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Caso clínico - Sistema digestório História da Moléstia Atual Paciente refere que iniciou dor abdominal aguda difusa em região periumbilical há 2 dias, de caráter progressivo, intensidade 5/10, sem irradiação ou fatores de melhora ou piora, associada a anorexia, náuseas e múltiplos vômitos. Nas últimas 12 horas, relata que houve migração da dor, aumentando a intensidade para 9/10. Relata sensação de corpo quente, porém não mensurou temperatura. Nega leucorréia (corrimento), disúria (dor ao urinar) ou hematúria (sangue na urina). Antecedentes pessoais G0P0A0 (gestação 0, parto 0 e aborto 0), DUM (data da última menstruação), 19/09/2016. Nega internamentos prévios ou hemotransfusões. Apresentou cartão vacinal completo. Nega DM (diabetes), HAS, tuberculose ou neoplasias. Antecedentes familiares Mãe hipertensa, pai falecido de IAM aos 60 anos Hábitos de vida Refere ser heterossexual, possuir parceiro fixo há 2 anos e fazer uso de preservativo, anticoncepcional oral regularmente. Exame físico Encontra-se em REG, LOTE, fácies de sofrimento agudo, ativa no leito, anictérica, acianótica, mucosas coradas. Dados vitais: FC 104 bpm, FR 22 ipm, PA 110 x 80 Tax: 38,2 ºC Aparelho gastrointestinal: Abdome plano, ausência de abaulamento, lesões ou pulsações visíveis, cicatriz umbilical intrusa. RHA presentes. Difusamente timpânico. Dor à apalpação superficial e profunda na fossa ilíaca direita. Sinais de Blumberg, Rovsing Aparelho ginecológico: Ausência de dor a mobilização do colo no toque vaginal e na palpação bimanual, fluxo esbranquiçado fluido ao exame especular. Demais aparelhos: Sem sinais de alterações significativas Exames complementares Hb: 13,2 mg/dl (VR: 12 - 16) Ht: 45,1% (VR: 35 - 45) PCR: 76,22 mg/L (VR 5 mg/L) Leucócitos: 17.110 (Neu seg: 68,1%; bastões: 11,5%; Lin 8,1%; Mon: 7,4%) (VR: 4.500 - 11.000) Plaquetas: 251.000 (VR: 150.000 - 450.000) Função renal e eletrólitos Ureia: 21 (VR: 15 - 45) Creatinina 1,08 (VR: 0,6 - 1,2) Na: 135 mEq/ml (VR: 135 - 145) K: 3,4 mEq/ml (3,5 - 4,5) Discussão Diagnóstico final: Apendicite aguda Comentários para formulação diagnóstica: Trata-se de uma paciente jovem em idade fértil, 23 anos, do sexo feminino que refere dor em região umbilical iniciada há 3 dias com intensidade moderada, 5/10, que, há 12 horas evoluiu com migração da dor para a fossa ilíaca direita associada ao aumento da intensidade da dor para 9/10. Neste momento, é importante a pesquisa de sintomas relacionados ao trato gênito-urinário - leucorreia, disúria e hematúria - os quais, caso sejam negados, possibilitam o afastamento do diagnóstico diferencial da doença inflamatória pélvica e ITU (infecção de trato urinário). Ademais, faz-se necessária a pesquisa da data da ultima menstruação (DUM) e dos hábitos sexuais. A paciente em questão refere DUM 15 dias antes do atendimento, fato este que, associado a existência de um parceiro fixo há 2 anos + uso de preservativo e anticoncepcional oral regularmente, além de excluir diagnóstico de DIP afasta a possibilidade de gravidez ectópica rota. À partir deste momento, a principal suspeita diagnóstica é apendicite aguda. Ao exame físico, é importante se atentar à presença de febre, taquicardia e taquipneia, sinais que, associados ao suspeito foco infeccioso (apêndice) configura diagnóstico de sepse. Neste momento, é imprescindível a confirmação de tal foco para isso, realiza-se o exame físico do abdome onde nota-se dor às palpações superficial e profunda, bem como à presença dos sinais de Blumberg e Rovsing os quais corroboram com o diagnóstico de apendicite aguda. Por fim, a ultrassonografia realizada apresenta uma imagem com alterações da estrutura do apêndice como o aumento de suas dimensões maiores do que 6 mm. Apêndice vermiforme Tubo vermiforme localizado logo abaixo da junção ileocecal, no ceco. Com fundo cego Órgão imunitário secundário dotado de grande quantidade de glóbulos brancos, responsáveis pela defesa do organismo Acredita-se que sua principal função é de mantes a flora intestinal saudável Apendicite Obstrução - fecalito - parasita Déficit de O2 Proliferação de bactérias Peritonite Manifestações clínicas Dor em fossa ilíaca direita (83,5%) Náuseas e vômitos (80,3%) Anorexia (61,6%) Dor generalizada (34,7%) Parada na eliminação de gases e fezes (28,3%) Diagnóstico Geralmente com base no quadro clínico, hemograma e exame físico, utilizando como exames complementares: RX simples do abdome, ultrassonografia e tomografia computadorizada. Tratamento Cirúrgico Antibioticoterapia Perguntas Em qual quadrante abdominal situa-se o apêndice vermiforme? Região inguinal direita Relate o caminho que o alimento percorre desde a boca até o canal anal O alimento é triturado na boca, deglutido, passa pelo esôfago e cai no estômago onde ocorre a digestão de alguns lipídeos e proteínas além de uma pequena absorção. Depois o bolo alimentar agora denomina de quimo, vai para o duodeno, onde sofre ação da bile e suco pancreático, posteriormente vai para o jejuno, depois íleo, sendo encaminhado para o intestino grosso onde sofrerá a absorção. Depois o bolo fecal formado é encaminhado para o canal anal e descartado em forma de fezes. Quais são as diferenças entre o intestino grosso e delgado? No intestino delgado o bolo alimentar sofre ação de enzimas para degradar as macromoléculas em micromoléculas, já o intestino grosso com suas vilosidades promove a absorção de nutrientes, não havendo uma ação enzimática. Quais são as divisões anatômicas do estômago? Cárdia, fundo, corpo, antro e piloro Relate 5 patologias que acometem o sistema digestório? Gastrite, apendicite, refluxo gastroesofágico, constipação intestinal, esteatose hepática.
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