Buscar

A Formação dos Reinos Bárbaros

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 51 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 51 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 51 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

A Formação dos Reinos Bárbaros
Os romanos chamavam todos os povos que habitavam além de suas fronteiras de bárbaros.
Apesar disso, permitiram que muitos dos povos bárbaros ocupassem parte de seu território. Na qualidade de aliados, eles ajudaram a defender as fronteiras contra invasões inimigas, além de cultivarem as terras e criarem animais.
Os reinos bárbaros
A história política da Europa Ocidental na Alta Idade Média é dos reinos bábaros de origem germânica, formados a partir do século V dentro dos limites do antigo Império Romano do Ocidente.
São eles: vândalos, ostrogodos, lombardos, visigodos, francos, saxões e anglos.
O Reino Franco 
A Gália
Conquistada pelo general romano Júlio César, no século I a.C., era uma região bastante povoada.
Por um longo tempo, a região dominada pelos romanos, ficou protegida contra as invasões. Entretanto, no princípio do século V, um povo de origem germânica invadiu a Gália. Eram os francos.
Gália
Os Merovíngios (481-751)
Clóvis, neto de um chefe tribal chamado Meroveu, foi o primeiro rei dos francos (481-511), fundador da Dinastia dos Merovíngios.
Sob sua liderança, os francos criaram o mais importante de todos os reinos bárbaros.
Antes de Clóvis, as tribos francas formavam dois grandes grupos: os francos sálios e os francos ripuários. Depois de assumir a chefia dos francos sálios, Clóvis incorporou os francos ripuários. 
O batismo de Clóvis foi realizado em Reims, juntamente com 3000 de seus guerreiros. Essa cerimônia religiosa trazia embutido um importante significado político: a maioria da população da Gália (galo-romanos) era cristã, e Clóvis compreendera que somente convertendo-se ao cristianismo conquistaria total apoio de condes cristãos e bispos. 
Batismo de Clóvis
Assim, a Igreja tornou-se aliada na expansão do poder de Clóvis.
Visigodos e borgúndios haviam adotado o arianismo (Jesus Cristo seria criado por Deus e não teria natureza divina)- uma heresia condenada pela Igreja. Por essa razão, as guerras de Clóvis para unificar a Gália contaram com o apoio do próprio Papado, interessado na supressão daquela heresia.
As divisões do Reino dos Francos (511-687)
Com a morte de Clóvis, em 511, o Reino dos Francos foi dividido em quatro partes, de acordo com o costume germânico de repartir as propriedades do falecido entre seus filhos varões, sem levar em conta a primogenitura. A partilha enfraqueceu a monarquia franca, uma vez que os herdeiros passaram a lutar entre si.
Seguiram-se unificações parciais e novas divisões, com os Merovíngios se digladiando constantemente.
A Gália permaneceu dividida durante um longo período, excetuando-se o reinado de Dagoberto I, que estabeleceu que os reis francos teriam um único sucessor. Os Estados francos mais importantes eram a Austrásia e a Nêustria.
Os prefeitos do palácio (640-751)
Após a morte de Dagoberto, o poder dos Merovíngios entrou em declínio. Os soberanos desse período, tanto da Nêustria como da Austrásia, não cumpriam suas funções administrativas delegando sua autoridade a um alto funcionário: o prefeito do paço (palácio) ou major domus. Os prefeitos assumiram o poder de fato e marginalizaram os reis- conhecidos desde então como reis indolentes.
Na Austrásia, Pepino de Héristal conseguiu que o cargo de major domus se tornasse hereditário. Em 687, ele venceu em batalha o major domus da Nêustria, estabelecendo uma união de fato entre os dois reinos. Seu filho, Carlos Martel, em 721, unificou definitivamente os reinos da Austrásia e da Nêustria, impondo-lhes um monarca único.
Carlos Martel
Constituiu-se então a entidade geopolítica que ficaria conhecida pelo nome de França. Carlos ganhou o apelido de Martelo depois de esmagar os árabes em Poitiers (732) (Batalha de Poitiers), detendo o avanço do Islã sobre a Europa.
Com a morte de Carlos Martel, em 740, tornou-se prefeito do paço seu filho Pepino, o Breve. 
Em 751, contando com a aprovação papal, Pepino internou o último Merovíngio em um convento e se fez aclamar rei dos francos, em Soissons. A coroação foi realizada pelo papa Estêvão II, para enfatizar a origem divina do poder real.
Em retribuição ao apoio do pontífice, Pepino comandou uma expedição à Itália contra os lombardos, que ameaçavam Roma e o Papado.
Coroação de Pepino, o Breve 
As terras tomadas aos lombardos foram doadas por Pepino à Igreja, formando o Patrimônio de São Pedro- núcleo de futuros Estados da Igreja.
O Império Carolíngio (800-843)
Quando Pepino faleceu, em 768, o trono foi compartilhado por seus filhos Carlos e Carlomano. Este morreu três anos depois, e Carlos passou a reinar sozinho.
Carlos Magno foi o mais guerreiro dos governantes cristãos da Alta Idade Média. Sob o pretexto de expandir a fé cristã, levou a guerra aos muçulmanos da Espanha e aos pagãos da Germânia.
Na Itália, reabriu a luta contra os lombardos, submetendo-os e tomando-lhes a Coroa de Ferro (coroa contendo um aro interno de ferro que segundo a tradição, fora fundido com um dos cravos que crucificaram Jesus). O território dos lombardos foi incorporado aos domínios de Carlos, com o nome de Reino da Itália. Na Península Ibérica, ocupou uma larga faixa de terra além-Pirineus, ali criando a Marca da Espanha.
A mais violenta guerra de conquista e conversão
foi conduzida contra os saxões da Germânia. Tribos inteiras foram aniquiladas. Carlos conseguiu estender sua autoridade a uma vasta região, correspondente aproximadamente à Alemanha, Áustria e República Checa atuais.
Como fizera na Espanha, o soberano franco criou na Germânia algumas marcas (área de fronteira sob a administração civil e militar de um marquês), destinada a conter os ataques dos povos da Europa Oriental.
As conquistas de Carlos Magno expandiram o cristianismo e ampliaram a área de influência da Igreja. Grato ao monarca franco, o papa Leão III coroou-o em Roma, no Natal de 800, com o título de imperador dos romanos, sucessor de Constantino. Formalmente, renascia o Império Romano do Ocidente, desaparecido em 476. O novo estado ficaria conhecido como Império Carolíngio.
Coroação de Carlos Magno
Império de Carlos Magno
O Império foi dividido em condados- circunscrições administrativas governadas pelos condes e, na sua ausência, pelos vice-condes (viscondes). As fronteiras terrestres estavam divididas em marcas, governadas pelos marqueses. Inspetores imperiais denominados missi dominici circulavam pelo Império, fiscalizando a atuação não só dos condes e marqueses, mas também dos bispos.
Urna com restos mortais de Carlos Magno
O fim do Império Carolíngio
Carlos Magno foi sucedido por seu filho, Luís, o Piedoso, o qual faleceu em 840. Sua morte marca o início da desintegração do Império, pois o trono foi disputado por seus filhos: Lotário, o mais velho e herdeiro legal do Império, Luís e Carlos.
Em 843, pelo Tratado de Verdun, o Império Carolíngio foi desmembrado: a França Ocidental, ficou para Carlos, o Calvo.
Luís, o Piedoso
A França Oriental, para Luís, o Germânico. Lotário, embora reconhecido como imperador e suserano dos irmãos, recebeu um extenso, mas estreito território, que compreendia a Itália Setentrional e depois se estendia até o Mar do Norte, acompanhando o Vale do Reno. À falta de uma denominação preexistente, esse Estado recebeu o nome de Lotaríngia (restrito mais tarde à faixa situada ao norte dos Alpes).
Lotário foi sucedido por seu filho Lotário II (855-869), que recebeu apenas o título de rei da Lotaríngia. Após sua morte, seus tios Luís e Carlos dividiram entre si o território ao norte dosAlpes, ficando a Itália Setentrional como um reino independente. Quanto ao título de imperador, foi concedido pelos papas a diversos membros da família dos Carolíngios, sem obedecer a uma linha sucessória regular. Em 924, a dignidade imperial perdera totalmente seu prestígio.
As duas partes remanescentes do Império Carolíngio, França Ocidental e França Oriental, dariam origem a dois grandes Estados europeus: França e Alemanha. Na França Ocidental (ou seja, a França propriamente dita), o poder dos grandes senhores (condes) era tão forte, que um deles, Roberto, o Forte, chegou a assumir o trono. Em 987, quando o último Carolíngio francês morreu sem herdeiros diretos, a nobreza aclamou rei o conde de Paris, Hugo Capeto, fundador da Dinastia dos Capetíngios.
Dinastia Capetingia
Na França Oriental (ou Germânia), o poder dos duques (chefes de grandes territórios) era muito grande. Em 911, quando o último Carolíngio germânico faleceu sem deixar sucessor, os duques decidiram fundar o Reino da Germânia, que seria uma monarquia eletiva e não hereditária. O primeiro rei foi Conrado, duque da Francônia. 
Henrique, o Passarinheiro, sucedeu a Conrado em 916.
Foi sucedido por seu filho Oto I, que recebeu do papa João XII o título de imperador, dando início ao Sacro Império Romano-Germânico.
Esse Estado, considerado sucessor do Império Carolíngio e do Império Romano do Ocidente sobreviveu por mais de oito séculos, até ser extinto por Napoleão em 1806.
As influências germânicas no Ocidente Medieval
O comitauts era um tipo de organização política temporária que se empreendia durante a ocorrência de alguma guerra ou conflito. Um chefe guerreiro era designado para comandar um grupo de soldados organizados contra a invasão de um outro povo guerreiro. Nesse acordo, o chefe do grupo militar prometia defender o interesse de seus comandados. Em troca, os comandados prometiam obedecer às decisões do chefe guerreiro. Esse tipo de relação social instituída pela lealdade influenciou na criação das relações de servidão; e suserania e vassalagem, presentes na Idade Média. 
Comitatus germânico
 A economia dos povos germânicos também estabeleceu uma série de práticas que foram desenvolvidas no interior dos feudos. A produção de riquezas era concentrada no uso das terras cultiváveis. A produção agrícola, o pastoreio e a caça eram as principais atividades desenvolvidas. A lógica da produção não era voltada para o acúmulo, mas para a subsistência da população local. O comércio era feito em baixa quantidade, sendo a grande parte feita a partir de trocas naturais. 
Outro traço característico da cultura germânica a se introduzir na Europa Medieval tem a ver com a organização social. Divididos entre guerreiros, homens livres inferiores e escravos, a sociedade germânica era desprovida de mecanismos capazes de permitir a ascensão social dos indivíduos. Na sociedade medieval essa mesma imobilidade era justificada pela influência cultural e ideológica exercida pela Igreja no interior dos feudos. 
As influências germânicas romanas no Ocidente Medieval
Entre os romanos, as mudanças causadas pela crise da sociedade escravista trouxeram uma série de práticas que também se instituíram no mundo medieval. A crise agrícola promovida pela falta de escravos incentivou a divisão das grandes propriedades em villas que se dedicavam ao consumo local e tinham suas terras distribuídas entre arrendatários que davam parte de sua produção ao proprietário das terras. 
Além disso, a desintegração das classes sociais romanas e a ruralização da população trouxeram à tona a formação de novos grupos sociais. Os colonos, que arrendavam as terras de um grande proprietário, poderiam ser antigos escravos, plebeus e clientes que não mais poderiam se servir da assistência do Estado, do poder econômico de um senhor, ou de práticas econômicas vinculadas ao comércio. Essa transformação proporcionou o aparecimento da vindoura e predominante classe servil da Idade Média. 
Suserania e Vassalagem
Uma opção de acesso a terra também poderia ser estabelecida por meio de um juramento de fidelidade. Nesse caso, dois nobres se reuniam para firmar um acordo em que um deles oferecia e o outro recebia a propriedade de um feudo. Do ponto de vista social, esse entendimento criava um tipo de contato que selava as chamadas relações de suserania e vassalagem.
Para que o laço entre o suserano e o vassalo acontecesse, era organizada uma reunião solene também conhecida como homenagem. Nessa ocasião, sob a presença de uma relíquia religiosa ou da Bíblia Sagrada, o nobre que doa a terra (suserano) e o recebedor (vassalo) seguiam uma série de liturgias. Geralmente, através da execução de um beijo e da entrega de um objeto que representava o feudo, os nobres estipulavam uma série de obrigações mútuas.
O vassalo devia serviço militar ao seu suserano, sendo desta forma obrigado a disponibilizar suas tropas sempre que houvesse necessidade. Por outro lado, o suserano deveria garantir a proteção de seu vassalo e ceder uma parcela de sua propriedade para o mesmo. Quando houvesse necessidade, o suserano poderia promover esse mesmo compromisso com outros vassalos. Da mesma forma, um vassalo poderia se tornar suserano de outros nobres que não detinham propriedade de terras.
Por conta desse processo de distribuição de terras e a autonomia política garantida a cada senhor feudal, podemos observar que as relações de suserania e vassalagem contribuíram para a descentralização do poder político na época. Por outro lado, vemos que essa mesma prática foi de importância fundamental para que os nobres de uma região assumissem a tarefa de proteger a mesma contra qualquer tipo de ameaça externa.
Suserania e vassalagem

Continue navegando