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Economia e Mercado

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2021 - ECONOMIA E MERCADO - Un 1 Página inicial Pular para o conteúdo principal Pular para a navegação 
ECONOMIA E 
MERCADO 
Professora : Flávia Fernanda da Silva Machado 
Apresentação Geral da Disciplina 
Olá, caro(a) aluno(a)! 
Aqui lhe mostro com muita satisfação o seu material didático da disciplina Economia e Mercado. As relações econômicas ocorrem 
há milhares de anos e, obviamente, foram se refinando ao longo do tempo. 
Iniciamos essa trajetória com o escambo, em que as mercadorias eram trocadas por outras mercadorias, e assim fomos avançando 
até a moeda atual, estruturas de mercado complexas e políticas macroeconômicas para equilibrar o mercado. Sendo assim, nossa 
disciplina possibilitará que você tenha uma visão do todo econômico, em que serão trabalhados conceitos, processos, noções e 
estruturas econômicas. 
A disciplina Economia e Mercado nos faz investigar diversas questões relacionadas ao funcionamento econômico, tais como lei da 
oferta e demanda, estruturas do mercado e seu desempenho e impacto na atividade da economia. 
Além de ainda haver a parte dos agregados macroeconômicos, ou seja, que aborda o todo tais como políticas fiscal, monetária e 
cambial e outros indicadores da conjuntura econômica. Dessa forma, talvez você questione: Como essas informações econômicas 
podem impactar meu dia a dia? E é para que você compreenda tais respostas que vamos adentrar nessa jornada. 
Bons estudos! 
Oportunidades de aprendizagem 
Nesta primeira unidade, você irá desenvolver a compreensão acerca do significado de economia e também entenderá quais são as 
estruturas de mercado. Além disso, compreenderá sobre o funcionamento da lei da oferta e demanda. 
Avançar 
UNICESUMAR | UNIVERSO EAD 
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2021 - ECONOMIA E MERCADO - Un 1 Página inicial Pular para o conteúdo principal Pular para a navegação 
Economia e as Estruturas de Mercado 
O ano de 2020 foi extremamente difícil. Foi o ano em que começamos a vivenciar uma pandemia global. Pandemia se trata da 
disseminação de uma doença em determinada área para outros continentes. 
Apesar de a situação pandêmica agravar a situação brasileira, nosso país já estava inserido em uma crise financeira mesmo antes 
da Covid-19, em que nossa dívida pública se mostrou acima de 80% do Produto Interno Bruto (PIB), o desemprego atingia 12 
milhões de pessoas em média e não havia um crescimento econômico sustentável (MELO; CABRAL, 2020). 
Por conta das medidas empregadas para garantir o distanciamento social, a crise no Brasil se aprofundou pois houveram mudanças 
no âmbito profissional como redução de jornada de trabalho, redução do salário, colaboradores trabalhando via home office e, 
obviamente, os desligamentos dos funcionários e empresas encerrando suas atividades. 
E, além disso, houveram impactos das demais relações econômicas que também estavam sofrendo influência da pandemia. 
Sendo assim, quais são os impactos de uma pandemia para a economia de um país? As empresas precisam se reinventar para 
acompanhar esse novo rumo da economia? 
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Todas as economias são divididas por ciclos, ou seja, períodos que se diferem pelas alterações da atividade econômica a longo 
prazo. Essas mudanças são uma rota natural das economias pois há impactos de diversos fatores e, dessa forma, ocorrem períodos 
de crescimento, estagnação ou crises econômicas. 
Diante disso, conforme mencionado anteriormente, o Brasil já apresentava uma situação econômica comprometida antes da 
pandemia, em que empresas de pequeno porte foram as maiores afetadas pelos impactos econômicos da crise e pandemia em que 
um milhão e trezentos mil empresas (1,3 milhão) encerraram ou suspenderam as atividades de acordo com a Pesquisa Pulso 
Empresa: Impacto da Covid-19 nas Empresas. O comércio e o setor de serviços foram os mais impactados com a crise econômica. 
As pandemias sempre ocorreram ao longo da nossa história, já tivemos a Peste do Egito em 430 a.C., a Peste de Cipriano no ano de 
250 a 271, a Peste Negra em 1300 e a Gripe Espanhola entre 1918 e 1920. E recentemente tivemos a pandemia da gripe suína, 
causada pelo vírus H1N1, e com a globalização, doenças que permaneceriam em apenas certas regiões ou países, acabam 
percorrendo todo o globo e infectando pessoas de diversas nacionalidades. 
E em casos como a pandemia da COVID-19, em que se torna extremamente necessário o distanciamento social para diminuição da 
velocidade do contágio, o impacto sobre a economia é inevitável. 
Ponto de partida 
Camila Mendes é dona de uma confeitaria e seu objetivo é proporcionar sonhos por meio dos seus produtos saudáveis, tanto para 
quem visa se alimentar melhor ou para aqueles que detém alguma restrição alimentar. Quando iniciou sua empresa em 2017, 
Camila fez uma pesquisa e testou a demanda de seus produtos e descobriu uma oportunidade de negócio com a confeitaria 
saudável. Camila se dedicou e o resultado se mostrou muito satisfatório e proporcionou um ótimo faturamento ao longo dos anos. 
No início de 2020, a empresa contava com 9 funcionários em que 5 trabalhavam na produção, 2 no administrativo e 2 no comércio, 
além da própria Camila que está todos os dias na loja. Porém, veio a pandemia e com ela, as restrições sociais implementadas pelo 
governo para distanciamento social. 
O consumo na loja era a maior fonte de faturamento da empresa e o faturamento diminuiu significativamente pois também 
houveram os momentos de lockdown e a confeitaria precisou ficar de portas fechadas e com as atividades pausadas. 
Camila precisa encontrar alternativas para elevar o seu faturamento e evitar que sua empresa feche suas portas definitivamente. 
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Camila começou a pesquisar e estudar sobre o que estava acontecendo no mundo e no ramo alimentício, pois precisava entender 
mais sobre como funcionavam os mercados e também a demanda por seus produtos. E assim, Camila compreendeu que é o 
mercado (de serviços e de bens) que vai definir toda a renda, preço, consumo e investimentos de um país, isto é, ambientes 
considerados micro impactam no macro (no todo). E compreendeu que com a situação pandêmica, o ramo alimentício estava sendo 
muito afetado. 
Sendo assim, ela entendeu que tudo está interligado uma vez que o poder de compra das pessoas também é afetado, ou seja, se o 
país vai bem mostra que as pessoas estão melhores financeiramente, há emprego e, portanto, consumo. E quando o país está em 
crise, as pessoas estão sem emprego e sem dinheiro e, logo, não vão poder consumir. 
Mas ela também entendeu que em tempos difíceis, a zona de conforto precisa ser deixada de lado. E assim deu início ao seu 
marketing nas redes sociais, coisa que antes não fazia com frequência mas seria necessário para encontrar os consumidores da sua 
marca online. 
Com suas pesquisas, Camila entendeu que precisaria agir rápido para evitar a demissão de seus funcionários ou até que seu 
estabelecimento fechasse suas portas. Nesse sentido, gostaria que você refletisse sobre quais ações são mais relevantes para o 
caso da confeitaria da Camila e como ela poderia chamar a atenção dos seus consumidores. 
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Até o momento, compreendemos que tudo está conectado e que a economia se divide em ciclos. Desse modo,quando as pessoas 
estão consumindo, haverá mais emprego, mais pessoas gastando e, portanto, mais consumo. Porém, nas crises essa situação se 
altera e o consumo começa a diminuir, principalmente em setores que não são essenciais para a sobrevivência das pessoas. 
Sendo assim, você consegue compreender a importância da economia em sua vida? Como todos os mercados fazem parte de um 
todo? Mesmo cada um tendo diferenças e singularidades. E, além disso, como tudo pode ser afetado em momentos de crise? 
Afinal, o que é Economia? 
A palavra economia pode te lembrar assuntos relacionados a finanças, economizar e poupar. Ou também a gastos com seu 
dinheiro. 
Porém, a economia é muito mais! Segundo Montella (2003), em seu conceito etimológico, economia vem da palavra grega oikos, 
que significa casa, e nomos, que significa norma ou lei. Isso quer dizer que originalmente, a palavra economia quer dizer 
administração da casa. 
Dentro do estudo da ciência econômica, a busca é compreender como os indivíduos e a sociedade decidem como empregar 
recursos que são escassos para produzir os bens e serviços e o objetivo é satisfazer as necessidades das pessoas. Isso quer dizer 
que a economia é uma ciência social e os recursos produtivos (ou fatores de produção) são capital, terra, trabalho e matérias- 
primas. 
Mas talvez você possa se questionar o motivo desses recursos serem tão importantes. Segundo Vasconcellos (2015), a ciência 
econômica é a ciência social cujo objetivo é amparar as necessidades humanas, isto é, satisfazer nossos desejos. 
O motivo é que nossos recursos produtivos são limitados, sendo assim, esses recursos podem levar milhares de anos para serem 
repostos pela natureza e cada vez mais pessoas habitam o nosso planeta a cada dia. Esse aumento da população faz com que as 
necessidades básicas se elevem a todo momento e, desse modo, o objeto de estudo da economia vem a ser exatamente a escassez 
dos fatores de produção. 
Todos os recursos, dinheiro, tempo, etc., não são ilimitados e, portanto, é impossível ter tudo o que quisermos e por isso, 
precisamos fazer escolhas em nosso dia a dia. As necessidades humanas são ilimitadas o que se contrapõem à limitação de 
recursos existentes, pois estamos em constante busca de elevar nosso padrão de vida, status, ter mais bens como celular, 
computador, roupas etc. Desse modo, nenhum país escapa da escassez de recursos, essa disponibilidade é limitada para o mundo, 
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apesar de haver mais recursos em certas regiões do que em outras. 
Atenção 
A economia é a ciência que visa estudar e compreender os indivíduos enquanto seres sociais que 
estão incluídos em um ambiente de escassez e, sendo assim, é considerada uma ciência social 
aplicada (VASCONCELOS, 2011). 
Caso todos os recursos fossem ilimitados, não haveria motivação para estudar questões de alocação desses fatores, inflação, 
desemprego, déficit, etc., pois muitos dos problemas que enfrentamos com a limitação da produção, não ocorreriam. 
Consequentemente não haveria necessidade de uma ciência cujo objeto é justamente o estudo da escassez e alocação dos 
recursos limitados. 
Nesse sentido, vamos nos aprofundar um pouco mais acerca do funcionamento da economia e gostaria que você me respondesse à 
seguinte dúvida: o que é um sistema econômico? Você pode pensar sobre isso um minuto e me responder. 
Bom, é relevante que você saiba o que é um sistema econômico e apresento agora a definição dada por Rosseti (1979): 
Sistemas Econômicos são arranjos historicamente constituídos, a partir dos quais os agentes econômicos 
são levados a empregar recursos e a interagir via produção, distribuição e uso dos produtos gerados, dentro 
de mecanismos institucionais de controle e de disciplina, que envolvem desde o emprego dos fatores 
produtivos até as formas de atuação, as funções e os limites de cada um dos agentes. (ROSSETI, 1979, p. 
158) 
Isso significa que uma vez que nossos recursos são escassos, os indivíduos e a sociedade precisam tomar decisões sobre o que será 
feito com esses recursos. Decisões essas que se relacionam à produção de bens e serviços: O que será produzido? Como será 
produzido? Quanto será produzido? Para quem será destinado? Qual o preço de venda desses itens? 
Dessa forma, os sistemas econômicos vão definir quais serão as regras para alocação dos recursos e as instituições que serão 
incumbidas da realização desses processos. Para exemplificar, posso citar os sistemas econômicos capitalista e socialista, em que 
os meios de produção são de propriedade privada ou do estado. 
Te convido a conhecer as perguntas Fundamentais da Economia Para auxiliar nas escolhas de produção, existem algumas 
questões econômicas que devem ser respondidas. Vamos iniciar com a pergunta O QUE produzir que indica a escolha dos bens a 
serem produzidos, isto é, a necessidade que vai ser sanada com a produção desse item, por exemplo, roupas, alimentos, celulares, 
etc. 
Em seguida, a pergunta a ser respondida é QUANTO produzir. Qual será a quantidade necessária daquele bem para satisfazer as 
necessidades daquele momento. Seguimos para COMO produzir, que questiona os itens que estarão envolvidos no processo de 
produção desse bem, qual será a proporção entre eles, qual será a proporção entre capital e trabalho, etc. E seguimos para o quarto 
questionamento que é PARA QUEM produzir e se relaciona aos indivíduos que vão demandar o item produzido. 
Observando esses questionamentos, concluímos que é preciso conhecer o mercado, fazer pesquisas sobre ele, pesquisa de preços 
dos itens que serão utilizados na produção, estudos sobre o público-alvo, sobre qual tipo de divulgação é mais bem-sucedida para 
esse público específico, quanto esse consumidor está disposto a pagar, qual o custo dos bens produzidos. 
Vamos dividir a economia para entender suas áreas de atuação? A área é estudada entre: Macroeconomia e Microeconomia 
Conforme mencionado acima, as ações, as transações e as decisões que ocorrem de forma micro (menor) vão impactar no todo. 
Sendo assim, é importante te explicar o que é a microeconomia e a macroeconomia, para esclarecer as diferenças entre esses 
ramos de estudo da economia e, ainda, reforçar como tudo está conectado. 
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Desse modo, existem essas duas grandes áreas de estudo dentro da ciência econômica, que são a microeconomia e a 
macroeconomia. 
A microeconomia é o campo que vai estudar como as unidades econômicas se comportam, sendo elas as empresas produtoras e os 
consumidores. Vai estudar também como esses agentes interagem entre si, de forma que a microeconomia estabelece as 
quantidades e os preços dos itens produzidos nos mercados que são específicos (VASCONCELLOS, 2011). 
Nesse sentido, vai ser o estudo da microeconomia que vai buscar compreender como se dá a oferta e demanda nessa especificação 
dos preços dentro dos mercados de produção de bens e serviços ou de fatores de produção. Portanto, a microeconomia vai 
investigar como as empresas e as pessoas que consomem esses itens interagem entre si e determinam os preços e quantidades dos 
bens a serem produzidos e ofertados. 
Conceituando 
Os fatores de produção são os bens que são utilizados para que os bens finais sejam produzidos, 
ou seja, são aqueles elementos que propiciam a produção de um determinado item. De forma 
clássica, a teoria econômica indica três fatores de produção que são o capital, representado por 
K), o trabalho (L) e a terra (T). 
No Quadro 1, podemos observar a definição de cada um dos fatores de produção de acordo com a teoria econômica. São esses os 
fatores que estão incluídos na produção de cada bem ou serviço o qual demandamos em nosso dia a dia. 
Quadro 1 . Definição dos Fatores de Produção. 
Fonte: A autora. 
Desse modo, essessão os fatores iniciais utilizados para produzir novos bens acabados, ou seja, é a combinação desses itens que 
torna possível a criação de todos os itens utilizados pelos seres humanos. E cada um dos fatores tem a sua forma de remuneração, 
como vimos, são aluguel, juro, salário e royalties. 
Para finalizar, é importante clarificar que não é o estudo das empresas de forma individual, mas sim, a junção dos mercados e isso é 
feito com o intuito de facilitar as análises e tornar a realidade menos complexa. Existe uma condição chamada ceteris paribus (tudo 
o mais constante) que vem exatamente para simplificar as análises desses mercados, de forma que ele supõe que tudo o mais 
permanece constante. 
Ou seja, quando você se dispor a analisar um mercado de maneira individualizada, será pressuposto que todos os outros mercados 
se manterão inalterados (constantes). E, assim, com o fato de se manterem constantes indica que o mercado que é o objeto de 
estudo não vai influenciar os mercados restantes e, assim, as análises simplificadas poderão ser realizadas. 
Desse modo, observe o Figura 1 apresentado a seguir, que nos denota quais são os temas estudados na teoria econômica: 
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Figura 1 - Temas investigados no estudo da Teoria Microeconômica. 
Fonte: Adaptado de Vasconcelos (2015, p. 30).. 
Descrição da imagem : A imagem corresponde a uma estrutura em que existem 3 grandes temas investigados na economia sendo 
eles, a teoria da demanda, a teoria da oferta e a análise das estruturas de mercado. E a partir de cada uma dessas temáticas, 
surgem novos temas estudados. A partir da teoria da demanda, temos a teoria do consumidor e a demanda de mercado. Na 
temática teoria da oferta temos a oferta individual e a oferta de mercado e, a partir da oferta individual temos a teoria da produção 
e a teoria dos custos de produção. E no último grande tema que é a análise das estruturas de mercado, há uma divisão em dois 
temas menores que são o mercado de bens e serviços e o mercado de insumos e fatores de produção. E ambos também se dividem 
em temas menores, sendo o mercado de bens e serviços estudando a concorrência perfeita, concorrência monopolística, 
monopólio e oligopólio. Já o mercado de insumos e fatores de produção vai estudar a concorrência perfeita, o monopsônio e o 
oligopsônio. 
Já a macroeconomia aborda o todo, o macro, como por exemplo, inflação, renda do país, investimento agregado, exportação e 
importação etc. De acordo com Dornbusch et al. (2006), a teoria macroeconômica inclui também políticas de controle da moeda, 
câmbio, salários e também a dívida pública. Isto é, estuda quais são os níveis da renda, desemprego, taxa dos salários, taxa de juros 
etc., todos em sua forma agregada. 
A macroeconomia visa compreender a formação desses grandes agregados, como a economia é em seu todo e o como aplicar 
políticas que beneficiem o país. Portanto, não há conflitos entre a microeconomia e a macroeconomia, pois a primeira analisa o 
funcionamento dos mercados e analisa um mercado específico deixando o restante dos mercados constantes; já a segunda, analisa 
o todo, considerando sempre o nível geral daquela determinada variável, ou seja, a variável em seu nível agregado. 
Atenção 
Os rendimentos dos títulos da dívida pública podem ser pós-fixados ou pré-fixados e a 
remuneração está atrelada a um indexador, como a taxa Selic, índice de inflação como o IPCA, 
taxa referencial – TR, IGP-M ou também uma variação cambial. 
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Fonte: Tesouro Direto (2018). 
Lei da Demanda 
Agora vamos começar a tratar sobre a lei da demanda que tem em seu objetivo compreender as necessidades dos consumidores e 
explicar o seu comportamento nas escolhas de bens e serviços adquiridos. 
Bom, devemos começar entendendo o que é a demanda por determinado bem. A demanda é a quantidade de um dado bem que o 
consumidor deseja adquirir, ou seja, o quanto de um determinado item ele está disposto a comprar (PASSOS; NOGAMI, 2012). 
Aqui é importante ressaltar que a demanda não precisa ser a compra efetivada, basta ser a intenção de compra , a renda e o 
período também devem ser considerados. 
Essa teoria pressupõe que quando o preço de determinado bem se eleva, os consumidores vão consumi-lo em menor quantidade 
dado que as demais variáveis que possam impactar essa situação se mantenham constantes ( ceteris paribus ). 
Isso significa que há uma relação negativa em preço e quantidade quando se trata do consumidor pois conforme há elevação dos 
preços, ele não poderá mantendo os mesmos padrões de consumo pois a sua renda permanecerá sendo a mesma. Desse modo, 
como o consumidor não poderá mais adquirir aquele bem, ele o substituirá por algum outro item que ele considere um substituto e 
satisfaça as mesmas necessidades. Por exemplo, ocorre uma elevação no preço da carne bovina, uma vez que você não poderá mais 
comprar as mesmas quantidades, poderá substituir por carne de frango para satisfazer as suas necessidades de consumo de carne. 
Vamos entender melhor essa explicação ao observarmos a Figura 2, representada abaixo. 
Figura 2 - Curva da Demanda. 
Fonte: Elaborado pela autora. 
Descrição de imagem: A imagem representa um gráfico cartesiano, sendo que no eixo x, é apresentado a quantidade e no eixo y, o 
preço. Uma reta decrescente, com ângulo de 45º, indica a demanda, demonstrando a proporcionalidade direta entre o preço e a 
quantidade. 
Na imagem, podemos ver que conforme há um aumento no preço do bem, a demanda por ele diminui. Ou seja, quanto mais elevado 
for o preço (P), menor será a quantidade (Q) e isso é representado por meio da curva D, comprovando a relação negativa entre as 
variáveis P e Q. 
Desse modo, você pode analisar a Tabela 1, representada abaixo e analisar essa relação negativa entre preço e quantidade em 
nosso exemplo, com as quantidades de almoços por semana em um restaurante no centro da cidade. 
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Tabela 1 - Demanda por almoço em restaurante. 
Fonte: Elaborada pela autora. 
Perceba que quanto maior é o preço do almoço no restaurante, menores são as quantidades de almoços por semana que você 
estará disposto a ter. E podemos ir ainda mais fundo ao criar essa relação graficamente com as quantidades da tabela, como 
podemos analisar no Figura 3, a seguir. 
Figura 3 - Curva da Demanda por almoços. 
Fonte: Elaborado pela autora. 
Descrição de imagem: A imagem representa um gráfico cartesiano, sendo que no eixo x, é apresentado a quantidade e no eixo y, o 
preço. Uma reta decrescente, com ângulo de 45º, indica a demanda, demonstrando a proporcionalidade direta entre o preço e a 
quantidade. No eixo do preço, há uma numeração de 30, 40, 50 e 60, iniciando na parte inferior do eixo a partir da numeração 30. E 
no eixo da quantidade, a numeração é de 1 a 4, iniciando do lado esquerdo e indo em direção à direita. 
Na Figura 4 vemos claramente como se forma a curva da demanda (D) e seus respectivos pontos de preço e quantidade. E, 
observamos também que, conforme o preço do almoço diminui, maior é a propensão de almoçar fora mais vezes por semana. É 
exatamente isso que é indicado quando uma curva é negativamente inclinada. 
Em nosso exemplo, estamos indicando a preferência de apenas um consumidor apenas e por esse motivo as quantidades e valores 
do almoço estão especificados tanto na tabela como na figura. Porém, a curva vai continuar seguindo exatamente os mesmos 
pressupostos, conforme a figura 3, que apresenta a nossa curva com as indicações genéricas, conforme abaixo. 
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Figura 4 - Curva de Demanda genérica. 
Fonte: Elaborado pelaautora. 
Descrição de imagem: A imagem representa um gráfico cartesiano, sendo que no eixo x, é apresentado a quantidade e no eixo y, o 
preço. Uma reta decrescente, com ângulo de 45º, indica a demanda, demonstrando a proporcionalidade direta entre o preço e a 
quantidade. 
Conforme a figura, podemos observar que quando o preço está em P1, a quantidade será Q1 em que o preço é menor e a 
quantidade demandada será maior. Mas quando o preço está em P2 e é maior, a quantidade demanda Q0 se retrai. O que indica 
que quanto maior for o preço do bem, menor será a inclinação do consumidor de adquiri-lo, conforme vimos nos exemplos 
anteriores. Os pontos em que P e Q se encontram na curva D, são as quantidades demandadas e essas quantidades podem se 
alterar ao longo da curva, basta alterar o preço e a predisposição de comprar o item vai se alterar. 
Agora vamos abordar quais são os fatores que vão impactar no deslocamento da curva da demanda para a direita ou para a 
esquerda. Até agora aprendemos que o preço influencia na quantidade demandada, ou seja, nos pontos que estão ao longo da 
curva da demanda, porém a curva também pode se deslocar. 
Mas o que isso quer dizer? 
O deslocamento da curva de demanda é diferente pois não se trata dos movimentos nos pontos de encontro entre P e Q, mas sim 
uma mudança na altura da curva em nossa figura. Veja em nossas figuras, a seguir. 
Figura 5 - Deslocamento da Curva da Demanda à Direita. 
Fonte: Elaborado pela autora. 
Descrição da Imagem: A imagem representa um gráfico cartesiano, sendo que no eixo x, é apresentado a quantidade e no eixo y, o 
preço. Duas retas decrescentes, com ângulo de 45º, indica a demanda, demonstrando o deslocamento de uma curva para a outra à 
direita. 
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Figura 6 - Deslocamento da Curva da Demanda à Esquerda. 
Fonte: Elaborado pela autora. 
Descrição da Imagem: A imagem representa um gráfico cartesiano, sendo que no eixo x, é apresentado a quantidade e no eixo y, o 
preço. Duas retas decrescentes, com ângulo de 45º, indica a demanda, demonstrando o deslocamento de uma curva para a outra à 
esquerda. 
Como você observou, não se trata de alterações ao longo da curva, mas na alteração da curva de maneira geral, deslocando para a 
direita ou para a esquerda. Agora você poderia me dizer algum fator que deslocaria a curva de demanda para direita ou para a 
esquerda? 
Existem diversas variáveis que podem impactar a curva de demanda nesse sentido tais como renda, preço dos bens substitutos, 
preço dos bens complementares, marketing, clima, facilidade em se obter crédito, etc. 
A renda vai impactar no deslocamento da curva, pois ao haver um aumento de salário, digamos que você eleve seu consumo de 
carne bovina e diminua seu consumo de frango, por exemplo. Isso vai significar que haverá um deslocamento para a direita na sua 
curva de demanda por carne bovina, uma vez que seu consumo por esse bem aumentou, mas o preço se manteve o mesmo. Por 
outro lado, a curva de demanda por frango vai se deslocar para a esquerda, pois seu consumo daquele bem diminuiu, não por conta 
do preço já que ele se mantém o mesmo, mas sim porque você alterou suas escolhas de produtos a serem consumidos por você. 
Os bens substitutos são aqueles que podem ser substituídos um pelo outro pois são muito similares como, por exemplo, manteiga e 
margarina ou carne bovina e carne de frango. Isso denota que quando o preço de um bem desse tipo se elevar, os consumidores 
vão migrar seu consumo para o bem substituto dele e isso vai deslocar a curva de demanda de ambos. 
Já os bens complementares são aqueles que consumimos ao mesmo tempo, como pão com manteiga ou arroz e feijão. Nesses 
casos, também haverá deslocamento das curvas de demanda de ambos, mas dessa vez para o mesmo lado. Digamos que o preço do 
açúcar se eleve, haverá menos consumo desse item e, assim, sua curva se deslocará para baixo. Porém, como o bem complementar 
do açúcar é o café, ocorrerá a mesma situação e a curva de demanda do café também se deslocará para baixo. 
No que se refere ao marketing e ao clima, o primeiro vai gerar o consumo por meio de propagandas, elevando a demanda desse 
item e o segundo, cria sua demanda conforme a estação, por exemplo. No inverno, haverá demanda para roupa de frio e no calor, 
para roupas mais leves. 
O que diz a Lei da Oferta ? Em nossos estudos sobre a demanda, aprendemos sobre o consumidor e seu comportamento diante de 
mudanças no preço, e agora nessa sessão vamos compreender o lado do produtor, ou seja, a oferta dos bens. 
A oferta é a quantidade de um dado bem ou serviço que os produtores desejam vender em determinado período (VASCONCELOS, 
2015). Assim como na demanda, na oferta também se trata do desejo em vender os produtos e não efetivamente da venda e na 
teoria da oferta, será analisado o comportamento das empresas em suas transações no mercado. 
Sendo assim, podemos visualizar no Figura 7 a representação da curva de oferta e nela observamos o formato da curva. 
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Figura 7 - Curva da Oferta. 
Fonte: Elaborado pela autora. 
Descrição da Imagem: A imagem representa um gráfico cartesiano, sendo que no eixo x, é apresentado a quantidade e no eixo y, o 
preço. Uma reta crescente, com ângulo de 45º, indica a oferta, demonstrando a proporcionalidade direta entre o preço e a 
quantidade. 
Você percebeu a diferença comparada à curva da demanda? 
Sim, a curva de oferta é o oposto do que vimos anteriormente, esta curva é positivamente inclinada. Vamos saber o porquê! 
Então vamos ao nosso exemplo a seguir demonstrado na Tabela 2. Imagine que você é dono de uma empresa que fabrica picolés, a 
tabela abaixo mostra a quantidade ofertada dos seus produtos. 
Tabela 2 - Oferta da empresa Picolés Ltda. 
Fonte: Elaborada pela autora. 
Com a tabela demonstrada, fica claro que conforme a diminuição no preço do picolé, menos você estará disposto a produzir e 
efetivamente colocar o produto para vender, certo? 
Vamos observar um pouco mais, dessa vez no Figura 8 conforme a seguir. 
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Figura 8 - Curva da Oferta de picolés. 
Fonte: Elaborado pela autora. 
Descrição da Imagem: A imagem representa um gráfico cartesiano, sendo que no eixo x, é apresentado a quantidade e no eixo y, o 
preço. Uma reta crescente, com ângulo de 45º, indica a oferta, demonstrando a proporcionalidade direta entre o preço e a 
quantidade. No eixo do preço, há uma numeração de 1 a 4, iniciando na parte inferior do eixo. E no eixo da quantidade, a 
numeração é de 7, 10, 12 e 15, iniciando do lado esquerdo e indo em direção à direita. 
Na Figura 8 podemos analisar os mesmos dados da Tabela 2, e fica claro o motivo de a nossa curva de oferta ser positivamente 
inclinada. Pois quanto maior for o preço da venda do produto, mais a empresa estará disposta a vender. Sendo assim, conforme a 
diminuição do preço do picolé, menor será a oferta/quantidade ofertada do item, pois não há um incentivo ao vender o bem a um 
preço baixo. Nesse caso, a firma poderia apenas mudar o produto e assim, ofertar um item que poderá ser vendido por um valor 
maior. 
Da mesma maneira como ocorre com a curva de demanda, também existem variáveis que impactam e deslocam a curva de oferta 
para cima ou para baixo. Como vimos anteriormente na curva de demanda, o preço é um fator que influencia na curva, porém não 
vai deslocá-la, apenas alterar as quantidades ofertadas. As variáveis capazes de deslocar a curva de oferta são tecnologia, políticas 
governamentais, tamanho da concorrência, preço/custo das matérias-primas e mudanças de expectativas e clima. 
Vejamos as nossas figuras que demonstram esse deslocamento da curva de oferta a seguir. 
Figura 9 - Deslocamentoda Curva da Oferta à Direita. 
Fonte: Elaborado pela autora. 
Descrição da Imagem: A imagem representa um gráfico cartesiano, sendo que no eixo x, é apresentado a quantidade e no eixo y, o 
preço. Duas retas crescentes, com ângulo de 45º, indicam o deslocamento da curva de oferta à direita. 
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Figura 10 - Deslocamento da Curva de Oferta à Esquerda. 
Fonte: Elaborado pela autora. 
Descrição da Imagem: A imagem representa um gráfico cartesiano, sendo que no eixo x, é apresentado a quantidade e no eixo y, o 
preço. Duas retas crescentes, com ângulo de 45º, indicam o deslocamento da curva de oferta à esquerda. 
A tecnologia é um fator que desloca a curva de oferta pois torna possível elevar a produção sem que os fatores envolvidos nesse 
processo aumentem. Isto é, com a mesma quantidade de matérias-primas, a sua produção será muito maior e seus custos se 
reduzirão, o que, por consequência, vai elevar a oferta do item e deslocar a curva para a direita. 
As políticas governamentais também influenciam no deslocamento da curva, tais como subsídios ou aumento de impostos. Com os 
subsídios, que são incentivos que as empresas recebem do governo, haverá um aumento da produção e da oferta dos bens; e já 
com aumento de impostos, as empresas podem optar por diminuir ou até cessar com a produção de alguns produtos. 
Os preços e custos dos insumos no mercado vai impactar nos preços dos produtos, com um aumento nos custos haverá dificuldade 
em conseguir produzir itens tão baratos. Ou seja, os preços e custos dos insumos vão influenciar na oferta dos produtos e, 
consequentemente, deslocar a curva de oferta. 
O tamanho da concorrência também impacta na oferta pois quanto maior for o número de produtores, mais produtos serão 
disponibilizados no mercado e, assim, há deslocamento da curva de oferta para a direita. 
Em relação às expectativas e clima, podem haver deslocamentos tanto para a esquerda como para a direita. Pensando no caso dos 
picolés, quando é verão e está muito quente você sabe que as pessoas vão estar dispostas a comprar mais picolés e, assim, você vai 
ofertar uma quantidade maior do que quando está muito frio, o que vai deslocar a curva de oferta para a direita. 
Na prática 
Vamos conhecer mais a fundo sobre as leis da oferta e da demanda? Ao abrir o Qrcode ao lado, 
quero aprofundar sobre essa temática e explicar melhor como ocorrem os deslocamentos das 
curvas de oferta e demanda. Será um importante momento para materializar o que acabamos de 
ler no parágrafo anterior. Vamos lá? 
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Estruturas de Mercado 
Neste tópico do nosso material vamos entender melhor como se dá o funcionamento dos mercados dentro da economia. Mas 
inicialmente gostaria de lhe questionar: Você sabe o que é um mercado, nesse sentido? 
O mercado é um ambiente que pode ser físico ou não, em que ocorrem interações entre consumidores e vendedores em suas 
transações de troca de bens e serviços. Desse modo, grupos específicos de vendedores e de compradores realizam suas operações 
de compra e venda dos bens nesse espaço de troca. 
Existem duas características do mercado que são muito importantes nessa relação, que são a formação de preços e as formas de 
trocas. Ou seja, nos mercados com as interações entre os agentes que os preços serão determinados juntamente com os processos 
de trocas. 
Dessa forma, podemos entender agora o que são as estruturas de mercado que segundo Mendes (2009, p. 103) é uma “estrutura 
de mercado (que) se refere às características organizacionais de um mercado, ou seja: grau de concentração, grau de diferenciação 
do produto, grau de dificuldade ou barreira à entrada”. 
O grau de concentração diz respeito à quantidade de vendedores e consumidores que estão dentro desse mercado; ele pode ser 
concentrado, quando as 4 maiores firmas detêm 75% do mercado, ou competitivo. 
A diferenciação do produto está relacionada às diferenças entre os bens e quanto mais diferenciações entre eles, menos produtos 
substitutos existirão e, consequentemente, os consumidores não conseguirão demandar um outro produto caso o preço do bem se 
eleve. Para exemplificar os produtos que possuem diferenciação, podemos citar roupas, sapatos e produtos industrializados; e já 
os produtos com quase nenhuma diferenciação são produtos in natura. 
Ao que tange a dificuldade de entrada no mercado estamos nos referindo ao quanto será difícil uma nova empresa adentrar no 
mercado, isto é, podem acontecer certas situações do mercado que vão facilitar ou não que outros concorrentes abram suas 
empresas. Nesse sentido, cito dois pontos essenciais que podem impossibilitar a entrada das firmas que são as desvantagens de 
custo e a economia de escada. 
As desvantagens de custo são situações como inexperiência no ramo que a firma quer se instalar, investimentos muito elevados em 
marketing e pouca compreensão sobre a tecnologia da área. E a economia de escala está relacionada à diminuição do custo médio 
a longo prazo, quando há um aumento da produção do bem por conta de altos níveis de compra de matéria-prima, 
aperfeiçoamento da mão de obra ou utilização de novas tecnologias, por exemplo. 
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Sendo assim, as estruturas de mercado são os modelos de organização de cada tipo de mercado e existem quatro estruturas 
principais as quais vamos abordar aqui, sendo elas: concorrência perfeita, monopólio, oligopólio e concorrência monopolística. 
Concorrência Perfeita 
A concorrência perfeita se trata de uma estrutura exemplar no que diz respeito à concorrência. Apesar disso, ela não é considerada 
tão real pois, conforme você perceberá, é difícil encontrar um determinado setor que apresente todas as suas características. Para 
Sandroni (1999, p. 118), a concorrência é: 
Também chamada livre-concorrência. Situação do regime de iniciativa privada em que as empresas 
competem entre si, sem que nenhuma delas goze da supremacia em virtude de privilégios jurídicos, força 
econômica ou posse exclusiva de certos recursos. Nessas condições, os preços de mercado formam-se 
perfeitamente segundo a correção entre oferta e procura, sem interferência predominante de compradores 
ou vendedores isolados. Os capitais podem, então, circular livremente entre os vários ramos e setores, 
transferindo-se dos menos rentáveis para os mais rentáveis em cada conjuntura econômica. Nesse caso, o 
mercado é concorrencial em alto grau. De acordo com a doutrina liberal, propugnada por Adam Smith e 
pelos economistas neoclássicos, a livre-concorrência entre capitalistas constitui a situação ideal para a 
distribuição mais eficaz dos bens entre as empresas e os consumidores. Com o surgimento de monopólios e 
oligopólios, a livre-concorrência desaparece, substituída pela concorrência controlada e imperfeita 
(Sandroni, 1999, p. 118). 
Um mercado que esteja em concorrência perfeita possuirá uma quantidade muito elevada de vendedores e consumidores de tal 
forma que as decisões das empresas individualmente não influenciam no preço de mercado. No caso da concorrência perfeita, o 
preço de mercado será equilibrado pela oferta e demanda e será muito similar para todos os integrantes. 
Além disso, não existem barreiras à entrada de novas empresas, ou seja, não existem dificuldades aos vendedores que queiram 
adentrar nesse mercado. Outra característica dessa estrutura é o livre mercado, o que significa que o estado não poderá intervir 
de qualquer forma, com congelamento de preços ou situações parecidas. 
Os produtos fabricados dentro da estrutura de concorrência perfeitasão muito parecidos, e são comumente chamados de bens 
homogêneos. De forma que esses itens são praticamente iguais o que torna possível que os consumidores substituam tais 
produtos quando quiserem. Dessa forma, os vendedores mantêm os preços dos itens quase sem alterações, pois caso o preço do 
bem A se eleve, os compradores vão comprar o bem B sem nenhum problema. 
Dessa forma, como os produtos são praticamente idênticos, não existem segredos de produção dentro dessa estrutura. Todas as 
firmas têm pleno conhecimento das informações de fabricação e dos concorrentes, tais como custos, preços, processos, etc. 
Monopólio 
Um mercado em monopólio é uma situação não muito comum, mas pode acontecer. É considerado um mercado monopolista 
quando há apenas uma grande firma como produtora de um determinado bem. 
Sendo assim, um monopólio vai apresentar algumas características como produtos extremamente diferenciados, ou seja, não 
existem produtos similares para que o consumidor possa substituir; não há concorrência, pois, há apenas uma única empresa 
controlando o mercado e, desse modo, a empresa é formadora de preço pois é ela quem determina os preços do mercado. Como 
forma de controle sobre a empresa monopolista, o estado pode utilizar formas de taxação incluindo tributações, impostos ou até 
mesmo o pagamento de licenças. 
Como nesse mercado há somente uma empresa no controle, as barreiras à entrada são extremamente altas e inviáveis 
financeiramente. Posso citar alguns exemplos de monopólio como as empresas de energia elétrica, saneamento, transporte 
público e extração de petróleo. 
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Em pauta - podcast 
Em nossos estudos, pudemos compreender como estão dividas os mercados e como se dão as 
suas estruturas. Nesse sentido, existem normas e leis que regem os mercados para que não 
ocorram situações consideradas desleais e que prejudiquem os consumidores. 
Nesse sentido, gostaria de te convidar a entender como ocorreu a fusão das empresas 
Antarctica e Brahma que originaram o grupo AmBev. 
A criação dessa nova empresa foi submetida à avaliação por conta da concentração de mercado 
de bebidas ser mais de 20% do total, sendo que a união dessas duas empresas representou 72% 
do mercado de cerveja e 40% do mercado de bebidas. Para ouvir, basta acessar o Qrcode que 
está aqui ao lado. 
Espero que goste! 
Disponível aqui 
Oligopólio 
O oligopólio se mostra uma estrutura intermediária que tem uma quantidade pequena de firmas e elas são dependentes uma da 
outra. Isso significa que quando uma empresa toma uma decisão como, por exemplo, diminuir ou elevar o preço do produto, esta 
vai afetar a decisão do seu concorrente. 
Dessa forma, o preço dos produtos de empresas oligopolistas são basicamente o mesmo, pois se uma das empresas diminuir o 
preço, as demais farão o mesmo para não perderem uma fatia do mercado e aqui são beneficiados os consumidores que 
aproveitarão os bens mais baratos. 
Nesse tipo de estrutura existem barreiras medianas à entrada de novos concorrentes, o que indica que apesar de haverem 
restrições, não são extremas como no caso de um monopólio. Não existe um tipo exato de produtos, pois os itens podem ser 
similares ou não, como por exemplo nos casos dos automóveis, que são bens diferenciados, ou combustível, bens similares. 
Conforme foi especificado anteriormente, no caso do oligopólio, existem poucas empresas no mercado e isso facilita acordos para 
determinação de preço, por exemplo. Porém, a nossa legislação coíbe esse tipo de prática com a lei antitruste. 
Concorrência Monopolística 
Essa estrutura é um mix entre monopólio e concorrência perfeita de modo que são altas as quantidades de empresas nesse 
mercado. Os produtos têm diferenciação mesmo que seja em um nível baixo. Além disso, as empresas não determinam os preços 
exatamente por existirem diversas firmas e, assim, também são baixas às dificuldades em adentrar nesse mercado. 
Empresas desse tipo utilizam marketing e serviços para obter a sua diferenciação, pois é assim que conseguirão elevar o preço dos 
seus bens tais como lojas, academias, etc. 
Ação - Conexões Profissionais 
Pronto, estamos chegando no final da unidade 1. Até o momento conseguimos compreender de 
forma geral o funcionamento da economia e as estruturas de seus mercados. Entendemos que 
cada tipo de empresa tem as suas próprias características pois estão inseridos em uma estrutura 
de mercado com as suas próprias regras. 
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Desse modo, trazendo o caso da confeitaria da Camila, podemos pensar que ela deverá tomar 
algumas atitudes que objetivam o aumento das suas receitas. E como vimos, não poderá fazer 
isso sem realizar pesquisas e buscar inovação. A confeitaria da Camila precisa se destacar! E 
como ela poderá fazer isso? 
DICAS PARA UMA CARREIRA DE SUCESSO: 
Com os conhecimentos adquiridos até aqui, você conseguirá enxergar o funcionamento da economia de maneira mais apurada e 
conseguirá identificar de forma específica cada tipo de estrutura de mercado. 
Em nosso mundo atual, é muito importante que as pessoas entendam melhor o seu funcionamento para que em situações 
adversas, possamos pensar em soluções inovadoras, tomando decisões estratégicas e agindo rapidamente. 
A partir de agora preste atenção, observe quantos postos de gasolina têm em sua cidade, quantas lojas de sapatos e quantas 
fábricas automobilísticas. Agora você já compreende o todo muito melhor e vai facilmente entender o motivo de o número de 
empresas ser tão diferente dentro de cada mercado. 
Agora é com você 
Vamos retornar ao nosso estudo de caso da empresa da Camila. Nesse momento, eu gostaria que você especificasse dentro de 
qual estrutura de mercado a empresa de confeitaria está incluída. 
Além disso, especifique os pontos de diferenciação que a empresa da Camila pode apresentar, assim como quais são os meios 
(físicos ou não) que ela pode utilizar para alcançar o objetivo de elevar o faturamento da empresa. 
Orientação de resposta 
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REFERÊNCIAS 
DORNBUSH, R.; FISCHER, S.; STARTZ, R. Macroeconomia . São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 2006. 
MELO, C; CABRAL, S. A grande crise e as crises brasileiras: o efeito catalizador da Covid-19. Gestão e Sociedade , v. 14, n. 39, p. 
3681-3688, 2020. 
MENDES, J. T. G. Economia: Fundamentos e Aplicações. São Paulo: Pearson Hall, 2009. 
MONTELLA, M. Decifrando o Economês. Rio de Janeiros: Ed. Qualitymark, 2003. 
PASSOS, C. R. M; NOGAMI, O. Princípios de Economia . São Paulo: Cengage Learning, 2012. 
ROSSETTI, J. P. Introdução à Economia . São Paulo: Ed. Atlas, 20ª Ed., 1979. 
SANDRONI, P. Novíssimo dicionário de economia . São Paulo: Círculo do Livro, 1999. 
TESOURO DIRETO. Estatísticas e Relatórios da Dívida Pública Federal, 2018. Disponível em: 
< https://www.tesourotransparente.gov.br/temas/divida-publica-federal/estatisticas-e-relatorios-da-divida-publica-federal >. 
Acesso em: 10 nov. de 2021. 
VASCONCELLOS, M. A. S. Economia: Micro e Macro . São Paulo: Ed. Atlas, 5ª Ed., 2011. 
VASCONCELLOS, M. A. S. Economia: Micro e Macro. São Paulo: Atlas, 6ª Ed., 2015. 
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Flávia Fernanda da Silva Machado 
Meu nome é Flávia Machado e sou formada em Ciências Econômicas desde 2014. Já 
trabalhei na área financeira, em banco e atualmente sou professora responsável 
pelas disciplinas relacionadas à economia e contabilidade e, além disso, sou 
educadora financeira. Fiz meu mestrado em Economia, com foco em Teoria 
Econômica na Universidade Estadual de Maringá (UEM). Já ministrei e elaborei 
conteúdo para disciplinas de Matemática Financeira, Economia, Finanças de Longo 
Prazo, Macroeconomia, Mapeamento e Modelagem de Processos, Estrutura 
Organizacional e Processos. 
O que não tem no meu currículo 
Lattes 
Olá, sou uma pessoa não muito paciente mas tenho muita empatia, me compadeço 
com a dor das pessoas e sempre dou o meu melhor para ajudá-las. Acredito que seja 
LinkedIn por isso que escolhi ser professora e compartilhar o que sei e, assim, melhorar a vida 
das pessoas. 
Além das aulas, atualmente faço isso compartilhando sobre finanças nas redes 
sociais, o que amo muito também! Eu realmente acredito que todos os brasileiros 
merecem uma vida melhor e faço minha parte ensinando sobre dinheiro. É um tabu, 
né?! Muita gente acredita que ter dinheiro é uma coisa ruim porque foram 
condicionados a acreditar nisso. Todos nós temos crenças enraizadas sobre diversos 
assuntos e o dinheiro é um deles. 
Por isso também gosto bastante de conversar e compartilhar sobre mentalidade, 
porque em minha concepção, tudo começa na nossa mente. Uma mente fortalecida é 
o primeiro passo para uma vida bem-sucedida. Eu amo pessoas que gostem de 
conversar e tenham a mente aberta para ouvir e discutir com respeito, amo 
churrasco e adoro cozinhar doces. Mas sou uma pessoa mais introspectiva até 
conhecer a pessoa melhor e, aí sim, falo pelos cotovelos. 
Eu faço o que faço sempre com o intuito de contribuir e acredito que os livros que 
escrevo, as aulas de economia, as mentorias de finanças e tudo o mais que faço, deixa 
o mundo um pouquinho melhor. Essa é a minha forma de agradecer ao universo. 
Espero que você também tente deixar o mundo um pouquinho mais bonito em cada 
caminho que escolha para sua vida. Escolha a vida que você deseja ter e guie suas 
ações para isso, faça isso todo dia, passinho por passinho e alcance o sucesso que 
você deseja. 
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Bons estudos! 
EDITORIAL 
DIREÇÃO UNICESUMAR 
Reitor Wilson de Matos Silva 
Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva 
Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi 
NEAD - NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 
Diretoria Operacional de Ensino Kátia Coelho 
Diretoria de Planejamento de Ensino Fabrício Lazilha 
Head de Produção de Conteúdos Rodolfo Pinelli 
Head de Planejamento de Ensino Camilla Cocchia 
Gerência de Produção de Conteúdos Gabriel Araújo 
Supervisão do Núcleo de Produção 
de Materiais Nádila de Almeida Toledo 
Supervisão de Projetos Especiais Daniel F. Hey 
Projeto Gráfico Thayla Guimarães 
Design Educacional Giovana Vieira Cardoso 
Design Gráfico Victor Augusto Thomazini 
Ilustração Daphine Pamella Marcon 
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ . Núcleo de Educação a Distância; MACHADO , Flávia Fernanda da 
Silva. 
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Economia e Mercado. Flávia Fernanda da Silva Machado. 
Maringá-Pr.: UniCesumar, 2022. 
“Pós-graduação Universo - EaD”. 
1. Economia. 2. Mercado. 3. EaD. I. Título. 
CDD - 22 ed. 370 
CIP - NBR 12899 - AACR/2 
ISBN 978-65-5615-843-3 
Pró Reitoria de Ensino EAD Unicesumar 
Diretoria de Design Educacional 
Equipe Produção de Materiais 
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ECONOMIA E 
MERCADO 
Professora : Flávia Fernanda da Silva Machado 
Oportunidades de aprendizagem 
Nesta segunda unidade, você aprenderá mais acerca da macroeconomia e políticas macroeconômicas. Em nosso material, veremos 
mais a respeito da estrutura da análise macroeconômica, metas econômicas envolvidas e instrumentos utilizados para alcançá-las, 
que são as políticas fiscal, monetária e cambial. 
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A economia e os tipos de economia 
Os economistas clássicos acreditavam na premissa de que não haveria muitas oscilações no nível do produto e também que os 
fatores de produção estariam todos empregados na fabricação dos bens e serviços que seriam ofertados, formando a renda da 
economia. Isso significa que nessa situação em um âmbito econômico clássico, denominada pleno emprego, não haveria 
desemprego e nem recessão em um país. Novas teorias vieram, no entanto, para solucionar essas interrogações. Sendo assim, 
neste primeiro momento, gostaria de pedir a sua reflexão acerca das situações a seguir. 
Uma nação necessita tomar decisões acerca de diversas temáticas e, para isso, temos as políticas econômicas. Sendo assim, uma 
junção de políticas bem-sucedidas pode encaminhar o país rumo ao crescimento econômico e, se for o contrário, políticas 
macroeconômicas não alinhadas poderiam prejudicar esse país. 
A macroeconomia engloba todos os mercados e os investiga de forma global, sem especificidades, apenas o todo. As políticas 
macroeconômicas visam sempre conduzir o país para o alcance das metas macro. Sendo assim, uma enorme complexidade de 
fatores e variáveis impactam em toda a economia. Desse modo, as políticas devem estar bem alinhadas para atingir o objetivo, 
como por exemplo, a diminuição da inflação. 
Caso o governo empregue uma política equivocada, não conseguirá diminuir a inflação, o que trará sérias consequências à 
população e ao próprio Estado. Por exemplo, quando as pessoas estão trabalhando e não há taxas elevadas de desemprego, há 
mais renda, mais dinheiro em circulação, mais consumo e consequentemente, um nível maior de preços, isto é, a inflação de 
demanda aumenta. Dessa forma, o governo precisa manter a inflação o mais equilibrada possível, utilizando medidas corretas para 
tanto. 
Além disso, é possível analisaros impactos da macroeconomia nas organizações, investigando pontos, como aquecimento do 
mercado, se há público para demandar os produtos ou serviços e se é um bom momento para realizar investimentos. Dessa forma, 
ao analisar o mercado como um todo e entender quais políticas estão sendo empregadas, torna-se mais fácil tomar decisões e criar 
estratégias mais certeiras para o negócio. 
Vamos começar a nossa parte de experimentação e devemos iniciar entendendo quais são alguns aspectos das políticas 
macroeconômicas. Desse modo, te convido a realizar uma pesquisa na web e indicar quais são as cinco metas macroeconômicas e o 
conceito de cada uma delas. Além disso, indique quais são as políticas da macroeconomia e seus objetivos. 
Você pode criar dois quadros representativos para organizar essas informações, de forma que o primeiro quadro apresente as 
metas macro e seus conceitos e o segundo, as políticas macroeconômicas e seus objetivos. 
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Você deve ter notado, em sua pesquisa, que as metas macroeconômicas visam impulsionar a economia para o desenvolvimento 
econômico e bem-estar da população e, para isso, são utilizadas as políticas macroeconômicas. Posso citar, por exemplo, a meta de 
estabilidade de preços, que sempre busca uma baixa oscilação no nível geral de preços – a inflação. Para que a inflação seja 
controlada, o Estado precisa estabelecer medidas de políticas fiscal e monetária, diminuindo os gastos do governo e/ou 
aumentando os tributos, bem como elevando a taxa de juros da economia. 
Essas medidas são sempre utilizadas, como vemos nas alterações a cada 45 dias da Selic, que é a taxa básica da economia 
determinada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. Esse índice influenciará todas as taxas de juros do país, 
como aquelas cobradas em empréstimos bancários, financiamentos e aplicações financeiras. Quanto mais alta a Selic, mais caro os 
empréstimos ficam, o que diminui a circulação do dinheiro e controla o nível de preços – salientando, porém, que tais resultados 
não ocorrem imediatamente. 
Pensando nesses diversos fatores, qual é a melhor estratégia para neutralizar fatores inadequados e promover desenvolvimento? 
Conforme visto anteriormente, a macroeconomia visa medir e analisar a economia considerando o todo, regional ou mesmo 
nacional. Esse âmbito da ciência econômica se dispõe a entender a formação de grandes agregados, como a economia se mostra 
em sua totalidade e como implementar políticas que tragam benefícios ao país. Além disso, a macroeconomia utiliza em sua análise 
índices, como nível de preços, inflação, taxa de juros, taxa de câmbio e muitos outros. Sendo assim, o estudo macroeconômico 
abrange elementos do progresso da economia e são investigados os agregados que afetam esse desempenho. 
Diante disso, irei contextualizar a macroeconomia para que possamos adentrar no assunto do nosso tópico que são as políticas 
macroeconômicas, certo? 
Trouxe um quadro sistematizado para que você entenda ainda melhor quais são as estruturas da análise da macroeconomia, de 
forma que o nosso quadro visa sistematizar e classificar os fenômenos econômicos. Desse modo, podemos observar no Quadro 1 
que há duas grandes áreas de estudo macroeconômicos, quais sejam o lado real e o lado monetário da economia. 
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Quadro 1 . As estruturas da análise macroeconômica 
Fonte: adaptado de Vasconcellos (2015). 
Podemos visualizar que o lado real e o lado monetário da economia são subdivididos em mercados. O lado real é o mercado que 
oferta a produção dos bens e serviços, gerando riqueza para o país. O lado monetário engloba o mercado financeiro e o mercado 
de divisas. 
Desse modo, vou iniciar contextualizando os mercados através do mercado financeiro. Dentro desse mercado ocorre a 
determinação das taxas de juros e da quantidade (estoque) de moedas que serão disponibilizadas na economia, além da definição 
da quantidade e preço dos títulos. Nesse sentido, as transações entre os agentes superavitários e deficitários ocorrerão no 
mercado financeiro. Ou seja, os agentes que detêm uma renda maior fazem empréstimos monetários para agentes cujos gastos 
são mais elevados que a renda. Para exemplificar essas transações temos: títulos do governo, ações, CDBs, entre outras. 
O mercado de divisas, isto é, o mercado cambial, analisa as transações envolvendo as exportações e importações. Isso porque 
sabemos que os países do mundo comercializam bens e serviços entre si e, portanto, existe a troca de moeda entre eles. Como 
sabemos, cada país possui a sua própria moeda e para que seja possível realizar as transações financeiras, utiliza-se a taxa de 
câmbio. 
A taxa de câmbio tem o objetivo de converter a moeda nacional para indicar o mesmo valor em moeda estrangeira. Com esse 
cálculo, é obtido o valor relativo referente ao bem ou serviço adquirido, e torna-se possível a realização dos pagamentos conforme 
o combinado entre as partes. 
Partindo para o mercado de bens e serviços, dentro do lado real da economia, há toda a atividade econômica. É nesse mercado que 
ocorre a produção total dos bens e serviços, a qual é denominada oferta agregada, além da determinação do nível geral de preços. 
Sendo assim, realiza-se uma análise para entendimento da relação entre demanda e oferta agregadas de curto prazo 
(VASCONCELLOS, 2015). 
No mercado de trabalho, é determinado o nível de emprego e taxa salarial, com a junção dos tipos de empregos dos mercados, bem 
como a oferta e a demanda por trabalho, que irão estabelecer os salários dos trabalhadores. Sob essa perspectiva, a oferta de 
trabalho será dada pelos trabalhadores que venderão seu tempo e mão de obra para as empresas, e a demanda por trabalho será 
exatamente dada pela busca de novos trabalhadores por essas empresas. 
Essa relação também é regida pelas leis da oferta e demanda em que quanto menos trabalhadores disponíveis, maiores serão os 
salários pagos pelas organizações, e quanto mais trabalhadores buscando a mesma vaga, menores serão os salários pagos. 
Agora que já contextualizamos as estruturas da análise da macroeconomia, podemos dar início à compreensão das políticas 
macroeconômicas. 
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Metas, instrumentos e políticas macroeconômicas 
Conforme aprendemos anteriormente, a macroeconomia não tem o objetivo de analisar o funcionamento individual dos mercados, 
pois o estudo desses comportamentos se dá na microeconomia. A análise macroeconômica traz o estudo do todo, tais como o 
mercado de trabalho, produto nacional, oferta e demanda de trabalho e determinação do nível de emprego sem especificar pontos, 
como gênero, idade, qualificação etc. O foco será sempre os mercados em uma perspectiva global (VASCONCELLOS, 2015). 
Desse modo, existem instrumentos de políticas macro que visam direcionar a economia e fazer com que a sua população alcance 
um melhor bem-estar, ou seja, uma melhor qualidade de vida. Sendo assim, as políticas macroeconômicas são medidas 
implementadas pelo Estado em busca de atingir as metas macroeconômicas. O objetivo da macroeconomia se volta para suas 
metas e, portanto, existem algumas questões que devem ser investigadas (DORNBUSH; FISCHER; STARTZ, 2006). 
Algumas questões surgem neste momento: 
Qual é a explicação para os períodos de desemprego elevado e persistente? 
Qual é a causa da inflação e o que pode ser feito para combatê-la? Ademais, quais são as causas da hiperinflação? 
Como é determinada a taxa de crescimento do produto? E por que certos países crescem mais rapidamenteque outros? 
Dessa forma, de maneira direta, as metas macroeconômicas visam alcançar o pleno emprego, o crescimento e desenvolvimento 
econômico, a estabilidade dos preços, a distribuição equitativa da renda e o equilíbrio externo (HALL; LIEBERMAN, 2003; 
VASCONCELLOS, 2015). 
Buscando atingir as metas para proporcionar um melhor bem-estar para a população, são utilizados alguns instrumentos da 
macroeconomia, que são políticas macroeconômicas. Essas políticas são classificadas como: Política Fiscal, Política Monetária e 
Política Cambial. 
Política fiscal 
Foi John Maynard Keynes quem trouxe atenção à política fiscal dentro do sistema econômico mundial, e isso foi destacado em sua 
obra A Teoria Geral do Emprego , do Juro e da Moeda, de 1936. Nessa obra, Keynes expôs que a Lei de Say não se mostrava 
condizente com o que realmente ocorria nos mercados e, portanto, a substituiu por sua teoria. 
O autor da Teoria Geral esclareceu o que ocorria para haver instabilidade dentro das condições de equilíbrio em pleno emprego, e 
que o comportamento dos agentes não acompanhava as premissas da Teoria Clássica. Dessa forma, Keynes indicou que o Estado 
deveria intervir e regular as políticas fiscais, uma vez que elas se mostram de extrema relevância para o crescimento econômico. 
Sendo assim, a política fiscal se torna um importante instrumento para gerar mais empregos, estimular mais consumo e também 
impulsionar uma maior renda, assim, alavancando a economia. 
Basicamente, a política fiscal é utilizada para alterar o orçamento do país, mudando a organização das receitas e das despesas, e 
manter o equilíbrio econômico. Tal equilíbrio ocorre com o aumento da arrecadação e diminuição dos gastos, por meio do emprego 
de medidas de ajuste de gastos, tributação e administração dos recursos de forma mais eficiente, visando sempre o bem-estar 
social. 
Desse modo, para que esse equilíbrio seja alcançado, são estabelecidas metas que devem ser buscadas por meio de políticas que 
visem o aumento das arrecadações do Estado para que, assim, possa realizar mais investimentos no crescimento do país, por 
exemplo, temos o PIB meta e a meta de inflação. 
Portanto, se os índices denotam que a economia está estagnada ou com crescimento muito baixo, as políticas são implementadas, 
visando o estímulo da produção e do comércio, e consequente elevação do consumo e circulação de dinheiro. Podem ser utilizadas 
medidas de incentivos fiscais a setores específicos, em que as alíquotas de impostos podem ser alteradas, além de investimentos 
em infraestrutura por parte do governo, elevando seus gastos. 
Em uma situação oposta, em que a economia está muito aquecida e o PIB meta pode ser superado, as políticas devem segurar esse 
crescimento, uma vez que ele trará uma consequência, a inflação. Nesse caso, o Estado poderá utilizar medidas de controle da 
inflação, como contenção de gastos e elevação da taxa de juros. 
Esse tipo de medida fiscal é denominado política anticíclica. Ela é tomada tendo em vista algum tipo de compensação frente a um 
desequilíbrio macroeconômico. Isto é, a política será implementada com o objetivo de inibir condições negativas que trarão 
impactos prejudiciais à saúde econômica do país. 
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Nesse sentido, devemos deixar bem claro em nossa mente que políticas anticíclicas também podem não apresentar resultados 
satisfatórios. Por exemplo, em um momento de crise mundial, não será uma decisão assertiva impulsionar as exportações, afinal, se 
os países que comprariam os bens exportados estão passando por apertos fiscais, provavelmente a venda não performará 
conforme o esperado. 
Desse modo, quais seriam os passos fundamentais para implementar alguma política econômica? 
Em primeiro lugar, como vimos anteriormente, deve-se identificar quais serão as metas a serem buscadas. E, então, torna-se 
possível identificar os instrumentos mais compatíveis para atingir o objetivo, ou seja, qual política será implementada. 
Conceituando 
A Lei de Say indicava que seria a oferta que criaria sua própria demanda. O que 
significa que todos os itens produzidos, independentemente de qual mercado, 
possuiriam demanda. Ou seja, se existe o bem existe alguém para comprá-lo. Sob 
esse aspecto, não existe excesso de produção e nem desemprego involuntário. 
Entretanto, Keynes afirma que seria a demanda que criaria a oferta, afinal, se 
ninguém quiser comprar, não há necessidade da criação desse item, por exemplo. 
Política fiscal e setor público 
Por conta das alterações tecnológicas, mudanças na taxa de crescimento da população, aumento da renda per capita, alterações na 
previdência, efeitos das guerras e fatores sociais e políticos, a participação do governo na economia se elevou (VASCONCELLOS, 
2015). 
Juntamente a isso, em um caminho natural de evolução, foram formados mercados, como o financeiro e o internacional, 
aumentando a complexidade das relações anteriormente existentes. 
Como são diversos os fatores, a autorregulação econômica não era mais possível, necessitando da intervenção estatal para a 
manutenção dos níveis da economia estáveis - tais como preços, empregos e atividades. 
Essa informação se tornou transparente com a quebra da Bolsa de Nova York, no ano de 1929, e a grande depressão, que ocorreu 
na década de 1930, quando o Estado passou a intervir na economia para controlar e estabilizar as variáveis econômicas. 
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Tudo bem, já entendemos que realmente se tornou necessária a intervenção do governo. Porém, você saberia me indicar quais são 
as funções econômicas do Estado? 
Vamos entender melhor! 
Existem três funções pertencentes ao setor público: a alocativa, a distributiva e a estabilizadora. 
A função alocativa diz respeito aos bens públicos, aqueles cujo mercado não oferece à população, que todas as pessoas podem 
utilizar sem haver uma restrição por condição social ou qualquer outra característica com o objetivo de elevar o bem-estar dos 
indivíduos. Alguns exemplos de bens públicos são escolas, museus, praças, bibliotecas públicas, ruas etc. 
A função distributiva está relacionada à distribuição de renda, em que o Estado é o responsável por captar recursos e redistribuí- 
los de forma a beneficiar as camadas mais frágeis da população. Exemplos disso são os impostos de renda progressivos, sendo que 
nessa modalidade tributária as pessoas mais ricas pagam uma alíquota de imposto superior e no repasse desses recursos, o Estado 
pode oferecer subsídios aos bens consumidos pelas pessoas com uma renda menor. 
Nesse aspecto, é importante ressaltar a relevância do capital humano (aumento da educação e aprimoramento da mão de obra), 
pois eleva a produtividade marginal do trabalho, uma vez que níveis elevados de capital humano estão ligados a maiores salários 
(VASCONCELLOS, 2015). 
E como a última função do Estado, temos a função estabilizadora, que se relaciona às políticas de intervenção econômicas para 
equilibrar os níveis de preços e emprego. Podemos começar agora a comentar sobre a estrutura tributária e o efeito da política 
tributária sobre a economia. 
Em primeiro lugar, você saberia me indicar quais são os princípios da tributação? 
Bom, é necessário que haja um financiamento para que o governo consiga realizar todas as funções que vimos logo acima, então, já 
sabemos que esse financiamento vem dos tributos que pagamos, de pessoa física ou pessoa jurídica. 
Nesse aspecto, existem alguns princípios que regem essa transação estatal, dos quais podemos destacar dois: os princípios da 
neutralidade e da equidade. O primeiro trata dos preços relativos dos bens, que não devem ser alterados por conta da tributação, o 
que vai diminuir interferências em decisões dos agentes da economia. Isso significa que esse princípio não permiteque haja efeitos 
negativos sobre a eficácia econômica, uma vez que os tributos podem até corrigir a improficiência do setor privado 
(VASCONCELLOS, 2015). 
O segundo princípio é o da equidade. Aqui, o objetivo é distribuir o ônus do imposto de forma mais justa possível entre as pessoas. 
Esse princípio se subdivide em outras duas categorias, o princípio do benefício e da capacidade de pagamento. 
A subdivisão que diz respeito ao benefício trata de um imposto justo que seria aquele em que cada cidadão pagaria ao governo 
uma quantia que estivesse relacionada aos benefícios que receberia do Estado. Ou seja, o cidadão paga o imposto até que esteja 
igualado o valor desse tributo com os benefícios recebidos com os serviços, bens etc., oferecidos pelo Estado. 
Porém, é complexo analisar e quantificar exatamente o quanto de benefício cada cidadão recebe do governo e isso não possibilita a 
elaboração de curvas de demanda de cada cidadão pela utilização de bens e serviços públicos. Outro ponto é o fato de não haver 
razão para cada um revelar essa informação, o que poderia elevar os valores de impostos individuais. Por esse motivo, existem as 
taxas em determinados serviços estatais, como energia, transporte etc. (VASCONCELLOS, 2015). 
A segunda subdivisão indica que o mais correto seria que os cidadãos, incluindo pessoas e empresas, contribuíssem conforme a 
capacidade de sua renda, isto é, conforme a sua capacidade de pagamento. Um exemplo prático disso, seria o próprio imposto de 
renda (IR), em que uma parcela da população, que ganha menos, fica isenta e conforme a elevação da renda, há um aumento da 
alíquota do imposto – quem ganha mais, paga mais ao governo. Esse tipo de tributação é classificado como progressivo. Há 
também a classificação regressiva, em que quanto maior a renda, menor o valor do imposto, quando colocado em relação à 
proporção de sua renda. Um exemplo de estrutura regressiva são os impostos sobre as vendas, pois todo mundo paga a mesma 
quantia de imposto que está embutida naquele bem e não se considera a renda do consumidor. Há ainda a classificação de 
tributação neutra, em que todos pagam a mesma alíquota de imposto em relação à sua renda. 
O governo analisa alguns aspectos para apurar essa capacidade de pagamentos, como a renda, patrimônio e consumo. Entretanto, 
existe um debate acerca desses aspectos para a apuração da capacidade de pagamento. Existem reflexões positivas acerca da 
aplicação da renda, que está relacionada com a abrangência dessa medida, que também considera a poupança e o consumo do 
indivíduo. Por exemplo, um cidadão com renda de R$ 3.500 e consumo de R$ 1.500 vai pagar uma tributação igual a uma outra 
pessoa que gasta esse mesmo salário de R$ 3.500. 
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Sendo assim, há quem argumente que o consumo deveria ser a medida de análise, o que significa que a tributação seria sobre tudo 
o que o indivíduo gasta e não sobre o que ele poupa. A discussão está sobre o fato de que o ato de poupar contribui com outras 
pessoas e o consumo não teria esse efeito tão positivo. De outro lado, essa poupança pode trazer mais poder econômico ao 
indivíduo e esse montante ficaria apenas com a própria pessoa que está poupando, não havendo assim a taxação. Ou seja, essa 
poupança somente seria taxada quando houvesse um consumo efetivo. 
Existem tipos de alíquotas que variam conforme a renda do indivíduo e o imposto sobre o consumo é o mesmo para todos. 
Independentemente da renda, sempre será pago o mesmo tributo ao comprar esse bem. 
Conecte-se 
O preço relativo representa a relação entre mercadorias, isto é, o preço de um item em relação 
ao preço de outro item. Além disso, também é fundamental que você entenda quais são os 
agregados macroeconômicos. Para entender melhor essas temáticas, assista aos vídeos 
indicados a seguir: 
Preço relativo: 
Disponível aqui 
Agregados macroeconômicos: 
Disponível aqui 
Desse modo, entendemos os aspectos relacionados à tributação e podemos começar a discutir quais são os impactos dessa política 
tributária sobre a atividade da economia de determinado país. Vimos anteriormente que a classificação tributária é progressiva, 
regressiva e neutra. 
O imposto de renda é classificado como progressivo e considerado mais justo dentro do âmbito fiscal. O imposto sobre vendas 
seria regressivo pois o valor em dinheiro pago sobre o item adquirido é sempre o mesmo, o que equivale a um menor percentual 
sobre a renda dos mais ricos e maior percentual sobre a renda dos consumidores com renda menor. Isso posto, enquanto os 
tributos incluídos no sistema neutro não impactam a demanda agregada, uma vez que renda total, gasto e renda disponível (renda 
total diminuindo os impostos) se elevam em taxas iguais. Um tributo progressivo desempenharia maior domínio sobre a demanda, 
em uma situação de inflação elevada, a receita fiscal do governo aumentaria mais rapidamente que a renda nominal, sendo essa 
renda nominal o valor total dos impostos sem o desconto da inflação, e diminuiria o consumo dessa economia. 
Em um outro aspecto, numa situação de crise e recessão, a renda do consumidor encolheria e também o seu imposto. Ou seja, com 
essa diminuição da renda, a alíquota de tributos seria reduzida, beneficiando o cidadão. Isso indica que a tributação do tipo 
progressiva tem um efeito anticíclico sobre a economia, mais especificamente sobre a renda disponível. 
Abaixo temos a Curva de Laffer que nos mostra uma questão notável sobre a relação entre o total arrecadado em impostos e a 
alíquota tributária. Ela nos mostra que há uma alíquota de impostos ótima, ou seja, nesse ponto a arrecadação seria máxima. Até o 
ponto ótimo, uma elevação da alíquota aumentaria a receita de tributos, porém, ao atingir essa receita máxima, incrementos na 
alíquota causariam uma diminuição na arrecadação. 
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Figura 1. Curva de Laffer 
Fonte: Vasconcellos (2015, p. 415). 
Descrição da imagem: Gráfico que demonstra a relação entre arrecadação e alíquota 
de imposto. A curva do gráfico se inicia em um ponto do eixo horizontal e começa a 
crescer até determinado ponto, a partir daí a curva decresce até alcançar novamente 
o eixo horizontal. 
Interessante, não é mesmo? Observe a Figura 1 a seguir em que t* é a alíquota ótima de arrecadação tributária. 
O motivo dessa diminuição do total de impostos arrecadados se daria por conta das sonegações fiscais que ocorreriam pelo 
aumento da taxação dos impostos e também pelo desincentivo que se daria nos negócios. 
Desse modo, a curva de Laffer também nos mostra que cortes nos impostos poderiam elevar a arrecadação tributária, elevando a 
receita fiscal do governo. 
Política fiscal e ciclos fiscais do Brasil 
A política fiscal inclui os meios que o governo emprega para arrecadar tributos - sendo, portanto, uma política tributária - e 
acompanhar as despesas - sendo uma política de gastos, desempenhada pela Secretaria do Tesouro Nacional (VASCONCELLOS, 
2015). Nesse sentido, em uma situação de inflação elevada no país, o governo poderá implementar uma política fiscal restritiva 
que vise diminuir essa taxa inflacionária. Uma medida utilizada, por exemplo, é a diminuição dos gastos do estado, outra é a 
elevação dos tributos de determinados bens. 
A política tributária é um importante instrumento de política macroeconômica, pois é utilizada para estimular ou desestimular a 
economia do setor privado por meio de ajustes no percentual de impostos de bens. Caso o objetivo do Estado seja um maior 
crescimento econômico

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