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Anatomia Juliana Almeida – Medicina UNIRIO Pelve • O tronco é constituído por quatro regiões anatômicas. o Tórax, abdome, pelve e períneo. Pelve Óssea › Ossos do quadril (ilíacos) anterior e laralmente; › Sacro e cóccix posteriormente. >> na posição anatômica, as espinhas ilíacas anterossuperiores e os tubérculos púbicos estão situados no mesmo plano frontal. >> a ponta do cóccix e a borda superior da sínfise púbica encontram-se no mesmo plano horizonatal. >> a face interna do corpo da pubis se volta mais superior do que posteriormente. >> a superfície pelvina do sacro encontra-se voltada mais inferior do que anteriormente. Cavidade Pélvica › Limite superior – estruturas ósseas: Borda superior da sínfise púbica. Ramo superior do púbis. Linha pectínea do púbis. Linha arqueada do ílio. Asa do sacro. Promontório sacral. › Limite inferior – estruturas ósseas. Borda inferior da sínfise púbica (anterior). Ramos inferiores do púbis (laterais). Tuberosidade isquiática. Ligamento sacro-tuberal (não é osso). Cóccix. Diâmetros da Abertura Superior e Inferior da Pelve › Anteroposterior. › Latero-lateral ou transverso. › Oblíquos direito e esquerdo. Classificação das Pelves De acordo com os diâmetros e suas posições. › Ginecoide – diâmetros antero-posterior (AP) e transverso muito similares. › Androide – pequeno domínio do diâmetro AP em relação ao transverso. › Antropoide – diâmetro AP bem maior que o diâmetro transverso. › Platipeloide – diâmetro transverso bem maior que o AP. >> formatos melhores para partos normais – ginecoide e androide. Principais Diâmetros › AP da abertura superior da pelve – da borda superior da sínfise púbica ao promontório. › AP da abertura inferior da pelve – da borda inferior da sínfise púbica ao cóccix. >>> esses dois diâmetros delimitam a cavidade pélvica. › Conjugado obstétrico – do ponto médio da superfície posterior da sínfise púbica ao promontório. › Conjugado diagonal – da borda inferior da sínfise púbica ao promontório. Ao exame físico vaginal, dá uma percepção do tamanho da abertura superior da pelve! › Das maiores dimensões pélvicas – do ponto médio da superfície posterior da sínfise púbica até a face mais côncava do sacro. › Das menores dimensões pélvicas – da borda inferior da sínfise púbica até a parte menos côncava do sacro. Parâmetros a Serem Considerados para o Parto Normal › Avaliação do diâmetro conjugado diagonal. › Avaliação do ângulo suprapúbico – quanto mais próximo de 90° melhor. › Avaliação do diâmetro das menores dimensões pélvicas – pela palpação lateral das espinhas isquiáticas (parede lateral da vagina). Quanto maior a distância entre as espinhas isquiáticas melhor. Junturas/articulações da Pelve › Lombossacral – entre a 5ª vértebra lombar e o sacro; › Sacrococcígica – entre o sacro e o cóccix (disco intervertebral); Reforçada pelos ligamentos sacrococcígicos dorsal, ventral e lateral. › Sacroílica – entre o sacro e o osso ilíaco lateralmente; Articulações sinoviais formadas pela união das superfícies auricular do sacro e do ílio – reforçada pelos ligamentos sacroilíacos: interósseos, ventrais e dorsais. › Sínfese púbica – anteriormente. Anel de fibrocartilagem que une a parte mais anterior do osso ílio. Paredes da Pelve A pelve possui três planos na sua parede: › Intermérdio – constituído pelos ossos, ligamentos e pelas articulações. Ossos: sacro e cóccix posteriormente e osso ilíaco lateral e anteriormentem Ligamentos: membrana obturatória, lg. sacro-espinais e sacro-tuberais. Articulações já mencionadas acima. › Interno – estruturas localizadas na face pelvina do plano intermédio. Constituído por mm. e fáscias que se fixam no plano intermédio, pelo peritônio (e reflexões) e por vasos sanguíneos e nervos, além de outras estruturas situadas entre o peritônio e as fáscias musculares. › Externo – mm. e fáscias superficiais ao plano intermédio; inclui os mm. glúteos e os mm. rotadores internos. Paredes Laterais – superfície interna › Parte óssea: relacionada à região do osso ilíaco situada inferiormente à linha terminal. › A maior parte delas se encontra coberta pelo músculo obtuatório interno e pela fáscia obturatória. › Transitam vasos e nervos: n. obturatório e ramos dos vasos ilíacos (arts e veias). › Sexo feminino: encontram-se o ureter e o ligamento redondo. › Sexo masculino: encontra-se o ducto deferente. Parede Posterior › É curva e sua parte superior está voltada inferiormente. › Formada pelo sacro e o cóccix – porções laterais estão cobertas pelos mm. piriforme e ísquiococcígeo e suas fáscias. › Aí, podem ser identificadas estruturas como: o Tronco Lombossacral, o plexo sacral e os ramos dos vasos ilíacos. >> tronco lombossacral: formada pelo união de fibras nervosas provenientes de L4 e de L5 – tem sentido vertical, o que facilita sua identificação; divide o plexo lombossacral em porção lombar (acima dele) e porção sacral (abaixo dele). Assoalho Pélvico › Formado pelo diafragma pélvico. Constituído pelos mm. levantador do ânus (mais anteriormente) e ísquiococcígeo (mais posteriormente). › Esse diafragma que sustenta o peso das vísceras pélvicas, para que elas não se projetem para o períneo. >> porções do m. levantador do ânus: iliococcígeo, pubococcígeo e puboretal. >> as fibras do levantador do ânus lateralmente se fixam ao osso ilíaco e medialmente se fixam a uma estrutura específica localizada no plano mediano. › O diafragma pélvico é inervado pelo n. pudendo – formado por fibras nervosas provenientes de S2, S3 e S4. › Nessa região também está localizado o plexo lombo-sacral. >> plexo lombo-sacral – formado das raízes ventrais dos quatro últimos segmentos lombares (L2-L5) e dos quatro primeiros segmentos sacrais (S1-S4). Nervo Pudendo › Recebe contribuições de S2, S3 e S4 -> o responsável pela inervação da região perineal (motora e sensitiva). › Inerva: mm. do assoalho pélvico, mm. dos espaços perineais superficial e profundo, pele da região perineal e ao redor do pênis e do clitóris. Irrigação › Ramos das artérias ilíacas internas – ramos terminais das artérias ilíacas comuns. › Artéria sacral mediana. Se origina da aorta pouco antes dela emitir seus ramos terminais; Acompanha o sacro pela sua face anterior no plano mediano. › Artéria sacral lateral. Ramo da artéria ilíaca interna – do seu contorno posterior. Acompanha o sacro pela sua face anterior, passando lateralmente à sacral mediana. › Artéria ílio-lombar. Ramo da artéria ilíaca interna (sobe em direção à vértebras lombares e do ílio). >> ramos da artéria ilíaca interna que estão relacionados com estruturas nervosas e/ou ósseas da cavidade pélvica: › Artéria glútea superior. Emerge entre o tronco lombo-sacral e S1. › Artéria glútea inferior. Emerge entre S2 e S3. Entre a glútea superior e a pudenda interna. › Artéria pudenda interna. Passa internamente à tuberosidade isquiática. >> contorno anterior: › Artéria obturatória – acompanha o nervo obturatório no forame obturatório. › Artéria umbilical obliterada. Está parcialmente permeável (vermelha) e parcialmente obstruída (branca). Se encaminha para a parede do abdome. >> se dirige acima do piriforme – glútea superior; se dirige abaixo do piriforme – glútea inferior. >>> vascularização tripla do reto – artérias retais superior (r. mesentérica inferior), média (r. ilíaca interna) e inferior (r. pudenda interna). >> artérias uterina e vaginal são ramos da artéria ilíaca interna (normalmente são ramos diretos). >> artéria vesical superior é ramo da artéria umbilical obliterada -> irriga a bexiga. >> no sexo masculina há a vesical inferior, enquanto no feminino há a vaginal.> a parte inferior da bexiga feminina é vascularizada pela artéria vaginal. >> artéria vesical superior – ramo da umbilical obliterada. >> artéria vesical inferior – ramo da ilíaca interna.