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Pincel Atômico - 26/09/2023 21:06:37 1/5 GILDOMIR SIMÕES SUCUPIRA JUNIOR Exercício Caminho do Conhecimento - Etapa 8 (18161) Atividade finalizada em 26/09/2023 21:01:55 (1174190 / 1) LEGENDA Resposta correta na questão # Resposta correta - Questão Anulada X Resposta selecionada pelo Aluno Disciplina: PRÁTICA PEDAGÓGICA INTERDISCIPLINAR: FUNDAMENTOS E METODOLOGIA DO ENSINO DE HISTÓRIA [868608] - Avaliação com 8 questões, com o peso total de 3,33 pontos [capítulos - 4] Turma: Segunda Graduação: Segunda Graduação 6 meses - Licenciatura em História - Grupo: FPD-MAIO2023 - SGegu0A250523 [92530] Aluno(a): 91472064 - GILDOMIR SIMÕES SUCUPIRA JUNIOR - Respondeu 8 questões corretas, obtendo um total de 3,33 pontos como nota [355760_557 14] Questão 001 Leia o texto. (ENADE) Destruídos todos os documentos sobre um determinado período, nada poderia ser dito por um historiador. Uma civilização da qual não tivéssemos nenhum vestígio arqueológico, nenhum texto e nenhuma referência por meio de outros povos, seria como uma civilização inexistente para o profissional de História? A categoria documento define uma parte importante do campo de atuação do historiador e a amplitude de sua busca. KARNAL, L.; TATSCH, F. G. A memória evanescente. In: PINSKI, C. B.; LUCA, T.R. O historiador e suas fontes. São Paulo: Contexto, 2009, p. 9. Por trás dos grandes vestígios sensíveis da paisagem, os artefatos ou as máquinas, por trás dos escritos aparentemente mais insípidos e as instituições aparentemente mais desligadas daqueles que as criaram, são os homens que a história quer capturar. Quem não conseguir isso será apenas, no máximo, um serviçal da erudição. Já o bom historiador se parece com o ogro da lenda. Onde fareja carne humana, sabe que ali está a sua caça. BLOCH, M. Apologia a história ou o ofício do historiador. São Paulo: Zahar, 1989, p. 54. Considerando a necessidade dos historiadores se valerem de registros documentais para produzir conhecimento e, paralelamente, o enorme alargamento de nossa compreensão atual do que sejam documentos históricos, avalie as seguintes afirmações. I. Apesar das transformações pelas quais passou o campo historiográfico ao longo do século XX, ainda são os documentos oficiais (via de regra emanados das instâncias de poder) aqueles que permitem as interpretações efetivamente confiáveis. II. Para a maioria dos historiadores, na atualidade, a compreensão que prevalecia no século XIX, de que o documento era portador da “verdade dos fatos” não é mais aceita, porque se entende que as interpretações sobre o passado se fundamentam no diálogo construído pelos historiadores envolvendo teoria, eventos e documentos. III. Durante o século XX ocorreu um alargamento em relação aos objetos de interesse dos historiadores, o que implicou na ampliação do que se pode considerar como fontes históricas, chegando-se a conceder o estudo de “fonte” a praticamente tudo que permita vislumbrar a ação humana. IV. Um documento histórico não se define como importante a partir de uma determinada visão de época, ou seja, os documentos existem e mantêm seu valor independentemente do meio social que os conversa. É correto apenas o que se afirma em I, III e IV. X II e III. II e IV. I e IV. I, II e III. Pincel Atômico - 26/09/2023 21:06:37 2/5 [355761_569 88] Questão 002 Leia o texto. “Para escrever o que realmente aconteceu, alguns historiadores, como é o caso de Leopold von Ranke, recorreram à legitimação da História por meio do uso de protocolos de pesquisa advindos da heurística documental e de uma racionalização objetiva, na qual a ideia de bom historiador estaria intimamente ligada com a sua capacidade de isentar-se das intenções discursivas dos documentos, na sua habilidade em apresentar-se por meio da imparcialidade e da neutralidade frente às fontes utilizadas. Uma boa história seria aquela capaz de ser contada pelo historiador, a partir das fontes em si.” FRANÇA, Cyntia Simioni. Introdução aos estudos históricos / Cyntia Simioni França, Evandro André de Souza, Julho Zamariam, Jó Klanovicz, Paulo César dos Santos. – Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2014. P.47-48. O procedimento adotado pelos estudos históricos do qual Leopold von Ranke é expoente e descrito no texto é a perspectiva etnocêntrica a não-separação entre sujeito e objeto na crítica das fontes X a imparcialidade e neutralidade na análise das fontes históricas a valorização da diversidade de documentos a seleção de documentos com base em critérios subjetivos [355760_557 11] Questão 003 Leia o texto. (ENADE) Vivemos em um mundo dominados por imagens e sons obtidos diretamente da realidade, seja pela encenação ficcional, seja pelo registro documental, por meio de aparatos técnicos cada vez mais sofisticados. E tudo pode ser visto pelos meios de comunicações e representado pelo cinema, com um grau de realismo impressionante. Cada vez mais, tudo é dado a ver e a ouvir, fatos importantes e banais, pessoas públicas influentes ou anônimas e comuns. Esse fenômeno, já secular, não pode passar despercebido pelos historiadores, principalmente para aqueles especializados em História do século XX. As fontes audiovisuais e musicais ganham crescentemente espaço na pesquisa histórica. Do ponto de vista metodológico, são vistas pelos historiadores como fontes primárias novas, desafiadores, mas seu estatuto é paradoxal. NAPOLITANO, M. A História depois do papel. In: PINSKY. C.B. (Org.). Fontes Históricas. São Paulo: Contexto, 2005, p. 235 (adaptado). O paradoxo a que se refere o autor fica evidente no documentário, que ao se basear em pesquisa sobre a realidade configura uma fonte confiável X no videogame, cujas características tecnológicas, lúdicas e mercadológicas são elementos importantes para a sua classificação como fonte primária. no jornalismo televisivo, cujo controle exercido pela emissora sobre os conteúdos veiculados impedem de considerá-lo uma fonte primária no cinema, cujo realismo e o cuidado dispensado às produções históricas o convertem em fonte primária do passado e retratados nos filmes. na fotografia, cujas características técnicas a transformam em fonte primária neutra Pincel Atômico - 26/09/2023 21:06:37 3/5 [355761_569 86] Questão 004 “Haverá, sim, documentos relevantes no mundo medieval, que serão usados em hagiografias — as biografias dos santos. Não significa, também, que o mundo medieval europeu não produziu documentos que hoje são utilizados por historiadores; o mundo medieval produziu uma quantidade extremamente volumosa de documentos dos mais variados gêneros, cobrindo os mais diferentes campos especulativos, desde aspectos triviais da vida cotidiana até tratados políticos, elementos que, no século XX, redundaram em histórias interessantíssimas das vidas pública e privada, e dos mundos urbano e não urbano medievais que seriam difíceis de serem estruturados levando-se apenas poucos fragmentos, como é o caso de algumas regiões do mundo antigo.” FRANÇA, Cyntia Simioni. Introdução aos estudos históricos / Cyntia Simioni França, Evandro André de Souza, Julho Zamariam, Jó Klanovicz, Paulo César dos Santos. – Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2014. P.47-48. O objetivo do texto acima é o de o desconhecimento os arquivos como local social de arquivamento de documentos valorizar os relatos orais em detrimento dos escritos no mundo medieval X desconstruir a ideia de uma desvalorização das fontes no período medieval. a construção de narrativas focando povos oprimidos e sem cultura escrita a valorização das pessoas comuns como agentes da história [355760_570 02] Questão 005 Em um trabalho sobre a escravidão no mundo greco-romano, Lauffer escreveu que a palavra Sklave, esclave, schiavo, originada na Idade Média, e que a princípio designava os cativos da guerra eslava na Europa oriental, só pode ser transferida para a Antiguidade de um modo anacrônico, o que suscita equívocos. Além do mais, essa palavra lembra a escravidão negra da América do Norte e das regiões coloniais dosséculos mais recentes, o que dificulta ainda mais a sua aplicação nas relações da antiguidade. Poucos ou nenhum dos historiadores da antiguidade que participaram da discussão do trabalho de Lauffer viram com bons olhos essa sugestão radical de abandonar a palavra ‘escravo’. FINLEY, M. Uso e abuso da história. São Paulo: Martins Fontes, 1989 (adaptado). Considerando a reflexão suscitada pelo texto e o estudo da escravidão na Antiguidade, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas. I. No campo da história, a conexão que se estabelece entre o presente e o passado pode suscitar anacronismo, o que torna possível a ocorrência de equívocos interpretativos. PORQUE II. Escolhas teórico-metodológicas realizadas sem reflexão crítica podem repercutir em completa desfiguração do passado ou da sua relação com o presente. A respeito dessas asserções, assinale a opção correta. A asserção I é falsa, mas a II é verdadeira. As asserções I e II são falsas. X As asserções I e II são verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I. As asserções I e II são verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I. A asserção I é verdadeira, mas a II é falsa. Pincel Atômico - 26/09/2023 21:06:37 4/5 [355760_557 07] Questão 006 Leia. I. A produção do conhecimento histórico só pode ser feita a partir de registros deixados pelo homem, MAS II. esses registros não significam um acesso direto ao passado, devendo-se compreender suas nuances, pontos obscuros e questões não ditas. Sobre as afirmativas: as duas estão corretas e a II não dialoga com a II X as duas são corretas, e a II complementa a I a I está correta e a II falsa as duas estão erradas as duas são corretas, mas a II contradiz a I [355760_557 08] Questão 007 Em um trabalho sobre a escravidão no mundo greco-romano, Lauffer escreveu que a palavra Sklave, esclave, schiavo, originada na Idade Média, e que a princípio designava os cativos da guerra eslava na Europa oriental, só pode ser transferida para a Antiguidade de um modo anacrônico, o que suscita equívocos. Além do mais, essa palavra lembra a escravidão negra da América do Norte e das regiões coloniais dos séculos mais recentes, o que dificulta ainda mais a sua aplicação nas relações da antiguidade. Poucos ou nenhum dos historiadores da antiguidade que participaram da discussão do trabalho de Lauffer viram com bons olhos essa sugestão radical de abandonar a palavra ‘escravo’. FINLEY, M. Uso e abuso da história. São Paulo: Martins Fontes, 1989 (adaptado). Considerando a reflexão suscitada pelo texto e o estudo da escravidão na Antiguidade, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas. I. No campo da história, a conexão que se estabelece entre o presente e o passado pode suscitar anacronismo, o que torna possível a ocorrência de equívocos interpretativos PORQUE II. escolhas teórico-metodológicas realizadas sem reflexão crítica podem repercutir em completa desfiguração do passado ou da sua relação com o presente. A respeito dessas asserções, assinale a opção correta A asserção I é verdadeira, mas a II é falsa As asserções I e II são falsas As asserções I e II são verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I A asserção I é falsa, mas a II é verdadeira X As asserções I e II são verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I Pincel Atômico - 26/09/2023 21:06:37 5/5 [355762_569 92] Questão 008 Leia o texto para responder a questão. “Entre o final do século XIX e as primeiras três décadas do século XX, a noção de História foi sacudida, construída e reconstruída a partir de preocupações teórico- metodológicas e temáticas. Frente ao objetivismo e à defesa exacerbada da história política, voltada à exaltação de indivíduos e laudatória, alguns pensadores como François Simiand, Marc Bloch, Lucien Febvre pejoravam a história que era baseada em três ídolos (expressão de Simiand): o indivíduo, a data e o fato. Foram eles que, lançando uma revista nova de história, intitulada Annales d’Histoire Économique et Social, acabaram por articular uma nova forma de se fazer história, a ser difundida pelo grupo designado, posteriormente, de Escola dos Annales. As críticas sobre o documento, dentro desse grupo, seriam feitas por Fernand Braudel, que propunha a expansão ou dilatação do conceito, afirmando que o historiador não deveria apenas se pautar por documentos oficiais para construir seus enredos, mas por documentos diversos que emergiam do todo social. Civilização material, economia e capitalismo, uma coleção de três livros produzia por Braudel representa, certamente, um bom exemplo do que é o historiador, a partir da visão historiográfica dos Annales. Nela, Braudel faz uso de receitas, anotações, mapas, croquis.” FRANÇA, Cyntia Simioni. Introdução aos estudos históricos / Cyntia Simioni França, Evandro André de Souza, Julho Zamariam, Jó Klanovicz, Paulo César dos Santos. – Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2014. P.47-48. A tese central do texto é a de que a escola dos Annales advogou uma história social dos grandes homens e pensadores defendeu uma história política renovou as concepções de documento histórico para compreender melhor a esfera política. X promoveu uma renovação teórico-metodológica nos estudos históricos ampliou o conceito de documento, ao incluir tanto os escritos oficiais como não-oficiais
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