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Seguridade Social - Origem e Evolução Conceituação Organização Princípios Constitucionais

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Seguridade Social
(INSS)
Sumário
1.1 ORIGEM E EVOLUÇÃO LEGISLATIVA NO BRASIL	1
1.2 CONCEITUAÇÃO	4
1.3 ORGANIZAÇÃO E PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS	4
(Resumo baseado em aula do GranCursos)
Este é um tópico de característica mais doutrinária.
A Origem da Proteção Social começou de uma forma mais limitada e foi recebendo amplitude até chegar no que temos nos dias de hoje.
Há 3 fases históricas que demarcam essa evolução:
• Até o advento das “Leis dos Pobres” (1601), a proteção das pessoas necessitadas se dava no âmbito familiar/ comunitário através da Assistência Privada.
	Nessa época, a assistência às pessoas que necessitavam se davam pelos próprios chefes de família ou pela comunidade.
• Com o surgimento da “Lei dos Pobres”, surgiu a Assistência Pública (onde houve uma intervenção muito forte da Igreja para materializar essa proteção) destinada às crianças, aos velhos, inválidos e desempregados.
• Iniciou em 1883, quando Otto von BISMARCK instituiu o primeiro Sistema de Seguro Social (ORIGEM DA PREVIDÊNCIA SOCIAL).
Por que foi instituído esse seguro social?
R.: Fruto de um capitalismo mais exacerbado, reflexo da Revolução Industrial, com inúmeros trabalhadores vítimas de acidentes – condições precárias de trabalho. Dessa forma, para evitar um clamor social que pudesse ensejar uma revolução social, os governantes decidiram criar um seguro social, porém de caráter restrito ao grupo de trabalhadores.
• Essa proteção criada abrangia: seguro-doença, seguro de acidentes do trabalho, seguro de invalidez e proteção à velhice.
• Financiado por contribuições dos empregados e empregadores.
• Em 1941, houve a instituição do Plano BEVERIDGE, do inglês William Henry Beveridge, que se destina à proteção social de caráter universal que ele chamou “do berço ao túmulo”.
• Diferente do anterior, não era restrito apenas aos trabalhadores, mas sim a toda sociedade.
• Fundado na solidariedade.
• Tríplice fonte de custeio: Estado, trabalhador e empregador.
EVOLUÇÃO LEGISLATIVA NO BRASIL
O Brasil apresentou uma evolução legislativa compatível com essa origem e evolução histórica apresentada anteriormente.
Fazendo um paralelo…
1ª FASE: ASSISTÊNCIA SOCIAL (no Brasil)
• 1543: Criação da Primeira Santa Casa (implantada pelos portugueses para promover essa Assistência Social);
• 1824: CF passa a prever os socorros públicos enquanto ação de natureza assistencial (art. 179, XXXI, CF de 1824);
• 1835: MONGERAL (previdência privada, sistema mutualista); > os servidores da época resolveram se unir e criar uma previdência privada para a sua própria classe.
1º ATO NORMATIVO A TRATAR DA SEGURIDADE SOCIAL NO BRASIL
• 1891: a CF prevê a aposentadoria por invalidez decorrente de acidente em serviço do servidor; (conhecida como “graciosa”, porque ainda não havia contribuição desse servidor);
• 1919: 1ª Lei de Acidentes do Trabalho (seguros privados); > o empregador dessa época estava obrigado a contratar uma seguradora privada para proteger seus trabalhadores na hipótese de ser vítima de um acidente. Então, não havia uma proteção pública/ do Estado para proteger esses indivíduos, mas sim privada.
2ª FASE: SEGURO SOCIAL (no Brasil)
• 1923: LEI ELOY CHAVES (Decreto Legislativo 4.682) > marco extremamente relevante que tem grandes chances de ser cobrado.
- Essa lei é conhecida como o MARCO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL NO BRASIL, porque ESTRUTUROU o sistema previdenciário através das CAPs.
- Ou seja, modalidade de Seguro Social (proteção restrita a um grupo determinado de pessoas)- fazer paralelo com a lei instituída por BISMARCK.
Por isso que INSS significa “Instituto Nacional de Seguro Social” > é uma adequação da segunda fase evolutiva.
- Houve a criação de CAPs (Caixas de Aposentadorias e Pensões) que eram destinadas a trabalhadores de certas empresas do setor ferrovias.> Natureza privada: contribuição das empresas e dos trabalhadores.
• 1926: Houve uma extensão dessas CAPs aos portuários e marítimos (note que também são atividades voltas ao transporte). > mantém a mesma metodologia: proteção restrita a um determinado grupo de trabalhadores de uma certa empresa.
• 1928: Houve mais uma ampliação dessas CAPs aos trabalhadores dos serviços telegráficos e radiotelegráficos.
• 1933: GOVERNO GETÚLIO VARGAS:
- Estatização do Sistema Previdenciário, porque se passou a ter Institutos de
Aposentadorias e Pensões (IAPs) no lugar das CAPs > MAIOR AMPLITUDE
Não era mais somente por empresa, mas sim por categoria profissional. > Marítimos, bancários, industriários, etc.
• 1934: CF prevê a tríplice forma de custeio (GOVERNO, EMPRESA e TRABALHADOR).
• 1937: CF usa a expressão “Seguro Social”.
• 1960: A Lei Orgânica da Previdência Social – LOPS (Lei 3.807) unifica a legislação dos IAPs. → unifica a legislação.
• 1966: IAPs são unificados formando o INSTITUTO NACIONAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL (INPS)
→ os próprios institutos são unificados.
→ foi um passo importante para a amplitude dessa proteção social, uma vez que não se destina somente aos trabalhadores de uma empresa, mas sim a TODOS OS TRABALHADORES, com a criação do INPS.
• 1977: Criação do SINPAS (Sistema Nacional de Previdência e Assistência Social).
QUESTÃO - Q637743
Comentário: É correto dizer que a Lei Eloy Chaves é considerada o marco da previdência social no Brasil. Exatamente por isso, as bancas sempre tentam cobrar do candidato se ele sabe a diferença entre ser “o marco” e ser “a primeira”. Citemos como exemplo:
1891 – Constituição. Criou aposentadoria por invalidez para servidores públicos.
1919 – Seguro obrigatório de acidentes do trabalho.
Visto por outro ângulo, a Eloy Chaves pode ter sido a primeira a sistematizar a Previdência, mas não a primeira a tratar de Seguridade.
3ª FASE: SEGURIDADE SOCIAL (no Brasil)
• 1988: CONSTITUIÇÃO FEDERAL institui a Seguridade Social.
•1990: 2 anos mais tarde houve a criação do INSS (Decreto 99.350), mediante a fusão do IAPAS (Instituto de Administração Financeira da Previdência e Assistência Social)+ INPS (Instituto Nacional de Previdência Social).
1.2 CONCEITUAÇÃO
	Art. 194, CF/88. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social.
“PAS”
1.3 ORGANIZAÇÃO E PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS
	
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DA SEGURIDADE SOCIAL
PRINCÍPIOS GERAIS
São aqueles aplicados aos demais ramos do Direito como um todo. Por ex.: Igualdade, Legalidade e Direito Adquirido.
PRINCÍPIOS ESPECÍFICOS
	Art. 194, CF/88. Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade social, com base nos seguintes objetivos:
I - universalidade da cobertura e do atendimento;
→ A universalidade da cobertura é a previsão de que o sistema previdenciário deve garantir o máximo de cobertura em relação aos riscos sociais sofridos pela população. É um princípio OBJETIVO.
→ A universalidade do atendimento prega que a seguridade social deve atender todos os residentes no país, sendo vedada qualquer distinção. É um princípio SUBJETIVO.
*** ESTRANGEIRO TEM DIREITO À SEGURIDADE SOCIAL (Q637743 ) > no que diz respeito à saúde.
II - Uniformidade e Equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais; “Garantia de isonomia entre os trabalhadores urbanos e rurais” → Antes, os trabalhadores rurais eram discriminados, e não faziam parte do RGPS, mas sim de um sistema diferente, o FUNRURAL.
→ Decorre do princípio da igualdade, vedando também distinções entre as categorias. Até a Constituição Federal de 1988, existiam dois regimes de previdência: o Urbano e o Rural. Com a vigência da atual CF, os dois regimes de previdência foram igualados, pagando os mesmos benefícios (uniformidade) e garantindo o mesmo valor (equivalência).
III - Seletividade e Distributividade na prestação dos benefícios e serviços; > SE ENQUADRA MAIS NA ASSISTÊNCIA SOCIAL, JÁ QUE HÁ UMA SELEÇÃO DE QUEM NECESSITA.
→ A seletividade refere-se ao poder de escolha das prestações,dentre as possibilidades do sistema da seguridade social, considerando os riscos ou necessidades de maior abrangência social que merecerão cobertura, bem como os benefícios e serviços necessários para garanti-la.
→ Já o princípio da distributividade tem como finalidade balizar quais as populações poderão ter acesso a estes benefícios e serviços, na medida da necessidade de cada um. Pode-se dizer que é a distribuição aos mais necessitados em detrimento dos menos necessitados. Assim, quanto maior a necessidade, maior será a cobertura dos benefícios e serviços da seguridade social.
“Os fundos são limitados, então deve o legislador selecionar os riscos a cobrir e os destinatários a receber”.
QUESTÃO ACERCA DOS PRINCÍPIOS - Q409038
Comentário:
FALSO.
-Seletividade e distributividade servem como contrapeso à universalidade.
-Esta sim, a universalidade, aplica-se à Saúde.
A banca ocultou o termo "seletividade" o nome completo do princípio é "SELETIVIDADE e distributividade na prestação de benefícios e serviços". Portanto tem sua expressão maior na área de ASSISTÊNCIA SOCIAL e não na saúde, pois ele é o princípio que seleciona aqueles que precisam, ou seja, não é para TODOS mas para quem precisa.
IV - irredutibilidade do valor dos benefícios;
→ É uma garantia constitucional que pode ser definida em analogia à irredutibilidade dos vencimentos do trabalhador, prevista na CLT. O benefício será irredutível, mas isso não obsta que sofram reajustes periódicos, visando garantir que o seu poder de compra não seja defasado pela inflação.
→ O STF decidiu que esse princípio se refere ao valor NOMINAL dos benefícios.
V - Equidade na Forma de Participação no Custeio; (EFPC)
→ “Quem pode mais, paga mais”
→ Permite que a contribuição seja realizada de forma igualitária somente entre pessoas iguais (IGUALDADE MATERIAL).
“Cada um contribui de acordo com a sua capacidade”. Apesar disso, todos terão garantidos os seus benefícios ao final.
→ Se confunde com “CAPACIDADE CONTRIBUTIVA”.
VI - Diversidade da Base de Financiamento (DBF), identificando-se, em rubricas contábeis específicas para cada área, as receitas e as despesas vinculadas a ações de saúde, previdência e assistência social, preservado o caráter contributivo da previdência social;
→ Defende que para alcançar a universalidade da cobertura e do atendimento, é preciso que o sistema seja financiado com recursos vindos de várias fontes, mediante contribuições sociais incidentes sobre diversos fatos geradores, como folha de pagamentos, lucro líquido, etc.
→ A PALAVRA-CHAVE QUE RESUME A DIVERSIDADE DA BASE DE FINANCIAMENTO (DBF) É A SOLIDARIEDADE.
ATENÇÃO:
Art. 195, § 5º Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio TOTAL.
VII - caráter democrático (garantir a participação da sociedade no gerenciamento da seguridade social) e descentralizado (significa dizer que a Seguridade Social não é administrada por um único órgão, por ex.: Saúde – Ministério da Saúde, Previdência – Ministério da Previdência, Assistência Social – Ministério do Desenvolvimento Social) da administração, mediante gestão QUADRIPARTITE, com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos colegiados (GATE).
Princípio da Automaticidade das Prestações: A concessão de benefício, ainda que não conste prova do pagamento de contribuições previdenciárias, é possível no Regime Geral de Previdência Social, em relação a segurados empregados e contribuintes individuais prestadores de serviço a pessoas jurídicas. Q378719
PRINCÍPIO DA SOLIDARIEDADE
→ Não está expresso na CF. Mas é princípio norteador da Seguridade Social.
→ A solidariedade justifica o financiamento da Seguridade Social por toda a sociedade.
→ Quando falar em “Sistema de Repartição da Seguridade Social” é solidariedade.
ORGANIZAÇÃO
Tipos de Regime da Previdência Social
REGIME GERAL DA PREVIDÊNCIA SOCIAL (o que é cobrado no Edital do INSS – tópico 3)
RGPS
→ Caráter contributivo;
→ Filiação obrigatória;
→ Mais amplo (Responsável pela maioria dos trabalhadores);
Estudarei mais profundamente no estudo do tópico 3.
REGIME PRÓPRIO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL
RPPS
→ Os beneficiários são pessoas específicas:
• Servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios (CF, art. 40);
• Magistrados (CF, art. 93, VI);
• Membros do MP (CF. 129, §4º);
• Ministros e conselheiros de Tribunais de Contas (CF, arts. 73, §3º e 75);
• Militares (CF, arts. 42, §1º e 142, §3º X).
ATENÇÃO!
• Servidor público pode estar vinculado ao Regime Próprio e também ao Regime Geral.
– Ex.: servidor público que trabalha como professor em uma instituição privada.
• Caso o servidor público venha a exercer alguma atividade abrangida pelo RGPS, tornar-se-á segurado obrigatório.
Atividades concomitantes:
LBPS
Art. 11. § 2º Todo aquele que exercer, concomitantemente, mais de uma atividade remunerada sujeita ao Regime Geral de Previdência Social é obrigatoriamente filiado em relação a cada uma delas.
Por exemplo, um médico que trabalha em um hospital e em seu próprio consultório. Nessa situação, ele será empregado e também contribuinte individual.
• As atividades concomitantes podem ser de:
– Mesma espécie de segurado = 2 vínculos de emprego;
– Espécies distintas de segurado = empregado + contribuinte individual.
PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR
→ É facultativo;
→ O indivíduo pode entrar, permanecer ou decidir sair, conforme sua vontade.
→ É uma opção de investimento para completar a aposentadoria;

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