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Síndromes Hemorrágicas na Gestação Primeira Metade da Gestação → Do que morrem as gestantes? 1ª: Hipertensão 2ª: Hemorragia 3ª: Infecção Puerperal 4ª Aborto → Gestação intrauterina não viável até 20-22 semanas ou peso fetal de 500 g” (MS 2022) → Espontâneo x Provocado → Seguro x Inseguro → Legal x Ilegal → Ao médico é vetado o aborto, em exceção de três situações: a) Gravidez de risco à vida da gestante – ex: cardiopatia extremamente grave b) Gravidez resultante de violência sexual; c) Anencefalia fetal – conforme o Supremo Tribunal Federal decidiu em 2012 Aborto Espontâneo → Ameaça de aborto (25% das gestações): gestação viável, embrião/feto com batimentos cardíacos fetais, entretanto o colo do útero está fechado → Aborto inevitável: feto pode estar vivo ou morto, entretanto por alguma razão houve uma dilatação do colo do útero importante → Aborto completo: eliminação total do embrião ou do saco gestacional → Aborto incompleto: eliminação de parte do conteúdo intrauterino, mas ainda permanece material fetal no colo do útero → Aborto retido: colo do útero fechado, mas o embrião/feto está em óbito, a paciente pode aguardar até a hora que o corpo faz eliminação, mas em algumas situações é eliminado de maneira incompleta e deve fazer esvaziamento uterino → Clínica: inespecíficos (sangramento variável, dor em cólica e regressão sintomas gestacionais) → Diagnóstico: exame físico (especular e toque vaginal), beta-HCG quantitativo e ultrassonografia → Tratamento: Expectante: consiste em aguardar a eliminação espontânea do produto conceptual. Risco de sangramento, infecção (pode esperar até 3 a 4 semanas) Medicamentoso: Misoprostol (Cytotec®, Prostoks®) – análogo de prostaglandina: faz a dilatação do colo do útero Cirúrgico: aspiração manual intra- uterina (AMIU) ou curetagem uterina → Gravidez tópica: aquela que está dentro da cavidade uterina → Gravidez Ectópica: quando implantação e o desenvolvimento do blastocisto ocorrem fora da cavidade uterina Localização mais frequente é a tubária (90% a 95% dos casos) – principalmente na região ampular (fecundação) Mas pode acontecer também em cicatriz de cesárea, abdominal, cervical Fatores de Risco → Gravidez ectópica prévia → Doença inflamatória pélvica → Cirurgia tubaria – reanastomose (religadura da laqueadura tubaria) → Infertilidade → Endometriose → Usuárias de dispositivo intrauterino → Anticoncepção de emergência → Tabagismo Clínica → Abdome Agudo Hemorrágico (quando rota): dor aguda, hemoperitônio, hipotensão, taquicardia e palidez → Fenômeno de Airas-Stella: reação do endométrio com sangramento vaginal (confunde com aborto) Diagnóstico → Diagnóstico Clínico: Dor + Beta-HCG + Ultrassonografia (imagem anexial à esclarecer as vezes presença de BCF) Tratamento → Cirúrgico: presença de BCF e instabilidade hemodinâmica → Clínico Expectante: estabilidade hemodinâmica, declínio de beta-hCG <2000, US óbito embrionário, massa <5 cm → Medicamentoso (Metrotexato): estabilidade hemodinâmica, massa < 3,5 cm, beta-hCG inicial <5000, ausência de dor abdominal → Produção elevada do HCG → trofoblasto é um grande produtor de hCG → Mola Hidatiforme Hiperplasia das vilosidades coriônicas (placenta) – tumor benigno da placenta Mola completa x parcial → Neoplasia trofoblástica gestacional: tumor maligno formado por células placentárias oriundas da mola hidatiforme Clínica → Sangramento vaginal normalmente indolor → Aumento volume uterino para a idade gestacional → Cistos Tecaluteínicos devido alta atividade gonadotrófica → Hiperêmese relacionado ao HCG → Pré-eclâmpsia precoce: antes de 20 semanas → Hipertiroidismo: HCG e TSH são semelhantes Diagnóstico → β-HCG dobra a cada 2-3 dias Aumento desproporcional → Ultrassom: presença de cistos intrauterinos → Histológico: após aborto, cureta ou cirurgia Tratamento → Decaimento do β-HCG até zero Aspiração à vácuo Histerectomia Quimioterapia – metotrexato Segunda Metade da Gestação → Na segunda metade, a partir de 22 semanas, o feto passa a ser viável, portanto, não é um aborto → Separação intempestiva da placenta → Não se trata de dequitação normal → DPP é responsável por 1/3 das mortes perinatais (por hipóxia ou prematuridade) → É considerada uma emergência obstétrica com risco de morte materna e fetal Causas do DPP → Trauma, tabagismo, uso de cocaína, gravidez múltipla, hipertensão, pré- eclâmpsia, idade materna avançada, ruptura prematura das membranas pré- termo (RPMP), infecção intrauterina (corioamnionite), dengue, polidrâmnio. → A hipertensão está relacionada com 20 a 30% dos casos de DPP Útero de Couvelaire (infiltração hemática) • Hemácias infiltram no miométrio • Coloração azulada marmórea característica • Atonia uterina pós-parto Clínica e Diagnostico do DPP → Às vezes história de trauma ou rotura de membranas → Clínica variável (assintomáticos até morte fetal e grave morbidade materna). → O volume da hemorragia vaginal tem pouca correlação com o grau do DPP. → Extensão do descolamento associada ao óbito fetal: separação > 50% maior natimortalidade. → Hipertonia uterina Pontual. À palpação, o útero é duro e doloroso. → O diagnóstico é clínico: Sangramento vaginal + dor abdominal Coagulação Intravascular (CIV) → No DPP, a coagulação é mais comum por conta do volume de sangue que fica acumulado → DPP → sangramento importante→ consumo dos fatores de coagulação de plaquetas → coagulo muito grande → hemorragia sem coagulação → coagulação intravascular disseminada → Na vigência do DPP, podem acontecer os seguintes cenários: → Placenta prévia é aquela situada no segmento inferior do útero – transição entre o colo do útero e o útero Classificação • Tipos de placenta prévia - Central (A) – obstrui o colo do útero - Parcial (B) – recobre o colo do útero mas não completamente - Marginal(C) - Baixa (D) Fatores de Risco • Cesárea anterior risco aumenta progressivamente com o número de procedimentos, qualquer cicatriz uterina (miomectomia), idade materna avançada, multiparidade, tabagismo e gravidez gemelar Diagnóstico • Na suspeita de uma placenta prévia, não se realiza toque vaginal pois pode empurrar a placenta, e fazer um DPP • Ultrassonografia (após 24 semanas) • Ressonância (se suspeita de acretismo) → Episódio obstétrico da maior gravidade, pode ocorrer durante a gravidez ou no parto → Frequência é inversamente proporcional à qualidade da assistência durante o trabalho de parto → O prognóstico fetal é sombrio: mortalidade perinatal entre 45 e 70%. A mortalidade materna oscila em torno de 5% → Descontinuidade da parede do útero e o feto pode ou não sair para dentro da cavidade abdominal Fatores de Risco → Trauma (queda sobre o ventre, acidentes de trânsito, violência doméstica) → Parto obstruído → Grande multiparidade, uso de uterotônicos (ocitocina), placenta percreta, versão interna e grande extração → Ruptura espontânea em cicatriz de cesarea anterior, de miomectomia, cirurgia uterina Iminência de Rotura → Sinal de Bandl-Frommel: contrações intensas e extremamente dolorosas • Sinal de Bandl: definido como a distensão do segmento inferior, formando uma depressão em faixa infraumbilical, conferindo ao útero aspecto semelhante a uma ampulheta. • Sinal de Frommel: definido como estiramento (retesamento) dos ligamentos redondos, desviando o útero anteriormente Rotura Consumada → Sinal de Clark-Reasens: parada das contrações subitamente • Sinal de Clark: enfisema subcutâneo. • Sinal de Reasens: “subida” da apresentação – o feto sai do útero e “cai”na cavidade abdominal → Choque hipovolêmico materno → Sofrimento fetal grave Tratamento → Cirurgia: Laparotomia obrigatória → A placenta pode as ter configurações diferentes: → Vasa prévia é quando os vasos placentários ficam próximos do colo do útero → No ultrassom com Doppler é possível enxergar os vasos sanguíneos bem próximos do colo do útero. O tratamento é operar essa paciente, ela não pode entrar em trabalho de parto → Lagos placentários: comunicação entre o sangue materno e o sangue fetal → Rotura de Vasa Prévia implica em sangramento fetal → Óbito fetal
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