Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Pincel Atômico - 26/09/2023 21:05:52 1/5 GILDOMIR SIMÕES SUCUPIRA JUNIOR Exercício Caminho do Conhecimento - Etapa 8 (18161) Atividade finalizada em 26/09/2023 21:04:49 (1174190 / 2) LEGENDA Resposta correta na questão # Resposta correta - Questão Anulada X Resposta selecionada pelo Aluno Disciplina: PRÁTICA PEDAGÓGICA INTERDISCIPLINAR: FUNDAMENTOS E METODOLOGIA DO ENSINO DE HISTÓRIA [868608] - Avaliação com 8 questões, com o peso total de 3,33 pontos [capítulos - 4] Turma: Segunda Graduação: Segunda Graduação 6 meses - Licenciatura em História - Grupo: FPD-MAIO2023 - SGegu0A250523 [92530] Aluno(a): 91472064 - GILDOMIR SIMÕES SUCUPIRA JUNIOR - Respondeu 8 questões corretas, obtendo um total de 3,33 pontos como nota [355760_569 83] Questão 001 Leia o texto. “Tucídides é quem começa a estabelecer a necessidade, para o pensamento histórico, de documentos escritos e relatos oficiais para dar organicidade à narrativa da História. Na Guerra do Peloponeso, escrita pelo autor, notamos a emergência do uso de documentos escritos na constituição das histórias propostas. Ressaltamos, contudo, que esse processo é peculiar do mundo grego clássico, e não devemos generalizá-lo para período semelhante. Na Ásia, especialmente na China, o processo é diferente.” FRANÇA, Cyntia Simioni. Introdução aos estudos históricos / Cyntia Simioni França, Evandro André de Souza, Julho Zamariam, Jó Klanovicz, Paulo César dos Santos. – Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2014. P.45. Segundo o texto, Tucídides passa a usar os documentos escritos pois havia aprendido com outros povos com os chineses valorizava as narrativas orais e fontes iconográficas considerava as narrativas míticas excelentes para a escrita da história. X era preciso dar mais credibilidade ao relato histórico era uma experiência compartilhada em todo o mundo antigo [355760_557 11] Questão 002 Leia o texto. (ENADE) Vivemos em um mundo dominados por imagens e sons obtidos diretamente da realidade, seja pela encenação ficcional, seja pelo registro documental, por meio de aparatos técnicos cada vez mais sofisticados. E tudo pode ser visto pelos meios de comunicações e representado pelo cinema, com um grau de realismo impressionante. Cada vez mais, tudo é dado a ver e a ouvir, fatos importantes e banais, pessoas públicas influentes ou anônimas e comuns. Esse fenômeno, já secular, não pode passar despercebido pelos historiadores, principalmente para aqueles especializados em História do século XX. As fontes audiovisuais e musicais ganham crescentemente espaço na pesquisa histórica. Do ponto de vista metodológico, são vistas pelos historiadores como fontes primárias novas, desafiadores, mas seu estatuto é paradoxal. NAPOLITANO, M. A História depois do papel. In: PINSKY. C.B. (Org.). Fontes Históricas. São Paulo: Contexto, 2005, p. 235 (adaptado). O paradoxo a que se refere o autor fica evidente no jornalismo televisivo, cujo controle exercido pela emissora sobre os conteúdos veiculados impedem de considerá-lo uma fonte primária X no videogame, cujas características tecnológicas, lúdicas e mercadológicas são elementos importantes para a sua classificação como fonte primária. no documentário, que ao se basear em pesquisa sobre a realidade configura uma fonte confiável no cinema, cujo realismo e o cuidado dispensado às produções históricas o convertem em fonte primária do passado e retratados nos filmes. Pincel Atômico - 26/09/2023 21:05:52 2/5 na fotografia, cujas características técnicas a transformam em fonte primária neutra [355762_569 92] Questão 003 Leia o texto para responder a questão. “Entre o final do século XIX e as primeiras três décadas do século XX, a noção de História foi sacudida, construída e reconstruída a partir de preocupações teórico- metodológicas e temáticas. Frente ao objetivismo e à defesa exacerbada da história política, voltada à exaltação de indivíduos e laudatória, alguns pensadores como François Simiand, Marc Bloch, Lucien Febvre pejoravam a história que era baseada em três ídolos (expressão de Simiand): o indivíduo, a data e o fato. Foram eles que, lançando uma revista nova de história, intitulada Annales d’Histoire Économique et Social, acabaram por articular uma nova forma de se fazer história, a ser difundida pelo grupo designado, posteriormente, de Escola dos Annales. As críticas sobre o documento, dentro desse grupo, seriam feitas por Fernand Braudel, que propunha a expansão ou dilatação do conceito, afirmando que o historiador não deveria apenas se pautar por documentos oficiais para construir seus enredos, mas por documentos diversos que emergiam do todo social. Civilização material, economia e capitalismo, uma coleção de três livros produzia por Braudel representa, certamente, um bom exemplo do que é o historiador, a partir da visão historiográfica dos Annales. Nela, Braudel faz uso de receitas, anotações, mapas, croquis.” FRANÇA, Cyntia Simioni. Introdução aos estudos históricos / Cyntia Simioni França, Evandro André de Souza, Julho Zamariam, Jó Klanovicz, Paulo César dos Santos. – Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2014. P.47-48. A tese central do texto é a de que a escola dos Annales defendeu uma história política advogou uma história social dos grandes homens e pensadores renovou as concepções de documento histórico para compreender melhor a esfera política. ampliou o conceito de documento, ao incluir tanto os escritos oficiais como não-oficiais X promoveu uma renovação teórico-metodológica nos estudos históricos [355760_569 81] Questão 004 Leia o texto. (ENADE) Tratado Proposto a Manuel da Silva Ferreira pelos seus escravos durante o tempo em que se conservaram levantados (c.1789) “Meu senhor, nós queremos paz e não queremos guerra; se meu senhor também quiser nossa paz há de ser nessa conformidade, se quiser estar pelo que nós quisermos saber. [...] Para o seu sustento tenha lancha de pescaria ou canoas do alto, e quando quiser comer mariscos mande os seus pretos Minas. [...] Os atuais feitores não os queremos, faça eleição de outros com nossa aprovação. [...] A estar por todos artigos acima, e conceder-nos estar sempre de posse da ferramenta, estamos prontos para o servirmos como dantes, porque não queremos seguir os maus costumes dos mais Engenhos. Poderemos brincar, folgar, e cantar em todos os tempos que quisermos sem que nos impeça e nem seja preciso licença.” REIS, J.J.; SILVA, E. Negociação e conflito: a resistência negra no Brasil escravista. Rio de Janeiro: Companhia das Letras, 1989, p. 123. A importância da utilização da fonte documental acima apresentada relaciona-se, sobretudo, ao seu potencial de problematização histórica. Nesse sentido, assinale a alternativa que qualifica o referido documento e o relaciona diretamente ao seu valor historiográfico. O documento nega as relações conflituosas entre senhores e escravos, ao demonstrar que os cativos tinham condições plenas de argumentarem em favor de suas próprias causas Pincel Atômico - 26/09/2023 21:05:52 3/5 A narrativa evidencia o grau de instrução dos escravos, que emitiam documentos para registrar a luta pelos seus direitos O texto é indicativo de um levante isolado, com características chantagistas, em um contexto de escravidão. Os detalhes da narrativa revelam o exotismo e as peculiaridades da vida do negro escravo no ambiente citadino e rural X O conteúdo da fonte abre caminhos analíticos para a revisão de conceitos como o de resistência negra escrava [355760_557 14] Questão 005 Leia o texto. (ENADE) Destruídos todos os documentos sobre um determinado período, nada poderia ser dito por um historiador. Uma civilização da qual não tivéssemos nenhum vestígio arqueológico, nenhum texto e nenhuma referência por meio de outros povos, seria como uma civilização inexistente para o profissional de História? A categoria documento define uma parte importante do campo de atuação do historiador e a amplitude de sua busca. KARNAL, L.; TATSCH, F. G. A memória evanescente. In: PINSKI, C. B.;LUCA, T.R. O historiador e suas fontes. São Paulo: Contexto, 2009, p. 9. Por trás dos grandes vestígios sensíveis da paisagem, os artefatos ou as máquinas, por trás dos escritos aparentemente mais insípidos e as instituições aparentemente mais desligadas daqueles que as criaram, são os homens que a história quer capturar. Quem não conseguir isso será apenas, no máximo, um serviçal da erudição. Já o bom historiador se parece com o ogro da lenda. Onde fareja carne humana, sabe que ali está a sua caça. BLOCH, M. Apologia a história ou o ofício do historiador. São Paulo: Zahar, 1989, p. 54. Considerando a necessidade dos historiadores se valerem de registros documentais para produzir conhecimento e, paralelamente, o enorme alargamento de nossa compreensão atual do que sejam documentos históricos, avalie as seguintes afirmações. I. Apesar das transformações pelas quais passou o campo historiográfico ao longo do século XX, ainda são os documentos oficiais (via de regra emanados das instâncias de poder) aqueles que permitem as interpretações efetivamente confiáveis. II. Para a maioria dos historiadores, na atualidade, a compreensão que prevalecia no século XIX, de que o documento era portador da “verdade dos fatos” não é mais aceita, porque se entende que as interpretações sobre o passado se fundamentam no diálogo construído pelos historiadores envolvendo teoria, eventos e documentos. III. Durante o século XX ocorreu um alargamento em relação aos objetos de interesse dos historiadores, o que implicou na ampliação do que se pode considerar como fontes históricas, chegando-se a conceder o estudo de “fonte” a praticamente tudo que permita vislumbrar a ação humana. IV. Um documento histórico não se define como importante a partir de uma determinada visão de época, ou seja, os documentos existem e mantêm seu valor independentemente do meio social que os conversa. É correto apenas o que se afirma em II e IV. I, II e III. I, III e IV. X II e III. I e IV. Pincel Atômico - 26/09/2023 21:05:52 4/5 [355761_569 88] Questão 006 Leia o texto. “Para escrever o que realmente aconteceu, alguns historiadores, como é o caso de Leopold von Ranke, recorreram à legitimação da História por meio do uso de protocolos de pesquisa advindos da heurística documental e de uma racionalização objetiva, na qual a ideia de bom historiador estaria intimamente ligada com a sua capacidade de isentar-se das intenções discursivas dos documentos, na sua habilidade em apresentar-se por meio da imparcialidade e da neutralidade frente às fontes utilizadas. Uma boa história seria aquela capaz de ser contada pelo historiador, a partir das fontes em si.” FRANÇA, Cyntia Simioni. Introdução aos estudos históricos / Cyntia Simioni França, Evandro André de Souza, Julho Zamariam, Jó Klanovicz, Paulo César dos Santos. – Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2014. P.47-48. O procedimento adotado pelos estudos históricos do qual Leopold von Ranke é expoente e descrito no texto é a perspectiva etnocêntrica a valorização da diversidade de documentos X a imparcialidade e neutralidade na análise das fontes históricas a seleção de documentos com base em critérios subjetivos a não-separação entre sujeito e objeto na crítica das fontes [355760_557 04] Questão 007 Sobre as fontes históricas, marque a alternativa correta. Até o século XX, as escritas e oficiais eram as únicas utilizadas. A moderna historiografia consegue produzir conhecimento histórico sem fontes. São consideradas válidas apenas as escritas e oficiais. Possuem graus variados de importância e as escritas tem mais credibilidade. X Até mesmo charges, memes e lista de compras podem ser consideradas fontes válidas. Pincel Atômico - 26/09/2023 21:05:52 5/5 [355762_569 90] Questão 008 Leia o texto para responder a questão. “Entre o final do século XIX e as primeiras três décadas do século XX, a noção de História foi sacudida, construída e reconstruída a partir de preocupações teórico- metodológicas e temáticas. Frente ao objetivismo e à defesa exacerbada da história política, voltada à exaltação de indivíduos e laudatória, alguns pensadores como François Simiand, Marc Bloch, Lucien Febvre pejoravam a história que era baseada em três ídolos (expressão de Simiand): o indivíduo, a data e o fato. Foram eles que, lançando uma revista nova de história, intitulada Annales d’Histoire Économique et Social, acabaram por articular uma nova forma de se fazer história, a ser difundida pelo grupo designado, posteriormente, de Escola dos Annales. As críticas sobre o documento, dentro desse grupo, seriam feitas por Fernand Braudel, que propunha a expansão ou dilatação do conceito, afirmando que o historiador não deveria apenas se pautar por documentos oficiais para construir seus enredos, mas por documentos diversos que emergiam do todo social. Civilização material, economia e capitalismo, uma coleção de três livros produzia por Braudel representa, certamente, um bom exemplo do que é o historiador, a partir da visão historiográfica dos Annales. Nela, Braudel faz uso de receitas, anotações, mapas, croquis.” FRANÇA, Cyntia Simioni. Introdução aos estudos históricos / Cyntia Simioni França, Evandro André de Souza, Julho Zamariam, Jó Klanovicz, Paulo César dos Santos. – Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2014. P.47-48. A escola histórica responsável pela guinada nas concepções de fonte histórica entre o final do século XIX e início do século XX foi Materialista X Annales Romântica Metódica Marxista
Compartilhar