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Resumo Semiologia - 4 período

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ANAMNESE E EXAME CLÍNICO
Importância da ficha clínica:
Identificação/odontograma (odonto-legal);
Ética (dados pessoais, íntimos do paciente);
Jurídica (tudo bem descrito, sem rasuras);
Cunho científico (dados podem ser utilizadas para pesquisa).
Exame Clínico
Anamnese
Interrogatório verbal, simples, objetivo e de fácil entendimento.
O profissional precisa:
Ser atencioso e motivado a ouvir e registrar de forma escrita;
Ser discreto e inspirar confiança;
Utilizar linguagem respeitosa e adequada ao atendimento;
Aproveitar a anamnese para dar início ao exame físico, observando todas as partes descobertas
(problema ao caminhar, cicatriz, assimetria);
Não deve demonstrar sentimentos desfavoráveis como irritação, tristeza ou desprezo.
Pode ser dividida em:
Identificação do paciente
Dados pessoais;
Dados de origem (nacionalidade, naturalidade);
Dados de localização (residência, endereço, profissional, telefone);
Dados ocupacionais (profissão - aquilo em que é formado; ocupação - aquilo em que trabalha).
História clínica
Conjunto de informações colhidas na anamnese junto ao paciente sobre doenças anteriores,
influências hereditárias na sua vida, influências de fatores ambientais, de hábito, vícios, tra-
balhos, etc.
Deve constar:
Queixa principal - razão que levou a procurar o consultório. É o motivo que leva o paciente a 
procurar atendimento profissional e deve ser anotado com as próprias palavras do mesmo, entre 
aspas. O que está incomodando exatamente da maneira descrita entre aspas.
Histórico da doença atual - relato em ordem cronológica, que inclui dados sobre o início, lo- 
calização, duração e evolução dos sinais e sintomas de um processo patológico atual. Descrever
de maneira técnica e detalhada. Toda a história relacionada a queixa principal.
-
±?
÷
;
÷
História patológica pregressa - relato do conjunto de informações sobre episódios patológicos 
que já acometeram o paciente. Doenças que o paciente já teve antes. Pode ser feita através da:
revisão de sintomas, perguntas livre, ocorrências por ordem cronológica.
História familiar/familial - histórico de doenças na família (diabetes, hipertensão, infecções).
Familial: relativo ao estado de saúde dos ascendentes e descendentes.
Familiar: relativa ao estado de saúde das pessoas que convivem com aquele indivíduo,
podendo ser da mesma árvore genealógica ou não.
Histórico social - Informações que irão ajudar o profissional a avaliar a interação do indiví-
duo com o meio em que vive, aspectos econômicos e possíveis relações entre duas atuais culturas.
Exame Físico
Aferição dos sinais vitais:
Pressão arterial: importante na verificação da função e eficiência cardíaca.
Normal - 120 por 80/130 por 85;
Hipertensão (pressão alta) - 130 por 90 (padrão americano) e 140 por 90 (padrão europeu.
Escola brasileira segue o padrão europeu);
Estetoscópio - colocar na fossa antecubital, um pouco mais para parte interna do braço,
encostando o diafragma direto na pele do paciente para verificar o pulso braquial.
Hipotenção (pressão inferior à média);
Convergente (pressão sistólica e diastólica se aproximam. Ex: 120/100 mmHg);
Divergente (quando a sistólica e a diastólica se afastam. Ex: 120/40 mmHg);
Passo a passo de como aferir a pressão:
1. Manguito com bolsa inflável é colocado em torno da região superior do braço;
2. Estetoscópio com diafragma/corpo colocado na fossa antecubital;
3. Com o estetoscópio na posição e o bulbo e a válvula fechados, o manguito é inflado até apro-
ximadamente 200 mmHg pelo bombeamento do bulbo do esfigmomanômero; 
4. Girar a válvula liberando o ar lentamente e observar o ponteiro descer e auscultar a pressão
sistólica (primeiro som) e a pressão diastólica (último som).
Bulbo
Válvula
Manômetro
Manguito
↳
↳
Obs :
↳
=
→
→
→
→
→
-
-
-
I
Obs :
Pulso: Fornece dados relevantes com relação ao estado cardiocirculatório do paciente.
Determinação qualitativa do pulso:
Ritmo - sequência das pulsações. Pode ser regular (intervalos iguais) ou irregular.
Amplitude - filiforme (circulação fraca) e forte (circulação forte).
Sítios anatômicos para fazer aferição do pulso:
Pulso radial (segue o polegar);
Pulso braquial (mais utilizado para aferir a pressão arterial);
Pulso carotídeo (quando não consegue identificar o pulso braquial. Área que abrange
a traqueia e o esternocleidomastóideo);
Pulso femoral (encontrado na virilha do paciente).
Frequência respiratória: auxilia na avaliação diagnóstica do estado cardiopulmonar.
Determinações quantitativas do pulso (frequência): deve ser contada durante 60seg, e 
varia entre 60 e 100 pulsações por minuto.
Terminologia do pulso (frequência):
Normocardia - freqüência normal (60-100bpm);
Bradicardia - frequência abaixo do normal (< 60bpm);
Taquicardia - frequência acima do normal (> 100bpm);
Taquisfgmia - pulso fino e taquicárdico;
Bradisfigmia - pulso fino e bradicárdico.
É verificado pela observação dos movimentos do tórax durante a respiração, pelo abaixar e 
levantar da região (homem - abdômen e mulher - colo);
Frequência normal: 12 a 20 ciclos por minuto; Não avisar ao paciente, pois pode 
ocorrer alteração na frequência Terminologia da respiração:
Dispneia - dificuldade de respirar;
Eupneia - respiração normal - 12 a 20 por minuto (eupneico);
Taquipneia - aumento da frequência respiratória;
Bradipneia - redução da frequência respiratória;
Apneia - ausência de movimentos respiratórios;
Ortopneia - dispneia em decúbito, aliviada pelo menos parcialmente ao sentar, ou pela ele-
vação parcial do tronco.
Temperatura:
Obtida através do termômetro (o de mercúrio é mais fidedigno);
Normal: até 36,5 a 37˚C de temperatura axilar (retal é 5 décimos mais elevada e oral 3); 
Terminologia da temperatura:
Normotermia - temperatura corporal normal;
Febrícula - 37,2˚C a 37,8˚C;
÷
→
→
À
→ 7
→
L
Í
→
→
Febre/Hipertermina - a partir de 37,9˚C;
Pirexia - maior que 39˚ a 40˚C;
Hiperpirexia - maior que 40˚C;
Hipotermia - temperatura abaixo do normal. Pode ser leve (32˚ a 35˚C), moderada (30 a
32˚C) e grave (menor que 30˚C).
História Médica
“Explorar” os sistemas do paciente
Generalidades:
Residência rural/urbana; 
Profissões exercidas (estresse);
Medicamentos usados (anote todos de forma clara);
Perda/ganho de peso (em quanto tempo? qual motivo?)
Faz/fez quimioterapia ou radioterapia;
É ou já foi usuário de drogas (importante pois muitos procedimentos usam anestésicos);
Hábitos e vícios.
Exantemas comuns na infância e doenças infecciosas (caxumba, rubéola, varicela, etc);
Pode não contribuir ou pode existir uma condição 
sistêmica associada com a queixa principal.
São anotados:
Vacinações relatadas, tanto na infância quanto tardiamente, na vida adulta;
Hospitalizações, informações sobre a natureza das internações e qualquer procedimento 
cirúrgico que o paciente tenha relatado;
História de medicamentos utilizados pelo paciente no presente e no passado (anotando 
qualquer efeito adverso ou reação alérgica, anotar também a dosagem e a via administrada );
Distúrbios das articulações: 
Metabolismo do cálcio;
Paciente com osteoporose (cuidado 
com o bifosfonato, pois pode gerar osteonecrose);
Artrite (cefaleia, mordida aberta);
Calcificações ósseas (síndromes);
Doenças trasmissíveis: 
Sífilis; sífilis congênita;
Distúrbios hepáticos:
Gonorréia;
Tuberculose;
HIV;
Hepatite.
Alterações de coagulação;
Metabolismo de drogas (superdosagem por não
metabolizar adequadamente);
Transplantados (imunossupressão);
Coagulopatia;
Distúrbios salivares:
Xerostomia (pode ter relação com
medicação em uso, doença sistêmica,
fatores locais);
Hipersalivação (pode estar relacionada
com medicação de parkinson).
Distúrbios oftálmicos
÷ :
Distúrbios da ATM:
Artrite inflamatória/degenerativa
Alteração na oclusão;
relacionada a ATM;
Alteração interna do disco (limitação na
abertura e fechamento da boca);
Bruxismo;
Doenças cardiovasculares:
Hipertensão; 
Aterosclerose;
Doenças congênitas;
Angina pectoris;
Usuário de marca-passo;Usa ou não algum medicamento continuo?
Distúrbios endócrinos:
Diabetes melito;
Hipertireoidismo (mais sensível a epinefrina);
Hipotireoidismo;
Hiperparatireoidismo;
Distúrbio neurológicos:
Medicamentos que podem ser utilizados
podem desenvolver desordens gustativas,
olfativas, hiperplasia gengival e pigmen-
tação em mucosa oral.
Distúrbios Gastrointestinais:
Gastrite atrófica (anemia perniciosa);
Língua desnuda/careca;
Colite ulcerativa (pioestomatite vegetante);
Enteropatia do glúten (úlceras bucais/afita);
Distúrbios sanguíneos:
Anemia (glossite atrófica);
Trabeculado ósseo (aspecto de escada);
Hemofilia (podem apresentar petéquias na
na mucosa, esquimoses, sangramentos
espontâneos);
Leucemia (hemorragia gengival espontâ-
nea, tumefação extraoral indolor, infecção
bucal aguda).
Atenção às medicações que serão prescritas,
devem ser muito bem pensadas, pois são pacientes
que podem apresentar até hemorragia diante de 
um medicamento como anti-inflamatórios não
esteroidais. São pacientes mais sensíveis à medi-
cação. Podem apresentar alterações em cavidade
oral relacionadas a distúrbios gastrointestinais. 
Diagnóstico e plano de tratamento são formados a partir de:
Anamnese - exame físico - exame físico - exames complementares - exame radiográfico.
extra-oral intra-oral
Exame Físico
Engloba o exame intra-oral e extra-oral, além disso, utiliza-se meios para auxiliar no
diagnóstico, são eles os exames complementares e exames radiográficos.
Manobras semiotécnicas:
Inspeção - sem tocar, apenas olhando é possível verificar alterações no paciente (marcha,
mancha, cicatriz);
Palpação - utiliza o sentido de tato, de preferência sempre apalpar bilateralmente para 
sentir se há alteração em determinada área;
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-
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-
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Obs : .
Obs :
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-
→
:
Loco-regional - inspeção da face, cabeça e pescoço (assimetria facial, etc);
Auscultação - escutar, normalmente é utilizado o estetoscópio (colocar na ATM e verificar 
se há estalido, crepitação);
Olfação - utiliza-se o olfato para perceber se o paciente tem algum cheiro diferente (necrose, 
hálito cetônic);
Percussão - utiliza-se o cabo do espelho para fazer percussão vertical e horizontal do dente, 
com o intuito de verificar se há alteração no ápice dentário/problema endodôntico (vertical) 
e nos ligamentos periodontais/problema periodontal (horizontal);
Diascopia/vitropressão - utiliza-se material transparente exercendo pressão em lesões pigmen-
tadas com o objetivo de verificar se é uma lesão vascular (some) ou por pigmento externo.
Exames por imagem - radiografias (periapicais são as mais frequentes), tomografias (mais 
comum é a cone beam), ressonância magnética, ultrassonografia;
Teste de sensibilidade dentária - utilizada para verificar qual dente está com problema, se
tem problemas endodônticos (teste a frio). Verifica se o dente está vital ou não. 
Inspeção geral do paciente: identificar alterações de forma geral no paciente.
Observar a marcha, presença de cicatrizes, assimetrias, unhas e pele. 
Inspeção loco-regional: área que o dentista mais trabalha (face, cabeça e pescoço).
Observar assimetrias, pelo (alopecia, falha nas sobrancelhas, cílios), cabelo, cicatrizes.
Exame físico extra-oral:
Erupções e nódulos (lesões actínicas, neurofibromatose); 
Musculatura (hábitos parafuncionais - bruxismo, distúrbios da ATM);
Cadeia ganglionar (infecção na garganta, afita, lesões em bocas, tumores). Posicionado 
atrás do paciente deve-se palpar anteriormente ao esternocleidomastoideo e bilateralmente 
a cadeia ganglionar (comparando os dois lados);
Assimetrias faciais e pescoço (lesões intra-ósseas, infecções odontogênicas, desvio de linha 
média - ponto de referência glabela (fixo) e mento (móvel); 
Exoftalmia (distúrbios hormonais, síndromes);
Glândulas salivares (aumento de volume das glândulas salivares - cálculo dentário, infla-
mação da parótida).
Problema extra-oral pode estar relacionado com problema intra-oral 
Exame da ATM
Existe dor?
Crepitação (barulho de papel alumínio amassado)? 
Estalido (estalo)?
Quando está parado sente dor?
Quando abre e fecha a boca sente dor?
Há desvio de linha média?
Examinar através da auscultação e 
palpação da região da ATM
Posicionar-se atrás do paciente com as 
mãos anteriores ao tragos/ouvido externo
-
:
:
:
:
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7
L
i
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-
e µ
Avaliação das cadeias ganglionares:
Palapação bidigital/bilateral (comparando um lado com o outro);
Avaliar as cadeias submandibular, sublingual, submentoniana e cervical do paciente.
Exame físico intra-oral:
Lábios - vermelhão labial (cor dos lábios, atrofia, limites, ressecamento, fissuras, queilite);
Bochechas - mucosa jugal (nódulos, hiperceratose, morsicatio buccarum);
Espaço retromolar (cistos, turmores);
Verificação dos tecidos moles e duros usando os dedos como pinças afastando os lábios para
visualizar freios, bridas, fundo de vestíbulo;
Língua (saburrosa, fissurada, lesão por trauma);
Base de língua (hipertrofia de papilas, tumores, hiperceratose);
Assoalho bucal (rânula, lesões eritematosas);
Palato (coloração, assimetria, lesões indicativas de trauma);
Amígdalas (ausência ou não, coloração, hipertrofia, pus, resto de alimento);
Limite orofaríngeo (coloração, ulceração).
Essencial fazer inspeção e palpação durante o exame intra-oral
Exame periodontal: Avaliar o periodonto (edemaciado, vermelidão, secreção). Utilizar a sonda
milimetrada.
Odontograma: Verificação da parte dentária.
Deve ser feita a profilaxia antes 
do início da avaliação dentária
Utilizar o espelho com o cabo para fazer a inspeção dos
dentes (visão indireta);
Palpação bidigital do fundo de vestíbulo e palato (nódulo, massa tumoral);
Fazer percussão vertical (verificar o ápice do dente) e horizontal ( para verificar o ligamento 
periodontal);
Teste de sensibilidade:
Fazer isolamento relativo (colocar roletes de algodão e secar a área);
Utilizar o cotonete com gás (endoice) na ponta em área cervical tanto por vestibular 
quanto por lingual/palatina;
Sempre começar pelos dentes adjacentes ao que acreditasse ter dor.
Dentes hígidos e cariados;
Dentes retidos (tumores, cistos). Visualização através de radiografia;
Diastema (dentes retidos, hipodontia, odontoma);
Atrição/abrasão/erosão (tipos de alimentos, problemas gástricos, modo de escovação);
Hipoplasia de esmalte (gestação, síndromes, hiperparatireoidismo);
Manchas (fluorose, medicamentos - tetraciclina, hábitos alimentares);
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→
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L
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I
-
i
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:
É possível que durante o odontograma seja necessário exames por imagem, sendo mais 
utilizado o exame radiográfico.
Quando é solicitado a radiografia?
Cáries profundas (verificar se atingiu a polpa ou não);
Trabalhos por prótese (coroas totais ou parciais);
Restos radiculares;
Mudanças de cor no dente;
Suspeita de cárie proximal;
EXAME PERIODONTAL
Manter a integridade do dente em relação ao osso;
Manter a integridade da superfície da mucosa mastigatória da cavidade oral.
Função:
Inserir o dente no tecido ósseo;
Divide-se em:
Periodonto de proteção: gengiva
Periodonto de sustentação/inserção: cemento, ligamento periodontal e osso alveolar.
Não deve ser feito profilaxia antes do 
exame periodontal ser realizado, pois se o 
paciente apresenta biofilme e for realizada 
a profilaxia, não será possível analisar 
como é a higiene bucal do paciente.
Exame periodontal:
Inspeção;
Palpação;
Sondagem;
Percurssão
Anatomia:
Papila interdentária - Sua forma é determinada pelas relações de contato entre os dentes, a 
largura das superfícies proximais e o curso da junção amelo-cementaria (Forma piramidal em
dentes anteriores e forma mais achatada, aspecto côncavo nos dentes posteriores.
Gengiva livre - Não é aderida ao dente. Forma o sulco gengival (de 0,5 a 3mm) em sua con-
dição saudável.
Gengiva inserida - Inserida ao osso pelas fibras do tecido conjuntivo. Vai da ranhura gengi-
val livre (RGL) até a linha mucogengival (LMG) onde se juntacom a mucosa alveolar.
Sua largura varia de acordo com a região da boca e de acordo com o indivíduo.
Ligamento periodontal - formado por fibras colágenas que inserem o dente ao osso.
Obs :
Obs :
.
-
7
e
:L.
-
:
Obs :
-
Mucosa alveolar - não aderida ao osso. Formado por fibras elásticas com cor mais escura que 
a gengiva inserida (tecido mais vascularizado) e não queratinizada.
Área de col - Tecido não queratinizado e com a forma côncava. Localizada abaixo da área de 
contato entre os dentes.
Linha mucogengival - divide gengiva inserida da mucosa alveolar.
Linha mucogengival não está presente no palato, pois o mesmo é mucosa mastigatória.
Mucosa oral:
Mucosa mastigatória - Tecido que entra em contato na hora da mastigação. Ex: cobre o pro-
cesso alveolar e circunda a porção cervical dos dentes.
Mucosa de Revestimento - Tecido que reveste as estruturas. Ex: mucosa jugal, palato mole,
assoalho de língua, mucosa alveolar.
Mucosa especializada - Tecido com diferentes características e tipos de estruturas em uma
mesma superfície/mucosa. Ex: dorso da língua (papilas gustativas).
Gengiva:
Parte da mucosa mastigatória que cobre o processo alveolar e circunda a porção cervical dos
dentes;
Consistência firme;
Cor rósea (calcasianos) e escuras (negros e asiáticos);
Se relaciona com a mucosa alveolar através da linha mucogengival.
Stippling/aspecto casca de laranja: projeções de tecido conjuntivo periférico, sendo apre-
sentado em alguns pacientes. Não é sinal de saúde e nem de doença.
Avaliação visual de saúde periodontal:
Coloração da gengiva;
Edema/inchaço;
Sangramento;
Presença de secreção;
Exame periodontal:
Avaliar a presença de placa bacteriana (biofilme);
Avaliar fatores retentivos de placa (restaurações defeituosas, rugosidades da raiz, cálculo); 
Sondagem (verificar presença de bolsas periodontais, perda de inserção, sangramentos, cál-
culo subgengival)
Sonda milimetrada (usada para fazer sondagem) - deve ser introduzida com movi-
mento suave próximo a superfície do dente (margem gengival). Deve tocar o epitélio juncional
e não se aprofundar muito abaixo da gengiva (significando que é uma gengiva firme e 
saudável).
-
Obs :
:
:
:
:
-
Obs :
:
:
:
-
Obs :
Sondas plásticas - utilizadas para realização de exames em pacientes com implante.
Como é medido:
Profundidade bolsa - da margem gengival ao fundo da bolsa.
Nível de inserção - da junção cementoesmalte (JCE) ao fundo da bolsa.
Retração gengival - da JCE a margem gengival.
Envolvimento de furca:
grau 1 (até 1/3 da largura da raiz);
grau 2 (2/3 ou mais da largura da raiz);
grau 3 (de lado a lado da raiz, ultrapassa tudo);
Teste de mobilidade (utiliza o cabo de algum instrumental):
grau 1 (até 1mm);
grau 2 (acima de 1mm no sentido horizontal);
grau 3 (mobilidade vertical e horizontal).
Cálculo dental:
Representa a placa bacteriana mineralizada;
Aspecto clínico - coloração branco-amarelada ou marrom e dureza moderada;
Distribuição - mais frequente próximo as saídas das glândulas salivares (incisivos inferi-
ores e primeiros molares superiores);
Diagnóstico - visual e táctil.
Divide-se em: cálculo supragengival (acima da gengiva) e subgengival (abaixo da gengi-
giva);
Tratamento - remoção do cálculo.
Cálculo na etiologia das doenças periodontais:
Forte associação entre a presença de cálculo e da severidade da doença;
Sempre coberto por placa bacteriana;
Mantém o depósito microbiano próximo ao tecido gengival.
Evolução da doença periodontal: Gengivite X Periodontite:
Gengivite - inflamação gengival;
Periodontite - Inflamação gengival com perda de inserção (bolsa periodontal).
O que caracteriza a saúde periodontal 
é a ausência de sangramento
Paciente saudável com perda de inserção: 
Paciente já teve periodontite;
Tratamento ortodôntico;
Características: Gengivite
Inflamação (edema, rubor, calor, dor);
Sangramento;
Pseudobolsa;
Cálculo supragengival;
Ausência de perda de inserção.
Periodontite:
Perda óssea e de inserção (bolsa);
Sangramento;
Retração gengival em alguns casos;
Cálculo supra e subgengival;
Mobilidade.
Obs :
Obs :
:
:
:
:
:
-
÷
→
→
7 Obs :
.
L .
-
; Ii
Pseudobolsal - aumento de volume sem perda de inserção.
Uma gengivite não tratada pode 
evoluir para uma periodontite.
Retração gengival - migração apical da margem gengival. Pode ocorrer devido a perio-
dontite, movimentação ortodôntica, etc.
Periodontite pode ser: (de acordo com a perda de inserção)
Leve (de 1 a 2mm);
Severa (maior que 5mm).
Moderada (de 3 a 4mm);
Em periodontite severas pode haver mobilidade e alterações das papilas.
Pré-requisitos para início e progressão das doenças periodontais: patógeno virulento,
hospedeiro suscetível, tempo e ambiente/local.
Tratamento:
Raspagem (supra e subgengival) e alisamento;
Polimento coronário (profilaxia);
Excisão cirurgia/gengivectomia;
Exodontia;
Instrução de higiene oral;
Na ficha há uma parte “Exame periodontal” (escrever se o paciente tem placa, bolsa,
gengivite, cálculo dental); Ex: 16 (M 6mm).Bolsa de 16mm na mesial do primeiro molar su-
perior direito.
Tabagismo devido as substâncias químicas e o calor, há pouco sangramento ou não
tem sangramento, pode camuflar a inflamação. Paciente apresenta mucosa pálida, escurecida
por conta da nicotina, perda óssea, bolsas, envolvimento de furca e mobilidade em maior grau
do que em um paciente não fumante. 
Aumento gengival associado a medicamentos: Ciclosporina, fenitoína (hidantal) e 
nifedipina (adalat) - hiperplasia gengival medicamentosa. Nesse caso, o biofilme não
é considerado um fator etiológico mas sim um fator contribuinte.
Exame radiográfico: Possível visualizar o suporte periodontal e lesões ósseas. Consegue ver a 
evolução da periodontite. É possível ver:
Cálculos subgengivais;
Lâmina dura;
Reabsorção óssea (horizontal e vertical);
Espaço do ligamento periodontal;
Raízes.
Periapical completo e bite-wing, são os 
exame radiograficos pedidos para avaliar 
problemas periodontais, pois através 
deles é possível avaliar os detalhes
Obs :
- 7
e
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Obs :
Obs :
:
:
-
Obs:
Obs:
Obs:
- )
:
-
e L
EXAME DENTÁRIO
Primeiro passo para o exame dentário: 
Profilaxia das faces dentárias para uma adequada inspeção. Depois de realizar o 
exame físico e após o 
exame periodontalProfilaxia é feita com:
Caneta de baixa rotação;
Escova de robson (sulcos e superfícies oclusais);
Taça de borracha (superfícies livres/lisas - vestibulares, linguais e palatinas);
Pasta profilática (deve ser colocada no pote dappen);
Escova de robson não é utilizada nas vestibulares e linguais pois pode provocar lesão na
gengiva ou no caso de dentes com raiz exposta, pode provocar desgaste na raiz.
Instrumentais para exame clínico dentário:
Espelho (visão indireta, usar como ferramenta para afastar mucosa);
Pinça para algodão;
Sonda exploradora;
Sonda periodontal;
Para fazer o exame, o dente deve estar: limpo, seco, iluminado e visão indireta (espelho).
Odontograma:
Onde é anotado as observações feitas no exame dentário;
É anotado os dentes hígidos, cariados, restaurados, ausentes, manchas, coroas totais, etc;
Deve saber diferencia restauração por amálgama para restauração metálica fundida, que é 
usada para cavidades maiores que podem envolver cúspides;
Deve saber identificar uma restaurações em resina (com a sonda é possível identificar, pois 
a textura do dente é diferente);
Deve saber diferenças anatômicas dentárias (para identificar anomalias, falta de elementos);
Dentes hígidos - brilho normal do esmalte; 
Restaurações em amálgama - passando a sonda para verificar as condições da restauração;
Restauração metálica fundida - cobre as cúspides (a restauração protege o dente);
Coroas totais - metálicas, de resina, de porcelana/cerâmica, metal e cerâmica;
Diagnóstico da lesão de cárie: Inspeção e exame por imagem.
Inspeção: 
Sonda exploradora - com ponta romba deve ser usada como auxiliar na inspeção visual, sem 
pressão, para remover biofilme remanescente após profilaxiaou detritos da fissura, facilitando
o diagnóstico visual, baseado na coloração ou cavitação.
Jamais utilizar sonda exploradora em superfícies lisas.
- -
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→
1
→
→
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Exame radiografico:
Mais usados são o periapical e interproximal.
Periapical: mostra mais detalhe (periapice, cárie, ligamento, perda óssea, toda região de
periodonto).
Interproximal/bite-wing: visualizar melhor a região proximal, avaliar presença de cárie e
restaurações. 
Elástico ortodôntico pode ser usado quando não tem a opção do raio-x para ter uma visão
melhor da área proximal.
Transiluminação por fibra óptica: 
Luz infravermelha ilumina a região e ultrapassa o dente sadio. Em um dente com cárie, res-
tauração ou fissura, a reabsorção da luz é diferente. 
Doença cárie:
Doença multifatorial, vinculada a fatores do hospedeiro e relacionada à questões como dieta
e higiene bucal;
Disbiose (desequilíbrio) desencadeado pelo consumo de alimentos cariogênico;
O consumo é mais importante para causar cárie do que apenas a presença desses microorga-
Desmineralização da porção inorgânica e pela destruição da substância orgânica do dente;
nismos (em contato com o açúcar farão a metabolização e deixaram o meio ácido e se multipli-
carão);
Não é considerada uma doença infectocontagiosa e sim uma disbiose (desequilibrio).
Quando é possível reverter é considerado mancha branca que podem estar ativas ou inativas.
Ativas: 
No esmalte - se apresentam como manchas brancas, rugosas e opacas com semelhança de
giz branco. 
Na dentina - se apresenta como um tecido dentinário amolecido de cor marrom clara ou 
amarelada.
O esmalte fica opaco pois se torna mais poroso diminuindo o tamanho e número dos cris-
tais e consequentemente aumento dos espaços intercristalinos.
Inativas:
No esmalte - Mancha branca remineralizada, então será brilhante ou pigmentada e lisas.
Na dentina - tecido duro e escurecido (dentina reparadora). 
Classifica a cárie de acordo com:
Localização:
Superfície lisa (como nas proximais ou no terço cervical das vestibulares e linguais);
Sulco ou fissuras;
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Velocidade da progressão:
 Aguda 
Mais comum em crianças e adolescentes; 
Curso clinico rápido, podendo atingir a polpa mais rapidamente. 
Ela é muito associada a dor, pois a polpa de crianças e adolescente a câmara pulpar é maior;
Ponto inicial de entrada do processo de cárie é pequeno;
Rápida disseminação produzindo uma grande escavação.
Crônica: 
Mais comum em adultos, 
Tem progressão mais lenta;
Não é comum provocar dor. 
Tem uma destruição das estruturas, porém fica em uma cavidade mais rasa; 
Não tem tanto amolecimento de dentina como na cárie aguda.
Aparecimento das lesões: 
 Primária/virgem: em dente integro que nunca teve cárie antes (lesão nova); 
Secundária/Recidivante: ocorre em dente que já teve cárie, já teve restauração e essa cárie volta
por uma infiltração ou por outro ponto próximo a essa restauração. 
Selamento biológico: 
Pigmentação do sulco que podem ser confundidas com cárie.
Incorporação de minerais juntamente com corantes, durante o processo de remineralização
a placa bacteriana na região também é mineralizada e fica mais escura e sela o sulco,
porém não quer dizer que esteja ativa formando cárie naquela região. 
Deve se passar a sonda para verificar se é cárie ou não. 
Cicatrizes sem nenhum processo patológico.
Hipoplasia de esmalte: Falha/ausencia na formação da matriz de esmalte, podendo ser
falhas pequenas, como manchas ou pode ser extensa expondo a dentina. 
Causa: pode estar associado a traumas durante a formação, doença materna quando
grávida, doenças infantis.
Leva em consideração a localização da mancha também. Ex: mancha na incisal dificil-
mente sera mancha branca ativa já que é uma região de fácil higienização.
Para diferenciar de fluorose é mais difícil, deve ser escutada e avaliado a história do
Diferencia de branca mancha ativa pois a mancha branca ativa é opaca e rugosa, já a
hipoplasia de esmalte a mancha é brilhante.
paciente.
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LESÕES FUNDAMENTAIS OU ELEMENTARES
Processos patológicos básicos que aparecem clinicamente como 
variadas alterações morfológicas na pele ou na mucosa
Mácula (< 1 cm) ou Mancha (> 1 cm) - coloração diferente do tecido
Diascopia (vidro-pressão) - exame realizado para analisar se a lesão é 
vascular (hemangioma).
Placa - elevação com superfície plana, altura pequena, podendo ter superfície
Pápula - área sólida circunscrita, podem aparecer isoladas ou em grupo. 
Nódulo ( 1 à 2 cm) - elevação circunscrita, superficial ou profunda, superfície
Vesícula (< 3mm) - elevações no epitélio contendo líquido (plasma, sangue,
IPC:
Bolha (> 3mm) - alterações idênticas as vesículas, porém se diferem pelo
Úlcera - perda do epitélio com exposição do conjuntivo (frequentemente doloro-
Erosão - perda superficial da mucosa, atingindo apenas a epiderme, sem expo-
Crosta - ressecamento do exsudato, ocorrendo em regiões não úmidas (não ha-
adjacente, planas, podem aparecer isoladas ou em grupos.
rugosa, verrucosa, ondulada, lisa ou com aspectos combinados, coloração
esbranquiçada, mesma cor da mucosa. Ex: líquen plano; leucoplasia.
Ex: grânulos de fordyce (pode ser causado por uso de prótese)/glândulas sebá- 
rugosa, lisa ou lobulada, coloração avermelhada, azulada, mesma cor da mu-
cosa, pálida, pode ser assintomático ou doloroso. 
Tumor (> 2cm) - superfície pode ser lisa, rugosa, pode ser indofítica ou exo-
fítica, pode ser maligno ou benigno. 
muco, pus, linfa). Ex: herpes simples, herpes-zoster. Ruptura gera úlcera, crosta.
Pústula - vesícula que contém pus no interior (raras na região intra-oral).
tamanho, sendo assim, bolhas podem ser formadas por vesículas que se unem
pela proximidade. Ex: mucocele; pênfigo; penfigóide.
sa Ex: estomatite aftosa; herpes vírus.
sição do conjuntivo. Ex: Gengivite descamativa (líquen plano erosivo).
Fissura - erosão retilínea.
vendo na região intra-oral).
ceas ectópica.
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DOENÇAS AUTOIMUNES
Estomatite Aftosa Recorrente (EAR): 
Sinais e sintomas:
Únicas ou múltiplas; 
Tamanhos diferentes, duração diferente e pode gerar cicatrizes;
Arredondadas ou ovalares;
Lesão aftosa simples: curam dentro de 1 
a 2 semanas;
Lesão aftosa complexa: múltiplas lesões 
muito dolorosas de grandes tamanhos
Etiologia:
Desconhecida (multifatorial);
Fatores predisponentes:
Trauma, estresse, agentes infecciosos,
predisposição genética, distúrbios alérgicos,
influências hormonais, deficiência hematológicas, doenças gastrointestinais, Creme dental
com lauril sulfato de sódio tem ação erosiva, fumar e até deficiência de folato (ácido fólico). Por
isso, para chegar na causa é importante a anamnese. 
Ulcerações aftosas menores:
Menor que 10mm;
80% dos casos;
Redondas ou ovais;
Amareladas com halo eritematoso;
Podem apareder na mucosa julgal, labial, assoalho
Cicatrizam em 10 a 14 dias sem deixar marcas.
da boca, língua lateral e ventral, mucosa bucal e faringe;
Ulcerações aftosas Maiores (Úlceras de Sutton):
1cm;
Redondas e ovais;
Pode aparecer em qualquer região da mucosa
Curam após 10 a 40 dias e podem deixar cicatrizes;
(labial, palato mole e garganta);
Ulcerações Aftosas Herpetiformes: (morfologicamente semelhantes mas sem relação com o
vírus do herpes)
1 a 2mm;
Aftas múltiplas e minúsculas dolorosas que se
aglutinam/juntam formando úlceras maiores;
Qualquer região da mucosa;
Curam em 10 dias ou mais;
Recidivas frequentes.
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Úlceras aftosas herpéticas podem ser observadas em:
Síndrome de Behçet (lesões na pele, oculares e úlceras aftosas);
Síndromes de imunodeficiência (ex: HIV - lesões aparecem exacerbadas, de uma forma
mais severa);
a parede do trato gastrointestinal, afeta desde a boca até o ânus)
Doenças gastrointestinais (Ex: doença celíaca e doença de Crohn) - inflamação de toda
Tratamento: 
Não há tratamento estabelecido;
Podeser feito é o alivio dos sintomas (tratar os fatores predisponentes): 
Assintomático não precisa de tratamento (desaparecerá);
Sintomático pode ser usada medicação tópica (coticoesteróides ou tetraciclinas) se não resolver
pode usar imunomoduladores ou corticoesteróides sistêmicos.
Agentes de aplicação tópica, agentes analgésicos/anestésicos/anti-inflamatórios tópicos 
(com objetivo de reduzir a dor);
O que não pode ser feito é "queimar" a úlcera (para de doer devido a destruição das termi-
nações nervosas, mas a úlcera não é tratada). Assim pode até gerar o aumento da lesão.
Antissépticos tópicos (acelera a cura);
Esteroides de potência leve de uso tópico (úlceras graves ou que apresentam recidivas fre-
quentes);
Esteroides de potência moderada de uso tópico (Sítios inacessíveis - ex: palato mole);
Agentes sistêmicos (EAR grave ou ulcerações aftóides). 
Manifestações orais de doenças dermatológicas mediadas imunologicamente:
Líquen: Aspecto semelhante a 
plantas primitivas compostas 
por algas e fungos simbióticos;
Líquen Plano:
Doença mediada imunologicamente;
Doença inflamatória mucocutânea;
Manifestação: pele, mucosa bucal e genitália;
Aspecto clínico: Pápula poligonal plana, pruriginosa (causa irritação ou coceira), esbranqui-
çada ou rosada, localizada preferencialmente nas extremidades;
Na mucosa pode aparecer como: linhas ou pontos brancos ou cinzas vistos na parte superior da
erupção cutânea e lesões da mucosa oral;
Etiologia: desconhecida e com resultado terapêutico de escassa eficácia (ex: estresse, ansiedade).
Pode apresentar duas formas: Líquen plano reticular e líquen plano erosivo;
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Líquen plano reticular:
Forma mais comum;
Assintomático;
Manifestação: mucosa jugal (geralmente bilateralmente), 
dorso e borda lateral da língua;
Característica clínica: Aspecto de linhas brancas entre-
laçadas (rendilhado), pápulas, placas leucoplásicas;
Sinal patognomônico (diagnóstico certo): estrias de
Wickham (são bem pequenas). São mais perceptíveis nas lesões completamente. 
Líquen plano erosivo:
Sintomático (erosão);
Áreas eritematosas atróficas;
Ulceração central;
Finas estrias brancas irradiadas na periferia;
Na mucosa da gengiva, pode se apresentar como
As vezes pode ter descamação e eritema mas não ser possível visualizar com nitidez por
algum motivo (medicação, cândida associada) podendo as vezes ser confundido com doença
periodontal.
Pode estar associado com cândida, que acaba mascarando o aspecto clínico da lesão, logo,
é necessário tratar primeiro a cândida (antifúngico).
gengivite descamativa.
Diagnóstico: Biópsia;
Tratamento:
Evitar fatores predisponentes (medicamentos, alimentos, químicos, etc);
Assintomático - não é necessário tratamento e sim acompanhamento a cada a 6 meses;
Sintomático - caso tenha cândida deve se passar um antifúngico e sem cândida deve se passar
esteroide tópico (Com resposta: manutenção e acompanhamento; sem resposta: esteroide sistêmico). 
Controle/melhora da higiene bucal;
Tratamento conjunto (junto a um médico).
Pequena porcentagem de pacientes com líquen plano apresentam anticorpo para hepatite
C (infecção por hepatite C poderia precipitar um processo autoimune).
Lesões liquenóides (semelhantes ao líquen plano):
Podem ser causados por:
Materiais restauradores;
Doença do enxerto contra o hospedeiro em pacientes transplantados;
Reação a medicamentos (anti-diabéticos, anti-reumáticos, anti-hipertensivos).
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Pênfigo Vulgar:
Doença que envolve IgG e alguns anticorpos IgA e IgM direcionados para a desmogleína 3
(molécula de adesão dos desmossomos intercelulares). Fazendo que haja a perda da união das
células, causando dor, sinal de nikolsky positivo (mucosa se destaca ao passar a sonda) e pode
ocorrer lesão ocular (menos frequente).
Tratamento: 
Aspecto clínico: bolhas geralmente aparecem primeiro na boca, depois, se rompem rapidamente 
e formam úlceras dolorosas.
Corticosteróides sistêmicos (prednisona) e imunossupresores (azatioprina);
Esses medicamentos podem causar efeitos colaterais: diaabetes melito, supressão adrenal, ganho
de peso, osteoporose, úlceras pépticas, oscilação de humor e maior suscetibilidade a infecção.
Medicamentos que podem provocar lesões semelhantes a pênfigo: inibidores de enzima con-
versora de angiotensina (captopril, analapril) e anti-inflamatórios não esteroidais (AINES).
Pênfigo vulgar - afeta mucosa bucal;
Pênfigo vegetante - afeta mucosa bucal (mais raro);
Pênfigo eritematoso - afeta a parte cutânea;
Pênfigo Foliáceo - afeta a parte cutânea;
EXAMES COMPLEMENTARES
Exame que auxilia no diagnóstico e realizaçãoPrimeiro se faz o exame físico e clínico 
depois irá fazer um exame complementar. do plano de tratamento.
Exames complementares usados na odontologia: exame de sangue, tomografia, radiografia.
Divide-se em:
Específicos: exame que fornece o diagnóstico final (exclusivo para uma determinada doença). 
Ex: teste sorológico, PCR, HIV, COVID-19, ELISA. 
PCR (polimerase chain reaction) - exame de biologia molecular (reação em cadeia da poli-
merase). 
Avaliar a presença de fragmentos do vírus na amostra coletada. Reagentes amplificam
na amostra o DNA ou RNA de um organismo e verifica se está presente na amostra
(negativo ou positivo).
ça periodontal, obesidade, câncer oral, etc.
Pode ser usado para investigar a inflamação em volta de implante, inflamação na doen-
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ELISA : baseado em reação antígeno-anticorpo detectável através de reações enzimáticas.
Reação ao antígeno para avaliar se aquele indivíduo já entrou em contato alguma outra
vez, se apresenta o anticorpo ou se apresenta o antígeno.
Teste rápido para coronavírus (Sars-cov-2): usa-se o sangue do paciente e baseia na reação
antígeno-anticorpo. 
Resultado negativo: sangue não tem anticorpos, logo não entrou em contato com o vírus.
Resultado positivo (IgM): paciente está em contato com vírus (contato inicial).
Resultado positivo (IgM e IgG): paciente já está formando uma resposta mais elaborada
aquela doença, tem a doença a mais tempo.
Resultado positivo (IgG): entrou em contato com o vírus e está curada ou se vacinou. 
Inespecífico ou não específico: Ferramenta complementar para o fechamento do diagnóstico.
Apresenta indícios para o diagnóstico que deve estar associado com outros exames/informações.
Nunca fornecem o resultado final, servindo como orientação ou alerta de que existe uma altera-
ção no organismo. Ex: informações clínicas, radiográficas etc. 
Semi-específicos: sugerem possibilidades de diagnóstico (mais para alguns casos e menos para
outros). Fornece resultado final em alguns casos, mas são negativos em outro. Precisa avaliar
outros sintomas para concluir o diagnóstico. Ex: biópsia mais histopatológico. 
Exames hematológicos:
 Hemograma:
Eritrograma (avaliação dos eritrócitos/hemácias);
Leucograma (avaliação dos leucócitos);
Contagem de plaquetas (avaliação da coagulação); 
Coagulograma;
hemograma é um exame 
específico para identificar 
anemias e leucemias (exceção).
Para saber mais:
Sangue - Tecido fluido, formado pela parte líquida (plasma) e pelo glóbulos sanguíneos. Apre-
 senta em sua composição água, íons, proteínas, nutrientes, produtos do metabolismo, gases e 
algumas células distribuídas (elementos figurados), são elas: leucócitos, plaquetas, eritrócitos
(células vermelhas).
Hematopoiese:
Processo de formação das células do sangue (origem, multiplicação e maturação).
As células são formadas na medula óssea;
Há renovação, proliferação, diferenciação e maturação celular;
Tecido hematopoiético 
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Hemograma:
Permite avaliar variações de quantidade e morfológicas dos elementos do sangue;
Esfregaço de sangue periférico em lâmina de vidro;
Fácil de ser realizado e baixo custo;
Eritrograma (série vermelha) - é a primeira parte do hemograma. Análise de:
Hemácias/Eritrócitos- avalia tamanho, cor e a forma;
Hemoglobina - menor, significa anemia por deficiência nutricional ou medicamentosa;
Hematócrito - porcentagem da massa de hemácias/eritrócitos em relação ao volume de san-
gue. Quanto se tem de hemácia no volume sanguíneo.
Diminuição desses três valores indica anemia
Valores alterados podem servir como contraindicação momentânea ou definitiva 
para a execução de procedimentos odontológicos cirúrgicos em consultório. 
Eritrócito/hemácia:
Responsável pelo transporte de oxigênio e gás carbônico;
Formato bicôncavo (são flexíveis para passar nos capilares, facilitando o transporte de oxigênio
e gás carbônico);
Células mais numerosas do sangue;
Circula na corrente sanguínea durante 120 dias e são destruídas no baço;
Apresenta hemoglobima (proteína transportadora de O2 e CO2). Pigmento que da cor vermelha
ao sangue;
Não possuem organelas;
Formação: a medida que a célula progenitora se multiplica/diferencia/amadurece, ela vai for-
mando um pigmento mais avermelhado (hemoglobina) e perdendo o núcleo, e quando cai na
corrente sanguínea é chamada de reticulócito e depois se transforma em eritrócito;
Reticulócitos:
Fica de 1 a 2 dias antes de amadurecerem e se tornarem eritrócitos (aproximadamente 0,25% a
Se houver o aumento dessa célula (reticulocitose) devido ao processo de regeneração ativa do
0,5% de reticulócitos no sangue); 
sangue (medula produz mais reticulócito em resposta a queda das céulas que deveriam estar
na corrente sanguínea), pode significar um quadro de anemia grave, anemias por hemorragias
agudas, anemia hemolítica ou a resposta de um tratamento que está sendo feito (reposição de
ferro, ácido fólico ou vitamina B12).
Eritropoetina - hormônio secretado pelos rins e que estimula a síntese de hemoglobina pe-
la medula (principal regulador da eritropoese). Ex: em situação de hipóxia, há a produção de eri-
tropoetina que vai até a medula e estimula a produção de hemoglobina. Pode ser usada para au-
mentar o desempenho do atleta (dopin).
Diminuição de eritrócitos significa que a pessoa tem anemia (atrapalha na cicatrização).
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Obs :
Índices hematimétricos: 
Avaliam a distribuição de hemoglobina na célula;
Servem especialmente para a classificação das a-
nemias. 
Avaliam o tamanho dos eritrócitos;
VCM/VGM (Volume corpuscular/globular médio): Avalia o tamanho das hemácias e diagnós-
VCM diminuido - Hemacias microcíticas, menos hemoglobina(anemia microcítica);
tico de anemias. 
Macrocitose (aumento de volume das hemácias) - alcoolismo, carência de vitamina B12,
acido fólico, tabagistas.
Microcitose (diminuição de volume das hemácias) - anemias ferroprivas.
HCM (hemoglobina corpuscular média): avalia a quantidade de hemoglobina dentro da he-
mácia.
HCM aumentado - Hemácia hipercrômica, mais hemoglobina (coloração mais pigmentada);
HCM diminuido - Hemácia hipocrômica, menos hemoglobina (coloração menos pigmentada);
HCM normal - Hemácia normocrômicas/normais (pigmentação normal).
VCM aumentado - Hemacias macrocíticas(anemia macrocítica);
VCM normal - Hemácias normocíticas(anemia normocítica).
CHCM (concentração de hemoglobina corpuscular média): avalia a quantidade de hemoglo-
bina dentro da hemácia presente em um determinado volume de sangue.
CHCM aumentado - Hemácia hipercrômica, mais hemoglobina;
CHCM diminuido - Hemácia hipocrômica, menos hemoglobina. Anemia ferropriva grave;
RDW (amplitude de distribuição dos eritrócitos): avalia a variação do tamanho/amplitude dos
eritrócitos.
RDW diminuído - Pouca variação de tamanho entre as hemácias;
RDW aumentado - Maior variação de tamanho entre hemácias.
Aumento do RDW pode ser causado por algumas anemias, como a perniciosa, falciforme.
 
(essas anemias causam anisocitose e poiquilocitose); Alteração na forma da hemácia afeta a
Poiquilocitose (variação de forma): envelhecimento celular; alterações metabólicas, anor-
malidades do microambiente das células;
Anisocitose (variação de tamanho);
função de transporte de oxigênio. Ex: anemia falciforme.
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Anemia:
Condição na qual o conteúdo de hemoglobina no sangue está abaixo do normal;
Resultado da carência de um ou mais nutrientes essenciais;
Perda de sangue (menstruação, lesões de trato gastrointestinal. Ex: úlcera péptica, pólipos e
Causas:
câncer);
Produção reduzida de hemácias (deficiência de ferro, folato ou vitamina B12);
Produção reduzida de eritropoetina (hormônio que estimula a hematopoiese);
Maior destruição de hemácias (alterações na síntese de hemoglobina. Ex: talassemia; anemia
falciforme);
Pode ser:
Anemia ferropriva - deficiência de ferro;
Anemia das carências de vitamina B12 (anemia perniciosa) e de ácido fólico;
Anemia das doenças crônicas (tuberculose, artrite reumatóide, etc);
Anemia por defeito genético (falciforme; talassemias; esferocitose);
Anemia por destruição periférica aos eritrócitos (malária; anemias hemolíticas auto-imunes;
anemia por fragmentação dos eritrócitos);
Anemia decorrente de doenças da medula óssea (anemia aplástica; leucemias e tumores na
medula).
Anemia falciforme - hemácia em forma de foice, sendo mais resistentes, não fazendo o
transporte adequado, podendo obliterar vasos, não ficam tanto tempo na corrente sanguínea.
Talassemia - produz hemácia inadequada para o transporte de gases.
Esferocitose - hemácia em forma de esfera. Defeitos na membrana, hereditária, anemias
hemolíticas auto-imunes.
Diagnóstico:
Varia de acordo com sexo, idade;
Presença de doenças associadas (doença crônica, tuberculose, HIV, câncer, doença renal);
É baseado em sinais e sintomas;
Pode ser associado ao uso de medicações;
História médica;
Exame físico e intra-oral;
Exames complementares no diagnóstico de anemia: Hemograma (hemoglobina; hematócrito;
índices hematimétricos; morfologia celular).
Avaliação e classificação morfológica das anemias:
Microcítica hipocrômica: VCM diminuido e HCM diminuido. Ex: Anemia ferropriva (defici-
ência de ferro); Anemia por doenças crônicas; Evenenamento por chumbo; Anemia sinderoblás-
tica.
Exames laboratoriais complementares no diagnóstico: dosagem de ferretina (proteína de reserva
de ferro; 
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Anemia ferropriva (ferropênica ou sideropênica): Ocorre quando as reservas de ferro do
corpo tornam-se inadequadas para as necessidades da eritropoiese normal (formação de glóbulos
vermelhos). Muito comum em crianças e gestantes;
Normocítica normocrômica: VCM normal e HCM normal. Ex: Radio ou quimioterapia recente;
Anemia por doença crônica (insuficiência renal crônica); pós hemorragia; Insuficiência da me-
dula óssea (quimioterapia, câncer); anemias hemolíticas (medicamento, doençs auto-imunes,
hereditariedade), anemia ferropriva inicial, hipotireoidismo (eritopoietina - hormônio que contro-
la a hematopoiese).
É importante verificar a contagem de reticulócitos:
Elevados - hemólise, possibilidade de hemorragia;
Normais - doenças crônicas, alteração na medula óssea.
Macrocítica: VCM aumentado. Ex: Anemia megaloblástica (deficiência de folato ou vitamina
B12); Anemia não-megaloblástica (álcool, hepatopatia, anemia aplástica/aplasia medular, mie-
lodisplasia).
Causas de deficiência: Alimentação pobre em vitamina B12; Absorção prejudicada(depende do
Ácido fólico é importante para a formação de DNA e RNA e para replicação do DNA e ma-
turação dos glóbulos vermelhos.
fator intrínseco); Deficiência do fator intrínseco (anemia perniciosa - deficiência na reabsorção
da vitamina B12; cirurgia bariátrica); Gastrectomia; Gastrite crônica; Alteração do pH do ílio
(diminuição da absorção da vitamina B12).
Sinais e sintomas das anemias:
Fraqueza; Fadiga/Cansaço; Tontura; Desmaio; Pressão sanguínea baixa;
Palpitações; Taquicardia; Dor torácica; Angina; Ataque cardíaco;
Baço aumentado; Olhos amarelados; Pele: pálida, fria e amarelada;Falta de ar;
Fraqueza muscular; Mudança na cor das fezes;
Manifestações orais da anemia:
Mucosa pálida ou amarelada;
Petéquias (pontos sangrantes);
Equimose; 
Perda das papilas da língua e atrofia na mucosa oral (paciente relata ardência na língua e
língua avermelhada e despapilada) - pode indicar deficiência de ferro e vitamina B12;
Queilite angular e aftas;
Hiperplasia e sangramento gengival (anemia aplástica);
Síndrome de plummer-vinson - sensibilidade na língua, disfagia (dificuldade para engolir
devido ao estreitamento/estenose do esôfago) e aumento na frequência de carcinomas orais e da
faringe. - anemia ferropriva.
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Anemias carenciais (ferropriva e megaloblástica): glossite (língua despapilada, "língua ca-
reca" e ardência na língua. 
Anemia ferropriva: Coiloníquia (unha em colher).
Anemia falciforme: pode apresentar na radiografia trabeculado horizontal proeminente (em
formato de escada) e lâmina dura densa.
Anemia e odontologia:
Interfere na cirurgia odontológica (aumenta o risco de infecção local, má cicatrização e pode
causar um sangramento mais abundante durante a cirurgia);
Maior risco de infecção pós-operatória (deficiência de ferro deprime a função imunológica);
Má cicatrização (quantidade de oxigênio diminuída no local da cirurgia leva um retardo na
cicatrização);
Aumento do tempo de sangramento (interfere na ação das plaquetas).
Deve ser encaminhado para o médico para tratar da anemia antes de realizar o procedimento
Recomendações para o tratamento odontológico:
Hemoglobina deve estar acima de 11g/dL e livre de sintomas;
Não fazer nenhum procedimento se o paciente estiver com saturação inferior a 91% (conside-
rado instável);
Cuidado com a anestesia em pacientes com anemia falciforme:
- Contraindicado: anestésico cloridrato de prilocaína + felipressina;
- Usar lidocaína com adrenalina (cuidado com o excesso de epinefrina por causa do desenvol-
vimento de oclusão vascular/isquemia).
- Deve ser discutido com o médico, para que seja feito o procedimento de forma adequada.
Recomendações no tratamento odontológico:
Profilaxia com antibióticos (amoxicilina ou clindamicina) são recomendados para impedir
infecções e osteomielite em cirurgias maiores em paciente com anemia faciforme;
Pessoas com anemias aplástica são susceptíveis à hemorragias (ficar atento aos sinais antes
de realizar procedimentos invasivos).
Contagem de plaquetas:
Responsável pela coagulação, importante no processo de hemostasia, logo a alteração nas pla-
Plaquetas e leucócitos podem ser chamadas de trombócitos e são derivadas de uma célula cha-
quetas pode causar alterações/comprometimento do processo de hemostasia.
Sobrevive na corrente sanguínea de 7 a 10 dias;
mada megacariócito;
Funções: hemostasia, formação de trombos, manutenção do tônus vascular, participam da
inflamação e defesa do organismo;
É importante avaliar se o paciente tem uma tendência maior a hemorragias durante e após
intervenções cirúrgicas. Por isso, deve se realizar a dosagem de plaquetas antes de cirurgias ou
procedimentos susceptíveis à sangramentos;
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Contagem de plaquetas normal: 150 a 450mm3;
A possibilidade de hemorragia é uma das principais causas de contraindicação 
para casos cirúrgicos (solicitação do coagulograma e solicitação da série de 
plaquetas é muito importante em qualquer cirurgia de médio à grande porte);
Trombocitopenia/plaquetopenia: redução no número de plaquetas abaixo de 140mil ou 150mil.
Essa redução pode ser originada por defeitos na produção de plaquetas ou aumento da destruição
de plaquetas. Paciente tem uma grande possibilidade de hemorragia durante e pós operatória. 
O aumento no número de plaquetas acima de 600 mil a 1 milhão de células torna o paciente
mais propenso a formação de trombose. Essa alteração pode ser encontrada em leucemias (proli-
feração excessiva), neoplasias (tumores), doenças inflamatórias crônicas, drogas.
São avaliadas as células brancas, que são envolvidas no processo de defesa (leucócitos);
Leucograma (série branca):
Se houver redução dessas células, pode implicar em problemas no tratamento, como infecções; 
Leucograma deve estar adequado antes de ser realizado um processo cirúrugico, para que
não infeccione;
Análise qualitativa e quantitativa de leucócitos (neutrófilos, linfócitos, monócitos, eosinó-
filos, basófilos);
Leucocitose: aumento do número de leucócitos (acima de 9.000-10.000/mm3). Pode ser cau-
sado por diversos fatores: processos infecciosos, exercícios físicos, leucemia, gravidez;
Pode haver o aumento de um único tipo de células, ou de dois 
tipos, três ou até de todos os tipos de células ao mesmo tempo.
Leucopenia: redução do número de leucócitos (abaixo de 5.000/mm3). Pode ser devido a vários
fatores: fisiológicas (afrodescendentes), infecções (virais - HIV, hepatites), poluentes (agrotóxi-
cos), drogas e depressão da medula óssea. Paciente é mais debilitado, sistema imune alterado,
podendo levar a um prognóstico ruim ao paciente.
Redução no número de leucócitos:
Linfopenia/linfócitopenia;
Eosinopenia;
Basopenia;
Neutropenia;
Monocitopenia;
Aumento no número de leucócitos:
Linfocitose;
Monocitose;
Eosinofilia;
Basofilia;
Neutrofilia;
Agranulócitos (grânulos inespecífico e núcleos um pouco mais regular) - linfócito e mo-
nócito; 
Granulócitos (grânulos específicos, núcleos um pouco irregulares) - neutrófilo, basófilo 
e eosinófilo.
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Leucócitos:
1. Neutrófilos: 
São as células que chegam no primeiro momento no combate as infecções; 
Maioria das células dos leucócitos presentes no processo de defesa (45%-75%);
Polimorfonucleares; 
Fagocitam bactérias e substâncias estranhas;
Função: proteger o hospedeiro contra infecções bacterianas;
Está muito relacionado a infecções bacterianas, quando há um infecção bacteriana a concen-
tração de neutrófilo no sangue se eleva (neutrofilia);
Neutrofilia: Aumento do número de neutrófilos.
Pode ser causada por: infecções piogênicas gerais (septicemias), localizadas (abscessos, a-
pendicite, otite), atividades físicas, infarto;
Bastonetes (neutrófilos jovens - mieloblasto, pró-mielócito, mielócito e metamielócito);
Segmentados (neutrófilos maduros);
Na corrente sanguínea geralmente tem células em bastão e neutrófilos segmentados madu-
ros em pouca quantidade. Quando há um aumento de neutrófilos cada vez mais jovens é sinal
que há alterações que devem ser investigadas.
Desvio à esquerda - neutrófilos jovens que aparecem na corrente sanguínea. Quando a 
medula começa a lançar na corrente sanguínea células cada vez mais jovens pois precisa de mais
células na defesa. Resposta da medula óssea frente ao processo infecioso (liberação da população
de neutrófilos de reserva). Pode ser suave, moderado ou acentuado dependendo do grau de infecção,
do grau de comprometimento daquele organismo. Pode ser escalonado (número de células ma-
duras maior que o número de células mais jovens) ou não escalonado (Hiato leucêmico: leuce-
mias agudas. presença de neutrófilos bem jovens, imaturos).
Paciente portador de leucemia pode apresentar sangramento e equimose na língua, infil-
trado leucêmico na gengiva (células tumorais podem infiltrar a gengiva) parecendo uma gen-
givite.
Infecções e abcessos de origem dentária podem levar à febre 
e à leucocitose, pelo aumento do número de neutrófilos.
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Neutropenia:
Causas: inibição da medula, doença da medula (ex: leucemias), intoxicações químicas (qui-
mioterapia, radioterapia), medicamentos a longo prazo (anti-inflamatórios). 
Paciente debilitado e com baixa resistência;
Maior risco para infecção pós-operatória.
2. Eosinófilos:
População celular reduzida comparada com os neutrófilos;
São envolvidos em respostas alérgicas (ex: asma e sinusite), defesa contra parasitas intesti-nais, inflamação.
Eosinofilia (aumento de eosinófilos): causas - infestações parasitárias, doenças alérgicas,
dermatoses (pênfigo) e em determinada fase de cura de processos infecciosos agudos.
Eosinopenia (diminuição de eosinófilos): causas - em fase inicial de processos infecciosos
agudos, queimaduras.
3. Basófilos:
Importantes juntos com os eosinófilos na defesa contra parasitas e em processos alérgicos;
Presente em resposta imunológicas e inflamatórias, defesa contra parasitas;
Libera mediadores para que os eosinófilos cheguem;
Basofilia: ocorre em situações como leucemias, anemias hemolíticas, remoção do baço (esple-
nectomia). A basofilia coexiste com a eosinofilia nas alergias;
Basopenia: difícil de ser evidenciada pois são um número reduzido de leucócitos, sendo
assim é mais rara.
4. Linfócitos:
Constituem o segundo tipo mais comum de glóbulos brancos (15% a 45%);
Principal defesa contra vírus e o surgimento de tumores;
Resposta imune específica do corpo (ativação de outras células na linha de defesa), incluindo
a produção de anticorpos;
Linfocitose: causas - infecções crônica (tuberculosa, sífilis), linfocitose pós-infecciosa (au-
mento dos linfócitos em períodos de covalescença de infecções agudas);
Linfocitopenia: causas - imunodeficiência (HIV), radioterapia e quimioterapia. Se tiver o
número de linfócitos reduzidos o paciente fica mais suscetível a infecções. 
5. Monócitos:
Monócitos (quando estão no sangue) e quando migram para os tecidos são chamados de
macrófagos;
Responsáveis pela fagocitose de digestão de microrganismos e chamam outros fatores media-
dores para região e podem ser reparadores, ajudar na regeneração de tecidos;
Monocitose: infecções bacterianas (tuberculose, endocardite bacteriana) - fase defenciva de
infecções agudas.
Monocitopenia: observado na fase aguda de processos infecciosos, pode estar relacionado com
aplasia de medula, caquexia, desnutrição.
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Fases da infecção segundo Schiling:
1.fase (fase neutrofilítica) - fase de luta. Neutrofilia com desvio para a esquerda, eosinopenia,
linfocitopenia;
2 fase (monocitária/monocítica) - fase de defesa (leucocitose menos acentuada). Monocitose,
diminuição da neutrofilia e reaparecimento dos eosinófilos;
3 fase (fase linfocitária) - fase de cura (linfócitos normais ou ligeiramente aumentados). Lin-
focitose e eosinofilia, desaparece o desvio para esquerda.
Hemostasia:
Vaso sanguíneo lesado, logo há uma vaso constrição acentuada;
Primeira fase da coagulação ou hemostasia primária: plaquetas aderem à superfície danifi-
cada, formação de um tampão hemostático temporário;
Segunda fase da coagulação ou hemostasia secundária: duas vias separadas (via intrínseca
e via extrínseca) que fazem parte da cascata da coagulação e formação de trombo;
A hemostasia constitui um mecanismo de defesa do organismo, mantendo a integridade da
parede vascular e restaurando o fluxo sanguíneo;
Se o paciente tem alteração em algum momento da via, vai acarretar em hemorragia visto que
o processo de hemostasia está falho. 
Coagulograma:
Avalia a função das plaquetas, a quantidade e tempo de coagulação do paciente;
Importante no pré-operatório de qualquer cirurgia de médio à grande porte;
Também deve ser solicitado para investigar sangramentos espontâneos e petéquias (verificar se
tem anemia, falha no processo de hemostasia).
Principais valores referenciais do coagulograma na prática odontológica:
tempo de sangramento (avalia as plaquetas);
tempo de coagulação;
tempo de protrombina (avalia fatores da via extrínseca e via comum. Se houver problema
nesses fatores, terá o aumento no tempo de protrombina e vai acarretar no sangramento e tempo 
de coagulação pós-operatórios anormais);
tempo de protrombia parcialmente ativada (avalia alterações na via intrínseca e comum, se
houver alterações podem aumentar o sangramento);
índice de normalização internacional (RNI ou IRN) - avalia a coagulação, como esse paci-
ente está mais ou menos coagulado. Se faz uso de antiagregante plaquetário ou anticoagulante
precisa-se pedir o INR dele, para saber se ele vai ter mais ou menos propensão a sangramento 
durante a abordagem cirúrgica. 
Paciente que toma medicamento para evitar trombose, pode ter um INR maior (alto risco
de sangramento se fizer procedimento cirúrgico), logo deve evitar a realização de cirurgia. Se
a cirurgia for necessária, deve-se entrar em contato com o medico do paciente e verificar se ele 
consegue trazer o INR para níveis mais baixos para ser possível a realização da cirurgia; 
Se o paciente tiver médio risco, o procedimento deve ser feito em um ambiente que possi-
bilite atender esse paciente se houver alguma intercorrência.
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O uso de anticoagulante orais é avaliado pelo INR:
INR 0,9 a 1,0 (normal): pacientes que não utilizam nenhum tipo de antiagregante plaque-
tário, anticoagulante oral ou não são heptopatas.
INR menor que 2,0: baixo risco de hemorragias incontroláveis para exodontias ou cirurgia
oral de pequeno porte;
INR com valores entre 2,0 e 3,0: médio risco de hemorragias incontroláveis para exodontias
ou cirurgia oral de pequeno porte;
INR acima de 3,0: representam alto risco de hemorragias incontroláveis para exodontias ou
cirurgia oral de pequeno porte.
Importante:
O dentista ao tratar os paciente, deve pensar o risco de uma complicação hemorrágica, em
comparação com aqueles das doenças tromboembólicas subjacentes.
O médico do paciente deve ser consultado antes do início do tratamento dentário, para a possi-
bilidade de substituição, diminuição ou suspensão temporária da terapêutica com anticoagu-
lante oral. 
Suspeita de problemas de coagulação, deve solicitar coagulograma;
Antiagregante e anticoagulante:
- Anticoagulante - ex: varfarina sódica, warfarina, heparina.
- Antiagregante plaquetário - evita trombose. Ex: AAS (ácido acetilsalicilico), aspirina.
Suspender a warfarina pode aumentar os riscos de evento tromboembólicos (AVC, infarto
agudo do miocardio), logo quem deve fazer isso deve ser o médico.
DIABETES MELLITUS
Grupo de doenças caracterizadas pelo aumento de glicose no sangue.
Causas:
Deficiência na produção de insulina;
Resistência periférica dos tecidos à insulina;
Ambas.
Insulina:
Principal hormônio que regula a quantidade de glicose absorvida pela maioria das células a
partir do sangue (principalmente células musculares e células de gordura);
Sua deficiência ou falta de sensibilidade de seus receptores localizados nas células desem-
penham um papel importante em todas as forma de diabetes mellitus;
Liberada no sangue pelas células beta do pâncreas e é produzida em respostas aos níveis cres-
centes de glicose no sangue (por exemplo, após uma refeição);
como combustível, ou para armazenamento.
Ela habilita a maioria das células do corpo à absorverem a glicose do sangue e a utilizarem
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Tipos de diabetes:
Diabetes Mellitus Tipo 1;
Diabetes Mellitus Tipo 2;
Diabetes Gestacional;
Outros tipos: disfunções maiores, associados a outros fatores que levam a diabetes. São mais 
raros.
Diabetes Mellitus Tipo 1 (DM1):
Também chamado de insulino-dependente (depende da administração da insulina);
10% dos pacientes diabéticos;
Causa: interação de fatores genéticos e ambientais, levando à destruição auto-imune das cé-
lulas pancreáticas produtoras de insulina;
Pouca ou nenhuma insulina é produzida pelo corpo, causando uma hiperglicemia (acúmulo
de glicose no sangue);
Picos de incidência: 
5-7 anos (sem predileção por gênero);
Puberdade (adolescentes 10-14 anos);
Adultos jovens;
Esta variedade é sempre tratada com:
Insulina;
Planejamento alimentar;
Atividades físicas;
Para ajudar a controlar o 
nível de glicose no sangue 
(insulinoterapia = adição de 
insulina para o paciente).
Diabetes Mellitus Tipo 2 (DM2):
Também chamado de diabetes não-insulinodependente ou diabetes do adulto; 
Resistência insulínica (ação da insulina dificultada);
Reduçãoda sensibilidade dos tecidos-alvos ao efeito da insulina;
Forma mais comum de diabetes (90% dos casos);
Associada à: obesidade, hipertensão e dislipidemia (alteração nos lipídeos. Ex aumento de co-
lesterol);
Acomete mais indivíduos acima dos 40 anos;
Muitos pacientes são assintomáticos (diagnóstico tardio), podendo ter complicações macrovas-
culares e microvasculares.
Cada vez mais tem adolescentes 
apresentando diabetes tipo 2 
devido a obesidade
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Diabetes Mellitus Gestacional (DMG):
Intolerância à glicose, diagnosticada durante a gestação;
 Ocorre em 3% a 25% das gestações;
Associado à (fator etiológico): obesidade, histórico familiar de diabetes, mais de 35 anos;
 A placenta é uma fonte importante de hormônios que reduzem a ação da insulina, logo, o pân-
creas aumenta a secreção de insulina, porém em algumas mulheres esse processo não ocorre, ge-
rando uma resistência a insulina;
Resistência insulínica;
Na maioria dos casos, há reversão para a tolerância normal após a gravidez;
10% a 63% dos casos, há risco de desenvolver diabetes mellitus tipo 2 dentro de 5 a 16 anos pós
parto;
Quando o bebê é exposto a grandes quantidade de glicose ainda no ambiente intra-uterino, há
maior risco de crescimento fetal excessivo (macrossomia fetal) e, consequentemente, partos 
traumáticos, hipoglicemia neonatal e até obesidade e diabetes na vida adulta;
Resultados perinatais adversos:
Macrossomia (excesso de peso do recém nascido > 4,0kg);
Obesidade e predisposição ao diabetes no recém-nascido;
Síndrome da angústia respiratória - SAR (imaturidade pulmonar, substância produzida no
pulmão (surfactante) que evita o colabamento dos alvéolos não é produzido);
Malformações congênitas;
Óbito neonatal;
Sintomas clássicos da diabetes (mais característicos da diabetes tipo 1):
Poliúria (aumento do volume urinário). Devido à hiperglicemia, os rins não conseguem mais
absorver o excesso de glicose, então o excesso é excretado pela urina, havendo perda de água e de
eletrólitos;
Polidipsia (sede aumentada e aumento de ingestão de líquidos);
Polifagia (apetite aumentado);
Cetoacidose diabética (acidez no sangue que provoca esse hálito característico que se assemelha
a acetona);
No diabetes tipo 1: os sintomas se instalam rapidamente (urinar de maneira excessiva, sede
excessiva e emagrecimento);
No diabetes tipo 2: os sintomas se instalam de maneira gradativa e podem não ser percebidos
pelas pessoas (complicações microvasculares ou macrovasculares quando do diagnóstico).
Complicações crônicas (tardias) do diabetes mellitus:
Neuropatia (sistema nervoso);
Nefropatia (insuficiência renal);
Retinopatia (perda de visão); 
Alterações microvasculares;
Alterações macrovasculares: doença arterial coronariana (DAC) o acidente vascular cerebral
isquêmico (AVC) e a doença arterial periférica (DAP);
Doenças cardiovasculares (DCV) - 2 a 4x risco de morte);
Doença periodontal.
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Pé diabético:
Perda gradual de sensibilidade tátil e dolorosa que torna os pés
Alterações: neurológicas, ortopédicas, vasculares e infecciosas,
que podem ocorrer no pé do paciente portador de diabetes;
Neuropatia (lesão nos nervos);
vulneráveis a traumas;
Diagnóstico:
Avaliação do nível glicêmico (concentração de glicose plasmática em jejum - FPG):
Indivíduos normais: FPG = 70 e 99mg/dL;
Indivíduos pré-diabeticos: FPG = 100-125mg/dL;
Indivíduos diabéticos (tipo 1 e tipo 2): FPG > 126mg/dL;
Diabetes gestacional: FPG > 110mg/dL.
Avaliação dos sinais e sintomas;
Avaliação da glicemia;
Avaliação trimestral da hemoglobina glicosilada (HbA1C) - importante para o acompanha-
mento dos níveis séricos (sanguíneos) de glicose e para avaliar risco de DCV.
Valores normais para HbA1C: 
adultos < 5,6%; diabéticos > 6,5% ou 7%.
Tratamento:
Não tem cura (é possível ser controlada);
Dieta, atividade física, educação/consciência, medicamentos para o controle da hiperglicemia;
Insulinoterapia - indicada para todos os pacientes com diabetes mellitus tipos 1 e alguns com
diabetes mellitus tipo 2 ( dependendo da idade do paciente, história de hipoglicemia, hábitos e
estilo de vida, prática de atividade física, etc);
Hipoglicemiantes orais (indicados para pacientes com diabetes mellitus tipo 2) - atuam esti-
mulando a secreção de insulina pelas células beta pancreátocas. Diminuem a resistência insu-
linica. 
Atendimento odontológico ao diabético:
Consultas curtas (devido ao horário regrado para alimentação. evitar procedimentos longos);
Anamnese e exame físico (observa o periodonto do paciente); 
Tipo de diabetes mellitus;
Medicamentos (tipos e uso correto, se tem hipoglicemiantes orais - interação, risco de hipo-
glicemia em pacientes tratados com insulina);
Controle da doença (a doença é controlada? Paciente tem acompanhamento médico? Pedir
um parecer médico por escrito);
Histórico (hipoglicemia, internação);
Poliúria, polifagia, polidpsia;
Glicemia capilar (glicosímetro) - antes, durantes e depois da consulta;
Aferição da pulsação e da pressão arterial (P.A.) - antes e depois da consulta;
Troca de informações com o endocrinologista;
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Protocolo de atendimento odontológico:
Atendimento: manhã ou qualquer horário desde que o paciente esteja alimentado e medicado
adequadamente;
Jejum desnecessário (fator precipitante para a hipoglicemia);
Exame cuidadoso para avaliação do estado da mucosa, língua e dentes (paciente propenso a
doença periodontal).
Hipoglicemiantes orais podem sofrer interações medicamentosas com fármacos prescritos
Deve ser observado se tem redução do risco de estresse físico, emocional e de infecção, orienta-
ção da higiene oral e dieta adequada;
Glicemia maior que 230mg/dL aumenta 80% o risco de desenvolver infecção (paciente tem
que estar controlado para realizar procedimentos odontológicos);
Aferição da pressão arterial (PA) antes e depois das consultas e pulsação antes, durante e de-
pois da anestesia.
Pacientes submetidos à insulinoterapia apresentam suscetibilidade aumentada à hipo-
glicemia durante o procedimento odontológico.
pelo cirurgião-dentista (dentista deve ter muito cuidado ao prescrever fármacos para o paciente).
Exames complementares (dependendo do procedimentos que será realizado):
Hemograma e coagulograma;
Nível de glicemia em jejum;
Radiografias periapicais ou panorâmicas;
Panorâmico (anual);
Periapicais (lesões periapicais, necrose pulpar, focos isolados de infecção, perda óssea).
Na primeira consulta deve pedir uma periapical completa para observar o estado de saúde
geral da saúde do paciente (altura das cristas, se existe perda óssea).
Relação saúde bucal e diabetes:
Manifestações bucais:
Xerostomia (sensação subjetiva de boca seca - 10% a 30%);
Doença periodontal (descontrole metabólico);
Candidose (devido a xerostomia, doença periodontal, má escovação);
Síndrome da ardência bucal, distúrbios de gustação (não sente o gosto da comida), ulcera-
ções na mucosa bucal, perda precoce dos dentes, dificuldade de cicatrização;
Mais propensos a desenvolver infecções e abcessos na cavidade bucal.
Doença periodontal tem uma associação bidimensional (diabetes pode levar a doença peri-
odontal, que uma vez instalada pode piorar o controle metabólico).
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Candidose pseudo-membranosa:
Forma mais clássica da candidose;
Uma ou várias áreas branco-leitosas sobre a mucosa (queijo cottage, coalhada);
Facilmente removidas com uma gaze;
Contorno irregular, mucosa subjacente normal ou eritematosa;
Ardência ou gosto desagradável;
Manifestações bucais:
Diabetes mellitus tipo 1: Diabetes mellitus tipo 2: Diabetes mellitus gestacional:
Candidose eritematosa;
Queilite angular;
Úlcera traumática;
Hiperplasia gengival;
Gengivite crônica;
Candidose pseudomembranosa
e eritematosa;
Queilite angular;
Úlcera traumática;
Hiperplasia gengival;
Gengivitecrônica;
Candisose pseudomembranosa;
Gengivite crônica;
Periodontite generalizada;
Cárie incipiente e avançada.
Exame físico:
Exame clínico:
Pressão arterial;
Frequência cardíaca e respiratória;
Temperatura axilar;
Avaliação do estado mental;
Hálito cetônico;
Avaliação de mucosas, língua, periodonto e dentes;
Avaliar gengivite, cálculo, cáries, profundidade de sondagem, recessão gengival, lesões de
furca, presença de inflamação e grau de mobilidade.
Protocolo de atendimento odontológico:
Anestesia local: não existe consenso sobre o tipo de anestésico local a ser utilizado no tratamen-
to odontológico;
Pacientes diabéticos descompensados (cuidado com vasoconstrictores, evitar anestesia com va-
soconstrictor);
Evitar uso de adrenalina (epinefrina/norepinefrina - ação oposta à insulina - aumento da
glicose plasmática, promovem a quebra de glicogênio e glicose no fígado, provocando o aumento
da glicemia);
Prilocaína 3% com felipressina a 0,03UI/ml é uma boa opção.
Atenção ao atendimento ao paciente diabético desconpensado:
Implante osteointegrados são contra-indicados (pois pode causar alteração na síntese de colá-
geno, além de ser um procedimentos bastante demorado);
Primeira conduta do dentista em paciente descompensado: encaminhar o paciente para o endo-
crinologista para estabilizar o quadro do paciente antes de realizar procedimentos invasivos.
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Prescrição:
Analgésicos e anti-inflamatórios:
Cautela:
AINES (ex: ácido acetil salicílico - AAS) - potencializa os efeitos dos hipoglicemiantes orais
ocasionando um quadro de hipoglicemia;
Corticóides - efeitos hiperglicemiantes (contato com o médico do paciente).
Antibióticos:
Utilizados somente em necessidade;
Profilaxia antibacteriana 1h antes do atendimento no caso de uma urgência - pacientes não
controlados e/ou risco de bacteremia significativa;
Prescrição curativa;
Tipos: penicilinas (amoxicilinas, ampicilina);
Cefalosporina (cefalexina);
Macrolídeos (eritromicina, azitromicina).
Antimicrobianos:
Clorexidina (controle de placa, manutenção da flora não patogênica, prevenção da doença pe-
riodontal severa);
Fluoretação (controle de cárie em pacientes com pouca salivação).
Classificação do paciente diabético de acordo com o grau de risco para conduta odontológica:
Baixo risco:
FPG < 200mg/dL;
Taxa de HbA1C (hemoglobina glicada) de 7% da glicosúria mínima;
Tratamento cirúrgico: extrações simples, múltiplas e de dente incluso, gengivoplastia, cirur-
gia com retalho e apicectomia.
Médio risco:
FPG < 250mg/dL;
Tratamentos cirúrgicos: extrações simples e gengivoplastia , realizadas após ajuste na dosagem
de insulina, em acordo com o médico do paciente. Para outros procedimentos a hospitalização do
paciente.
Alto risco:
FPG > 250mg/dL;
Tratamentos cirúrgicos: Não recomendado, devendo encaminhar o paciente ao médico para ri-
goroso controle do estado metabólico e das infecções bucais.
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Complicações agudas no atendimento do paciente diabético:
(principais emergências que ocorrem com pacientes diabéticos)
Hipoglicemia:
Glicemia plasmática < 70mg/dL (coma hipoglicêmico);
Causas:
Dose excessiva de insulina ou hipoglicemiantes orais;
Exercícios prolongados;
Omissão ou atrasos das refeições;
Drogas com ação hipoglicemiante;
Erros na dose e horários da administração.
Sinais e sintomas:
Taquicardia;
Tremores;
Ansiedade;
Sudorese;
Fome intensa;
Sistema nervoso simpático/adrenal
Tonturas, cefaléia;
Fraqueza;
Visão turva;
Coma.
Neuroglicopênicos
Diagnóstico:
Identificar os sinais precoces como sudorese,cefaléia, palpitação, tremores ou sensação desagra-
dável de apreensão;
Glicemia capilar (observar a taxa de glicose).
Tratamento:
10-15g de glicose (geléia ou 2 colheres de chá de açúcar, 2 balas de mel, 1 copo de suco de fru-
tas ou refrigerantes);
Monitorar a glicemia a cada 15 minutos, glucagon 1mg SC ou IM;
Paciente inconsciente: glicose a 10% endovenosa ou encaminhamento para pronto-socorro.
Hiperglicemia:
Glicemia plasmática > 250mg/dL (coma diabético);
Causas:
Falta da insulina;
Abuso alimentar;
Infecções;
Traumas;
Infarto.
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Sinais e sintomas no quadro grave:Sinais e sintomas no quadro inicial:
Sonolência;
Hálito cetônico;
Polidipsia;
Enurese (perda involuntária de urina);
Poliúria;
Fadiga;
Náuseas
Diagnóstico e tratamento:
Cetoacidose diabética (formação de corpos ce-
tônicos (substâncias ácidas) que causam
um desequilíbrio do pH sanguíneo podendo
levar ao coma e até a morte);
Dor abdominal;
Vômitos;
Desidratação;
Hiperventilação - respiração alterada (padrão
de Kussmaul);
Alteração do estado mental;
Coma.
Medida da hiperglicemia capilar, cetonúria e cetonemia;
- Casos leves - ajuste de dose sob orientação médica;
- Casos graves - glicemia > 250mg/dL, cetonúria e hálito cetônico, desidratação ou vômito -
encaminhamento para unidade de emergência.
Importante:
Pacientes bem controlados devem ser tratados como não-diabéticos sem necessidade de cuida-
dos especiais;
Pacientes descontrolados devem ser tratados com paliativos (instrução de higiene oral) até a
restauração do controle glicêmico;
O conhecimento do dentista a respeito desta doença é essencial.
DOENÇAS CARDIOVASCULARES
Coração: 
Órgão muscular oco que bombeia o sangue de forma que circule no corpo;
Apresenta duas cavidades (direita e esquerda), cada qual com outras duas cavidades (átrio e
ventrículo), separados por valvas (tricúspide e bicúspide/mitral);
O papel do coração é enviar sangue rico em oxigênio a todas as células que compõe o organismo;
Artérias coronárias (artérias principais): artérias que fornecem oxigenação/nutrição ao cora-
ção. Se houver algum problema nessas artérias, o miocárdio fica sem nutrição (isquemia), con-
sequentemente, pode causar infarto agudo do miocárdio;
Para que o coração bombeie o sangue, é necessário que haja uma condução elétrica passando no
coração. A condução elétrica origina-se no nó sinusal/sinoatrial localizado na parede do átrio
direito ("marca-passo"). Depois do disparo da descarga elétrica, passa pelo feixe de His;
A condução elétrica permite que tenham as contrações cardíacas que obedecem um ritmo. Se
há alguma alteração/problema nessa condução elétrica, causa uma alteração cardíaca chamada
arritmia.
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Sistema Cardiovascular:
Circulação Pulmonar (pequena):
Ventrículo direito - Artéria pulmonar - pulmões - Veias pul-
monares - átrio esquerdo.
Circulação Sistêmica (grande:):
Ventrículo esquerdo - Artéria aorta - sistemas corporais -
veias cavas - átrio direito 
Hematose - troca gasosa (saída do CO2 e entrada 
de O2) quando o sangue passa pelos pulmões.
Doenças Cardiovasculares:
Aterosclerose 
Acúmulo anormal de lipídios (gordura) na parede das artérias (placas ateroscleróticas/atero-
mas) que levam à obstrução da luz vascular (estreitamento vascular);
Como consequência causa o comprometimento do suprimento sanguíneo (privação de oxigê-
nio) - isquemia;
O volume dos ateromas aumenta progressivamente, podendo causar obstrução parcial ou total
dos vasos sanguíneos;
Faz parte do grupo da Arteriosclerose (espessamento e diminuição da elasticidade). Sendo o
tipo mais comum;
É uma doença silenciosa (não demonstra sintomatologia);
Doenças que podem ser consequências da aterosclerose: Infarto Agudo do Miocárdio, AVC,
angina do peito (pressão do peito ou dor), arritmia (provocada pela isquemia), Insuficiência
cardíaca; morte súbita.
Aterosclerose pode dar origem a trombos (a própria placa aterosclerótica pode se romper e dar
origem a trombose).
Placas aterosclerótica: 
Constituem na formação de trombos;
Podem enfraquecer a parede arterial formando uma dilatação ou aneurisma que, quando
rompe provoca hemorragia, podendo levar ao óbito;
Podem dar origem a: Infarto agudo do miocárdio; Aneurismas (dilatação dos vasos); Apop-
lexia (AVC,

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