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Resumo de D Eleitoral

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Livro Eletrônico
Aula 00
Direito Eleitoral p/ TRE-SP (Analista e Técnico - Vários Cargos) - Com videoaulas
Professor: Ricardo Torques
Direito Eleitoral TRE-SP 
Todos os cargos 
Aula 00 - Prof. Ricardo Torques 
 
 
Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 40 
 
 
AULA 00 
APRESENTAÇÃO DO CURSO 
CRONOGRAMA DE AULA 
INTRODUÇÃO AO DIREITO ELEITORAL 
Sumário 
Direito Eleitoral no concurso do TRE-SP.............................................................................. 2 
Metodologia .................................................................................................................... 2 
Provas anteriores ......................................................................................................... 2 
Conteúdos .................................................................................................................. 2 
Questões de concurso .................................................................................................. 3 
Vídeo aulas ................................................................................................................. 3 
Mudanças da versão 2015 para 2016 ............................................................................. 4 
Apresentação Pessoal ...................................................................................................... 4 
Cronograma de Aulas ...................................................................................................... 5 
1 - Considerações Iniciais ................................................................................................. 6 
2 - Conceito.................................................................................................................... 6 
3 - Disposições Introdutórias do Código Eleitoral ................................................................. 9 
3.1 - Recepção do Código Eleitoral ................................................................................. 9 
3.2 - Organização e Exercício dos Direitos Políticos ........................................................ 10 
3.3 - Princípio Democrático ......................................................................................... 11 
3.4 - Aquisição dos Direitos Políticos e Capacidade Eleitoral............................................. 12 
3.5 - Obrigatoriedade do Voto ..................................................................................... 16 
4 - Questões ................................................................................................................. 21 
4.1 - Questões sem Comentários ................................................................................. 22 
4.2 – Gabarito ........................................................................................................... 25 
4.3 - Questões Comentadas ........................................................................................ 26 
5 - Resumo da Aula ....................................................................................................... 36 
6 - Considerações Finais ................................................................................................ 40 
 
Direito Eleitoral TRE-SP 
Todos os cargos 
Aula 00 - Prof. Ricardo Torques 
 
 
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APRESENTAÇÃO DO CURSO 
Direito Eleitoral no concurso do TRE-SP 
Estamos aqui para apresentar o CURSO DE DIREITO ELEITORAL com 
TEORIA, QUESTÕES e VÍDEO AULAS, voltado para o concurso do Tribunal 
Regional Eleitoral de São Paulo (TRE/SP), cujas provas estão PREVISTAS PARA 
O DIA 12/2/2017. 
A ementa de Direito Eleitoral para os cargos de áreas específicas foi bastante 
reduzida. Vejamos a ementa: 
Noções de Direito Eleitoral: Código Eleitoral (Lei nº 4.737/1965 e alterações posteriores): 
Introdução; Dos Órgãos da Justiça Eleitoral. 
Vejamos a metodologia dos nossos cursos para o ano de 2016! 
Metodologia 
Provas anteriores 
Em razão do enorme relevo da matéria e devido a pequena extensão da ementa 
é fundamental um estudo correto e dirigido para a prova. Além disso, é 
fundamental levar em consideração as alterações recentes da legislação eleitoral 
– especialmente á Lei 13.165/2015. Temos um portfólio significativo de editais 
em 2015, que devem ser considerados para delimitação do estudo que se fará. 
Cite-se o TRE-PB, TRE-SE, TRE-GO, TRE-RR, TRE-AP, TRE-RS, entre outros. 
CLARO, O QUE TIVER DE QUESTÕES RELEVANTES DA FCC, A NOSSA 
BANCA PARA ESSE CONCURSO, ESTARÁ CONTEMPLADO NO CURSO. 
Essas constatações acima constituem a diretriz central do nosso curso. 
Conteúdos 
Considerando os editais acima referidos, bem como a importância da disciplina 
para o concurso é necessário que desenvolvamos alguns assuntos de forma 
aprofundada, sempre com “olhos” nas questões anteriores de concurso público. 
Em razão disso: 
 É essencial tratar da legislação eleitoral atualizada. Aqui devemos ter 
máxima atenção às alterações da Lei 13.165/2015. 
 Os conteúdos terão enfoque primordial no entendimento da legislação, 
haja vista que a maioria das questões cobram a literalidade das leis. 
 Em alguns pontos é importante o conhecimento de assuntos teóricos 
e doutrinários, de professores de Direitos Humanos consagrados na área. 
 A jurisprudência dos tribunais superiores – especialmente STF e TSE– 
serão mencionados quando relevantes para a nossa prova. 
Direito Eleitoral TRE-SP 
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Aula 00 - Prof. Ricardo Torques 
 
 
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Não trataremos da doutrina e da jurisprudência em excesso, mas na medida do 
necessário para fins de prova. Caso contrário, tornaríamos o curso 
demasiadamente extenso e improfícuo. 
De todo foram, podemos afirmar que as aulas serão baseadas em várias “fontes”. 
 
Questões de concurso 
Há inúmeros estudos que discutem as melhores técnicas e metodologias para 
absorção do conhecimento. Entre as diversas técnicas, a resolução de questões 
é, cientificamente, uma das mais eficazes. 
Somada à escrita de forma facilitada, esquematização dos conteúdos, 
priorizaremos questões anteriores de concurso público. Utilizaremos o portfólio 
de questões anteriores, especialmente as de 2015. Tivemos um número 
significativo de questões que podemos utilizar. Ainda assim, devemos ter máxima 
atenção à adaptação das questões em razão da reforma eleitoral. 
Teremos também, uma espécie de estatística das questões, por meio do qual, 
a cada aula, vocês poderão identificar quais os temas são preferidos pelas bancas 
de concurso. Esses dados são fundamentais para revisões ulteriores. Em um 
estudo organizado e por ciclos, é importante identificar os principais temas para 
as revisões. 
Não custa registrar, todas as questões do material serão comentadas de 
forma analítica. Sempre explicaremos o porquê da assertiva estar correta ou 
incorreta. Isso é relevante, pois o aluno poderá analisar cada uma delas, perceber 
eventuais erros de compreensão e revisar os assuntos tratados. 
Vídeo aulas 
O foco no Estratégia Concursos são os materiais em .pdf. É por este instrumento 
que você irá absorver a maior parte do conteúdo ou que você irá treinar a maior 
gama de questões. 
Contudo, desde há algum tempo as vídeos-aulas têm sido disponibilizadas como 
um instrumento adicional. Não é recomendado estudar apenas pelos vídeos, pois 
é impossível tratar dos assuntos com necessária profundidade em um número 
limitado de aulas. Ademais, seria demasiadamente extenso e pouco produtivo, 
cursos em vídeo com toda a matéria. 
FONTES
Doutrina quando 
essencial e 
majoritária
Legislação (em 
sentido amplo)
Assuntos 
relevantes no 
cenário jurídico
Jurisprudência 
relevante dos 
Tribunais 
Superiores
Direito Eleitoral TRE-SP 
Todos os cargosAula 00 - Prof. Ricardo Torques 
 
 
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Assim, as vídeo-aulas constituem um instrumento para quando você estiver 
cansado da leitura dos .pdf ou em relação a determinados assuntos que você 
esteja com dificuldade. 
Desse modo, A CADA AULA SERÃO GRAVADOS VÍDEOS COM OS 
PRINCIPAIS PONTOS DO MATERIAL ESCRITO. 
Mudanças da versão 2015 para 2016 
Essa é a versão 2016 do curso. Inauguramos uma nova versão do nosso Curso 
de Direitos Eleitoral voltados para Tribunais. Nas versões anteriores mantivemos 
o mesmo padrão. Neste, porém, traremos algumas alterações. Vamos a elas! 
 PADRÃO DE FORMATAÇÃO 
O curso adotará uma formatação mais limpa, com uma visualização 
facilitada, seja para aquele que imprime o material em meio físico e, 
especialmente, para quem procura estudar pelo computador, notebook ou 
tablet. 
 REVISÃO ORTOGRÁFICA E DE CONTEÚDO 
Naturalmente, todo o curso será revisado em relação ao conteúdo para 
trazer alguns assuntos atuais da matéria. Notamos que as bancas procuram 
cobrar novidades legislativas, julgados recentes, assuntos que estão na 
mídia. 
 ANÁLISE ESTATÍSTICA DAS QUESTÕES 
A cada aula faremos uma estatística aproximada dos assuntos cobrados 
para que você possa direcionar a sua atenção e revisões para os assuntos 
mais incidentes em prova. 
 RESUMO DA AULA 
Nas versões anteriores, ao final do curso disponibilizamos “resumões”. 
Neste curso, a cada aula teremos um resumo próprio. O intuito é facilitar a 
revisão de vocês. 
Como o volume de matérias é grande e entre os ciclos de estudos é 
fundamental revisar, é melhor que você já tenha em mãos os resumos das 
aulas de Direito Eleitoral já estudadas. 
Essa é a nossa proposta do Curso de Direito Eleitoral para o TRE-SP. 
Apresentação Pessoal 
Por fim, resta uma breve apresentação pessoal. Meu nome é Ricardo Strapasson 
Torques! Sou graduado em Direito pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e 
pós-graduado em Direito Processual. 
Estou envolvido com concurso público há 08 anos, aproximadamente, quando 
ainda na faculdade. Trabalhei no Ministério da Fazenda, no cargo de ATA. Fui 
aprovado para o cargo Fiscal de Tributos na Prefeitura de São José dos Pinhais/PR 
e para os cargos de Técnico Administrativo e Analista Judiciário nos TRT 4ª, 1º e 
Direito Eleitoral TRE-SP 
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Aula 00 - Prof. Ricardo Torques 
 
 
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9º Regiões. Atualmente, resido em Cascavel/PR e me dedico exclusivamente às 
atividades de professor. 
Já trabalhei em outros cursinhos, presenciais e on-line e, atualmente, em 
parceria com o Estratégia Concursos lançamos diversos cursos, 
notadamente nas áreas de Direito Eleitoral e de Direitos Humanos. Além 
disso, temos diversas parcerias para cursos de discursivas com foco 
jurídico. 
Deixarei abaixo meus contatos para quaisquer dúvidas ou sugestões. Será um 
prazer orientá-los da melhor forma possível nesta caminhada que se inicia hoje. 
 
rst.estrategia@gmail.com 
 
http://bit.ly/eleitoralparaconcursos 
Cronograma de Aulas 
A fim de atender ao proposto acima, apresentamos o cronograma de aulas: 
AULA CONTEÚDO 
DATA DE 
DISPONIBILIZAÇÃO 
Aula 00 
Apresentação do Curso, 
Cronograma de Aulas e 
Orientações Gerais 
Noções Introdutórias do Direito 
Eleitoral 
Código Eleitoral (Lei nº 4.737/1965 
e alterações posteriores): 
Introdução. 
06/09 
Aula 01 
Justiça Eleitoral (parte 01) 
Código Eleitoral (Lei nº 4.737/1965 
e alterações posteriores): Dos 
Órgãos da Justiça Eleitoral (parte 
01) 
13/09 
Aula 02 
Justiça Eleitoral (parte 02) 
Código Eleitoral (Lei nº 4.737/1965 
e alterações posteriores): Dos 
Órgãos da Justiça Eleitoral (parte 
02) 
20/09 
 
 
Direito Eleitoral TRE-SP 
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Aula 00 - Prof. Ricardo Torques 
 
 
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AULA 00 - INTRODUÇÃO AO DIREITO ELEITORAL 
1 - Considerações Iniciais 
Na aula de hoje iremos tratar dos assuntos iniciais de Direito Eleitoral. Em termos 
de estrutura, a aula será composta dos seguintes capítulos: 
 
Boa a aula a todos! 
2 - Conceito 
O Direito é composto de vários ramos como o Direito Constitucional, o Direito 
Administrativo, o Direito Civil, o Direito Eleitoral, entre outros. Cada um desses 
ramos trata de um conjunto de assuntos específicos. Por exemplo, o Direito Civil 
é responsável por tratar, essencialmente, das relações entre as pessoas, 
contratos, casamento, etc. Esses temas são abordados prioritariamente pelo 
Direito Civil, pois pertencem a essa área específica do Direito. 
O Direito Eleitoral é a disciplina que trata, prioritariamente, de tudo o que 
envolve eleições. Desse modo, delimita quem poderá votar e quando 
determinada pessoa pode se candidatar a algum cargo político eletivo. Estuda, 
também, todo o processo de escolha dos nossos representantes, desde o 
registro da candidatura até a diplomação. Em suma, o Direito Eleitoral regula a 
maneira pela qual a soberania popular é exercida1. 
Devemos notar que o Direito Eleitoral possui, portanto, alguns assuntos que são 
específicos. Didaticamente podemos afirmar que esse ramo do direito possui 
algumas matérias que são próprias. 
Portanto, desde logo, devemos assimilar que o Direito 
Eleitoral é um ramo do Direito que trata de diversos 
assuntos relacionados às eleições. 
Ao longo do nosso estudo, usaremos conceitos doutrinários apenas quando 
essencial para compreendermos a matéria. Aqui é um desses momentos. 
Vejamos, então, três conceitos trazidos pelos doutrinadores. Notem que em todos 
eles existem vários temas que são próprios da disciplina. 
Segundo Francisco Dirceu Barros2: 
 
1 TENÓRIO, Rodrigo, Direito Eleitoral, São Paulo: Editora Método, 2014, p. 29. 
2 BARROS, Francisco Dirceu. Direito Eleitoral. 10ª edição. Rio de Janeiro: Editora Elsevier, 2011, 
p. 01. 
Conceito de Direito 
Eleitoral
Disposiões introdutórias 
do CE
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O Direito Eleitoral é ramo do Direito Público que trata dos institutos relacionados com os 
direitos políticos e das eleições, em todas as suas fases, como forma de escolha dos titulares 
dos mandatos eletivos e das instituições do Estado. 
Para Marcos Ramayana3: 
Ramo do Direito Público que disciplina o alistamento eleitoral, o registro de candidatos, a 
propaganda política eleitoral, a votação, apuração e diplomação, além de organizar os 
sistemas eleitorais, os direitos políticos ativos e passivos, a organização judiciária eleitoral, 
dos partidos políticos e do Ministério Público dispondo de um sistema repressivo penal 
especial. 
Por fim, de acordo com José Jairo Gomes4: 
Direito Eleitoral é o ramo do Direito Público cujo objeto são os institutos, as normas e os 
procedimentos regularizadores dos direitos políticos. Normatiza o exercício do sufrágio com 
vistas à concretização da soberania popular. 
Os conceitos acima são interessantes à medida que exemplificam vários assuntos 
abrangidos pelo Direito Eleitoral e que serão estudados em nossas aulas. Não 
vamos, neste momento do curso, estudar cada um desses institutos, eles serão 
vistos oportunamente. 
Dos conceitos acima podemos identificar alguns pontos em comum. Nós 
denominaremos esses pontos como elementos caracterizadores do conceito 
de Direito Eleitoral. 
 O Direito Eleitoral é um ramo do Direito Público. 
É comum a distinção entre ramos do Direito Público e ramos do Direito Privado. 
O Direito Privado envolve as relações entre pessoas físicas e jurídicas no âmbito 
particular (obrigações, indenizações, contratos). Já o Direito Público envolve 
assuntos de interesseda coletividade, que ultrapassam a fronteira do mero 
interesse particular. 
As normas de Direito Público tratam de interesses, diretos e indiretos, do Estado. 
Em razão disso, possuem uma formulação específica ao retratar temas de caráter 
político ligados à soberania, assuntos afetos à administração dos negócios 
públicos, defesa da sociedade, entre outros temas de interesse da coletividade. 
Por que o Direito Eleitoral é ramo do Direito Público? 
Por um simples fato, o Direito Eleitoral disciplina como serão as eleições, quem 
poderá votar, quem poderá se candidatar a determinado cargo político. São 
interesses públicos e da coletividade. 
 O Direito Eleitoral possui institutos e normatividade próprios. 
Isso denota que a disciplina possui autonomia científica e didática, razão pela 
qual é tratada como matéria autônoma. 
Entre os assuntos que serão estudados destacam-se o alistamento, a capacidade 
eleitoral, os partidos políticos, a inelegibilidade. Ademais, a disciplina possui 
 
3 RAMAYANA, Marcos. Direito Eleitoral. 10ª edição, rev., ampl. e atual., Niterói: Editora 
Impetus, 2010, p. 14. 
4 GOMES, José Jairo. Direito Eleitoral, 10ª edição, rev. ampl. e atual., São Paulo: Editora Atlas 
S/A, 2014, p. 20. 
Direito Eleitoral TRE-SP 
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diversas normas específicas, tais como o Código Eleitoral, a Lei das Eleições, a 
Lei dos Partidos Políticos, a Lei de Inelegibilidade, que disciplinam regras e 
princípios próprios da área eleitoral. 
Embora possua alguns institutos próprios, o Direito Eleitoral não é independente 
das demais disciplinas jurídicas. Vale dizer, é autônomo apenas e, em razão disso, 
há interseções desse ramo com o Direito Constitucional e com o Direito 
Administrativo. Há diversas normas de Direito Eleitoral que estão dentro da 
Constituição, como, por exemplo, direitos políticos, nacionalidade, além de regras 
gerais atinentes aos partidos políticos e à organização da Justiça Eleitoral. Esses 
assuntos são estudados também em Direito Constitucional. 
 O Direito Eleitoral disciplina os direitos políticos e as eleições de modo 
geral. 
Esses dois temas são o cerne do Direito Eleitoral. Todos os demais institutos 
jurídicos eleitorais decorrem dos direitos políticos e das eleições propriamente. 
Nesse contexto, à disciplina de Direito Eleitoral compete tratar do alistamento 
eleitoral, do registro de candidatos, da propaganda política eleitoral, da votação, 
apuração e diplomação, da organização dos sistemas eleitorais, dos direitos 
políticos ativos e passivos, da organização judiciária eleitoral, dos partidos 
políticos e dos crimes eleitorais. 
Portanto, quanto ao conceito de Direito Eleitoral devemos memorizar os 
seguintes elementos caracterizadores... 
 
 
Se você souber os elementos acima não terá dificuldades em extrair o conceito 
de Direito Eleitoral. Dificilmente em uma prova objetiva esse assunto será 
abordado diretamente. Contudo, uma ideia geral da matéria é fundamental para 
que aprendamos a raciocinar o conteúdo. Ok? 
Porora... 
 
DIREITO ELEITORAL - ELEMENTOS 
CARACTERIZADORES
é ramo do Direito 
Público
possui institutos e 
normatividade 
próprios
disciplina direitos 
políticos e eleições
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Finalizamos, assim, o conceito de Direito Eleitoral! 
3 - Disposições Introdutórias do Código Eleitoral 
Neste tópico vamos tratar dos primeiros 11 artigos do CE. São dispositivos que 
trazem algumas regras gerais e orientações iniciais quanto ao Código Eleitoral. 
Dada a importância da matéria, vamos tratá-la em separado. 
3.1 - Recepção do Código Eleitoral 
Primeiramente, devemos saber que o Código Eleitoral foi editado quando 
vigorava, no Brasil, a Constituição dos Estados Unidos do Brasil de 1946. Desse 
modo, o CE foi elaborado segundo as diretrizes estabelecidas naquela 
Constituição. 
Houve sucessivos textos constitucionais, mas o CE manteve-se em vigor até os 
dias atuais. 
Contudo, para que possa ser aplicado, deve respeitar a Constituição Federal de 
1988, que possui princípios, valores e regras distintas daquelas entabuladas em 
1946. Em razão disso, e para que o Poder Legislativo não seja obrigado a legislar 
todas as matérias novamente, o CE passa por aquilo que a doutrina denomina de 
recepção. 
A recepção nada mais é do que análise dos dispositivos da lei anterior à luz da 
CF para avaliar quais regras estão compatíveis materialmente com a CF. 
Dessa análise podem resultar duas conclusões: 
 É compatível materialmente. Nesse caso, a lei anterior a 1988 será 
recepcionada. 
 NÃO é compatível. Nesse caso, a lei anterior será revogada ou não-
recepcionada. 
Atentem-se que nós mencionamos que a compatibilidade a ser aferida é apenas 
a material. Isso significa dizer que é importante identificar se as matérias tratadas 
são compatíveis. Não interessam, para fins dessa análise de recepção, aspectos 
formais da lei. 
É justamente esse ponto que nos interessa. 
Segundo a Constituição de 1988, a organização e a 
competência de tribunais, de juízes de direito e de 
juntas eleitorais, deve ser tratada por lei 
complementar. 
É o que dispõe o art. 121, caput, da CF: 
DIREITO 
ELEITORAL
ramo do Direito Público que possui institutos e 
normatividade próprios e estuda as regras 
relativas aos direitos políticos e às eleições.
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Art. 121. Lei complementar disporá sobre a organização e competência dos tribunais, dos 
juízes de direito e das juntas eleitorais. 
O CE, contudo, foi editado como uma lei ordinária. 
E aí, como fica? 
Significa dizer que as normas estão revogadas e não podemos aplicar 
as regras dos arts. 11 ao 41, que tratam da organização e da 
competência do TSE, do TRE, doa Juízes e das Juntas Eleitorais no 
Código Eleitoral? 
Como a análise de compatibilidade é apenas material, não interessando a forma, 
afirma-se que o CE foi recepcionado como lei complementar, embora na 
origem tenha sido editado como uma lei ordinária. 
Interessante, não?! 
 
Esse é, inclusive, o entendimento do STF sobre a matéria. Vejamos como julgou 
o órgão máximo do Poder Judiciário5: 
O Código Eleitoral, recepcionado como lei material complementar na parte que disciplina a 
organização e a competência da Justiça Eleitoral (art. 121 da Constituição de 1988), 
estabelece, no inciso XII do art. 23, entre as competências privativas do TSE ‘responder, 
sobre matéria eleitoral, às consultas que lhe forem feitas em tese por autoridade com 
jurisdição federal ou órgão nacional de partido político’. 
Para a sua prova, lembre-se: 
 
As demais normas do Código permanecem como lei ordinária e devem ser 
confrontadas com a legislação eleitoral, primeiramente em relação à CF e, em 
sequência, com a Lei das Eleições e a Lei dos Partidos Políticos, para aferir se são 
aplicáveis. 
Visto esse aspecto inicial, passamos a estudar os dispositivos do CE. 
3.2 - Organização e Exercício dos Direitos Políticos 
Prevê o art. 1º: 
Art. 1º Este Código contém normas destinadas a assegurar a organização e o 
exercício de direitos políticos precipuamente os de votar e ser votado. 
Parágrafo único. O Tribunal Superior Eleitoral expedirá Instruções para sua fiel execução. 
 
5 MS 26.604, rel. min. Cármen Lúcia, julgamento em 4-10-2007, Plenário, DJE de 3-10-2008 
EMBORA O CÓDIGO ELEITORAL TENHA SIDO EDITADO, NA 
ORIGEM, COMO LEI ORDINÁRIA, FOI RECEPCIONADO PELA 
CONSTITUIÇÃO DE 1988 COMO LEI COMPLEMENTAR NA PARTE 
QUE DISCIPLINAA ORGANIZAÇÃO E A COMPETÊNCIA DA 
JUSTIÇA ELEITORAL.
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O Direito Eleitoral cuida das diversas regras relativas ao exercício dos direitos 
políticos, especialmente aqueles relativos às eleições. Desse modo, o CE, como 
principal diploma de Direito Eleitoral, disciplina regras relativas à organização e 
ao exercício dos direitos políticos. 
Não podemos esquecer o parágrafo único acima citado. O CE é norma geral, que 
estabelece uma série de regras que serão aplicadas juntamente com a Lei das 
Eleições, a Lei das Inelegibilidades, a Lei dos Partidos Políticos, entre outros. 
Ademais, são editadas resoluções que tem por finalidade regulamentar a 
execução da legislação eleitoral. 
Esse dispositivo, portanto, destaca o papel 
regulamentador das resoluções, o que nos conduz à 
conclusão de que as conhecidas Resoluções do TSE não 
têm natureza legal, mas infralegal (abaixo das leis). As 
Resoluções, portanto, NÃO criam direitos, apenas dão fiel execução à lei. 
3.3 - Princípio Democrático 
O art. 2º, por sua vez, possui redação semelhante ao art. 1º, § único, da CF, ao 
estabelecer que: 
Art. 2º Todo poder emana do povo e será exercido em seu nome, por mandatários 
escolhidos, direta e secretamente, dentre candidatos indicados por partidos políticos 
nacionais, ressalvada a eleição indireta nos casos previstos na Constituição e leis 
específicas. 
De acordo com a doutrina, esse dispositivo retrata o princípio democrático, ao 
conferir ao povo o exercício da soberania. 
A soberania é exercida direita, ou indiretamente, pelo povo brasileiro. O 
exercício direto da soberania remete ao estudo do plebiscito, do referendo e da 
iniciativa popular, que é objeto de legislação específica. Já o exercício indireto, 
ou representativo, da soberania será exercido pelo voto, cuja disciplina consta do 
CE. 
 
Na parte final do dispositivo há uma ressalva importante: 
as eleições indiretas. Não há necessidade de nós nos 
alongarmos muito quanto a esse assunto nesta Aula. 
Devemos saber, contudo, que existe previsão na 
Constituição de que, ocorrendo situação excepcional de 
vacância do titular e do vice, dos ocupantes de mandato eletivo no Poder 
Executivo (Presidente, Governador e Prefeito) nos dois últimos anos do mandato, 
haverá convocação para eleições indiretas, a serem realizadas pelo Poder 
Legislativo. 
Por isso se diz que as eleições são indiretas, uma vez que o novo Presidente, 
Governador ou Prefeito será escolhido pela Casa Legislativa respectiva e não pelo 
O CE DISCIPLINA O EXERCÍCIO DA DEMOCRACIA 
REPRESENTATIVA, QUE SE DÁ POR INTERMÉDIO 
DO VOTO.
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voto direto. São indiretas as eleições nesse caso, pois a escolha do povo brasileiro 
será indiretamente realizada, por intermédio dos membros do Poder Legislativo. 
Assim... 
DUPLA VACÂNCIA DOS 
CARGOS DO PODER 
EXECUTIVO 
nos dois últimos 
anos do 
mandato 
ELEIÇÕES 
INDIRETAS 
 pelo Congresso Nacional, 
para a escolha do 
Presidente. 
 pela Assembleia 
Legislativa, para a escolha 
do Governador. 
 pela Câmara de 
Vereadores, para a escolha 
do Prefeito. 
Se a dupla vacância (cargo do titular e do vice) ocorrer nos dois primeiros anos 
do mandato, serão convocadas novas eleições, que ocorrerão de forma direta. 
 
Por isso da ressalva prevista no art. 2º, uma vez que ao CE compete tratar 
apenas das eleições diretas! 
Sigamos! 
3.4 - Aquisição dos Direitos Políticos e Capacidade 
Eleitoral 
Os arts. 3º ao 6º disciplinam a aquisição dos direitos políticos e a capacidade 
eleitoral ativa e passiva, com os requisitos e as condições previstos na CF e 
na legislação. 
O art. 3º, do CE, trata da capacidade eleitoral passiva (direito de ser votado) nos 
seguintes termos: 
Art. 3º Qualquer cidadão pode pretender investidura em cargo eletivo, respeitadas as 
condições constitucionais e legais de elegibilidade e incompatibilidade. 
Para o cidadão concorrer às eleições, ele deverá observar algumas regras 
específicas. Essas regras são agrupadas em duas categorias: condições de 
elegibilidade e hipóteses de inelegibilidade (notem que o CE fala em 
incompatibilidade). 
As condições de elegibilidade estão previstas na CF, no CE e também na Lei das 
Eleições. São pressupostos que o candidato deverá preencher para poder 
DUPLA VACÂNCIA
nos dois primeiros 
anos do mandato: eleições diretas
nos dois últimos anos 
do mandato eleições indiretas
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concorrer a mandatos político-eletivos. Entre os exemplos de condições de 
elegibilidade citamos o domicílio eleitoral na circunscrição, idade mínima a 
depender do cargo para o qual concorra, filiação a partido político, entre outros. 
As hipóteses de inelegibilidade constituem impedimentos, que obstam o acesso 
a cargos públicos em razão da conduta imoral ou ilegal adotada pela pessoa. Por 
exemplo, se o cidadão for condenado por improbidade administrativa, ficará 
inelegível. Do mesmo modo, se condenado por crime de corrupção, também 
sofrerá o impedimento. Essas regras são disciplinadas na CF, mas principalmente 
na Lei de Inelegibilidades. 
O art. 4º, do CE, trata da capacidade eleitoral ativa, que é o direito de exercer o 
voto. Vejamos: 
Art. 4º São eleitores os brasileiros maiores de 18 anos que se alistarem na forma da lei. 
Em relação à expressão “maiores de 18 anos”, ela deverá ser lida com a regra 
específica, prevista na Constituição, segundo a qual poderão alistar-se, de forma 
facultativa, os maiores de 16 anos e menores de 18. Desse modo, o art. 4º 
encontra-se incompleto, pois deveria mencionar que serão “obrigatoriamente” 
eleitores os maiores de 18 anos. 
Os arts. 5º e 6º, por sua vez, estabelecem uma série de requisitos para que a 
pessoa possa se alistar, ou seja, possa votar. Parte dos dispositivos abaixo não 
se aplica, dada a incompatibilidade com a CF: 
Vejamos: 
Art. 5º Não podem alistar-se eleitores: 
I - os analfabetos; 
II - os que não saibam exprimir-se na língua nacional; 
III - os que estejam privados, temporária ou definitivamente dos direitos políticos. 
Conforme consta da CF, os analfabetos são eleitores facultativos. 
Já a expressão “não saibam se exprimir na língua nacional” deve ser analisada 
com reservas. Há posicionamento do TSE que afirma que esse dispositivo é 
inaplicável, pois exclui os indígenas não-integrados, a quem deveria ser 
assegurado o direito de votar. Por outro lado, sabemos que a orientação 
predominante é no sentido de que os indígenas não-integrados são considerações 
absolutamente incapazes e, portanto, não teriam capacidade eleitoral ativa. 
Quanto à inalistabilidade, devemos aplicar o art. 14, §2º, da CF: 
§ 2º - Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do serviço 
militar obrigatório, os conscritos. 
Lembre-se: 
 
SÃO INALISTÁVEIS, SEGUNDO A 
CONSTITUIÇÃO
os conscritos
os estrangeiros
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Também é inaplicável o parágrafo único abaixo: 
 
Parágrafo único - Os militares são alistáveis, desde que oficiais, aspirantes a oficiais, 
guardas-marinha, subtenentes ou suboficiais, sargentos ou alunos das escolas 
militares de ensino superior para formação de oficiais. 
Em relação ao alistamento dos militares, devemos aplicar a regra constante do 
art. 14, §8º, da CF: 
§ 8º - O militar alistável é elegível, atendidasas seguintes condições: 
I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade; 
II - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se 
eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade. 
Prevê o dispositivo constitucional que o militar alistável (exclui, portanto, o 
conscrito) deverá observar duas regras: 
1ª REGRA: se o militar tiver menos de 10 anos de efetivo exercício. 
Nesse caso, ele deverá se afastar definitivamente para que possa concorrer 
a cargos político-eleitos. Caso não seja eleito, não poderá retornar à 
carreira militar anteriormente ocupada. 
2ª REGRA: se o militar tiver mais de 10 anos de efetivo exercício. 
Nesse caso, há um afastamento temporário (a CF fala em agregação pela 
autoridade superior). Caso não seja eleito, o militar poderá retornar ao 
cargo anteriormente ocupado. Caso seja eleito, será aposentado na carreira 
militar (a CF fala em inatividade). 
Portanto, a regra constitucional acima é muito diferente do que prevê o parágrafo 
único do art. 5º do CE. 
Art. 6º O alistamento e o voto são obrigatórios para os brasileiros de um e outro sexo, 
salvo: 
I - QUANTO AO ALISTAMENTO: 
a) os inválidos; 
b) os maiores de setenta anos; 
c) os que se encontrem fora do país. 
II - QUANTO AO VOTO: 
a) os enfermos; 
b) os que se encontrem fora do seu domicílio; 
c) os funcionários civis e os militares, em serviço que os impossibilite de votar. 
O Código Eleitor afirma que o alistamento e o voto serão obrigatórios aos maiores 
de 18 anos. Até aí, perfeito! Essa regra geral está plenamente de acordo com a 
CF. 
Na sequência, distingue hipóteses em que o alistamento não será obrigatório e 
elenca três situações: 
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Das hipóteses acima, apenas a segunda está condizente com o ordenamento 
eleitoral. 
Vejamos: 
 INVÁLIDOS 
Primeiramente a expressão é equivocada. Fala-se atualmente em grau de 
capacidade (capacidade plena e incapacidade relativa ou absoluta). Não se 
sabe exatamente a quem se refere a expressão “inválido”. De acordo com 
a doutrina, o CE refere-se às pessoas com deficiência. Contudo, se tais 
pessoas tiverem capacidade civil, deverão, obrigatoriamente, exercer o 
direito ao voto. É, inclusive, competência da Justiça Eleitoral prover os 
meios e as adaptações necessárias para propiciar o voto de tais pessoas. 
 MAIORES DE 70 ANOS 
Não só o alistamento, mas o voto é facultativo conforme se extrai da CF. 
 QUEM SE ENCONTRA FORA DO PAÍS 
Quem tiver domicílio fora do país deverá votar apenas nas eleições 
presidenciais. Logo, não é aplicável a regra do CE. 
Em relação às hipóteses em que o voto não é obrigatório, o CE também prevê 
três hipóteses: 
 
Aqui não temos propriamente uma situação de incompatibilidade material em 
relação à CF ou revogação, mas impropriedade técnica. 
 ENFERMOS 
NÃO É OBRIGATÓRIO O 
ALISTAMENTO
para os 
inválidos
para os 
maiores de 70 
anos
para aqueles 
que se 
encontrarem 
fora do país
NÃO É 
OBRIGATÓRIO 
O VOTO
dos enfermos dos que se encontrem fora do seu domicílio
dos funcionários civis e 
militares, em serviço 
que os impossibilite de 
votar
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Caso a pessoa esteja enferma e não possa votar no dia das eleições, terá 
o prazo de 60 dias, após o pleito, para comparecer à Justiça Eleitoral e 
comprovar a situação impeditiva. 
 FORA DO DOMICÍLIO 
Quem estiver fora do domicílio deverá justificar a abstenção, sob pena de 
multa. 
 FUNCIONÁRIOS CIVIS/MILITARES IMPOSSIBILITADOS DE 
VOTAR 
Deverão, do mesmo modo, justificar a impossibilidade perante a Justiça 
Eleitoral. 
Quanto às regras que definem o alistamento e o voto obrigatório, facultativo ou 
não permitido, devemos levar em consideração o art. 14, §1º, da CF. Vejamos 
um esquema que retratam as regras constitucionais: 
 
Como podemos perceber, vários dos dispositivos acima do CE não são aplicáveis, 
dado o que prevê o art. 14, da CF, já estudados por nós na aula passada. 
3.5 - Obrigatoriedade do Voto 
Vimos que, em regra, o exercício do voto é obrigatório. Em razão disso, se o 
eleitor não votar, ou nem sequer justificar a ausência às urnas, sofrerá uma série 
de consequências, que estão arroladas no art. 7º, do CE. 
Antes de analisarmos o dispositivo, devemos registrar que o eleitor obrigado a 
votar, que não comparecer às urnas, deverá justificar o voto no prazo de 60 
dias e não de 30 como prevê o CE. Essa regra vem insculpida no art. 7º da 
Lei nº 6.091/1974 que tem prevalência perante o CE uma vez que é lei posterior. 
Vejamos o dispositivo: 
Art. 7º O eleitor que deixar de votar e não se justificar perante o Juiz Eleitoral até sessenta 
dias após a realização da eleição incorrerá na multa de três a dez por cento sobre o salário 
mínimo da região, imposta pelo Juiz Eleitoral e cobrada na forma prevista no art. 367, da 
Lei 4.737, de 15 de julho de 1965. 
C
A
P
A
C
ID
A
D
E
 E
L
E
IT
O
R
A
L
 
A
T
IV
A
alistamento e voto 
obrigatórios
maiores de 18 anos (e 
menores de 70)
alistamento e voto 
facultativos
analfabetos
maiores de 70
entre 16 e 18 anos
alistamento e voto não 
permitidos
estrangeiros
conscritos
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Portanto: 
 
Seguindo, vejamos o dispositivo do CE: 
Art. 7º O eleitor que deixar de votar e não se justificar perante o juiz eleitoral até 30 
(trinta) dias após a realização da eleição, incorrerá na multa de 3 (três) a 10 (dez) por 
cento sobre o salário-mínimo da região, imposta pelo juiz eleitoral e cobrada na forma 
prevista no art. 367. (Redação dada pela Lei nº 4.961, de 1966). 
Além da multa acima prevista, o cidadão que deixar de votar sofrerá uma série 
de restrições. Vejamos: 
§ 1º Sem a prova de que votou na última eleição, pagou a respectiva multa ou de que se 
justificou devidamente, NÃO poderá o eleitor: 
I - inscrever-se em concurso ou prova para cargo ou função pública, investir-se ou 
empossar-se neles; 
II - receber vencimentos, remuneração, salário ou proventos de função ou emprego público, 
autárquico ou para estatal, bem como fundações governamentais, empresas, institutos e 
sociedades de qualquer natureza, mantidas ou subvencionadas pelo governo ou que 
exerçam serviço público delegado, correspondentes ao segundo mês subsequente ao da 
eleição; 
III - participar de concorrência pública ou administrativa da União, dos Estados, dos 
Territórios, do Distrito Federal ou dos Municípios, ou das respectivas autarquias; 
IV - obter empréstimos nas autarquias, sociedades de economia mista, caixas econômicas 
federais ou estaduais, nos institutos e caixas de previdência social, bem como em qualquer 
estabelecimento de crédito mantido pelo governo, ou de cuja administração este participe, 
e com essas entidades celebrar contratos; 
V - obter passaporte ou carteira de identidade; 
VI - renovar matrícula em estabelecimento de ensino oficial ou fiscalizado pelo governo; 
VII - praticar qualquer ato para o qual se exija quitação do serviço militar ou imposto de 
renda. 
§ 2º Os brasileiros natos ou naturalizados, maiores de 18 anos, salvo os excetuados nos 
arts. 5º e 6º, nº 1, sem prova de estarem alistados não poderão praticar os atos 
relacionados no parágrafo anterior. 
Memorizem, na medida do possível, as hipóteses acima citadas. Elas são 
fundamentais e caem em provas com relativa frequência. 
Antes de seguirmos é importante trazer uma observação em relação ao inc. II. 
Da leitura notamos que os servidores(estatutários ou celetistas) ficarão sem 
os salários por um mês, o mês subsequente ao das eleições. 
De modo esquematizado, podemos afirmar que o eleitor que não votar e não 
justificar sofrerá as seguintes consequências: 
PRAZO PARA JUSTIFICAR O VOTO 60 dias
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As hipóteses são bastante amplas, especialmente por conta 
do que prevê a última situação. Deste modo, é possível 
concluir que, em regra, tudo o que envolver negócios, ou 
relações com o Estado, ficará obstaculizado, caso o eleitor 
deixe de votar, ou não justifique a ausência, no prazo de 60 
dias. 
Apenas a título de curiosidade, a multa eleitoral, como vimos 
acima, ficará entre 3 e 10% do salário mínimo. É o que você 
deve memorizar para a prova! Em que pese o dispositivo 
acima, não é possível a indexação com base no salário mínimo. Desse modo, 
aplica-se a unidade UFIR para cálculo do valor das multas, conforme Lei nº 
10.522/2002. 
O §3º, abaixo citado, traz mais uma importante consequência para aquele que 
não votar e não justificar, que deixar de fazer isso por várias eleições e que não 
comparecer à Justiça Eleitoral: 
§ 3º Realizado o alistamento eleitoral pelo processo eletrônico de dados, será cancelada a 
inscrição do eleitor que NÃO votar em 3 (três) eleições consecutivas, não pagar a multa 
ou não se justificar no prazo de 6 (seis) meses, a contar da data da última eleição a que 
deveria ter comparecido. (Incluído pela Lei nº 7.663, de 1988) 
Portanto, a inscrição será cancelada caso: 
 
Para finalizar o art. 7º, devemos analisar com bastante atenção o §4º, que assim 
dispõe: 
•MULTA entre 3 e 10% do salário mínimo.
•NÃO poderá ser empossado em concurso público.
•NÃO receberá o salário aquele que for servidor ou empregado público.
•NÃO poderá participar de licitação, quando possível a participação de
pessoas físicas.
•NÃO poderá obter empréstimos ou créditos junto a órgãos ou a empresas
com capital público (tais como Caixa Econômica e Banco do Brasil).
•NÃO poderá obter passapor ou carteira de identidade.
•NÃO poderá renovar matrícula em instituição de ensino oficial ou que seja
fiscalizada pelo governo.
•NÃO poderá praticar outros atos para os quais se exija a quitação do serviço
militar ou a declaração do imposto de renda da pessoa.
CONSEQUÊNCIAS (se não votar e não justificar)
C
A
N
C
E
L
A
M
E
N
T
O
 
D
A
 I
N
S
C
R
IÇ
Ã
O
NÃO votar por 3 
eleições 
consecutivas
NÃO pagar a multa
NÃO justificar o voto 
no prazo de 6 meses
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§ 4o O disposto no inciso V do § 1o não se aplica ao eleitor no exterior que requeira 
novo passaporte para identificação e retorno ao Brasil. 
Esse dispositivo prevê que a impossibilidade de obtenção do passaporte pelo 
eleitor que não votou, pagou ou justificou não será aplicado aos eleitores que 
estiverem no exterior e que requeiram novo passaporte para identificação e 
retorno ao Brasil. 
Esse dispositivo abrange a situação na qual o eleitor, embora esteja em falta com 
a Justiça Eleitoral, está sem o passaporte e não tem documento de identificação 
ou precisa do passaporte para retornar ao Brasil. Em razão disso, flexibiliza-se a 
regra para que o sujeito possa tirar passaporte para retornar ao país. 
Devemos prestar atenção a esse dispositivo, por um motivo simples: é fruto da 
Lei nº 13.165/2015. 
Sigamos! O art. 8º, do CE, dispõe: 
Art. 8º O brasileiro nato que não se alistar até os 19 anos ou o naturalizado que não se 
alistar até um ano depois de adquirida a nacionalidade brasileira, incorrerá na multa de 3 
(três) a 10 (dez) por cento sobre o valor do salário-mínimo da região, imposta pelo juiz e 
cobrada no ato da inscrição eleitoral através de selo federal inutilizado no próprio 
requerimento. 
Parágrafo único. NÃO se aplicará a pena ao não alistado que requerer sua inscrição eleitoral 
até o centésimo primeiro dia anterior à eleição subsequente à data em que completar 
dezenove anos. 
Esse dispositivo traz importante regra que vive caindo em prova, denominado de 
alistamento intempestivo. Embora, conforme visto acima, com 18 anos 
completos a pessoa seja obrigada a se alistar e a votar, sofrerá multa apenas se 
não se alistar até os 19 anos. São duas coisas distintas, a obrigatoriedade do 
voto que ocorre a partir dos 18 e a multa pelo não alistamento que será 
aplicável àquele que não se alistar até os 19. 
É necessário, contudo, atentar-se para outra peculiaridade prevista na Resolução 
nº 21.538/2003, que dispõe em seu art. 15, § único. Embora venhamos a tratar 
do assunto futuramente, desde logo, é interessante estarmos atentos ao que 
prevê o dispositivo: 
 Parágrafo único. Não se aplicará a pena ao não-alistado que requerer sua inscrição eleitoral 
até o centésimo qüinquagésimo primeiro dia anterior à eleição subseqüente à data em que 
completar 19 anos (Código Eleitoral, art. 8º c.c. a Lei nº 9.504/97, art. 91). 
Segundo o dispositivo acima, a multa não será exigida se a pessoa requerer a 
inscrição eleitoral até o 151º dia antes da eleição subsequente ao qual completar 
19 anos. 
Aqui surge uma aparente contradição, posto que a Resolução do TSE nº 
21.538/2003 cria uma situação mais favorável do que a prevista no Código 
Eleitoral. Não se fala propriamente em revogação, posto que uma resolução não 
pode revogar uma lei complementar. Contudo, aplica-se o art. 15, § único, da 
Resolução TSE nº 21.538/2003, porque é mais favorável ao eleitor. 
Desse modo, leve para a sua prova: 
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Por fim, registre-se que, no caso de brasileiro naturalizado, o prazo para 
alistamento será de 1 ano a contar da naturalização. 
O art. 9º, do CE, é relevante, pois estabelece sanção disciplinar ao servidor que 
deixar de observar as hipóteses acima de não comparecimento às urnas ou de 
alistamento intempestivo. 
Art. 9º Os responsáveis pela inobservância do disposto nos arts. 7º e 8º incorrerão na 
multa de 1 (um) a 3 (três) salários-mínimos vigentes na zona eleitoral ou de suspensão 
disciplinar até 30 (trinta) dias. 
O art. 10 trata do comprovante de justificativa que é ordenado pelo Juiz eleitoral: 
Art. 10. O juiz eleitoral fornecerá aos que não votarem por motivo justificado e aos não 
alistados nos termos dos artigos 5º e 6º, nº 1, documento que os isente das sanções legais. 
Para finalizar este capítulo, vejamos o art. 11 do CE que facilita a regularização 
da situação eleitoral, na medida em que permite ao interessado pagar a 
multa em qualquer zona eleitoral para fins de regularização. Nesse caso, 
entretanto, a multa será aplicada pelo valor máximo, a não ser que o interessado 
aguarde a solicitação de informações junto à zona eleitoral de inscrição do eleitor, 
posto que a competência para arbitrar o valor da multa é da zona eleitoral de 
origem. 
Art. 11. O eleitor que não votar e não pagar a multa, se se encontrar fora de sua zona e 
necessitar documento de quitação com a Justiça Eleitoral, poderá efetuar o pagamento 
perante o Juízo da zona em que estiver. 
§ 1º A multa será cobrada no máximo previsto, salvo se o eleitor quiser aguardar que o 
juiz da zona em que se encontrar solicite informações sobre o arbitramento ao Juízo da 
inscrição. 
§. 2º Em qualquer das hipóteses, efetuado o pagamento través de selos federais inutilizados 
no próprio requerimento, o juiz que recolheu a multa comunicará o fato ao da zona de 
inscrição e fornecerá ao requerente comprovante do pagamento. 
O VOTO É OBRIGATÓRIO a partir dos 18 anos
PAGA-SE MULTA CASO NÃO 
ALISTADOse NÃO se alistar eleitor até 150 
dias antes das eleições
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Finalizamos, com isso, os dispositivos iniciais do CE. 
 
 
4 - Questões 
Temos a seguinte distribuição de questões, que denota a importância dos 
assuntos para fins de prova: 
 
Serão, portanto, 14 questões de provas anteriores das mais diversas bancas. As 
questões foram separadas de acordo com a importância da matéria para a prova. 
REGULARIZAÇÃO
Se dá com o pagamento da 
multa.
Poderá ocorrer em qualquer 
zona eleitoral.
MULTA
regra
pelo valor máximo (10% do 
SM);
exceção
pelo valor arbitrado pela 
zona eleitoral de origem
0
2
4
6
8
10
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Distribuição das Questões
Conceito Disposições Introdutórias
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Em relação aos assuntos estudados na aula de hoje, destacam-se os seguintes 
assuntos: 
 Disposições Introdutórias. 
4.1 - Questões sem Comentários 
Questão 01 - PONTUA - TRE-SC - Técnico Judiciário - Área 
Administrativa - 2011 
Assinale a alternativa INCORRETA: 
a) O Direito Eleitoral é ramo do direito privado. 
b) É objeto do Direito Eleitoral a disciplina do registro de candidatos. 
c) O Direito Eleitoral disciplina o processo para escolha dos governantes. 
d) Compete privativamente à União legislar sobre Direito Eleitoral. 
Questão 02 - FUNDEP/ TJ-MG - Juiz - 2014 - adaptada 
Julgue a afirmativa seguinte. 
Independente e próprio, com autonomia científica e didática, o Direito 
Eleitoral está encarregado de regulamentar os direitos políticos dos cidadãos 
e o processo eleitoral, cujo conjunto de normas destina-se a assegurar a 
organização e o exercício de direitos políticos, especialmente os que 
envolvam votar e ser votado. 
Questão 03 – Inédita – 2015 
Quanto ao conceito de Direito Eleitoral e elementos caracterizadores, 
assinale a alternativa correta: 
a) O Direito Eleitoral é ramo do Direito Público, contudo, possui fortes 
características das disciplinas de Direito Privado. 
b) O Direito Eleitoral é derivado do Direito Constitucional e, portanto, não se 
caracteriza como uma disciplina autônoma. 
c) O Direito Eleitoral é uma disciplina independente. 
d) O Direito Eleitoral disciplina os direitos políticos e as eleições de modo 
geral. 
e) O conceito de Direito Eleitoral é de difícil determinação, pois não possui 
institutos e normatividade próprios. 
Questão 04 – Inédita – 2015 
No que se refere ao conceito de Direito Eleitoral julgue o item subsequente. 
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O Direito Eleitoral é um ramo do Direito Público que possui institutos e 
normatividade próprios e trata essencialmente da Administração Pública e 
seu funcionamento. 
Questão 05 – Inédita – 2015 
Julgue o item que se segue como correto e ou incorreto. 
O Direito Eleitoral é classificado como pertencente ao ramo do Direito 
Público. 
Questão 06 – FCC/TRE-CE – Técnico Judiciário – Área 
Administrativa - 2012 
A respeito do alistamento e do voto, considere: 
I. Não podem alistar-se eleitores os que não saibam exprimir-se na língua 
nacional. 
II. O alistamento é obrigatório para os inválidos. 
III. O voto não é obrigatório para os que se encontrarem fora do seu 
domicílio. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) I e III. 
b) I e II. 
c) II e III. 
d) I. 
e) II. 
Questão 07 – CESPE/TRE-GO – Técnico Judiciário – Área 
Administrativa - 2015 
Julgue os itens que se seguem, referentes às Leis de n.º 9.504/1997 e n.º 
9.096/1995, bem como à Resolução TSE n.º 21.538/2003. 
O eleitor que, nos termos da legislação eleitoral, seja obrigado a votar e não 
o faça estará sujeito a multa caso não se justifique perante o juiz eleitoral 
competente até sessenta dias após a realização da eleição. 
Questão 08 – CESPE/TRE-GO - Técnico Judiciário - Área 
Administrativa – 2005 - adaptada 
No Brasil, de acordo com a Constituição Federal e com o Código Eleitoral, o 
alistamento eleitoral e o voto são obrigatórios para a maioria dos cidadãos 
com 18 anos ou mais de idade. Com relação a esse assunto, julgue os itens 
seguintes. 
O Código Eleitoral exclui da obrigatoriedade de alistamento os inválidos. 
==0==
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Questão 09 – IESES/TRE-MA – Técnico Administrativo - 2015 
Assinale a alternativa INCORRETA. De acordo com a Lei 4.737/65, sem a 
prova de que votou na última eleição, pagou a respectiva multa ou de que 
se justificou devidamente, não poderá o eleitor: 
a) Inscrever-se em concurso ou prova para cargo ou função pública, investir-
se ou empossar-se neles. 
b) Praticar qualquer ato para o qual se exija quitação do serviço militar ou 
imposto de renda. 
c) Renovar matrícula em estabelecimento de ensino oficial ou fiscalizado pelo 
governo. 
d) Obter passaporte ou carteira nacional de habilitação. 
Questão 10 - TJ-PR/TJ-PR – Juiz – 2010 - adaptada 
Segundo o CE, julgue o item seguinte 
Estão desobrigados do alistamento eleitoral os brasileiros de um e outro 
sexo: inválidos, maiores de 70 (setenta) anos e os que se encontrarem fora 
do País. 
Questão 11 – Inédita – 2015 
Tendo em vista as disposições introdutórias do CE, assinale a alternativa 
correta. 
a) O brasileiro nato que não se alistar até os 18 anos ou o naturalizado que 
não se alistar até um ano depois de adquirida a nacionalidade brasileira, 
incorrerá na multa. 
b) O brasileiro nato que não se alistar até os 19 anos ou o naturalizado que 
não se alistar até dois anos depois de adquirida a nacionalidade brasileira, 
incorrerá na multa. 
c) O brasileiro nato que não se alistar até os 19 anos ou o naturalizado que 
não se alistar até um ano depois de adquirida a nacionalidade brasileira, 
incorrerá na multa. 
d) O brasileiro nato que não se alistar até os 18 anos ou o naturalizado que 
não se alistar até dois anos depois de adquirida a nacionalidade brasileira, 
incorrerá na multa. 
e) O brasileiro nato que não se alistar até os 18 anos ou o naturalizado que 
não se alistar até três anos depois de adquirida a nacionalidade brasileira, 
incorrerá na multa. 
Questão 12 – Inédita – 2015 
De acordo com a teoria predominante atualmente quanto à hierarquia das 
normas do ordenamento jurídico, sabe-se que a Constituição é a norma 
suprema, dotada de supremacia perante todo o ordenamento interno do 
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país. Assim, as leis infraconstitucionais, devem guardar correlação material 
com a Constituição, sob pena de inconstitucionalidade. 
O Código Eleitoral é anterior à Constituição e, por isso, passa pelo crivo da 
recepção material. Em face disso, o Código Eleitoral, na parte recepcionada, 
ingressa em nosso ordenamento: 
a) com a mesma natureza jurídica, ou seja, como lei ordinária. 
b) integralmente como lei complementar. 
c) como normas constitucionais, por disciplinar direitos fundamentais de 
primeira dimensão. 
d) em parte como lei complementar e em parte como lei ordinária. 
e) como lei delegada. 
Questão 13 - Inédita – 2015 
Julgue o item subsequente. 
O Código eleitoral foi editado antes da promulgação da Constituição Federal 
de 1988, por essa razão todas as suas normas foram recepcionadas como 
lei ordinária. 
Questão 14 – Inédita – 2015 
Quanto as disposições introdutóriasdo Código Eleitoral, julgue o item que se 
segue. 
Todo poder emana do povo e será exercido em seu nome, por mandatários 
escolhidos, direta e secretamente, dentre candidatos indicados por partidos 
políticos nacionais, inclusive a eleição indireta nos casos previstos na 
Constituição e leis específicas. 
 4.2 – Gabarito 
Questão 01 – A Questão 02 – CORRETA 
Questão 03 – D Questão 04 – INCORRETA 
Questão 05 – CORRETA Questão 06 – ANULADA 
Questão 07 – CORRETA Questão 08 – CORRETA 
Questão 09 – D Questão 10 – CORRETA 
Questão 11 – C Questão 12 – D 
Questão 13 – INCORRETA Questão 14 – INCORRETA 
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4.3 - Questões Comentadas 
Conceito 
Questão 01 - PONTUA - TRE-SC - Técnico Judiciário - Área 
Administrativa - 2011 
Assinale a alternativa INCORRETA: 
a) O Direito Eleitoral é ramo do direito privado. 
b) É objeto do Direito Eleitoral a disciplina do registro de candidatos. 
c) O Direito Eleitoral disciplina o processo para escolha dos governantes. 
d) Compete privativamente à União legislar sobre Direito Eleitoral. 
Comentários 
A presente questão envolve o estudo dos assuntos iniciais de Direito Eleitoral. 
Vejamos cada uma das alternativas. 
A alternativa A está incorreta e é o gabarito da questão. Em razão dos temas 
tratados pelo Direito Eleitoral conclui-se que esse ramo jurídico se aloca no grupo 
do Direito Público. Assuntos como direitos políticos são temas de interesse do 
Estado e da coletividade, logo, de Direito Público, não de Direito Privado. 
A alternativa B está correta, pois um dos objetos do Direito Eleitoral é tratar do 
registro de candidatos. Por intermédio do registro dos candidatos. O registro 
constitui a inscrição na Justiça Eleitoral das pessoas escolhidas nas convenções 
para concorrem aos cargos políticos eletivos. 
A alternativa C está igualmente correta. Uma das principais atribuições do Poder 
Judiciário Eleitoral é regulamentar e coordenar o processo eleitoral que disciplina 
todo o procedimento de escolha dos governantes. 
A alternativa D está correta, pois retrata a regra prevista no art. 22, I, da CF. 
Vejamos: 
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: 
I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, 
espacial e do trabalho; (...) 
Logo, é competência privativa da União legislar sobre Direito Eleitoral. 
Questão 02 - FUNDEP/ TJ-MG - Juiz - 2014 - adaptada 
Julgue a afirmativa seguinte. 
Independente e próprio, com autonomia científica e didática, o Direito 
Eleitoral está encarregado de regulamentar os direitos políticos dos cidadãos 
e o processo eleitoral, cujo conjunto de normas destina-se a assegurar a 
organização e o exercício de direitos políticos, especialmente os que 
envolvam votar e ser votado. 
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Comentário 
A assertiva está correta, uma vez que retrata corretamente o conceito do Direito 
Eleitoral. 
Para identificação do conceito devemos lembrar dos elementos caracterizadores 
do conceito, quais sejam: a) ramo do Direito Público; b) normatividade e 
institutos próprios; e c) direitos políticos e eleições. 
Embora tecnicamente o mais correto fosse falar em autonomia (e não em 
independência), o Direito Eleitoral é uma disciplina didaticamente autônoma, 
que se encarrega dos direitos políticos e do processo eleitoral. Portanto, correto 
o conceito. 
Questão 03 – Inédita – 2015 
Quanto ao conceito de Direito Eleitoral e elementos caracterizadores, 
assinale a alternativa correta: 
a) O Direito Eleitoral é ramo do Direito Público, contudo, possui fortes 
características das disciplinas de Direito Privado. 
b) O Direito Eleitoral é derivado do Direito Constitucional e, portanto, não se 
caracteriza como uma disciplina autônoma. 
c) O Direito Eleitoral é uma disciplina independente. 
d) O Direito Eleitoral disciplina os direitos políticos e as eleições de modo 
geral. 
e) O conceito de Direito Eleitoral é de difícil determinação, pois não possui 
institutos e normatividade próprios. 
Comentários 
Vamos analisar cada uma das alternativas. 
A alternativa A está incorreta. O Direito Eleitoral é, de fato, disciplina que 
compõe o ramo do Direito Público. Trata-se que matéria que dispõe sobre os 
modos de assumir o Poder Público e regula as relações na esfera pública, 
por essa razão não poderia compor o ramo do Direito Privado, tampouco possui 
“fortes características” desse ramo. 
A alternativa B está incorreta, pois a disciplina de Direito Eleitoral é autônoma 
e possui institutos e normatividade próprios. Desse modo, não é correto 
afirmar que a disciplina deriva do Direito Constitucional, muito embora guarde 
correlação com esse ramo jurídico. 
A alternativa C também está incorreta, pois embora a disciplina de Direito 
Eleitoral seja autônoma ela não é independente, uma vez que se relaciona com 
diversas outras disciplinas, em especial com o Direito Constitucional. 
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A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. O Direito Eleitoral possui 
diversas matérias próprias, contudo, em essência, trata dos direitos políticos e 
das eleições. 
A alternativa E está incorreta, tendo em vista que um dos elementos 
caracterizadores do conceito de Direito Eleitoral é a existência de institutos e 
normatividade próprios. 
Questão 04 – Inédita – 2015 
No que se refere ao conceito de Direito Eleitoral julgue o item subsequente. 
O Direito Eleitoral é um ramo do Direito Público que possui institutos e 
normatividade próprios e trata essencialmente da Administração Pública e 
seu funcionamento. 
Comentários 
A assertiva está incorreta. Vejamos cada item do conceito. 
O Direito Eleitoral: 
 é um ramo do Direito Público – correto. 
 possui institutos e normatividade próprios – correto. 
 trata essencialmente da Administração Pública e seu funcionamento – 
incorreto! 
A disciplina que trata da Administração Pública e seu funcionamento é o Direito 
Administrativo. O Direito Eleitoral trata, essencialmente, dos direitos políticos e 
das eleições. 
Questão 05 – Inédita – 2015 
Julgue o item que se segue como correto e ou incorreto. 
O Direito Eleitoral é classificado como pertencente ao ramo do Direito 
Público. 
Comentários 
A assertiva está correta. 
Como dito, o Direito se divide em dois ramos essenciais, o Público e o Privado. A 
diferença entre eles é, em essência, o conjunto de pessoas envolvidas na 
relação. As disciplinas que compõe o ramo do Direito Privado tratam das relações 
entre particulares, no âmbito particular, enquanto as disciplinas de Direito Público 
envolvem o Estado, tal como se observa em relação ao Direito Eleitoral. 
DIREITO ELEITORAL Disciplina autônoma, mas não intedependente. 
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Se você teve dificuldades nas questões 01 a 05 retome o estudo do Capítulo 2 
desta aula. 
Disposições Introdutórias do CE 
Questão 06 – FCC/TRE-CE – Técnico Judiciário – Área 
Administrativa - 2012 
A respeito do alistamento e do voto, considere: 
I. Não podem alistar-se eleitores os que não saibam exprimir-se na língua 
nacional. 
II. O alistamento é obrigatório para os inválidos. 
III. O voto não é obrigatório para os que se encontrarem fora do seu 
domicílio. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) I e III. 
b) I e II. 
c) II e III.d) I. 
e) II. 
Comentários 
A banca pretendeu cobrar, nessa questão, conteúdo exclusivo do CE. Contudo, 
tal como alertado em aula, esses dispositivos não podem ser examinados sem 
levar em consideração as atualizações à legislação e, principalmente, das regras 
previstas na CF. 
De toda forma, vejamos qual o gabarito pretendido pela banca. 
Para responder à questão deveríamos conhecer os arts. 5º e 6º do CE: 
Art. 5º Não podem alistar-se eleitores: 
I – os analfabetos; 
II - os que não saibam exprimir-se na língua nacional; 
III - os que estejam privados, temporária ou definitivamente dos direitos políticos. 
Parágrafo único - Os militares são alistáveis, desde que oficiais, aspirantes a oficiais, 
guardas-marinha, subtenentes ou suboficiais, sargentos ou alunos das escolas militares de 
ensino superior para formação de oficiais. 
Art. 6º O alistamento e o voto são obrigatórios para os brasileiros de um e outro sexo, 
salvo: 
I - quanto ao alistamento: 
a) os inválidos; 
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b) os maiores de setenta anos; 
c) os que se encontrem fora do país. 
II - quanto ao voto: 
a) os enfermos; 
b) os que se encontrem fora do seu domicílio; 
c) os funcionários civis e os militares, em serviço que os impossibilite de votar. 
Com base nesses dispositivos, temos: 
 Item I correto, pois de acordo com o art. 5º, II, do CE, não podem alistar-se 
aqueles que não saibam exprimir-se na língua nacional. Contudo, segundo 
alertado em aula, o TSE entende que esse dispositivo não foi recepcionado pela 
Constituição Federal. 
 Item II incorreto, pois o voto não será obrigatório para os inválidos, conforme 
se extrai do art. 6º, I, a, do CE. 
 Item III correto, pois, de acordo com o art. 6º, II, b, do CE, o voto não será 
obrigatório para aqueles que se encontrem fora do domicílio. Registre-se que o 
voto continua obrigatório, competindo àqueles que estiverem fora do domicílio 
votar em trânsito – para as eleições presidenciais – ou justificar o voto. 
Desse modo, para a banca, o gabarito deveria ser a alternativa A. Contudo, pelo 
fato de a banca nem sequer ter expressado no cabeçalho da questão que cobraria 
assuntos conforme o Código Eleitoral, ANULOU as questões no gabarito 
definitivo. 
Questão 07 – CESPE/TRE-GO – Técnico Judiciário – Área 
Administrativa - 2015 
Julgue os itens que se seguem, referentes às Leis de n.º 9.504/1997 e n.º 
9.096/1995, bem como à Resolução TSE n.º 21.538/2003. 
O eleitor que, nos termos da legislação eleitoral, seja obrigado a votar e não 
o faça estará sujeito a multa caso não se justifique perante o juiz eleitoral 
competente até sessenta dias após a realização da eleição. 
Comentários 
Está correta a assertiva. O eleitor obrigado a votar, que não comparecer às 
urnas, deverá justificar o voto no prazo de 60 dias e não de 30 como prevê 
o CE. Essa regra vem insculpida no art. 7º da Lei nº 6.091/1974 que tem 
prevalência perante o CE uma vez que é lei posterior. 
Art. 7º O eleitor que deixar de votar e não se justificar perante o Juiz Eleitoral até sessenta 
dias após a realização da eleição incorrerá na multa de três a dez por cento sobre o salário 
mínimo da região, imposta pelo Juiz Eleitoral e cobrada na forma prevista no art. 367, da 
Lei 4.737, de 15 de julho de 1965. 
Portanto: 
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Questão 08 – CESPE/TRE-GO - Técnico Judiciário - Área 
Administrativa – 2005 - adaptada 
No Brasil, de acordo com a Constituição Federal e com o Código Eleitoral, o 
alistamento eleitoral e o voto são obrigatórios para a maioria dos cidadãos 
com 18 anos ou mais de idade. Com relação a esse assunto, julgue os itens 
seguintes. 
O Código Eleitoral exclui da obrigatoriedade de alistamento os inválidos. 
Comentários 
Está correta a assertiva, com fundamento no art. 6º, I, a, do CE: 
Art. 6º O alistamento e o voto são obrigatórios para os brasileiros de um e outro sexo, 
salvo: 
I - quanto ao alistamento: 
a) os inválidos; (...) 
Questão 09 – IESES/TRE-MA – Técnico Administrativo - 2015 
Assinale a alternativa INCORRETA. De acordo com a Lei 4.737/65, sem a 
prova de que votou na última eleição, pagou a respectiva multa ou de que 
se justificou devidamente, não poderá o eleitor: 
a) Inscrever-se em concurso ou prova para cargo ou função pública, investir-
se ou empossar-se neles. 
b) Praticar qualquer ato para o qual se exija quitação do serviço militar ou 
imposto de renda. 
c) Renovar matrícula em estabelecimento de ensino oficial ou fiscalizado pelo 
governo. 
d) Obter passaporte ou carteira nacional de habilitação. 
Comentários 
A questão cobra o conhecimento do art. 7º, inciso I, do CE. 
Art. 7º O eleitor que deixar de votar e não se justificar perante o Juiz Eleitoral até trinta 
dias após a realização da eleição incorrerá na multa de três a dez por cento sobre o salário 
mínimo da região, imposta pelo Juiz Eleitoral e cobrada na forma prevista no art. 367. 
§ 1º Sem a prova de que votou na última eleição, pagou a respectiva multa ou de que se 
justificou devidamente, não poderá o eleitor: 
I – inscrever-se em concurso ou prova para cargo ou função pública, investir-se ou 
empossar-se neles; 
PRAZO PARA JUSTIFICAR O VOTO 60 dias
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II – receber vencimentos, remuneração, salário ou proventos de função ou emprego público, 
autárquico ou paraestatal, bem como fundações governamentais, empresas, institutos e 
sociedades de qualquer natureza, mantidas ou subvencionadas pelo governo ou que 
exerçam serviço público delegado, correspondentes ao segundo mês subseqüente ao da 
eleição; 
III – participar de concorrência pública ou administrativa da União, dos Estados, dos 
Territórios, do Distrito Federal ou dos Municípios, ou das respectivas autarquias; 
IV – obter empréstimos nas autarquias, sociedades de economia mista, caixas econômicas 
federais ou estaduais, nos institutos e caixas de previdência social, bem como em qualquer 
estabelecimento de crédito mantido pelo governo, ou de cuja administração este participe, 
e com essas entidades celebrar contratos; 
V – obter passaporte ou carteira de identidade; 
VI – renovar matrícula em estabelecimento de ensino oficial ou fiscalizado pelo governo; 
VII – praticar qualquer ato para o qual se exija quitação do serviço militar ou imposto de 
renda. 
Assim, a alternativa D é o gabarito da questão, pois contempla as únicas 
possibilidades não previstas acima. Note que a alternativa fala em “carteira 
nacional de habilitação”, ao passo que o inc. V fala em “carteira de identidade”. 
Questão 10 - TJ-PR/TJ-PR – Juiz – 2010 - adaptada 
Segundo o CE, julgue o item seguinte 
Estão desobrigados do alistamento eleitoral os brasileiros de um e outro 
sexo: inválidos, maiores de 70 (setenta) anos e os que se encontrarem fora 
do País. 
Comentários 
Para responder à questão devemos conhecer o art. 6º I, do CE: 
Art. 6º O alistamento e o voto são obrigatórios para os brasileiros de um e outro sexo, 
salvo: 
I - quanto ao alistamento: 
a) os inválidos; 
b) os maiores de setenta anos; 
c) os que se encontrem fora do país. 
Notem que novamente houver a cobrança expressa e literal do CE, que arrola 
três situações nas quais o alistamento não será obrigatório, quais sejam: 
 Inválidos; 
 Maiores de 70; e 
 Aqueles que se encontrem fora do país. 
Embora haja ressalvas quanto à aplicabilidade do dispositivo, a assertiva está 
correta segundo a literalidade do CE. 
Questão 11 – Inédita – 2015 
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Tendo em vista as disposições introdutórias do CE, assinale a alternativa 
correta. 
a) O brasileiro nato que não se alistar até os 18 anos ou o naturalizado que 
não se alistar até um ano depois de adquirida a nacionalidade brasileira, 
incorrerá na multa. 
b) O brasileiro nato que não se alistar até os 19 anos ou o naturalizado que 
não se alistar até dois anos depois de adquirida a nacionalidade brasileira, 
incorrerá na multa. 
c) O brasileiro nato que não se alistar até os 19 anos ou o naturalizado que 
não se alistar até um ano depois de adquirida a nacionalidade brasileira, 
incorrerá na multa. 
d) O brasileiro nato que não se alistar até os 18 anos ou o naturalizado que 
não se alistar até dois anos depois de adquirida a nacionalidade brasileira, 
incorrerá na multa. 
e) O brasileiro nato que não se alistar até os 18 anos ou o naturalizado que 
não se alistar até três anos depois de adquirida a nacionalidade brasileira, 
incorrerá na multa. 
Comentários 
A alternativa exige o conhecimento dos prazos previstos no art. 8º, do CE. 
Art. 8º O brasileiro nato que não se alistar até os 19 anos ou o naturalizado que não se 
alistar até um ano depois de adquirida a nacionalidade brasileira, incorrerá na multa de 3 
(três) a 10 (dez) por cento sobre o valor do salário-mínimo da região, imposta pelo juiz e 
cobrada no ato da inscrição eleitoral através de selo federal inutilizado no próprio 
requerimento. (Redação dada pela Lei nº 4.961, de 1966) (Vide Lei nº 5.337,1967) (Vide 
Lei nº 5.780, de 1972) (Vide Lei nº 6.018, de 1974) (Vide Lei nº 7.373, de 1985) 
Parágrafo único. NÃO se aplicará a pena ao não alistado que requerer sua inscrição eleitoral 
até o centésimo primeiro dia anterior à eleição subsequente à data em que completar 
dezenove anos. (Incluído pela Lei nº 9.041, de 1995) 
Assim, de acordo com a literalidade do artigo, está correta a alternativa C que 
é o gabarito da questão. 
Em relação às demais alternativas, destacamos os erros: 
a) O brasileiro nato que não se alistar até os 18 anos ou o naturalizado que 
não se alistar até um ano depois de adquirida a nacionalidade brasileira, 
incorrerá na multa. 
b) O brasileiro nato que não se alistar até os 19 anos ou o naturalizado que 
não se alistar até dois anos depois de adquirida a nacionalidade brasileira, 
incorrerá na multa. 
d) O brasileiro nato que não se alistar até os 18 anos ou o naturalizado que 
não se alistar até dois anos depois de adquirida a nacionalidade brasileira, 
incorrerá na multa. 
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e) O brasileiro nato que não se alistar até os 18 anos ou o naturalizado que 
não se alistar até três anos depois de adquirida a nacionalidade brasileira, 
incorrerá na multa. 
Questão 12 – Inédita – 2015 
De acordo com a teoria predominante atualmente quanto à hierarquia das 
normas do ordenamento jurídico, sabe-se que a Constituição é a norma 
suprema, dotada de supremacia perante todo o ordenamento interno do 
país. Assim, as leis infraconstitucionais, devem guardar correlação material 
com a Constituição, sob pena de inconstitucionalidade. 
O Código Eleitoral é anterior à Constituição e, por isso, passa pelo crivo da 
recepção material. Em face disso, o Código Eleitoral, na parte recepcionada, 
ingressa em nosso ordenamento: 
a) com a mesma natureza jurídica, ou seja, como lei ordinária. 
b) integralmente como lei complementar. 
c) como normas constitucionais, por disciplinar direitos fundamentais de 
primeira dimensão. 
d) em parte como lei complementar e em parte como lei ordinária. 
e) como lei delegada. 
Comentários 
Conforme vimos, o CE foi recepcionado em parte como lei complementar e em 
parte como lei ordinária, conforme entendimento do STF. 
 
Fora as normas relativas à organização e competência da Justiça Eleitoral, as 
demais normas, se compatíveis materialmente com a Constituição Federal, 
ingressaram em nosso ordenamento como leis ordinárias. 
Logo, a alternativa D é a correta e gabarito da questão. 
Questão 13 - Inédita – 2015 
Julgue o item subsequente. 
O Código eleitoral foi editado antes da promulgação da Constituição Federal 
de 1988, por essa razão todas as suas normas foram recepcionadas como 
lei ordinária. 
Comentários 
EMBORA TENHA SIDO EDITADO, NA ORIGEM, COMO LEI 
ORDINÁRIA, FOI RECEPCIONADO PELA CONSTITUIÇÃO DE 
1988 COMO LEI COMPLEMENTAR NA PARTE QUE DISCIPLINA 
A ORGANIZAÇÃO E A COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA ELEITORAL.
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A assertiva está incorreta. Na parte que disciplina a Justiça Eleitoral o Código 
Eleitoral foi recepcionado como Lei complementar, devido ao ditame 
constitucional. As demais normas foram recepcionadas como Lei ordinária. 
 
Questão 14 – Inédita – 2015 
Quanto as disposições introdutórias do Código Eleitoral, julgue o item que se 
segue. 
Todo poder emana do povo e será exercido em seu nome, por mandatários 
escolhidos, direta e secretamente, dentre candidatos indicados por partidos 
políticos nacionais, inclusive a eleição indireta nos casos previstos na 
Constituição e leis específicas. 
Comentários 
A assertiva exige o conhecimento do art. 2º, do CE. 
Art. 2º Todo poder emana do povo e será exercido em seu nome, por mandatários 
escolhidos, direta e secretamente, dentre candidatos indicados por partidos políticos 
nacionais, ressalvada a eleição indireta nos casos previstos na Constituição e leis 
específicas. 
Existe previsão na Constituição de que ocorrendo situação excepcional de 
vacância do titular e vice, dos ocupantes de mandato eletivo no Poder Executivo 
(Presidente, Governador e Prefeito) nos dois últimos anos do mandato, haverá 
convocação para eleições indiretas, a serem realizadas pelo Poder Legislativo. No 
caso de eleição indireta o Código Eleitoral não irá conter normas que a 
disciplinem, por isso da exceção mencionada no artigo. 
Desta forma, a assertiva está incorreta. 
 
Se você teve dificuldades nas questões 06 a 14 retome o estudo do Capítulo 3 
desta aula. 
EMBORA TENHA SIDO EDITADO NA ORIGEM COMO LEI 
ORDINÁRIA, FOI RECEPCIONADO PELA CONSTITUIÇÃO DE 
1988 COMO LEI COMPLEMENTAR NA PARTE QUE DISCIPLINA 
A ORGANIZAÇÃO E COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA ELEITORAL.
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5 - Resumo da Aula 
Para finalizar o estudo da matéria, trazemos um resumo dos 
principais aspectos estudados ao longo da aula. Nossa 
sugestão é a de que esse resumo seja estudado sempre 
previamente ao início da aula seguinte, como forma de 
“refrescar” a memória. Além disso, segundo a organização 
de estudos de vocês, a cada ciclo de estudos é fundamental 
retomar esses resumos. Caso encontrem dificuldade em 
compreender alguma informação, não deixem de retornar à 
aula. 
Conceito 
 CONCEITO DOUTRINÁRIO (Francisco Dirceu Barros) 
O Direito Eleitoral é ramo do Direito Público que trata dos institutos relacionados com os 
direitos políticos e das eleições, em todas as suas fases, como forma de escolha dos titulares 
dos mandatos eletivos e das instituições do Estado. 
 ELEMENTOS CARACTERIZADORES 
 
 CONCEITO PARA FINS DE PROVA 
 
Disposições Introdutórias do Código Eleitoral 
 RECEPÇÃO DO CÓDIGO ELEITORAL 
 
 Demais normas do Código permanecem como lei ordinária. 
 ORGANIZAÇÃO E EXERCÍCIO DOS DIREITOS POLÍTICOS 
DIREITO 
ELEITORAL
ramo do Direito 
Público
possui institutos e 
princípios próprios
disciplina direitos

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