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GABARITO AD1 - 2023 2 Legislação Comercial

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AD 1 2023.2 
Legislação Comercial – Curso de Administração CEDERJ 
Profa. Debora Lacs Sichel 
 
 
1. Na elaboração do projeto de estatuto de uma companhia em constituição, você foi 
consultado(a) sobre a formação da denominação quanto aos aspectos da inserção do objeto 
social e da possibilidade de emprego do aditivo companhia. Sobre tais aspectos, responda aos 
itens a seguir. 
A) É necessário que a denominação contenha a indicação do objeto da companhia, seja ela 
composta por nome patronímico ou por nome de fantasia? Justifique. 
B) O aditivo companhia é de emprego obrigatório na denominação e pode ser empregado no 
início ou ao final dela? Justifique. 
 Gabarito: o aluno deve demonstrar conhecimento nas regras de formação da denominação das 
companhias nos aspectos da indicação facultativa do objeto social, da possibilidade de emprego 
do aditivo “sociedade anônima” alternativamente ao aditivo “companhia” e da vedação do 
emprego do aditivo “companhia” ao final da denominação. 
A) Não. É facultativo a indicação do objeto da companhia na formação da denominação, seja ela 
composta por nome patronímico ou por nome de fantasia, com fundamento no Art. 1.160, 
caput, do Código Civil. 
B) Não. A denominação pode ser composta seja pelo aditivo “companhia” seja pelo aditivo 
“sociedade anônima”, sendo vedado o emprego do aditivo “companhia” ao final, com 
fundamento no Art. 3º, caput, da Lei nº 6.404/76. 
2. João Claudio Cunha exerce o comércio de equipamentos eletrônicos, por meio de 
estabelecimento instalado no Centro da cidade de Sumidouro. Observe-se que João 
Claudio não se registrou como empresário perante a Junta Comercial. 
Com base nesse cenário, responda: 
a. São válidos os negócios jurídicos de compra e venda realizados por João 
Claudio no curso de sua atividade? 
b. Quais os principais efeitos da ausência de registro de João Claudio como 
empresário? 
 
 
Resposta. o aluno deve demonstrar conhecimento quanto a obrigatoriedade do 
registro do empresário, cuja inexistência, entretanto, não lhe retira a condição de 
empresário, uma vez que tem natureza declaratória, ressalvadas as exceções legais 
(formação da pessoa jurídica e empresário rural), que não se aplicam ao caso em 
tela. A ausência de registro não invalida, portanto, os atos praticados por João 
Claudio no exercício da empresa. Deve ser mencionado que os efeitos são aqueles 
próprios da irregularidade do exercício da atividade, que inclui a impossibilidade de 
requerer recuperação judicial, bem como realizar atos da vida empresarial que 
exigem a comprovação da regularidade, como a participação em licitações. 
(a) Os atos são válidos 
(b) Ausência de registro não retira a capacidade/ qualidade de empresário 
próprios da irregularidade do exercício da atividade (citar pelo menos dois – 
não contratar com órgãos públicos, não possuir direito a recuperação 
judicial. 
 
3. Considerando-se a atividade de escritor como profissão intelectual de natureza 
literária, o escritor que se torna dono de uma editora de livros para preparatório de 
concursos, ainda que escreva para essa nessa mesma editora, é empresário? Por 
quê? 
 
 
Sim, porque, nesse caso o exercício da profissão intelectual deixa de ser o 
fator principal do empreendimento, passando a ser um mero elemento de 
uma atividade economicamente organizada a partir da articulação de 
diversos outros fatores de produção: contratação de funcionários, criação e 
registro de uma marca, fixação de um ponto de negócio. Por mais que aquele 
escritor mencionado na pergunta continue a exercer sua respectiva profissão 
intelectual, terá que assumir também a posição de organizador do 
empreendimento. É isso que caracteriza o empresário segundo os 
fundamentos da teoria da empresa, adotada pelo nosso atual Código Civil no 
art. 966 parágrafo único. 
 
 
4. Andrea Feliciana, titular de uma conta bancária em instituição de grande porte, 
foi a uma mercearia e comprou alguns produtos para consumo de sua família. Pagou 
a compra com cartão de débito automático. Em casa, reparou que o nome que 
constava na nota fiscal era ASSOMBRO COMESTÍVEIS LTDA, não era o mesmo que 
constava no comprovante de pagamento de sua compra, CASAS FONTOURA, 
contudo o endereço do estabelecimento era o mesmo em ambos os comprovantes. 
Como se explica o nome que consta na nota fiscal não ser igual ao nome constante 
no comprovante de pagamento? 
 
Resposta: ASSOMBRO COMESTÍVEIS LTDA é o nome empresarial onde se 
identifica o tipo societário da empresa, CASAS FONTOURA é nome baseado 
em elemento fantasia, que constitui o complexo de bens reunidos pelo 
empresário para desenvolvimento de sua atividade econômica e faz parte 
do estabelecimento empresarial. 
 
5. Paissandu Alimentos em Conserva Ltda. é titular da marca de produto Geist 
registrada, em 2012, no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), nas 
classes 29 (azeitonas em conserva) da Classificação Internacional de Marcas de Nice. 
O registro da marca expirou em 30 de setembro de 2022, mas a sociedade 
empresária continuou empregando a marca no produto indicado na classe acima, 
tendo solicitado a prorrogação ao INPI, em 28 de novembro de 2022, com 
pagamento de retribuição adicional. Sobre a hipótese apresentada, responda aos 
itens a seguir. 
A) Considerando-se que o pedido de prorrogação foi feito após a expiração do 
registro da marca, o titular da marca poderia ainda requerer a prorrogação do 
registro? 
B) Como administrador de uma sociedade que recebeu por instrumento particular 
a cessão de registro da marca Geist, em 20 de outubro de 2022, como opinaria sobre 
a validade desse negócio jurídico? 
 
 
Gabarito: O aluno deve demonstrar conhecimento das regras que norteiam a 
vigência do registro de marcas e a possibilidade de prorrogação mesmo após a 
expiração do termo final da vigência do registro, desde que seja feita nos seis meses 
subsequentes e mediante pagamento de retribuição adicional, nos termos do Art. 
133, § 2º, da Lei nº 9.279/96. Com isso, as cessões feitas no interregno de seis meses 
entre a expiração do prazo de registro e o pedido de prorrogação são válidas, pois o 
direito de propriedade sobre a marca é assegurado ao titular. 
Com essas considerações, a resposta é positiva, porque, antes do decurso de 6 meses 
da extinção da vigência do registro (em 28/11/2022), foi requerida a prorrogação 
deste. 
A) Sim, é possível o requerimento de prorrogação mesmo após a expiração do termo 
final da vigência do registro da marca, porque foi feito nos seis meses subsequentes 
e mediante pagamento de retribuição adicional, nos termos do Art. 133, § 2º, da Lei 
nº 9.279/96. 
B) O negócio jurídico é válido porque é admissível a cessão do registro de marca e o 
cedente atendeu ao prazo legal para a prorrogação do registro, com base no Art. 134 
da Lei nº 9.279/96. 
 
 
6. A empresária Zenilda Thomé Aguiar foi interditada por decisão judicial no curso do exercício 
da empresa, no entanto foi concedida autorização para seu prosseguimento. A sentença de 
interdição nomeou como curadora a senhora Amparo Boa Ventura, que exerce o cargo de juíza 
de direito. Com base nessas informações, responda aos itens a seguir. 
A) A quem caberá a administração da empresa antes exercida Zenilda Thomé Aguiar? 
B) A quem caberá o uso da nova firma individual? 
 
Gabarito: O aluno deve reconhecer a impossibilidade de nomeação de pessoa impedida de ser 
empresário para dar prosseguimento à empresa pelo incapaz e a regra legal quanto ao uso da 
nova firma. É importante notar que a curadora de Zenilda Thomé Aguiar é magistrada e, como 
tal, impedida de exercer atividade própria de empresário. Mesmo sendo a curadora da incapaz, 
não poderá administrar a empresa no interesse dela, impondo-se a nomeação de gerente, que 
usará a nova firma. 
A) A administração da empresa caberá ao gerente a ser indicado pela curadora e com a 
aprovação do juiz, considerando que a assistente da incapaz é pessoa impedidade exercer a 
profissão de empresário por ser magistrada, com fundamento no Art. 975, caput, do Código Civil. 
B) O uso da nova firma individual caberá ao gerente que vier a ser nomeado pelo juiz, como 
determina o Art. 976, parágrafo único, do Código Civil

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