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#KetResumos 
 
1 
 
 
MEDICINA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SAÚDE MENTAL E DO IDOSO 
 
1. Transtornos de Ansiedade 
2. Envelhecimento: Senescência e Senilidade 
3. Transtornos do Humor 
4. Avaliação Geriátrica Ampla 
5. Esquizofrenia e Transtornos psicóticos 
6. Assistência aos Idosos de Alta Dependência 
7. Emergências em Cuidados Paliativos 
8. Avaliação Geriátrica dos Distúrbios Sensoriais 
9. Síndrome Demencial 
10. Incontinência Urinária 
11. AVC 
12. Oncogeriatria 
13. Meningites 
14. Transtorno do Espectro Autista e TDAH 
15. Tonturas 
16. Transtornos Dissociativos e Conversivos 
17. Iatrogenia no Idoso 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ketoly Pascoal Colati 
2018 
#KetResumos 
 
2 
 
TRANSTORNOS DE ANSIEDADE 
Dr. André de Oliveira Lourenço 
 
ANSIEDADE 
 
Algo vital ao ser humano e de fundamental importância evolutiva. 
Impele o indivíduo a tomar medidas necessárias para evitar a ameaça ou reduzir suas consequências. 
Transtornos crônicos aumentam a incidência de outras doenças (cardiovasculares, autoimunes, dermatológicas, geniturinárias, 
sexuais e gastrointestinais). 
 
ASPECTOS HISTÓRICOS 
 
 Síndrome do coração irritável em soldados pós Guerra Civil,Dr Jacob Mendes daCosta; 
 Neurose de ansiedade–1895 Freud 
 Deus Pã/ Paganismo/ deus da floresta/ Fauno/ Fauna. 
 Guerra Civil Americana –Coração de soldado. DaCosta; 
 I Guerra Mundial –Choque das granadas; 
 Neurose de combate, Fadiga Operacional, Neurose traumática; 
 TEPT foi nomeado após a Guerra do Vietnã 
 
ANSIEDADE ≠ MEDO ≠ PÂNICO 
 
ANSIEDADE = Resposta a uma ameaça desconhecida, interna, vaga e conflituosa geralmente acompanhada de sintomas 
autonômicos. 
MEDO = Resposta a uma ameaça conhecida, externa ao indivíduo, definida e sem conflitos. 
PÂNICO = ligado a sensação de desamparo, de não ser socorrido. 
 
CLASSIFICAÇÃO (Lewis, 1979) 
 
1. Se normal (p.ex. um estudante frente a uma situação de exame) ou patológica (p.ex. nos transtornos de ansiedade); 
2. Se leve ou grave; 
3. Se prejudicial ou benéfica; 
4. Se episódica ou persistente; 
5. Ter uma causa física ou psicológica; 
6. Ocorrer sozinha ou junto com outro transtorno (p.ex. depressão); 
7. Afetar ou não a percepção e a memória. 
 
MANIFESTAÇÕES PERIFÉRICAS DE ANSIEDADE 
 
 Diarreia 
 Vertigem 
 Hiperidrose 
 Reflexos aumentados 
 Palpitações 
 Dilatação da pupila 
 Inquietação 
 Síncope 
 Taquicardia 
 Formigamento das extremidades 
 Tremores 
 Perturbação estomacal (“borboletas”) 
 Frequência, hesitação, urgência 
urinária 
 
EXAME PSÍQUICO NA ANSIEDADE 
 
 Atitude tímida, desconfiada; 
 Percepções alteradas: tempo e espaço, pessoas; 
 Afeta memória de fixação; 
 Afeta atenção e concentração: 
 Pensamento de curso algo acelerado, porém agregado; 
 Mantem atenção espontânea aumentada. 
 Propensos a selecionar aspectos do meio e subestimar 
outros; 
 
* ATENÇÃO EXPONTÂNEA é quando apenas o objeto desperta a atividade psicológica (atenção passiva). Se a esta atividade se 
segue uma reação voluntária (atenção ativa), visando a exclusão ativa dos detalhes secundários, temos a ATENÇÃO VOLUNTÁRIA. 
 
O normal é a alternar entre os dois tipos de atenção. 
 
TRANSTORNO DE PÂNICO 
 
Geralmente 1º ataque é espontâneo, podendo estar relacionado a excitação, esforço físico, sexo ou trauma; 
Associado a medo extremo e sensação de morte ou tragédia; 
Geralmente não sabem identificar a fonte do medo; 
Entre os ataques pode aparecer ansiedade antecipatória por medo de novo ataque; 
Geralmente procuram atendimento por causas cardiovasculares; 
 
 
 
#KetResumos 
 
3 
 
PROVA - Um ATAQUE DE PÂNICO é um surto abrupto de medo intenso 
ou desconforto intenso que alcança um pico em minutos e durante o qual 
ocorrem 4 (ou mais) dos 13 sintomas ao lado. 
 
Para ter TRANSTORNO DE PÂNICO deve ter 1 ataque de pânico. 
DESREALIZAÇÃO – Sensação que não é real 
DESPERSONALIZAÇÃO – “Fora de mim”, não sou eu. 
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DSM-5 
TRANSTORNO DE PÂNICO 
A. ATAQUES DE PÂNICO recorrentes e inesperados. Um ataque de pânico é um surto abrupto de medo intenso ou desconforto 
intenso que alcança um pico em minutos e durante o qual ocorrem 4 (ou mais) dos seguintes sintomas: 
Nota: O surto abrupto pode ocorrer a partir de um estado calmo ou de um estado ansioso. 
 1. Palpitações, coração acelerado, taquicardia. 
 2. Sudorese. 
 3. Tremores ou abalos. 
 4. Sensações de falta de ar ou sufocamento. 
 5. Sensações de asfixia. 
 6. Dor ou desconforto torácico. 
 7. Náusea ou desconforto abdominal. 
 8. Sensação de tontura, instabilidade, vertigem ou desmaio. 
 9. Calafrios ou ondas de calor. 
 10. Parestesias (anestesia ou sensações de formigamento). 
 11. Desrealização (sensações de irrealidade) ou despersonalização (sensação de estar distanciado de si mesmo). 
 12. Medo de perder o controle ou “enlouquecer”. 
 13. Medo de morrer. 
Nota: Podem ser vistos sintomas específicos da cultura (p. ex., tinido, dor na nuca, cefaleia, gritos ou choro incontrolável). Esses 
sintomas não devem contar como um dos quatro sintomas exigidos. 
B. Pelo menos um dos ataques foi seguido de um mês (ou mais) de uma ou de ambas as seguintes características: 
1. Apreensão ou preocupação persistente acerca de ataques de pânico adicionais ou sobre suas consequências (p. ex., perder o 
controle, ter um ataque cardíaco, “enlouquecer”). 
2. Uma mudança desadaptativa significativa no comportamento relacionada aos ataques (p. ex., comportamentos que têm por 
finalidade evitar ter ataques de pânico, como a esquiva de exercícios ou situações desconhecidas). 
C. A perturbação não é consequência dos efeitos psicológicos de uma substância (p. ex., droga de abuso, medicamento) ou de 
outra condição médica (p. ex., hipertireoidismo, doenças cardiopulmonares). 
D. A perturbação não é mais bem explicada por outro transtorno mental (p. ex., os ataques de pânico não ocorrem apenas em 
resposta a situações sociais temidas, como no transtorno de ansiedade social; em resposta a objetos ou situações fóbicas 
circunscritas, como na fobia específica; em resposta a obsessões, como no transtorno obsessivo-compulsivo; em resposta à 
evocação de eventos traumáticos, como no transtorno de estresse pós-traumático; ou em resposta à separação de figuras de 
apego, como no transtorno de ansiedade de separação). 
 
TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA 
 
O aspecto essencial é ansiedade, a qual é generalizada e persistente, mas não restrita a qualquer aspecto. 
Medo que o paciente ou um parente irá brevemente adoecer ou sofrer um acidente. 
Curso flutuante e crônico. 
 
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DSM-5 
TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA 
A. Ansiedade e preocupação excessivas (expectativa apreensiva), ocorrendo na maioria dos dias por pelo menos seis meses, com 
diversos eventos ou atividades (tais como desempenho escolar ou profissional). 
B. O indivíduo considera difícil controlar a preocupação. 
C. A ansiedade e a preocupação estão associadas com três (ou mais) dos seguintes seis sintomas (com pelo menos alguns deles 
presentes na maioria dos dias nos últimos seis meses). Nota: Apenas um item é exigido para crianças. 
 1. Inquietação ou sensação de estar com os nervos à flor da pele. 
 2. Fatigabilidade. 
 3. Dificuldade em concentrar-se ou sensações de “branco” na mente. 
 4. Irritabilidade. 
 5. Tensão muscular. 
 6. Perturbação do sono (dificuldade em conciliar ou manter o sono, ou sono insatisfatório e inquieto). 
D. A ansiedade, a preocupação ou os sintomas físicos causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento 
social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo. 
E. A perturbação não se deve aos efeitos fisiológicos de uma substância (p. ex., droga de abuso, medicamento) ou a outra condição 
médica (p. ex., hipertireoidismo). 
F. A perturbação não é mais bem explicada por outro transtorno mental (p. ex., ansiedade ou preocupação quanto a ter ataques 
depânico no transtorno de pânico, avaliação negativa no transtorno de ansiedade social [fobia social], contaminação ou outras 
obsessões no transtorno obsessivo-compulsivo, separação das figuras de apego no transtorno de ansiedade de separação, 
lembranças de eventos traumáticos no transtorno de estresse pós-traumático, ganho de peso na anorexia nervosa, queixas físicas 
no transtorno de sintomas somáticos, percepção de problemas na aparência no transtorno dismórfico corporal, ter uma doença 
séria no transtorno de ansiedade de doença ou o conteúdo de crenças delirantes na esquizofrenia ou transtorno delirante). 
#KetResumos 
 
4 
 
TRANSTORNO DE ANSIEDADE SOCIAL - FOBIA SOCIAL 
 
Situação onde se possa ocorrer embaraço; 
Exposto a estranhos ou pessoas que possam julgar; 
A ansiedade deve ser restrita e predominar às situações sociais; 
O comportamento de evitação interfere nas atividades sociais ou no relacionamento interpessoal. 
A pessoa reconhece que seu medo é irracional e excessivo. 
 
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DSM-5 
TRANSTORNO DE ANSIEDADE SOCIAL – FOBIA SOCIAL 
A. Medo ou ansiedade acentuados acerca de uma ou mais situações sociais em que o indivíduo é exposto a possível avaliação por 
outras pessoas. Exemplos incluem interações sociais (p. ex., manter uma conversa, encontrar pessoas que não são familiares), ser 
observado (p. ex., comendo ou bebendo) e situações de desempenho diante de outros (p. ex., proferir palestras). 
Nota: Em crianças, a ansiedade deve ocorrer em contextos que envolvem seus pares, e não apenas em interações com adultos. 
B. O indivíduo teme agir de forma a demonstrar sintomas de ansiedade que serão avaliados negativamente (i.e., será humilhante 
ou constrangedor; provocará a rejeição ou ofenderá a outros). 
C. As situações sociais quase sempre provocam medo ou ansiedade. 
Nota: Em crianças, o medo ou ansiedade pode ser expresso chorando, com ataques de raiva, imobilidade, comportamento de 
agarrar-se, encolhendo-se ou fracassando em falar em situações sociais. 
D. As situações sociais são evitadas ou suportadas com intenso medo ou ansiedade. 
E. O medo ou ansiedade é desproporcional à ameaça real apresentada pela situação social e o contexto sociocultural. 
F. O medo, ansiedade ou esquiva é persistente, geralmente durando mais de seis meses. 
G. O medo, ansiedade ou esquiva causa sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou 
em outras áreas importantes da vida do indivíduo. 
H. O medo, ansiedade ou esquiva não é consequência dos efeitos fisiológicos de uma substância (p. ex., droga de abuso, 
medicamento) ou de outra condição médica. 
I. O medo, ansiedade ou esquiva não é mais bem explicado pelos sintomas de outro transtorno mental, como transtorno de pânico, 
transtorno dismórfico corporal ou transtorno do espectro autista. 
J. Se outra condição médica (p. ex., doença de Parkinson, obesidade, desfiguração por queimaduras ou ferimentos) está presente, 
o medo, ansiedade ou esquiva é claramente não relacionado ou é excessivo. 
Especificar se: Somente desempenho: Se o medo está restrito à fala ou ao desempenhar em público. 
 
AGORAFOBIA 
 
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DSM-5 
AGORAFOBIA 
A. Medo ou ansiedade marcantes acerca de duas (ou mais) das cinco situações seguintes: 
 1. Uso de transporte público (p. ex., automóveis, ônibus, trens, navios, aviões). 
 2. Permanecer em espaços abertos (p. ex., áreas de estacionamentos, mercados, pontes). 
 3. Permanecer em locais fechados (p. ex., lojas, teatros, cinemas). 
 4. Permanecer em uma fila ou ficar em meio a uma multidão. 
 5. Sair de casa sozinho. 
B. O indivíduo tem medo ou evita essas situações devido a pensamentos de que pode ser difícil escapar ou de que o auxílio pode 
não estar disponível no caso de desenvolver sintomas do tipo pânico ou outros sintomas incapacitantes ou constrangedores (p. 
ex., medo de cair nos idosos; medo de incontinência). 
C. As situações agorafóbicas quase sempre provocam medo ou ansiedade. 
D. As situações agorafóbicas são ativamente evitadas, requerem a presença de uma companhia ou são suportadas com intenso 
medo ou ansiedade. 
E. O medo ou ansiedade é desproporcional ao perigo real apresentado pelas situações agorafóbicas e ao contexto sociocultural. 
F. O medo, ansiedade ou esquiva é persistente, geralmente durando mais de seis meses. 
G. O medo, ansiedade ou esquiva causa sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou 
em outras áreas importantes da vida do indivíduo. 
H. Se outra condição médica (p. ex. doença inflamatória intestinal, doença de Parkinson) está presente, o medo, ansiedade ou 
esquiva é claramente excessivo. 
I. O medo, ansiedade ou esquiva não é mais bem explicado pelos sintomas de outro transtorno mental – por exemplo, os sintomas 
não estão restritos a fobia específica, tipo situacional; não envolvem apenas situações sociais (como no transtorno de ansiedade 
social); e não estão relacionados exclusivamente a obsessões (como no transtorno obsessivo-compulsivo), percepção de defeitos 
ou falhas na aparência física (como no transtorno dismórfico corporal) ou medo de separação (como no transtorno de ansiedade 
de separação). 
Nota: A agorafobia é diagnosticada independentemente da presença de transtorno de pânico. Se a apresentação de um indivíduo 
satisfaz os critérios para transtorno de pânico e agorafobia, ambos os diagnósticos devem ser dados. 
 
#KetResumos 
 
5 
 
FOBIA ESPECÍFICA 
 
O termo Fobia refere-se a um medo excessivo de objeto, circunstância, ou situação específicos. 
O paciente geralmente chega a ter ataques de pânico quando da exposição ao objeto temido. 
Geralmente o medo está ligado a antecipação de lesões ou a preocupação de perder o controle frente ao objeto fóbico. 
 
 Acrofobia = Medo de altura 
 Agorafobia = Medo de espaços abertos 
 Ailurofobia = Medo de gatos 
 Hidrofobia = Medo de água 
 Claustrofobia = Medo de espações fechados 
 Cinofobia = Medo de cães 
 Misofobia = Medo de sujeiras e germes 
 Pirofobia = Medo de fogos 
 Xenofobia = Medo de estranhos 
 Zoofobia = Medo de animai
 
TRANSTORNO DE ESTRESSE PÓS-TRAUMÁTICO - TEPT 
 
Indivíduos com TEPT apresentam sintomas em três domínios: 
1. Sintomas Intrusivos após o trauma 
2. Evitação de estímulos associados ao trauma 
3. Experiência de aumento dos sintomas autonômicos ligados ao trauma. 
Flashbacks, sonhos e lembranças vívidas. 
 
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DSM-5 
TRANSTORNO DE ESTRESSE PÓS-TRAUMÁTICO 
Nota: Os critérios a seguir aplicam-se a adultos, adolescentes e crianças acima de 6 anos de idade. 
Para crianças com menos de 6 anos, consulte os critérios correspondentes a seguir. 
A. Exposição a episódio concreto ou ameaça de morte, lesão grave ou violência sexual em uma (ou mais) das seguintes formas: 
 1. Vivenciar diretamente o evento traumático. 
 2. Testemunhar pessoalmente o evento traumático ocorrido com outras pessoas. 
 3. Saber que o evento traumático ocorreu com familiar ou amigo próximo. Nos casos de episódio concreto ou ameaça de morte 
envolvendo um familiar ou amigo, é preciso que o evento tenha sido violento ou acidental. 
 4. Ser exposto de forma repetida ou extrema a detalhes aversivos do evento traumático (p. ex., socorristas que recolhem restos 
de corpos humanos; policiais repetidamente expostos a detalhes de abuso infantil). 
Nota: O Critério A4 não se aplica à exposição por meio de mídia eletrônica, televisão, filmes ou fotografias, a menos que tal 
exposição esteja relacionada ao trabalho. 
B. Presença de um (ou mais) dos seguintes sintomas intrusivos associados ao evento traumático, começando depois de sua 
ocorrência: 
 1. Lembranças intrusivas angustiantes, recorrentes e involuntárias do evento traumático. 
Nota: Em crianças acima de 6 anos de idade, pode ocorrer brincadeira repetitiva na qual temas ou aspectos do evento traumático 
são expressos. 
 2. Sonhos angustiantes recorrentes nos quais o conteúdo e/ouo sentimento do sonho estão relacionados ao evento traumático. 
Nota: Em crianças, pode haver pesadelos sem conteúdo identificável. 
 3. Reações dissociativas (p. ex., flashbacks) nas quais o indivíduo sente ou age como se o evento traumático estivesse ocorrendo 
novamente. (Essas reações podem ocorrer em um continuum, com a expressão mais extrema na forma de uma perda completa 
de percepção do ambiente ao redor.) 
Nota: Em crianças, a reencenação específica do trauma pode ocorrer na brincadeira. 
 4. Sofrimento psicológico intenso ou prolongado ante a exposição a sinais internos ou externos que simbolizem ou se 
assemelhem a algum aspecto do evento traumático. 
 5. Reações fisiológicas intensas a sinais internos ou externos que simbolizem ou se assemelhem a algum aspecto do evento 
traumático. 
C. Evitação persistente de estímulos associados ao evento traumático, começando após a ocorrência do evento, conforme 
evidenciado por um ou ambos dos seguintes aspectos: 
 1. Evitação ou esforços para evitar recordações, pensamentos ou sentimentos angustiantes acerca de ou associados de perto 
ao evento traumático. 
 2. Evitação ou esforços para evitar lembranças externas (pessoas, lugares, conversas, atividades, objetos, situações) que 
despertem recordações, pensamentos ou sentimentos angustiantes acerca de ou associados de perto ao evento traumático. 
D. Alterações negativas em cognições e no humor associadas ao evento traumático começando ou piorando depois da ocorrência 
de tal evento, conforme evidenciado por dois (ou mais) dos seguintes aspectos: 
 1. Incapacidade de recordar algum aspecto importante do evento traumático (geralmente devido a amnésia dissociativa, e não 
a outros fatores, como traumatismo craniano, álcool ou drogas). 
 2. Crenças ou expectativas negativas persistentes e exageradas a respeito de si mesmo, dos outros e do mundo (p. ex., “Sou 
mau”, “Não se deve confiar em ninguém”, “O mundo é perigoso”, “Todo o meu sistema nervoso está arruinado para sempre”). 
 3. Cognições distorcidas persistentes a respeito da causa ou das consequências do evento traumático que levam o indivíduo a 
culpar a si mesmo ou os outros. 
 4. Estado emocional negativo persistente (p. ex., medo, pavor, raiva, culpa ou vergonha). 
NÃO precisa decorar 
#KetResumos 
 
6 
 
 5. Interesse ou participação bastante diminuída em atividades significativas. 
 6. Sentimentos de distanciamento e alienação em relação aos outros. 
 7. Incapacidade persistente de sentir emoções positivas (p. ex., incapacidade de vivenciar sentimentos de felicidade, satisfação 
ou amor). 
E. Alterações marcantes na excitação e na reatividade associadas ao evento traumático, começando ou piorando após o evento, 
conforme evidenciado por dois (ou mais) dos seguintes aspectos: 
 1. Comportamento irritadiço e surtos de raiva (com pouca ou nenhuma provocação) geralmente expressos sob a forma de 
agressão verbal ou física em relação a pessoas e objetos. 
 2. Comportamento imprudente ou autodestrutivo. 
 3. Hipervigilância. 
 4. Resposta de sobressalto exagerada. 
 5. Problemas de concentração. 
 6. Perturbação do sono (p. ex., dificuldade para iniciar ou manter o sono, ou sono agitado). 
F. A perturbação (Critérios B, C, D e E) dura mais de um mês. 
G. A perturbação causa sofrimento clinicamente significativo e prejuízo social, profissional ou em outras áreas importantes da vida 
do indivíduo. 
H. A perturbação não se deve aos efeitos fisiológicos de uma substância (p. ex., medicamento, álcool) ou a outra condição médica. 
 
TRANSTORNO DE ADAPTAÇÃO 
 
São transtornos ligados ou secundários ou eventos ou situações específicas de duração imediata ou prolongada que leva a quadros 
semelhantes a outros transtornos. 
Geralmente possui um bom prognóstico quando bem diagnosticado e conduzido. 
Grande associação com tentativas de suicídio. 
 
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DSM-5 
TRANSTORNO DE ADAPTAÇÃO 
A. Desenvolvimento de sintomas emocionais ou comportamentais em resposta a um estressor ou estressores identificáveis 
ocorrendo dentro de três meses do início do estressor ou estressores. 
B. Esses sintomas ou comportamentos são clinicamente significativos, conforme evidenciado por um ou mais dos seguintes 
aspectos: 
 1. Sofrimento intenso desproporcional à gravidade ou à intensidade do estressor, considerando-se o contexto cultural e os 
fatores culturais que poderiam influenciar a gravidade e a apresentação dos sintomas. 
 2. Prejuízo significativo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo. 
C. A perturbação relacionada ao estresse não satisfaz os critérios de outro transtorno mental e não é meramente uma exacerbação 
de um transtorno mental preexistente. 
D. Os sintomas não representam luto normal. 
E. Uma vez que o estressor ou suas consequências tenham cedido, os sintomas não persistem por mais de seis meses. 
Determinar o subtipo: 
309.0 (F43.21) Com humor deprimido: Humor deprimido, choro fácil ou sentimentos de desesperança são predominantes. 
309.24 (F43.22) Com ansiedade: Nervosismo, preocupação, inquietação ou ansiedade de separação são predominantes. 
309.28 (F43.23) Com misto de ansiedade e depressão: Predomina uma combinação de depressão e ansiedade. 
309.3 (F43.24) Com perturbação da conduta: Predomina a pertubação da conduta. 
309.4 (F43.25): Com perturbação mista das emoções e da conduta: Tanto sintomas emocionais (p. ex., depressão, ansiedade) 
como perturbação da conduta são predominantes. 
309.9 (F43.20): Não especificado: Para reações mal-adaptativas que não são classificáveis como um dos subtipos específicos do 
transtorno de adaptação. 
 
QUANDO TRATAR? 
 
Quando ela está tão presente que chega ao ponto de causar desconforto e prejuízo funcional no indivíduo. 
 Social, Familiar e Pessoal (incluindo saúde física e mental) 
 
Primeira linha de escolha são os Antidepressivos Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina (ISRS). Atuam na fenda sináptica 
favorecendo a acúmulo de serotonina entre os neurônios. 
 
 
 
 
 
 
 
 
#KetResumos 
 
7 
 
FLUOXETINA 
(Prozac, Daforin, Fluxene)® 
SERTRALINA 
(Zoloft, Assert, Tolrest)® 
DOSE: 20mg pela manhã --- podendo chegar a 80 mg; 
* Nos primeiros dias o paciente pode sentir uma inquietude e 
ansiedade; 
EFEITOS COLATERAIS: anorexia, insônia, náuseas, tontura, 
sudorese e boca seca; 
GRAVIDEZ E LACTAÇÃO: Medicação de escolha. 
 
DOSE: 50mg pela manhã --- podendo chegar a 200mg; 
* Pode ser ingerida com as refeições, se náuseas; 
EFEITOS COLATERAIS: insônia ou sonolência, aumento do 
apetite e náuseas; 
GRAVIDEZ E LACTAÇÃO: Segura 
IDOSO: Segura 
CARDÍACOS: Primeira escolha 
 
PAROXETINA 
(Aropax, Pondera, Roxetin)® 
CITALOPRAM 
(Cipramil, Denyl, Maxapran, Cittá)® 
DOSE: 20mg à noite --- podendo chegar a 60mg; 
* Redução gradual, pois apresenta grande Síndrome de 
Retirada; 
EFEITOS COLATERAIS: ganho de peso, sonolência, disfunção 
sexual e retardo na ejaculação; (Bocejos) 
* Poucos estudos na gestação e lactação; 
* Pouco usado por causa dos efeitos colaterais. 
 
DOSE: 20 mg inicialmente, raramente chegando a 60mg; 
* No pânico alguns recomendam uma dose inicial de 10mg 
EFEITOS COLATERAIS: Insônia, Náusea, Tontura e Sonolência; 
* Poucos estudos na Gravidez, Lactação e Crianças; 
IDOSO: Preferida 
 
ESCITALOPRAM 
(Lexapro, Exodus)® 
 
DOSE: 5 a 30mg 
* Escitalopram 10mg = 20 mg Citalopram 
* Pouca ou nenhuma interação com outros receptores e 
enzimas 
EFEITOS COLATERAIS: Bocejos, retardo na ejaculação, 
Anorgasmia em mulheres. 
 
 
Antidepressivos tricíclicos podem ser considerados medicamentos de Segunda Linha. 
Síntese na década de 1950 – Estrutura com 3 anéis. 
Os principais efeitos colaterais estão relacionados ao bloqueio dos receptores encontrados na estrutura: 
 H1 (histamina), 
 M1 (colinérgicos muscarínicos), 
 α1 Adrenérgico 
 Alteração dos canais de sódio voltagem dependentes. 
 
AMITRIPTILINA (Tryptanol, Amytril)®DOSE: 75 a 300mg/dia --- aumentar de 25/25 mg; 
* Pode ser utilizado para Dor Crônica e Enxaqueca; 
EFEITOS COLATERAIS: Boca seca, Obstipação, Ganho ponderal, hipotensão postural e sonolência. 
* Altera condução cardíaca (antagonista de sódio) – impede despolarização = Prolonga PR e QT e alarga QRS; (Pedir ECG) 
CONTRAINDICAÇÃO: IAM recente, Distúrbios de condução cardíaca (BAV), Glaucoma de ângulo estreito; 
 
VENLAFAXINA (37,5; 75 e 150mg) 
(Efexor XR, Alenthus XR)® 
Bupropiona 
(WellbutrinVSR, Zyban, Bup, Zetron)® 
Duloxetina (30 e 60mg) 
(Dual, Velija)® 
DOSE: 37,5 a 375mg --- Efeito > 75mg 
 
DOSE: 150 a 300mg 2x/dia 
* Iniciar 150 mg, podendo aumentar para 
300 após 7 dias 
* Associar a outros de redução da libido. 
 
DOSE: 60 a 120 mg 
* Melhor se muitos sintomas somáticos. 
 
Última Linha, mas ainda sem indicação formal. 
 
AGOMELATINA 
Valdoxan® 25 e 50 mg 
DESVENLAFAXINA 
Pristic® 50 e 100mg 
VORTIOXETINA 
Brintellix® 10 mg 
DOSE: 25 a 50mg DOSE: 50 a 200mg DOSE: 5 a 20mg 
 
BENZODIAZEPÍNICOS 
 
Bem indicados quando a ansiedade estiver muito bem delimitada no tempo e com uma causa bem definida. 
Coadjuvantes do tratamento psiquiátrico, quando a causa básica da ansiedade ainda não estiver sendo prontamente resolvida. 
Muito CUIDADO ao introduzir (dependência); 
Preferível em associação com os ISRS ou Duais no início do tratamento ou para alívio das crises; 
#KetResumos 
 
8 
 
Quando necessário o seu uso o paciente deve ser bem orientado quanto a curta duração de sua utilização e que apesar da sensação 
de bem-estar ele apenas ajuda com os sintomas; 
 
CLONAZEPAM 
Rivotril® 
DIAZEPAM 
Valium® 
ALPRAZOLAM 
Apraz, Frontal® 
LORAZEPAM 
Lorax® 
DOSE: 0,25 a 2mg 
* Gotas – 2,5mg/ml 
DOSE: 5 e 10mg 
* Ampolas de 2ml -5mg/ml 
DOSE: 0,25 a 2mg DOSE: 1 e 2mg 
 
TRATAMENTO ADJUVANTE/ SINTOMÁTICO – Beta Bloqueador (SOS) 
* Ou antes das situações Fóbicas 
 
PROPRANOLOL ATENOLOL METOPROLOL 
DOSE: 10 a 40 mg DOSE: 25 e 50mg DOSE: 25mg 
 
Sempre avaliar a possibilidade de encaminhar os pacientes para psicoterapia. Se o paciente não tiver condições faça você mesmo 
pelo menos uma escuta qualificada; 
 
Melhor terapia a curto prazo = TCC 
 
DIRETRIZ DE 2010 
(Já ultrapassada) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
#KetResumos 
 
9 
 
ENVELHECIMENTO: SENESCÊNCIA E SENILIDADE 
Dr. Heitor Spagnol dos Santos 
 
ENVELHECIMENTO POPULACIONAL 
 
 
 
NOVOS PARADIGMAS NA SAÚDE 
 
Envelhecimento populacional → Demanda por serviços e produtos → Ações eficazes e resolutivas 
 
O QUE É ENVELHECIMENTO? 
 
Processo EVOLUTIVO decorrente da conjunção da SENESCÊNCIA com a SENILIDADE 
 
SENESCÊNCIA – Conjunto de fenômenos FISIOLÓGICOS comuns a todos os indivíduos da 
mesma espécie durante a sua evolução. 
 
SENILIDADE – Efeito cumulativo dos efeitos FISIOPATOLÓGICOS das doenças, determinado 
pela sua gravidade e duração. * SENIL = Doença 
 
 
↑ Expectativa de vida Envelhecimento 
↓ Taxa de Fertilidade (↑ Proporção de idosos) 
FUNCIONALIDADE – Capacidade de exercer as atividades 
de vida diária. 
 
FRAGILIDADE – Síndrome geriátrica que faz com que o 
idoso fique vulnerável a patologias. 
#KetResumos 
 
10 
 
DETERMINANTES DO ENVELHECIMENTO 
 
 Genético 
 Comportamental (Modificável) HETEROGENEIDADE 
 Ambiental (Modificável) 
 
Aparência não é importante para definir conduta. 
A conduta não deve ser definida pela idade, deve ser definida 
pela funcionalidade. 
 
 
*** Síndrome do Imobilismo (Estudar) 
IDOSO = MUSCULAÇÃO Principalmente em MMII para prevenção de quedas. 
 
O QUE LIMITA O IDOSO? 
 
Processo natural de envelhecimento = SENESCÊNCIA 
Doenças Crônicas = SENILIDADE 
 
Estão sendo inadequadamente tratados os 
portadores de: 
 HAS 
 DM 
 Tabagismo 
 FA Crônica 
 ICC 
 Dislipidemia 
 Depressão 
 Asma 
 
 
 
 
 
 
 
 
#KetResumos 
 
11 
 
 
 
 
 
CUIDADORES PONTENCIAIS 
 
Pessoas entre 50 a 60 anos 
Em 2000 havia 5 cuidadores potenciais para cada idoso ≥ 75 anos 
Em 2050 haverá apenas 2 cuidadores potenciais para cada idoso ≥ 75 anos 
 
SAÚDE = ESTADO FUNCIONAL 
 
“Saúde é o estado de bem-estar físico, psíquico e social”. 
 
ESTADO FUNCIONAL é a capacidade de agir independentemente nas atividades físicas, mentais e sociais da vida diária. 
 Responsável pelas limitações individuais e as incapacidades sociais. 
 Geralmente avalia conforme a capacidade de realização das AVD, mobilidade e cognição. 
 Para o idoso é um importante indicador de QV. 
 Determina a complexidade da atenção à saúde. 
 
DEFINIÇÃO DE AÇÕES 
 
O QUE – Evidências 
PARA QUEM – Indicação 
QUANDO – Oportunidade 
CUSTO X EFETIVIDADE 
 
 
 
 
 
 
#KetResumos 
 
12 
 
SENECULTURA 
 
“Conjunto de ações interdisciplinares cujo resultado contrubui, 
EFETIVAMENTE, para a promoção da saúde do idoso”. 
 
AVALIAÇÃO GLOBAL DO IDOSO (AGG) 
 
As doenças dos idosos são raramente detectadas sem uma avaliação 
sistemática. 
Uma AGG detectou pelo menos um diagnóstico adicional que não fora 
antes reconhecida em 76,7% dos casos. 
Um problema adicional foi detectado a cada ano de seguimento em 1/3 
dos casos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
#KetResumos 
 
13 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
#KetResumos 
 
14 
 
TRANSTORNOS DO HUMOR 
Dr. André de Oliveira Lourenço 
 
INTRODUÇÃO 
 
O HUMOR pode ser definido como uma emoção ou um tom de sentimento difuso e persistente que influencia o comportamento 
de uma pessoa e colore sua percepção de ser no mundo. Podemos descrever o humor como: deprimido, triste, vazio, melancólico, 
angustiado, irritável, desconsolado, excitado, eufórico, maníaco, jubiloso e muitos outros. 
 
O humor pode ser lábil, flutuar ou alternar rapidamente entre os extremos geralmente sofrendo pouca influência do ambiente. 
 
HUMOR LÁBIL – Muda constantemente. 
 
HUMOR IRRITÁVEL – Comum em crianças com depressão. 
 
HISTÓRICO 
 
Ao contrário do que se pensa transtornos de Humor não são coisas do século XX e XXI: 
 Na Bíblia Judaico-cristã (Saul, Davi e Elias) 
 No mundo grego (Ajax e Édipo) 
 Hipócrates em 400 A.C. mania e melancolia 
 Celsus em 30 d.C. “De re medicina” , melancolia (depressão causada pela bile negra) 
 Robert Burton em 1621 “Anatomia da melancolia” 
 Em 1854, Jules Falret “folie circulaire”, alternados de depressão e mania 
 Em 1899, Emil Kraepelin, descreveu a psicose maníaco-depressiva 
 
EXAME PSÍQUICO NOS TRANSTORNOS DE HUMOR 
 
 Aparência 
 Postura 
 Atitude 
 Consciência/ Orientação 
 Atenção 
 Memória 
 Sensopercepção 
 Afeto 
 Humor 
 Pensamento 
 Crítica
 
DEPRESSÃO MAIOR 
 
O IMPACTO DA DEPRESSÃO 
 
 Afeta 340 milhões de pessoas em todo o mundo. 
 Mulheres/homens = 2:1 (diferença tem início na adolescência). 
 Início em qualquer idade, mas o período de maior incidência é dos 
25 aos 30 anos e de prevalência dos 30 aos 44 anos. 
 Sua etiologia é multicausal sofrendo interferência de fatores 
ambientais, genéticos e psicossociais. 
 A depressão pode ser um estado afetivo Normal, Sintoma ou 
Transtorno. 
 Pode ainda ser secundária ao uso de 
medicamentos ou condições clínicas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AFETO é a expressão de uma emoção. 
 
HUMOR é o estado emocional do indivíduo, relatado pelo mesmo. 
 
O afeto de uma pessoa pode variar desde depressivo (depressão nervosa), elação ou eufórico, irritado e normal. Se a 
sensação que se tem ao final do exame é de um estado depressivo, tal deve ser descrito em humor. Os vários estados afetivos 
demonstram se uma pessoa demonstra uma expansão do seu afeto ou se o mesmo se encontra restrito (muitas vezes 
descrito como aplainado ou embotado). Também é importante notar se o afeto está incongruente (por exemplo um indivíduo 
ri ao invés de chorar quando lhe contam uma notícia triste). Aspectos culturais devem ser considerados. 
PROVA 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Afeto
https://pt.wikipedia.org/wiki/Emo%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Humor
https://pt.wikipedia.org/wiki/Depress%C3%A3o_nervosahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Euforia
#KetResumos 
 
15 
 
PROVA 
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS 
 
 Humor Deprimido ou Triste 
 Sintomas Afetivos: Choro fácil, Apatia, Sentimento de falta de sentimento, Sentimento de tédio, Aborrecimento crônico, 
Irritabilidade aumentada, Angústia, Ansiedade, Desespero e Desesperança 
 Alterações Instintivas e Neurovegetativas: Fadiga, Cansaço fácil e constante, Desânimo, Diminuição da vontade, Insônia ou 
hipersonia, Perda ou aumento do apetite 
 Alterações ideativas: Ideação negativa, Pessimismo, Arrependimento, Culpa, Ruminações com mágoas antigas, Ideias de 
morte, Desejo de desaparecer, Dormir para sempre, Ideação com ou sem planos ou atos suicidas. 
 Alterações cognitivas: Déficit na atenção e concentração, Déficit secundário de memória, Dificuldade de tomar decisões 
 Alterações da volição e psicomotricidade: Tendência a ficar na cama o dia todo, Aumento na latência de resposta, 
Lentificação psicomotora, Diminuição da fala e na voz 
 Sintomas Psicóticos 
 
Critérios diagnósticos do DSM-5 
DEPRESSÃO MAIOR 
A. Cinco (ou mais) dos seguintes por + de duas semanas, se pelo menos um dos sintomas é (1) ou (2). 
 1. Humor deprimido indicado por relato subjetivo ou por terceiros. 
 2. Anedonia (Acentuada diminuição do interesse ou prazer). 
 3. Perda ou ganho significativo de peso sem estar fazendo dieta (5%) ou redução ou aumento do apetite. 
 4. Insônia ou hipersonia quase todos os dias. 
 5. Agitação ou retardo psicomotor observáveis por outras pessoas. 
 6. Fadiga ou perda de energia quase todos os dias. 
 7. Sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva ou inapropriada (que podem ser delirantes). 
 8. Capacidade diminuída para pensar ou se concentrar ou indecisão. 
 9. Pensamentos recorrentes de morte (não somente medo de morrer), ideação suicida com ou sem um plano específico ou uma 
tentativa de suicídio. 
B. Os sintomas causam SOFRIMENTO clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras 
áreas importantes da vida do indivíduo. 
C. O episódio não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma substância ou a outra condição médica. 
D. A ocorrência do episódio depressivo maior não é mais bem explicada por transtorno psicótico. 
E. Nunca houve um episódio maníaco ou um episódio hipomaníaco. 
Nota: Os Critérios A-C representam um episódio depressivo maior. 
Nota: Respostas a uma perda significativa podem incluir Critério A, que podem se assemelhar a um episódio depressivo. 
 
* INSÔNIA 
--- Intermediária = Depressão 
--- Inicial = Ansiedade 
--- + Grave = Despertar precoce 
 
Critérios maior segundo o CID-10: 
1 – Humor deprimido 
2 – Anedonia 
6 – Fadiga 
 
 
 
 
#KetResumos 
 
16 
 
TRANSTORNO AFETIVO BIPOLAR (TAB) 
 
Quadro anteriormente chamado de Doença Maníaco Depressiva ou Psicose Maníaco Depressiva. 
 
TAB Tipo I (sinônimo do que anteriormente era chamado de Transtorno Bipolar) 
 Paciente com pelo menos dois Episódios de Mania separados por um período de eutimia; 
 Paciente com Intercalando Episódios de Mania e Depressão com um intervalo de eutimia. 
TAB Tipo II 
 Episódios de Hipomania ou Depressão com intervalos de eutimia. 
 
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DO DSM-5 
TRANSTORNO AFETIVO BIPOLAR (TAB) - EPISÓDIO MANÍACO 
A. Um período distinto de humor anormal e PERSISTENTEMENTE ELEVADO, expansivo ou IRRITÁVEL e aumento anormal e 
persistente da ATIVIDADE no mínimo de uma semana na maior parte do dia, quase todos os dias (ou qualquer duração se 
hospitalização). 
B. Durante esse período 3 (ou mais) dos seguintes sintomas (quatro se o humor é apenas irritável) presentes em grau significativo: 
 1. Autoestima inflada ou grandiosidade. 
 2. Redução da necessidade de sono. 
 3. Mais loquaz (fala mais) que o habitual ou pressão para continuar falando. 
 4. Fuga de ideias ou experiência subjetiva de que os pensamentos estão acelerados. 
 5. Distratibilidade. 
 6. Aumento da atividade dirigida a objetivos ou agitação psicomotora (atividade sem propósito não dirigida a objetivos). 
 7. Envolvimento excessivo em atividades com elevado potencial para consequências dolorosas. 
 
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DO DSM-5 
TRANSTORNO AFETIVO BIPOLAR (TAB) - EPISÓDIO HIPOMANÍACO 
A. Um período distinto de humor anormal e PERSISTENTEMENTE ELEVADO ou IRRITÁVEL e ↑ da ATIVIDADE ou energia por 4 
dias consecutivos. 
B. Durante esse período três (ou mais) dos seguintes sintomas (quatro se o humor é apenas irritável) em grau significativo: 
 1. Autoestima inflada ou grandiosidade. 
 2. Redução da necessidade de sono. 
 3. Mais loquaz que o habitual ou pressão para continuar falando. 
 4. Fuga de ideias ou experiência subjetiva de que os pensamentos estão acelerados. 
 5. Distratibilidade. 
 6. Aumento da atividade dirigida a objetivos ou agitação psicomotora. 
 7. Envolvimento excessivo em atividades com elevado potencial para consequências dolorosas. 
C. Associado a uma mudança clara no funcionamento. 
D. São observáveis por outras pessoas. 
E. O episódio não é suficientemente grave a ponto de causar prejuízo acentuado. 
 
 
 
 
 
#KetResumos 
 
17 
 
DISTIMIA 
 
Também conhecido como Transtorno Depressivo PERSISTENTE 
Anteriormente chamada de Neurose Depressiva 
Sua maior característica é o MAL HUMOR CRÔNICO 
Os pacientes relatam que sempre estiveram assim 
Os pacientes com esse transtorno geralmente são conhecidos como RANZINZAS, chatos, resmungões 
 
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DO DSM-5 
DISTIMIA 
Representa uma consolidação do transtorno depressivo maior crônico e do transtorno distímico no DSM-IV. 
A. Humor deprimido na maior parte do dia, na maioria dos dias, indicado por relato subjetivo ou por observação feita por terceiros 
pelo mínimo de dois anos. 
B. Presença, enquanto deprimido, de duas (ou mais) das seguintes características: 
 1. Apetite diminuído ou alimentação em excesso. 
 2. Insônia ou hipersonia. 
 3. Baixa energia ou fadiga. 
 4. Baixa autoestima. 
 5. Concentração pobre ou dificuldade em tomar decisões. 
 6. Sentimentos de desesperança. 
C. Durante o período de dois anos o indivíduo não esteve assintomático + de 2 meses. 
D. Critérios para uma depressão maior podem estar presentes por dois anos. 
H. Os sintomas causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo. 
 
 
 
CICLOTIMIA 
 
Sintomaticamente uma forma leve de TAB Tipo II 
Episódios de Hipomania e Depressão Leve 
Sua principal diferença é que no TAB Tipo II os pacientes podem apresentar Depressão Maior 
AS MUDANÇAS NO HUMOR ACONTECEM NUM INTERVALO DE DIAS, PODENDO SER NO DECORRER DE HORAS. 
Frequente a associação com uso e abuso de substâncias 
 
TRANSTORNO DISFÓRICO PRÉ MENSTRUAL 
 
Caracteriza-se por humor debilitante e mudanças comportamentais na semana que antecede a menstruação que interferem no 
funcionamento normal. 
Irritabilidade, labilidade emocional, cefaleia, “ansiedade” e “depressão”. 
Sintomas somáticos incluem edema, ganho de peso, dor nos seios, síncope e parestesias. 
 
 
 
 
 
 
 
#KetResumos 
 
18 
 
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DO DSM-5 
TRANSTORNO DISFÓRICO PRÉ MENSTRUAL 
A. Na maioria dos ciclos menstruais, pelo menos 5 sintomas devem estar presentes na semana final antes do início da menstruação, 
começar a melhorar poucos dias depois do início da menstruação e tornar-se mínimos ou ausentes na semana pós-menstrual. 
B. Um (ou mais) dos seguintes sintomas deve estar presente: 
 1. Labilidade afetiva acentuada (p. ex., mudanças de humor; sentir-se repentinamente triste ou chorosa ou sensibilidade 
aumentada à rejeição). 
 2. Irritabilidade ou raiva acentuadas ou aumento nos conflitos interpessoais. 
 3. Humor deprimido acentuado, sentimentos de desesperança ou pensamentos autodepreciativos. 
 4. Ansiedade acentuada, tensão e/ou sentimentos de estar nervosa ou no limite. 
C. Um (ou mais) dos seguintes sintomas deve adicionalmente estar presente para atingir um totalde cinco sintomas quando 
combinados com os sintomas do Critério B. 
 1. Interesse diminuído pelas atividades habituais (p. ex., trabalho, escola, amigos, passatempos). 
 2. Sentimento subjetivo de dificuldade em se concentrar. 
 3. Letargia, fadiga fácil ou falta de energia acentuada. 
 4. Alteração acentuada do apetite; comer em demasia; ou avidez por alimentos específicos. 
 5. Hipersonia ou insônia. 
 6. Sentir-se sobrecarregada ou fora de controle. 
 7. Sintomas físicos como sensibilidade ou inchaço das mamas, dor articular ou muscular, sensação de “inchaço” ou ganho de 
peso. 
Nota: Os sintomas nos Critérios A-C devem ser satisfeitos para a maioria dos ciclos menstruais que ocorreram no ano precedente. 
D. Os sintomas estão associados a sofrimento clinicamente significativo ou a interferência no trabalho, na escola, em atividades 
sociais habituais ou relações com outras pessoas (p. ex., esquiva de atividades sociais; diminuição da produtividade e eficiência no 
trabalho, na escola ou em casa). 
E. A perturbação não é meramente uma exacerbação dos sintomas de outro transtorno, como transtorno depressivo maior, 
transtorno de pânico, transtorno depressivo persistente (distimia) ou um transtorno da personalidade (embora possa ser 
concomitante a qualquer um desses transtornos). 
F. O Critério A deve ser confirmado por avaliações prospectivas diárias durante pelo menos dois ciclos sintomáticos. (Nota: O 
diagnóstico pode ser feito provisoriamente antes dessa confirmação.) 
G. Os sintomas não são consequência dos efeitos fisiológicos de uma substância (p. ex., droga de abuso, medicamento, outro 
tratamento) ou de outra condição médica (p. ex., hipertireoidismo). 
 
COMORBIDADES 
 
Qualquer transtorno de ansiedade (ao longo da vida) – 6% de comorbidade. 
 
 
 
 
 
 
 
FATORES AGRAVANTES 
 
 Presença de psicose 
 Ideação suicida 
 Gravidade dos sintomas 
 Cronicidade dos sintomas 
 Presença de comorbidades 
 Ausência de resposta a tratamentos prévios 
 
TRATAMENTOS 
 
 BIOLÓGICOS 
o Medicamentos 
o ECT 
 PSICOTERAPIA 
o Psicanálise (Freud/ Lacan) 
o Psicologia Analítica (Jung) 
o TCC 
o Terapias Comportamentais 
o Gestalt 
Melhor encaminhar ao psiquiatra! 
#KetResumos 
 
19 
 
RISCO SE NÃO HOUVER REMISSÃO SUSTENTADA 
 
 Maior risco de recaída e recorrência 
 Episódios mais crônicos 
 Deterioração contínua no trabalho e relacionamentos 
 ↑ da associação com morbidade e mortalidade por AVC, 
complicações diabéticas, IAM, doenças cardiovasculares e HIV 
 Risco de suicídio (Principalmente TAB) 
o 15%tentam e 50% chegam a conseguir 
 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO INICIAL 
 
 
 
INIBIDORES SELETIVOS DA RECAPTAÇÃO DA SEROTONINA (ISRS) 
FLUOXETINA 
(Prozac, Daforin, Fluxene)® 
SERTRALINA 
(Zoloft, Assert, Tolrest)® 
DOSE: 20mg pela manhã --- podendo chegar a 80 mg; 
* Nos primeiros dias o paciente pode sentir uma inquietude e 
ansiedade; 
EFEITOS COLATERAIS: anorexia, insônia, náuseas, tontura, 
sudorese e boca seca; 
GRAVIDEZ E LACTAÇÃO: Medicação de escolha. 
 
DOSE: 50mg pela manhã --- podendo chegar a 200mg; 
* Pode ser ingerida com as refeições, se náuseas; 
EFEITOS COLATERAIS: insônia ou sonolência, aumento do 
apetite e náuseas; 
GRAVIDEZ E LACTAÇÃO: Segura 
IDOSO: Segura 
CARDÍACOS: Primeira escolha 
 
PAROXETINA 
(Aropax, Pondera, Roxetin)® 
CITALOPRAM 
(Cipramil, Denyl, Maxapran, Cittá)® 
DOSE: 20mg à noite --- podendo chegar a 60mg; 
* Redução gradual, pois apresenta grande Síndrome de 
Retirada; 
EFEITOS COLATERAIS: ganho de peso, sonolência, disfunção 
sexual e retardo na ejaculação; (Bocejos) 
* Poucos estudos na gestação e lactação; 
* Pouco usado por causa dos efeitos colaterais. 
 
DOSE: 20 mg inicialmente, raramente chegando a 60mg; 
* No pânico alguns recomendam uma dose inicial de 10mg 
EFEITOS COLATERAIS: Insônia, Náusea, Tontura e Sonolência; 
* Poucos estudos na Gravidez, Lactação e Crianças; 
IDOSO: Preferida 
 
ESCITALOPRAM 
(Lexapro, Exodus)® 
 
DOSE: 5 a 30mg 
* Escitalopram 10mg = 20 mg Citalopram 
* Pouca ou nenhuma interação com outros receptores e 
enzimas 
EFEITOS COLATERAIS: Bocejos, retardo na ejaculação, 
Anorgasmia em mulheres. 
 
 
#KetResumos 
 
20 
 
ANTIDEPRESSIVO TRICÍCLICO SEM CLASSE DEFINIDA 
AMITRIPTILINA 
(Tryptanol, Amytril)® 
MIRTAZAPINA 
(Remeron)® 
DOSE EFICAZ: 75 a 300mg/dia --- aumentar de 25/25. 
 
DOSE: 15mg a 45mg 
* Doses menores dão maior sonolência. 
 
 
“DUAIS” 
VENLAFAXINA (37,5; 75 e 150mg) 
(Efexor XR, Alenthus XR)® 
Bupropiona 
(WellbutrinVSR, Zyban, Bup, Zetron)® 
Duloxetina (30 e 60mg) 
(Dual, Velija)® 
DOSE: 37,5 a 375mg 
* Efeito antidepressivo > 75mg 
 
DOSE: 150 a 300mg 2x/dia 
* Iniciar 150 mg, podendo aumentar para 
300 após 7 dias 
* Associar a outros de redução da libido. 
 
DOSE: 60 a 120 mg 
* Melhor se muitos sintomas somáticos. 
 
Última Linha. Apresenta maior proteção cerebral. 
 
AGOMELATINA 
Valdoxan® 25 e 50 mg 
DESVENLAFAXINA 
Pristic® 50 e 100mg 
VORTIOXETINA 
Brintellix® 10 mg 
DOSE: 25 a 50mg DOSE: 50 a 200mg DOSE: 5 a 20mg 
 
 
 
CARBONATO DE LÍTIO 300mg ou 450mg 
(Carbolitium, Carlit)® 
VALPROATO (Ácido Valpróico) 250 mg ou 500 mg 
(Depakote ER)® 
 
- Primeira Escolha em TAB Tipo I e Tipo II, independente se 
maníaco ou depressivo. 
- Melhor droga na estabilização do humor. 
- Seu efeito estabilizador do humor depende da Litemia. 
- Melhor droga na preservação cognitiva e PREVENÇÃO DE 
SUICÍDIOS. 
- Dosar litemia e ajustar a dose quando necessário. 
--- (0,6 a 1,2 mEq/L). 
 
 
- Oficialmente ultrapassou o uso de lítio para mania aguda 
- Off Label indicado para manutenção 
- Os níveis de dose típicos de ácido valproico são 750 a 2.500 
mg por dia 
- Ao monitorar alcança níveis sanguíneos entre 50 e 120 g/mL. 
 
 
CARBAMAZEPINA 200mg e 400 mg RISPERIDONA 1mg, 2mg ou 3mg 
(Riss, Zargus, Risperidon)® 
 
- Suas doses típicas para tratar mania aguda variam entre 600 
e 1.800 mg por dia associadas com níveis sanguíneos entre 4 e 
12 g/mL. 
- É possível que a oxcarbazepina, tenha propriedades 
antimaníacas semelhantes. 
- 1.500 mg de oxcarbazepina equivalem a aproximadamente 
1.000 mg de carbamazepina. 
- Muita interação medicamentosa 
 
 
- Pode ser usado em monoterapia na estabilização do humor. 
- Melhor utilizado em associação a antidepressivos ou ao Lítio 
em presença de psicose. 
- A partir de 2mg ao dia já apresenta o efeito estabilizador do 
humor. 
 
 
#KetResumos 
 
21 
 
OLANZAPINA 2,5mg, 5mg e 10mg 
(Axonium, Zap)® 
QUETIAPINA 25mg, 100mg e 200 mg 
(Quet, Atip, Quetros)® 
Pode ser usada em monoterapia. 
Muito bom efeito antipsicótico e estabilizador do humor. 
Principais inconvenientes são o preço e ganho de peso. 
Como estabilizador do Humor acima de 200 mg 
25 mg pode auxiliar na insônia 
Lamotrigina 25 e 50 mg (Lamitor, Neural) 
Boa escolha, inclusive em gestantes 
 
TOPIRAMATO 25mg, 50mg e 100 mg 
(Amato, Vidmax)® 
OUTROS 
Boa escolha em pacientes com ganho de peso 
 
Haloperidol, 
Levomepromazina, 
Clorpromazina; 
Prometazina 
Benzodiazepínicos 
Fenobarbital, 
Fenitoína 
 
 
TRATAMENTO PSICOSSOCIAL 
 
 Psicoterapia 
 Relacionamento médico-paciente 
 Mudanças comportamentais 
 Controle do álcool 
 Exercícios físicos 
 Administrar o estresse 
 Convívio social 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
#KetResumos 
 
22 
 
AVALIAÇÃO GERIÁTRICA AMPLA (AGA) 
Dr. Heitor Spagnol dos Santos 
 
INTRODUÇÃO 
 
É um processo utilizado para o manejo do paciente idoso frágil. 
 
 Interdisciplinar 
 Multidimensional 
o Físico, Cognitivo, Social, Ambiente 
 Diagnóstico 
 Condições Geriátricas 
 Prognóstico 
 Plano de tratamento 
 Seguimento 
 Heterogeneidade 
 Multimorbidades 
 Polifarmácia 
 Condições atípicas 
 Síndromes Geriátricas 
o Cognição 
o Fragilidade 
 Funcionalidade 
 
QUEM REALIZA? 
 
 Individual 
 Equipe Interdisciplinar 
o Médico, enfermeiro e assistente social, fisioterapeuta, TO, nutricionista, farmacêutico, 
psicólogo, fonoaudiólogo,dentista e outros 
 
 Avaliação Isolada 
 Discussão Interdisciplinar 
 Plano de Tratamento 
 Implementação 
 Monitoramento 
 Revisão
 
IDOSO FRÁGIL 
 
 Idade 
 Multimorbidades 
 Síndromes Geriátricas 
 Mudança na Funcionalidade 
 Usuários Frequentes do Sistema Saúde 
 Mudança de Ambiente 
 Muito saudáveis 
 Terminalidade 
 
PARÂMETROS DA AVALIAÇÃO 
 
 Funcionalidade 
 Emocional 
 Equilíbrio e Marcha 
 Nutrição 
 Cognição 
 Social 
 Órgãos dos Sentidos 
 Ambiente 
 
Associa-se ao exame tradicional! 
 
Benefícios do seu uso... 
 
↑ Diagnóstico 
↑ Tratamento 
↑ Qualidade de Vida 
↑ Sobrevida 
↓ Hospitalização 
↓ Iatrogenia 
↓ Institucionalização 
↓ Custos de Saúde 
 
ONCOGERIATRIA 
 
Rastreamento deve ser realizado em idosos com câncer devido ao aumento na incidência de doenças 
A abordagem recomendada para rastreio é a AGG para detectar problemas ocultos, melhorar o estado funcional e a possibilidade 
de sobrevivência 
Utilizada inclusive para auxílio na decisão da melhor terapêutica 
 
AGA E O IDOSO COM CÂNCER 
 
 
Diferencia 
Decisão 
Confiança 
Complicação 
A avaliação é aplicada no IDOSO FRÁGIL e não em seus extremos. 
#KetResumos 
 
23 
 
AVALIAÇÃO GERIÁTRICA AMPLA (AGA) 
 
 Identificação 
 Comorbidades e Medicações 
 Histórico Vacinal 
 Atividade Física e Lazer 
 Parâmetros → ESCALAS (PROVA) 
 
ESCALA DE FUNCIONALIDADE 
 
ABVD → ESCALA DE KATZ / Escala de Barthel 
AIVD → Escala de Lawton / Escala de Pfeffer 
 
 
 
 
 
ESCALA EMOCIONAL 
 
Escala Depressão Geriátrica –GDS (15 itens) 
Depressão: Critérios do DSM-IV 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESCALA COGNITIVA 
 
Mini-Exame do Estado Mental 
Teste de Fluência Verbal 
Teste do Desenho do Relógio 
Bateria Breve 
Outros testes validados no Brasil 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ÓRGÃOS DOS SENTIDOS 
 
Visão - Teste de Snellen 
Audição - Teste do sussurro 
Investigação ativa da queixa 
 
 
 
 
 
Gripe 
Pneumococo 
Herpes Zoster 
DT (Difteria e Tétano) 
#KetResumos 
 
24 
 
EQUILÍBRIO E MARCHA 
 
Escala de Equilíbrio e Marcha de Tinetti 
Teste cronometrado de levantar e andar 
 
 
 
 
CONTINÊNCIA 
 
Questionar o paciente 
 
 
#KetResumos 
 
25 
 
 NUTRIÇÃO 
 
Mini Avaliação Nutricional 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SOCIAL E AMBIENTE 
 
Apgar da família e dos amigos 
 
 
 
DIREÇÃO 
 
- Teste de Snellen 
- Teste do levantar e andar 
- Mini exame do estado mental 
- Sensibilidade de extremidade distal 
 
 
 
 
 
 
 
 
#KetResumos 
 
26 
 
 
 
CONCLUSÕES 
 
Avaliação sistemática de idosos frágeis identifica várias condições clínicas 
Uma abordagem correta das doenças crônicas do paciente melhora suas condições de saúde 
Existem benefícios comprovados em diferentes áreas de atuação da geriatria 
 
 
#KetResumos 
 
27 
 
ESQUIZOFRENIA E TRANSTORNOS PSICÓTICOS 
Dr. André de Oliveira Lourenço 
 
INTRODUÇÃO 
 
Embora seja discutida como se fosse uma única doença, a esquizofrenia engloba um grupo de transtornos com etiologias 
heterogêneas e inclui pacientes com apresentações clínicas, resposta ao tratamento e cursos da doença variáveis. 
 
UM POUCO DE HISTÓRIA 
 
Relatos imprecisos no mundo grego. 
Benedict Morel (1809-1873) na França démence precoce. 
Kraepelin - traduziu a démence precoce de Morel para dementia precoxe as diferenciou do que chamou de psicose maníaco-
depressiva. 
Bleuler cunhou o termo esquizofreniaa e mostrou a presença de cisões (schisms) entre pensamento, emoção e comportamento. 
 
OS 4 “A” DE BLEUER 
1. Associação – Não consegue associar as coisas ao seu real significado. 
2. Afeto 
3. Autismo 
4. Ambivalência - Dualidade 
 
Também identificou sintomas acessórios (secundários), que compreendiam os sintomas que Kraepelin considerava os principais 
indicadores de dementia precox: alucinações e delírios. 
 
ESQUIZOFRENIA 
 
É uma desordem psíquica crônica grave. 
É classificada como doença psiquiátrica que se caracteriza pela perda do contato com a realidade. 
Suas principais características são as alucinações, os delírios e o embotamento afetivo. 
Principal transtorno PSICÓTICO - Causas permanecem desconhecidas 
 
Desde adolescência ou início idade adulta 
Diminuição acentuada qualidade de vida / produtividade 
Necessidade de tratamento medicamentoso a longo prazo 
10% morrem por suicídio 
Sobrecarga para família e sociedade / Grandes custos humanos e financeiros 
 
SINTOMAS POSITIVOS (AGUDOS) 
 
 DELÍRIOS – Alteração no pensamento. Certeza dos seus delírios. 
 ALUCINAÇÕES – Alteração no sensório. Sinto toques, escuto, sinto cheiro e vejo coisas que ninguém vê. 
o A alucinação mais comum é a auditiva. 
 Incoerência do pensamento 
 Alterações afetivas 
 Alterações psicomotoras 
 
ALUCINAÇÃO X ILUSÃO X DELÍRIO (PROVA) 
 
 ALUCINAÇÕES – Alteração no sensório. Sinto toques, escuto, sinto cheiro e vejo coisas que ninguém vê. 
 ILUSÃO – Parece uma alucinação, mas é necessário um estímulo. 
 DELÍRIOS – Alteração no pensamento. Certeza dos seus delírios. 
 
SINTOMAS NEGATIVOS (CRONICAMENTE) 
 
Embotamento afetivo 
Pobreza do discurso e seu conteúdo - Neologismo 
Distratibilidade – Paciente distraido 
Isolamento social 
 
Sintomas catatônicos podem predominar numa minoria de quadros agudos. 
* Roubo de Pensamento. 
 
 
 
 
 
 
PROVA 
#KetResumos 
 
28 
 
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS 
 
A. Dois dos itens a seguir, na maior parte dos dias durante um período de um mês (ou menos, se tratados com sucesso). Pelo 
menos um deles deve ser (1), (2) ou (3): 
1. Delírios. 
2. Alucinações. 
3. Discurso desorganizado. 
4. Comportamento grosseiramente desorganizado ou catatônico. 
5. Sintomas negativos (i.e., expressão emocional diminuída ou avolia) 
 
B. Por período significativo de tempo desde o aparecimento da perturbação prejuízo significativo no nível de funcionamento em 
uma ou mais áreas importantes como trabalho, relações interpessoais ou autocuidado. 
 
C. Sinais contínuos de perturbação persistem durante, pelo menos, seis meses. 
Incluindo no mínimo um mês de sintomas A (ou menos, se tratado) 
Podendo incluir períodos de sintomas prodrômicos ou residuais 
Se prodrômico ou residual podem haver apenas sintomas negativos ou por dois ou mais “A” atenuada (p. ex., crenças esquisitas, 
experiências perceptivas incomuns). 
 
D. Não preenchendo para Transtorno Depressivo ou TAB 
 
E. Não sendo atribuído a efeito fisiológico de substância ou condição médica 
 
F. Se história de TEA, delírios e alucinações devem ser proeminentes. 
 
 
 
 
 
Cinco subtipos de esquizofrenia foram descritos com base predominantemente na apresentação clínica: paranoide, 
desorganizado, catatônico, indiferenciado e residual. 
 
O DSM-5 não usa mais esses subtipos, mas eles são listados na 10ª revisão da Classificação internacional de doenças e problemas 
relacionados à saúde (CID-10). 
 
PARANÓIDE – F20.0 
 
Os critérios para Esquizofrenia são satisfeitos, mas na proeminência de: 
 
a. Delírios de perseguição, referência ou ascendência; 
b. Vozes alucinatórias que ameaçam o paciente ou lhe dão ordens, ou sem conteúdo verbal (zumbidos); 
c. Alucinações olfativas, gustativas ou de sensação sexual; 
 
HEBEFRÊNICA – F20.1 
 
São proeminentes: 
[1] discurso desorganizado 
[2] comportamento desorganizado 
[3] afeto embotado ou inadequado 
 
Comportamento Pré Mórbido → Adolescente “Esquizito” 
 
#KetResumos 
 
29 
 
CATATÔNICA - F20.2 
 
O quadro clínico é dominado por pelo menos um dos seguintes sintomas: 
a. Estupor; 
b. Excitação; 
c. Postura Inadequada; 
d. Negativismo; 
e. Rigidez; 
f. Flexibilidade Cérea; 
g. Obediência Automática ou Perseveração. 
 
INDIFERENCIADA - F20.3 
 
O Paciente preenche critérios para Esquizofrenia; 
Não são satisfeitos os critérios para os Tipos Paranóide, Hebefrênica ou Catatônica; 
Não satisfaz critérios para Residual ou Depressão pós esquizofrênica. 
 
DEPRESSÃO PÓS-ESQUIZOFRÊNICA - F20.4 
 
a. Paciente com diagnóstico de esquizofrenia nos últimos 12 meses; 
b. Permanecem alguns sintomas esquizofrênicos;c. Paciente satisfaz critérios para Depressão Maior (F32). 
 
RESIDUAL – F20.5 
 
Um tipo de Esquizofrenia no qual são satisfeitos os seguintes critérios: 
a. Ausência de delírios e alucinações, discurso desorganizado e comportamento amplamente desorganizado ou catatônico 
proeminentes. 
b. Evidências contínuas da perturbação, indicadas pela presença de sintomas negativos ou por dois ou mais sintomas relacionados 
no Critério A para Esquizofrenia, presentes de forma atenuada (Ex.: crenças estranhas, experiências perceptivas incomuns). 
 
SIMPLES - F20.6 
 
Quadro raro, no qual há desenvolvimento insidioso, mas progressivo, de conduta estranha, incapacidade para atender as 
exigências da sociedade e declínio no desempenho total. 
 
Na classificação americana DSM-V, a esquizofrenia simples é considerada um transtorno de personalidade (transtorno de 
personalidade esquizotípico). 
 
 
 
TRANSTORNO ESQUIZOAFETIVO (PROVA) 
 
O transtorno esquizoafetivo tem características tanto da esquizofrenia como dos transtornos do humor. 
 
DEPRESSÃO + BIPOLAR + ESQUIZOFRENIA 
 
Atualmente seis categorias: 
(1) pacientes com esquizofrenia que têm sintomas de humor 
(2) pacientes com transtorno do humor que têm sintomas de esquizofrenia 
(3) pacientes com transtorno do humor e esquizofrenia 
(4) pacientes com uma terceira psicose não relacionada a esquizofrenia e a transtorno do humor 
(5) pacientes cujo transtorno se encontra em um continuum entre esquizofrenia e transtorno do humor 
(6) pacientes com alguma combinação dos critérios citados. 
 
 
#KetResumos 
 
30 
 
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS 
 
 
 
TRANSTORNO ESQUIZOFRENIFORME 
 
Condição com um início súbito e curso benigno associados com sintomas de humor e obnubilação da consciência 
Sintomas da doença são semelhantes aos da esquizofrenia, contudo, com o transtorno esquizofreniforme, os sintomas duram 
pelo menos um mês, mas menos de seis meses 
Indivíduos com transtorno esquizofreniforme retornam a seu nível basal de funcionamento após a resolução do transtorno 
 
A. A presença de um delírio (ou mais) com duração de um mês ou mais. 
B. O Critério A para esquizofrenia jamais foi atendido. 
Se Alucinações poucas e relação com o tema do delírio (p. ex., a sensação de estar infestado de insetos associada a delírios de 
infestação). 
C. Exceto pelo impacto do(s) delírio(s) ou de seus desdobramentos, o funcionamento não está acentuadamente prejudicado, e o 
comportamento não é claramente bizarro ou esquisito. 
D. Se episódios maníacos ou depressivos ocorreram, eles foram breves em comparação com a duração dos períodos delirantes. 
E. A perturbação não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma substância ou a outracondição médica, ou outro transtorno 
mental, como dismórfico corporal ou TOC. 
 
Tipo erotomaníaco: Esse subtipo aplica-se quando o tema central do delírio é o de que outra pessoa está apaixonada pelo 
indivíduo. 
Tipo grandioso: Esse subtipo aplica-se quando o tema central do delírio é a convicção de ter algum grande talento (embora não 
reconhecido), insight ou ter feito uma descoberta importante. 
Tipo ciumento: Esse subtipo aplica-se quando o tema central do delírio do indivíduo é o de que o cônjuge ou parceiro é infiel. 
Tipo persecutório: Esse subtipo aplica-se quando o tema central do delírio envolve a crença de que o próprio indivíduo está sendo 
vítima de conspiração, enganado, espionado, perseguido, envenenado ou drogado, difamado maliciosamente, assediado ou 
obstruído na busca de objetivos de longo prazo. 
Tipo somático: Esse subtipo aplica-se quando o tema central do delírio envolve funções ou sensações corporais. 
Tipo misto: Esse subtipo aplica-se quando não há um tema delirante predominante. 
Tipo não especificado: Esse subtipo aplica-se quando a crença delirante dominante não pode ser determinada com clareza ou não 
está descrita nos tipos específicos (p. ex., delírios referenciais sem um componente persecutório ou grandioso proeminente). 
 
TRANSTORNO PSICÓTICO COMPARTILHADO 
 
Denominado ao longo dos anos de transtorno paranoide compartilhado, transtorno psicótico induzido, folie imposee insanidade 
dupla descrito pela primeira vez por dois psiquiatras franceses, Laseguee Falret, em 1877, que o chamaram de folie à deux. 
No DSM-5, esse transtorno é referido como “sintomas delirantes em parceiro de indivíduo com transtorno delirante” 
 
Caracterizado pela transferência de delírios de uma pessoa para outra 
Ambas têm um relacionamento próximo de longo tempo e, em geral, vivem juntas em relativo isolamento social 
Em sua forma mais comum, o indivíduo que começa a ter os delírios (o caso primário) costuma manifestar uma doença crônica e, 
via de regra, é o membro mais influente de uma relação próxima com uma pessoa mais sugestionável (o caso secundário), que 
também desenvolve o delírio 
A pessoa do caso secundário costuma ser menos inteligente, mais ingênua, mais passiva ou tem autoestima mais baixa do que o 
caso primário 
Se o par se separar, a pessoa secundária pode abandonar o delírio, mas esse desfecho não é observado de maneira uniforme 
 
OUTROS SUBTIPOS 
 
Folie simultanée, na qual duas pessoas se tornam psicóticas ao mesmo tempo e compartilham o mesmo delírio. 
Algumas vezes, mais de dois indivíduos estão envolvidos (p. ex., folie à trois, quatre, cinq e também folie à famille) 
Os relacionamentos mais comuns na folie à deux são parentes de primeiro grau ou cônjuges 
#KetResumos 
 
31 
 
TRANSTORNO PSICÓTICO BREVE 
 
Condição psicótica que envolve o início súbito de sintomas psicóticos 
Duram um dia ou mais, mas menos de um mês 
A remissão é completa, e o indivíduo retorna ao nível de funcionamento pré-mórbido 
Uma síndrome psicótica aguda e transitória 
 
Três Subtipos: 
(1) A presença de um estressor 
(2) A ausência de um estressor 
(3) início no período pós-parto 
 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DA ESQUIZOFRENIA 
 
Transtornos Psiquiátricos: 
 Depressão Grave com sintomas psicóticos 
 Mania com sintomas psicóticos 
 Outras psicoses: transtorno delirante, psicoses atípicas, transtorno esquizofreniforme, etc. 
 Transtorno obsessivo-compulsivo 
 Farmacodependência: alcoolismo, maconha, alucinógenos, cocaína, anorexígenos, etc. 
 Transtornos de personalidade: paranóide, esquizóide, esquizotípico. 
 
Fatores que melhoram o prognóstico 
 
Início tardio e de forma aguda. 
Boa adaptação pré-mórbida. 
Sintomas afetivos e reativos. 
Sintomas positivos. 
Bom sistema de apoio social e familiar. 
 
Fatores que pioram o prognóstico 
 
Início precoce e insidioso. 
Má adaptação pré-mórbida. 
Isolamento social, autismo. 
Sintomas negativos. 
História familiar de esquizofrenia. 
Episódios de reagudização sintomatológica. 
 
ETIOLOGIA 
 
Heterogeneidade etiológica é provável, com múltiplos fatores envolvidos 
 
FATORES GENÉTICOS ↔ FATORES AMBIENTAIS 
 
Alterações neuroquímicas 
 
Alteração dopaminérgica? - A eficácia dos antipsicóticos tradicionais está diretamente ligada à potência do bloqueio de receptores 
dopaminérgicos. 
 
TRATAMENTO 
 
RECOMENDAÇÕES: 
 Recaída é bastante comum 
 Uso inconstante da medicação 
 Reconhecer pródromos 
 Educar sobre as razões do uso da medicação 
 Alguns efeitos colaterais estão ligados à não adesão ao tratamento correto 
 
ANTIPSICÓTICOS 
 
CLASSIFICAÇÃO: 
 TÍPICOS 
o Baixa potência – Clorpromazina, Levomepromazina, Tioridazina 
o Alta potência - Periciazina, Haloperidol, Flufenazina, Pimozida 
 ATÍPICOS 
o Quetiapina, Risperidona, Olanzapina, Aripiprazol, Ziprasidona, Clozapina, Amisulprida, Paliperidona 
 
ANTIPSICÓTICOS TRADICIONAIS 
 
Efeitos agudos: Tranquilização. Controle de agitação psicomotora / agressividade 
 
Ao longo de dias/semanas: Redução de sintomas positivos (alucinações, delírios e confusão mental) 
 
A médio/longo prazo: Prevenção de recaídas 
 
Psicose autoscópica 
Psicose de motilidade 
Psicose pós-parto 
 
#KetResumos 
 
32 
 
NEUROLÉPTICOS: MECANISMO DE AÇÃO BÁSICO 
 
 
 
Bloqueio de receptores D2EFEITOS COLATERAIS MOTORES DOS NEUROLÉPTICOS (BLOQUEIO D2 ESTRIATAL) 
 
Precoces – EEPs: 
 Parkinsonismo 
 Acatisia - impossibilidade de se sentar ou de permanecer sentado 
 Distonia aguda - distúrbios neurológicos dos movimentos caracterizado por contrações 
involuntárias e espasmos. Pode ser no corpo todo ou de uma parte ou segmento. 
 
Cronicamente: 
 Discinesia tardia - A discinesia tardia é caracterizada por movimentos repetitivos, involuntários e não-intencionais. As 
características deste distúrbio podem incluir protrusão da língua, morder lábios e piscagem rápida dos olhos. Movimentos 
rápidos das extremidades também podem ocorrer. Também podem ocorrer prejuízo no movimento dos dedos da mão. 
 
PROBLEMAS ASSOCIADOS AO TRATAMENTO ANTIPSICÓTICO CONVENCIONAL 
 
1. Efeitos colaterais (EEPs e outros) 
2. Sintomas negativos têm resposta pobre e podem até ser agravados 
3. Há refratariedade (sintomas positivos) em até 30% dos casos 
 
Advento dos antipsicóticos atípicos 
 
HALOPERIDOL 1mg, 5mg, 5mg/ml, 50mg/ml 
Haldol® 
CLORPROMAZINA 25mg e 100mg 
Amplictil® 
Efeito antipsicótico geralmente a partir de 2,5mg; 
Dose média na fase aguda 10/15mg ao dia; 
Manutenção = 5/10mg; 
2mg Haloperidol = 100mg Clorpromazina; 
Em gestantes e lactantes se benefício superior ao risco. 
 
O primeiro antipsicótico; 
Necessita de altas doses para alcançar o efeito; 
Dose varia entre 50 a 1200mg/ dia; 
Dose média de 400 a 800mg; 
Devido a sedação deve ser dividida em 3 tomadas; 
Fase de manutenção e evitar recaídas doses acima de 150mg. 
 
LEVOMEPROMAZINA 25mg, 100mg e gotas 4mg/mL 
Levozine, Neozine® 
RISPERIDONA 1mg, 2mg e 3mg e 1mg/mL 
Respidon, Riss e Zargus® 
Distribuição no SNC é lenta, efeito de 6s a 6m; 
Melhor usado na sedação de pacientes psicóticos e agitados; 
Dose média de 400 a 600mg. 
 
Menos efeitos colaterais que os típicos e entre outros atípicos; 
Dose inicial de 2mg/ dia; 
Dose eficaz média entre 4 a 6mg; 
Doses acima de 10mg pouco eficazes. 
Boa escolha em idosos ou crianças. 
 
 
ABORDAGEM FAMILIAR 
Estratégias de educação / orientação para: 
 Diminuir índices de fatores estressantes 
 Como lidar com baixa aderência 
 Diminuição do estigma 
 Melhora na comunicação e apoio 
 Resolução de problemas do dia-a-dia 
 Diminuição de expectativas sobre o paciente 
 Esclarecimento sobre pródromos, sintomas agudos e crônicos, curso e tratamento da doença 
 
ABORDAGENS PSICOSOCIAIS 
Psicoterapias (não-interpretativas): 
 Educação sobre doença e farmacoterapia 
 Foco em problemas do dia-a-dia. 
 
OUTRAS ABORDAGENS 
 Reabilitação ocupacional e social 
 Treinamento de habilidades sociais 
 Abordagens cognitivo-comportamentais 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Espasmo
#KetResumos 
 
33 
 
ASSISTÊNCIA AOS IDOSOS DE ALTA DEPENDÊNCIA 
Dr. Heitor Spagnol dos Santos 
 
INTRODUÇÃO 
 
São aqueles que necessitam de ajuda para realizar todas as AVDs. (6% da população geriátrica). Podem ser avaliadas mediante o 
uso da Escala de Katz: 3 ou menos pontos = dependência importante 
 
CARACTERÍSTICAS COMUNS: 
 
 Portadores de doenças crônicas avançadas 
 Restritos ao leito 
 Grave disfunção cognitiva 
 Com síndrome de imobilismo 
 Com SNE ou gastrostomia 
 
TRAÇAR O OBJETIVO 
 
Deve-se estabelecer o objetivo da intervenção: 
 Sistema de auxilio compensatório 
 Prevenção de complicações 
 
ASPECTOS ESPECÍFICOS DA ASSISTÊNCIA AO IDOSO DE ALTA DEPENDÊNCIA 
 
 Avaliação da dor; 
 Compensação do déficit de auto-cuidado; 
 Ações contra o risco de infecção e de lesão de pele; 
 Tratamento precoce dessas lesões
 
RISCO DE INFECÇÃO 
 
 Higiene íntimas após eliminação 
 Troca frequente de fraldas 
 Higiene oral e aspiração 
 Decúbito a 30 graus 
 Cuidados na administração de dieta enteral 
 Técnica de punção venosa 
 
RISCO E INTEGRIDADE DA PELE PREJUDICADA 
 
LESÃO POR FRICÇÃO 
 
Epiderme separa-se da derme ou ambas se separam por fricção ou cisalhamento. 
Consequências: dor, infecção e alteração da auto-imagem 
 
 
 
FATORES ETIOLÓGICOS 
 
 Idade > 85 anos 
 Raça branca, 
 Pele seca, 
 Quedas e batidas 
 Ingestão nutricional inadequada 
 Remoção de adesivos 
 Pequenos movimentos ou toques podem resultar em danos à pele –a pele “rasga” 
 
PREVENÇÃO 
 
Utilizar sabonete neutro, água morna e não friccionar (não esfregar) a pele 
Aplicar, sem massagear, creme umectante (hidratante) com nutrientes especiais em todo corpo duas vezes ao dia (não aplicar nas 
lesões) 
Introduzir uma dieta balanceada pessoas com pele muito frágil é recomendável o banho a cada dois dias, procedendo a higiene 
íntima diária. 
 
TRATAMENTO 
 
ALGINATOS DE CÁLCIO: As fibras de alginato promovem a hemostasia, através da estimulação da atividade plaquetária. 
 
CURATIVOS NÃO ADERENTES: Evitam a aderência e sangramento, estimulam a granulação. 
 
#KetResumos 
 
34 
 
ÚLCERAS POR PRESSÃO 
 
“Área localizada de morte celular, que se desenvolve quando um tecido mole é comprimido entre uma proeminência óssea e uma 
superfície dura, por um prolongado período de tempo” 
 
FATORES DE RISCO 
 
 AUMENTO DA PRESSÃO 
o Pressão > que a pressão de fechamento capilar (32mmHg) PROVA 
o Colabamento dos vasos + edema 
 
 ↓ DA TOLERÊNCIA TISSULAR 
o Fricção 
o Umidade 
o Cisalhamento 
 
 AUMENTO DA IDADE X ULCERA DE PRESSÃO 
o MUDANÇAS: 
 ↓ do nível sérico da albumina e da resposta inflamatória 
 ↓ da coesão entre epiderme e derme 
 ↓ da produção das glândulas sebáceas e sudoríparas 
 ↓ as fibras elásticas ficam porosas e menos flexível 
o RESULTADOS: 
 Maior suscetibilidade às agressões (pressão) 
 Diminuição da tolerância tissular 
 
INCIDÊNCIA DE ULCERA POR PRESSÃO EM IDOSOS HOSPITALIZADOS 
 
Estudos internacionais mostram índices de 0,4 a 38% em unidades de pacientes agudos 
Estudo nacional sobre a prevalência e a incidência de úlcera de pressão num hospital universitário em 2002, mostrou um índice 
de 39,81%, com a média de idade 70,3 anos 
*Ocorrência de Ulcera por pressão em Idosos Hospitalizados: sete (16,7%) 
 
 
 
 
#KetResumos 
 
35 
 
POLÍTICAS DE PREVENÇÃO 
 
 
LEVANTAMENTO DO RISCO DE ÚLCERA DE PRESSÃO 
 
ESCALA DE BRADEN (ÚLCERA DE PRESSÃO), adaptada para o Português. PROVA 
Quanto menor a pontuação pior! 
 
 
 
SUPLEMENTAÇÃO NUTRICIONAL 
 
Oferecer SUPLEMENTOS ORAIS OU POR SONDAS com alta concentração de proteínas a pacientes com risco nutricional e risco de 
Ulcera de Pressão devido a doenças crônicas ou após intervenções cirúrgicas (Força da Evidência =A). 
 
Idoso = 20 a 30 Kcal/Kg/Dia 
 
Proteína = 1,2 a 1,5g/Kg/Dia 
 
REDUÇÃO DE CARGA MECÂNICA 
 
Nível A de evidência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
#KetResumos 
 
36 
 
REPOSICIONAMENTO 
 
Evitar posicionar o indivíduo em contato direto com dispositivos médicos tais como tubos e sistemas de drenagem. (Força da 
evidencia =C). 
 
SUPORTE DE SUPERFÍCIE 
 
COLCHÃO PIRAMIDAL (Usar esse termo na prova) = Colchão 
caixa de ovo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MELHORAR A TOLERÂNCIA TISSULAR - NÍVEL B 
 
NÃO utilizar massagem na prevenção de úlceras de pressão (Força da Evidência =B). 
USAR emolientes para hidratar a pele seca, a fim de reduzir o risco de dano da pele. (Força da Evidência =B) 
 
TRATAMENTO DAS FERIDAS 
 
ASPECTOS FUNDAMENTAIS 
 Avaliação global 
 Avaliação da ferida 
 Recursos disponíveis 
 
TRATAMENTO TÓPICO 
 Proteger a ferida, 
 Ser bio-compatível 
 Fornecer uma hidratação ideal (manter o tecido da úlcera úmido e a pele ao seu redor intacta e seca). 
 
CONTROLE DO SANGRAMENTO 
 
ALGINATOS DE CÁLCIO: As fibras de alginato promovem a hemostasia, através da estimulação da atividade plaquetária. 
CURATIVOS NÃO ADERENTES: Evitam a aderência e sangramento 
 
DESBRIDAMENTO AUTOLÍTICO: 
 
HIDROGEL: Hiperhidratação e indolor 
ALGINATO: absorvente, reduz edema, promove meio úmido 
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AÇÃO DA PAPAÍNA 
 
 DESBRIDANTE QUÍMICO: 
 Liquefaz o tecido necrótico 
 Tem ação seletiva 
 ANTIFLAMATÓRIO 
 Reduz o edema 
 Acelera a fase inflamatória 
 CICATRIZANTE 
 Estimulaa epitelização 
 LESÃO DIABÉTICA: 
o PAPAÍNA de 8% 
o ANTIFLAMATÓRIO /BACTERICIDA E BACTERIOSTÁTICA 
 
ABSORÇÃO DE EXSUDATOS 
 
ESPUMA: Considere o uso de curativos de prata para úlceras de pressão que estão infectadas ou fortemente colonizado. (Nível de 
Evidência = B) 
 
 
 
CONCLUSÃO 
 
Prevenção e tratamento precoce é o melhor caminho para melhora da qualidade de vida. 
A assistência multidisciplinar é imprescindível para alcançar esse objetivo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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EMERGÊNCIA EM CUIDADOS PALIATIVOS 
Dr. Heitor Spagnol dos Santos 
 
SÍNDROME DE COMPRESSÃO MEDULAR 
 
3 a 5% dos pacientes com câncer; 
Alta frequência relacionada à Mieloma Múltiplo e neoplasias de mama, pulmão e próstata; 
Sítio de maior incidência > tórax > T5 
Compressão de mais de um nível ocorre em mais de 20% dos casos; 
Compressão medular maligna ocorre por invasão direta do tumor primário ou por suas metástases. 
 
SINAIS E SINTOMAS 
 
1 - DOR 
- Sintoma mais frequente e está presente em mais de 90% dos casos; 
- Antecede a disfunção neurológica; 
- Progressiva; localizada no nível da lesão medular; 
- Piora com a manobra de Valsalva e com o movimento; 
 
2 - FRAQUEZA 
- Ocorre em 75% dos casos; 
- Gradualmente ou de forma aguda (Falência vascular grave); 
- Prejuízo à deambulação > Flacidez > Arreflexia > Plegia em flexão; 
 
3 - INCONTINÊNCIA 
- Sinais de última etapa da síndrome. 
 
SÍTIOS DE COMPRESSÃO 
 
- Torácica (70%), Lombossacra (20%) e Cervical (10%) 
- Lesões acima ou abaixo de L1 
 
PROVA Lesão de neurônio motor superior Lesão de Neurônio motor Inferior 
FORÇA Reduzida/Ausente Reduzida/Ausente 
TÔNUS Aumentado Diminuído 
SENSAÇÃO Perda sensorial Perda sensorial 
REFLEXOS Aumentados Diminuídos 
Ausentes 
 
DIAGNÓSTICO 
 
 História e achados clínicos 
 Rx simples de coluna vertebral (Boa sensibilidade) 
 RNM COM contraste – Pedir RNM de toda a coluna, mesmo que a dor seja 
apenas em 1 ponto, pois 20% dos casos apresentam mais de 1 lesão. 
 
TRATAMENTO 
 
 Dexametasona 16mg/dia em bolus com doses via oral após 48h + IBPs. 
o Dexametasona é a droga de escolha pois pode ser feita subcutânea. 
 Radioterapia quando precocemente realizada; 
 Cirurgia descompressiva 
 
SÍNDROME DA VEIA CAVA SUPERIOR 
 
Obstrução do fluxo sanguíneo através da Veia cava Superior em direção ao átrio direito. 
- Compressão extrínseca do vaso, invasão tumoral, trombose; 
- Carcinoma brônquico (75%) e linfomas (15%). 
 
SINAIS E SINTOMAS 
 
 Edemas de face e membro superior 
 Dilatação das veias cervicais; 
 Cianose e Pletora facial 
 Edema conjuntival 
 Síndrome de Horner (Ptose, miose e Anidrose Unilateral da Face) 
 Dispnéia, Tosse e Dor torácica 
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TRATAMENTO 
 
1 - Medidas Gerais: Elevação da cabeça, repouso, controle da dispneia com uso de opióides e uso de corticoesteróides 
(principalmente se linfoma) 
 
2 - Diuréticos (Furosemida): Atenção quanto à diminuição da pré-carga 
 
3 - Quimioterapia para tumores de pulmão de pequenas células e Linfomas. Radioterapia para os outros tumores; 
 
4 - Stents endovasculares > Tratamento definitivo 
 
 
 
HEMORRAGIAS 
 
Exige grande equilíbrio emocional, decisões rápidas e posturas assertivas 
Hemorragia oculta é mais frequente que externa; 
Maioria dos sangramentos ocorre por invasão tumoral, destruição tecidual e inflamação causada pelo câncer (cabeça e pescoço, 
bexiga, vagina e pulmão); 
CAUSAS SISTÊMICAS: insuficiência hepática, infiltração medular levando à trombocitopenia e coagulação intravascular 
disseminada. 
 
TRATAMENTOS ONCOLÓGICOS ASSOCIADOS ÀS HEMORRAGIAS: 
 
- Cistite hemorrágica: Ciclofosfamida e Ifosfamida; 
- Cistite actínica: RxT em baixo ventre > Telangiectasias; 
 
QUADRO CLÍNICO 
 
Petéquias podem ser sinal de alerta; 
Desde pequenos sangramentos a volumosas hematêmeses, hemoptises, hematúrias, epistaxe e melenas. 
 
TRATAMENTO 
 
Manter a calma é fundamental!!!! 
Identificar a causa do sangramento; 
Suspensão do tratamento que pode estar causando sangramento; 
Usar lençóis e campos escuros < menor impacto ao paciente e familiares 
 
 
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TRATAMENTO LOCAL 
 
- Tamponamento com pressão local ou com solução de epinefrina em superfícies cruentas ou em nariz, vagina ou reto; 
- Curativos hemostáticos (Nitrato de prata) 
- Sonda vesical de demora com irrigação vesical contínua. 
 
TRATAMENTO SISTÊMICO 
 
Reposição volêmica --- CUIDADO!!!! 
Vitamina K (10mg/dia por 3 dias): pacientes em uso de anticoagulantes, insuficiência hepática, obstrução de vias biliares e em 
deficiências nutricionais. Deve ser administrada por via oral, endovenosa NÃO. 
*** Fatores 2+7=9+1=10 
Agentes antifibrinolíticos: Ácido tranexâmico e Ácido aminocaproico (Início da ação é em dois dias e deve ser mantido por até 7 
dias após cessado o sangramento. 
Plaquetas e hemácias: Individualizar. 
Plasma fresco e Crioprecipitado: Geralmente contraindicados na insuficiência hepática 
 
RADIOTERAPIA HEMOSTÁTICA 
 
- Hemoptise, hematúria, sangramento vaginal e retal 
- Contra-indicada em tumores de cabeça e pescoço 
 
RADIOLOGIA INTERVENCIONISTA 
- Embolização arterial de tumores sangrantes 
 
CIRURGIA 
 
- Ligaduras de vasos sangrantes, particularmente em tumores de cabeça e pescoço. 
* Sedação Paliativa!!!! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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AVALIAÇÃO GERIÁTRICA DOS DISTÚRBIOS SENSORIAIS 
Dr. Heitor Spagnol dos Santos 
 
CASO CLÍNICO 
 
D. Lorena, 70 anos, branca, brasileira, natural de São Paulo, costureira aposentada, viúva, evangélica. 
Queixa Principal: esquecimento há 1 ano. 
H.M.A: Há 1 ano dificuldade para se lembrar de informações recentes, “esquecendo-se” de recados 
habituais e assuntos comentados no dia-a-dia 
Ao entrevistar a paciente, há grande dificuldade de compreensão, com necessidade de frequentes 
repetições. A filha tenta assumir o papel de interlocutora, repetindo em voz alta, no ouvido da mãe, as 
perguntas já feitas. Diz já ter procurado tratamento médico, tendo sido proposto aparelho auditivo 
unilateral, que tentou utilizar, “mas não deu certo”. 
 
Há 1 ano a visão de ambos os olhos está embaçada e “vê os outros como se fossem um vulto”, o que a deixa confusa. Evita olhar 
para a televisão porque não vê as imagens com nitidez e o jornal também não lê, porque as letras parecem muito embaralhadas. 
Está aborrecida porque não consegue ler nem a Bíblia. Sente vontade de chorar e não dorme bem à noite; acorda de madrugada 
pensando que dá muito trabalho aos filhos. Há 6 meses uma amiga notou que andava esquecida, não se recordava do nome de 
algumas vizinhas e fazia confusão com data e horários. Perdeu peso nos últimos 3 meses; pesava 65 kg e agora 60 kg. Diz que a 
comida não tem cheiro nem sabor; já comeu comida estragada uma vez sem perceber direito. Sente muito gosto metálico na boca. 
A filha diz que há 1 mês seus hábitos de higiene mudaram, porque as roupas que veste estão sempre com mau cheiro. Mora com 
uma filha, que passa grande parte do dia fora de casa, trabalhando. Não tem irmãos. Seus pais morreram “de velhice”. Nega 
etilismo e tabagismo. 
 
O que está acontecendo? 
Perdas sensoriais normais da idade? 
Depressão? 
Demência? 
 
INTRODUÇÃO 
 
Sistemas sensoriais → Contato com o ambiente 
Importância da consistência do ambiente para o idoso 
Impacto na qualidade de vida 
Isolamento / Depressão / Dependência 
Perda de aferências que comprometem a cognição 
 Visão 
 Audição 
 Olfato 
 Paladar 
 Tato → equilíbrio / estabilidade da marcha 
 
VISÃO 
 
↓ 20% da visão > 85 anos 
 
CAUSAS: 
 
# 1ª Degeneração macular da retina (escotomas centrais) – PROVA Principal causa de diminuição da visão. Associado a HAS mal 
controlada (principal fator de risco). 
# 2ª Retinopatia Diabética (hemorragias) 
# 3ª Catarata (opacificação) 
 
 Glaucoma (pressão intraocular e perda da visão periférica) 
 Presbiopia (acomodação do cristalino) – Processo natural do envelhecimento.

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