, as chances de melhorar 44 N E U R O C IÊ N C IA E A P R E N D IZ A G E M - G R U P O P R O M IN A S as habilidades da criança, tentando desenvolvê-las o máximo possível e se comunicando de maneira eficaz e benéfica com o meio ambiente. Finalmente, a aprendizagem humana é um processo extraordi- nariamente complexo que abrange toda a vida. Embora nosso cérebro seja um órgão incrível cuja dinâmica nos permite nos adaptar a múltiplos ambientes e situações, sua plasticidade é limitada pela idade e pela ex- periência. É irresponsável e prejudicial usar o argumento da plasticidade cerebral para justificar qualquer tipo de intervenção terapêutica. Somente uma análise detalhada de cada caso possibilitará oferecer o atendimento terapêutico mais adequado, no momento mais adequado, com objetivos claros e honestos. 45 N E U R O C IÊ N C IA E A P R E N D IZ A G E M - G R U P O P R O M IN A S QUESTÕES DE CONCURSOS QUESTÃO 1 Ano: 2021 Banca: CRV-URCA Órgão: Prefeitura de Crato – CE Pro- vas: Prefeitura do Crato A neuroplasticidade ou plasticidade neural é definida como a ca- pacidade do sistema nervoso modificar sua estrutura e função em decorrência dos padrões de experiência. Sobre os princípios da Neuroplasticidade relacionados com o plano de atendimento e as intervenções da Fisioterapia, é correto afirmar que: a) A habilidade motora trabalhada não deve ser significativa para o pa- ciente. b) As intervenções fisioterapêuticas não possuem relação com a neuro- plasticidade. c) A intensidade e a repetição em um programa de exercícios dificultam a ação da neuroplasticidade. d) Devem ser implementadas avaliações frequentes, com o intuito de reduzir a intensidade dos exercícios em cada sessão, assegurando a maximização do desempenho do paciente. e) A intervenção deve levar em conta as dificuldades apresentadas pelo paciente, visando à melhoria da função. QUESTÃO 2 Ano: 2021 Banca: OMNI Concursos Públicos Órgão: Prefeitura de Divino Prova: Prefeitura de Divino Marque a alternativa que menciona o fator hipotalâmico que sinali- za à glândula hipófise a permissão para que o hormônio do cresci- mento seja secretado por essa mesma glândula: a) Cortisol. b) GH. c) GHRH. d) CRH. e) Nenhuma das alternativas acima. QUESTÃO 3 Ano: 2021 Banca: OMNI Órgão: Prefeitura de Araçoiaba da Serra- SP Prova: Professor de Educação Básica III Ferreiro ao trazer suas reflexões sobre alfabetização afirma que temos uma imagem empobrecida da criança que aprende, pois ten- demos a reduzi-la a um par de olhos, a um par de ouvidos, a uma mão que pega um instrumento para marcar e a um aparelho fona- dor que emite sons. No entanto, atrás deles há um sujeito: 46 N E U R O C IÊ N C IA E A P R E N D IZ A G E M - G R U P O P R O M IN A S a) passivo, que recebe instruções e orientações dos leitores e produto- res de textos mais experientes. b) dotado de uma plasticidade neural e elasticidade cultural. c) pragmático, que é determinado pelo seu bom êxito prático. d) cognoscente, alguém que pensa e que constrói interpretações e) nenhuma das alternativas acima. QUESTÃO 4 Ano: 2020 Banca: IBADE Órgão: Prefeitura de Vila Velha
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