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QUESTÕES P3 GASTRO

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QUESTÕES P3 GASTRO
1. Diarreias Agudas e Crônicas
2. Doença Celíaca
3. Doença Inflamatória Intestinal
4. Doença Hemorroidária e Prolapso Retal
5. Processos Infecciosos do Canal Anal e Ânus e Fissura Anal
6. Anatomia, Histologia e Fisiologia do Cólon, Reto e Ânus
7. Cisto Pilonidal
8. Colostomia e Ileostomia
9. Doença Diverticular dos Cólons
10. Câncer Colorretal
11. Síndrome do Intestino Irritável
12. Constipação
13. Câncer Colorretal - Tratamento Cirúrgico / Seguimento
14. Obstrução Intestinal
15. Hemorragia Digestiva Alta e Baixa
DIARREIAS AGUDAS E CRÔNICAS
1. Diarreia é a alteração do hábito intestinal caracterizada pelo aumento da frequência das
evacuações ou alteração da forma das fezes. Sobre diarreia aguda, assinale a alternativa
incorreta:
a. É a mais comum e tem mortalidade relacionada principalmente aos recém-nascidos.
b. A etiologia mais comum da diarreia aguda é a infecciosa, enquanto as demais causas
abrangem alergia alimentar, medicamentos, SII, entre outras.
c. Diarreias agudas virais são mais comuns no verão e geralmente são quadros autolimitados.
Episódios de 8-10 evacuações por dia, febre >38ºC, dor abdominal intensa e prostração
geralmente estão relacionados com diarreia aguda de origem bacteriana.
d. O uso de pré e próbióticos está indicado em todos os tipos de diarreia aguda, independente
da etiologia.
e. O tratamento tem como base a rehidratração oral, sendo também possível utilizar
medicações como subsalicilato de bismuto, lomperamida (exceto diarreia infecciosa de
causa não relacionada a DII) e racecadotril.
2. A diarreia crônica tem como causas mais comuns a intolerância à lactose, doença celíaca,
parasitoses, síndrome do intestino irritável e doenças inflamatórias intestinais. Sobre as diarreias
crônicas assinale a alternativa incorreta:
a. A diarreia inflamatória pode ser secretória ou osmótica, enquanto a diarreia aquosa é
decorrente de doenças inflamatórias ou neoplásicas.
b. A esteatorreia é decorrente da má-absorção de gorduras em pacientes com insuficiência
pancreática (geralmente com perda de função maior de 90%).
c. A diarreia aquosa osmótica pode ser decorrente de laxativos osmóticos (preparos de
colonoscopia) como a lactulose e o manitol.
d. A diarreia aquosa secretória pode ser secundária a doenças endocrinológicas
(hipertireoidismo, gastrinoma) ou reumatológicas ou decorrente de transtornos
motores/regulatórios, como diarreia pós-vagotomia ou síndrome do intestino irritável
fenótipo diarreico.
3. Fulana de tal, 37 anos, vem ao ambulatório da UNISUL queixando-se de aumento da frequência
das fezes para 3 vezes ao dia, de consistência semi-líquida. Antes disso, costumava ir ao banheiro
uma vez ao dia. Relata que o sintoma iniciou há 3 semanas. Recentemente foi diagnosticada com
DM tipo 2, em uso de medicação oral. Sobre diarreia, assinale a alternativa correta:
a. O caso se trata de uma diarreia crônica, pelo curso maior que 14 dias. A Metformina tem
como efeito colateral comum a diarreia.
1
b. Diarreias por verminoses costumam durar mais que 10-14 dias.
c. O quadro não pode se tratar de uma intoxicação alimentar, visto que demoraria apenas 3
dias para a melhora dos sintomas.
d. É normal defecar 3 vezes por dia, desde que isso não cause sintomas, independentemente
do hábito intestinal pregresso.
e. A maior parte de líquidos proveniente da alimentação e secreções endógenas que passam
pelo TGI é absorvida no intestino grosso.
4. Fulana de tal, 17 anos, vem ao pronto-atendimento da UNISUL queixando-se de fezes de
consistência líquida e frequência evacuatória de 5x por dia há 3 dias. Ao ser questionada, notou
presença de pus e sangue nas fezes. Ao exame físico, paciente em regular estado geral. Sobre
diarreia, assinale a alternativa correta:
a. A presença de muco e sangue nas fezes, assim como a febre, não são indicativos de
diarreia inflamatória, e por isso, esse caso pode ser classificado como autolimitado.
b. Intoxicações alimentares são causadas pela resposta inflamatória ao agente infeccioso
presente nos alimentos e são especialmente comuns no verão.
c. A presença de leucócitos nas fezes e coprocultura positiva, podem indicar infecção
bacteriana e demandar tratamento com Azitromicina 1g via oral dose única ou 500mg via
oral por 3 dias.
d. A presença de eosinofilia pode sugerir uma diarreia infecciosa de origem viral.
e. O exame de ELISA é um teste rápido e de fácil acesso que é solicitado de rotina para
pacientes com diarreia aguda.
5. Fulana de tal, 21 anos, vem ao ambulatório da UNISUL queixando-se de dor abdominal, fezes de
consistência semi-líquida e frequência evacuatória de 3x por dia há 11 semanas. Ao ser
questionada, relata que apresenta distensão abdominal, gases e urgência principalmente quando
come alimentos lácteos. Não nota perda de peso, nem sangue, muco ou pus nas fezes. Exames
laboratoriais recentes descartam anemias e deficiências nutricionais. Sobre diarreia, assinale a
alternativa incorreta:
a. A calprotectina fecal pode corroborar com o diagnóstico de síndrome do intestino
irritável.
b. A diarreia por intolerância à lactose é uma diarreia do tipo osmótica, já que a lactose não
digerida puxa água para o interior do lúmen intestinal.
c. É importante a pesquisa de infecções crônicas com coprocultura e parasitológico de fezes.
d. A presença de anemia poderia sugerir outras causas, que não síndrome do intestino
irritável ou intolerância à lactose.
e. O coprológico fecal é útil para verificar o pH das fezes, sendo que quando básico, pode
indicar o uso de laxantes.
6. Com relação à interpretação do hemograma em um caso de diarreia aguda, assinale a correta:
a. Se hematócrito 30 e hemoglobina 10 o exame está dentro da normalidade.
b. Para investigar se a diarreia tem etiologia viral, necessitamos investigar os leucócitos e
linfócitos. Se estiverem altos, possivelmente a origem é bacteriana e não viral.
c. Casos de leucócitos com desvio elevados são mais graves e necessitam da coleta de
cultura.
d. Devemos investigar anemia, leucócitos e plaquetas para verificar se o paciente terá uma
boa evolução. Leucocitose significa bom prognóstico.
e. Eosinófilos aumentados indicam etiologia bacteriana.
2
DOENÇA CELÍACA
1. 1 - A doença celíaca é uma enteropatia crônica do intestino delgado imunomediada precipitada
pela exposição ao glúten em indivíduo geneticamente predisposto. Vemos hoje um aumento de
incidência e diagnóstico devido à dieta com maior quantidade de grãos e glúten e aos métodos
diagnósticos mais acessíveis. Sobre a doença celíaca, assinale V ou F:
a. ( ) Sinais e sintomas como baixa estatura, perda de peso, letargia, edema e equimoses são
possíveis manifestações gerais.
b. ( ) As manifestações gastrointestinais incluem anorexia, náusea, vômito, glossite, úlceras
na boca, distensão e dor abdominal, flatulência, diarreia ou constipação.
c. ( ) A doença celíaca atípica cursa com sintomas de má absorção (esteatorreia, perda de
peso) e atrofia das vilosidades.
d. ( ) A doença celíaca clássica ou enteropatia sensível ao glúten cursa com discretas
queixas gastrointestinais, podendo cursar com manifestações articulares e dermatológicas.
e. ( ) A doença celíaca assintomática ocasionalmente apresenta atrofia das vilosidades.
f. ( ) A DC latente ou potencial engloba indivíduos predisponentes a partir de gatilho
ambiental. Os pacientes são assintomáticos, porém possuem sorologia positiva. A mucosa
intestinal desses pacientes é normal, mesmo com consumo de glúten.
g. ( ) A principal doença associada com a DC é a Síndrome de Down. Outras doenças que
também estão associadas são: dermatite herpetiforme, diabetes mellitus, deficiência de
IgA seletiva, tireoidopatias, entre outras.
h. ( ) O diagnóstico da doença celíaca é a partir da clínica, associada com as sorologias,
endoscopia e anatomopatológico.
2. Sobre as sorologias e a abordagem diagnóstica na doença celíaca, assinale a alternativa incorreta:
a. Os anticorpos pesquisados para doença celíaca são: anti-gliadina IgA, anti-endomísio IgA
e anti-transglutaminaseIgA, sendo o último o mais comumente pedido a partir da
suspeita.
b. Pacientes com sorologias negativas mas com probabilidade clínica devem ser investigados
para deficiência de IgA. Essa deficiência é vista pela sorologia anti-DGP e é prevalente
em até 5% dos celíacos.
c. Casos de pacientes em dieta glúten free, resultados falso-negativos ou deficiência de IgA a
possibilidade de DC não é afastada mesmo com sorologias negativas.
d. A partir da sorologia positiva, os pacientes recebem o diagnóstico de doença celíaca,
sendo dispensada a realização de biópsia da 2ª porção duodenal.
e. Os marcadores HLA-DQ2 e HLA-DQ8 possuem alto valor preditivo negativo e devem ser
pesquisados em pacientes em dieta sem glúten ou estratificação de risco em pacientes com
HF e sorologia negativa.
f. Quando a sorologia é positiva, mas a biópsia é negativa, deve-se fazer acompanhamento
clínico e repetir a biópsia em 6 meses com maior número de amostras, além de considerar
diagnósticos diferenciais.
3. A biópsia deve ser realizada antes do início da dieta sem glúten e pacientes em dieta glúten free
devem consumir glúten pelo menos por 4 semanas antes da realização do exame. Sobre os
achados endoscópicos, histopatológicos e a classificação de MARSH na DC, assinale a alternativa
incorreta:
a. O achado endoscópico mais clássico é a perda das vilosidades. Outros achados são o
serrilhamento das pregas, mucosa em padrão de mosaico, padrão vascular visível e palidez
da mucosa.
b. O achado histopatológico mais comum é a atrofia vilosa. Outros achados da DC são:
infiltração linfocítica da lâmina própria, hiperplasia de criptas e perda da altura da
superfície celular dos enterócitos.
3
c. O grau MARSH 0 é definido pela ausência de alterações histológicas, enquanto no grau 1
há aumento de linfócitos intraepiteliais.
d. O grau MARSH II se apresenta com atrofia de vilosidades, já o grau III apresenta
hiperplasia das criptas.
4. O tratamento da doença celíaca tem como base a dieta glúten free. Sobre o tratamento,
monitorização e complicações da DC, assinale a alternativa correta:
a. A dieta é de fácil manejo, não havendo preocupações com contaminação cruzada de
alimentos.
b. No seguimento, a sorologia deve ser realizada a cada 3-6 meses até remissão e depois a
cada 1-2 anos. Endoscopia e biópsia duodenal devem ser realizadas a cada 1-2 anos após o
diagnóstico e a densitometria nos primeiros 2 anos.
c. Apesar de ser uma doença crônica, a doença celíaca não possui risco de complicações
malignas como neoplasias.Complicações não malignas incluem distúrbios do metabolismo
ósseo, hipoesplenismo, perturbações neuropsiquiátricas e jejunite ulcerativa.
d. A doença celíaca refratária é considerada quando não há remissão depois de 2 anos de
dieta sem glúten, sendo considerada principalmente em pacientes com mais de 50 anos. O
tipo II, fenótipo aberrante ou linfoma intraepitelial de baixo grau, possui mortalidade de
50% em 5 anos e está relacionada com a jejunoileíte ulcerativa.
5. Lactente de 1 ano de idade, apresenta diarreia há 6 meses, caracterizada por fezes líquidas,
moderada quantidade, 4 vezes por dia, odor fétido, distensão abdominal, sem sangue ou muco.
Mãe refere que simultaneamente apresenta dificuldade de ganho de peso e de estatura. Os exames
laboratoriais revelaram: Hemoglobina = 9,0 g/dl; Albumina = 2,5 g/dL (valor de referência 2,9 a
4,8 g/dL); Anti-tranglutaminase IgA = positivo; Dosagem de imunoglobulinas: IgA = normal para
a idade. Para esta criança, além do trigo, qual outro componente você excluiria da dieta?
a. Linhaça e aveia.
b. Tapioca e polvilho.
c. Maisena e trigo de sarraceno.
d. Centeio e cevada
6. Paciente de nove anos de idade, sexo feminino, portadora de Diabetes mellitus (DM)
insulinodependente foi encaminhada ao serviço de gastroenterologia devido à presença de úlceras
aftosas orais recorrentes, flatulência e distensão abdominal. Sem outras queixas. Nega perda de
peso, edema ou diarreia. Na história pregressa, teve DM com diagnóstico aos seis anos de idade.
Em controle adequado com endocrinologia. Vacinação em dia. Teste do pezinho: normal. Exames
apresentados na consulta: IgA total: 85 mg/dL (valor de referência: > 7 mg/dL);
antitransglutaminase IgA: 80 U (valor de referência: < 20 U). No exame físico, estava corada,
hidratada, com boa perfusão capilar, pulsos cheios e rítmicos, sem edemas. Aparelho digestivo:
abdome distendido, indolor, sem massas ou visceromegalias, ruído hidroaéreo presente.
Oroscopia: úlceras aftosas em língua e gengiva. Restante do exame sem alterações significativas.
Com relação a esse quadro clínico, assinale a alternativa correta:
a. Deve ser feita a exclusão imediata do glúten da dieta da paciente.
b. A endoscopia digestiva alta (EDA) faz parte do manejo diagnóstico.
c. A presença de DM não é fator de risco para a enfermidade em investigação.
d. Trata-se de um quadro clínico clássico com marcadores sorológicos positivos, tornando
desnecessária a realização de EDA.
7. A doença celíaca é uma doença sistêmica imunomediada, induzida pela ingestão do trigo, centeio
e cevada, em indivíduos geneticamente predispostos. Deve-se ter atenção especial às doenças
associadas a essa afecção ou grupos de risco, que são:
a. Deficiência seletiva de IgA, Alopecia areata, Doença do Refluxo Gastroesofágico.
b. Diabetes Mellitus Tipo II, Síndrome de Turner, Síndrome de Williams.
4
c. Parentes de primeiro grau dos pacientes com doença celíaca, Síndrome de Down,
Síndrome de Alport.
d. Doença do Refluxo Gastroesofágico, Diabetes Mellitus Tipo II, Síndrome de Down.
e. Tireoidite de Hashimoto, Síndrome de Down, Diabetes Mellitus Tipo I.
8. Paciente masculino, 4 anos, portador da síndrome de Down, apresenta distensão abdominal
observada há 2 anos. Na investigação, a antitransglutaminase IgA foi fortemente reagente. Qual é
a conduta imediata mais correta?
a. Pesquisa de HLA DR13 e DQ6.
b. Endoscopia digestiva alta com biópsia de duodeno.
c. Prescrever dieta de exclusão de glúten.
d. Colonoscopia com biópsias seriadas.
9. A doença celíaca é uma doença sistêmica imunomediada induzida pela ingestão do glúten em
indivíduos geneticamente predispostos. Com base em seus conhecimentos, escolha a alternativa
com a informação correta:
a. O diagnóstico é estabelecido com prova terapêutica. Retira-se o glúten da dieta do
paciente, observa-se a melhora dos sintomas e assim se conclui o diagnóstico.
b. A dieta de retirada do glúten permite que o paciente possa ingerir dentre vários alimentos,
os seguintes: arroz, amendoim, fubá, polvilho, batata e feijão.
c. Apesar de ser uma patologia imunomediada, a prevalência da doença celíaca não é maior
em pacientes com tireoidite de Hashimoto e diabetes mellitus insulinodependente por
terem órgãos alvos diferentes.
d. A biópsia de esôfago e estômago é necessária para avaliar as alterações da mucosa típicas
da doença celíaca.
10. Um lactente de 15 meses apresenta pouco ganho de peso e história de diarréia intermitente. Na
suspeita de doença celíaca, quais são os exames de investigação e conduta?
a. Antigliadina IgA; prescrever dieta sem glúten;
b. Antitransglutaminase IgA; prescrever dieta sem glúten e reavaliar em 1 mês;
c. Antitransglutaminase IgA; quando positivo, solicitar biópsia de mucosa intestinal;
d. Antitransglutaminase IgG; prescrever dieta sem glúten por 15 dias e biopsiar mucosa
intestinal.
11. O diagnóstico de doença celíaca até 15 anos atrás baseava-se unicamente em resultados de
biópsia. Atualmente, a triagem para diagnóstico pode ser feita com os seguintes, exceto:
a. anticorpo IgG antigliadina.
b. anticorpo IgA e IgG anti-Saccharomycescerevisae (ASCA).
c. anticorpo IgA antigliadina.
d. anticorpo IgA antiendomísio.
e. anticorpo IgA antitransglutaminase.
12. Maria, mãe de Raimundo Nonato, com 7 anos de idade, procura o médico da UBS. Segundo
maria, Raimundo tem anemia que foi diagnosticada com um ano de idade. Faz uso, desde essa
época, de sulfato ferroso, mas sem melhora do quadro. Informa ainda que o menor está sempre se
queixandode artralgia principalmente de membros inferiores, apresenta fezes secas e pétreas,
evacuando 2 vezes na semana, mesmo após uso de várias medicações prescritas pelo pediatra.
Outra queixa da mãe é que o filho está "muito miudinho, parece que não tá crescendo direito".
Nega internações anteriores e outras patologias. De acordo com o quadro de Raimundo, qual
procedimento é imprescindível para comprovar o diagnóstico?
a. Dosagem de IgaA total.
b. Endoscopia com biópsia.
c. Marcadores sorológicos.
d. Laparotomia exploratória.
5
13. A doença celíaca é uma enteropatia crônica mediada por fenômenos imunológicos, que determina
alterações intestinais e sistêmicas em indivíduos geneticamente susceptíveis, sendo desencadeada
pela ingestão de glúten presente nos grãos, como o trigo, o centeio e a cevada. O diagnóstico é
feito em vigência de dieta com glúten e o protocolo indicado é:
a. Triagem sorológica com anticorpo antissacaromices do tipo iga, dosagem de
imunoglobulina iga e biópsia duodenal nos pacientes com sorologia positiva.
b. Triagem sorológica com anticorpo antissacaromices do tipo iga, dosagem de
imunoglobulina iga e biópsia de cólon nos pacientes com sorologia positiva.
c. Triagem sorológica com anticorpo antitransglutaminase do tipo iga, determinação de HLA
DQ2 e DQ8 e biópsia de cólon nos pacientes com sorologia e HLA positivos.
d. Triagem sorológica com anticorpo antissacaromices do tipo iga, determinação de HLA
DQ2 e DQ8 e biópsia de cólon nos pacientes com sorologia e HLA positivos.
e. Triagem sorológica com anticorpo antitransglutaminase do tipo iga, dosagem de
imunoglobulina iga e biópsia duodenal nos pacientes com sorologia positiva.
14. Os sinais e sintomas mais frequentes relacionados à Doença celíaca são:
a. Hipervitaminose A, urticária e equimoses.
b. Distensão abdominal, perda de peso e alteração do humor.
c. Tetania, colestase e anorexia.
d. Neuropatia periférica, broncoespasmo e baixa estatura.
e. Diminuição da massa muscular, dor abdominal e melena.
15. Paciente, 1 ano e 2 meses de idade, é levada para o hospital com quadro de diarreia há mais de 6
meses, vômitos esporádicos, inapetência, irritabilidade e perda de peso importante. No exame
físico, é notado o estado nutricional precário, déficit do desenvolvimento, distensão abdominal,
diminuição do tecido celular subcutâneo, com atrofia da musculatura glútea, não se senta. As
fezes são fétidas, gordurosas e volumosas. Em relação a essa patologia, é incorreto afirmar:
a. A doença celíaca é uma intolerância permanente ao glúten, caracterizada por atrofia total
ou subtotal da mucosa do intestino delgado proximal e consequente má- absorção de
alimentos, em indivíduos geneticamente susceptíveis.
b. Para que ocorra a expressão da DC, além do uso do glúten na dieta, é necessária a
presença de fatores genéticos, imunológicos e ambientais.
c. Os testes de absorção intestinal, como a prova de absorção da D-Xilose, a dosagem de
gordura nas fezes e os estudos hematológicos como determinações de folatos nos glóbulos
vermelhos tem valor em crianças que apresentam quadro clínico de síndrome de
má-absorção.
d. A DC assintomática, entre familiares de primeiro grau de pacientes celíacos, não pode ser
reconhecida, mesmo após o desenvolvimento de marcadores séricos específicos,
especialmente os anticorpos antigliadina, antiendomísio e antireticulina.
e. O tratamento da doença celíaca é basicamente dietético, devendo-se excluir o glúten da
dieta durante toda a vida, tanto nos indivíduos sintomáticos quanto nos assintomáticos.
16. Preencha corretamente as alterações anatomopatológicas da classificação de Marsh para
diagnóstico de doença celíaca:
Marsh 0 = ________________
Marsh 1 = ________________
Marsh 2 = ________________ + ___________________
Marsh 3 = ________________ + ___________________ + ___________________
17. Sobre a doença celíaca, assinale a INCORRETA:
6
a. Geralmente é confundida com síndrome do intestino irritável devido ao quadro clinico
semelhante
b. É a principal doença causadora da síndrome da má absorção
c. Promove um amplo leque de manifestações clinicas, desde pacientes assintomáticos até
apresentação de sintomas típicos como dor abdominal, diarreia e emagrecimento.
d. Doença subdiagnosticada, demorando em média uma década para ser diagnosticada de
fato.
e. Possui relação com outras doenças autoimunes, sendo as mais comuns a psoríase, hepatite
autoimune e a cirrose biliar primária.
18. Assinale a alternativa CORRETA sobre a doença celíaca:
a. As manifestações extraintestinais clássicas incluem dermatite herpertifome, que simula
herpes zoster e diurese noturna devido à deficiência de proteínas.
b. As apresentações assintomáticas e latente são as menos comuns
c. Todas as apresentações têm alteração na biópsia, exceto a assintomática
d. A apresentação latente não possui sorologia positiva para doença celíaca
e. A manifestação atípica possui muitos sintomas gastrointestinais.
19. Sobre a doença celíaca, assinale a INCORRETA:
a. Um paciente com deficiência seletiva de IgA ainda pode ter doença celíaca, mesmo que a
sorologia com IgA seja negativa. Por isso, nesses casos é importante fazer a dosagem de
IgA total e solicitar anti DGP para esses casos específicos.
b. Mais comumente é solicitado dosagem de IgA total e anti-transglutaminase IgA.
c. Os anticorpos são positivos apenas quando o paciente está ingerindo glúten. Se o paciente
faz uma dieta glúten free, é feito a pesquisa dos marcadores HLA DQ2 e DQ8.
d. A sorologia negativa em pacientes com dieta gluten free, deficiencia de IgA e alta
probabilidade clínica de doença celíaca (história familiar e doença autoimune associada),
não afasta possibilidade de doença celíaca.
e. Marcadores HLA DQ2 e DQ8 tem baixo valor preditivo negativo.
20. Assinável V ou F em relação à doença celíaca:
a. ( ) É comum doença celíaca em pacientes com HLA DQ2 e DQ8 negativos
b. ( ) Os principais diagnósticos diferenciais incluem doença de Crohn, enteropatia
autoimune e enteropatia por HIV
c. ( ) As doenças mais frequentemente associadas à doença celíaca são síndrome de down e
deficiencia seletiva de IgA
d. ( ) Linfoma não-hodking é a principal neoplasia envolvendo a doença celíaca
e. ( ) Perda das vilosidades e serrilhamento das pregas são os principais achados
histológicos; já a infiltração linfocitica da lamina própria é o principal achado
endoscópico.
f. ( ) A proporção vilocripta em um indivíduo saudável é 3:1. No celíaco, devido à
inflamação recorrente da mucosa intestinal, ocorre diminuição das criptas e aumento das
vilosidades
g. ( ) Todas as alterações histológicas e endoscópicas da doença celíaca têm remissão com a
dieta sem gluten.
h. ( ) A biopsia deve ser realizada antes do início da dieta sem gluten. Se o paciente já está
em dieta sem gluten, solicitar que o mesmo consuma gluten por pelo menos 4 semanas
antes da realização da biopsia.
7
i. ( ) A infiltração linfocitica está presente em todos os graus da classificação de marsh.
j. ( ) Marsh II é o padrão infiltrativo sem hiperplasia de criptas e o marsh III é o padrão
hiperplásico com hiperplasia de criptas
k. ( ) O rastreio para doença celíaca é feito em pacientes com sintomas gastrointestinais,
sintomas sugestivos de síndrome do intestino irritável, intolerância a lactose, anemias
inexplicáveis, HF de 1º e 2º grau de doença celíaca, diabetes mellitus tipo 1, outras
doenças autoimunes e síndrome de down e turner,
l. ( ) A contaminação cruzada em pequenas porções não tem capacidade de gerar sintomas,
aumento dos anticorpos e retorno da inflamação da doença.
m. ( ) Acetato de larazotide faz parte do tratamento farmacológico que está ainda está em
estudo, sendo bem indicado para pacientes não celíacos e sensíveis ao gluten.
n. ( ) O rastreamento para câncer é igual à população saudável.
o. ( ) Pacientes não responsivos ao tratamento considerar erro diagnóstico, contaminação
cruzada ou alimentação inadequada.
p. ( ) A sorologia negativa garante uma biopsia com histologia normal.
q. () Um paciente celíaco em tratamento e de fato saudável, apresentará marsh 0 à biópsia e
transglutaminases em 20mg/dL.
r. ( ) Não é possível ocorrer sobreposição de doença celíaca com síndrome do intestino
irritável.
s. ( ) A doença celíaca refratária é mais comum em pacientes que tiveram o seu diagnóstico
precoce.
t. ( ) O paciente com sensibilidade ao gluten não celíaca possui biópsia duodenal normal,
anticorpo anti-transglutaminase negativo e testes alérgicos positivos para o gluten.
u. ( ) Na alergia ao gluten, o paciente tem IgE positivo para gluten e sintomas alérgicos
como dermatite, prurido e edema de glote. Diferente do celíaco, esse paciente pode ingerir
até 20 ppm de gluten sem ter uma reação exacerbada.
v. ( ) A doença celíaca refrataria tipo 2 (fenótipo aberrante), tem boas respostas a terapia
biológica, sendo considerada uma forma de linfoma intraepitelial de baixo grau. Já a
doença celíaca refrataria tipo 1 tem sintomas de má absorção e boa resposta a corticoides.
w. ( ) O diagnóstico de doença celíaca pode ser feito no primeiro mês de vida.
DOENÇA INFLAMATÓRIA INTESTINAL
1. As doenças inflamatórias intestinais são afecções crônicas que cursam com inflamação do TGI,
principalmente do intestino e se alternam em períodos de inflamação ativa e remissão. Sobre as
DIIs, assinale V ou F:
a. ( ) A colite ulcerativa é restrita à mucosa do cólon e tem padrão contínuo.
b. ( ) A doença de Crohn cursa com inflamação transmural que pode acometer qualquer
segmento do TGI, tendo distribuição assimétrica e segmentar, porém acomete mais o íleo.
c. ( ) A doença de Crohn é muito mais comum do que a Colite Ulcerativa.
d. ( ) A Doença de Crohn cursa com sintomas como diarreia persistente/recorrente com ou
sem muco ou sangue, dor abdominal em cólica constante, distensão abdominal, perda de
peso, febre, anemia, abscessos e fístulas anorretais. A constipação também é comum.
e. ( ) Os sintomas da doença de Crohn variam de acordo com o fenótipo, localização e grau
de inflamação. Os possíveis fenótipos são: inflamatório, fistulizante e estenosante.
f. ( ) A colite ulcerativa cursa com diarreia persistente/recorrente com muco, pus e sangue,
hematoquezia, tenesmo, cólica abdominal pré-evacuatória, perda de peso e anemia. Os
sintomas variam de acordo com a extensão de acometimento.
g. ( ) A inspeção proctológica e o toque retal deve ser realizado em todos os pacientes.
Além disso, deve-se sempre buscar por lesões dermatológicas e articulares.
8
h. ( ) Quanto maior o grau de inflamação, maior a probabilidade de aparecerem sintomas
extra-intestinais, sendo a mais comum a artralgia. Das manifestações dermatológicas, o
pioderma gangrenoso é a mais comum.
i. ( ) A doença de Crohn possui associação com a colangite esclerosante primária, enquanto
a colite ulcerativa com a colangite biliar primária.
j. ( ) Os sinais de alarme da doença de crohn são: fístula ou abscesso perianal complexos,
parente de 1º grau com DII, perda ponderal não intencional nos últimos 3 meses, dor
abdominal crônica >3 meses, diarreia noturna, febre nos últimos 3 meses, início da doença
com menos de 30 anos.
k. ( ) Na histopatologia, a colite ulcerativa se apresenta com plasmocitose basal e criptite,
enquanto a doença de Crohn se apresenta com granulomas não caseosos, úlceras
profundas e fissuras.
l. ( ) O índice de atividade da doença pode ser verificado por meio de escalas. A escala
CDAI é utilizada na colite ulcerativa e a escala de Truelove Witts é utilizada na doença de
Crohn.
m. ( ) Na colite ulcerativa podemos encontrar anticorpos ANCA positivos e na doença de
Crohn anticorpos ASCA positivos.
2. Para avaliar o estado inflamatório de um paciente com DII levamos em consideração sinais
clínicos, como dor abdominal, frequência de evacuação e enterorragia, febre e manifestações
extra-intestinais. Além disso, dispomos de exames laboratoriais como VHS, PCR e a
calprotectina fecal. Sobre as DII e exames complementares, assinale a alternativa incorreta:
a. A calprotectina fecal é especialmente útil para monitorar a atividade inflamatória e
resposta ao tratamento, assim como para diferenciar SII e DII.
b. Na primeira suspeita de DII o exame de imagem geralmente solicitado é a tomografia.
Posteriormente, a enteroressonância é um exame melhor para definir os locais acometidos
e extensão das lesões, sendo referência para avaliar o intestino delgado.
c. Na colonoscopia, os sinais que sugerem o diagnóstico de Doença de Crohn são:
envolvimento segmentar, aspecto em pedra de calçamento, úlceras
(aftóides/serpiginosas/lineares), reto poupado e lesões anais.
d. Na colonoscopia, os sinais que sugerem o diagnóstico de Colite Ulcerativa são:
envolvimento contínuo, aspecto granular da mucosa, perda do padrão vascular, erosões e
envolvimento do reto.
e. O padrão de acometimento da colite ulcerativa pode ser inflamatório, obstrutivo ou
fistulizante, já a doença de Crohn pode se apresentar como retite, colite esquerda,
pancolite e ileíte de refluxo.
3. Atualmente sabe-se que para diminuir riscos e complicações das DII é necessário atingir não
apenas a remissão clínica, mas também a histológica. Sobre o tratamento das DII, assinale V ou
F:
a. ( ) A mesalazina é um anti-inflamatório derivado salicílico utilizado principalmente na
colite ulcerativa que possui apresentação oral e retal (supositórios e enemas).
b. ( ) O uso de corticóides deve ser contínuo, para que o paciente mantenha sempre a
remissão.
c. ( ) A azatioprina é uma tiopurina imunossupressora, possui tempo de ação lento e faz
necessário o rastreio de imunossupressão antes do início do tratamento.
d. ( ) O metotrexato é indicado para casos intolerantes ou refratários às tiopurinas e que não
sejam candidatos ao tratamento biológico.
e. ( ) Os anti-TNF mudaram a história natural da doença de Crohn. Entre eles, temos o
infliximabe e o adalimumabe. Infecções são um possível efeito colateral. O vedolizumabe
é uma anti-integrina seletiva para o TGI e tem menos efeitos adversos.
f. ( ) O tratamento da colite ulcerativa é feito em degraus (step-up convencional), iniciando
com mesalazina VO e enema em casos leves, restringindo o uso de biológicos e
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imunossupressores para os casos refratários. Corticoides são utilizados em pacientes não
responsivos ou casos mais graves.
g. ( ) A colectomia é um tratamento curativo e definitivo para a doença de Crohn.
h. ( ) Uma das opções de tratamento clínico para doença de Crohn é o step-up
convencional, iniciando com derivados salicilatos, corticoides quando necessário e
imunossupressores ou biológicos apenas para casos refratários. Outra opção é o esquema
top-down, para casos que iniciam moderados-graves e nesses já começamos o tratamento
com imunomoduladores e anti-TNF sem corticóides.
i. ( ) O tratamento top down na doença de Crohn é indicado para pacientes jovens com
doença grave, com doença perianal grave, com necessidade de corticoides ao diagnóstico,
úlceras extensas e profundas e envolvimento extenso do delgado.
4. Sobre a Retocolite Ulcerativa, assinale a alternativa correta:
a. Costuma acometer os segmentos colônicos mais profundamente, desde a mucosa até a
serosa.
b. Fístulas enterocólicas, enterocutâneas ou anoperineais são características da retocolite
ulcerativa.
c. Em geral, a doença apresenta atividade mais intensa nos segmentos colônicos proximais
acometidos, diminuindo distalmente.
d. A presença de pólipos inflamatórios ou pseudopólipos, que são lesões expansivas focais
cicatriciais, é exclusiva da retocolite ulcerativa.
e. Caracteristicamente acomete a camada mucosa do cólon, exclusivamente, desde a linha
pectínea, deixando livre o intestino delgado.
5. Adolescente de 13 anos iniciou quadro de dor abdominal, diarréia mucossanguinolenta e perda
ponderal há 2 anos. Após 1 mês do início, realizou endoscopia digestiva alta que evidenciou
duodenite crônica inespecífica leve e colonoscopia com úlceras profundas entremeadas de áreas
de mucosa normal, e alguns segmentos com lesões coalescentes com estreitamentoda luz. A
biópsia intestinal revelou granulomas não caseosos com células gigantes de Langerhans. O
diagnóstico do paciente e a conduta inicial a ser tomada são, respectivamente:
a. Retocolite ulcerativa; administrar sulfassalazina 100 mg/dia por 8 semanas.
b. Doença de crohn; iniciar terapia biológica associada à azatioprina.
c. Doença de crohn; iniciar prednisolona 2 mg/kg/dia e mesalazina 40 mg/kg/dia.
d. Retocolite ulcerativa; iniciar terapia biológica associada à azatioprina.
6. A Doença de Crohn (DC) é uma doença inflamatória intestinal, e seu exame histopatológico pode
indicar o seguinte item:
a. Acometimento transmural (quando da análise de ressecções cirúrgicas, padrão segmentar e
presença de granulomas não caseosos).
b. Acometimento transmural (quando da análise de ressecções cirúrgicas, padrão não
segmentar e presença de granulomas não caseosos).
c. Acometimento transmural (quando da análise de ressecções cirúrgicas, padrão segmentar e
presença de granulomas caseosos).
d. Acometimento transmural (quando da análise de ressecções cirúrgicas, padrão
generalizado e ausência de granulomas não caseosos).
7. Paciente de 18 anos, sexo masculino, evolui há 6 meses com diarreia intermitente, com dor
abdominal de leve intensidade. Apresenta à colonoscopia mucosa de retossigmóide inflamada,
com enantema e presença de úlceras aftóides profundas. Evolui com surgimento de múltiplos
trajetos fistulosos perianais. Assinale a alternativa CORRETA do diagnóstico mais provável e a
conduta recomendada para o caso:
a. Doença de Crohn que deve ser tratada com salicilato e corticoterapia.
b. Doença de Crohn que deve ser tratada com imunobiológico.
c. Colite ulcerativa que deve ser tratada com imunobiológico.
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d. Colite ulcerativa que deve ser tratada com Azatioprina.
8. Homem de 30 anos, portador de Retocolite Ulcerativa há 12 anos, refere 8 a 10 evacuações ao
dia, mucossanguinolentas, associadas a dor abdominal e febre no último mês. Está em uso de
peritonealMesalazina 2 g/dia e Azatioprina 150 mg/dia. Na consulta encontrava-se taquicárdico,
hidratado e com abdome doloroso à palpação profunda, sem sinais de irritação peritoneal. Exames
laboratoriais evidenciam Hb = 11,7 mg/dl; leucócitos = 4.200/mm³ sem desvio; plaquetas =
530.000/mm³; U = 36 mg/dl Cr = 1,2 mg/dl; PCR = 75 mg/dl, Sat Fe = 7%; albumina = 3,2 g/dl.
Última colonoscopia realizada há 1 ano: enantema difuso do cólon esquerdo, com perda do
padrão vascular, sem erosões ou friabilidade. Cólon direito e transverso sem alterações. O manejo
mais adequado nesse caso é:
a. A internação hospitalar é necessária e deve ser afastada a infecção por Clostridium
difficile e CMV. O tratamento inicial nesse caso deve ser corticóide endovenoso como a
hidrocortisona por 3-5 dias.
b. O tratamento é hospitalar com doses elevadas de sulfasalazina e a avaliação da
Coloproctologia é essencial devido ao mau prognóstico do paciente.
c. O paciente deve ser internado em UTI e deve receber infliximabe 5 mg/kg como
tratamento de escolha inicial para a forma grave da doença.
d. O tratamento pode ser realizado de forma ambulatorial já que, na maioria dos casos, o
número elevado de evacuações reflete atividade inflamatória em reto distal.
e. As doses da mesalazina e da azatioprina devem ser aumentadas em consulta para 4g/dia e
200 mg/dia e o paciente necessita de um retorno ambulatorial precoce.
9. Diante de um paciente com suspeita de doença inflamatória intestinal virgem de tratamento,
diferenciar entre doença de Crohn e retocolite ulcerativa pode ter relevância na orientação,
prognóstico, assim como na tomada de decisão quanto ao tratamento clínico e cirúrgico. Qual dos
seguintes fatores abaixo está mais fortemente associado ao diagnóstico de retocolite ulcerativa?
a. Presença de granuloma não caseoso na histologia.
b. Inflamação do cólon descontínua, poupando o reto.
c. Inflamação contínua, simétrica e difusa do reto distal, estendendo-se de modo proximal
para acometer todo ou parte do cólon.
d. Positividade para o anticorpo anti Saccharomyces Cerevisiae (ASCA) IgA.
DOENÇA HEMORROIDÁRIA E PROLAPSO RETAL
1. Paciente feminina de 70 anos, cozinheira aposentada, chega ao ambulatório da UNISUL
queixando-se de desconforto perianal, dor leve, sensação de evacuação incompleta, e
incontinência fecal. Também falou insegura sobre achar que o intestino está saindo pelo ânus. Ao
exame físico, nota-se prolapso em forma de cone, com pregas circulares, com 10 cm de
comprimento. Sobre esse caso clínico assinale a alternativa correta:
a. A teoria de Davadhar é atualmente a melhor teoria para explicar a eversão das camadas do
reto pelo aumento de pressão intra-abdominal, que resultaria em herniação por
deslizamento.
b. Por se tratar de um prolapso retal completo em paciente idosa, o tratamento de escolha é o
procedimento perineal de Altemeier.
c. Mulheres idosas e multíparas, assim como aquelas que apresentam diarreia crônica, são
perfis de risco para prolapso retal.
d. Essa paciente deve receber tratamento com ressecção intestinal e retopexia com ou sem
tela pelo fato de se tratar de um prolapso retal completo.
e. Por se tratar de um prolapso retal completo em paciente idosa, o tratamento de escolha é o
procedimento perineal de Delorme.
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2. Paciente feminina de 65 anos, nulípara, dona de casa, chega ao ambulatório da UNISUL
queixando-se de dor em região anal que atrapalha as atividades diárias, constipação crônica e
sangramento anal de pequeno volume. Relata perceber massa proeminente à defecação que vem
se tornando irredutível. Ao exame físico, nota-se prolapso em forma esférica, com pregas
longitudinais, com aproximadamente 2 cm de comprimento. Sobre esse caso clínico assinale a
alternativa correta:
a. Esse quadro se trata de um prolapso retal completo, e por isso deve ser tratado com
procedimento perineal Delorme.
b. O procedimento de Altemeier, ou ressecção retal em espessura completa, é o procedimento
de escolha para o tratamento.
c. O procedimento de Delorme ou proctectomia mucosa não está indicado nesse caso por se
tratar de paciente idosa com prolapso retal incompleto.
d. O tratamento via abdominal com ressecção intestinal sem/com tela não é indicado para
pacientes idosos, e sim para os pacientes jovens, numa tentativa de tratar a causa base.
e. Não é possível diferenciar prolapso retal de doença hemorroidária apenas pela anamnese e
exame físico.
3. Paciente feminina de 63 anos, enfermeira aposentada, chega ao ambulatório da UNISUL
queixando-se de dor anal, sangramento de pequena quantidade no papel higiênico, não misturado
com as fezes, e sensação de evacuação incompleta. Relata estar preocupada com piora da
constipação crônica, a qual ‘’trata’’ com laxantes há mais de 10 anos. Ao ser questionada, relata
prolapso de conteúdo pelo Ânus que não está mais reduzindo espontaneamente como fazia
anteriormente, nem conseguindo mais fazer isso manualmente. Ao exame físico nota-se prolapso
de mamilo hemorroidário recoberto por mucosa, em inspeção estática e dinâmica, sem redução
espontânea ou manual. Sobre esse caso clínico assinale a alternativa correta:
a. O caso se trata de hemorroida externa. Esse tipo de hemorroida não pode ser tratado com
ligadura elástica ou escleroterapia.
b. O caso se trata de hemorroida interna grau IV. Esse tipo de hemorroida pode ser tratado
com ligadura elástica.
c. O caso se trata de hemorroida externa. Esse tipo de hemorroida deve ser tratado com
hemorroidectomia aberta.
d. O caso se trata de hemorroida interna grau IV, esse tipo de hemorroida pode ser tratado
cirurgicamente.
4. Paciente feminina de 68 anos, dona de casa, chega ao ambulatório da UNISUL queixando-se de
dor em região anal, sangramento vermelho-vivo de pequena intensidade associado à evacuação
(algumas gotas no papel higiênico e eventualmente pinga no vaso sanitário) e coceira na região.
Ao exame físico nota-se prolapso de mamilo hemorroidário recoberto por pele, em inspeção
estática, sem redução espontânea ou manual. Sobre esse caso clínico assinale aalternativa correta:
a. O caso se trata de hemorroida externa em paciente jovem e por isso pode ser tratada
apenas com tratamento conservador: dieta, higiene local, banho de assento e pomadas
locais.
b. O caso se trata de hemorroida interna grau IV em paciente idosa e por isso pode ser
tratada com medidas gerais, dieta, e escleroterapia ou ligadura elástica.
c. O caso se trata de hemorroida externa em paciente idosa e por isso pode ser tratada com
medidas gerais, mudança na dieta e hemorroidectomia aberta ou fechada.
d. O caso se trata de hemorroida interna não redutível em paciente idosa e por isso pode ser
tratada com medidas gerais e hemorroidectomia aberta ou fechada.
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5. Paciente gestante, primigesta, 34 semanas, vem ao pronto-atendimento com queixa de
sangramento, de pequena monta, durante as evacuações, sem queixa algica associada. Refere que
vem apresentando certa dificuldade para evacuar após o segundo trimestre da gestação. Ao exame
físico: toque retal com pequena quantidade de sangue em dedo de luva e presença de mamilo
hemorroidário, sem prolapso e sem trombose. Qual a melhor conduta?
a. Hemorroidectomia de urgência.
b. Medidas gerais e fistulectomia.
c. Modificações dietéticas, higiene local e uso de fibras suplementares.
d. Internação, antibioticoterapia e hemorroidectomia aberta.
6. Paciente masculino, 46 anos, queixando-se de hematoquezia há mais de 6 anos. Informa que, no
início, os episódios eram esporádicos. Porém, com o passar dos anos, foram se tornando mais
frequentes. Refere ainda que, nos últimos 2 anos, passou a ter prolapso, redutível
espontaneamente, porém atualmente necessita de auxílio digital. Com esse quadro clínico,
procurou serviço especializado. Assinale o diagnóstico mais provável e o tratamento mais
adequado:
a. Hemorroidas grau II; orientações higienodietéticas e ligadura elástica.
b. Hemorroidas grau IV; tratamento cirúrgico.
c. Hemorroidas grau III; orientações higienodietéticas e ligadura elástica ou
hemorroidectomia a Milligan-Morgan.
d. Hemorroidas grau IV; hemorroidopexia.
7. As hemorroidas são dilatações dos plexos hemorroidários localizados no segmento anorretal. A
doença hemorroidária pode ser classificada como interna, externa ou mista, de acordo com o
plexo hemorroidário acometido. A drenagem venosa da região anorretal é realizada pelos plexos
hemorroidários superior e inferior, que são delimitados pela linha pectínea ou denteada. Sobre
essa doença, assinale a alternativa correta:
a. Quando os sintomas são decorrentes de dilatações vasculares localizadas acima da linha
pectínea, ou seja, mais precisamente do plexo hemorroidário superior, são denominadas
hemorroidas externas. Quando os sintomas ocorrem distalmente à linha pectínea, são
denominadas hemorroidas internas.
b. O plexo hemorroidário superior ou interno localiza-se no espaço submucoso do canal anal
e drena cranialmente para a veia cava através da veia hemorroidária ou retal superior.
c. O plexo hemorroidário externo ou inferior está localizado inferiormente à linha pectínea,
no espaço subcutâneo do canal anal, e drena preferencialmente para o sistema porta
através das veias hemorroidárias ou retais inferiores, tributárias das veias pudendas
internas e sistema cava.
d. As hemorroidas internas são classificadas de acordo com a extensão do prolapso, que
influencia nas opções de tratamento. Dependendo do grau da doença, o tratamento poderá
ser de natureza clínica e/ou cirúrgica.
e. Hemorroidas externas podem ser tratadas com os mesmos procedimentos que as
hemorroidas internas, já que apresentam inervação visceral.
8. A hemorroida é uma varicosidade dos plexos venosos do canal anal e segmento inferior do reto e
é dividida em hemorroida interna e externa. Sobre as hemorroidas, assinale V ou F:
a. ( ) Hemorroidas localizadas acima da linha pectínea são denominadas como internas e
são cobertas por anoderma e por possuírem inervação somática os pacientes sentem dor.
b. ( ) Hemorroidas externas são aquelas localizadas abaixo da linha pectínea, são recobertas
por mucosa e possuem inervação visceral autônoma e, portanto, não doem.
c. ( ) As localizações mais comuns das hemorroidas são nos horários 3, 7 e 11.
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d. ( ) Constituem fatores de risco para hemorroidas: modificação do hábito intestinal, abuso
de laxantes, hipertensão portal, gravidez, processo inflamatório local, histórico familiar e
posição ereta.
e. ( ) Hemorroidas externas drenam para a veia porta enquanto as internas drenam para a
veia cava, motivo pelo qual pacientes cirróticos têm maior tendência a desenvolverem
hemorroidas internas.
f. ( ) Hemorroida interna de grau 1 é aquela contida no canal anal, enquanto a de grau 2 é
prolapsada, porém reduz espontaneamente.
g. ( ) Hemorroida interna grau 4 necessita de redução digital para retornar o prolapso,
enquanto as de grau 3 não podem ser reduzidas.
h. ( ) Hematoquezia, dor e tenesmo são sintomas possíveis das hemorroidas.
i. ( ) Dermatites perianais são exclusivas das hemorroidas internas prolapsadas.
9. A respeito do tratamento das hemorroidas, assinale a alternativa correta:
a. As hemorroidas internas sempre devem ser tratadas de forma invasiva, sendo as opções a
escleroterapia, ligadura elástica, crioterapia e fotocoagulação.
b. Apenas para hemorroidas internas graus 1 e 2 são indicadas medidas gerais como dieta
mais líquida, banho de assento, cremes e pomadas locais.
c. A cirurgia de Milligan-Morgan é a hemorroidectomia aberta e a cicatrização é realizada
cobrindo-se com tecido a região excisada.
d. A cirurgia de Ferguson-Heaton é a hemorroidectomia fechada e a cicatrização é por
segunda intenção.
e. O tratamento cirúrgico é indicado para pacientes muito sintomáticos, com crises de
trombose hemorroidárias recorrentes, geralmente pacientes com hemorroidas internas a
partir do grau III e hemorroidas externas trombosadas.
10. O prolapso retal é definido como a eversão da parede retal através do ânus. Sobre o tema, assinale
a alternativa incorreta:
a. A diferença entre prolapso completo e incompleto se dá pelas camadas que são
exteriorizadas. No completo todas as camadas do reto são prolapsadas, enquanto no
incompleto apenas a camada mucosa é evertida.
b. No prolapso retal completo verificamos pregas circulares, formato de cone e tamanho de
12-15 cm. Já no incompleto verificamos pregas longitudinais, formato esférico e tamanho
de 2-3 cm.
c. É uma doença mais comum no sexo feminino, principalmente em mulheres mais idosas.
Entre os fatores de risco temos a constipação, doenças neurológicas, idade, multiparidade,
sigmoide redundante, doenças do canal anal, intussuscepção e fundo de saco de douglas
profundo.
d. A teoria de Moschowitz é a teoria mais aceita para explicar a fisiopatologia do prolapso
retal, pois relaciona o aumento da pressão na parede anterior do reto com a eversão das
camadas. Já a teoria de Davadhar elucida melhor apenas os prolapsos incompletos,
relacionando-os com a intussuscepção simétrica anorretal.
11. RMB, 54 anos, vem à consulta no ambulatório de proctologia com sintomas de sensação de
evacuação incompleta e desconforto na região anorretal, protusão do reto durante e após a
evacuação e constipação. Sobre o tratamento dos prolapsos retais, assinale a alternativa correta:
a. Procedimentos perineais são a primeira escolha para pacientes jovens, entre eles a
protectomia mucosa (Delorme) e a ressecção retal em espessura completa (Altemeier).
b. Os procedimentos abdominais são realizados principalmente em pacientes idosos, com
comorbidades e baixa expectativa de vida e trata-se a causa base da doença por meio de
uma ressecção intestinal e retopexia com ou sem tela.
c. O procedimento de Delorme é indicado para os prolapsos incompletos, no qual é excisada
a mucosa evertida e posteriormente fixa-se a muscular da mucosa na serosa. Já o
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procedimento de Altemeier é indicado para os prolapsos completos, tendo risco de
incontinência fecal ou constipação crônica pós-cirúrgicas.
d. No prolapso incompleto visualizados, na sequênciaexterna para interna, as camadas
serosa → muscular da mucosa → mucosa, enquanto no prolapso completo é sequência é
mucosa → muscular da mucosa → serosa.
12. Assinale a alternativa incorreta:
a. Prolapso retal é definido como inversão da parede retal através do ânus.
b. No prolapso retal completo ocorre a saída de todas as camadas do reto e no incompleto
ocorre apenas a saída da camada mucosa do reto.
c. As pregas circulares são presentes no prolapso completo, em forma de cone. E as pregas
longitudinais são presentes no prolapso incompleto, em forma esférica.
d. O prolapso retal completo dói menos do que o incompleto, pois nele a mucosa na
exteriorização é protegida por outras camadas.
e. Na epidemiologia é mais comum no sexo feminino a partir da sexta década de vida.
13. Assinale verdadeiro ou falso:
a. ( ) O aumento da pressão intrabdominal por constipação e aumento de força evacuatória
são fatores que predispõem o prolapso retal.
b. ( ) Doencas gastrointestinais, neurológicas, mulheres jovens, nuliparidade, sigmoide
redundante, doencas do canal Anal, intussuscepcao e fundo de saco de Douglas profundo,
são algumas das etiologias do prolapso retal.
c. ( ) Na teoria de Davadhar, da hérnia por deslizamento, ocorre uma intussuscepção
simétrica retorretal.
d. ( ) A Teoria de Moschowitz abrange as duas fisiopatogenias, completo e incompleto, com
o aumento de pressão na parede anterior do reto possibilitando a versão de suas camadas.
e. ( ) Colonoscopia, manometria anorretal e defecografia são os exames complementares para
o diagnóstico, usados para descarte de outras doenças que possam ter relação.
f. ( ) Tumores, pólipos, abscesso, papilas hipertróficas e hemorroidal podem ser alguns dos
diagnósticos diferenciais de prolapso retal.
g. ( ) Procedimentos perineais são mais realizados em jovens, constipados.
h. ( ) Procedimentos abdominais são mais realizados em idosos, com comorbidades e baixa
expectativa de vida.
i. ( ) Os procedimentos perineais do tipo delorme são realizados para correção de prolapso
retal incompleto.
14. Assinale verdadeiro ou falso:
a. ( ) A doenca hemorroidaria se caracteriza com o aumento de cochins no canal anal ou fora
dele, composto de veias e artérias.
b. ( ) A linha pectinea divide o canal anal na parte externa constituída pela anusderma e pela
parte interna constituída pela mucosa.
c. ( ) Acomete mais o sexo masculino na faixa dos 50 anos.
d. ( ) Nas hemorroidas externas há mais dor devido a inervação somática e ao anoderma
exposto. Além disso, drenam para o sistema cava via ilíaca interna.
e. ( ) Na hemorroida interna o plexo hemorroidário interno é drenado para o sistema porta,
com inervação visceral autônoma.
f. ( ) A hemorroida externa pode ser classificada em 4 graus. 1 sem prolapso, 2 prolapso com
redução espontânea, 3 prolapso com redução digital e 4 prolapso que não pode ser
reduzido.
g. ( ) A dermatite perianal, inflamação aguda e tenesmos são algumas das sintomatologias do
prolapso retal.
h. ( ) A colonoscopia é uma exame usados para aprimorar o diagnóstico das hemorroidas
internas. Como diagnostico diferencial estão: fissuras, abcessos, tumores, prolapso e papila
anal hipertrófico.
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i. ( ) Para o tto de hemorroida internas do grau 1 ao 3 deve ser conservador, com medidas de
dieta mais líquida, higiene local, banho de assento e cremes e pomadas locais.
j. ( ) O tto cirúrgico é realizado somente em pacientes muito sintomáticos. São divididos
entre a hemorroidectomia aberta de Fergson-Heaton e a fechada de Milligan-Morgan.
PROCESSOS INFECCIOSOS DO CANAL ANAL E ÂNUS / FISSURA ANAL
1. Paciente feminina de 35 anos, chega ao ambulatório da UNISUL queixando-se de dor de forte
intensidade durante a evacuação que permanece por alguns minutos após findar o ato.
Sangramento de pequeno volume no papel ou vaso sanitário, vermelho vivo. Está ansiosa porque
viu através do espelho a presença de um ‘’machucado’’ na região anal, e agora tem medo de
evacuar. Está feliz que conseguiu a consulta com médico proctologista, pois atualmente está com
prurido anal que atrapalha seu trabalho e autoconfiança sexual. Nega história de cirurgias prévias,
doenças inflamatórias intestinais ou DST’s. Relata síndrome do intestino irritável e episódios
semanais de diarreia. Ao exame físico apresenta úlcera linear que se estende da linha pectínea até
a margem anal, na linha média anterior, com presença de plicoma sentinela e papila hipertrófica.
Sobre esse caso clínico, assinale a alternativa incorreta:
a. A etiopatogenia inclui hipofluxo sanguíneo decorrente da contração exacerbada do
esfíncter anal interno hipertônico, causando distensão das fibras; trauma repetitivo por
fezes endurecidas ou diarreia; e doenças inflamatórias intestinais.
b. A dor de forte intensidade se explica porque a lesão está localizada abaixo da linha
pectínea.
c. Apesar desse caso clínico, a localização mais comum é a linha média posterior.
d. O tratamento pode ser feito com banhos de assento, dieta rica em fibras, e relaxamento do
esfíncter anal interno com pomada de Diltiazem. Em caso de não resolução, pode ser feita
esfincterectomia interna posterior, por ser o local mais comum do aparecimento das
fissuras.
e. Bordos rasos e presença de fibrina são indicativos de fissura anal aguda.
2. Homem, 27 anos, procura o ambulatório de proctologia com queixa de secreção anorretal. Ao
exame, com o paciente em posição de litotomia, observamos orifício fistuloso próximo à bolsa
escrotal, a 2 cm da margem anal. De acordo com a regra de Godsall, o que podemos afirmar sobre
o trajeto fistuloso?
a. A fistula tem um trajeto linear e retílineo em direção ao ânus.
b. A fístula tem um trajeto curvo e normalmente atravessa a linha média, formando uma
ferradura.
c. Essa fistula deve envolver o músculo puborretal.
d. A fistula tem um trajeto curvo, mas sem ultrapassar a linha média.
e. O orifício interno deve se localizar na linha média posterior.
3. A respeito das Fístulas Anorretais, assinale a alternativa INCORRETA:
a. As fístulas interesfincterianas são o tipo mais comum.
b. A Regra de Goodsall é útil para identificar a anatomia de fístulas complexas.
c. RM é o exame padrão-ouro.
d. A maioria das fístulas deriva de uma infecção que se origina nas glândulas do canal anal,
na linha denteada.
4. Paciente masculino, branco, 52 anos, procura o serviço de emergência com queixa de dor anal há
32 horas, que progressivamente vem aumentando de intensidade, com sensação de latejamento,
referindo ainda um aumento de volume próximo ao ânus. Ao exame o paciente encontra-se em
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bom estado geral, afebril, corado e hidratado. Pressão arterial 150 x 100mm Hg, pulso cheio,
frequência de 88bpm. O exame local mostra um aumento de volume na região perianal direita
posterior, sem hiperemia cutânea ou flutuação. Qual a sua conduta para o caso?
a. Drenagem cirúrgica de imediato.
b. Aguarda drenagem espontânea com cobertura antibiótica.
c. Antibióticos e aguarda flutuação para a drenagem cirúrgica.
d. Sem medicação e aguarda flutuação para fazer a drenagem cirúrgica.
e. Antibióticos, anti-inflamatórios e analgésicos para reverter o quadro uma vez que não tem
flutuação.
5. Paciente de 20 anos, masculino, procurou o Pronto Socorro relatando intensa dor na região anal
com três dias de evolução e piora progressiva. Ao exame da região perianal apresenta presença de
hiperemia intensa, com área de flutuação em região perianal. O paciente não permitiu o toque
retal devido à intensa dor. O exame laboratorial apresentou leucocitose com desvio à esquerda. De
acordo com o provável diagnóstico, a conduta mais adequada é:
a. Banho de assento e analgesia venosa.
b. Analgésico, antibioticoterapia oral e acompanhamento ambulatorial.
c. Internação hospitalar, fistulectomia com destelhamento e antibioticoterapia venosa.
d. Drenagem cirúrgica de área acometida e antibioticoterapia venosa com internação
hospitalar.
e. Internação hospitalar e colonoscopia diagnóstica com paciente sedado.
6. 6 - Fissura anal é definida por uma úlceralinear na metade inferior do canal anal, estendendo-se
desde a linha pectínea até a margem anal, com locaçização mais comum na comissura posterior
da linha média. Sobre a fissuras anais, assinale V ou F:
a. ( ) É mais comum em mulheres, principalmente na terceira idade.
b. ( ) O principal mecanismo envolvimento na fisiopatologia das fissuras anais é a hipertonia
do esfíncter anal interno, associada com hipofluxo sanguíneo decorrente da contração
exacerbada e constipação ou diarreia.
c. ( ) A dor é um dos principais sintomas da fissura anal e pode permanecer por até 3 horas
após a evacuação. Pode ocorrer sangramento e prurido anal.
d. ( ) A fissura é uma afecção isolada, não tendo nenhuma correlação com doenças como
Crohn, Colite ulcerativa e doenças sexualmente transmissíveis.
e. ( ) O diagnóstico é realizado pela colonoscopia.
f. ( ) A localização mais comum das fissuras anais é na linha média anterior (90%).
g. ( ) A fissura anal aguda possui bordos rasos e fundo coberto por fibrina, enquanto a
fissura anal crônica possui a tríade plicoma sentinela, papila hipertrófica e fissura/úlcera.
h. ( ) O tratamento da fissura anal tem como base a retirada de fatores estressores e oferta
de analgesia. Dessa forma, está contraindicada a dieta rica em fibras e os banhos de
assento.
i. ( ) Uma opção de tratamento é a esfincterectomia química, sendo a mais comum a
pomada de diltiazem, um bloqueador de canal de cálcio que promove relaxamento das
fibras do esfíncter e está indicada principalmente para as fissuras agudas.
j. ( ) Atualmente o procedimento cirúrgico mais utilizado para o tratamento da fissura anal
é a dilatação anal forçada pelo procedimento de Lord.
k. ( ) O tratamento cirúrgico é uma opção a partir da falha do tratamento clínico e um
procedimento utilizado é a esfincterectomia lateral interna, no qual a secção parcial do
músculo promove dilatação e hipotonia permissiva.
7. Fístulas anorretais são trajetos de granulação crônica comunicando duas ou mais superfícies
epiteliais com orifício interna no canal anal e com 1 ou mais orifícios externos. Sobre as fístulas
anorretais, assinale a alternativa incorreta:
a. A teoria criptoglandular explica o processo de formação das fístulas a partir da impactação
do bolo fecal na altura da linha pectínea, local onde se encontram as glândulas criptais.
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Essa impactação gera inflamação glandular, com evolução da lesão e passagem de
conteúdo fecal pela comunicação.
b. Fístulas anorretais são mais comuns em homens entre a 3ª e a 6ª década de vida. Saída de
secreção purulenta pelo orifício externo, abscessos de repetição e dor são possíveis sinais
e sintomas.
c. O diagnóstico tem como base a inspeção, toque retal e a anuscopia. O exame
complementar padrão ouro é a fistulografia.
d. Fístulas complexas são aquelas que possuem mais de um orifício fistuloso e são
classificadas pela regra de Goodsall-Salmon. Orifícios externos posteriores tendem a ter
trajeto curvilíneo, enquanto os anteriores tendem a ter trajeto retilíneo.
e. O tratamento padrão é a fistulotomia, no qual se realiza o destelhamento do túnel
fistuloso, retirando o trajeto. Outras opções são a fistulectomia, o seton e o avanço
mucoso. O tratamento clínico está restrito para pacientes com Doença de Crohn.
8. Sobre criptite, papilite e abscessos anorretais, assinale V ou F para as alternativas a seguir:
a. ( ) Papilas e criptas compartilham da mesma localização no canal anal, ao passo que a
papilite ocorre no ínicio do processo infeccioso e a criptite é a extensão desse processo. A
papilite cronificada evolui para papilite crônica hipertrófica.
b. ( ) São sintomas de papilite a dor/ardência, muco e pus e tenesmo.
c. ( ) O tratamento clínico da criptite e da papilite é por meio de antibióticos, dieta e
antinflamatórios. O tratamento cirúrgico entra como opção após falha no tratamento
clínico da criptite ou para a papilite crônica hipertrófica.
d. ( ) Um diagnóstico diferencial da criptite é o pólipo, porém este não tem caráter
inflamatório e o fator de confusão é a projeção digitiforme.
e. ( ) Abscessos anorretais são mais comuns em mulheres, principalmente entre a 4ª e a 6ª
década de vida.
f. ( ) O principal sintoma do abscesso é a dor, que aumenta progressivamente e piora com a
movimentação. Pode ocorrer também febre e calafrios, hematoquezia e no toque retal
palpa-se um abaulamento.
g. ( ) Os abscessos são classificados de acordo com a musculatura e região anatômica em:
perineal, isquiorretal, interno e supraelevador.
h. ( ) O tratamento dos abscessos anorretais consiste em drenagem e antibioticoterapia e ⅔
dos casos evoluem com formação de fístula.
9. Com relação ao tratamento cirúrgico da fissura anal crônica assinale a alternativa correta:
a. A dilatação manual dos esfíncteres é o procedimento de escolha pois não há secção de
fibras da musculatura esfincteriana
b. A esfincterotomia deve ser sempre na região posterior do canal anal esta é uma área com
pior vascularização
c. A fissurectomia e rotação de retalho de pele não é a melhor conduta risco de
contaminação do retalho
d. Na esfincterotomia lateral interna deve ser seccionado cerca de 70% esfíncter anal interno
e 10% das fibras do ramo subcutâneo do esfíncter anal externo
e. A esfincterotomia lateral interna é o procedimento de escolha, por apresentar melhores
resultados em termos de cicatrização da fissura.
10. Assinale a alternativa incorreta:
a. A fissura anal é uma falha de anoderma.
b. É maior a incidência em mulheres do que homens.
c. A hipotonia do esfíncter anal interno, o hipofluxo sanguíneo na linha media posterior,
constipação, diarreia tem influência na etiopatogenia.
d. Prurido anal, sangramento e dor são alguns dos sintomas da fissura.
e. A linha media posterior é o local mais comum de fissura anal.
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ANATOMIA, HISTOLOGIA E FISIOLOGIA DO CÓLON, RETO E ÂNUS
1. Sobre a anatomia do cólon, assinale a alternativa correta:
a. O ceco é a primeira porção do intestino grosso, que recebe o conteúdo ileal através da
válvula íleocecal. Tem paredes espessas e por isso costuma resistir bem à obstruções e
distensões.
b. O apêndice é um óstio à 3cm da válvula ileocecal, na convergência das tênias. Quando um
paciente apresentar dor em FIE e espessura do apêndice na tomografia de 5mm, devemos
pensar em apendicite aguda.
c. O cólon ascendente ou direito inicia após a válvula ileocecal. Tem aproximadamente
15-20cm e é fixo na goteira parietocólica pela fáscia de Toldt.
d. O cólon transverso costuma ter formato de U e aproximadamente 45cm. No bordo
antimesentérico é que se fixa o grande omento, com grande importância cirúrgica. A
flexura esplênica tende a ser mais baixa e mais profunda que a flexura hepática.
e. O cólon transverso é envolto pelo mesocólon transverso, diferentemente do descentente.
Este último tem diâmetro mais largo que o ascendente e aproximadamente 25cm de
comprimento até o sigmóide.
2. A arcada de Riolan faz parte da vascularização do intestino grosso e é composta pela ligação entre
dois vasos. São eles:
a. Artéria cólica média e artéria cólica esquerda.
b. Artéria cólica esquerda e artéria cólica direita.
c. Artéria ileocólica e artéria cólica média.
d. Artéria iléocólica e artéria cólica esquerda.
3. A artéria mesentérica inferior, é ramo direto de que artéria:
a. Celíaca.
b. Mesentérica superior.
c. Aorta.
d. Renal esquerda.
e. Esplênica.
4. Sobre a anatomia do cólon, assinale a alternativa incorreta:
a. O ponto de Griffiths corresponde ao ponto no ângulo ou flexura esplênica.
b. A artéria marginal de Drummond inicia na junção cecocólica e termina na junção
retossigmoidea. Está situada na borda mesentérica do colón.
c. A artéria mesentérica superior emerge da artéria aorta ao nível de L2-L3.
d. A artéria de Riolan conecta o ramo esquerdo da artéria cólica média e a artéria cólica
esquerda.
5. Na isquemia mesentérica, quando é acometida a artéria mesentérica inferior, as porções dos
intestinos que podem ser afetadas são:
a. Todas as porções colônicas (ascendente,transverso e descendente)
b. Apenas o cólon ascendente e parte do transverso
c. Apenas o cólon descendente
d. Terço distal do transverso, descendente e sigmóide
6. Sobre a anatomia do reto, assinale a alternativa incorreta:
a. É dividido em 3 porções distintas: alto (totalmente peritonizado), médio
(peritonizado anteriormente) e baixo ( totalmente extraperitoneal).
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b. A artéria retal superior e a média são ramos da artéria mesentérica inferior, enquanto a
artéria retal inferior é ramo da artéria ilíaca interna.
c. Apresenta 3 válvulas de Houston, sendo a primeira e a terceira do lado esquerdo e a
segunda do lado direito.
d. A fáscia de Denonvilliers limita o reto na sua porção anterior e posterior.
e. Ao contrário de sua denominação, possui trajeto tortuoso e curvaturas que facilitam sua
função de reservatório.
7. Sobre a anatomia e fisiologia dos cólons, reto e ânus, analise as alternativas e assinale V ou F:
a. ( ) O intestino médio embriológico possui crescimento mais acelerado, crescendo em
direção externa de acordo com o eixo da artéria mesentérica superior e fazendo um giro de
180º para voltar para o interior. Essa diferenciação é responsável pela formação do ângulo
de Treitz e o não retorno do intestino para a cavidade abdominal constitui a onfalocele.
b. ( ) O ceco é uma zona de fragilidade, pois não possui meso e, portanto, é menos
vascularizado. Em casos de obstrução intestinal tem maior risco de distensão e pode
evoluir com isquemia e perfuração.
c. ( ) Os segmentos com maior mobilidade do intestino grosso são o sigmoide e o
transverso.
d. ( ) A síndrome da artéria mesentérica superior ou de Wilkie se dá pela compressão da
terceira parte do duodeno, entre a AMS e a aorta, levando a obstrução e é uma condição
potencialmente fatal.
e. ( ) A artéria marginal de Drummond permite a ligadura de artérias sem prejudicar
grandes territórios.
f. ( ) São três as áreas de isquemia mais comuns: Treves (íleo terminal e ceco), Griffith
(flexura esplênica) e Sudek (transição retossigmoidea).
g. ( ) O arco de Riolan conecta a mesentérica superior/cólica média com a mesentérica
inferior/cólica esquerda.
h. ( ) Os três princípios de uma boa anastomose são: ausência de tensão, ausência de
inflamação/infecção e boa vascularização.
i. ( ) O reto, diferentemente das outras partes do intestino, possui apêndices epiploicos e
haustrações.
j. ( ) A fáscia de Denonvilliers faz a delimitação cirúrgica para cirurgias e reto (anterior) e
urológicas (posterior).
k. ( ) A excisão total do mesoreto permitiu um grande avanço na cirurgia oncológica e
consiste na retirada sem lesar a vascularização.
l. ( ) A veia retal superior drena os ⅔ superiores do reto para a veia ilíaca interna, enquanto
as veias retais média e inferior drenam o ⅓ distal para a veia mesentérica inferior.
m. ( ) A drenagem linfático dos ⅔ superiores é para linfonodos paraórticos e abaixo da linha
pectínea a drenagem é para linfonodos inguinais.
n. ( ) O músculo elevador do ânus é composto pelos seguintes músculos: pubococcígeo,
iliococcígeo e puboretal.
8. A artéria aorta origina todas as outras artérias. Um de seus ramos principais é a aorta abdominal.
Três das ramificações da artéria abdominal são o tronco celíaco e as artérias mesentéricas
superiores e inferiores. As ramificações do tronco celíaco se denominam: artéria gástrica
esquerda, artéria hepática comum e artéria esplênica. As ramificações da artéria mesentérica
inferior são: artéria cólica esquerda e sigmoidea. Os ramos da artéria mesentérica superior são:
artéria pancreática duodenal inferior, artéria cólica média, artéria cólica direita, artérias
jejunoileais, artéria ileocólica. Dito isso, correlacione as colunas abaixo quanto ao órgão e sua(s)
respectiva(s) irrigação(ões) arterial(is):
( ) Duodeno
( ) Jejuno
( ) Íleo
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( ) Colon ascendente
( ) Colon sigmoide
( ) Colon transverso
( ) Colon descendente
1 – Artéria gástrica esquerda
2 – Artéria hepática comum
3 – Artéria esplênica
4 – Artéria cólica esquerda
5 – Artéria sigmoidea
6 – Artéria pancreático duodenal inferior
7 - Artéria cólica média
8 - Artéria cólica direita
9 - Artérias jejunoileais
10 - Artéria ileocólica
CISTO PILONIDAL
1. O cisto pilonidal, também chamado de doença pilonidal, consiste em um processo inflamatório
crônico que acomete a região interglútea entre as nádegas. Diante disso, assinale a afirmativa
correta:
a. O tratamento é somente cirúrgico, não sendo necessária a prescrição de antibióticos.
b. No pós-operatório, é extremamente importante manter a área depilada para evitar novos
cistos.
c. Essa apresentação clínica está relacionada com o folículo piloso e infecta somente a
epiderme.
A técnica cirúrgica fechada é melhor que a técnica aberta, por ter menores chances de
recidiva.
d. Imunossuprimidos não têm o risco aumentado.
COLOSTOMIA E ILEOSTOMIA
1. Sobre colostomia e ileostomia, assinale a alternativa incorreta:
a. O conteúdo no íleo é líquido e muito irritante para a pele, ao contrário do conteúdo ao
final do cólon descendente, que se apresenta como fezes já formadas e não irritantes à
pele.
b. É preferível que a ostomia do cólon seja feita na topografia do reto abdominal, a fim de
evitar herniações.
c. Em estomas com alto débito, ou seja, maior que 1200mL/dia, o tratamento pode ser feito
com Psyllium, uma fibra natural insolúvel.
d. O edema pós-operatório é uma complicação importante que deve receber tratamento,
assim como a necrose parcial, que deve ser tratada em reoperação.
2. As ostomias são em sua essência cirurgias de derivação e podem ser definitivas ou temporárias.
Sobre as ostomias, assinale V ou F para as alternativas a seguir:
a. ( ) A duodenostomia é o procedimento de ostomia mais realizado na atualidade.
b. ( ) Colostomias em sigmoide e transverso são mais comuns.
c. ( ) As fezes na ileostomia ficam líquidas e o conteúdo é pouco irritante para a pele.
d. ( ) As fezes na colostomia de sigmoide são firmes e muito irritantes para a pele.
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e. ( ) As ostomias são uma alternativa importante para o tratamento imediato de obstruções
ou perfurações em pacientes instáveis e podem servir como tratamento definitivo em
pacientes paliativos, além de serem usadas para proteção de anastomoses.
f. ( ) Agenesias e atresias, megacólon e entercolite necrotizante são possíveis indicações de
ostomias em pacientes infantis.
g. ( ) No adulto, são possíveis indicações de ostomias: doença diverticular, DII, isquemia
intestinal, fístulas, Síndrome de Fournier (lesão perineal extensa), entre outras.
h. ( ) Estenose, hérnia paraestomal, prolapso, pioderma gangrenoso, varizes paraestomais e
alto débito de conteúdo entérico são possíveis complicações imediatas das ostomias.
i. ( ) Isquemia e necrose, desabamento, distúrbio hidroeletrolítico e dermatite são possíveis
complicações crônicas das ostomias.
DOENÇA DIVERTICULAR DOS CÓLONS
1. Paciente do sexo masculino, 65 anos, vem ao seu consultório trazendo consigo uma tomografia
que o deixou bastante preocupado. O exame foi realizado na vigência de uma queda no domicílio
em que teve uma contusão abdominal há 2 meses atrás. O laudo desta tomografia não evidenciou
quaisquer lesões abdominais traumáticas, porém foram observados vários divertículos em cólon
descendente e sigmóide. O paciente nega história de dor abdominal na Fossa Ilíaca Esquerda,
referindo apenas constipação crônica. Qual das seguintes orientações ao paciente é
INADEQUADA?
a. Caso um dia seus divertículos inflamem, saiba que os quadros inflamatórios leves podem
ser tratados em casa, com antibióticos e dieta. No entanto, casos mais graves demandam
internação hospitalar e apresentam risco de tratamento cirúrgico urgente, inclusive com
realização de colostomia.
b. A doença diverticular dos cólons é uma condição bastante comum após os 60 anos de
idade, principalmente quando o paciente apresenta constipação crônica.
c. A presença dos divertículos no intestino grosso pode não causar sintomas, porém há
chances que eles compliquem com episódios de sangramentoou inflamação e dor,
necessitando avaliação médica imediata.
d. Pacientes com diagnóstico de divertículos no cólon esquerdo devem ser encaminhados
para ressecção cirúrgica devido ao alto risco de evolução para doença maligna.
2. Doença diverticular dos cólons é uma condição comum na sociedade Ocidental e parece ser um
infeliz produto da Revolução Industrial. Sobre isso, assinale a alternativa INCORRETA:
a. No ocidente, os divertículos afetam mais o cólon sigmóide, seguidos pelo cólon
descendente.
b. Em muitos casos, o diagnóstico de diverticulite pode ser presumido com razoável grau de
confiabilidade por uma história e exame físico cuidadoso, e é razoável começar
antibioticoterapia apenas com essas evidências.
c. Após um episódio agudo de diverticulite, deve-se aguardar pelo menos duas semanas para
realização da colonoscopia, para avaliação dos divertículos e também descartar
tumorações.
d. A TC é exame padrão-ouro para diagnóstico de diverticulite aguda e deve ser sempre
solicitada quando há suspeita.
3. Homem de 68 anos procura ambulatório com história de doença diverticular do cólon, com várias
crises anteriores, para tentar melhorar sua qualidade de vida e diminuir a frequência das crises.
Tem cerca de sete crises ao ano, tendo a última ocorrido há 45 dias. A melhor prescrição para
diminuir as recorrências, nesse paciente, é:
a. Rifaximina
b. Loperamida
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c. Lupiprostone
d. Mesalazina
e. Sulfalazina
4. A doença diverticular dos cólon acomete até 80% dos adultos com mais de 80 anos, sendo uma
doença mais comum no ocidente, com incidência progressiva conforme a idade. A maioria dos
casos é adquirida e assintomática e as complicações ocorrem em uma minoria dos pacientes.
Sobre a DDC, assinale a alternativa incorreta:
a. A baixa ingesta de fibras, menor volume do bolo fecal, aumento da pressão intraluminal
(menor motilidade) e uma menor elasticidade da parede intestinal são fatores relacionados
com a fisiopatologia da DDC.
b. Disbiose, obesidade, sedentarismo, tabagismo, DM, HAS, uso de drogas e medicamentos
são fatores de risco envolvidos na DDC.
c. A ingesta de sementes como abóbora e gergelim está relacionada com o desenvolvimento
da doença diverticular.
d. 15 a 30% dos pacientes são sintomáticos e referem dor em baixo ventre ou quadrante
inferior esquerdo com piora progressiva, astenia, hiporexia, diarreia ou disenteria.
e. A diverticulite ocorre a partir da hiperproliferação bacteriana ou obstrução da base do
divertículo e pode evoluir com complicações como abscesso, obstrução, perfuração e
formação de fístula, sendo a mais comum a colo-vesical.
5. A doença diverticular não complicada cursa com sinais e sintomas inespecíficos, como episódios
de dor abdominal que melhoram com evacuação e flatos e pode se apresentar sem anormalidades
no exame físico. Sobre o diagnóstico da DDC, assinale a alternativa correta:
a. O exame padrão ouro para o diagnóstico da diverticulite é a tomografia computadorizada
e em casos agudos não devem ser realizado exames invasivos como a colonoscopia.
b. Na doença diverticular sintomática não complicada devemos solicitar primeiramente uma
TC.
c. Na DDC sintomática recorrente e na vigência de complicação deve-se solicitar
colonoscopia, TC ou enema opaco.
d. Na classificação tomográfica de Hinchey grau II a conduta a ser seguida é a cirurgia de
Hartmann.
e. Mesmo no grau 0 de Hinchey a drenagem guiada por tomografia está indicada.
6. Sobre a doença diverticular dos cólons, assinale V ou F para as alternativas a seguir:
a. ( ) Graus de Hinchey III e IV, sinais de peritonite ou falha no tratamento clínico são
indicações para realização da retossigmoidectomia com colostomia terminal (cirurgia de
Hartmann).
b. ( ) O PCR é um marcador laboratorial utilizado para diferenciar a DDC da diverticulite,
além de ser utilizado para controle da terapêutica clínica.
c. ( ) A diverticulite aguda cursa com leucocitose e com a calprotectina fecal elevada,
sendo este segundo exame mais utilizado em âmbito ambulatorial e não de emergência.
d. ( ) O tratamento de DDC não complicada é essencialmente medicamentoso e envolve o
uso de AINEs, analgésicos e antiespasmódicos, mesalazina a partir do 2º episódio de
diverticulite e rifaximina (ATBC).
e. ( ) Paciente com dor abdominal contínua em quadrante inferior esquerdo, com sinais de
irritação local ou peritonite, inclui-se a diverticulite como hipótese diagnóstico e deve-se
solicitar a rotina laboratorial para abdome agudo e tomografia.
f. ( ) Todos os pacientes com classificação de Hinchey I e II são submetidos ao tratamento
cirúrgico da diverticulite.
g. ( ) Pacientes Hinchey III e IV, ou com falha no tratamento clínico ou instáveis
hemodinamicamente devem ser primeiro estabilizados e tratados conservadoramente para
depois serem submetidos à cirurgia de Hartmann.
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h. ( ) O tratamento percutâneo de urgência (drenagem de abscesso/peritonite purulenta) é
uma opção em casos de abscessos de 4 a 5 cm, estabilidade hemodinâmica em pacientes
com Hinchey II ou III.
7. O tratamento cirúrgico conservador da diverticulite é uma opção terapêutica em casos de
pacientes extremamente graves, nos quais a colostomia em alça é necessária para desviar o
trânsito intestinal para diminuir a pressão intraluminal e a inflamação. Sobre o tratamento
cirúrgico e as demais complicações da DDC, assinale a alternativa incorreta:
a. O tratamento em 3 tempos ou damage control consiste em ressecar o retossigmoide sem
reconstruir o trânsito e limpar a cavidade. Já o tratamento em 2 tempos consiste em uma
colostomia terminal com exclusão do reto e após alguns meses reconstruir o trânsito com
anastomose colorretal.
b. O tratamento em 1 tempo consiste em uma retossigmoidectomia com anastomose
colorretal e pode ser associada ou não com uma ileostomia protetora.
c. O tratamento cirúrgico eletivo é reservado para os pacientes que já passaram por mais de 3
episódios agudos, de alto risco de morbimortalidade, idosos, com sintomas crônicos,
imunocomprometidos ou com diverticulite do cólon direito.
d. A DDC pseudotumoral ocorre por uma hipertrofia da camada muscular decorrente e
episódios repetidos de inflamação e leva a oclusão ou sub-oclusão da luz intestinal.
e. A hemorragia digestiva baixa é uma complicação possível da DDC e ocorre mais
frequentemente em divertículos no cólon direito e em idosos em uso de anticoagulantes.
O tratamento inicial é a estabilização hemodinâmica e posteriormente realiza-se
colonoscopia com hemostasia, arteriografia seletiva com colectomia segmentar ou
colectomia total de emergência em casos de hemorragia maciça (>5ml/min) quando a
tomografia não encontrar a origem do sangramento.
8. Homem de 68 anos de idade dá entrada na emergência por queixa de sangue vivo em moderada
quantidade por via anal há 2 dias. Refere que já apresentou quadros semelhantes a este
previamente. PA = 90 × 65 mmHg; FC = 120 bpm; abdome sem alterações; toque retal: presença
de sangue vivo sem patologia orificial ou tumorações. Assinale a alternativa com a hipótese
diagnóstica mais provável para o Paciente.
a. Diverticulite colônica.
b. Varizes esofágicas.
c. Divertículo de Meckel.
d. Neoplasia de cólon sigmóide.
e. Diverticulose colônica.
CÂNCER COLORRETAL
1. A radioterapia neoadjuvante nos tumores de cólon:
a. É indicada apenas para os tumores de cólon ascendente.
b. É indicada apenas para os tumores localizados na transição retossigmoide.
c. É indicada apenas para os tumores restritos ao sigmóide.
d. Não é indicada.
2. Paciente 65 anos, masculino, apresentando alteração do hábito intestinal. Como história familiar,
apresenta pai falecido de câncer de próstata aos 70 anos, mãe falecida de câncer de colo de útero
aos 80 anos, avô paterno e primo por parte de mãe falecidos por câncer de cólon com 60 e 50
anos respectivamente. Realizou colonoscopia que evidenciou lesão estenosante na junção
reto-sigmoidiana, 3 pólipos em reto e 5 pólipos em sigmoide. O resultado histopatológico da lesão
estenosante foi adenocarcinoma de cólon moderadamente

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