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As distocias são partos difíceis. Lembrando que 
existem fatores determinantes para o sucesso do 
parto, que podem ser causas de distocias: 
- Força do útero. 
- Trajeto. 
- Objeto. 
Riscos maternos e fetais 
Materno 
● Infecção- corioamnionite. 
● Lesões no assoalho pélvico. 
● Necroses musculares e fístulas. 
Fetal 
● Infecção. 
● Traumatismos. 
● Paralisia cerebral. 
● Óbito perinatal. 
ANOMALIAS NA FORÇA 
CONTRÁTIL 
Distocia Funcional 
Presença de anormalidade do fator contrátil e/ou 
dilatação do útero durante o trabalho de parto. 
Classificação das distócias funcionais: 
 Hipoatividade: primária ou secundária. 
- Caracteriza-se por trabalho de parto de 
evolução lenta, com contrações uterinas 
fracas ou ineficientes. 
- É a mais comum no primeiro estágio. 
- Diagnóstico: contrações fracas (<200-250 
MVU) ou infrequentes (< 3-4 em 10 minutos) 
- Conduta: ocitocina (melhora as contrações) e 
amniotomia. 
Hiperatividade: sem obstrução ou com obstrução. 
- Caracteriza-se por atividade uterina 
exacerbada, traduzida pelo aumento na 
frequência e na intensidade das contrações 
uterinas. 
- Conduta: analgesia precoce, amniotomia 
tardia, revisão do canal e observação do RN. 
- É um parto MUITO rápido e que oferece 
riscos para a mãe, como lacerações vaginais 
graves ou rompimento do esfíncter anal e/ou 
reto. No recém-nascido, pode causar TCE e 
hemorragia do parênquima cerebral, 
ocasionando convulsões. É um tipo de 
distócia não passível de correção. 
 
Hipertonia: polissistolia (vários focos de contração 
simultânea). 
- A contração contínua não deixa o bebê 
nascer, uma vez que para isso acontecer é 
necessário que antes o útero relaxe e após 
se contraia na sua totalidade. Ocorre nos 
macrossômicos, gemelares, polidrâmnios 
que aumentam o tônus devido a grande 
distensão. 
- Conduta: analgesia, amniocentese, 
amniotomia, suspender ocitocina. 
 Dilatação: caracteriza-se pela ausência de 
dilatação cervical (sem alterações por >4h com 
contração ou > 6h sem contrações) ou sua 
progressão lenta (>6 cm e menos que 1-2 cm/h), 
apesar da paciente apresentar contrações uterinas 
adequada à fase do trabalho de parto. 
- Incoordenação das contrações uterinas. 
- Conduta: analgesia, amniotomia, ocitocina. 
- Se D <1 cm/h por 2h em fase ativa: 
ocitocina + amniotomia 
- Se ausência de dilatação: cesárea 
OBS: As contrações param por volta de 6/7 cm 
devido ao estresse, que libera hormônios 
adrenérgicos os quais provocam uma incoordenação 
das contrações uterinas, retirando a tríplice 
gradiente descendente. A anestesia não faz a 
paciente dilatar por si só, mas sim promove a 
dilatação por suprimir a dor da paciente (inibição da 
sensibilidade à dor), cessação de liberação de 
catecolaminas e, por fim, retorno da dilatação. A 
analgesia de parto farmacológica ou não 
farmacológica (imersão, cromoterapia, cheirar 
lavanda) promove esse efeito. 
 ANOMALIAS DO 
TRAJETO/BACIA, VÍCIO 
PÉLVICO 
Distocia Óssea 
Parâmetros para definição de vício pélvico: 
● Estreito superior: conjugata vera obstétrica 
<10cm. 
● Estreito médio: diâmetro bi-isquiático 
<9,5cm. 
● Estreito inferior: bituberoso <8 cm (raro). 
Se a paciente tiver esse conjunto de achados e está 
com 40 semanas com peso gestacional adequado, o 
bebê não nasce de parto vaginal. 
Distocia de Partes Moles 
● Colo, vagina, vulva. 
● Tumores prévios: miomas (ex: região 
segmentar), carcinoma de colo, tumores de 
ovários, condiloma acuminado. 
Obstetrícia: 
Distócias de Parto 
OBSERVAÇÃO: somente retiramos o mioma 
intraparto se esse for subseroso, caso contrário há 
risco de hemorragia e consequente conversão para 
histerectomia. 
ANOMALIAS DE OBJETO 
● Tamanho fetal. 
● Distocia biacromial (de ombros). 
● Situação transversa (é um parto difícil). 
● Apresentação pélvica (cabeça derradeira). 
● Variedade de posição occipito posterior ou 
occipto transversa. 
Parto em OS - occipito posterior: a parte occipital 
se aloja na concavidade sacra, de tal forma que 
ocorre deflexão, o que aumenta o diâmetro 
anteroposterior do polo fetal. Geralmente nasce de 
parto vaginal, mas utiliza-se o fórceps para acelerar 
o parto. 
Síndrome de Erb Duchenne (lesão do nervo 
radial): Paralisia obstétrica que ocorre por lesão do 
plexo radial (estiramento) do bebê. “Sinal do pedinte 
de gorjeta”. 
Desproporção Cefalopélvica 
Quando existe desproporção entre o tamanho do 
feto relativa à pelve materna pode resultar em 
falência no segundo período do parto. Geralmente 
ocorre por mau posicionamento fetal ou variação de 
apresentação. Mas a verdadeira DCP é devido ao 
aumento da superfície fetal (teratoma, gêmeos 
siameses), bacia materna pequena ou deformada 
(após trauma) ou feto muito grandes. 
Diagnóstico: é feito clinicamente pela avaliação 
pélvica e evolução do parto. Uma ausência de 
progressão com dilatação > 7 cm é indicativa. 
Conduta: cesárea. 
Distocia De Espáduas 
Procedimentos segundo a FEBRASGO 
Diagnostica-se a distócia de ombros quando ocorre 
o desprendimento cefálico, sem progressão para 
desprendimento do diâmetro biacromial, após 60 
segundos (um minuto). 
1. Informar a gestante sobre as manobras a 
serem realizadas. 
2. Solicitar ajuda. 
3. Após 1 minuto do desprendimento cefálico, o 
assistente deve realizar a rotação externa da 
apresentação fetal (reconstituindo a rotação 
interna), e tracionar o polo cefálico com 
cuidado e firmeza, mantendo os parietais sob 
as palmas das mãos. 
4. Fazer a manobra de McRoberts: aumento 
do agachamento (na parturiente em posição 
vertical) ou hiperextensão das coxas sobre o 
abdome (parturiente deitada). 
 
5. Realizar a manobra de Rubin I, que consiste 
na pressão suprapúbica feita pelo auxiliar 
que estiver do lado do dorso/occipito fetal por 
30 segundos de forma contínua na diagonal. 
Se não houver sucesso, repetir por mais 30 
segundos. 
 
6. Se não resolver, realizar a manobra de 
Gaskin: coloca-se a parturiente em quatro 
apoios, o que aumenta o diâmetro 
anteroposterior da pelve. Nessa posição, o 
assistente deve repetir a manobra de tração 
do polo cefálico para desprendimento, desta 
vez através do ombro posterior (que estará 
visível anteriormente em quatro apoios). 
Resolve 80% das distocias. 
7. Tentar outras medida: posição de running 
start, Rubin II (rotação interna do ombro 
impactado), Woods (adução do ombro 
posterior não impactado, seguida da rotação 
do ombro em 180º) ou extração do ombro 
posterior (manobra de Jacquemier). 
 
 
8. Se nada resolver, medidas de resgate 
precisam ser iniciadas. Entre elas, incluem-
se a fratura de uma ou de ambas as 
clavículas fetais, a cesariana para resolução 
da distócia, a manobra de Zavanelli (que 
consiste em recolocar a cabeça fetal dentro 
do útero mediante anestesia geral com 
halogenados, e proceder para cesariana). 
 
OBS: após 7 a 8 minutos, o risco de danos 
neurológicos permanentes e morte neonatal é muito 
alto.

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