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A prática de atividade física tem se demonstrado uma estratégia segura e eficaz no tratamento da hipertensão arterial sistêmica. Nesse sentido, assinale a alternativa correta. Sabe-se da relação inversa entre a prática de atividade física e a incidência de doenças cardiovasculares. No entanto, para a prescrição de exercícios há necessidade de controle de variáveis do treinamento. A última recomendação de Atividade Física e comportamento sedentário da organização mundial de saúde - OMS para a população em geral, publicada em 2020, consiste em: Dentre as variáveis de treinamento podemos citar a frequência, que corresponde ao número de sessões realizadas em uma semana. Em relação a frequência de atividade física no tratamento da hipertensão arterial sistêmica, é correto afirmar que: 02297 - ATIVIDADE FÍSICA E DOENÇAS CARDIOVASCULARES 1. A atividade física não promove melhora do controle pressórico em indivíduos hipertensos resistentes. Os benefícios da atividade física em indivíduos com hipertensão arterial sistêmica se devem única e exclusivamente a seus efeitos indiretos, como manejo da obesidade e diabetes. Indivíduos hipertensos estão contraindicados para realização de exercícios físicos em intensidade moderada, podendo realizar apenas exercícios leves. Reduções dos valores pressóricos de até 10 mmHg para PAS e 8 mmHg para PAD podem ser obtidas com programas de treinamento físico em indivíduos hipertensos. Qualquer exercício físico eleva a pressão arterial de forma descontrolada, devendo ser evitada em pessoas com hipertensão arterial sistêmica. Data Resp.: 27/09/2023 21:15:59 Explicação: A prática de atividade física tem sido amplamente indicada para indivíduos com hipertensão arterial sistêmica, mesmo naqueles com hipertensão resistente. Quando realizados de forma orientada, os exercícios físicos não elevam a pressão arterial de forma descontrolada, podendo promover reduções de até 10 mmHg para pressão arterial sistólica e 8 mmHg para a pressão arterial diastólica. Exercícios de intensidade moderada têm sido indicados para indivíduos com hipertensão arterial sistêmica. Os benefícios de atividade física no controle da pressão arterial ocorrem por mecanismos diretos (por exemplo, melhora da função endotelial) e indiretos por meio do controle de outros fatores como obesidade e diabetes. 2. o tempo em atividades sedentárias não deve ser foco de estratégias de saúde pública, dado que trazem poucos benefícios de saúde. realizar pelo menos 150 minutos de Atividade Física vigorosa e/ou 75 minutos de Atividade Física moderada por semana. realizar pelo menos 150 minutos de Atividade Física moderada e/ou 75 minutos de Atividade Física vigorosa por semana. realizar pelos menos 300 minutos de Atividade Física moderada e/ou 150 minutos de Atividade Física vigorosa por semana. apenas Atividades Físicas vigorosas devem ser estimuladas pois trazem maiores benefícios de saúde. Data Resp.: 27/09/2023 21:16:38 Explicação: A OMS recomenta a realização de 150 minutos de Atividade Física moderada e/ou 75 minutos de Atividade Física vigorosa por semana. Entretanto, para os indivíduos que não conseguirem atingir tais recomendações, quaisquer aumentos nos níveis de Atividade Física trazem benefícios de saúde. O tempo de atividade sedentária deve ser reduzido, dado sua associação com piores desfechos de saúde. A substituição de atividades sedentárias por Atividade Física leves parece ser uma boa estratégia, com importantes benefícios. 3. Um menor número de sessões semanais não promove redução da pressão arterial. Não é recomendada prática diária de exercícios físicos, uma vez que o exercício tende a elevar a pressão arterial de forma aguda. Programas de reabilitação cardiovascular com ênfase na prática de exercícios físicos têm sido estimulados como forma de melhora da capacidade funcional, da qualidade de vida e diminuição da mortalidade em indivíduos com doença arterial coronariana. Entretanto, antes de iniciar um programa de reabilitação cardiovascular, é necessário realizar avaliação clínica e da capacidade funcional para estratificação de risco, com intuito de minimizar os riscos e otimizar os benefícios. São classificados como de alto risco, aqueles indivíduos com as seguintes características: O acúmulo de pequenos períodos de atividade física ao longo do dia pode ser uma importante estratégia para aumentar os níveis de atividade física em indivíduos com hipertensão arterial sistêmica. Em relação ao tempo de atividade física no tratamento da hipertensão, é correto afirmar que: É recomendado prática diária de exercícios físicos em indivíduos com hipertensão arterial sistêmica, uma vez que os níveis pressóricos se encontram usualmente mais baixos nos dias em que as pessoas se exercitam. É necessário um mínimo de três sessões semanais para o exercício promover redução da PA em pessoas hipertensas. Recomenda-se que os exercícios físicos sejam feitos em dias alternados, permitindo efeito hipotensor pós exercício. Data Resp.: 27/09/2023 21:18:25 Explicação: Recomenda-se a pratica de exercícios diária para melhor controle pressórico, com objetivo de otimizar o efeito hipotensor pós exercício em que os níveis pressóricos se encontram usualmente mais baixos nos dias em que as pessoas se exercitam. Entretanto, menores frequências de treinamento também promovem significativas reduções da pressão arterial, com estudos mostrando que exercícios realizados uma única vez por semana podem trazer benefícios no controle dos níveis tensionais. 4. Indivíduos com VO2máx >85% do predito em sua avaliação pré-participação. Indivíduos com baixa capacidade funcional em sua avaliação pré-participação (<5METs). Indivíduos com sinais de isquemia miocárdica a intensidade > 6METs. Indivíduos com classe funcional I e II. Indivíduos em evento cardiovascular prévio entre 12 semanas a 6 meses. Data Resp.: 27/09/2023 21:20:14 Explicação: Indivíduos estratificados como alto risco possuem as seguintes características: evento cardiovascular, intervenção cardiovascular ou descompensação clínica em período inferior a 12 semanas; capacidade funcional < 5 METS ou VO2max<60% do predito; sinais e sintomas de isquemia miocárdica < 6METs ou VO2max<15ml.kg-1.min-1; classe funcional para insuficiência cardíaca e angina III e IV; e outras características clínicas como necessidade de diálise, queda da saturação de O2 intra-esforço e arritmias ventriculares complexas. 5. Devem ser realizados pelo menos 300 minutos de atividade física leves e/ou 75 minutos de atividade física moderadas, sem tempo mínimo para as sessões de exercício. Devem ser realizados pelo menos 300 minutos de atividade física leves e/ou 75 minutos de atividade física moderadas, em sessões mínimas de 10 minutos. Devem ser realizados pelo menos 300 minutos de atividade física moderadas e/ou 150 minutos de atividade física vigorosas, em sessões mínimas de 10 minutos. Devem ser acumulados pelo menos 150 minutos de atividade física moderadas e/ou 75 minutos de atividade física vigorosas, em sessões mínimas de 10 minutos. Devem ser acumulados pelo menos 150 minutos de atividade física moderadas e/ou 75 minutos de atividade física vigorosas, sem tempo mínimo para as sessões de exercício. Data Resp.: 27/09/2023 21:21:24 Exercícios com características diferentes induzem a diferentes respostas fisiológicas. Em relação aos tipos de exercício a serem realizados em indivíduos com hipertensão arterial sistêmica, é correto afirmar que: A atividade física é uma importante ferramenta para prevenção da doença arterial coronariana. Nesse sentido, marque a alternativa correta. Explicação: Recomenda-se a realização de pelo menos 150 minutos de atividade física moderada e/ou 75 minutos de atividade física vigorosa por semana, que podem ser acumulados ao longo da semana. Não existe tempo mínimo para que períodos de atividade física tragam benefícios para a saúde. 6. O treinamento de força é contraindicado na hipertensão arterial sistêmica por seu elevado riscode aumento da pressão arterial. Indivíduos com quaisquer níveis pressóricos de repouso devem iniciar sessão de exercícios. O treinamento de força tem sido cada vez mais utilizado, apesar dos seus efeitos mais modestos sobre a redução da pressão arterial quando comparados ao treinamento aeróbio. Um programa de treinamento para indivíduos com hipertensão arterial sistêmica deve incluir exercícios aeróbios e treinamento de força, sem incluir exercícios de flexibilidade e de equilíbrio já que não trazem benefícios diretos sobre o controle da pressão arterial. Exercícios aeróbios têm sido o mais frequentemente recomendados no tratamento da hipertensão arterial sistêmica, sendo contraindicados exercícios de flexibilidade e equilíbrio. Data Resp.: 27/09/2023 21:23:01 Explicação: Um programa de treinamento para indivíduos com hipertensão arterial sistêmica deve incluir exercícios aeróbios, de fortalecimento muscular, de flexibilidade e de equilíbrio. Exercícios aeróbios são os mais indicados para a redução da pressão arterial, com efeitos bastante consistentes. O treinamento de força tem sido cada vez mais indicados por auxiliar no controle da pressão arterial, promover melhora da capacidade funcional e diminuição da sobrecarga cardiovascular em atividades submáximas. Exercícios de flexibilidade e equilíbrio devem ser incluídos com objetivo de melhorar a independência funcional e reduzir o risco de quedas, principalmente em idosos. 7. Qualquer elevação nos níveis de atividade física bem como redução do tempo de atividade sedentária está associada a redução do risco de doença arterial coronariana. A redução do tempo em atividades sedentárias não está associada a redução do risco de doença arterial coronariana. Atividade física e sedentarismo são importantes fatores de risco não modificáveis para doença arterial coronariana. A redução do risco de doença arterial coronariana só ocorre quando se atinge as recomendações de Atividade física da OMS de 150 minutos de atividade moderada e/ou 75 minutos de atividade vigorosa por semana. Indivíduos sedentários, ou seja, que possuem baixos níveis de atividade física, tem risco aumentado de doença arterial coronariana. Data Resp.: 27/09/2023 21:23:56 Explicação: Quaisquer elevações dos níveis de Atividade física e redução do tempo de atividades sedentárias têm sido associadas a menor risco de doença arterial coronariana, sendo consideradas importantes fatores modificáveis. Indivíduos sedentários são aqueles que despendem elevado tempo em atividades sedentárias enquanto indivíduos fisicamente inativos são aqueles com baixos níveis de atividade física. Apesar da recomendação da OMS para prevenção de doenças crônicas ser de 150 minutos de atividade física moderada por semana e/ou 75 minutos de atividade física vigorosa, menores volumes de atividade física também estão associados a redução do risco de doença arterial coronariana. A prática de exercícios físicos é indicada a indivíduos com doença arterial coronariana a fim de melhorar a qualidade de vida e indicadores de saúde. Com relação ao treinamento de força em pacientes com doença arterial coronariana, é correto afirmar que: A prática de exercícios por pacientes cardiovasculares é recomendada com diversos objetivos e, dentre eles, podemos citar a melhora da capacidade funcional e diminuição da mortalidade. Dentre os mecanismos associados a melhora desses dois indicadores em indivíduos com doença arterial coronariana pelo exercício físico, podemos citar: O AVE está associado ao surgimento de diversos tipos de comprometimentos fisiológicos e motores e a atividade física é uma importante estratégia de melhora do quadro de um paciente de AVE.Dentre os principais mecanismos dos efeitos da atividade física - AF em indivíduos que tiveram acidente vascular encefálico - AVE, podemos citar: 8. Devem ser realizados em torno de 6 a 12 exercícios para os principais grupamentos musculares, com 1 a 3 séries de 8 as 15 repetições com intensidade moderada, podendo variar em função da condição clínica e dos objetivos estipulados. Devem ser realizados exercícios de intensidade leve e número elevado de repetições (>20 repetições) com intuito de menor sobrecarga cardiovascular. Em geral promovem maior sobrecarga cardiovascular do que o treinamento aeróbio para uma mesma intensidade, com maior elevação do duplo-produto. Promovem aumento da força muscular com menor independência funcional, menor sobrecarga cardiovascular para a realização das atividades da vida diária e melhora da qualidade de vida. Em geral promovem menor sobrecarga cardiovascular do que o treinamento aeróbio para uma mesma intensidade, com maior elevação do duplo-produto. 9. Melhora da capacidade oxidativa do miocárdio. Aumento da demanda de oxigênio do miocárdio. Aumento de marcadores inflamatórios. Aumento da agregação plaquetária. Melhora da função endotelial com diminuição da perfusão miocárdica. Data Resp.: 27/09/2023 21:25:24 Explicação: Os mecanismos propostos para explicar os benefícios da treinamento físico em pessoas com doença arterial coronariana são melhora da função endotelial com aumento da perfusão miocárdica, atenuação e/ou regressão da placa aterosclerótica com remodelação externa, estabilização de placas ateroscleróticas vulneráveis com diminuição do risco de rupturas, melhora da capacidade oxidativa do miocárdico, melhora da função autonômica, redução da demanda de oxigênio do miocárdio, diminuição de mecanismos trombogênicos, melhora da circulação colateral do miocárdio e diminuição da liberação de mediadores inflamatório pelo músculo esquelético e tecido adiposo. 10. AF aumenta a expressão de citocinas inflamatórias, principalmente quando associado a diminuição do peso corporal. AF diminui a expressão do fator neurotrófico derivado do cérebro, proteína que inibe a neurogênese. AF melhora a função endotelial, promovendo maior vasoconstrição e aumento da pressão arterial. AF diminui a sensibilidade insulínica, melhorando o metabolismo da glicose. AF parece atuar como fator de pré-condicionamento isquêmico que diminui a injúria do sistema nervoso central. Data Resp.: 27/09/2023 21:26:36 Explicação: Inúmeros mecanismos têm sido propostos para explicar os efeitos benéficos da AF em indivíduos que tiveram um AVE. A AF parece atuar como fator de pré-condicionamento isquêmico, diminuindo a injúria do sistema nervoso quando da ocorrência do AVE. Outros mecanismos neuroprotetores e neuroreparadores que tem sido citados na literatura são uma maior expressão de fatores angiogênicos e neurogênicos como fator de crescimento endotelial vascular, fator estimulador de colônias granulocitárias e fator neurotrófico derivado do cérebro.
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