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1 Introdução à Engenharia, Equipamentos e instalações Industriais Delmiro Antello 2 Leitura e Interpretação Fluxograma de engenharia P&ID Piping & Instrumentation Diagram O que é um Fluxograma de Engenharia ? É a representação esquemática de uma Planta de Processo, mostrando todos as Operações Unitárias, Tubulações, Instrumentação e Malhas de Controle bem como toda a segurança de processo envolvida (Respiro de tanques, Alivios de emergência e Válvulas de Segurança, etc..) Baseia-se em uma linguagem de símbolos que mostram a disposição detalhada de todos os componentes físicos de uma planta de processo, a sua sequencia relativa, além de permitir mostrar informações específicas de tecnologia e operação, instalação ou dados específicos de projetos através de notas inseridas em campo dedicado deste fluxograma. 3 O que o Fluxograma de engenharia nos fornece ? Mostra todas as conectividades entre os equipamentos de processo e como estão interrelacionados; Identifica Tanques, Vasos e demais Equipamentos (bombas, trocadores de calor, colunas, reatores, etc..) Identifica os Equipamentos “em linha”; Identifica os Equipamentos “fora de operação”, porém instalados na área Identifica os Serviços, Dimensões e materiais das Linhas; Identifica Isolamento térmico e Traçamento baseado em Vapor de água ou elétrico; Exibe o sentido de fluxo das linhas de processo e utilidades; Pode identificar alguns equipamentos elétricos bem como instrumentos (fluxo, etc..); Identifica elevações e/ou dimensões críticas; Identifica os dados de dispositivos de proteção de alívio ou de segurança (pressão de abertura, area de oríficio, dimensão e entrada e saída, etc..) Alerta para notas especiais, instruções, etc O que o Fluxograma de Engenharia nos fornece P&ID NÃO é… Desenho em escala Diagrama para Construção de Equipamentos Diagrama lógico de controle Diagrama funcional elétrico Documento que contém todas as informações de processo Atenção: Por razões de segurança, Informações sobre os dados de processo são encontrados nos documentos de Balanço de Massa e Energia, Estratégia de Controle de Processo, Folhas de especificações de equipamentos. 4 Exemplo de Fluxograma de Engenharia Representação Gráfica Equipamentos Todos os equipamentos, quer seja de Processo ou de Utilidades, de uma unidade operacional são exibidos nos P&ID’s e são devidamente identificados, através de letras (tipo) e números (cronologia). Esta identificação possue geralmente o nome de TAG, onde cada equipamento instalado deve ter esta identificação única O recomendado é que se insira dados básicos para uma possível avaliação do equipamento, a saber : . O “Tag Number” é exibido dentro do símbolo usado para ídentificar equipamentos, ou seja: dois círculos concêntricos . Especificação de tubulação das linhas conectados ao equipamento é identificado próximo ao símbolo do tag . Isolamento térmico e traçamento são mostrados abaixo do símbolo do tag Vale a pena salientar que este tipo de configuração varia de Fábrica para Fábrica no meio Químico/Petroquímico. 5 Representação Gráfica Equipamentos EXEMPLOS DE IDENTIFICAÇÃO DE EQUIPAMENTOS Prefixo Tipico de Equipamentos 6 Representação de Equipamentos Enquanto detalhes internos e externos são exibidos nas especificações dos equipamentos, muitas dessas informações devem ser mostradas nos P&ID’s, com certo grau de clareza, tais como: Bocais: Dimensão e identificação Bocas de Visitas e outros acessos Número de registro do Vaso Jaquetas Tubo Pescador (Dip pipe) Agitadores Recheios Bandejas Set de pressão dos dispositivos de Alívio; etc Simbologia de Equipamentos 7 Simbologia de Equipamentos Simbologia de Equipamentos 8 Simbologia de Equipamentos Simbologia de Equipamentos 9 Numeração Tipica de Equipamentos Um dos Métodos utilizados para numeração de Equipamentos: Usar um número de 4 Dígitos onde: O primeiro dígito representa a área principal da unidade, tal como: Matéria Prima, Reação, Acabamento, Check-tanks, Estocagem, etc. O segundo dígito pode representar sub-unidades da área maior, ou seções do processo, exemplo: compressão, refrigeração, secagem, liquefação, etc O terceiro e quarto dígito – seqüencial – Para equipamentos numerados com 3 dígitos, usa-se o terceiro dígito, fazendo associação com a seção do processo) Sufixo, que pode ser Alfa-Numérico, apenas Alfa ou Numérico ou Numérico-Alfa, para designar equipamentos idênticos em paralelo, em série ou redundante. Exemplo - T-1010-A Não existe um sistema único e simples para numerar equipamentos. Qualquer que seja a escolha, deve-se observar: . O sistema existente de numeração da planta . Não incorrer em duplicidade de Tags (observar os existentes) . Usar a designação A/B para equipamentos com a mesma função (A-operando, B-parado,pronto para operar) . Sempre verificar se existe algum Requisitos Governamentais (Ex. ABNT) Numeração Tipica de Equipamentos Preferencialmente a numeração dos equipamentos secundários fica associada ao número do equipamento principal. Auxilia na localização do equipamento. 10 Bocais de Equipamentos Todos os bocais são identificados em todos os tipos de equipamentos. A identificação é feita através de uma caixa quadrada localizada próximo ao bocal. É única e deve conter, Letras +Número(se necessário) e o diâmetro Nominal. Bocas de Visitas e Bocais reservas devem ser identificados. A identificação dos bocais nos Fluxogramas de Engenharia/P&ID’s deve ser a mesma das Folha de Dados dos equipamentos. Notas de Know-how & Informações Críticas/Pertinentes Devem ser indicadas diretamente no corpo do Fluxograma de engenharia/P&ID ou através de notas de Know-how, tais como: • Comprimento de Linhas, • Conexões diretas, • Linhas inclinadas • Elevações críticas • Perna de Selo Líquido, • Linhas sem pontos baixos, etc • Materiais diferenciados, tanto metálicos como elatoméricos ou termoplásticos. • Items especiais tipo válvula de bloqueio especifica. Canaletas, Diques, Paredes/Prédios, Estações de Carregamento, Caminhões, etc, se são importantes ao processo, eles devem ser exibidos nos P&ID’s. 11 Tubulação Uma linha é um trecho do sistema de tubulação compreendida entre dois pontos definidos, ou seja: Conexão entre dois equipamentos Conexão de um equipamento com outra linha Conexão entre duas linhas Conexão entre um equipamento ou linha para dreno ou vent para atmosfera Header entre dois flanges ou tampões Conexões de/para analisadores de linha Tubulações são exibidas esquematicamente, mas não como elas são montadas fisicamente no campo. Nos P&ID’s de projetos, a locação relativa de Tie- Points (inserção de novas linhas em linhas existentes) é exibida. A tubulação que compõe o processo e itens esdpecificos são mostrados nos P&ID’s, tais como: •Drenos e Vents •Conexões, derivações, reduções, ect •Purgadores, Filtros em linha, Raquetes, figuras 8, etc •Válvulas, com a simbologia respectiva (gaveta, esfera, etc.) •Dispositivos de Alívio (PSV, ERV, PVRV) •Mangotes, conectores, juntas de expansão, etc Toda tubulação possui uma identificação única contendo: •Código do produto seguido do número de identificação da linha (único); •Diâmetro nominal (schedule 10,40,80,etc.); •Código da especificação de materiais; •Código de isolamento termico; •Código de traço de aquecimento (traçamento) •Identificação segundo a ABNT Comprimento da linha, isometricos e scketchs NÃO SÃO EXIBIDOS nos P&ID’s. Entretanto, elevações relativas, inclinações mínimas no traçado da linha e items relevantes de processo devem ser EXIBIDOS nos P&ID’s. Tubulação Linha de Processo Principal Linhas Auxiliares, de utilidades ou de Serviços Linhas Jaquetadas Acessórios (válvulas, reduções, purgadores, etc) 12 Tubulação – Identificando linha Tubulação – Representação de Válvulas 13 Tubulação– Representação de Acessórios diversos Tubulação – Representação e Identificação de Dispositivos de Alívio 14 Tubulação – Circulação de Linhas pelos Fluxogramas Instrumentação – Simbologia e Identificação Identificação e Simbologia dos Instrumentos ISA 5.1 é a referência padrão Representação dos elementos Primários / Controladores / Secundários Malha de Controle Sinal de Transmissão – Analogico e Discreto Segurança de Processo 15 Identificação dos Instrumentos Prefixos mais utilizados AE Analyzer Element AT Analyzer Transmitter CBV Computer Block Valve CV Computer Control Valve DT Density Tranmitter EBV Emergency Block Valve EV Electronic Valve (Solenoide) FE Flow Element FI Flow Indicator FIC Flow Indicating Controller FIT Flow Indicating Tranmitter FO Restrincting Orifice FS Flow Switch FT Flow Tranmitter HS Hand Switch I/P Currect to Pneumatic Transducer IT Current Transmitter JT Power Transmitter LT Level tranmitter LIT Level Indicating Transmitter LS Levcel Switch LT Level Transmitter PCV Pressure Regulator PDS* Differential Pressure Switch PDT Differential Pressure Tranmitter PI Pressure Indicator PIT Pressure Indicating Transmitter PS Pressure Switch PT Pressure Transmitter TE Temperature Element TI Temperature Indicator TS* Temperature Switch TT Temperature Transmitter ZS Status Contact ZSC Position Switch Close ZSO Position Switch Open ZT Position Tranmitter ZY Status relay 16 Localização dos Instrumentos Sinais de Transmissão 17 Padrões Padrões 18 Exemplos Exemplos 19 Exemplos Exemplos 20 Exemplo Exemplo 21 Bomba Centrífuga : Selada x Hermética Movimentação de Líquidos Na Indústria em Geral, o equipamento mais usual para transferência de Líquidos é a BOMBA CENTRÍFUGA, mostrada abaixo. Bomba Centrífuga : Selada x Hermética Conceito de Movimentação de Líquido A Bomba Centrífuga recebe o líquido a ser transferido, em uma caixa chamada de voluta, que trabalha totalmente cheia. Nesta Voluta temos o impelidor, conectado via um Eixo com o Motor Elétrico, que proporciona a movimentação do liquído manuseado. 22 Bomba Centrífuga : Selada x Hermética Tipo de impelidores envolvidos Aberto : . Vantagem patente no manuseio de liquídos com sólidos ou partículas em suspensão. . Desvantagem pois neste conceito permite recirculação interna acentuada na voluta da bomba, reduzindo a eficiência no bombeio e requerendo maior energia Fechado : . Vantagem relativa ao fato deste impelidor praticamente ocupar a voluta, com bom direcionamento de liquido à sucção da bomba, reduzindo a recirculação e aumentando a eficiência no bombeio, consumndo menos energia. . Desvantagem tipo é se o liquido bombeado possuir solidos ou partículas em suspensão, sofrerá entupimento facilmente e deverá ser parada para limpeza. Semi-aberto : . Vantagem deste impelidor é o fato de ocupar um bom espaço na voluta, pois é como de fosse um impelidor fechado divido ao meio. Manuseia liquídos com partículas facilmente. . Desvantagem deste tipo e que possue eficiência bem superior ao aberto, mas inferior ao fechado. Bomba Centrífuga : Selada x Hermética Conceito de Selagem Evitar o derramento de líquido para o Ambiente, “fechando” as passagens entre o Eixo rotativo e a Voluta da Bomba. Selagem Simples por Gaxetas : a mais simples e barata, porém não eficaz na selagem. É aplicada “enrolando-se” no Eixo e depois comprimida. . Selos Mecânicos : conjunto constituído de Anéis Elastoméricos ou Termoplásticos comprimidos ao eixo por meio de molas ou pressão. 23 Bomba Centrífuga: Selada x Hermética Bombas Centrífugas sem Selagem : Não existe como ocorrer o derramento de Líquido, ideal para a aplicação de bombeamento de alta toxicidade. Dois tipos de Bombas Herméticas : Canned ou Enlatada ; Nas figuras abaixo pode-se notar que o motor elétrico é “dividido”, com uma parte ligado a eletricidade e a outra parte, separada por uma “lata” (316LSS ou HastC), imerso no líquido bombeado. Similar aos polos positivos x negativos, a parte interna rodará e está conectada via eixo ao impelidor. Bomba Centrífuga : Selada x Hermética Magnetic-Drive ou Acoplamento Magnético; Tem-se um polo magnético conectado ao eixo do motor elétrico e o outro polo, separado por um “copo (can, HastC)” conectado via eixo ao impelidor. 24 Bomba Centrífuga - Tipica Curva Característica - Impelidor semi-aberto Goulds Pumps Dispositivos de Proteção - Equipamentos e Tubulação 15 Psig [1.034 Bar-g] Vaso de Pressão [Válvula de Segurança] •ASME Section VIII [> 15 Psig/1.034 Bar-g] •API RP520 •NR13 Tanques de Estocagem [Válvula de Respiro – Alívio de Emergência] •API 620 & API 650 (< 15 Psig/1.034 Bar-g) •API 2000 (ISO 28300 6th. Edition) 25 Dispositivos de ProteçãoTipico para Tanque de Estocagem Inflamáveis e Combustíveis Dispositivos de Proteção - Tipico para Tanque de Estocagem Dispositivos de Respiro de tanque API, necessário devido a variação de temperatura dia x noite, variando a densidade do produto, causando expansão x contração interna, entrando x saindo gas. Previne o colapso do tanque. Dispositivo de Alivio de Emergência API, aplicado em caso de fonte de energia externa, geralmente fogo. Sua função é impedir que o tampo do tanque se projete devido a aumento da pressão interna, expondo o produto estocado. 26 Dispositivos de Proteção para Vasos de Pressão - Válvulas de Segurança Um compressor centrífugo é um turbocompressor ou compressor dinâmico que tem um design radial. Essa configuração funciona em pressão constante, o que significa que o desempenho é afetado principalmente por temperaturas de entrada e outros fatores externos. Ele funciona desenhando gas no núcleo de um impulsor rotativo com lâminas radiais. O gas é empurrado para o centro pela força centrífuga, resultando assim em pressões crescentes e energia cinética. Essa energia é então convertida em pressão, passando por um difusor e voluta. Um compressor recíproco utiliza pistões para comprimir o gas e tem um design que se assemelha ao de um motor de combustão interna. Estes pistões ajustam-se dentro dos cilindros e são centrais para a função primária do compressor. Para a compressão, os pistões recuam à medida que o gás é injetado de uma válvula de admissão no compressor. Depois que o gás é injetado nos cilindros, é comprimido pelo movimento recíproco dos pistões. Compressores centrífugos normalmente têm eficiência politropica superior. Estes compressores também não requerem tanta manutenção quanto compressores recíprocos. Os compressores recíprocos operam com eficiências muito melhores do que os compressores centrífugas quando a razão de compressão é superior a dois. Estes compressores também são mais fáceis e baratos de reparar. Operacionalmente, compressores centrífugos e recíprocos têm faixas variadas de volume e pressão. Por exemplo, compressores recíprocos lidam com ar pulsante em uma taxa de pressão muito maior. O que isso significa é que eles não são capazes de lidar com quase tanto volume de ar quanto compressores centrífugos. Compressores recíprocos têm uma operação multiestágio. Embora vantajosos para uma grande variedade de aplicações, os sistemas multiestágios também encontram muitos problemas, e é por isso que eles exigem mais manutenção do que os centrífugos. Compressores centrífugos são muito melhores para operações de baixa pressão e alta descarga porque funcionam em uma taxa constante. A razão de compressão também é muito menor em torno de um e quatro, enquanto os compressores recíprocos são em torno de cinco e oito. Uma compressão recíproca é muito mais flexível do que compressores centrífugos e funciona melhor com as pressões variando. Aplicação de Compressores Centrífugos e Alternativos 27 O trocador de calor casco e tubo é constituído por um conjunto de tubos montados em paralelo, com suportação externa para garantir o espaçamento dentre os tubos. Esta suportação basicamente é feita pelas proprias chicanasde cruzamento, além dos espelhos nas extremidades. O trocador de calor da placa é composto por um conjunto de placas retangulares de transferência de calor metálico fino, e a placa é fixada e montada no suporte por uma moldura. Os revestimentos de borda de duas folhas adjacentes são pressionados por juntas (feitas de elastômeros, PTFE, etc.), e os cantos das folhas têm orifícios redondos para formar uma passagem de fluido. A diferença mais importante entre o trocador de calor da placa e o trocador de calor casco –tubo são altos coeficientes de transferência de calor. Consequentemente atende o serviço térmico com menor área de troca térmica requerida. Isto se deve ao fato de no trocador de placas o vão entre as placas ser ao redor de 3mm, numa serie de canais, propiciando um alto contato entre os fluidos frio x quente, tornando o coeficiente de película cerca de 10x maior que o de casco-tubo. Aplicação de Trocadores de Calor : Casco-Tubo e Placas A torre de destilação opera sob o conceito de diferença de ponto de vaporização/ebulição, representado pela volatilidade relativa e energia fornecido por fonte externa de calor que é o Refervedor de fundo. Completa-se a Torre pela condensação total da mistura leve, em que tem-se o chamado refluxo, obtido de acordo com a qualidade da mistura leve. Para que ocorra a separação entre o leve e o pesado é necessário determinado número de estágios de separação. Todo este conceito é garantido pelo conjunto de internos da coluna, em que o principal são os pratos de separação. Seriam dotados de altura de coluna de liquido na qual é borbulhado o vapor do mesmo liquido, por dispositivos chamados de válvulas. Estas garantem formação de bolhas para a transferência de massa. A torre de absorção/desorção usa o conceito de transferência de massa via filme interno distribuído pelo chamado recheio randômico. Usa o conceito de equilíbrio na interface gás-líquido. O liquido a ser tratado é alimentado no topo da coluna e no fundo da mesma é alimentado o gás. Aplicação de Torres : Destilação e Absorção/Desorção
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