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Câncer

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CURSO: BIOMEDICINA 
3° Semestre Noturno
DISCIPLINA: Ciências Morfofuncionais dos Sistemas Imune e Hematológico
O CÂNCER
Aluno:
Luís Felipe Falcão Ferreira 
PROFESSOR (A): 
Pedro
Brasília/DF
2018
RESUMO
O presente trabalho objetiva analisar o câncer e suas principais características, tema de grande relevância atualmente para a sociedade, pois se trata de uma série de cerca de cem doenças que atingem milhões de pessoas pelo mundo. Para tanto, será realizada uma pesquisa bibliográfica em material já publicado por autores renomados acerca do assunto. O estudo divide-se em capítulos onde mostraremos os tipos de câncer, abordaremos as características celulares e teciduais de cada tipo, o diagnóstico e os muitos tipos de tratamento. Por fim, trataremos das formas de prevenção, que se constitui na melhor estratégia para evitar a doença.
Palavras-chave: Câncer; Tipos de Câncer; Diagnóstico; Tratamento; Prevenção.
ABSTRACT
The present study aims to analyze cancer and its main characteristics, a subject of great importance for society today, since it is a set of about a hundred diseases that affect millions of people around the world. To do so, a bibliographic research will be carried out on material already published by renowned authors about the subject. The study is divided into chapters where we will show the types of cancer, we will discuss the cellular and tissue characteristics of each type, the diagnosis and the different types of treatment. Finally, we will deal with prevention, which is the best strategy to avoid the disease.
Keywords: Cancer; Types of Cancer; Diagnosis; Treatment; Prevention.
1 INTRODUÇÃO
	O Câncer pode ser definido como uma série de, aproximadamente, cerca de 100 doenças que se caracterizam pelo desenvolvimento de maneira desordenada de células capazes de alastrar-se entre os tecidos e órgãos próximos às estruturas comprometidas inicialmente no organismo humano. 
Considera-se uma questão de saúde pública encarada pelo sistema de saúde brasileiro por conta da sua magnitude social, epidemiológica e econômica. A ocorrência progressiva de casos de neoplasia tem acarretado mudanças no aspecto epidemiológico da população, tanto pela elevação da exposição aos fatores de riscos cancerígenos, tanto pelo envelhecimento da população, devido ao aperfeiçoamento dos métodos de diagnóstico, e também pelo acréscimo dos óbitos por câncer.
 Pesquisas indicam que um fator fundamental para um bom prognóstico do câncer está no diagnóstico apropriado e o mais prematuro possível, visto que a descoberta da doença em sua fase inicial permite uma maior probabilidade de cura.
Assim, o recebimento de um diagnóstico de câncer desperta inúmeras emoções, aflições e fragilidades nos pacientes e nos familiares devido a realidade estabelecida, ou seja, todos são afetados pela convivência com uma doença grave e com as alterações na vida pessoal e profissional que ela provoca.
 Igualmente, o tratamento oncológico também acarreta consequências pessoais. Estudos realizados com pacientes de quimioterapia revelam que a doença modificou suas vidas quando estavam em tratamento quimioterápico. Os dados demonstraram que a enfermidade trouxe sofrimento e alterações de vida do indivíduo, decorrentes da estigmatização da doença, como também causou mudanças corporais, espirituais e sociais, sobretudo quando o diagnóstico foi recebido.
 As mudanças sofridas podem permanecer ao longo de todo o tratamento, pois ele é caracterizado por efeitos colaterais intensos, trazendo grande resistência pelo paciente em aderir à terapia indicada. Assim, em face da amplitude dos métodos necessários para diagnosticar e tratar os pacientes com câncer, destaca-se a relevância da interação das distintas fases de atenção do sistema de saúde público, como a atenção básica, a atenção especializada de média e a de alta complexidade, analisando o acesso e a resolutividade no acolhimento a esse grupo característico de pessoas.
Diante das informações acima expostas e da relevância do tema, para atingir os objetivos do presente estudo será realizada uma pesquisa bibliográfica em material já publicado acerca do assunto.
 Segundo Fonseca (2002) a pesquisa bibliográfica é feita a partir do levantamento de referências teóricas já analisadas, e publicadas por meios escritos e eletrônicos, como livros, artigos científicos, páginas de web sites.
O objetivo geral é:
- Analisar o câncer e suas principais características.
E os objetivos específicos:
- Mostrar os tipos de câncer;
- Abordar as características celulares e teciduais de cada tipo;
- O diagnóstico, tratamento e reincidência da doença.
2 DESENVOLVIMENTO
2.1 Conceito e características do câncer
	Segundo Medronho (2008), em termos etimológicos, a palavra câncer é originaria do idioma grego karkínos, ou caranguejo. Atribui-se o primeiro registro de sua utilização ao médico e filósofo grego Hipócrates (460 e 377 a.C), conhecido como o pai da medicina.
Figura 1: Hipócrates Fonte: INCA
 	Ainda segundo o autor, o câncer não é uma enfermidade recente, pois a história apresenta ocorrências de sua manifestação em múmias egípcias demonstrando que ela já afetava o ser humano a cerca de 3 mil anos antes de Cristo. 
Figura 2 Evidências de câncer em múmias Fonte: INCA
	Nos dias de hoje, o termo câncer identifica de forma geral uma série de mais de 100 doenças, que apresentam como característica comum o crescimento desordenado de células, as quais invadem tecidos e órgãos subjacentes.
	Conforme descreve Szklo (2004):
As células normais que compõem os tecidos do corpo humano têm a propriedade de se multiplicar através de um processo sucessivo feito de maneira natural. A maioria das células apresenta um ciclo de vida normal, crescem, multiplicam-se e morrem em um processo ordenado, entretanto, nem todas são iguais: outras jamais se dividem, como os neurônios; outras, como as células do tecido epitelial, dividem-se de maneira rápida e sucessiva. Assim, o desenvolvimento celular não sugere essencialmente presença de malignidade, podendo ser basicamente uma resposta às necessidades características do corpo.
	Assim, o desenvolvimento das células cancerosas não é igual ao que se observa nas células normais, pois as cancerosas não morrem e continuam crescendo sem controle gerando outras células anormais. 
Inúmeros seres vivos podem mostrar ao longo da vida anomalias no desenvolvimento das células, ou seja, se dividindo rápida, agressiva e incontrolavelmente e espalhando-se até outras partes do corpo, trazendo desordens funcionais. O câncer é uma dessas desordens.
Segundo Kumar (2015):
a propagação das células pode ser controlada, quando há aumento localizado e autolimitado do número de células de tecidos normais que constituem o organismo, como a hiperplasia, a metaplasia e a displasia. O crescimento não controlado acontece quando uma massa anormal de tecido continua se desenvolvendo após o término dos estímulos que o provocaram. 
Figura 3: Tipos de crescimento celular Fonte: INCA
Assim, as neoplasias, câncer in situ e câncer invasivo, formam esse tipo não controlado de crescimento das células e são chamadas popularmente de tumores. Elas podem ser malignas ou benignas e o câncer é uma neoplasia maligna.
Figura 4: Diferenças entre tipos de tumores Fonte: INCA
No quadro abaixo são demonstradas as principais diferenças entre os tumores malignos e benignos:
	Ainda segundo Kumar (2015) neoplasias benignas e tumores benignos apresentam crescimento organizado, lento, expansivo e limites bem nítidos, não invadem os tecidos vizinhos, mas podem esmagar órgãos e tecidos adjacentes. São exemplos deles o lipoma, o mioma e o adenoma.
 	Prossegue o autor completando que neoplasias malignas e tumores malignos revelam maior grau de autonomia e tem capacidade de se alojar em tecidos vizinhos provocando metástases, tornando-se resistentes ao tratamento e causando a morte do paciente.
	Conforme Medronho (2008):
o câncer não invasivo ou carcinoma in situ constitui-se na primeira fase de classificaçãoda doença, a exceção daqueles ligados ao sistema sanguíneo, e não se alastraram para outras partes do órgão, sendo a maioria parte curável se tratada antes da progressão para a fase de câncer invasivo. No câncer invasivo, acontece a invasão de outras camadas celulares do órgão pelas células cancerosas, que chegam à corrente sanguínea ou linfática e são capazes de se espalhar por outras regiões do corpo. Tal propriedade invasiva e de disseminação pelo organismo, é a principal característica do câncer. Os novos focos de doença são chamados de metástases.
Figura 5: Metástase Fonte: INCA
Szklo (2004) esclarece que o câncer se forma quando uma célula normal passa por uma transformação genética, isto é, quando é alterado o ácido desoxirribonucleico (DNA) dos genes, passando a receber comandos erradas para as suas atividades. Esse processo denomina-se carcinogênese ou oncogênese e pode demorar muitos anos para que uma célula com câncer se desenvolva e origine um tumor perceptível e compõe-se de três estágios:
- Estágio Inicial: os genes sofrem ação dos agentes cancerígenos;
- Estágio de promoção: os agentes oncopromotores agem na célula já alterada;
- Estágio de progressão: multiplicação sem controle e irreversível da célula.
Como se sabe, são vários os agentes infecciosos no ambiente a nossa volta, que podem causar doenças e até a morte caso não sejam detidos pelas defesas naturais do nosso organismo. 
Conforme Junqueira & Carneiro (2009) o sistema imunológico ou sistema imune compõe-se de diversas estruturas, como os tecidos linfóides (medula óssea, timo, linfonodos, baço) e células livres no sangue (granulócitos, linfócitos e fagócitos), capazes de responder aos microorganismos de inúmeras maneiras para proteger o organismo de ameaças, sendo o câncer uma delas.
São dois os tipos de respostas imunes: a resposta imune inata e resposta imune adaptativa cuja função é reconhecer e eliminar o patógeno (agente biológico causador de doenças).
Sobre os sinais e os sintomas do câncer, Kumar (2015) conta que eles são variados ou podem nunca surgir. Como exemplos em alguns pacientes, podem acontecer inchaços anormais, febres sem explicação, sudorese durante a noite ou perda de peso involuntária.
Os sintomas mais comuns, de acordo com o tipo de câncer são:
- No câncer de mama: nódulo na mama, secreção com sangue pelo mamilo e mudanças no tamanho;
- No câncer de próstata: basicamente surge dificuldade ao urinar, porém, às é assintomático;
- No câncer de pulmão: tosse, às vezes acompanhada de sangue, dor no peito, sibilo e perda de peso;
- No câncer colorretal: os sintomas dependem do tamanho e da sua localização. Os pacientes podem apresentar dores locais, no abdômen, na pélvis ou no reto.
Medronho (2008) esclarece que o câncer é uma patologia que apresenta localizações e feições clínico-patológicos diversas e não possuindo sintomas ou sinais patognomônicos, podendo ser descoberto em várias fases de evolução histopatológica e clínica. Por isso, a dificuldade do seu diagnóstico e a afirmação de que a suspeição de câncer pode aparecer diante dos sintomas mais variados.
Continua o autor ressaltando que o paciente não procura um médico especialista por não ter conhecimento da natureza da enfermidade que o acomete. Conforme dados do INCA, setenta por cento dos diagnósticos de câncer são realizados por médicos não especialistas, o que demonstra a importância destes profissionais no controle da doença.
Para chegar a um diagnóstico serão muitas etapas durante as quais o médico procederá a uma análise minuciosa, baseada, sobretudo, em conhecimento do caso e da patologia, vendo o paciente de forma geral e não se limitando ao sistema-alvo da sua especialidade. Durante o procedimento serão tomadas inúmeras decisões, que surtirão efeitos na sobrevida do paciente como também na sua qualidade de vida. 
2.2 Tipos de câncer
	Conforme informações atuais do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva – INCA, o câncer pode atingir qualquer parte do corpo, porém alguns órgãos são mais acometidos que outros, e cada órgão pode ser atacado por diferentes tipos com distintos graus de agressividade.
- Câncer de Pele Melanoma: tem origem nos melanócitos (células produtoras de melanina, substância que origina a cor da pele) e predomina em adultos de cor branca. Embora seja o mais reiterado no Brasil e corresponda a 30% dos tumores malignos registrados no País, o melanoma representa 3% das neoplasias malignas do órgão, mesmo sendo o mais perigoso por conta da alta probabilidade de metástase. Seu prognóstico pode ser considerado bom, se descoberto nos estádios iniciais. A cirurgia é o tratamento mais indicado. A radioterapia e a quimioterapia também podem ser utilizadas dependendo do estágio do câncer. Quando há metástase, o melanoma é incurável na maioria dos casos. A estratégia de tratamento para a doença avançada deve ter como objetivo aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente.
Figura 6: Melanoma Fonte: INCA
- Câncer de Pele Não Melanoma: proporciona altos percentuais de cura quando detectado precocemente. Mais ocorrente entre os tumores de pele e com mais baixa mortalidade. Mais presente em pessoas acima de 40 anos, raro em crianças e negros, exceção aos acometidos de doenças cutâneas anteriores, pessoas de pele clara, sensível à ação dos raios solares, ou com doenças cutâneas prévias. Pode mostrar-se através de diferentes tipos tumores, sendo os mais frequentes o carcinoma basocelular, mais agressivo, e o carcinoma epidermoide. A cirurgia é o tratamento mais indicado nos dois casos. Todavia, o carcinoma basocelular de pequena extensão pode ser tratado com medicamento tópico (pomada) ou radioterapia. Já o carcinoma epidermoide, o tratamento usual combina cirurgia e radioterapia.
Figura 7: Não melanoma Fonte: INCA
- Câncer de Pulmão: mais comum entre os tumores malignos. Em 90% dos casos diagnosticados, ele está ligado ao consumo de derivados de tabaco. Extremamente fatal, a sobrevida média cumulativa total em cinco anos varia entre 13 e 21% em países desenvolvidos e entre 7 e 10% nos países em desenvolvimento. O tratamento pode ser feito com cirurgia, quimioterapia, radioterapia ou terapêutica fotodinâmica e as probabilidades de cura são maiores quando diagnosticado precocemente.
Figura 8: Câncer de pulmão Fonte: INCA
- Câncer de Mama: tipo mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil, depois do de pele não melanoma, respondendo por cerca de 28% dos casos novos a cada ano. Também acomete homens, porém é raro, representando apenas 1% do total de casos da doença. Raro antes dos 35 anos, acima desta idade sua incidência cresce progressivamente, sobretudo após os 50 anos. Existem vários tipos de câncer de mama, alguns evoluem de forma rápida, outros, não. A maioria dos casos tem bom prognóstico. O tratamento depende da fase do câncer. Pode envolver quimioterapia, radioterapia e cirurgia.
Figura 9: Câncer de mama Fonte: INCA
- Câncer de Próstata: a próstata é uma glândula exclusiva do sexo masculino localizada na parte baixa do abdômen. No Brasil, é o segundo mais comum entre o público masculino, superado apenas pelo câncer de pele não-melanoma. Considerado um câncer da terceira idade, visto que cerca de três quartos dos casos no mundo acontecem a partir dos 65 anos. Alguns desses tumores podem crescer de forma veloz, alastrando-se para outros órgãos e podendo levar a óbito. A grande maioria, entretanto, cresce de maneira muito lenta (leva cerca de 15 anos para atingir 1 cm³) que não chega a dar sinais durante a vida e nem a ameaçar a saúde do homem. Para doença localizada, cirurgia, radioterapia e até mesmo observação vigilante (em situações especiais) podem ser administradas. Para doença localmente avançada, radioterapia ou cirurgia em combinação com tratamento hormonal tem sido empregados. Para doença metastática (quando o tumor original já se espalhou para outras partes do corpo), o tratamento de eleição é a terapia hormonal. A escolha do tratamento mais apropriado deve ser particularizada e determinadaapós debater os riscos e benefícios do tratamento com o médico.
Figura 10: Câncer de próstata Fonte: INCA
- Câncer do Trato Gastrointestinal (TGI): tumores que atingem qualquer parte do trato gastrointestinal, do esôfago ao ânus, mas geralmente, aparecem nas células glandulares que revestem a maior parte do trato gastrointestinal (GI). São denominados adenocarcinomas. Eles começam em diferentes tipos de células e são diferentes em relação ao tratamento e prognóstico. O tratamento para tumores gastrointestinais depende do tamanho do tumor, localização, se existe disseminação da doença e rapidez com que se desenvolve (taxa mitótica). A cirurgia é o principal tratamento para a maioria dos tumores pequenos. A necessidade de um tratamento posterior depende do risco da reincidência após a cirurgia. Para os tumores pequenos que não estão crescendo rapidamente, com baixo risco de reincidência, muitas vezes não é necessário mais tratamento. Os tumores maiores ou localizados em áreas de difícil acesso para ser completamente removidos podem exigir uma cirurgia mais extensa, o que poderia causar outros problemas de saúde mais tarde.
Figura 11: TGI Fonte: INCA
- Câncer de Colo do Útero: também chamado de cervical, tem por causa a infecção persistente por alguns tipos de vírus, chamados oncogênicos, do Papilomavírus Humano - HPV. A infecção genital por este vírus é muito frequente e não causa doença na maioria das vezes. Entretanto, em alguns casos, podem ocorrer alterações celulares que poderão evoluir para o câncer, Estas alterações das células são descobertas facilmente no exame preventivo, Papanicolaou, e são curáveis na quase totalidade dos casos. Por isso é importante a realização periódica deste exame. O tratamento para cada caso deve ser avaliado e orientado pelo médico. Entre os tratamentos mais comuns estão a cirurgia e a radioterapia. O tipo de tratamento dependerá do estadiamento da doença, tamanho do tumor e fatores pessoais, como idade e desejo de ter filhos.
Figura 12: Câncer de colo do útero Fonte: INCA
- Câncer de Boca: afeta lábios e o interior da cavidade oral. Dentro da boca devem ser observados gengivas, mucosa jugal (bochechas) palato duro (céu da boca) e língua (principalmente as bordas), assoalho (região embaixo da língua). O câncer do lábio é mais comum em pessoas de pele branca e atinge com mais frequência o lábio inferior. Quando diagnosticado no início e tratado da maneira adequada, a maioria (80%) dos casos desse tipo de câncer tem cura. O tratamento emprega cirurgia e/ou radioterapia. Os dois métodos podem ser usados de forma isolada ou associada. As duas técnicas têm bons resultados nas lesões iniciais e a indicação vai depender da localização do tumor e das alterações funcionais que possam ser provocadas pelo tratamento. As lesões iniciais são aquelas restritas ao local de origem.
Figura 13: Câncer de boca Fonte: INCA
	Um dos maiores temores dos indivíduos que já passaram pela experiência de lidar com o câncer é, seguramente, seu retorno. Segundo Kumar (2015), a recidiva tumoral refere-se à volta ou a recorrência da doença, que pode acontecer após períodos de tempo curtos ou longos depois do paciente ter recebido o tratamento. 
	 O autor completa que quando acontece a recidiva tumoral, em muitas ocorrências as células cancerosas adquiriram resistência e defesa contra as terapias utilizadas anteriormente. Os tipos de câncer apresentam modos distintos de voltar ao organismo, porém, geralmente a recidiva acontece porque as células desprendidas pelo tumor original se alastram pelo corpo e continuaram inativas determinado tempo, até que voltaram a crescer.
	Segundo o INCA, a recidiva classifica-se em locorregional e metastática. Quando há o retorno da doença no mesmo local de origem ou envolvendo linfonodos ou tecidos anexos do primeiro tumor, temos a recidiva locorregional, comumente, curável. Já na disseminação para órgãos ou tecidos afastados do tumor original, ocorre a recidiva metastática à distância, e o tratamento consiste no controle da doença.
3 CONCLUSÃO
	O melhor e mais indicado tratamento contra o câncer é, sem dúvida, a prevenção. Pode-se definir prevenção como a diminuição da mortalidade ocasionada pelo câncer através da redução na sua incidência. Ela pode ser efetivada mediante alterações no modo de vida e pelo tratamento de lesões pré-cancerígenas. 
A descoberta mais valiosa após anos de pesquisas foi a associação do tabaco ao câncer em várias localidades. Outros exemplos de fatores de risco que podem ser modificados para evitar o câncer incluem a ingestão de bebidas alcoólicas, para casos de câncer de boca, esôfago e outros, o sedentarismo, ligado ao risco para o intestino, mama e outros cânceres e a obesidade, atrelado ao risco para o intestino, mama, endométrio, e outros. 
Portanto, adotar medidas como fugir do consumo em demasia do álcool, do sedentarismo, do tabagismo além da manutenção do peso corporal adequado colaboram para a diminuição do risco de muitos tipos de câncer. Algumas outras formas e estilos de vida conhecidos por elevar os riscos de contrair o câncer compreendem determinadas práticas de relação sexual e reprodutiva, a utilização de estrógenos, expor-se à radiação solar sem a devida proteção, uso de certos produtos químicos e agentes infecciosos.
Diversas pesquisas deixam clara a relação da ingestão de alguns alimentos e nutrientes com muitos tipos de câncer. Associa-se o consumo de frutas e vegetais com a diminuição do risco de inúmeros tipos de câncer. Porém, ainda não é conhecido o que elemento característico das frutas e vegetal que pode ser atribuído a essas associações analisadas. Em contrapartida, o consumo de proteína animal, sobretudo carne vermelha, e a ingestão imprópria de ácido fólico, tem sido associados com um maior risco de câncer de intestino.
Dessa forma, após os argumentos expostos e devidamente embasados, concluímos e consideramos atingidos os objetivos do trabalho e, por fim, cabe salientar que o tema não foi esgotado por sua abrangência e importância e que, certamente, deverá ser objeto de pesquisas futuras.
Referências Bibliográficas
BRASIL. INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA – INCA. Disponível em: http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/inca/portal/home. Acesso em: 11 nov. 2018.
FONSECA, J. J. S. Metodologia da pesquisa científica. Fortaleza: UEC, 2002.
JUNQUEIRA, L. C; CARNEIRO, J. Histologia Básica. 9. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009.
MEDRONHO, R. A. et al. Epidemiologia. 2. ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 2008.
Kumar V, Abbas AK, Fausto N. Patologia: bases patológicas das doenças. 7ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier; 2015.
SZKLO, M. História natural das doenças e níveis de aplicação de medidas preventivas. Rio de Janeiro, 2004. Apresentação em Power Point. Disponível em: < http://docplayer.com.br/5436592-Historia-natural-das-doencas-e-niveis-de-aplicacao-de-medidas-preventivas.html>. Acesso em: 12 nov. 2018.

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