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REVISÃO
PSICODIAGNÓSTICO
Professora Liana Ximenes
Psicodiagnóstico 
• Psicodiagnóstico é uma avaliação psicológica, feita com propósitos 
clínicos e, portanto, não abrange todos os modelos de avaliação 
psicológica de diferenças individuais.
• É um processo que visa a identificar forças e fraquezas no 
funcionamento psicológico, com um foco na existência ou não de 
psicopatologia.
• O psicodiagnóstico é um estudo profundo da personalidade do ponto 
de vista clínico.
Psicodiagnóstico x Avaliação 
Psicológica
• Psicodiagnóstico - o conceito de avaliação psicológica é muito 
amplo, englobando em si o psicodiagnóstico. Este seria uma avaliação 
psicológica de finalidade clínica, e não abarcaria todos os modelos 
possíveis de avaliação psicológica.
• Avaliação Psicológica - avaliação psicológica envolve a integração de 
informações oriundas de fontes diversas, bem como testes 
psicológicos, entrevistas, observações, análise de documentos.
Avaliação Psicológica 
• Avaliação Psicológica é definida como um processo 
estruturado de investigação de fenômenos psicológicos, 
composto de métodos, técnicas e instrumentos, com o 
objetivo de prover informações à tomada de decisão, no 
âmbito individual, grupal ou institucional, com base em 
demandas, condições e finalidades específicas. 
Avaliação psicológica
• Na realização da Avaliação Psicológica, a psicóloga e o 
psicólogo devem basear sua decisão, obrigatoriamente, em 
métodos e/ou técnicas e/ou instrumentos psicológicos 
reconhecidos cientificamente para uso na prática 
profissional da psicóloga e do psicólogo (fontes 
fundamentais de informação), podendo, a depender do 
contexto, recorrer a procedimentos e recursos auxiliares 
(fontes complementares de informação). 
Uso de testes 
• A testagem psicológica não deve ser sinônimo de avaliação 
psicológica, mas uma etapa do processo.
• Teste psicológico é um instrumento que avalia (mede ou faz uma 
estimativa) construtos que não podem ser observados diretamente e 
uma Avaliação Psicológica não seria realizada apenas com testes, mas 
envolveria outras técnicas a partir da demanda do caso.
Fontes fundamentais de informação
a) Testes psicológicos aprovados pelo CFP para uso 
profissional da psicóloga e do psicólogo e/ou; 
b) Entrevistas psicológicas, anamnese e/ou; 
c) Protocolos ou registros de observação de 
comportamentos obtidos individualmente ou por meio de 
processo grupal e/ou técnicas de grupo.
Fontes complementares de 
informação
• a) Técnicas e instrumentos não psicológicos que possuam 
respaldo da literatura científica da área e que respeitem o 
Código de Ética e as garantias da legislação da profissão; 
• b) Documentos técnicos, tais como protocolos ou relatórios 
de equipes multiprofissionais.
Satepsi e ética
• Será considerada falta ética, conforme disposto na alínea c 
do Art. 1º e na alínea f do Art. 2º do Código de Ética 
Profissional da psicóloga e do psicólogo, a utilização de 
testes psicológicos com parecer desfavorável ou que 
constem na lista de Testes Psicológicos Não Avaliados no 
site do SATEPSI, salvo para os casos de pesquisa na forma 
da legislação vigente e de ensino com objetivo formativo e 
histórico na Psicologia.
Psicodiagnóstico
• Psicodiagnóstico é um processo científico, limitado no tempo, que utiliza 
técnicas e testes psicológicos (input), em nível individual ou não, seja para 
entender problemas à luz de pressupostos teóricos, identificar e avaliar 
aspectos específicos, seja para classificar o caso e prever seu curso 
possível, comunicando os resultados (output), na base dos quais são 
propostas soluções, se for o caso.
(CUNHA, 2007)
Psicodiagnóstico
• O psicodiagnóstico é o momento da atividade clínica que o 
profissional busca uma compreensão sobre o paciente e a questão 
que ele pode estar lhe apresentando. 
• Vai além da queixa e do sintoma, buscando a compreensão daquilo 
que se observa no encontro com o paciente, relacionando-o com o 
desenvolvimento e no momento de vida do sujeito.
(SILVA, 2006)
Visão tradicional
• Um psicodiagnóstico do tipo mais tradicional seria aquele realizado 
apenas adotando uma atitude que compara evidências de 
comportamentos com descrições nosológicas. 
• Esse modelo é coordenado pelo estatuto da doença, sendo a atitude 
do profissional como a de um detetive diante do crime. 
• É uma atitude classificatória embasada em padrões absolutos, 
impessoais e biológicos na qual todo o paciente é estigmatizado e o 
seu discurso desqualificado. 
(SILVA, 2006)
Fases do Psicodiagnóstico
• a) levantamento de perguntas relacionadas com os motivos da consulta e 
definição das hipóteses iniciais e dos objetivos do exame;
• b) planejamento, seleção e utilização de instrumentos de exame psicológico;
• c) levantamento quantitativo e qualitativo dos dados;
• d) integração de dados e informações e formulação de inferências pela integração 
dos dados, tendo como pontos de referência as hipóteses iniciais e os objetivos 
do exame;
• e) comunicação de resultados, orientação sobre o caso e encerramento do 
processo.
Finalidades do Psicodiagnóstico
• 1) Diagnóstico. A principal finalidade de um estudo psicodiagnóstico é a de 
estabelecer um diagnóstico. E cabe esclarecer que isto não equivale a "colocar um 
rótulo” mas a explicar o que ocorre além do que o paciente pode descrever 
conscientemente.
• 2) Avaliação do tratamento. Outra forma de utilizar o psicodiagnóstico é como 
meio para avaliar o andamento do tratamento. 
• 3) Como meio de comunicação. Existem pacientes com dificuldades para 
conversar espontaneamente sobre sua vida e seus problemas.
(ARZENO, 1995)
Finalidades do Psicodiagnóstico 
(continuação)
• 4) Na investigação. No que se refere à investigação, devemos distinguir dois
objetivos: um, é a criação de novos instrumentos de exploração da personalidade
que podem ser incluídos na tarefa psicodiagnôstica. Outro, o de planejar a
investigação para o estudo de uma determinada patologia, algum problema
trabalhista, educacional ou forense, etc. Neste caso, usa-se o psicodiagnóstico
como uma das ferramentas úteis para chegar a conclusões confiáveis e, portanto,
válidas.
(ARZENO, 1995)
Psicodiagnóstico: abordagens
• Abordagem ideográfica - tem a premissa fundamental de que os 
indivíduos são seres únicos e irrepetíveis . Seu objetivo é entender o 
ser humano individualmente, e baseia-se em um estudo intensivo 
sobre ele (também individualmente).
• Abordagem nomotética - Por sua vez, a abordagem nomotética é 
baseada na suposição básica de que os indivíduos são semelhantes 
entre si . Seu objetivo é obter leis gerais aplicáveis ​​à população. Sua 
metodologia é baseada no exame de grandes amostras de sujeitos e 
utiliza métodos correlacionais e experimentais.
Psicodiagnóstico: abordagens
• Quantitativa – Busca de mudanças quantitativas observadas 
através de testes objetivos. Avaliação de exagero ou ausência de 
comportamento/ características/ traços. 
• Qualitativa – avaliação da subjetividade. Os sujeitos são 
considerados como protagonistas do processo, 
expressando os seus valores, desejos e crenças. o desenho 
qualitativo é aberto, com a análise e a interpretação dos 
dados se conjugando no próprio pesquisador, que é quem 
integra o que se diz e quem o diz. 
Tipos de técnicas 
• Técnicas projetivas – Testes de personalidade concebidos para 
revelar emoções escondidas e conflitos internos através de 
respostas de um sujeito a estímulos ambíguos. as respostas são 
livres e o avaliando pode construir sua resposta. 
• Busca a captura do mundo simbólico do testando, mundo que, 
muitas vezes, é difícil de expressão através da linguagem verbal. 
• Ex: Rorschach, o teste de Apercepção Temática (TAT) teste de 
Apercepção infantil (CAT)
• Técnicas Objetivas – testes que têm por base a psicometria, 
as teorias da medida e nesse caso, os números descrevem 
os fenômenos psicológicos;
Tipos de técnicas
• Os testes psicológicos (psicométricos ou projetivos) 
refinam acapacidade do - profissional de captar e 
compreender indivíduos, grupos e fenômenos psicológicos. 
Enquadre
• Varia de conforme profissional, suas características pessoais e 
também conforme características do consultante => adapta-se 
a cada caso 
• Esclarece papéis, objetivos e limites 
• Lugar e horário, frequência dos encontros e duração do 
processo
• Honorários- Tempo de duração do psicodiagnóstico. 
HISTÓRIA DAS MEDIDAS 
EM PSICOLOGIA 
• Final do século XIX – trabalhos de Galton – introduziu o 
estudo das diferenças individuais
• Trabalhos de Catell – primeiras provas mentais
• Binet – exame mental por meio de provas intelectuais
• A estes autores é dada a paternidade do psicodiagnóstico 
Escalas Binet-Simon
• Junto com seu assistente Theodore Simon, Binet publicou 
a primeira versão do seu teste, em 1905. Que depois 
ganhou novas versões.
• Ele considerava que crianças com inteligência subnormal 
poderiam ser definidas em termos do quanto estavam 
atrasadas em anos. Uma criança de 5 anos com 
dificuldades poderia executar tarefas do nível de idade com 
04 anos, por exemplo. 
• Binet chamou o nível em que a criança se classificava de 
nível mental, termo que depois foi erroneamente traduzido 
por “idade mental”. 
Amostra dos testes dos níveis mentais 
de Binet e Simon
Idade Tarefas
03 anos Mostrar os olhos, o nariz, a boca; repetir uma oração; nomear objetos na 
ilustração
05 anos Copiar um quadrado; comparar duas caixas de pesos diferentes; repetir 
uma oração mais complexa
07 anos Copiar uma oração; Repetir cinco dígitos; Indicar omissões no desenho
09 anos Nomear os dias da semana; reter suas lembranças depois de uma 
leitura; arrumar cinco pesos na ordem correta
11 anos Criticar orações absurdas; colocar três palavras dadas numa oração; dar 
definições abstratas
13 anos Diferenciar sentidos das palavras; resolver problemas
Quociente Intelectual
• O psicólogo alemão Stern, em 1912, adequou a escala de Binet-
Simon criando a escala do Quociente Intelectual (Q.I), e com 
revisão do psicólogo estadunidense Terman. 
David Wechsler
(1896-1981)
• O norte-americano David Wechsler, que havia 
rejeitado o conceito de “idade mental”, publica 
suas escalas de inteligência para crianças e 
adultos, com avaliações verbais de desempenho 
em áreas como como compreensão verbal, 
memória e velocidade de processamento
• Um dos testes mais utilizados no mundo WAIS
• Primeira versão em 1938 – em um hospital de 
Nova York , 
TESTES PSICOLÓGICOS 
Testes psicológicos
• Testes não são limitados a contextos de pesquisa
• Atendem a necessidades práticas da sociedade
• Ferramentas que estão em constante aperfeiçoamento. 
• Testes costumam ser revistos e ter novas versões. 
Tipos de testes – diversos contextos 
• Testes de personalidade
• Testes vocacionais
• Testes voltados para escolas
• Testes para seleção
• Ganharam interesse dos hospitais, escolas, empresas, etc. 
• Surgiram por necessidades práticas da sociedade. 
Instrumentos de auto-relato
• Tais estratégias de avaliação incluem instrumentos de auto-relato e podem ser 
consideradas como medidas de sintomas ou de síndromes
• Um exemplo é o Inventário de Depressão de Beck, que é uma escala sintomática. 
Tipos: Entrevistas estruturadas 
• Historicamente, como o método mais antigo, individualizado e, portanto, 
não-estruturado, utilizado por psicólogos, psiquiatras e por seus 
predecessores, foi considerado não-fidedigno.
• a entrevista voltou a ganhar seu status na psiquiatria, num formato 
estruturado, com propriedades psicométricas bem estabelecidas e 
refletindo avanços recentes.
• Já na psicologia, a entrevista estruturada não teve tão grande aceitação, 
uma vez que, na avaliação com propósitos clínicos, o psicólogo, em 
princípio, não se limita a um único método (como a entrevista), mas tende 
a aliar enfoques quantitativos e qualitativos e, assim, consegue testar, até 
certo ponto, a consistência e a fidelidade dos subsídios que suas 
estratégias lhe fornecem, para chegar a inferências com grau razoável de 
certeza.
AULA 03 -
PSICOLOGIA 
CLÍNICA: AS 
DIFERENTES 
ABORDAGENS DO 
PSICODIAGNÓSTI
CO
Universidade Estácio de Sá
SDE4006
Professora Liana Ximenes
Psicodiagnóstico e Psicoterapia
• O prestígio da atividade psicodiagnóstica e sua 
consequente relação com a atividade psicoterapêutica, 
entretanto, tem variado ao longo do tempo, em um leque 
que abrange desde posições em que o psicodiagnóstico é 
considerado como a primeira e indispensável etapa da 
psicoterapia até posições que o consideram “inútil”, 
“desumanizante” ou “autoritário”. 
(Ari Pedro Balieiro Junior, 2005)
Psicodiagnóstico
• “Psicodiagnóstico é uma avaliação psicológica feita com 
propósitos clínicos; portanto, não abarca todos os modelos 
de avaliação psicológica de diferenças individuais
• Em outras palavras, o psicodiagnóstico é um tipo de 
avaliação psicológica estreitamente vinculado à prática 
clínica em saúde mental. 
• Assim, durante o século XX, o prestígio do 
psicodiagnóstico e a prática concreta das estratégias de 
avaliação psicodiagnóstica refletiram o debate teórico, que 
vem marcando o campo da saúde mental desde seus 
primórdios. (Ari Pedro Balieiro Junior, 2005)
MODELOS E ABORDAGENS
1) Positivismo - Ponto de vista objetivo
• Atuação inicial em psicodiagnóstico: possível 
chegar-se ao conhecimento objetivo de um 
fenômeno, utilizando metodologia baseada em 
observação imparcial e experimentação. 
• Modelo médico
• Modelo psicométrico
• Modelo comportamental - Behaviorismo
Modelo Médico
• Transposição do modelo médico para o modelo psicológico 
- Investigação de uma patologia ou dos aspectos 
patológicos do sujeito
• Psicopatologia: síndromes psiquiátricas
• Postura de distanciamento do examinador 
• Visando eficiência e objetividade – maior distância possível do 
paciente
Modelo Médico
• Uso de medidas 
• Objetivo dos testes: fornecer informações aos médicos como 
subsídios para determinar os diagnósticos psicopatológico
• Ênfase nos aspectos psicopatológicos – limitava o estudo e 
conhecimento sobre o sujeito.
Modelo Psicométrico
• Muda enfoque de detectar distúrbios e classificação 
psicopatológica, para estabelecer diferenças individuais e 
orientações específicas.
• Testes – campo de atuação exclusivo do psicólogo, garantindo 
identidade profissional.
• Detectar características genéricas do comportamento: 
identificá-las e classificá-las
Modelo Behaviorista
• Não utilizam o termo “psicodiagnóstico”, mas “levantamento de 
repertório” ou “análises de comportamento”.
• Postura positivista – homem pode ser estudado como qualquer 
outro fenômeno da natureza.
• Todo comportamento é aprendido e controlado por 
contingências ambientais
• Identificação de reforços
• Mudanças do ambiente
• Necessidade de um objeto de estudo observável e mensurável 
– comportamento observável único objeto de estudo da 
Psicologia.
• Comportamento humano é aprendido, pode ser modificado.
2) Ponto de vista subjetivo
• O ponto de vista subjetivo:
• Todo conhecimento é estabelecido pelo sujeito que conhece
• Presença da intencionalidade: o fenômeno determina e é 
determinado pelo mundo
• Homem não pode ser estudado como mero objeto – mundo não 
passa de um objeto intencional para o sujeito que o pensa.
• Métodos das ciências naturais não podem ser transpostos para 
as ciências humanas.
• Abordagens Humanistas
• Psicanálise
Abordagens Humanistas
• Evitar posições reducionistas ao lidar com o homem
• Manter visão global do homem e compreender seu 
mundo e seu significado.
• Insurgiram-se contra o diagnóstico psicológico– contra 
aspecto classificatório,- contra uso do indivíduo através 
dos testes
• Procuraram restituir ao ser humano sua liberdade e 
condições de desenvolvimento.
• Consideram que através do relacionamento com o 
cliente durante a psicoterapia ou aconselhamento 
alcançam uma compreensão
Abordagens Humanistas 
• No âmbito do psicodiagnóstico,os processos de tipo 
compreensivo buscam uma compreensão mais global do 
cliente, incluindo sua dinâmica intrapsíquica, intrafamiliar e 
sociocultural. 
• O psicólogo que trabalha com o modelo compreensivo de 
psicodiagnóstico procura compreender, junto com o 
cliente, o significado de sua experiência, identificar os 
fatores que estão impedindo seu desenvolvimento e 
encontrar os meios de lidar melhor com suas limitações. 
Não se dedica a pesquisar as causas dos problemas nem se 
fixam identificação de uma patologia.
(Poelman, 2014)
Rogers e o Psicodiagnóstico 
• A pergunta que Rogers se faz é: “Deve a psicoterapia ser 
precedida de um diagnóstico psicológico completo do cliente e 
desenvolvida a partir dele?” (Rogers, 1951, p.252)
• Sua resposta é: 
• O diagnóstico psicológico, da maneira como usualmente é 
compreendido, é desnecessário para a psicoterapia e pode, na 
verdade, ser prejudicial ao processo terapêutico. 
• Em seu livro Terapia Centrada no Cliente, Rogers rejeitou o uso 
do diagnóstico tradicional, conforme o modelo médico que visa 
a identificar no cliente uma patologia específica a partir de 
sintomas. 
• Ora, se, para Rogers, o objetivo da psicoterapia é a pessoa, não 
o problema ou quaisquer classificação, seja de normalidade ou 
de patologia, então o diagnóstico é desnecessário. 
Rogers e o Psicodiagnóstico 
• “Entro na relação, não como um cientista, não como um 
médico que procura diligentemente o diagnóstico e a cura, 
mas como uma pessoa que se insere numa relação pessoal. 
Enquanto eu olhar para o cliente como um objeto, ele 
tenderá a tornar-se apenas um objeto”. (Rogers) 
• Fundamenta-se a posição de Rogers, contrária ao uso do 
diagnóstico, segundo o modelo médico ou o psicométrico, 
como pré-requisito à psicoterapia. Ambos classificam as 
pessoas a partir de uma referência externa, contrariando o 
princípio de tomar como critério o campo de experiências 
do cliente (e não o do terapeuta). 
Teorias Humanistas
• Assumem visão holística
• Supõem que as pessoas são organismos integrados que 
não podem ser estudando partes componentes.
• Deve-se examinar como uma pessoa pensa, age e sente, 
examinar a maneira pela qual ela vive cotidianamente. 
• Os psicólogos dessa área dependem das observações 
clínicas para entenderem o sujeito. 
Abordagens psicanalíticas ou 
psicodinâmicas
As abordagens psicodinâmicas estão baseadas na ideia de que a personalidade é
motivada por forças e conflitos internos sobre os quais as pessoas tem pouca 
consciência e não possuem controle.
• Sigmund Freud, um medico austríaco, desenvolveu a teoria psicanalítica no inicio 
da década de 1900. 
• De acordo com a teoria de Freud, a experiencia consciente e apenas uma 
pequena parte de nossa constituição e experiencia psicológica. 
• Ele argumentou que grande parte de nosso comportamento e motivada pelo 
inconsciente, uma porção da personalidade que contem memorias, 
conhecimentos, crencas, sentimentos, desejos, impulsos e instintos dos quais o 
individuo não esta consciente.
Psicanálise
• No psicodiagnóstico:
• acentuou o valor das entrevistas como instrumento de trabalho,
• estudo da personalidade através da utilização de observações, técnicas 
projetivas.
• desenvolveu maior consideração da relação do psicólogo e cliente 
Psicodiagnóstico Tradicional
• é um processo psicológico voltado para o 
esclarecimento da demanda que mobilizou o paciente a 
buscar ajuda psicológica, com o objetivo de propor o 
encaminhamento mais adequado.
• Parte-se do pressuposto de que essa modalidade de 
prática psicológica visa esclarecer a demanda no 
momento de chegada ao serviço de psicologia para, em 
seguida, fazer o encaminhamento correto. Está de 
acordo com a etimologia da palavra, que vem do 
"grego diagnõstikós e significa discernimento, faculdade 
de conhecer, de ver através de."
Psicodiagnóstico de tipo 
compreensivo
• Designa uma série de situações que inclui, entre outros 
aspectos:
• o de encontrar um sentido para o conjunto das informações 
disponíveis,
• tomar aquilo que é relevante e significativo na personalidade, 
entrar empaticamente em contato emocional,
• conhecer os motivos profundos da vida emocional de alguém.
Psicodiagnóstico de tipo 
compreensivo
• Este processo inclui partes de outros modelos já mencionados.
• Objetiva:
• compreensão psicológica globalizada do paciente.
• conhecimento amplo da personalidade do paciente ênfase no 
julgamento clínico
• anamnese e exploração clínica da personalidade são a base.
• importância da comunicação direta e indireta do paciente e 
relações paciente-psicólogo.
Psicodiagnóstico de tipo 
compreensivo
• Exige do psicólogo:
• experiência clínica,
• sólida formação profissional e humanista
• As grandes linhas de composição do diagnóstico abrangem:
• - dinâmicas intrapsíquicas,intrafamiliares e sócio-culturais
• Conjunto de forças em interação, que resultam em 
desajustamentos individuais.
Psicodiagnóstico Interventivo
• possibilidade de comunicação privilegiada entre paciente e 
terapeuta /O terapeuta no papel do objeto subjetivo.
• Setting humano: Torna possível um tipo de comunicação em 
que o paciente pode surpreender-se com ideias e sentimentos 
que não estavam antes integrados a personalidade total.
Psicodiagnóstico Interventivo
• Para Barbieri (2009), o psicodiagnóstico interventivo é “um 
procedimento clínico que consiste em efetuar intervenções 
já no momento de realização de entrevistas e aplicação de 
testes, oferecendo ao paciente, devoluções durante todo o 
processo avaliativo e não somente ao seu final” (p. 02). 
• Nessa perspectiva de psicodiagnóstico, os testes 
configuram-se como instrumentos que facilitam o contato 
do psicólogo com o paciente e auxiliam nas intervenções 
durante o processo psicodiagnóstico como consequência 
daquilo que o paciente apresenta, de forma a provocar 
mudanças (Paulo, 2009).
(MILANI; TOMAEL; GREINERT, 2014)
Psicodiagnóstico Interventivo
• Campos de aplicação:
• Equipamentos de saúde mental
• Instituições
• Contexto hospitalar
• Clínica particular
• Pesquisa
• Os pacientes chegam com necessidades (querem desabafar buscam 
alívio)
• Necessitam de um interlocutor que compreenda naquele momento
• .Os primeiros encontros com os pacientes já têm a função de uma 
intervenção/continência
Finalidades do Psicodiagnóstico
1. Diagnóstico
2. Avaliação do Tratamento
3. Como meio de comunicação
4. Na investigação
1. Diagnóstico
• Conforme o exposto acima é óbvio que a primeira e principal 
finalidade de um estudo psicodiagnóstico é a de estabelecer um 
diagnóstico. E cabe esclarecer que isto não equivale a "colocar um 
rótulo, mas a explicar o que ocorre além do que o paciente pode 
descrever conscientemente.
• Alguns psicólogos reservam a utilização do psicodiagnóstico para casos nos 
quais surgem dúvidas diagnósticas ou quando querem obter uma informação 
mais precisa. 
• Outros consideram importante fazer sempre uma avaliação diagnóstica inicial
• Outro grupo de profissionais que não concordam em absoluto com este ponto 
de vista e prescindem totalmente do psicodiagnóstico.
• Um psicodiagnóstico completo e corretamente administrado permite-nos 
estimar o prognóstico do caso e a estratégia mais adequada para ajudar 
o consultante
2. Avaliação do tratamento
• Outra forma de utilizar o psicodiagnóstico é como meio para 
avaliar o andamento do tratamento.
• Algumas vezes isto é feito para apreciar os avanços terapêuticos 
de forma mais objetiva e também para planejar uma alta.
3. Como meio de comunicação
• Existem pacientes com dificuldades para conversar
espontaneamente sobre sua vida e seus problemas.
• Favorecer a comunicação é favorecer a tomada de insight. ou
seja, contribuir para que aquele que consulta adquira a
consciência de sofrimento suficiente para aceitar cooperar na
consulta.
• Também provoca a perda de certas inibições, possibilitando
assim um comportamento mais natural.
4. Na investigação
• Psicodiagnósticocomo estratégia de investigação para pesquisar 
determinados conflitos emocionais. 
• Criação de testes para investigar objetivos específicos (questões 
de personalidade, ansiedade, etc.)
Objetivos do Psicodiagnóstico
• A avaliação da demanda indicará qual aspecto
avaliativo deverá ser priorizado em cada caso,
situando-se o objetivo do psicodiagnóstico a partir
dessa reflexão inicial.
• Segundo Cunha (2000), precursora do psicodiagnóstico 
em nosso meio, os objetivos podem priorizar:
a) a classificação simples; 
b) a descrição; 
c) a classificação nosológica; 
d) o diagnóstico diferencial; 
e) a avaliação compreensiva; 
e) o entendimento dinâmico; 
f) a prevenção; 
g) o prognóstico; 
h) a perícia forense.
• Hurtz et al (2016) entendem que, ao realizar uma 
perícia forense, não necessariamente está se fazendo 
um psicodiagnóstico.
Classificação Simples
• O exame compara a amostra do comportamento do examinando com 
os resultados de outros sujeitos da população geral ou de grupos 
específicos, com condições demográficas equivalentes; esses 
resultados são fornecidos em dados quantitativos, classificados 
sumariamente, como em uma avaliação de nível intelectual.
• As perguntas mais elementares que podem ser formuladas, em relação 
a uma capacidade, um traço, um estado emocional, seriam: “Quanto?” 
ou “Qual?”. 
• Um exemplo comum de exame com tal objetivo seria o de avaliação do 
nível intelectual, que permitiria uma classificação simples. 
• O examinando é submetido a testes, adequados a sua idade e nível de 
escolaridade.
• São levantados escores, consultadas tabelas, e os resultados são 
fornecidos em dados quantitativos, classificados sumariamente.
Descrição
• Ultrapassa a classificação simples, interpretando diferenças de escores, 
identificando forças e fraquezas e descrevendo o desempenho do paciente, 
como em uma avaliação de déficits neuropsicológicos.
• O psicólogo clínico, que não perde a referência da pessoa do examinando, 
dificilmente iria se restringir a tal objetivo, porque analisaria escores dos 
subtestes (se tivesse usado um instrumento WIS), bem como diferenças 
inter e intratestes, que são suscetíveis de interpretação. Então, teria 
condições de identificar forças e fraquezas no funcionamento intelectual. 
• No caso, o objetivo do exame seria de descrição. 
• Mas, se se detivesse a examinar certos erros e desvios, poderia levantar 
pistas que servissem de base para hipóteses sobre a presença de déficits 
cognitivos.
• O objetivo ainda seria o de descrição, mas o processo seria mais 
complexo.
Classificação nosológica
• Hipóteses iniciais são testadas, tomando como referência
critérios diagnósticos psiquiátricos.
• Essa avaliação com tal objetivo é realizada pelo psiquiatra e,
também, pelo psicólogo.
• Nesse caso específico, pode-se dizer que ambos usam
preferencialmente um modelo categórico para analisar a
psicopatologia, isto é, devem fazer um julgamento clínico sobre
a presença ou não de uma configuração de sintomas
significativos
Classificação nosológica
• A classificação nosológica, além de facilitar a comunicação entre 
profissionais, contribui para o levantamento de dados 
epidemiológicos de uma comunidade. 
• Assim, deve ser usada, mas, num psicodiagnóstico, a tarefa não 
se restringe a conferir quais os critérios diagnósticos que são 
preenchidos pelo caso.
Diagnóstico Diferencial
• São investigadas irregularidades ou inconsistências do quadro 
sintomático, para diferenciar alternativas diagnósticas, níveis de 
funcionamento ou a natureza da patologia.
• O psicólogo investiga irregularidades e inconsistências do quadro 
sintomático e/ou dos resultados dos testes para diferenciar 
categorias nosológicas, níveis de funcionamento, etc. 
• Naturalmente, para trabalhar com tal objetivo, o psicólogo, além 
de experiência e de sensibilidade clínica, deve ter conhecimentos 
avançados de psicopatologia e de técnicas sofisticadas de 
diagnóstico. 
Avaliação compreensiva
• É determinado o nível de funcionamento da personalidade, são 
examinadas as funções do ego, em especial a de insight, condições do 
sistema de defesas, para facilitar a indicação de recursos terapêuticos 
e prever a possível resposta aos mesmos.
• Considera o caso numa perspectiva mais global, determinando o nível 
de funcionamento da personalidade, examinando funções do ego, em 
especial quanto a insight, para indicação terapêutica ou, ainda, para 
estimativa de progressos ou resultados de tratamento. 
• Não chega necessariamente à classificação nosológica, embora esta 
possa ocorrer subsidiariamente, uma vez que o exame pode revelar 
alterações psicopatológicas. 
• Mas, de qualquer forma, envolve algum tipo de classificação, já que a 
determinação do nível de funcionamento é especialmente importante 
para a indicação terapêutica, definindo limites da responsabilidade 
profissional.
Entendimento clínico
• Ultrapassa o objetivo anterior, por pressupor um nível mais elevado de inferência
clínica
• Permite chegar a explicações de aspectos comportamentais nem sempre
acessíveis na entrevista, à antecipação de fontes de dificuldades na terapia e à
definição de focos terapêuticos, etc.
• Pode ser considerado como uma forma de avaliação compreensiva, já que 
enfoca a personalidade de maneira global, mas pressupõe um nível mais 
elevado de inferência clínica. 
• Através do exame, procura-se entender a problemática de um sujeito, com uma 
dimensão mais profunda, na perspectiva histórica do desenvolvimento, 
investigando fatores psicodinâmicos, identificando conflitos e chegando a uma 
compreensão do caso com base num referencial teórico.
• Frequentemente, combina-se com os objetivos de classificação nosológica e de 
diagnóstico diferencial. 
• Quando é um objetivo do psicodiagnóstico, leva não só a uma abordagem 
diferenciada das entrevistas e do material de testagem, como a uma integração 
dos dados com base em pressupostos psicodinâmicos.
Prevenção
• Procura identificar problemas precocemente, avaliar riscos, fazer 
uma estimativa de forças e fraquezas do ego, de sua capacidade 
para enfrentar situações novas, difíceis, estressantes.
• Tal exame visa a identificar problemas precocemente, avaliar 
riscos, fazer uma estimativa de forças e fraquezas do ego, bem 
como da capacidade para enfrentar situações novas, difíceis, 
conflitivas ou ansiogênicas.
• Muitas vezes, é levado a efeito utilizando recursos de triagem, 
procurando atingir o maior número de casos no menor espaço de 
tempo, portanto, não pressupondo maior profundidade no 
levantamento de certos indícios de possível patologia, apenas 
para dar fundamentação ao desenvolvimento de programas 
preventivos, com grupos maiores.
Prognóstico
• Determina o curso provável do caso.
Perícia forense
• Fornece subsídios para questões relacionadas com “insanidade”, competência 
para o exercício das funções de cidadão, avaliação de incapacidades ou 
patologias que podem se associar com infrações da lei, etc.
• Na perícia forense, o objetivo, na maioria das vezes, é responder a quesitos 
legais, solicitados pelo juiz (para uma leitura mais aprofunda da, ver Rovinski, 
2013).
• Conforme Rovinski (2010, p. 95), “. . . a avaliação forense, mais 
especificamente, quando exercida como atividade pericial, diferencia-se em 
muitos aspectos daquela realizada no contexto clínico. A não diferenciação de 
tais padrões de avaliação acaba por gerar conflitos de papéis e, 
consequentemente, condutas antiéticas.”.
Perícia Forense
• Uma pessoa que busca auxílio de um psicólogo para lidar com o 
sofrimento - geralmente estabelece com o profissional uma 
relação de cooperação e aliança de trabalho diferente daquele 
sujeito que é encaminhado para uma perícia em contexto jurídico. 
• Neste último, fenômenos como simulação e dissimulação 
conscientes, inerentes a essa realidade avaliativa, acabam 
exigindo cuidados técnicos específicos, que diferem daqueles 
eminentemente clínicos. 
• Ainda assim, reconhecemos asemelhança entre muitos aspectos 
técnicos adotados na perícia e no psicodiagnóstico.
Finalidades da Avaliação (segundo 
Arzeno, 1995)
• Nessa perspectiva, Arzeno (1995) refere que o psicodiagnóstico contempla 
algumas finalidades, como:
1. Investigação diagnóstica: tem como objetivo ex plicar o que acontece 
além do que o avaliando consegue expressar de forma consciente – e isso não 
significa rotulá-lo.
2. Avaliação do tratamento: visa avaliar o andamento do tratamento. Seria o 
“reteste”, no qual se aplica novamente a mesma bateria de testes usados na 
primeira ocasião ou uma bateria equivalente.
3. Como meio de comunicação: procura facilitar a comunicação e, em 
consequência, a tomada de insight.
4. Na investigação: com o intuito de criar novos instrumentos de exploração 
da personalidade e, também, de planejar a investigação para o estudo de uma 
determinada patologia, etc
Responsabilidade do Psicodiagnóstico
• O diagnóstico psicológico pode ser realizado:
• a) pelo psicólogo, pelo psiquiatra (e, eventualmente, pelo neurologista ou 
psicanalista), com vários objetivos (exceto o de classificação simples), desde 
que seja utilizado o modelo médico apenas, no exame de funções, 
identificação de patologias, sem uso de testes e técnicas privativas do 
psicólogo clínico;
• b) pelo psicólogo clínico exclusivamente, para a consecução de qualquer 
ou vários dos objetivos, quando é utilizado o modelo psicológico 
(psicodiagnóstico), incluindo técnicas e testes privativos desse profissional;
Responsabilidade do Psicodiagnóstico
• c) por equipe multiprofissional (psicólogo, psiquiatra, neurologista, 
orientador educacional, assistente social ou outro), para a consecução dos 
objetivos citados e, eventualmente, de outros, desde que cada profissional 
utilize o seu modelo próprio, em avaliação mais complexa e inclusiva, em que 
é necessário integrar dados muito interdependentes (de natureza psicológica, 
médica, social, etc.).
Ações do psicólogo no 
psicodiagnóstico
a) determinar motivos do encaminhamento, queixas e outros problemas iniciais;
b) levantar dados de natureza psicológica, social, médica, profissional e/ou escolar, 
etc. sobre o sujeito e pessoas significativas, solicitando eventualmente informações 
de fontes complementares;
c) colher dados sobre a história clínica e história pessoal, procurando reconhecer 
denominadores comuns com a situação atual, do ponto de vista psicopatológico e 
dinâmico;
d) realizar o exame do estado mental do paciente (exame subjetivo), 
eventualmente
complementado por outras fontes (exame objetivo);
e) levantar hipóteses iniciais e definir osobjetivos do exame;
F) estabelecer um plano de avaliação;
Ações do psicólogo no 
psicodiagnóstico
g) estabelecer um contrato de trabalho com o sujeito ou responsável;
h) administrar testes e outros instrumentos psicológicos;
i) levantar dados quantitativos e qualitativos;
j) selecionar, organizar e integrar todos os dados significativos para os objetivos 
do exame, conforme o nível de inferência previsto, com os dados da história e 
características das circunstâncias atuais de vida do examinando;
l) comunicar resultados (entrevista devolutiva, relatório, laudo, parecer e outros 
informes), propondo soluções, se for o caso, em benefício do examinando;
m) encerrar o processo.
PASSOS DO 
PSICODIAGNÓSTICO
Passos do diagnóstico (modelo 
psicológico de natureza clínica)
A. levantamento de perguntas relacionadas com os motivos da consulta e 
definição das hipóteses iniciais e dos objetivos do exame;
B. planejamento, seleção e utilização de instrumentos de exame psicológico;
C. levantamento quantitativo e qualitativo dos dados;
D. integração de dados e informações e formulação de inferências pela 
integração dos dados, tendo como pontos de referência as hipóteses 
iniciais e os objetivos do exame;
E. comunicação de resultados, orientação sobre o caso e encerramento do 
processo.
(HURTZ et al., 2016)
Determinar os motivos da consulta e/ou 
do encaminhamento/ Levantamento de 
dados
• Cabe ao psicólogo ampliar o motivo, elencando as principais queixas e 
sofrimentos psíquicos apresentados pelo avaliando.
• Em um primeiro momento deve-se realizar a primeira entrevista 
(entrevista inicial) para que se esclareça o encaminhamento.
• Também nesse primeiro contato, após se esclarecer como o processo 
ocorrerá, sugerimos que se proceda à assinatura de um termo de 
consentimento livre e esclarecido, em que a pessoa a ser avaliada ou o 
seu responsável legal autorizará a realização da avaliação. 
• É importante salientar que, no caso de crianças, a primeira entrevista 
precisa ser feita com os pais ou responsáveis.
Demanda
• Para fazer um psicodiagnóstico, o profissional deve saber avaliar 
com cuidado a demanda trazida pelo paciente ou pela fonte de 
encaminhamento para, a partir disso, realizar considerações 
éticas sobre o pedido e, quando essas forem favoráveis, tecer os 
objetivos de sua realização.
(HUTZ et al., 2016)
Definir as hipóteses e os objetivos da 
avaliação
• Ao longo dessas entrevistas, o psicólogo naturalmente elenca 
algumas hipóteses.
O plano de avaliação é 
estabelecido com base 
nas perguntas ou 
hipóteses iniciais, 
definindo-se não só 
quais os instrumentos 
necessários, mas 
como e quando utilizá-
los. 
Pressupõe-se, 
naturalmente, que o 
psicólogo saiba que 
instrumentos são 
eficazes quanto a 
requisitos 
metodológicos. 
(CUNHA, 2007)
Estruturar um plano de avaliação
• A partir do que foi coletado nas primeiras entrevistas, o 
psicólogo terá condições de elaborar o plano de ação. 
• O plano inicia com as primeiras entrevistas, e, ao longo delas, se 
constrói:
• o contrato de trabalho, em que são previstos os papéis de cada parte; 
• a questão de sigilo e privacidade; 
• o número aproximado de encontros, incluindo-se as primeiras entrevistas; 
• a bateria de testes que será utilizada, se necessário; 
• as entrevistas de devolução; 
• e a forma como serão pagos os honorários (caso se trate de consultas 
particulares ou em uma instituição paga).
Duração
• O psicodiagnóstico pode ser realizado em consultórios privados,
clínicas psicológicas ou psiquiátricas, instituições, postos de
saúde ou hospitais.
• Dependendo do local onde irá ocorrer o processo, poderá haver
certa urgência na avaliação. Por exemplo, em um ambiente de
internação, geralmente sua realização ocorre de forma mais
breve, pois, muitas vezes, a conclu são e a emissão do laudo
serão determinantes para a adequação de alguma medicação ou
mesmo para a alta e futuro tratamento ambulatorial.
• Já em uma avaliação em uma clínica, cujo funcionamento
costuma ser ambulatorial, há mais tempo para a realização do
processo; no entanto, o mesmo tende a durar, em média, dois
meses, podendo ter uma frequência semanal maior ou menor,
dependendo do caso, totalizan do, aproximadamente, 6 a 12
encontros, no máximo.
Seleção dos instrumentos e 
estratégias
• Selecionada e administrada uma bateria de testes, 
obtêm-se dados que devem ser interrelacionados com 
as informações da história clínica, da história pessoal 
ou com outras, a partir do elenco das hipóteses iniciais, 
para permitir uma seleção e uma integração, norteada 
pelos objetivos do psicodiagnóstico, que determinam o 
nível de inferências que deve ser alcançado.
• Tais resultados são comunicados a quem de direito, 
podendo oferecer subsídios para decisões ou 
recomendações.
(CUNHA, 2007)
Planejamento
• O planejamento deve levar em consideração as
características do caso (idade, sexo, escolaridade,
ocupação/profissão, condições físicas, etc.), a
sequência (ordem de aplicação) e o ritmo (número de
entrevistas previstas para a aplicação dos testes se
lecionados).
Escolha dos instrumentos
• Um passo importante para um bom resultado do processo 
psicodiagnóstico refere-se à escolha de instrumentos e 
técnicas adequados a uma dada situação.
• O descuido na escolha, o mau uso de instrumentos ou 
mesmo o não uso de técnicasapropriadas em diferentes 
etapas do psicodiagnóstico podem ter como consequências 
conclusões e encaminha mentos inapropriados, 
repercutindo negativamente na vida do avaliando.
Administrar as estratégias e os 
instrumentos da avaliação 
• Os testes psicológicos (psicométricos ou projetivos) refinam a 
capacidade do profissional de captar e compreender indivíduos, 
grupos e fenômenos psicológicos
• Contudo, para que os resultados alcançados sejam válidos, além 
de seguir à risca as instruções e o sistema de levantamento e 
interpretação do instrumento, é fundamental também garantir 
condições básicas no ambiente físico, certificar-se dos estados 
físico e psicológico do examinado, bem como gerenciar o 
contexto clínico em que será desenvolvida a avaliação.
Estratégias de avaliação
• As condições físicas e psicológicas do examinado devem estar 
preservadas para que a tarefa a ser desenvolvida seja 
compreendida de forma correta, sendo essenciais a motivação, o 
interesse e o desejo de se submeter ao processo de avaliação. 
• Em situações especiais, como em casos de internação 
psiquiátrica, é fundamental considerar o estado mental e até 
mesmo a possibilidade de impregnação por medicamentos que 
possam diminuir a motivação para o trabalho e alterar os 
resultados da testagem.
Estratégias de avaliação
• Quando pensamos na ordem de aplicação da bateria de testes selecionada, é 
recomendável que os primeiros testes sejam os menos ansiogênicos para a 
pessoa a ser avaliada, justamente para que não se desenvolva alguma 
resistência ante o processo.
• Fica evidente, então, que o primeiro objetivo diz respeito à formação do 
vínculo entre o profissional e seu avaliando, a fim de garantir o bom 
andamento do processo, o que justifica a não utilização, em um primeiro 
momento, de testes que mobilizem uma conduta que corresponda ao sintoma. 
• Tais testes devem ser deixados para um segundo momento.
Integrar os dados colhidos
• Integração de dados provenientes de diferentes fontes, 
relato de resultados e devolução de informações, com 
vistas ao entendimento de um indivíduo ou grupo, 
proposição de intervenção e/ou tomada de decisão em 
relação às pessoas avaliadas.
• É importante comparar e integrar informações de 
diferentes fontes obtidas na avaliação psicológica;
Formular as conclusões
• Com base em tal classificação e em aspectos específicos da história clínica, poderá fazer predições 
sobre o curso provável do transtorno (prognóstico) e planejar a intervenção terapêutica 
adequada. Muitos testes utilizados no psicodiagnóstico também podem fornecer indícios muito 
úteis para o prognóstico.
• O psicólogo deve sempre lembrar que as conclusões precisam estar relacionadas à demanda 
inicial trazida pelo paciente, fundamentadas em teorias e técnicas consolidadas e não apenas na 
observação e experiência do profissional.
• Destaque dos pontos positivos e das vulnerabilidades. 
Comunicar os resultados
• O psicólogo deve comunicar os resultados encontrados, visando um encaminhamento
adequado para o avaliando.
• A transmissão dessa informação é, sem dúvida, o objetivo primordial dessa avaliação, que
culmina em uma entrevista final, posterior à aplicação do último teste.
• Essa comunicação ocorre em duas vias: escrita e oral. A primeira é realizada por meio de 
um laudo/relatório, devendo conter uma linguagem clara, concisa, inteligível e precisa, 
adequada ao requerente.
• A segunda trata da comunicação verbal, que pode ser realizada na forma de uma ou mais 
entrevistas de devolução. Uma boa devolução inicia com um aprofundado conhecimento 
do caso, que proporcionará uma base sólida para que se proceda com eficácia.
• Leiam a RESOLUÇÃO Nº 4, DE 11 DE FEVEREIRO DE 2019 que institui as regras para a elaboração de 
documentos escritos produzidos pela(o) psicóloga(o) no exercício profissional.
• Na impossibilidade desta se realizar, a(o) psicóloga(o) deve explicitar suas razões.
Entrevista de Devolução
• Objetivando o término do processo, as entrevistas de devolução podem ocorrer de forma 
sistemática ou assistemática. 
• Forma sistemática é a entrevista mais habitual, que tem como objetivo a devolução dos 
resultados e a en trega do laudo. 
• forma assistemática é comumente utilizada nos casos em que há o predomínio de uma 
ansiedade mais elevada por parte do avaliando e/ou do seu responsável, em que se 
considera pertinente o fornecimento de pequenos feedbacks ao longo do andamento do 
processo, visando a dirimir essa ansiedade. 
• Outra situação em que se faz necessária a devolução assistemática é em casos graves ou 
de risco de suicídio.
Entrevista de Devolução
• Na entrevista de devolução, recomenda-se que se inicie abordando os aspectos
mais sadios, adaptativos e/ou preservados da dinâmica de funcionamento do
avaliando, para, em seguida, comunicar aqueles que requerem maior cuidado,
na medida e no ritmo em que possam ser compreendidos e tolerados pelo
avaliando e/ou seus responsáveis, já sugerindo os encaminhamentos apropriados.
• Se realizado dessa forma, acreditamos que o processo favorecerá a compreensão e
a aceitação das indicações terapêuticas sugeridas pelo profissional.

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