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Apostila - Educaminas - Crime Organizado

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1 
 
 
CRIME ORGANIZADO 
1 
 
 
Sumário 
INTRODUÇÃO ................................................................................................. 3 
1 - CONCEITUAÇÃO DE CRIME ORGANIZADO ........................................ 4 
2 - CARACTERÍSTICAS ESSENCIAIS DA CRIMINALIDADE 
ORGANIZADA ............................................................................................. 7 
3 - ESPÉCIES DE ORGANIZAÇÕES CRIMINOSAS ................................... 9 
4 - ORGANIZAÇÕES CRIMINOSAS NO MUNDO ..................................... 10 
5 - ORGANIZAÇÕES CRIMINOSAS NO BRASIL .................................... 15 
BIBLIOGRAFIA .............................................................................................. 20 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, 
em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-
Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo 
serviços educacionais em nível superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação 
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. 
Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que 
constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de 
publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
 O crime organizado é um fato. E como um fato que traz consequências para a so 
ciedade, não pode ser relegado ao esquecimento. A notoriedade desse fenômeno 
pode ser sentida a partir da massificação da imigração européia, especialmente 
italianos e irlandeses, ao continente americano. A ação dos gângsteres nos Estados 
Unidos foi um alerta de que tais grupos tinham suas raízes e diretrizes ainda fixadas 
no velho continente. Houve uma importação dos modelos criminosos para o novo 
mundo, uma internacionalização que teve início com a conexão Estados Unidos/ Itália 
e é hoje refletida em diversos locais, com diferentes características. 
 O Brasil, em 3 de maio 1995, promulgou a Lei n.º 9.034, também conhecida 
como Lei de Combate ao Crime Organizado. De inspiração italiana, tal norma instituiu 
mandamentos de exceção, visando atuar de maneira repressiva, sendo bastante 
criticada tanto pela técnica legislativa utilizada, como pelas ditas inovações em seu 
bojo. O mesmo diploma legal foi alterado pela Lei 10.217 de 12 de abril de 2001, a 
qual introduziu a expressão "organizações criminosas" no texto de 1995. Dentre as 
principais críticas feitas à Lei 9.034/95, uma delas é em relação à própria definição do 
que sejam "organizações criminosas" no direito brasileiro e a respeito da 
inconstitucionalidade de determinados dispositivos repressivos e procedimentais. 
O Congresso Nacional vem discutindo recentemente o Projeto de Lei 3.713/97 o qual 
visa substituir a Lei 9.034/95 e traz como principais inovações: a definição legal de 
"organizações criminosas" e a possibilidade do Ministério Público presidir 
investigações preliminares, ou inquéritos penais, a respeito de crimes organizados. 
A criminalidade organizada, que no Brasil tem seu berço, de acordo com 
grande parte dos historiadores, profissionais de segurança pública, de 
comunicação e estudiosos do tema, nos presídios, em destaque o Instituto 
Penal Cândido Mendes, na Ilha Grande, Rio de Janeiro, tem avançado de 
forma significativa. 
Nos últimos cinco anos, com inúmeras rebeliões de presos coordenadas 
simultaneamente e assassinatos de policiais, o crime organizado mostrou de 
onde surgem os comandos criminosos e terroristas: dos presídios. 
4 
 
 
Comandam, traficam, matam, roubam, fazem “leasing” de armamento pesado, 
escambo de drogas por armas, criam “sites” criptografados, tanto com o 
objetivo de obter vantagem econômica ou material indevido como para 
demonstrar controle e domínio pela difusão do medo, com fechamento de 
comércio local, eliminação de agentes públicos e seus familiares e facções 
rivais. 
1 - CONCEITUAÇÃO DE CRIME ORGANIZADO 
Inicialmente, assim como diziam os romanos, initium doctrinae sit consideratio 
nominis,, ou seja, a doutrina deve começar a estudar certo assunto pelo nome. Assim 
sendo, pode-se afirmar, com base na realidade, ser trabalho doutrinário e 
jusrisprudencial a conceituação de crime organizado, uma vez que a legislação pátria 
é omissa. 
Manifestando tal entendimento, Mendroni afirma que: 
não se pode definir com absoluta exatidão o que seja organização criminosa 
através de conceitos estritos ou mesmo de exemplos de condutas 
criminosas. Isso porque não se pode engessar este conceito, restringindo-o 
a esta ou àquela infração penal, pois elas, as organizações criminosas, 
detêm incrível poder variante. Elas podem alternar as suas atividades 
criminosas, buscando aquela atividade que se torne mais lucrativa, para 
tentar escapar da persecução criminal ou para acompanhar a evolução 
mundial tecnológica e com tal rapidez, que, quando o legislador pretender 
alterar a Lei para amoldá-la à realidade – aos anseios da sociedade-, já 
estará alguns anos em atraso. E assim ocorrerá sucessivamente. 
Embora alguns autores sustentem a impossibilidade de elaboração de um conceito 
de crime organizado, existem algumas definições que merecem ser transcritas. 
Jean Ziegler, tem em sua obra uma definição elaborada pelo Fundo Nacional Suíço 
de Pesquisa Científica, o qual determina que: 
Existe crime organizado [transcontinental] quando uma organização cujo funcionamento é semelhante 
ao de uma empresa internacional pratica uma divisão muito aprofundada de tarefas, dispõem de 
estruturas hermeticamente fechadas, concebidas de maneira metódica e duradoura, e procura obter 
lucros tão elevados quanto possível cometendo infrações e participando da economia legal. Para isso, 
a organização recorre à violência, à intimidação, e tenta exercer sua influência na política e na 
5 
 
 
economia. Ela apresenta geralmente uma estrutura fortemente hierarquizada e dispõe de mecanismos 
eficazes para impor suas regras internas. Seus protagonistas, além disso, podem ser facilmente 
substituídos. 
Conforme Guaracy Mingardi, crime organizado é o: 
grupo de pessoas voltadas para atividades ilícitas e clandestinas que possui 
uma hierarquia própria e capaz de planejamento empresarial, que 
compreende a divisão do trabalho e o planejamento de lucros. Suas 
atividades se baseiam no uso da violência e da intimidação, tendo como fonte 
de lucros a venda de mercadorias ou serviços ilícitos, no que é protegido por 
setores do Estado. Tem como características distintas de qualquer outro 
grupo criminoso um sistema de clientela, a imposição da Lei do silêncio aos 
membros ou pessoas próximas e o controle pela força de determinada 
porção de território. 
Mesmo com todas as dificuldades e controvérsias existentes na delimitação de um 
conceito preciso de crime organizado, as legislações, em nome do princípio maior da 
segurança jurídica, devem buscar realizar a conceituação do fenômeno, de modo que 
se formule com tal definição uma diretriz interpretativa necessária a um combate 
direcionado e mais adequado da criminalidade organizada. 
No Brasil, a primeira lei que tratou da criminalidade organizada, a Lei 9.034/1995,não 
definiu o que seria organização criminosa e, pior, equiparou crime organizado ao 
delito de quadrilha ou bando, entendimento esse que só pode ser alterado a partir da 
Lei 10.217/2001, que modificou o artigo 1º da Lei 9.034/1995, de forma a permitir uma 
diferenciação entre crime organizado e o delito de quadrilha ou bando. 
Contudo, continuou sem haver no ordenamento jurídico brasileiro um diploma que 
conceituasse a delinquência organizada, o que acabou gerando uma lacuna no Direito 
Penal. Visando a colmatar a omissão existente, os doutrinadores passaram a 
defender a utilização da conceituação prevista no artigo 2º da Convenção de 
Palermo. O Supremo Tribunal Federal julgou ser inconstitucional a utilização dessa 
Convenção como suporte ao art. 7º da Lei 9.034/1995, por violar princípios 
constitucionais, tais como o da legalidade, proporcionalidade e razoabilidade. 
Por fim, a Lei 12.694/2012, que dispõe sobre o processo e o julgamento colegiado em 
primeiro grau de jurisdição de crimes praticados por organizações criminosas, definiu 
no seu artigo 2º o que seria crime organizado da seguinte forma: 
6 
 
 
“Art. 2º- Para os efeitos desta Lei, considera-se organização criminosa a 
associação, de 3 (três) ou mais pessoas, estruturalmente ordenada e 
caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de 
obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a 
prática de crimes cuja pena máxima seja igual ou superior a 4 (quatro) anos ou 
que sejam de caráter transnacional.” 
Importante ressaltar, contudo, que, apesar de ter finalmente conceituado organização 
criminosa, a Lei 12.694/12 não trouxe a previsão de um delito autônomo de formação 
de organização criminosa e nem minudenciou os meios extraordinários de obtenção 
de prova utilizados para a luta contra o crime organizado. 
Recentemente, positivou-se a Lei 12.850/2013, que redefiniu o conceito de 
organizações criminosas. Segundo o artigo 1º, parágrafo 1º, que aduz: 
(...) 
§ 1º Considera-se organização criminosa a associação de 4 (quatro) ou mais 
pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda 
que informalmente, com objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de 
qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais cujas penas máximas 
sejam superiores a 4 (quatro) anos, ou que sejam de caráter transnacional. 
(...) 
Ressalta-se, que a supracitada Lei revogou expressamente, no seu artigo 26, a Lei 
9.034/1995. Em relação à Lei 12.694/12, somente foi revogado tacitamente o seu art. 
2º, estando todo o resto do dispositivo em harmonia com a Lei de Crime Organizado. 
A partir da definição dada pela Lei 12.850/2013, torna-se conveniente fazer algumas 
considerações a respeito dos requisitos para a formação de um grupo criminoso 
organizado. Primeiramente, o número de integrantes de uma organização criminosa 
passa a ser de 4 (quatro) e não 3 (três) como estipulado pela Lei 12.694/2012, 
alterando com isso o artigo 288, CP (o crime de quadrilha ou bando passa a se chamar 
associação criminosa); são mantidas a estrutura ordenada e a divisão de tarefas e o 
objetivo de obter direta ou indiretamente vantagem de qualquer natureza; por fim, há 
um aumento do campo de incidência da Lei, que abrange todas as infrações penais, 
7 
 
 
seja crime ou contravenção penal. Infrações estas cujas penas máximas sejam 
superiores a 4 (quatro) anos ou de caráter transnacional, não tendo relevância, nessa 
última hipótese, a pena cominada no tipo penal. 
 
2 - CARACTERÍSTICAS ESSENCIAIS DA 
 CRIMINALIDADE ORGANIZADA 
 
Além da dificuldade existente em conceituar o fenômeno da delinquência organizada, 
existe outra, referente à delimitação de suas características essenciais, uma vez que 
as organizações criminosas possuem caracteres intrínsecos decorrentes de aspectos 
sociais, econômicos, políticos, etc, que condicionaram a sua formação em 
determinado território. 
Mesmo assim, podem ser apontadas como características comuns presentes em 
todas ou quase todas as organizações criminosas as seguintes: 
a) Estrutura hierarquizada e permanente: segundo Conserino, “não há 
organização criminosa sem estrutura hierárquica, sem ordem e subordinação 
entre seus integrantes”. Há nitidamente uma escala hierárquica a ser 
obedecida entre os afiliados, tendo cada um deles que observar as 
determinações emanadas do seu superior direto. Além do mais, as 
organizações criminosas pretendem se perpetuar no tempo, desenvolvendo 
suas atividades de modo duradouro. 
b) Busca incessante de lucros e poder econômico: é evidente que toda 
organização criminosa tem suas atividades orientadas para a obtenção de 
lucros e, consequentemente, poder econômico. 
c) Alto poder de intimidação, por meio de ameaças ou violência. 
Nas palavras de Silva: 
8 
 
 
a prevalência da “lei do silêncio” (a omertà das organizações mafiosas 
italianas), imposta aos seus membros e a pessoas estranhas à organização, 
é mantida com o emprego dos mais cruéis e variados meios de violência 
contra aqueles que ousam violá-la ou contra seus familiares, com a finalidade 
de intimidar outras iniciativas da mesma natureza. 
 
d) Grande poder de corrupção dos agentes públicos: a criminalidade organizada 
mantém estreitas relações com o poder público, atuando na corrupção de 
seus agentes com o fito de garantir a continuidade de seus negócios escusos. 
Conforme preceitua Conserino: 
organizações criminosas possuem tentáculos e ramificações na Polícia 
Militar, Civil, Federal, Poder Judiciário, Ministério Público, Poder Legislativo, 
Poder Executivo, órgãos de fiscalização tributária etc. Corrompem para obter 
sentenças e pareceres favoráveis. Corrompem para obter leis pusilânimes 
sem comprometimento com a defesa da sociedade. 
Corrompem para obter lenimento da fiscalização tributária e policial. 
e) Desenvolvimento de atividades de caráter social em substituição ao Estado: 
as organizações criminosas aproveitam-se da inércia estatal, realizando 
prestações de toda espécie em favor da comunidade que está sob o seu 
domínio, angariando com tal conduta a simpatia e o respeito dos locais, o que 
dificulta ainda mais a atuação dos órgãos de persecução penal; 
f) Utilização de tecnologia avançada: cada vez mais se verifica o uso de meios 
tecnológicos sofisticados pela criminalidade organizada, sendo uma 
decorrência direta do fenômeno de globalização dos meios de comunicação 
e informação, que permitiu às organizações criminosas expandirem suas 
atividades criminosas para diversas partes do globo e de forma mais eficaz, 
dificultando o trabalho dos órgãos de repressão. 
g) A prática da lavagem de dinheiro: decorre da necessidade que tem o crime 
organizado de legalizar os rendimentos auferidos de modo ilícito. Existem 
inúmeras maneiras de branquear o dinheiro obtido ilegalmente, sendo 
apontada como principal técnica a “mescla” ou commingling. 
9 
 
 
h) Grande dano à vida em sociedade: o crime organizado possui uma nocividade 
muito grande, visto que utiliza-se de violência extrema e ameaças, diminuindo 
a qualidade de vida, cerceando os direitos e garantias fundamentais das 
pessoas, além de enfraquecer o desenvolvimento econômico. 
 
 
3 - ESPÉCIES DE ORGANIZAÇÕES CRIMINOSAS 
 
Conforme os ensinamentos de Marcelo Mendroni, atualmente existem quatro modelos 
básicos de organizações criminosas: 
a) Organizações Criminosas Tradicionais - Também são chamadas de 
clássicas, sendo o principal exemplo as máfias. Estas apresentam estrutura 
hierárquico-piramidal, possuem rituais de inicialização para a investidura de 
seus membros, impera a omertà (lei do silêncio), são quase sempre baseadas 
no etnocentrismo, há o controle de dado território por cada família, e os seus 
integrantes devem obedecer cegamente algumas regras específicas estipuladas 
quando desua entrada na organização; 
b) Rede (Network – Rete Criminale – Netzstruktur) – Surge entre os anos 
80 do século XX e início do século XXI, decorrente principalmente do fenômeno 
da globalização. Diferentemente do que ocorre com as máfias, não possui uma 
hierarquia bem definida, nem rituais, nem uma estrutura permanente. Pelo 
contrário, são grupos que se organizam temporariamente em volta de 
criminosos profissionais, aproveitando-se da existência de oportunidades em 
locais específicos. Logo que desenvolvem, suas atividades ilícitas se 
desmantelam sem deixar rastros. 
c) Empresarial - É constituída nos moldes de uma empresa lícita, porém 
para a prática de atividades ilegais. Ou seja, atividades legais são desenvolvidas 
por meio de lucros obtidos através de negócios escusos. 
d) Endógena - É aquela organização criminosa que atua dentro das 
próprias instituições públicas, atingindo todas as esferas estatais de poder. É 
10 
 
 
formada principalmente por funcionários públicos que praticam, portanto, delitos 
contra a Administração Pública. 
 
 
 
4 - ORGANIZAÇÕES CRIMINOSAS NO MUNDO 
 
Não existe consenso entre os estudiosos da matéria no que tange à origem do crime 
organizado. Alguns são partidários da tese de que as organizações criminosas 
sempre existiram e vêm evoluindo com o passar dos anos. Ainda, há quem defenda 
que tal fenômeno é recente, característico da contemporaneidade. 
Apesar de tanta polêmica em torno do assunto, parece ser mais correto o 
entendimento segundo o qual a delinquência organizada não é nem um fenômeno tão 
antigo que possa ter sua gênese ligada às sociedades primitivas mais longínquas nem 
tampouco pode ser apontada como produto peculiar do Pós- Segunda Guerra 
Mundial. 
O que afirma-se é que a criminalidade organizada ganhou notoriedade mundial 
principalmente após o advento da globalização da economia e dos meios de 
comunicação e informação, ameaçando de forma incisiva o Estado Constitucional 
Democrático. 
As organizações criminosas chinesas são comumente denominadas de Tríades, 
embora este termo seja genérico e não diga respeito a nenhuma máfia chinesa 
específica existente hoje em dia. Elas surgiram por volta de 1644, como decorrência 
de um movimento popular criado com o objetivo de expulsar os invasores do império 
Ming. A principal atividade delitiva desenvolvida pelas Tríades é o tráfico de 
entorpecentes, destacadamente do ópio. Elas ainda atuam no tráfico de pessoas, 
usura, exploração da prostituição e jogos de azar, fraudes com cartões de créditos, 
extorsão, etc. 
A Yakuza, organização mafiosa proveniente do Japão, surgiu no século XVIII ao 
realizar condutas vedadas pelo Estado, tais como exploração de cassinos, lavagem 
11 
 
 
de dinheiro, tráfico de drogas, armas e mulheres, dedicando-se também a atividades 
legais, desenvolvendo no despontar do século passado a prática das chamadas 
“chantagens corporativas”. Mantém estrutura hierárquico-piramidal, possui ritos de 
inicialização para a entrada na organização e regras rígidas de observância 
obrigatória, que, caso desrespeitadas, resultam na decepação do dedo pelo 
integrante infrator. Além do mais, os membros da Yakusa, diferentemente das demais 
organizações que prezam pelo anonimato, costumam ter o símbolo da organização 
tatuado em seu corpo, sem nenhum temor, visto que não há no país lei com o fim de 
proibir as atuações criminosas. 
As organizações criminosas italianas são denominadas de máfias. Existe uma 
divergência entre os autores a respeito da origem do vocábulo. Para Jean Ziegler, a 
palavra deriva do árabe e surgiu pela primeira vez na Sicília no século XVI, 
significando “destemor”, “coragem”, “autoconfiança” e “arrogância”. Sendo utilizada 
posteriormente pelos “homens de honra” contratados para defender os interesses de 
Nápoles. Por outro lado, para Pino Arlacchi o termo máfia é uma criação literária que 
remonta o século XIX, argumentando ainda que os “mafiosos” são até hoje 
conhecidos como “homens de honra”. 
 
 
12 
 
 
 
 
Hoje, os principais grupos mafiosos italianos são a Cosa Nostra, a Camorra, a 
„Ndranghetta e a Sacra Corona Unita. 
Sem dúvida alguma a Cosa Nostra, organização mafiosa oriunda da Sicília, surgida 
no século XIX, é a mais conhecida das máfias italianas. A principal razão é o grande 
destaque que o cinema mundial deu a organização, retratando o estilo de vida mafioso 
(geralmente em tom romântico), marcado sobretudo pela troca característica de 
favores existente entre as partes e a constante necessidade de mostrar gratidão e 
lealdade ao padrinho. Ela tem como principais características a estrutura hierárquico-
piramidal, ritual de inicialização dos seus membros, obediência a algumas regras 
específicas que são estabelecidas no momento de associação do mafioso e fortes 
relações com a política. 
Na região da Campânia, atua a Camorra, sendo Nápoles o reduto dos clãs 
camorristas. A Camorra surge como grupo criminoso a partir de 1875, adquirindo as 
características atuais de organização criminosa após a Segunda Guerra Mundial. A 
Camorra possui uma estrutura organizacional horizontal, menos hierarquizada, mais 
volátil e turbulenta (conflitos diversos entre os vários clãs). Não elegem diretamente 
13 
 
 
políticos, buscando a ajuda destes apenas para algumas situações específicas e 
esporádicas. Seus integrantes adotam abertamente uma postura delinquente, típica 
da malavita, não se preocupando em esconder sua condição de mafioso. 
A Ndrangheta é a organização criminosa italiana que tem por base territorial a região 
da Calábria, principalmente na região do Aspromonte, nas cidades de San Luca e 
Áfrico. É considerada a mais violenta das máfias italianas, tendo uma estrutura militar 
bastante rígida. Possui, uma estrutura mais horizontal e primitiva, sendo os seus 
integrantes em quase sua totalidade ligados por laços sanguíneos, característica que 
evita ou pelo menos diminui consideravelmente as brigas internas pelo poder e as 
delações por parte de seus afiliados, afastando a existência dos pentiti. Possui 
também um ritual de iniciação dos seus membros, que devem ser acima de tudo 
corajosos. 
A Sacra Corona Unita atua na região da Puglia, principalmente nas cidades de Bari 
(a capital), Brindisi, Lecce e Taranto. A LA SCU surge como a quarta máfia italiana 
tendo sido fundada em 1º de maio de 1993. Suas principais atividades delituosas são 
a lavagem de dinheiro, o tráfico de drogas e de armas realizado principalmente com 
a Albânia, países que surgiram da desintegração da antiga Iugoslávia, Argélia, Egito, 
Tunísia, Líbia, Turquia, Grécia, Síria, Líbano e Israel. Realizam também a usura e o 
contrabando de cigarros. 
Nos Estados Unidos da América, o crime organizado tem sua manifestação inicial 
relacionada à formação das gangues, que surgiam atreladas ao crescimento das 
cidades e eram formadas principalmente por imigrantes italianos, escoceses, 
irlandeses e ingleses, que, devido às precárias condições em que viviam, 
ingressavam no mundo do crime. 
Na década de 1920, com a promulgação da Lei Seca que proibia a produção e o 
comércio de bebidas alcoólicas, as gangs transformam-se em verdadeiras 
organizações criminosas, pois passam a agir de forma organizada e estável, usando 
mão, inclusive, de corrupção de autoridades públicas e extorsões a empresários para 
maximizar os seus lucros. É nessa época que surgem as figuras dos gângsters Al 
Capone, Charles “Lucky” Luciano, dentre outros. Com a tecnologia adquirida durante 
a fase de vigência da Volstead Act, a criminalidade já organizada se expande, 
14 
 
 
dominando outras atividades criminosas como a usura, exploração de jogos de azar 
e prostituição. Finalmente, na década de 60, completando a formação da 
criminalidade organizada nos EUA, haverá a migração de alguns clãs da Cosa Nostra, 
principalmente para Nova York,dando origem à máfia ítalo-americana, composta das 
famílias Gambino, Lucchese, Genovese, Bonanno e Columbo. 
As organizações criminosas russas têm como raiz histórica a antiga fraternidade 
conhecida como vory-v-zakone. Esta organização russa surgida ainda no século XIX 
foi perseguida e praticamente eliminada durante o governo de Stalin. Contudo, após 
a morte do ditador soviético e a ascensão de Brejnev ao Kremlin ocorre um 
renascimento da vory-v-zakone, que inicia um processo de fortalecimento decorrente 
de sua infiltração na política e economia, criando o ambiente propício para o 
surgimento das organizações criminosas russas modernas. 
Atualmente, as máfias russas são divididas de acordo com a origem, sendo 
provenientes principalmente de Moscou e São Petersburgo. As de Moscou 
(Solntsevskaya, Ismalovskzya, Kurganskaya) possuem estrutura hierárquica bem 
definida, tendo vários compartimentos dotados de funções próprias (shestyorki). 
Cada membro é denominado de bratva, cada grupo é dividido em ”brigadas” ou 
“brigadir”, sendo comandadas por um gerente (avtoritet). De outro lado, as máfias 
oriundas de São Petersburgo (Tambovskaya, Malishev‟s, Kazanskaya, 
Vorkutinskaya), têm estruturas mais horizontais à semelhança do que ocorre com a 
maioria das máfias russas, as quais têm como característica predominante a sua 
desorganização. 
Uma característica marcante da Red Mafia é a sua forte ligação com os setores 
estatais da política e economia. Hoje, as principais atividades praticadas pela 
criminalidade organizada russa são o tráfico de seres humanos, drogas, armas e 
componentes nucleares, bem como a lavagem de dinheiro, corrupção e extorsão. 
 
 
15 
 
 
 
5 - ORGANIZAÇÕES CRIMINOSAS NO BRASIL 
Assunto mais controverso é a gênese da criminalidade organizada no Brasil, pois há 
quem defenda que a primeira manifestação concernente ao crime organizado no 
território nacional ocorreu na região nordeste do Brasil, a partir do surgimento do 
cangaço. Tal movimento pode ser observado entre os séculos XIX e XX, tendo como 
maior representante “Lampião”, apelido do famigerado bandido Virgulino Ferreira da 
Silva. 
Constata-se que a estrutura do bando era hierarquizada e permanente, e que de seus 
afiliados partia a prática de variados crimes, dentre eles ameaças, extorsão, o 
sequestro de pessoas importantes e os saques de algumas cidades. Vale frisar ainda 
que os cangaceiros mantinham estreitas relações com chefes políticos, os 
“coiteiros”, que lhes concediam proteção e refúgio em momentos de perseguição por 
parte das volantes. 
Já para outros, entretanto, a prática do jogo do bicho foi considerada a primeira 
infração penal organizada no país. Ela foi criada no início do século XX pelo Barão de 
Drumond, que a idealizou com a finalidade de conseguir dinheiro para salvar os bichos 
do Jardim Zoológico no Rio de Janeiro, o jogo deu tanto lucro que começou a chamar 
a atenção dos que buscavam obter dinheiro sem muita dificuldade. Nas palavras de 
Severino Coelho Viana: (...) a ideia popularizou-se e passou a ser patrocinada por 
grupos organizados, os quais monopolizaram o jogo, corrompendo policiais e 
políticos. Consta que, na década de 80, o jogo do bicho movimentou cerca de R$ 
500.000 por dia com as apostas realizadas, sendo que de 4% a 10% deste montante 
foi destinado aos banqueiros”. 
O Decreto Lei nº 3.688/1941, conhecido como Lei das Contravenções Penais, foi 
alterado pelo Decreto-Lei 6.255/1944, dando ao jogo do bicho o status de 
contravenção penal, gerando, por outro lado, a organização da criminalidade no país, 
uma vez que este texto legal proibiu expressamente a realização do jogo e punia a 
conduta dos bicheiros. 
De modo contrário, existem aqueles que entendem que o surgimento da delinquência 
organizada no país ocorreu entre as décadas de 70 e 80 do século passado, atrelado 
16 
 
 
à troca de experiências que ocorreu nos presídios cariocas entre criminosos comuns 
e políticos. Destarte, mostra-se oportuno mencionar trechos da obra do jornalista 
Carlos Amorim: 
“A experiência da luta armada foi mesmo transferida aos bandidos comuns 
lentamente, no convívio eventual dentro das cadeias, tanto na Ilha Grande 
quanto no Complexo Penitenciário da Frei Caneca. Mas foi na Ilha que esta 
relação se tornou mais produtiva para o criminoso comum. Lá estavam 
representantes do Movimento Revolucionário 8 de outubro (MR-8), da 
Aliança Libertadora Nacional (ALN ou ALINA), da Vanguarda Popular 
Revolucionária (VPR) e da VAR-Palmares. Esses tinham para contar 
operações complexas, que envolviam estruturas intricadas e muitos 
recursos: os sequestros de diplomatas e os assaltos a residências 
milionárias”. 
 
Decorrentes deste contexto e das condições desumanas existentes nos presídios 
brasileiros da época, surgem as principais organizações criminosas brasileiras: o 
Comando Vermelho e o Primeiro Comando da Capital. 
 
 
O Comando Vermelho foi fundado no Instituto Penal Cândido Mendes, em 1979. A 
facção criminosa inicia suas atividades dentro do Presídio de Ilha Grande, prestando 
assistência aos presidiários e às suas famílias, além de financiar inúmeras fugas dos 
seus integrantes. Fora das dependências do “Caldeirão do Diabo” a organização 
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passa a praticar assaltos a bancos e, atualmente, controla o tráfico de drogas no 
Estado do Rio de Janeiro. Seu líder atual é Luiz Fernando da Costa, vulgo 
“Fernandinho Beira- Mar”. 
O Primeiro Comando da Capital (PCC), foi fundado em 1993 no “Piranhão”, como é 
conhecido o presídio de Segurança Máxima de Taubaté, sendo influenciado 
sobremaneira pelas ideias do Comando Vermelho, na medida em que tem, também, 
como uma de suas características essenciais o assistencialismo prestado aos seus 
integrantes e familiares, funcionando como um verdadeiro “Estado paralelo” dentro e 
fora das penitenciárias. 
Acredita-se que a organização criminosa nasceu com o escopo de enfrentar as 
condições degradantes existentes dentro dos estabelecimentos prisionais paulistas e 
vingar a morte dos 111 presos que foram massacrados no Carandiru. As atividades 
criminosas principais desenvolvidas pelo grupo são os roubos a instituições bancárias 
e a carros de transporte de valores, extorsões de familiares de presos, extorsão 
mediante sequestro e, notadamente, tráfico ilícito de entorpecentes com conexões 
internacionais. Possui ramificações nos estados do Mato Grosso do 
Sul, Minas Gerais, Bahia e Paraná. Atualmente, seu líder é o “Marcola”, codinome de 
Marcos Willians Herbas Camacho. 
Finalmente, vale destacar, que várias organizações criminosas estrangeiras 
desenvolvem suas atividades ilícitas em território nacional, a exemplo da Cosa Nostra, 
que tem membros instalados em alguns estados do Nordeste (preferência pelo 
Ceará), praticando o tráfico de entorpecentes, de armas, exploração sexual e de jogos 
de azar, lavagem de dinheiro etc; da máfia chinesa, que desenvolve em larga escala 
a pirataria de inúmeros produtos, prostituição, corrupção de agentes públicos e 
extorsão de comerciantes nos mercados da Avenida Liberdade (São Paulo) e do 
Saara (Rio de Janeiro); e da máfia japonesa, que está conectada ao PCC E CV no 
cometimento de tráfico de drogas, de armas, ganhando força ultimamente na 
exploração da prostituição e jogos de azar. 
É notório que o crime organizado traz muitos efeitos negativos a toda população 
mundial e brasileira, de forma que o seu combate torna-se necessário. Para tanto, 
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deve-se vencer a complexidade que há em delimitar um conceito legal de organização 
criminosa e, em nome do princípio da segurança jurídica, realizar uma definição 
satisfatória do que seja crime organizado. 
A diversificação de atividades e mercado do crime organizado representa ameaça à 
segurança global uma vez que além de enfraquecer economias acaba por controlar 
territórios, mercadose mesmo populações, além das proximidades e atuações de 
apoio recíproco entre as organizações criminosas e o terrorismo, podendo valer-se 
ambos das mesmas redes de influências, trânsito e corrupção. 
Enquanto o crime torna-se transnacional seu controle oficial permanece apegado às 
fronteiras nacionais, pelo que a capacidade internacional de apresentar respostas ao 
crime organizado nacional ou transnacional dá-se pelo fortalecimento de mecanismos 
multilaterais de cooperação (inclusive no que diz respeito ao treinamento e 
especialização dos agentes estatais envolvidos), superando-se o combate 
fragmentado e isolado, sendo certo que ampla rede de informações internacional e 
compartilhamento em tempo real é essencial tanto para desenvolver a ideia de um 
espaço mundial de combate ao crime (superando-se as fronteiras físicas, culturais, 
burocráticas e sociais) quanto para propiciar efetivos mecanismos de prevenção 
global, na assunção da responsabilidade solidária e inter-relacional dos Estados e 
povos. 
A intensificação dos tratados e acordos internacionais visando troca rápida e intensa 
de informações e o cumprimento de sentenças e ordens de prisão e integração dos 
órgãos de investigação, do Ministério Público e do próprio Judiciário, em uma franca 
superação dos conceitos de territorialidade investigativa e soberania persecutória e 
processual, ao lado da conexão dos esforços estatais com a colaboração da 
população, mostra-se como reprodução similar e eficaz dos mecanismos bem 
sucedidos utilizados no combate ao cangaço nordestino no início do século XX e a 
quadrilhas atuais de hackers e de lavadores de dinheiro. 
Além disso, o redimensionamento crítico da atuação política estatal, o repensar do 
modelo econômico e de certas práticas de exploração e abusos da iniciativa privada 
e uma atuação conjunta das forças sociais, com maior democratização dos meios de 
acesso às políticas públicas e intensificação da cidadania participativa são indicados 
19 
 
 
como meios de fortalecer os laços internos e externos de solidariedade e evitar as 
invasões, seduções e corrupções da criminalidade organizada, construindo-se, 
preservando-se e intensificando as bases sociais e capacidades técnicas de combate 
conjunto e conectado a nível transnacional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
 
 
 
 BIBLIOGRAFIA 
 
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 de 2004. Disponível em: 
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12694.htm. Acesso em: 
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2013/lei/l12850.htm. Acesso em: 
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ZIEGLER, Jean. Os senhores do crime: as novas máfias contra a democracia. Rio de 
Janeiro: Record, 2003. 
NOTAS 
[1] MENDRONI, Marcelo Batlouni. Crime organizado: aspectos gerais e 
mecanismos legais. São Paulo: Atlas, 2015. Pág. 18. 
[2] ZIEGLER, Jean. Os senhores do crime: as novas máfias contra a democracia. 
Rio de Janeiro: Record, 2003. Pág. 55. 
[3] MENDRONI, Marcelo Batlouni. Apud MINGARDI, Guaracy. Crime organizado: 
aspectos gerais e mecanismos legais. São Paulo: Atlas, 2015. Pág. 18. 
[4] CONSERINO, Cassio Roberto. Crime organizado e institutos correlatos. São 
Paulo: Atlas, 2011. Pág. 12. 
22 
 
 
[5] SILVA, Eduardo Araújo da. Crime organizado: procedimento probatório. São 
Paulo: Atlas, 2003. Pág. 30. 
[6] MENDRONI, Marcelo Batlouni. Crime organizado: aspectos gerais e 
mecanismos legais. São Paulo: Atlas, 2015. Pág. 76. Conforme o autor, “o mafioso 
comparece ao estabelecimento comercial ou industrial e apenas adverte o 
responsável para que não „falte‟ com a „dívida‟”. 
[7] MENDRONI, Marcelo Batlouni. Crime organizado: aspectos gerais e 
mecanismos legais. São Paulo: Atlas, 2015. Pág. 76. De acordo com o escritor, “já se 
constataram exemplos como a morte de algum bichinho de estimação (um gato 
enforcado, por exemplo), e colocado dentro da casa da vítima; telefonemas de 
advertência („cuidado‟ ou „atenção‟); telefonemas com música fúnebre ou meramente 
com silêncio, ou com o barulho do gatilho da arma; o envio de uma boneca dentro de 
uma caixa (representando um caixão); mensagens através de filhos das vítimas; 
faixas ou cartazes etc”.

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